Tópicos | abertura

O Índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha teve a primeira leitura positiva desde maio de 2011, subindo de -21,6 pontos em janeiro para 5,4 pontos em fevereiro e mudou tudo nos mercados na manhã desta terça-feira. O dado ficou muito acima dos -11,6 previstos pelos analistas e, junto com os resultados também favoráveis hoje dos leilões de títulos soberanos realizados pela Itália, Espanha e Grécia, colocou os ativos de risco em alta, deixando para trás a influência negativa que os rebaixamentos da Moody's, anunciados ontem à noite exerciam nas bolsas e nas moedas, mais cedo.

Às 9h43, o euro valia US$ 1,320, mostrando recuperação ante a cotação de US$ 1,3187 registrada no final da tarde de ontem em Nova York e de US$ 1,3171 verificada pouco antes das 7 horas de hoje. No mesmo horário, o dólar março era cotado a R$ 1,721, com queda de 0,17%. Às 9h44, o dólar index tinha alta de 0,09%.

##RECOMENDA##

Esse indicador mede a relação da moeda norte-americana com seis moedas fortes, incluindo o iene e está fortemente influenciada por medidas tomadas hoje pelo Banco Central do Japão (BOJ, na sigla em inglês). A instituição decidiu expandir seu programa de compra de ativos em 10 trilhões de ienes (cerca de US$ 130 bilhões) e mudou o enunciado de seu preço-alvo diante da pressão política para reforçar seu compromisso de acabar com a deflação e enfraquecer a moeda japonesa. Com isso, o dólar subia quase 0,60% ante o iene há instantes.

Perante as principais moedas emergentes, o dólar ainda não encontra rumo único. Há pouco, a moeda norte-americana tinha alta de 0,10% ante o dólar australiano, queda de 0,18% em relação ao dólar canadense e valorização de 0,06% em comparação ao dólar neozelandês.

Além da boa notícia da Alemanha e dos leilões por meio dos quais os três países europeus captaram recursos dentro da faixa pretendida, com juros menores, o motivo que permite o mercado relevar a decisão da Moody's é a previsibilidade da decisão tomada. Os rebaixamentos da Moody's seguem-se aos anteriormente anunciados pela S&P e Fitch e não são exatamente uma surpresa.

Por aqui, o mercado deve continuar de olho no fluxo de recursos e nas novidades do dia, sem oscilações fortes. "No patamar atual os investidores não arriscam muito. Não há muito espaço para a queda, por causa da percepção de que o BC pode atuar e do cenário internacional, que ainda tem incertezas importantes, e não há espaço para subir porque o fluxo ainda é positivo", disse um operador.

As bolsas em Wall Street abriram em alta hoje, impulsionadas pela aprovação do programa de austeridade pelo Parlamento grego ontem. Com isso, a Grécia abre caminho para receber o pacote de resgate de 130 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Às 12h32 (de Brasília), o Dow Jones subia 0,48%; o S&P 500 tinha alta de 0,63% e o Nasdaq subia 0,81%.

Apesar da euforia dos mercados, a população grega está mais revoltada do que nunca com esse pacote de austeridade e Atenas está literalmente em chamas, com protestos e confrontos entre manifestantes e polícia. O povo grego, que já vem sendo castigado por uma economia em recessão e alto desemprego, sabe que o pacote tende a piorar ainda mais suas condições de vida.

##RECOMENDA##

As atenções hoje estão ainda na apresentação do Orçamento do ano fiscal de 2013 pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que deve propor como fazer cortes de US$ 4 trilhões ao longo de dez anos. Amanhã, saem dados de vendas de varejistas, que irão mostrar se o consumo aumentou em janeiro. Economistas consultados pelo site Marketwatch esperam que as vendas tenham subido 1% no período, o que seria a maior alta desde setembro. Excluindo automóveis, a expectativa é de alta de 0,7%.

