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O palco do Marco Zero foi pequeno para a abertura do Carnaval do Recife, na noite desta sexta-feira (17). Após dois anos sem a festa, devido à pandemia da Covid-19, o tema escolhido é "Voltei Recife com todos os carnavais".

Maestro Forró começou a cerimônia ao som de O Guarani, ópera composta por Carlos Gomes. A entrada teve a presença das homenageadas Dona Marivalda, consagrada Rainha do Maracatu Estrela Brilhante, e Zenaide Bezerra, passista e professora de frevo. A chamada de Geraldo Azevedo, terceiro homenageado do ano, foi feita com a introdução de "Dona da minha cabeça", uma de suas músicas mais conhecidas.

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Estiveram presentes no palco, personagens que representam todo o carnaval de Pernambuco, entre eles o Rei Momo, Bruno Henrique e a Rainha do Carnaval, Mayara Araújo, coroados de 2023. Também foram homenageados o Rei e a Rainha do Carnaval da pessoa com deficiência e o rei e a rainha do carnaval da pessoa idosa.

A programação segue com as apresentações dos convidados de Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Fafá de Belém, Elba Ramalho, Chico César, Mariana Aydar, Juliana Linhares, Lula Queiroga e Jorge Du Peixe.

Três dos mais festejados bonecos gigantes de Olinda foram responsáveis por dar início ao Carnaval de 2023, o ‘Carnaval dos Sonhos’, nesta quinta (16). Um cortejo com o Homem da Meia-Noite, a Mulher do Dia e o Menino da Tarde saiu por volta das 19h - após um atraso de cerca de duas horas -, da sede do governo municipal, o Palácio dos Governadores, em direção ao principal polo da folia, a Praça do Carmo. O cortejo arrastou muitos foliões que estavam dispostos a matar a saudade da maior festa local. 

Após um hiato de dois anos sem carnavalizar, em virtude da pandemia do coronavírus, Olinda retomou sua principal festa nesta quinta (16). Sob o tema ‘Carnaval dos Sonhos’, a cidade deu início a uma programação que se dividirá entre os oito polos oficiais, além das ladeiras históricas da cidade, até a Quarta-Feira de Cinzas. Como homenageados, este ano, foram escolhidos, por voto popular, o Maestro Oséas e Zé da Macuca (in memoriam). 

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O desfile com os três gigantes mais aclamados do Carnaval olindense arrastou os foliões, embalados pela Orquestra Henrique Dias, até a Praça do Carmo, onde está instalado o palco Erasto Vasconcelos, principal polo da folia. Lá, uma série de shows deu continuidade ao primeiro dia oficial do Carnaval 2023, com apresentações da Família Salustiano e a Rabeca Encantada, Lu Maciel e a Orquestra Henrique Dias, Elba Ramalho e Alceu Valença.

As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2023 começam nesta quinta-feira (16), através da Página do Participante, e seguem até 24 de fevereiro. Durante uma live no Instagram, nesta quarta-feira (15), o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o processo de candidaturas no Sisu, que seleciona estudantes para vagas nas instituições públicas de ensino superior, começa a partir da meia-noite.

Nas imagens, Camilo mostra a sala de monitoramento da seletiva com os técnicos que acompanharão o processo. No momento da live, o ministro apontou que já havia no site mais de 80 candidatos on-line.

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Nesta primeira edição do Sisu 2023, há a oferta de 226.399 mil vagas em 128 instituições públicas cadastradas, sendo 63 universidades federais. Ao todo, segundo dados do Ministério da Educação (MEC), são 6.402 cursos de graduação. Podem participar do processo seletivo estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 e que não tenham zerado a redação.

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), fez dura fala contra discurso de ódio e intolerância, na abertura do ano Judiciário. A ministra chamou os atos que resultaram na depredação das sedes dos três Poderes de "invasão criminosa de turba insana" e advertiu que, apesar de os três pilares da democracia terem sido alvo de "ataque golpista e ignóbil", os vândalos "não destruíram o espírito da democracia".

"Que os inimigos da liberdade saibam que no solo sagrado deste Tribunal o regime democrático, permanentemente cultuado, permanece inabalável. Frustrado restou o real objetivo dos que assaltaram as instituições democráticas: o ultraje só poderia resultar, como resultou, no enaltecimento da dignidade da Justiça, e no fortalecimento do valor insubstituível do princípio democrático, jamais no aviltamento do Poder Judiciário", afirmou.

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Ela ainda ressaltou que "nem pela barbárie" os juízes serão intimidados e reiterou que o estado democrático "nunca é uma obra completa". De acordo com a ministra, a democracia, por ser plural, pressupõe "diálogo constante" e "tolerância com diferenças".

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta quarta, 1º, a cerimônia de abertura do ano judiciário no plenário reconstruído após atos golpistas que resultaram na depredação da sede da Corte. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devem discursar após a presidente do Supremo, ministra Rosa Weber.

