Tópicos | 3º DIA

O julgamento de João Victor Ribeiro de Oliveira, motorista responsável por provocar uma colisão no bairro da Tamarineira, no Recife, entra para o terceiro dia nesta quinta-feira (17). O júri popular iniciou na manhã da última terça (15) e está acontecendo na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife. João Victor deve prestar depoimento hoje.

O acusado foi identificado como o condutor que avançou o sinal causando a 'Tragédia da Tamarineira', em novembro de 2017, como ficou conhecido o caso. No acidente, morreram Maria Emília Guimarães, de 39 anos, seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, à época grávida de quatro meses. 

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Sobreviveram à tragédia a filha mais velha do casal, Marcelinha, que sofreu traumatismo craniano e faz tratamento até hoje, e o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos.

Assista ao júri: 

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Foram registrados três novos tremores nesta terça-feira, 1º, na Bahia, segundo o Laboratório Sismográfico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os terremotos aconteceram em Amargosa e Santo Antônio de Jesus, e foram sentidos também em São Miguel das Matas - todas cidades do Recôncavo.

O primeiro tremor foi registrado às 3h32, em Amargosa. Às 6h30, moradores dizem ter sido acordados por um novo tremor. Oficialmente, o segundo terremoto foi registrado somente às 6h37, em Santo Antônio de Jesus, e o terceiro, às 10h25, novamente em Amargosa. Os abalos sísmicos tiveram, respectivamente, magnitudes, de 1.8, 2.24 e 1.96. Os tremores registrados nesta terça foram, novamente, considerados de baixa magnitude na Escala Richter.

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Desde domingo, 30, já são 16 tremores de terra registrados em Amargosa, considerada uma região sismogênica - mais propensa a ter abalos de terra, segundo sismólogos. É possível que o tremor sentido em São Miguel das Matas seja resultado do abalo em Amargosa, já que as ondas sísmicas percorrem uma distância e se fazem sentir em outros locais, até perder velocidade e força. As duas estão separadas por uma distância de 22,9 quilômetros.

Ainda era madrugada, às 3h32 do horário local, nesta terça-feira, quando a professora Raiane Silva, de 31 anos, sentiu o que parecia ser o tremor da explosão de uma bomba, no distrito de Corta Mão, em Amargosa, no Recôncavo Baiano. "Só consegui cochilar, pensando que poderia vir um pior", disse ao Estadão.

A zona rural da cidade de São Miguel das Matas, relatou o prefeito Zé Renato (PP), também sentiu novos tremores às 9h desta terça. Mas também não há confirmação de um terceiro terremoto, até o momento, nos dados sismológicos do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e da UFRN.

Um morador da cidade de Conceição De Feira, a 120 quilômetros de Amargosa, também registrou, às 7h30, no site do Centro de Sismologia da USP, ter sentido um tremor. Ainda não há informações sobre a magnitude do terremoto.

Em Corta Mão, considerado epicentro dos terremotos, segundo o Laboratório da UFRN, a professora Raiane Santos Silva contou que os moradores já não dormem tranquilamente. "A gente fica assustado agora. Porque domingo foi mais forte e já ficamos pensando que podemos ter um problema maior", afirmou. No domingo, o terremoto mais forte teve magnitude de 4,6 - capaz de rachar paredes, danificar telhas e sacudir prateleiras, por exemplo.

3º dia

O médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo Boldrini, de 11 anos, morto por superdosagem de medicamento sedativo, disse em depoimento na quarta-feira (13) que a madrasta do garoto foi a mentora do crime. A criança foi morta em abril de 2014 em Três Passos, no norte do Rio Grande do Sul.

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O júri popular começou na segunda-feira e deve terminar só no fim da semana. O réu acrescentou que não se preocupou com o sumiço do menino no dia 4 de abril de 2014, data da morte, porque Bernardo costumava ir para a residência de amigos jogar videogame.