São Paulo, 13 - O Parlamento grego aprovou ontem à noite as medidas de aperto fiscal que devem qualificar o país a receber novo pacote de ajuda financeira de 130 bilhões de euros, o que potencialmente afastaria o risco de default em março. A aprovação ocorre enquanto os gregos seguem se manifestando, com violência cada vez maior, contra as medidas que tem estrangulado ainda mais a economia. E o novo pacote onera ainda mais a população. Ele prevê a redução dos gastos de 3,3 bilhões de euros só neste ano e um corte de 22% do salário mínimo do país.

Agora, os governantes da zona do euro devem bater o martelo para a concessão do empréstimo e os alemães já mostraram comedimento. As bolsas europeias abrem a semana em alta, com os bancos na liderança do movimento. O euro e o petróleo se valorizavam. E a retomada da confiança sobre um desfecho que evite o default da Grécia gera forte pressão vendedora de Bunds e Treasuries - os títulos do Tesouro da Alemanha e dos EUA que vinham atuando como guardiães de valor. Com as vendas, o juro da T-Note de 10 anos superou 2% e estava em 2,012%, às 8h05. Às 8h55, Londres subia 0,91%, Paris (+0,39%) e Frankfurt (+0,64%).

##RECOMENDA##

O novo impasse político na Grécia afetou a disposição dos investidores hoje, contribuindo para uma abertura em queda das bolsas em Wall Street. Às 12h35 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,83%, o SP 500 tinha queda de 0,91% e o Nasdaq cedia 0,90%.

Nos EUA, o déficit comercial do país continuou a subir. Em dezembro, o déficit aumentou 3,7%, para US$ 48,8 bilhões, do dado revisado de US$ 47,06 bilhões em novembro, pressionado pela alta nos preços do petróleo e nas importações de carros e aviões. Foi a segunda alta consecutiva e superou a estimativa de aumento para US$ 48,5 bilhões. Em 2011, o déficit ficou em US$ 558 bilhões, o maior nível desde 2008 e 11,6% acima de 2010.

##RECOMENDA##

Os mercados ainda não têm um acordo sobre a dívida da Grécia, mas encaram um dia pesado. Enquanto as negociações europeias prosseguem, os dados da China e alertas sobre efeitos adversos do clima em colheitas estão no noticiário do dia. Na China, a inflação ao consumidor subiu 4,5% em janeiro, acima da alta prevista de 4,1%. O dado tem efeito de distorções associadas ao Ano Novo Lunar, mas a aceleração interrompeu uma sequência de cinco meses de queda e reduziu as expectativas de flexibilização da política econômica.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reúne-se hoje e mesmo com a ausência de um desfecho para a crise grega não deve anunciar medidas anormais ou um corte do juro, que está em 1%. Já o Banco da Inglaterra (BOE, na sigla em inglês), que divulga, às 10 horas, suas decisões tomadas em encontro de dois dias, pode agir com a ampliação do programa de relaxamento quantitativo em mais 50 bilhões de libras. Sem tirar a Grécia do radar, as bolsas europeias sobem e os índices futuros de Nova York apontam ganhos modestos. O euro voltou brevemente à casa do US$ 1,33. Às 8h55, Londres subia 0,25%, Paris (+0,39%) e Frankfurt (+0,54%).

##RECOMENDA##

Os militares dos EUA nesta quinta-feira vão aliviar algumas restrições às mulheres em combate, abrindo milhares de empregos nas Forças Armadas que não eram permitidos ao sexo feminino, disse um funcionário da Defesa dos EUA nesta quarta-feira.

O movimento é um marco para os militares norte-americanos, retirando proibições impostas às mulheres desde 1970. "O departamento planeja abrir amanhã [hoje] 14.000 postos de trabalho, anteriormente restritos aos homens", disse um oficial sênior do departamento de Defesa.

##RECOMENDA##

O funcionário, que falou em condição de anonimato, descreveu a mudança como um primeiro passo, e que, com o passar do tempo, possivelmente, novos postos deverão ser estendidos também à mulheres.