Outras autoridades que devem discursar são o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti.

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O prédio do STF foi severamente destruído no dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por bolsonaristas. Uma estimativa inicial feita pela Corte à Advocacia-Geral da União (AGU) calcula R$ 5,9 milhões em danos. Apesar da reabertura do plenário, o restante do prédio-sede continua em reforma.

A primeira sessão do STF será realizada ainda na quarta-feira, às 15h. Na pauta, o primeiro processo que deve ser julgado pelos ministros diz respeito aos "limites da coisa julgada" na área tributária. A discussão é sobre a quebra automática de decisões em caso de novos entendimentos do STF.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também fará uma solenidade de abertura às 14h, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 19h.

A relação entre Raquel Lyra (PSDB) e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ainda é distante. Apesar de aprovar sua reforma administrativa - que criou novos cargos comissionados e aumento salários de servidores -, a falta de diálogo com a governadora é criticada pelos deputados estaduais, que esperavam da nova composição um início de mandato com mais abertura. Nesse contexto, João Campos (PSB) pode ser uma peça-chave na busca por essa articulação. 

O distanciamento de Raquel com o legislativo é tido como uma característica herdada do pai João Lyra. Em seu primeiro mandato de prefeita, a Câmara Municipal de Caruaru já reclamava da falta de interesse no diálogo. "Frequentemente atores diferentes reclamavam de ausência total de escuta por parte da gestão municipal. Como governadora, creio que será muito difícil manter o mesmo tipo de postura", observou o professor doutor em Ciência Política, Gustavo Rocha.

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Na realidade de uma Câmara do interior, a gestora rapidamente conseguiu reverter a oposição e formou maioria logo no início do mandato. Porém, a pequena oposição que se preservou em Caruaru continuou a criticar a falta de debate e acompanhou esse afastamento contagiar os demais vereadores. "Sobre as aprovações, depois de conquistar uma ampla maioria, era na base do ‘rolo compressor’. Pouco debate, aprovações rápidas, e os poucos vereadores dissidentes geralmente denunciavam a falta de debate e os problemas dos projetos", apontou Rocha, que citou o acordo com a Caixa pela continuidade da obra da Via Parque. Nessa votação houve apenas um voto contra. 

Busca por prefeitos

Nesta semana, Raquel convidou prefeitos do Grande Recife e da Zona da Mata para ouvir suas demandas, e deve receber os representantes do Sertão já na próxima segunda (30). Como ex-gestora municipal, ela entende os benefícios desse contato direto para sua governabilidade, entretanto, esses encontros não dispensam o peso de atender à expectativa dos deputados estaduais para os próximos passos da sua gestão. 

"Ela já deveria ter iniciado os diálogos para não ser pega no contrapé no início da legislatura. Mas é de se esperar que haja uma composição. Afinal, ela foi deputada estadual e a vice tem uma grande experiência na Alepe. Sabem o que pode dificultar a vida delas", alertou o cientista político.

João Campos pode ser o caminho

Ainda sem movimentos claros para atrair o PSB, até o momento, o partido que carrega a maior base na Alepe também não se mostrou disposto a se bandear para o lado da governadora. A estratégia para começar a articular com o legislativo estadual pode passar pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB). 

Considerado um dos principais interlocutores do partido a nível nacional, principalmente após participar da campanha de Lula (PT), João já afirmou que pretende criar uma relação tranquila com Raquel e deixar o clima eleitoreiro no passado.

Na medida em que ele e a governadora desemparedam essa relação, o PSB pode adotar uma posição mais independente da Frente Popular, o que seria melhor que uma oposição aberta pela condição de negociar cada pauta conforme os interesses do partido, avaliou Rocha. 

“Não sei qual a extensão de influência dele sobre os demais partidos. Mas o PSB sozinho já seria suficiente para ter uma maioria. Isso pode ser definido por posições na mesa diretora da Alepe, com acordos com as prefeituras, que daria uma disposição ao partido de manter uma posição, ainda que crítica, de apoio. O que tenderia a mudar em momentos em possa haver capitalização eleitoral. Em outras palavras, ainda que aconteça, tende a ser um apoio meio instável", complementou o estudioso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante abertura da reunião com os governadores, que o Executivo não deixará de discutir com os chefes locais sobre as perdas de ICMS geradas pela lei aprovada durante a gestão Bolsonaro. "Questão do IMCS está na cabeça de vocês desde que foi aprovado. Podemos acertar, podemos dizer o que pode ser feito, o que não pode, mas não vamos deixar de discutir nenhuma coisa com vocês", afirmou Lula nesta sexta-feira (27).

Ele destacou também que o governo quer colher na reunião quais são as prioridades de investimento de cada governador em seus Estados. "Vocês sabem, não temos o orçamento que desejávamos ter. Orçamento foi feito pelo governo anterior (...) Queremos compartilhar com os governadores a responsabilidade de repartir o sacrifício das obras", disse.

