Tópicos | Abrace

Após uma campanha para arrecadar fundos financeiros, a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace Esperança) se tornou a primeira a possuir uma "cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC)". O equipamento permitirá maior precisão na produção, análises e pesquisas de produtos feitos com THC e CBD.

O HPLC é um analisador de canabinoides e foi vendido pela Analítica por um preço bem abaixo de mercado, aproveitando uma promoção da empresa. A máquina custou R$ 125 mil, um investimento que torna a produção da Abrace completamente profissional.

##RECOMENDA##

“Esse equipamento é importante porque vamos poder constatar de forma precisa a quantidade de canabinoides existentes na planta. Os pacientes poderão ter mais segurança na hora de fazer o pedido de seu medicamento, pois saberá com certeza a concentração dos canabinoides presentes nos produtos”, explicou a integradora científica do departamento de convênios e pesquisas da Associação, Endy Lacet.

Além de funcionar na produção, o HPLC vai ajudar de forma direta nas pesquisas realizadas pela Abrace em busca de novas funções da cannabis em outras patologias ainda não atendidas.

“Como podemos fazer uma pesquisa sobre a eficácia de determinada dosagem sobre uma patologia se não sabemos exatamente a concentração de canabinoide que existe nela? agora não teremos mais esse problema, com esse equipamento poderemos melhorar a produção, a orientação aos pacientes e até mesmo, outras associações”, falou Endy Lacet.

A máquina já foi entregue à sede da Abrace, em João Pessoa, e deverá ser instalada no início do mês de julho pela equipe técnica da empresa. Logo em seguida, já poderá começar a ser usada.

O pagamento será feito em dez parcelas de R$ 8.750, mais uma entrada no valor de R$ 37.500. A empresa que comercializa a máquina entregou o HPLC por um valor muito abaixo do mercado, com cerca de 50% de desconto.

A aquisição aconteceu graças também a doações realizadas através do site oficial da Associação e com depósitos diretos na conta bancária. Contudo, a Abrace continua precisando de ajuda para quitar todo o pagamento.

“Vamos conseguir cumprir com o pagamento que é a parte mais critica, temos 90 dias para da a entrada, mas o que esta entrando é muito pouco, temos que focar para poder arrecadar ao menos para ajudar na entrada”, afirmou a  assistente financeira da Abrace, Heidi Martins.

A Associação vem convivendo com problemas exteriores que estão influenciando no giro monetário, por isso a necessidade de mais apoio à causa. “A questão da apreensão das sementes, que atrapalhou na plantação, fez com que parássemos os novos cadastros, com isso, a arrecadação caiu, estamos respirando no limite”, detalhou Heidi Martins.

As doações podem ser feitas através do site ou diretamente na conta corrente 33630-0, agência 3204-2, no Banco do Brasil. É possível doar qualquer valor.

Ter o HPLC é um sonho da Abrace que está sendo realizado. Os últimos três anos em que a Associação vem trabalhando produzindo o óleo e a pomada de cannabis foram marcados por críticas, segundo contou o diretor executivo, Cassiano Teixeira, e que chegou ao fim esta semana.

“A alegria é de realizar um sonho. A gente vem sendo cobrado desde 2016, que o óleo da gente não tem o que a gente diz que tem, que está no rótulo e isso vem sendo motivo de difamações. Foi uma luta para conseguir, ninguém vai poder falar mal, a gente tem agora como provar o que tem dentro do óleo. É o tipo de alegria que traz uma calma”, declarou Cassiano Teixeira.

A Abrace Esperança é autorizada pela Justiça, através de uma liminar, a cultivar, colher, produzir e entregar a maconha para fins medicinais desde 2015. Com isso, é possível auxiliar o tratamento em diversas condições, como autistas por exemplo, com resultados comprovados clinicamente e através de exames laboratoriais.