As mudanças aplicam-se principalmente ao Exército, bem como à Marinha norte-americana, acrescentou o oficial. A Força Aérea e a Marinha já têm poucas restrições ao sexo feminino, após uma decisão de 2010, que abriu as portas para que mulheres prestassem serviços em submarinos.

O Pentágono deve comunicar formalmente a mudança ao Congresso nesta quinta-feira, dando aos legisladores um breve período para atrasar ou bloquear a medida antes que ela entre em vigor. As informações são da Dow Jones.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, em um dia sem indicadores de peso no Brasil e no exterior. O discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, marcado para as 13 horas (horário de Brasília), será observado com atenção pelo mercado, assim como o desdobramento da crise da dívida da Grécia.

Às 11h06 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,54%, aos 64.869 pontos. Em Nova York, o S&P futuro caía 0,34% e o Nasdaq futuro tinha baixa de 0,37%. Na Europa, onde os índices à vista já operam, a Bolsa de Londres tinha baixa de 0,61%, Paris recuava 0,69% e Frankfurt caía 1,07%.

##RECOMENDA##

"A tela inteira está no vermelho hoje. E isso ocorre porque não houve nenhum acordo com a Grécia e o mercado resolveu realizar lucro", afirmou um operador de renda variável ouvido há pouco pela Agência Estado. Segundo ele, o fato de as bolsas em todo o mundo terem registrado ganhos consistentes desde o início do ano abre espaço para realizações, mesmo que pequenas - inclusive no Brasil.

"Quando o dia está sem notícias, o mercado volta a falar de Grécia, das dificuldades do país, e ocorrem realizações", confirma o gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti. Porém, nada mudou de forma substancial na Grécia hoje, com o país ainda em busca de um acordo para evitar o default.

O mercado de ações vai observar com atenção hoje os desdobramentos das discussões, na Europa, para resgate da Grécia e os resultados, no Brasil, do leilão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF). A disputa, que começou às 10 horas, envolve empresas negociadas em Bolsa, como CCR, Ecorodovias, Triunfo e OHL. Embora tenham pouco peso no mercado como um todo, estas companhias tendem a refletir, ao longo do dia, os resultados do leilão.

Às 11h08 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,26%, aos 65.021 pontos. Em Nova York, o S&P futuro tinha baixa de 0,28% e o Nasdaq futuro caía 0,25%. Na Europa, onde os índices à vista já operam, a Bolsa de Londres caía 0,18%, a Bolsa de Paris tinha baixa de 0,81% e a Bolsa de Frankfurt recuava 0,24%.

##RECOMENDA##

"A Bovespa deve abrir em queda, mas isso pode mudar ao longo do dia se houver fluxo", afirmou o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, antes da abertura do índice á vista. Segundo ele, no entanto, o mercado também "está pedindo uma realização", após os ganhos acumulados pelo Ibovespa nas primeiras semanas do ano - em 2012, já são 14,91% de alta.

Em contrapartida, a Europa segue como o principal foco de preocupações. O primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, e os líderes dos partidos políticos locais vão retomar hoje as negociações sobre as medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais em troca de mais ajuda financeira para o país. Após mais de cinco horas reunidos ontem, prosseguem as diferenças em várias questões para a reforma fiscal grega.

Ao mesmo tempo, o ministro da Economia da Alemanha, Philipp Roesler, é contrário à ideia de que os credores soberanos participem do pacote de ajuda à Grécia, de acordo com um artigo publicado no jornal Tagesspiegel. "Os credores soberanos já estão fazendo uma enorme contribuição para resolver a crise", disse Roesler.

Enquanto nada de definitivo surge da Europa, o Brasil segue em seus esforços de preparação para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. "O leilão pode influenciar pontualmente as ações das empresas envolvidas, mas não vai mudar o Ibovespa", acrescenta Galdi. A previsão é de que a disputa dure cerca de cinco horas.

Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em baixa enquanto os investidores realizam lucros após o rali de sexta-feira e enquanto as preocupações com a crise de dívida da zona do euro voltam a se aprofundar. O mercado de petróleo acompanha o desempenho negativo do euro e das bolsas, pressionados pela falta de um acordo para reestruturação da dívida da Grécia.

Segundo Glen Ward, diretor de derivativos de varejo da London Capital Group, mais perdas são esperadas no curto prazo. "Há o dólar forte e uma grande liquidação longa entre as commodities", afirmou. No entanto, as contínuas tensões entre o Irã e o Ocidente, bem como os problemas na oferta de petróleo, provavelmente limitarão as quedas dos preços.

##RECOMENDA##

Durante o fim de semana o Irã reiterou sua ameaça de interromper unilateralmente as exportações para a Europa antes de um embargo determinado pela União Europeia começar a ter efeito, em 1º de julho. Também estão aumentando os receios de que Israel lance um ataque contra as instalações nucleares do Irã.

Analistas afirmam que as incertezas geopolíticas deverão manter o mercado de petróleo volátil. "Existe muita coisa acontecendo e boa parte disso pode sair do controle, levando os preços do petróleo e os mercados de ações a se moverem em direções diferentes", comentaram analistas da PVM. Às 9h47 (de Brasília), o petróleo WTI para março caía 1,02% na Nymex, para US$ 96,84 por barril, enquanto o brent para março recuava 0,54% na ICE, para US$ 113,96 por barril. As informações são da Dow Jones.

As bolsas da Europa operam em queda hoje, à medida que os participantes do mercado fizeram uma pausa para respirar após os fortes ganhos observados na sexta-feira com o relatório sobre os empregos nos EUA bem melhor do que o esperado, e expressaram desapontamento com as negociações sobre a reestruturação da dívida da Grécia. Às 7h50 (de Brasília), Londres registrava +,0,35%, Frankfurt (+0,47%), Paris (+1,03%). Entre os países periféricos, Madri (+0,80%), Lisboa (+0,68%) e Milão (+0,75%).

As negociações na Grécia deverão ser o centro das atenções no dia e o mercado deverá aguardar provavelmente qualquer pista em uma possível reunião de ministros das Finanças da zona do euro nesta semana, disse o Crédit Agricole. "A divulgação de dados vai ser pequena nesta semana...o tom geral desta semana será estabelecido pelos desdobramentos na Grécia", acrescentou o banco.

##RECOMENDA##

Serão anunciados logo mais, às 9 horas (de Brasília), os dados das encomendas à indústria da Alemanha. No front corporativo, as ações da empresa de serviços públicos alemã RWE AG caíam 1,05%. Relatos sugeriram que a companhia planeja cortar 3.500 empregos a fim de economizar 1 bilhão de euros neste ano. Em Londres, as ações da produtora de ouro Randgold Resources subiam 3,05%, após a companhia reportar que seu lucro mais do que quadruplicou no quarto trimestre de 2011 devido ao aumento dos preços do ouro e da produção. As informações são da Dow Jones.

As bolsas, o euro e a libra ganharam força após a divulgação de indicadores positivos sobre a atividade na Europa. Os índices compostos dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro e das duas maiores economias da região - Alemanha e França - subiram em janeiro. O PMI do setor de serviços do Reino Unido, que não faz parte da zona do euro, também veio forte.

Às 7h40 (de Brasília), Londres subia 0,29%, Paris avançava 0,08% e Frankfurt ganhava 0,26%, enquanto o euro tinha alta para US$ 1,3168 e a libra operava em terreno positivo a US$ 1,5851. As duas moedas atingiram as máximas da sessão diante do dólar após a divulgação dos dados. Com informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

O mercado de câmbio abriu o dia próximo da estabilidade, com os investidores atentos às notícias sobre a crise na Europa e às captações de recursos por empresas brasileiras no exterior. O viés, porém, ainda é de baixa. Ontem, a captação da Petrobras, de US$ 7 bilhões em bônus no exterior, multiplicou os negócios, com parte do mercado vendendo a moeda norte-americana para antecipar o ingresso, no curto prazo, dos recursos no País.