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O presidente ainda voltou a afirmar que quer construir uma nova relação entre os entes federativos e o governo federal, superando divergências que possam surgir nas eleições. "Uma nova relação, que o Brasil volte a normalidade, conversar não é proibido, se queixar não é proibido. E não tem sentido que o presidente da República vá a um Estado e não visite o governador, prefeito, por divergências no processo eleitoral. Depois que você ganha as eleições, vira governante e precisa ter comportamento minimamente civilizado", disse.

Atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de inquéritos para investigar executores, financiadores e 'autores intelectuais' dos atos golpistas do dia 8, quando radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

Ao requerer as investigações, no último dia 12, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, pediu para apurar supostos crimes de terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

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Alexandre de Moraes acolheu a alegação da PGR sobre a 'necessidade de otimização de recursos, uma vez que há requisitos específicos para responsabilização penal por autoria intelectual e por participação por instigação, que diferem, em parte, dos requisitos aplicáveis aos executores materiais e daqueles aplicáveis aos financiadores e por participação por auxílio material'.

Os três inquéritos se somam à investigação sobre 'agentes públicos responsáveis por omissão imprópria', que mira condutas do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do ex-comandante geral da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira. O ex-presidente Jair Bolsonaro também é investigado, sob suspeita de instigar os atos.

No bojo de tal investigação, a PF já colheu o depoimento de alguns investigados - Vieira, Ibaneis e Oliveira. Resta ainda a oitiva de Torres, que se calou diante da PF na quarta, 18, sob alegação de que sua defesa não teve acesso aos autos. A Polícia Federal já requereu novo depoimento e aguarda o aval do ministro Alexandre de Moraes.

Além disso, o Ministério Público Federal quer investigar os deputados diplomados André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP) por incitação aos atos golpistas. Tal pedido de apuração tem como base publicações dos parlamentares nas redes socais.

Ao justificar a necessidade dividir as investigações em quatro frentes, Carlos Frederico Santos indicou que o caso envolve crimes multitudinários, praticados por multidões. Segundo o subprocurador, tais delitos envolvem um 'vinculo subjetivo entre pessoas que podem até não se conhecer, mas que atuam de forma conjunta para uma mesma finalidade'.

Segundo a PGR, já foram requeridas diligências como o compartilhamento de provas com outros órgãos de investigação, além do envio de pedidos de informações às plataformas Facebook, TikTok, Twitter e Instagram, para que forneçam a relação de perfis de usuários que foram reconhecidos como 'difusores massivos de mensagens atentatórias ao regime democrático, ao resultado das eleições e aos Poderes da República'.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou mais três pedidos da Procuradoria-Geral da República para investigar os responsáveis pelos atos golpistas realizados em Brasília, no Distrito Federal, em 8 de janeiro. As apurações abrangem executores, instigadores e autores intelectuais dos atos.

Ao todo, a PGR apresentou sete pedidos de abertura de inquérito ao STF. O objetivo é sistematizar a investigação em quatro núcleos, para identificar e responsabilizar executores materiais, financiadores, autores intelectuais e autoridades públicas envolvidas.

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As petições foram assinadas pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, o subprocurador Carlos Frederico Santos.

A pedido da PGR, Moraes já abriu inquérito para investigar a conduta do governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) e do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. O ex-presidente Jair Bolsonaro também é investigado sob suspeita de instigar os atos.

São investigados, entre outros, os crimes de terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça e perseguição.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu na tarde desta terça, 17, um inquérito para investigar autoridades públicas por suposta "omissão dolosa" na garantia da segurança dos prédios públicos federais durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. As investigações poderão abranger o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, além de militares.

Na portaria de instauração do inquérito civil, o procurador Carlos Henrique Martins Lima destacou que na investigação já em curso no Supremo Tribunal Federal sobre o caso, "estão descritas evidências de que autoridades públicas, inclusive militares, dolosamente deixaram de cumprir o seu papel de garantir segurança dos prédios públicos federais nos episódios criminosos do dia 08 de janeiro de 2023".

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Lima afirmou também que "as omissões dolosas podem configurar ato de improbidade administrativa".

O inquérito vai correr em sigilo e foi determinado prazo de um ano para as investigações.

O Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci), com sede no Rio, abriu uma ação civil pública exigindo que a Americanas pague compensação por danos morais e materiais individuais a acionistas, investidores e consumidores.

A ação foi aberta na sexta-feira, 13, mesmo dia em que a Americanas pediu na Justiça - e conseguiu - a blindagem contra credores, por meio da suspensão das cobranças de dívidas, antecipando efeitos de uma recuperação judicial. Os danos, de acordo com o pleito, seriam apurados em liquidação de sentença.

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O Ibraci requer - no caso de o pedido de compensações individuais ser negado, com a Justiça reconhecendo exclusivamente o dano moral coletivo - que a indenização seja voltada ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDDD).