Por Wênia Bandeira, da assessoria da Abrace

A Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace Esperança) realizará um workshop para prescritores em Brasília, no dia 27 de março. O evento acontecerá às 14 horas, no Hotel Comfort, em Brasília. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site. Essa atividade é itinerante e passará por várias regiões como São Paulo, Rio de Janeiro e Campina Grande.

Nos dois dias seguintes, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vai realizar o I Fórum da Comissão para Controle de Drogas Lícitas e Ilícitas - Maconha medicinal e recreacional; a ONG participará como ouvinte.

##RECOMENDA##

No workshop será feita uma panorâmica da entidade, mostrando os setores, as pessoas que compõem, como é feito o cultivo, armazenagem, a produção, as sub espécies e linhagens que são trabalhadas na associação para produzir a base do extrato, laboratório, logísticas e canais de suporte.

Durante o evento, as pessoas poderão ainda descobrir quais as patologias atendidas pela entidade e alguns dados estatísticos. “Vamos destacar os pontos que precisam ser descritos na receita, laudo e alguns casos de pacientes associados”, acrescentou Alan Costa, Gestor de Relacionamento Médico da Abrace Esperança.

Também haverá participação especial de uma médica psiquiatra de São Paulo, prescritora de cannabis medicinal desde 2016, Ana Hounie. Ela falará sobre a farmacologia das substâncias presentes na planta e como atuam no corpo humano, segundo entendimento da comunidade científica e apresentará casos empíricos de seus pacientes.

Já para o Fórum do Conselho Federal de Medicina, as inscrições estão esgotadas, mas as apresentações poderão ser assistidas ao vivo durante o Fórum, no canal do CFM no YouTube. O Fórum será realizado no Auditório do CFM, nos dias 28 e 29 de março.

*Com informações da assessoria

A dois meses do fim do governo Michel Temer, o Ministério de Minas e Energia decidiu propor medidas polêmicas que podem trazer custo de R$ 4,8 bilhões aos consumidores de energia e aumento de quase 3% na conta de luz, segundo a Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace).

Entre as ações propostas está o acionamento de usinas térmicas a gás, que hoje estão paradas devido ao custo fixo elevado, e a realização de um leilão para contratação de térmicas na modalidade de reserva, sob a justificativa de elevar a segurança do sistema. O governo também aprovou uma resolução que dobrou o preço da energia da usina nuclear de Angra 3, cujas obras foram interrompidas após o envolvimento de empreiteiras em denúncias de corrupção.

##RECOMENDA##

O presidente da Abrace, Edvaldo Alves de Santana, questiona o momento para o governo adotar políticas que elevam o custo da energia em meio ao calendário eleitoral. Outro ponto é a tentativa de acionar térmicas mais antigas e caras em outubro, início do período chuvoso, o que já permitiu a adoção da bandeira amarela nas contas de luz em novembro, reduzindo o valor extra pago nas contas.

Segundo a Abrace, o reajuste de Angra 3 vai adicionar um custo de R$ 2,5 bilhões por ano nas contas de luz, depois que a usina estiver pronta. A contratação das térmicas mais antigas deve adicionar outros R$ 300 milhões por ano. "Acho incompreensível a pressa para implementar as medidas, além de deselegante com o governo que vai entrar. Tem tanto equívoco que se corre o risco de gastar com térmicas no período de chuvas", disse Santana.

Na semana passada, o governo também lançou, para consulta pública, uma portaria e um decreto que permitiriam a realização de uma licitação para termoelétricas, mas numa modalidade inédita. Uma vez que os estudos de planejamento energético indicam sobra de energia, o governo pretende realizar um leilão para contratação de potência associada à energia de reserva, sob a justificativa de elevar a segurança do sistema no Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul.

Especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast avaliam que o leilão não tem base legal, pois a lei não prevê essa modalidade de contratação. Fontes destacam a falta de rumo do ministério, que se propôs a lançar um programa para reduzir a conta de luz, mas adota medidas isoladas que vão no sentido contrário, em atendimento a interesses de setores específicos.

