Vereadora denuncia descaso no Cisam e é barrada de entrar

Através das redes sociais, a vereadora do Recife Michele Collins informou que fará prontidão no hospital até que as mulheres sejam retiradas da situação a qual se encontram

qui, 04/08/2022 - 18:40
Câmara do Recife/Divulgação A vereadora Michele Collins (PP) Câmara do Recife/Divulgação

A vereadora Michele Collins (PP) fez uma série de publicações nos stories do Instagram nesta quinta-feira (4), em denúncia a situação que as mulheres grávidas e parturientes que estão internadas no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam). Ela informou que fará prontidão no local até que as mulheres tenham o atendimento adequado. 

Em recente atualização, Michele disse que os seguranças do hospital receberam ordem para proibir a entrada dela no local. 

Em live feita nesta tarde em frente ao Cisam, Collins disse que as mulheres estão “jogadas no chão”. “É muita exposição. Todo mundo passando e vendo as mulheres jogadas no chão. Nem a maca que elas estão deitadas está podendo ficar lá. O banheiro é podre, imundo. Falta assistência para elas. Onde eu fiquei até agora, não vi assistência adequada. Tem grávida que está em pé porque não tinha cadeira e desde o horário que cheguei aqui, só vi uma senhora que deu remédio a duas grávidas”, relatou. A reportagem do LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Pernambuco e aguarda retorno. 

“Elas estão esperando a vaga da maca. Olha que tristeza para uma mulher, uma mãe, no momento de maior fragilidade, de dar a luz ao seu filho, gerar vida, estarem jogadas no chão, na sujeira. O Cisam é um hospital de referência, mas cadê a referência? Referência de quê?”, questionou Michele, ao convidar a população para se juntar a ela. 

Ainda de madrugada, por volta das 2h da manhã, de acordo com a vereadora, ela postou um vídeo afirmando que estava indo ao Cisam para checar a situação. Chegando lá, ela teve a entrada negada por um segurança. “Não tem assistente social para dar informação e nem outra pessoa”, disse a parlamentar, que retornou no período da tarde. 

Apesar das críticas ao sistema da maternidade, ela reconheceu o profissionalismo e qualidade dos médicos do local. “Não tenho o que dizer dos profissionais, mas o atendimento deixa a desejar. Aquelas mulheres estão sem nenhum tipo de suporte. Eu estou lá desde meio dia e não vi, até agora, ninguém aferindo a pressão daquelas mulheres. Elas estão sendo tratadas como lixo”. 

“Estou aqui indignada, me sentindo impotente. Sabe quando você vê que eu estou aqui o dia inteiro e não mudou nada? Não resolveu nada? Isso é horrível. Eu queria o pronunciamento de alguém [do governador, secretário de Saúde]. Conversei com a diretora agora e ela disse que não tem perspectiva de nada, não, infelizmente. É uma tristeza, uma vergonha para Pernambuco”, expôs Michele Collins. 

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