"Os consumidores investidores individuais, após a avaliação de ativo financeiro com base nas demonstrações financeiras e informações prestadas pelas empresas, realizam a compra das ações/ativos financeiros negociados na bolsa de valores, e assim o fizeram e fazem com as ações da Ré, sob a rubrica "AMER3", lembrou a petição. "Contudo, as avaliações realizadas para a aquisição do ativo foram baseadas em informações falsas, enganosas ou maquiadas prestadas pela Ré. Observa-se que, no caso em tela, há quebra da boa-fé objetiva, dada a atitude da Ré em maquiar suas informações e balanços, induzindo os investidores."

O processo foi protocolado na 5ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro.

Começou por volta das 14h30 desta segunda-feira, 12, a cerimônia de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do seu vice, Geraldo Alckmin. Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi ovaciado pela plateia ao abrir o evento. A diplomação atesta o resultado da eleição deste ano.

Estão presentes na mesa os demais ministros do TSE, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, os ministros do TSE, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Ordem das Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti.

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Na primeira fila do plenário lotado, estão a futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, os ex-presidentes Dilma Rousseff e José Sarney e Fernando Haddad, anunciado por Lula como futuro ministro da Fazenda.

Galvão Bueno finalmente recebeu alta hospitalar, pós ser diagnosticado com Covid-19 na última semana. O apresentador passou um tempo no hospital por recomendações médicas.

Em suas redes sociais ele comemorou a saída do hospital e disse estar totalmente recuperado e pronto para ir para o Qatar, país sede da Copa do Mundo 2022:

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"Tome muito cuidado. A COVID voltou forte, forte mesmo. Vim dizer que eu estou inteiramente recuperado, com alta médica e vou para casa. É questão de dois dias para eu pegar o avião e ir para o Catar".

Porém, como nem tudo são flores, segundo a revista Veja, Galvão Bueno não vai fazer parte da equipe de transmissão de abertura da Copa do Mundo, pois ele teve algumas complicações em seu calendário. Infelizmente, esse fato quebra uma tradição, em 36 anos essa será a primeira vez que a voz de Bueno não irá emocionar o público na estreia de uma Copa do Mundo.

No lugar de Galvão vai ficar o narrador Luís Roberto, que ficou responsável por comandar a narração do jogo de domingo, dia 20.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 11, que a autarquia deve liberar em novembro os protocolos do Pix para que outros países possam copiar gratuitamente o sistema de pagamentos instantâneo. "Agora, em novembro, a gente vai abrir tudo que a gente fez no Pix, em termos de protocolo, para todos os bancos centrais que quiserem copiar, de graça", afirmou.

A declaração de Campos Neto foi feita em evento organizado pela CFA Society Brazil, em São Paulo.

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Ativos digitais

O presidente do Banco Central disse também que a autarquia quer incentivar bancos a atuarem como custodiantes de ativos digitais. "Exatamente para você não ter um problema de concentração de custódia e porque gente acha que vai aumentar a eficiência dos bancos na hora em que eles passarem a ver ativos e passivos na forma de token", comentou.

Antes, o presidente do BC havia dito que o perigo em torno do sistema de criptoativos é a concentração de custódia, como no caso das exchanges de criptomoedas FTX e Binance.

Ele acrescentou que o objetivo do BC é de atrair ativos digitais para o País e não "colocá-los para fora", como outros países fariam.

A capital pernambucana, que detém alguns dos maiores colégios eleitorais do estado, começou a registrar filas de eleitores ainda no começo da manhã, antes da abertura das seções de votação, que abriram às 8h, seguindo o horário de Brasília. Em ronda nos polos locais, a equipe do LeiaJá acompanhou o início da votação e conversou com eleitores.

No geral, o sentimento é de tranquilidade em relação à tensão política. Apesar de reconhecerem a importância e a polarização das eleições deste ano, a população não vê riscos ao processo eleitoral.

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"Não sou da turma dos indecisos. Já tenho candidato há anos. Esse ano, estou achando o clima normal, tranquilo. Não me envolvo em atritos de política porque não vale a pena. A gente já sabe em quem vota, não adianta influenciar o outro. Depois que passa a política, fica tudo para a gente", disse o autônomo Paulo André, de 53 anos, morador do Recife.

O eleitor foi acompanhado da esposa, Aldecir Lopes, de 54 anos, que também vota na mesma escola estadual em que o marido, em Santo Amaro. Apesar de votarem juntos, o casal diverge nas opiniões.

"Eu e ele já discutimos, porque ele é por um candidato e eu, por outro, mas ficou tudo bem. Só quem decide quem entra no poder é o eleitor e quem entrar, vai precisar fazer por todo mundo. Gostaria muito que fosse o meu, mas se for o dela, tudo bem também. Nossas discussões, no começo, não eram brincadeira, não, mas agora a gente implica só pra se distrair", complementou Aldecir.