Questionado, o Ministério de Minas e Energia reconheceu que a consultoria jurídica do MME "ainda não se debruçou sobre o mérito jurídico de tal proposição" e que só vai se pronunciar após a consulta pública em curso. Fontes ouvidas pela reportagem consideram improvável que o novo governo aceite fazer a licitação nessas condições.

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Nivalde de Castro, alerta para o custo das medidas. "É um grupo de medidas que reforça a tendência de aumento de tarifas para os consumidores", afirmou. "Por que essa ansiedade para fazer um leilão para contratar térmicas agora, se todo o planejamento do setor é de longo prazo?" No caso do leilão das térmicas, serão R$ 2 bilhões por ano a cada 1 mil MWs contratados, diz a Abrace. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Federal na Paraíba autorizou por meio de liminar que a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (ABRACE), em João Pessoa, cultive e manipule a cannabis para fins exclusivamente medicinais, até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dê uma resposta definitiva sobre pedido de Autorização Especial para cultivo e manipulação da planta. A permissão é destinada aos 151 pacientes associados ou dependentes dos associados da ABRACE. A decisão é inédita no Brasil.

A juíza federal da 2ª Vara, Wanessa Figueiredo dos Santos Lima, também determina em sua decisão que a ABRACE adote todas as medidas ao seu alcance para evitar a propagação indevida da maconha e do extrato fabricado a partir dela. Para isso, a associação deverá manter um cadastro de todos os pacientes beneficiados, constando documento de identificação pessoal, receituário prescrevendo o uso do produto, laudo demonstrativo de que o paciente já tentou todos os tratamentos registrados e informação da quantidade recebida e das datas de cada entrega.

##RECOMENDA##

Foi estabelecido um prazo de 45 dias para que a Anvisa receba o pedido de Autorização Especial. A juíza lembrou que decisões da 3ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal e da 1ª Vara da Paraíba autorizaram pacientes a importar tais produtos, mas que isso ainda é um entrave para famílias carentes. "O custo mensal pode superar R$ 1 mil, valor que pode torná-lo inacessível para famílias de baixa renda", ela explicou.

Também há uma ação na 3ª Vara Federal da Paraíba pedindo o pagamento desses produtos à base  de maconha pelo SUS, mas a decisão favorável de 1º grau foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. "Diante desse dilema, pais de crianças que já experimentaram bons resultados com o tratamento passaram a impetrar habeas corpus para obter salvo conduto a fim de cultivar a planta cannabis em suas próprias residências", apontou a magistrada.

Na análise do pedido, foi destacado que tanto a ABRACE quanto as rés, Anvisa e União, reconhecem a permissão na lei brasileira do cultivo e da manipulação da planta para fins exclusivamente medicinais e científicos. A controvérsia está em saber se esse direito já pode ser exercido no país.

A Anvisa, em sua defesa, argumentou que não há regulamentação para que seja concedida a autorização. Porém, a juíza entendeu que tal alegação não permite afastar o exercício do direito por aqueles que necessitam dos produtos para preservar sua saúde e que, na ausência de norma administrativa mais específica, a resolução 16/2014 da Anvisa pode ser usada para analisar o pedido.

No processo, há inúmeras prescrições médicas, algumas delas acompanhadas de laudos descrevendo o quadro dos portadores de doença. "Esses relatos não deixam dúvidas sobre a necessidade imediata de tais pacientes terem acesso aos extratos da cannabis, de forma continuada, sem interrupção do tratamento. Demonstram também que o uso dessas substâncias tem sido a última alternativa terapêutica, buscada depois que todos os medicamentos registrados foram ineficazes para obter um controle satisfatório das crises e sintomas de suas doenças", concluiu.

A Associação Brasileira da Indústria Grande Consumidora de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) divulgou nesta sexta-feira (29) nota para criticar duramente o governo pelo resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. Para a entidade, a queda de 11,2% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no segundo trimestre, divulgada hoje pelo IBGE, comprova que a indústria perdeu a capacidade de investir.