Antes, o promotor Ederson Vieira mostrou extratos de ligações do réu na época do crime, citando um espaçamento de quase um dia sem ligar para o filho desaparecido. Hoje, a madrasta Graciele Ugulini, que se manteve em silêncio até agora, será ouvida.

2º dia

O segundo dia de julgamento dos quatro acusados de assassinar o menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, no interior do Rio Grande do Sul, contou com o depoimento de seis testemunhas, durante oito horas de sessão. A primeira a falar, na manhã de terça-feira (12) foi a vizinha da família Boldrini, Juçara Petry, por quem Bernardo tinha um carinho especial e a quem tratava como mãe.

Durante as declarações, Juçara se emocionou várias vezes ao se lembrar do garoto e, antes de prestar depoimento, solicitou à juíza a retirada dos quatro réus da sala, o que foi aceito. Nas declarações, a vizinha ressaltou que, na companhia do marido, incentivava a aproximação de Bernardo com o pai dele, o médico Leandro Boldrini, acusado pela morte. Também afirmou que costumava ajudar o garoto com os deveres da escola e que havia escutado pedidos de socorro do menino.

Durante o depoimento, ela recordou as vezes em que Bernardo chegou em sua casa mal vestido. "Ele chegava da escola com a roupa suja e não tinha outra, então eu lavava a roupa dele, colocava um pijama e, no outro dia, o levava para a empresa, e lá ele ficava comigo, fazia os temas", disse a empresária. Juçara depôs por cerca de 3 horas.

À tarde, a psicóloga de Bernardo prestou depoimento. Ariane Schmitt afirmou que atendeu o garoto em seis consultas. A primeira sessão ocorreu em 2011, depois que mãe do menino, Odilaine Uglione, se suicidou. A psicóloga comentou sobre medicamentos de uso controlado que o menino costumava carregar e que administrava por conta própria. Para Ariane, Leandro Boldrini é um homem "tangencial, periférico, sem vínculo e empatia".

Durante a sessão, vídeos de Bernardo se trancando em um armário e segurando uma faca enquanto era filmado pelo pai foram exibidos para os jurados.

Uma das testemunhas afirmou que ouviu a própria madrasta de Bernardo, a enfermeira Graciele Ugulini, também acusada pelo crime, reclamar que "não aguentava mais o guri, que tinha de internar em um colégio e que dinheiro ela tinha pra dar um fim no guri", disse Andressa Wagner, ex-secretária de Leandro Boldrini, aos jurados.

Andressa também contou que Graciele pedia que ela "expulsasse" o garoto do consultório médico do pai. Já a testemunha elencada pela defesa de Leandro Boldrini, a ex-babá do menino Lori Heller respondeu apenas a questionamentos pontuais e 15 minutos após as primeiras declarações passou mal e teve de deixar a sessão com pressão alta.

1º dia

Começou na segunda-feira (11) o julgamento dos acusados pela morte do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos. A sessão começou às 9h30 no Fórum da cidade de Três Passos, no norte do Rio Grande do Sul, O julgamento é conduzido pela juíza Sucilene Engler.

O menino foi assassinado em abril de 2014 e o corpo foi encontrado 10 dias depois, enterrado e envolto em um saco plástico. O pai, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini, foram presos pelo crime, assim como Edelvânia e Evandro Wirganovicz. O grupo responde por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Além disso, Leandro Boldrini responderá pelo crime de falsidade ideológica.

A primeira etapa da sessão foi a escolha dos jurados e, logo depois, a delegada responsável pelo caso, Caroline Bamberg Machado, começou a depor. O depoimento durou cerca de quatro horas e meia e Caroline respondeu a todas as questões feitas pela juíza, promotores e advogados.

A policial explicou que a hipótese de assassinato ganhou força com os depoimentos sobre abandono e descaso do pai e da madrasta em relação a Bernardo. Durante a declaração, a delegada afirmou que considera a confissão de Edelvânia uma prova que, associada a outras, ajudaram na sua convicção do crime e ressaltou que "em nenhum momento Edelvânia foi coagida", disse.

A delegada Cristiane de Moura, de 44 anos, também prestou depoimento.

O caso

Bernardo desapareceu no dia 4 de abril de 2014. O corpo foi encontrado no dia 14, enterrado em um matagal, em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros de Três Passos. A polícia prendeu a madrasta, Graciele Ugulini, o pai de Bernardo Leandro Boldrini, a assistente social Edelvânia Wirganovicz e o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, como suspeitos do crime.

A investigação apurou que o garoto era rejeitado pela madrasta, sofria com o descaso pai e havia pedido à Justiça para morar com outra família. Por acordo proposto pelo pai e aceito por Bernardo no início daquele ano, haveria uma tentativa de reaproximação familiar. Foi nesse período que o menino foi assassinado.

O goleiro Bruno Fernandes admitiu nesta quarta-feira que sua ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, foi assassinada e teve o corpo esquartejado e jogado para cães comerem pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Durante seu depoimento no julgamento que é realizado desde segunda-feira no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, o jogador alegou que não tinha conhecimento prévio do crime e que a execução da jovem foi tramada pelo seu braço direito e amigo de infância Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, mas assumiu que se beneficiou da morte e que poderia ter evitado que ela ocorresse. "Não sabia, não mandei, mas aceitei", disse o goleiro, referindo-se ao assassinato.

O atleta foi o primeiro dos nove acusados do caso a acusar nominalmente Bola, que responde a outros processos por assassinato, inclusive com ocultação de cadáver, como é o caso de Eliza, morta em 10 de junho de 2010 e cujo corpo nunca foi encontrado. Bruno está preso desde o mês seguinte, mas até então negava a morte da ex-amante, que exigia dinheiro do jogador por causa do filho que tiveram e que hoje está com a mãe da vítima, Sônia Fátima de Moura, que acompanhou o depoimento sentada atrás de Bruno.

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Macarrão também havia confessado que Eliza foi assassinada durante julgamento realizado em novembro, mas afirmou que Bruno foi o mandante do crime, assim como do sequestro e cárcere privado da jovem. "Cadê Eliza? Pelo amor de Deus, o que vocês fizeram com ela?" alegou ter dito o goleiro a Macarrão e a seu primo Jorge Luiz Lisboa Rosa ao vê-los voltando para o sítio em Esmeraldas com o filho de Eliza no colo, mas sem a mãe. "Perguntei a ele (Macarrão) por que fez isso. Não tinha necessidade", declarou o goleiro. "A menina estava demais. Estava atrapalhando nossos planos, nossos projetos", teria respondido Macarrão, segundo o depoimento do jogador, que era capitão do Flamengo e tinha proposta para atuar em uma equipe da Europa quando Eliza foi morta.

Pena

A estratégia do goleiro, além de tentar se livrar da acusação de ter planejado e ordenado a execução do crime, é conseguir uma redução da pena como ocorreu com Macarrão, que foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 em regime fechado. Pelo Código Penal, uma acusação de homicídio triplamente qualificado como deste caso pode render até 30 anos de cadeia aos réus. O depoimento de Bruno começou no início da tarde e, por quase três horas, o goleiro respondeu às perguntas feitas pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que preside o Tribunal do Júri do Fórum de Contagem.

Durante o questionamento, o goleiro praticamente ratificou todo o depoimento prestado por Jorge, o primeiro a admitir o crime, ocorrido quando ele tinha 17 anos - o que lhe rendeu pouco mais de dois anos de internação como medida socioeducativa. Mas o goleiro negou que Eliza tivesse sido sequestrada e tentou mostrar preocupação com a mulher, a quem alegou ter dado R$ 30 mil para "resolver problemas pessoais". Ele também disse que ela ganharia um apartamento em Minas Gerais para morar com o filho do casal.

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