Enquanto ele avalia bem a gestão que deixa Pernambuco, Aldecir acredita que o PSB deixou a desejar nas áreas de segurança pública e saúde. O esposo também acredita em um segundo turno estadual e nacional, enquanto a mulher torce por uma vitória em primeiro turno em ambas as frentes.

Eleitor não se sente representado

Outro relato comum é o de decepção do eleitorado com os postulantes. Entre indecisos e pessoas com voto fechado, há quem acredite que os debates foram fracos e a disputa, descentralizada.

"Venho votar porque quero, mas não preciso. Moro perto, venho cedo, mas não fico acompanhando o resultado, não. Às 17h a gente descobre. A gente faz o nosso papel aqui, eles que não fazem os deles. Espero que quem entrar olhe mais pelo pessoal nos morros, cuide da criminalidade, que está muito grande", declarou o senhor Edinaldo Pereira, de 68 anos, que vota em um estádio no Arruda.

"Como eleitora, me sinto decepcionada. Os debates foram um desastre. Nenhum deles me representa. Migrando do Sertão para o Recife, senti muita diferença. Também achei essas eleições agressivas, mas acredito que aqui [Recife], vai rolar tudo bem", desabafou uma eleitora.

De Sertânia, a eleitora Regina dos Santos, de 50 anos, descreveu sua experiência no centro da cidade. "Há um ano moro no Recife. Desenvolvi até síndrome do pânico por causa de assaltos onde moro. Moro no Rosarinho, e às 6h você não pode descer de casa com uma aliança e nem correr, caminhar. Tem que tirar tudo, ir sem celular ou com um homem do lado. [...] Há muito tempo deixam a desejar na segurança, mas também na educação e na saúde", concluiu.

O cenário se repete: chegado o domingo (2) das Eleições 2022, os "santinhos" tomam conta das ruas do Recife. A prática, que é irregular, consiste na soltura de panfletos, adesivos e qualquer artigo de propaganda eleitoral no dia da votação.

Na capital pernambucana, trechos entre a região central a partir de Santo Amaro, até a Zona Norte da cidade, estavam inteiramente sujos com os artigos. Candidatos como Lula da Fonte (deputado federal pelo PP), Ricardo Radiador (deputado estadual pelo Patriota) e Felipe Carreras (deputado federal pelo PSB) foram alguns dos mais vistos na chuva de santinhos.

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O descarte irregular de propaganda eleitoral no dia da eleição é proibido pela legislação eleitoral e pode, ainda, configurar crime de boca de urna em alguns casos. É comum que a distribuição seja feita na noite anterior à votação, para que postulantes tenham maior visibilidade entre o eleitorado. Os partidos e candidatos, porém, devem ser responsabilizados pela infração.

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Votação

Em Pernambuco, o horário de votação será das 8h às 17h. Exceto em Fernando de Noronha (PE), onde será das 9h às 18h. É preciso estar munido de documento oficial com foto para votar. Celulares são proibidos na cabine de votação, mas aprovados na seção eleitoral, bem como bandeiras, camisas, broches e qualquer manifestação política individual que não limite a expressão de outro eleitor.

Os fãs mais assíduos de Game of Thrones tiveram um momento de nostalgia na noite deste domingo (28). A Casa do Dragão, nova série do universo de As Crônicas de Gelo e Fogo ganhou sua sequência de abertura no segundo episódio, contando com a música original da abertura de Game of Thrones.

A nova arte destaca o fogo e o sangue que regem a Casa Targaryen, além de manter a música clássica composta por Ramin Djawadi. A abertura seguiu o mesmo estilo da apresentação de Game of Thrones.

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Muitos fãs estavam empolgados para a divulgação da nova abertura, uma vez que Game of Thrones tornou-se icônica na cultura pop ao divulgar detalhes da trama em suas aberturas de forma sutil. Após a divulgação do primeiro episódio, os showrunners garantiram aos fãs que o capítulo seguinte já contaria com a abertura, nos moldes da série pregressa.

A série A Casa dos Dragões conta uma história que se passa 200 anos antes de Game of Thrones, quando a família Targaryen tinha muitos dragões e governava Westeros. Neste contexto, uma guerra civil é travada entre a própria família pela sucessão no trono.

A Casa do Dragão recebe novos episódios todo domingo, às 22h, na HBO e HBO Max.

 

 

Foi dada a largada: candidatos de todo o Brasil puderam dar início às suas campanhas nessa terça-feira (16), dia que marca a abertura do período eleitoral, conforme a legislação. Em Pernambuco, o dia foi marcado por caminhadas e comícios, com os postulantes indo ao encontro da população, ao lado de seus respectivos apoiadores. Confira, abaixo, como se deu a abertura nas diferentes frentes políticas pelo Governo do Estado. 