Na nota, a Abrace acusa o governo de fazer uma politica anti-industrial energética. A associação também avalia que a retração do PIB 'é resultado do que classificou de "mais uma demonstração da inadequação da política com foco exclusivo em melhorias diretas na renda da população".

##RECOMENDA##

Para a associação, os efeitos dessa política têm trazido perdas, principalmente para a indústria que é grande consumidora de energia. "Evidentemente que não temos nada contra a melhoria da renda das famílias, muito pelo contrário. Mas isso deve ser feito sem que a sustentabilidade do próprio objetivo fique ameaçada, como indicam os números de hoje", avalia o presidente-executivo da Abrace, Paulo Pedrosa. Na sua avaliação, esse processo também é verificado no custo da mão-de-obra e na política cambial.

A entidade afirma que a percepção de muitos dos seus associados é que o País teria até mesmo uma política anti-industrial energética. "Como se a energia para a produção fosse menos digna da atuação pública do que a que chega às pessoas", alfineta a entidade. Para a Abrace, esse política do governo pode ser evidenciada na opção de não se destinar às grandes indústrias cotas de energia das concessões antigas. A entidade critica também os preços elevados do gás natural e da energia elétrica que são, na sua avaliação, há muito tempo, fatores de perda de competitividade e desestímulo a investimentos na produção.

A associação também argumentou que a indústria, grande consumidora de energia, tem que assumir riscos e custos que "caberiam a outros", como o aumento recente no custo da transmissão da ordem de 70% devido ao atraso de obras de geradores e risco de consumidores livres terem de assumir boa parte da dívida de Santo Antônio Energia no mercado de curto prazo. A entidade também atacou a substituição de contratos antigos por outros, muito mais caros.

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) afirma, em nota, que as medidas anunciadas na quinta-feira (6) à noite pela presidente Dilma Rousseff para reduzir o custo da energia são uma "decisão histórica, que sinaliza um novo rumo para a energia e para o País". A entidade destaca que, com as medidas, o Brasil deixará o topo do ranking das energias mais caras do mundo, e o crescimento econômico pode ter um acréscimo superior a 8% até 2020.

Segundo a Abrace, essas medidas sinalizam um novo ciclo de desenvolvimento do País "com base em medidas estruturais que privilegiam a competitividade, com queda nos custos de produção". A Abrace afirma também que o corte de até 28% da tarifa das indústrias e de 16,2% para os consumidores residenciais "é um importante passo para reposicionar a energia no Brasil em seu patamar estratégico, que corresponde ao potencial de nossa matriz energética".

##RECOMENDA##

Conforme a Abrace, a expectativa é de que, na média, a indústria passe a pagar 20% menos pela energia elétrica. "Se essa redução se concretizar, com base nas medidas que serão detalhadas na próxima terça-feira pelo governo federal, o Brasil deixaria o topo do ranking das energias mais caras do mundo."

A Associação diz também que, segundo os dados dos preços da energia elétrica industrial divulgados em junho pela Agência Internacional de Energia (AIE), que considera os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com as novas medidas, o Brasil passaria à 20ª posição. "Esse é sem dúvida um resultado excepcional, mas que ainda nos deixa em posição de desvantagem em relação aos outros BRICs (Rússia, Índia e China)".

Ainda de acordo com a nota, a redução do custo da energia traz impactos imediatos na economia brasileira. A Abrace cita estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para o Projeto Energia Competitiva (PEC), que indica que, se as tarifas caírem em média 10%, considerando as contas da indústria e das residências, o Produto Interno Bruto (PIB) seria 5% maior até 2020, as exportações brasileiras aumentariam R$ 60 bilhões e seriam gerados 4,5 milhões de empregos no período.

"Se a redução média, considerando indústria e residências, chegar a 20%, estudo da Fundação Getúlio Vargas, também para o PEC, aponta para um crescimento adicional do PIB de 8%, também até 2020. Além disso, as exportações brasileiras aumentariam em US$ 130 bilhões e seriam gerados 5 milhões de empregos no período", conclui a entidade.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando