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A pandemia de Covid-19 limita as opções de entretenimento, mas, para aproveitar as férias de julho, algumas leituras podem tornar produtivo esse período de descanso. Acompanhe as indicações do professor de língua portuguesa, português jurídico, hermenêutica, língua inglesa e coordenador de Editoração Institucional das Revistas Científicas Eletrônicas da UNG-SER da Universidade Guarulhos (UNG), Edson Roberto Berbel e do jornalista, professor nos cursos de comunicação da UNG e doutor em língua portuguesa Inácio Rodrigues de Oliveira.

“Triste Fim de Policarpo Quaresma” (1915)

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Nesta obra, o escritor e jornalista Lima Barreto (1881-1922) narra a trajetória de um personagem, que se destaca pelas suas convicções patriotas. Para Oliveira, este é um livro para refletir sobre os cuidados que cercam o patriotismo e determinados valores. “Ele é a antítese do que seria ‘Macunaíma’ (1928) o herói sem nenhum caráter do Mário de Andrade. Policarpo Quaresma é o contrário, pois possui todas as medidas que nos faltam na política de hoje, como o ato de pensar”, descreve.

“Incidente em Antares” (1971)

A última obra do escritor Érico Veríssimo (1905-1975) aborda o momento da Ditadura Militar (1964-1985), além de trazer outras temáticas como a chegada de corporações gringas ao país. “O que é legal deste livro, é que é possível entender esse passado do Brasil, que infelizmente, se não ficarmos atentos, poderá voltar”, aponta Oliveira.

“Manipulação da palavra” (1997)

Escrito pelo pesquisador Philippe Breton, a obra segundo Oliveira, mostra alguns caminhos para compreender a neo xenofobia e o individualismo contemporâneo presente no mundo, além de ser um alerta a esses movimentos. “Vivemos um momento em que a democracia é o centro da discussão, pois queremos a sua manutenção e corremos o risco de isso não acontecer. Esse livro nos ajuda a perceber como essa discussão ocorre nos entornos”, afirma.

“O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos” (2009)

A obra literária é uma continuação de “O Vendedor de Sonhos” (2008), do escritor Augusto Cury. Berbel descreve que o livro relata a busca de um homem pela reconstrução de sua vida, após sofrer grandes perdas e perceber seu mundo em ruínas. Para isso, ele começa a vender sonhos. “A história mostra como o percurso de cada ser humano é magnificamente complexo, escrito com lágrimas e descontentamento, tranquilidade e ansiedade, sensatez e desvario”, define.

“Meu Amigo Michael” (2012)

Obra concebida pelo ator Frank Cascio, uma figura amiga e presente na vida do rei do pop Michael Jackson (1958-2009). Para Berbel, o artista buscava pelo destaque e pela generosidade em sua vida particular, da mesma maneira como fazia em público. “O Michael Jackson, ser humano. A história contada por um amigo com momentos particulares e turbulentos sob a análise deste mesmo amigo, que desfaz qualquer mal-entendido sobre o estilo de vida”, explica.

“3096 dias” (2010)

Uma autobiografia da austríaca Natascha Kampusch, onde ela narra o sequestro que sofreu aos 10 anos de idade, que a fez ficar oito anos em cativeiro. “É a história de alguém sobre a glória do espírito humano, que numa situação de desespero, quase execrável, aprendeu a manobrar seu sequestrador e contra tudo o que era improvável consegue escapar sem ferimento algum”, ressalta Berbel.

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