Raquel Lyra (PSDB) 

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A campanha da ex-prefeita de Caruaru foi iniciada na cidade agrestina onde foi gestora por dois mandatos. Em seu discurso, Raquel deixou uma mensagem para os presentes. "Vamos fazer de Pernambuco um estado líder para o Nordeste e para o Brasil. Não estou aqui para uma aventura. Quando muita gente tem medo de visitar o povo, a gente chega com a mão cheia de trabalho, cheia de esperança", declarou Raquel. 

O ex-governador de Pernambuco, João Lyra Neto, falou sobre a importância de uma governadora como Raquel. "Esse estado precisa de uma pessoa que tenha compromisso com nossa gente. Raquel vai devolver ao nosso estado o destaque no cenário político nacional", frisou. Outras lideranças políticas estiveram presentes no evento. Entre elas, Guiga Nunes, prefeito de Vicência, e o vice-prefeito de Vitória, Edmo Neves. 

Além deles, os candidatos a deputado federal, Bruno Ribeiro (PSDB) e Rodolfo Albuquerque (PSDB), e os candidatos a deputado estadual, Débora Almeida (PSDB), Carlos Braga (PSDB), Leo Salazar (Cidadania) e Mestre Damião (Cidadania). 

Danilo Cabral (PSB) 

O primeiro grande ato de campanha oficial do candidato Danilo Cabral foi marcado por uma longa caminhada pelas ruas do bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife. Durante o ato, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), lembrou a história e ações do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e cravou: "Não tenho dúvidas que, com a graça de Deus e a força do povo, Danilo será o próximo governador de Pernambuco". 

"Da onde Lula saiu pra mudar o Brasil foi de Pernambuco. E onde ele começou o seu governo foi em Brasília Teimosa. E é daqui que a gente vai dar o pontapé inicial pra fazer Danilo governador", conclamou o prefeito do Recife, também lembrando a largada para vitória do ex-governador Eduardo Campos, que iniciou sua gestão no Palácio do Campo das Princesas da comunidade Ilha de Deus, na Imbiribeira, em 2007. "Esse time daqui está pronto, vamos votar casado. O presidente Lula vai precisar de um Congresso Nacional decente e Danilo vai precisar de uma Assembleia Legislativa parceira", convocou o gestor municipal. 

Marília Arraes (Solidariedade) 

Através da coligação Pernambuco na Veia, Marília Arraes realizou um grande ato na comunidade da Roda de Fogo, no bairro dos Torrões, no Recife, marcando o primeiro dia de campanha de rua. O grupo político é encabeçado pela candidata ao Governo de Pernambuco, por Sebastião Oliveira, candidato a vice-governador, e por André de Paula, candidato ao Senado. 

"Todas as campanhas que disputei, comecei a caminhada na comunidade de Roda de Fogo. Há um simbolismo muito grande em estar aqui hoje, não só porque Miguel Arraes andou por aqui, mas sim porque ele apoiou e valorizou a luta do povo", expressou a candidata do Solidariedade, homenageando o avô e ex-governador Miguel Arraes. 

Também estiveram na caminhada: Maria Arraes, candidata a deputada federal; Waldemar Oliveira, candidato a deputado federal; Dilson Batista, vereador do Recife e candidato a deputado federal; Luciano Duque, candidato a deputado estadual; Bira Ambiental, candidato a deputado estadual; Socorro Pimentel, candidata a deputada estadual; Aline Mariano, vereadora do Recife; Belarmino Vasquez, ex-prefeito de Tracunhaém; Fernando Lima, candidato a deputado federal. 

Anderson Ferreira (PL) 

Anderson Ferreira reuniu a imprensa em uma coletiva, na tarde desta terça-feira (16), no auditório do Mar Hotel, no Recife, e apresentou as diretrizes do plano de governo. Durante o lançamento do programa, que contou com a participação do candidato ao Senado, Gilson Machado Neto (PL), e da candidata à vice-governadora, Izabel Urquiza (PL), Anderson foi enfático e, em um discurso forte e direto, destacou que vai fazer em quatro anos o que o governador Paulo Câmara (PSB) e Danilo Cabral (PSB) não fizeram nos últimos oito anos.  

A apresentação das diretrizes marcou o primeiro ato da fase de campanha de Anderson ao Palácio do Campo das Princesas. O liberal salientou que o documento é “mais que um plano de governo, é um plano de ação”, e colocou no centro das prioridades o crescimento econômico do estado, ao reiterar que vai ser lembrado como o governador que mais gerou empregos na história de Pernambuco.  

Anderson fez questão de destacar que tem um lado, “o lado do bem”, e que está fechado com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que participou do evento por meio de vídeo, quando, em clima de campanha, pediu votos para Anderson e Gilson, e frisou que “vai trabalhar para trazer para o estado os recursos que Pernambuco precisa”.  