Às 10h07 (horário de Brasília), o mercado de moedas andava de lado. O euro era cotado a US$ 1,3105, ante US$ 1,3161 do fim da tarde de ontem em Nova York. No Brasil, o dólar no balcão marcava R$ 1,737, em alta de 0,23%. "O dólar tem acompanhado o mercado lá fora. Hoje, as moedas internacionais abriram perto do zero a zero e aqui não deve ser diferente", afirmou um operador ouvido mais cedo pela reportagem, antes da abertura do dólar comercial.

##RECOMENDA##

De acordo com outro profissional, "a tendência continua sendo de baixa". Para ele, o mercado externo ainda segura a moeda em patamares maiores, já que a solução definitiva para os problemas da Grécia ainda não saiu. "Quando o acordo grego for confirmado, o dólar não aguentará e vai cair ainda mais", afirma.

O otimismo se espalha hoje pelos mercados alimentado pelos diversos indicadores de atividade industrial e beneficiando as moedas de maior risco em detrimento do dólar. No Brasil, a moeda norte-americana começou o dia em queda de 0,23% a R$ 1,741 no mercado à vista.

As boas notícias começaram na China, onde o índice oficial de atividade industrial mostrou crescimento em janeiro, quando a estimativa era de queda. Em seguida vieram os números referentes à Europa, que consolidaram a animação. Os resultados melhores referem-se à Alemanha e Reino Unido, onde houve expansão da atividade industrial, com os indicadores acima de 50. Na maioria do restante dos países europeus, houve melhora e isso é bem recebido, mas a contração continua.

##RECOMENDA##

A Bovespa abriu o último pregão do mês em alta, com o objetivo de fechar janeiro com chave de ouro. E o sinal positivo que prevalece no exterior dá fôlego aos negócios locais para buscar o nível dos 63 mil pontos hoje, já que as duas sessões anteriores mostraram que a disposição dos investidores em realizar lucros nas ações brasileiras é pequena. Os papéis do Bradesco devem repercutir o balanço mais fraco que o esperado no trimestre passado, enquanto os mercados financeiros globais aguardam os dados econômicos dos EUA, mas sem deixar de monitorar as notícias vindas da Europa. Às 11h05, o Ibovespa subia 0,51%, aos 63.089,89 pontos, na pontuação máxima após a abertura.

O estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, exalta a maneira bem-sucedida que a Bolsa se comportou ao longo desse primeiro mês de 2012. Confirmada uma valorização em torno de 10% no período, será o melhor desempenho mensal desde outubro do ano passado, quando o Ibovespa subiu 11,49%. Há, ainda, chances de o índice à vista fechar janeiro na melhor pontuação desde o início de julho de 2011, recuperando também a marca dos 63 mil pontos. "É possível que isso aconteça", diz o profissional.

##RECOMENDA##

Galdi pondera, porém, que há riscos pela frente, sobretudo com relação à crise fiscal na Europa. "O Dia D para a Grécia é em março e, até lá, os mercados podem ter estresse", avalia, referindo-se a um pagamento de bônus que o governo grego tem a vencer, no total de € 14,4 bilhões, em 20 de março.

Caso o país mediterrâneo não consiga o segundo pacote de ajuda financeira a tempo, pode se tornar a primeira economia da zona do euro a entrar em default. "E se isso acontecer, crescem os receios de contágio na região", acrescenta o estrategista-chefe da SLW. Portugal, por exemplo, continua na lista da próxima vítima a necessitar de um novo resgate da União Europeia (UE).

Os mercados europeus abriram o dia de hoje em alta, em reação aos acordos anunciados pelos líderes europeus após a cúpula sobre um novo pacto fiscal, que será assinado em março, e sobre a implementação do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) em julho deste ano. Também aumentaram as esperanças com a reestruturação da dívida da Grécia depois que o primeiro-ministro Lucas Papademos afirmou que houve significativo progresso nas negociações com os credores privados.

No entanto, qualquer avanço vai sendo limitado pela falta de um anúncio oficial final sobre a dívida grega e pelas preocupações com Portugal, cujo yield (retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos segue em nível elevado. Às 8h05 (de Brasília), Londres subia 0,70%, Paris avançava 1,14% e Frankfurt ganhava 0,99%, enquanto o euro tinha alta para US$ 1,3197, de US$ 1,3141 no fim da tarde de ontem. Um pouco antes a moeda operou acima de US$ 1,32. Com informações da Dow Jones.

##RECOMENDA##

Os mercados europeus abriram em baixa, pressionados pela contínua incerteza com relação às negociações entre a Grécia e seus credores privados sobre a dívida do país. Embora se espere que um acordo para a Grécia seja anunciado nesta semana, os investidores permanecerão nervosos enquanto o yield (retorno ao investidor) dos bônus de Portugal continuarem em níveis elevados, o que deve acontecer "até que um claro compromisso seja apresentado pelos formadores de política da zona do euro sobre Portugal", segundo analistas do Société Générale.

O foco dos mercados hoje será a reunião de cúpula da União Europeia, em Bruxelas, Bélgica. Também está previsto um leilão de títulos da Itália, no qual o país pretende vender 8 bilhões de euros em papéis. Às 6h46 (de Brasília), Londres caía 0,65%, Paris cedia 0,84% e Lisboa recuava 0,57%, enquanto o euro tinha queda para US$ 1,3157, de US$ 1,3219 no fim da tarde de sexta-feira. Entre as commodities, a maior baixa era apresentada pelo cobre para março negociado na Comex, que caía 1,81%, para US$ 3,8185 por libra-peso. As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

O dólar à vista abriu o dia cotado a R$ 1,762, com valorização de 0,72%. A pressão de alta está associada às declarações do ministro da Fazenda Guido Mantega sobre o câmbio, em entrevista coletiva ontem à noite, e à piora do comportamento dos mercados internacionais.

Segundo Mantega, um dos problemas que o País vai enfrentar neste ano é o de garantir o crescimento no comércio exterior. Por causa disso, garantiu ele, o governo vai continuar com a política de impedir a valorização do real. Ou seja, o mercado entendeu que podemos esperar novas intervenções no câmbio, se o governo achar necessário. Regra da atual equipe econômica que, aliás, o mercado não esqueceu nem por um instante e já tem pesado nos negócios nos últimos pregões, embora a percepção ainda seja de que eventuais atuações não ocorreriam no momento.

##RECOMENDA##

Lá fora, o que pesa é o fato de a Grécia ainda não ter fechado acordo com os investidores privados, o que vai deteriorando o otimismo recente. As dúvidas sobre um desfecho favorável para a Grécia começaram ontem em Nova York, onde as bolsas fecharam estáveis e afetam o desempenho dos principais mercados europeus nesta manhã. Inclusive, agora, os investidores resolveram retomar as preocupações também com Portugal e crescem os temores de que esse país venha a precisar de um financiamento adicional.

O dólar abriu em queda de 0,45% ante o real, a R$ 1,751 no mercado à vista de balcão, e era cotado a esse mesmo nível às 10h43, acompanhando a trajetória externa. A reestruturação da dívida grega continua sendo o assunto de destaque no cenário internacional, já que o acordo pretendido com os credores privados não foi fechado nem na sexta-feira, nem no fim de semana, como se esperava. Mas as perspectivas para uma solução continuam positivas e ajudam a impulsionar o euro para cima. As questões envolvendo o Irã também estão chamando a atenção dos investidores hoje.

A União Europeia concordou em embargar o petróleo do país, como parte das sanções contra o programa nuclear, e mexeu com os preços da commodities, que subiram, influenciando câmbio e bolsas. Um leilão positivo de títulos da Alemanha completou o quadro que ajuda o euro e as moedas emergentes a subir, em detrimento do dólar.