Miguel Coelho (União Brasil) 

O candidato a governador Miguel Coelho encerrou o dia inicial da campanha eleitoral em um reencontro com sua terra. Prefeito por dois mandatos, tendo a maior votação da história de Petrolina, Miguel escolheu fazer o primeiro grande comício da coligação “Pernambuco com força de novo” em sua cidade, na noite desta terça-feira (16). O evento reuniu milhares de militantes e lideranças políticas da capital do São Francisco. 

O candidato do União Brasil falou do simbolismo da arrancada de sua campanha a partir do Sertão. “Essa campanha era, para muitos, impossível. Diziam que sou o candidato mais jovem saindo do menor colégio eleitoral. Disseram que eu iria sair pequeno. Não tenho medo, sou da ‘Terra dos Impossíveis’, que transformamos nos últimos anos. Em 2016, eu tinha 2%, ninguém acreditava, e vencemos”, conclamou o ex-prefeito de Petrolina. 

A partir de agora, Miguel Coelho inicia a agenda por todo o estado. Depois de passar o primeiro dia no Sertão, o candidato a governador leva sua caravana para a região metropolitana. Nesta quarta (17), Miguel participa de caminhadas e atos populares no Recife e em Paulista. 

João Arnaldo (PSOL) 

O advogado popular João Arnaldo, do PSOL, que também já foi candidato a vice-prefeito do Recife junto a Marília Arraes, abriu sua campanha com uma "bicicletada". O evento foi feito junto a alguns companheiros de partido, como o pré-candidato a deputado estadual Ivan Moraes. A chapa de Arnaldo é composta por Alice Galbino, ambientalista e militante, candidata a vice-governadora. Já a indicada ao Senado foi Eugência Lima, ex-coordenadora da Juventude de Olinda e também militante. 

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A Fifa confirmou nesta quinta-feira que a Copa do Mundo do Catar começará um dia mais cedo do que o previsto. O torneio será aberto com o duelo entre Catar e Equador no dia 20 de novembro, e não mais 21, de maneira a manter a tradição de ter o país-sede no jogo de abertura da competição.

A partida de abertura e a cerimônia do torneio deste ano no Estádio Al Bayt, em Al Khor, a 50 km da capital Doha, foram antecipadas em um dia após decisão unânime tomada nesta quinta em reunião do presidente Gianni Infantino com os mandatários das seis confederações continentais, incluindo Conmebol, Uefa e Concacaf, e referendada pelo Conselho da Fifa.

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"A decisão seguiu uma avaliação da concorrência e das implicações operacionais, bem como um processo de consulta completo e um acordo com as principais partes interessadas e o país anfitrião", justificou a Fifa. A entidade máxima do futebol argumentou que a alteração garante a continuidade de uma longa tradição em Copas. Historicamente, abrem o campeonato sempre a nação anfitriã ou o campeão anterior. A decisão teve o aval do Comitê Supremo de Entrega e Legado.

A Copa estava programada para começar no dia 21 de novembro, uma segunda-feira, com a partida entre Senegal e Holanda, pelo Grupo A. O jogo começaria às 13 horas, horário local em Doha, equivalente às 7 horas da manhã, pelo horário de Brasília, mas foi reagendado para as 19h, (13h no horário brasileiro). Inglaterra x Irã, às 10h, e Estados Unidos x País de Gales, às 16h, são as outras partidas disputadas no dia 21, que passou a ter três confrontos em vez de quatro.

A proposta amplia a duração da Copa de 28 para 29 dias de competição e contou com o apoio dos dirigentes do futebol do Catar e da Conmebol, confederação à qual está ligada a federação de futebol do Equador, seleção que encara o time catariano na abertura do Mundial.

O plano inicial da Fifa, de contar com quatro partidas no primeiro dia da Copa e de iniciar numa segunda-feira, foi motivado por pressão dos clubes e torneios europeus, que devem ter jogos até 13 de novembro, antes de sofrerem uma interrupção para a disputa do Mundial. A ideia de antecipar o jogo de abertura virou uma opção real por envolver poucos jogadores que atuam no futebol europeu.

A Copa do Mundo deste ano será a primeira da história a ser disputada fora do período de férias de verão do hemisfério norte do planeta e a primeira realizada no Oriente Médio. As 21 edições do Mundial já disputadas foram realizadas sempre no intervalo entre o fim de maio e o fim de julho, sem atrapalhar a temporada europeia, que começa em agosto e termina em maio. Será a primeira vez, portanto, que os campeonatos europeus, tanto os nacionais quanto os continentais, serão paralisados para a disputa do Mundial.

Em seu discurso na sessão de abertura dos trabalhos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da Corte, Edson Fachin, condenou manifestações anti-urnas. Sem citar o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem atacado o sistema de votação do País, o ministro mandou um recado aos eleitores para que "não cedam aos discursos que apenas querem espalhar fake news e violência".

"Quem vocifera não aceitar resultado diverso da vitória não está defendendo a auditoria das urnas eletrônicas e do processo eleitoral de votação, está defendendo apenas o interesse próprio de não ser responsabilizado pelas inerentes condutas ou pela inaptidão de votado pela maioria da população", afirmou.

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A fala de Fachin fez alusão às declarações recentes de Bolsonaro, que, em mais de uma ocasião, prometeu contestar o saldo das urnas por considerá-las fraudadas. Diante das tensões que se acumulam em torno das eleições, o presidente do TSE disse que "o Brasil é maior que a intolerância e a violência". No mês de junho, um militante do PT foi assassinado a tiros por um apoiador de Bolsonaro durante sua festa de aniversário com tema do partido, em Foz do Iguaçú (PRF).

Fachin enfatizou que discursos de autoridades que desqualificam "a segurança das urnas eletrônicas tem um único objetivo: tirar dos brasileiros a certeza de que seu voto é válido e sua vontade foi respeitada". Há duas semanas, Bolsonaro reuniu mais de 60 embaixadores no Palácio do Planalto num evento cujo objetivo foi desqualificar o sistema eletrônico de votação e atacar o TSE.

O ato organizado por Bolsonaro surgiu em resposta a um evento similar realizado em junho por Fachin nas dependências do TSE, mas com foco em demonstrar ao exterior a segurança das eleições brasileiras. A afronta do presidente ao sistema eleitoral gerou uma crise do governo com os embaixadores, que sequer aplaudiram a apresentação no Planalto. O partido do presidente, o PL, chegou a atuar para ocultar nas redes sociais o mal estar com o corpo diplomático.

"A opção pela adesão cega à desinformação que prega contra a segurança e auditabilidade das urnas eletrônicas e dos processos eletrônicos de totalização de votos é a rejeição do diálogo e se revela antidemocrática", afirmou Fachin.

Durante o discurso nesta segunda, Fachin voltou a defender que há mais de 25 anos o sistema eleitoral brasileiro é tido por autoridades nacionais e internacionais como "seguro e confiável". Na contramão das acusações de Bolsonaro, o presidente do TSE disse que a Justiça Eleitoral "protege o voto e a liberdade de escolha".

"Nossa função é a de garantir a liberdade do seu voto e que ele será computado e considerado tal como feito. Fazemos isso há mais de 26 anos com as urnas eletrônicas, com comprovada transparência e segurança, e continuaremos a fazer isso nas eleições de 2022", afirmou.

Fachin passará o controle do TSE para o ministro Alexandre de Moraes no próximo dia 16 de agosto. O discurso do ministro nesta segunda foi uma de suas últimas manifestações públicas à frente do cargo, que ocupa desde fevereiro desde ano.

Durante seus seis meses de gestão, o presidente da Corte Eleitoral se portou como um dos principais defensores da confiança das urnas e das eleições brasileiras em contraponto à escalada retórica de Bolsonaro contra os sistemas de votação. O magistrado lembrou de medidas aprofundadas na sua gestão para aumentar a transparência do processo e fazer frente às ameaças do Executivo federal, como a ampliação dos encontros da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE).

Criada em 2021 durante a gestão de Luís Roberto Barroso, a Comissão se tornou um dos principais desafios de Fachin por ter um militar entre os seus membros. Como mostrou o Estadão, o Ministério da Defesa passou a instrumentalizar a presença no grupo para reproduzir o discurso anti-urnas de Bolsonaro e propor mudanças no processo eleitoral. A resistência de Fachin gerou sucessivas crises com o general Paulo Sérgio Nogueira, que chefia a pasta da Defesa.

"A Justiça Eleitoral é composta por 22.528 cidadãs e cidadãos que compõem um corpo técnico qualificado, firme na defesa do processo eletrônico de votação, servindo à democracia e ao mesmo tempo em que se pauta pela harmonia e pelo respeito às regras", destacou Facin no discurso. "A Justiça Eleitoral tem histórico honrado e imaculado de fiel cumprimento de sua missão constitucional: realizar eleições com paz, com segurança, e com confiabilidade nos resultados", frisou.

O procurador-geral da Eleitoral, Augusto Aras, também discursou e disse que a busca por soluções pacíficas não se confunde com a passividade. Ele é criticado por membros do Ministério Público por sua omissão em condenar os ataques de Bolsonaro à realização das eleições.

O procurador-geral ainda fez menção às comemorações do bicentenário da Independência em sete de setembro, data em que Bolsonaro realizará uma mega-manifestação em Copacabana visando reeditar os atos do feriado do ano passado. Na ocasião, o presidente atacou ministros do TSE e disse que não iria mais cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes. Em Brasília, manifestantes tentaram romper o cordão policial para invadir o Supremo Tribunal Federal (STF).

Para Aras, contudo, o Judiciário chegará a "um bom termo em sete de setembro, assim como tivemos em 2021". "O Ministério Público braisleiro está atento e acompanhando todos os movimentos em busca do fortalecimento do ambiente democrático", afirmou.

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