##RECOMENDA##

Às 9h17, o euro valia US$ 1,3004, ante US$ 1,2933 no final da tarde de sexta-feira em Nova York. O dólar index (cesta de seis moedas fortes) mostrava queda de 0,48%, às 10h45. No mesmo horário, no mercado doméstico, o dólar fevereiro recuava 0,23%, a R$ 1,756.

O governo da Índia "suspendeu" o plano de abrir o setor de varejo do país para redes estrangeiras, afirmou hoje Mamata Banerjee, ministro-chefe do Estado de Bengala Ocidental. "O ministro nacional de Finanças, Pranab Mukherjee, me informou que o governo está suspendendo a questão até que um consenso seja alcançado", comentou em uma entrevista para a televisão.

A medida de permitir que grandes redes varejistas internacionais estabeleçam operações no setor de varejo da Índia, estimado em US$ 470 bilhões, foi a primeira grande reforma anunciada desde que o atual governo iniciou seu segundo mandato, em 2009. A televisão indiana citou fontes do governo afirmando que a coalizão liderada pelo Partido do Congresso, do primeiro-ministro Manmohan Singh, não está desistindo da abertura, mas vai buscar um acordo mais amplo antes de continuar com a medida.

##RECOMENDA##

As reformas anunciadas no mês passado geraram críticas de lojistas, grupos empresariais, líderes estaduais influentes e legisladores da oposição e mesmo da coalizão de Sing. O Partido Trinamool, do ministro-chefe da Bengala Ocidental, é o maior parceiro do Partido do Congresso na coalizão de governo. A legenda é contra a entrada de supermercados estrangeiros na Índia, alegando que a medida vai acabar com milhares de pequenas lojas familiares que dominam o mercado varejista e causar demissões.

Segundo Banerjee, uma decisão sobre a questão pode ser anunciada na próxima quarta-feira, quando o Parlamento volta de um recesso. "O Partido do Congresso elogia todos os esforços significativos para acabar com o impasse. Em tal situação, é necessário um amplo consenso", disse o secretário-geral do partido governista, Janardan Dwivedi.

No fim do mês passado, o gabinete de governo da Índia havia anunciado que concordou em permitir que rede varejistas estrangeiras que trabalham com diversas marcas detenham uma participação de até 51% em joint ventures no país. Antes dessa liberação, varejistas como a rede norte-americana Wal-Mart só podiam estabelecer joint ventures no atacado. As informações são da Dow Jones.

As bolsas de Nova York operavam em baixa no começo da tarde de hoje. Os investidores parecem ter pouca disposição de assumir posições e continuam de olho na Europa, onde as incertezas só ganham força a cada dia. Às 12h35 (horário de Brasília), o índice Dow Jones cedia 0,84%, o Nasdaq recuava 0,82%, e o S&P tinha queda de 0,97%.

Na Europa, a situação foi agravada após o banco central da Grécia afirmar que o país enfrenta seu momento mais difícil e que é real o risco de eles terem que sair da zona do euro.

##RECOMENDA##

Nos Estados Unidos, uma bateria de indicadores foi divulgada pela manhã, mas sem força para mexer nos índices. Os pedidos de auxílio-desemprego aumentaram 2 mil, dentro do esperado, para 393 mil, na semana passada, mas continuam abaixo da linha psicológica e mais negativa de 400 mil.

As encomendas de bens duráveis nos EUA caíram 0,7% em outubro ante setembro, uma queda menor do que a de 1,5% esperada por economistas. O índice de preços para gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), por sua vez, caiu 0,1% em outubro ante setembro, mas subiu 2,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. O núcleo do PCE subiu 0,1% em base mensal, como o mercado esperava, e cresceu 1,7% em base anual. O núcleo do PCE indica tendências para a inflação nos EUA, cuja meta informal é de pouco menos de 2%.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando