Tópicos | abrigo

Centenas de estudantes de Aceh, no oeste da Indonésia, invadiram, nesta quarta-feira (27), um abrigo temporário onde estavam hospedados mais de 100 refugiados da minoria muçulmana apátrida rohingya, perseguida em Mianmar, obrigando-os a fugirem.

Mais de 1.500 refugiados rohingya chegaram à costa da província de Aceh desde meados de novembro, nesse que é, segundo a ONU, o maior afluxo em oito anos. Alguns deles sofreram a hostilidade por parte da população local e, em alguns casos, foram devolvidos ao mar.

Os estudantes invadiram uma instalação do governo na capital provincial, Banda Aceh, onde estavam hospedados 137 refugiados rohingya, para exigir sua transferência para um escritório de imigração local, visando a sua deportação.

Aos gritos de "expulsem eles" e "rejeitem os rohingyas em Aceh", os estudantes chutaram os pertences dos refugiados, segundo imagens filmadas no local.

Os manifestantes enfrentaram a polícia que protegia os refugiados aterrorizados, mas os agentes acabaram permitindo que os estudantes retirassem-nos de lá, observou um jornalista da AFP presente no local.

Procurada pela AFP, a polícia de Banda Aceh não fez comentários.

O ataque deixou os rohingyas em choque e traumatizados, disse o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

"O ACNUR continua profundamente preocupado com a segurança dos refugiados e pede às autoridades locais que tomem medidas urgentes para garantir a proteção de todas as pessoas desesperadas e do pessoal humanitário", afirmou, em um comunicado.

"Este ataque contra os refugiados não é um ato isolado, mas o resultado de uma campanha on-line coordenada de desinformação e discurso de ódio contra os refugiados", acrescentou.

A Indonésia não é signatária da Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados e afirma que não pode ser forçada a acolher refugiados de Mianmar. Nesse sentido, pede aos países vizinhos que compartilhem a "carga" e recebam os rohingyas que chegam ao seu litoral.

Um grupo de 26 repatriados da Faixa de Gaza irá nesta quarta-feira (15) para São Paulo. Eles irão embarcar às 10h em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), da Base Aérea de Brasília, com destino à Base Aérea de Guarulhos. Já dois repatriados irão para Florianópolis, em voo comercial.  

Abrigo

##RECOMENDA##

No total, 14 pessoas serão levadas para um abrigo, providenciado pelo governo federal, no interior do estado de São Paulo. A localização exata não foi revelada por questões de segurança. O restante irá para casas de parentes. O abrigo fica perto da área urbana.

No abrigo, especializado em receber refugiados, as cinco famílias ficarão em unidades individuais com quartos e banheiros, refeitório para alimentação e espaço para convivência. Elas poderão permanecer no local por tempo indeterminado. Esses repatriados solicitaram a ida ao abrigo por não terem onde se instalar no país. 

Inicialmente, o número informado era de 12 pessoas para o abrigo, porém, segundo as autoridades, dois repatriados decidiram ir para a unidade em vez de casas de amigos e parentes.

O secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho Neto, informou que nenhum repatriado apresentou pedido de refúgio até o momento. 

Equipes do Ministério da Justiça atenderam os repatriados, na Base Aérea de Brasília, e orientando sobre a regularização migratória para que possam a ter acesso a documentos, como RG, CPF, segunda via de certidão de nascimento, autorização de residência e de trabalho e visto de permanência temporário.  “O governo dará assistência pelo tempo que for necessário”, disse o secretário aos jornalistas. 

Uma diretora de abrigo que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade foi presa acusada de tortura e maus-tratos na última sexta-feira (27). De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás, a mulher trancava as crianças em um quarto escuro e as deixava sem comer como forma de punição

O delegado responsável pelas investigações do caso, Humberto Soares, relatou ao G1 que a acusada, que não teve o nome divulgado, "coagia o pessoal da assistência social a emitir pareceres sociais destoantes da realidade, para colocar crianças em famílias substitutas".

##RECOMENDA##

Ainda segundo o delegado, a diretora desviava doações enviadas ao abrigo para benefício próprio e teria realizado um aborto ilegal em uma criança acolhida pelo local. “Há sim uma denúncia de aborto ocorrido dentro da casa tendo uma das crianças como vítima. Estamos apurando a autoria e a materialidade delitiva, bem como a circunstância da diretora ter procedido ao aborto e encobrido o fatos”, afirmou Humberto Soares.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizou, na segunda-feira (11), três adolescentes, duas de 12 e uma de 17 anos, na BR-232, em Jaboatão dos Guararapes, município da Região Metropolitana do Recife.  

Elas foram encontradas com fome e sede, e alegaram, a princípio, que vinham da cidade de Tacaimbó, no Sertão do estado. A PRF apurou, após questionamento às meninas, que elas haviam fugido de um abrigo na zona Oeste do Recife. 

##RECOMENDA##

O Conselho Tutelar confirmou as informações e ficou responsável por prosseguir com a proteção das adolescentes. 

 

A cidade de Roca Sales, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, enfrenta um momento de extrema urgência por causa da cheia avassaladora do rio Taquari, que ocorreu na madrugada de segunda-feira (4). Em comunicado emergencial, a prefeitura orientou que a população atingida pelas enchentes busque refúgio nos telhados de suas casas e aguarde pelo resgate, que deverá ocorrer ainda na manhã desta terça-feira (5).

Cidades da região dos Vales enfrentam enchentes avassaladoras por causa da passagem de um ciclone extratropical, que já está em alto mar.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Os municípios que mais sofrem com as enchentes do Rio Taquari são Muçum e Roca Sales. Mais de 80% dessas duas comunidades estão submersas. Todo o comércio do centro, prefeitura e escolas estão alagadas. Há falta de luz e de serviço de telefonia. O Rio Taquari, que corta a região, subiu 13 metros acima de seu nível normal, deixando comunidades inteiras em estado de emergência.

A prefeitura de Muçum descreveu a atual enchente como a pior da história da cidade. Abrigos temporários foram estabelecidos nas partes mais altas para acolher aqueles que perderam suas casas.

Na manhã desta segunda-feira (17), agentes do Instituto de Criminalista (IC) realizaram uma nova perícia no Lar Paulo de Tarso, no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife. O local foi vítima de um incêndio de grande porte na madrugada da última sexta-feira (14) e já havia passado por uma perícia da Defesa Civil da Capital e pela vistoria do Corpo de Bombeiros. De acordo com a nova perícia, a causa foi uma pane elétrica em um dos ventiladores da casa. Imagens das câmeras de segurança do abrigo foram analisadas. 

No registro de vigilância, os peritos observaram o equipamento em chamas e um “clarão” por volta das 3h41 da sexta-feira (14). “Estamos convictos de que não houve um incêndio criminoso. O que aconteceu foi uma pane elétrica em um ventilador que estava na parede da sala. Essa tese será reforçada nos laudos”, disse o perito Fernando Luiz, do Instituto de criminalística. Segundo o profissional, os resquícios do ventilador foram recolhidos para análise. 

##RECOMENDA##

Residiam no lar 17 pessoas, sendo duas cuidadoras e 15 crianças, com idades entre dois e 11 anos. O lar Paulo de Tarso é filantrópico e tem como base a doutrina espírita. Lá, são acolhidas crianças e adolescentes em situação de alta vulnerabilidade e que aguardam voltar para suas famílias ou a inserção de novas famílias, através do processo de adoção. 

No incidente, morreram quatro pessoas; três crianças e a cuidadora Margareth Silva. Cinco pessoas (quatro crianças e uma outra cuidadora) estão em atendimento no Hospital Geral de Areias, no Recife, em situação estável. Duas crianças estão no Brites, em Olinda, em estado grave; e outras seis crianças, no HR, também em estado grave. 

LeiaJá também

- - > 'Vítimas do incêndio vão para novo lar após alta médica'

- 'Incêndio: 'Fiz o que eu pude para salvá-las', diz vizinho'

- ''Dor que rasga o coração', diz diretor de abrigo no Recife'

Duas crianças que foram internadas no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) após o incêndio no Lar Paulo de Tarso, na última sexta-feira (14), no Recife, devem receber alta neste domingo (16). Quatro pessoas morreram e outras 13 pessoas estão hospitalizadas após o incidente.

A equipe que acompanha os dois pacientes no Imip, no bairro dos Coelhos, indicou que o quadro clínico evoluiu de forma suficiente para a liberação. O horário da alta ainda não está definido, mas deve ocorrer ao longo da tarde.

##RECOMENDA##

Outras seis crianças estão em estado grave na UTI do Hospital da Restauração. Duas apresentaram boa evolução e são observadas no Hospital Maria Lucinda. A cuidadora que sobreviveu às chamas e outras duas crianças seguem no Hospital Brites de Albuquerque, em Olinda, e tiveram uma melhora no quadro respiratório, mas também não têm previsão de alta.

A atualização do estado de saúde dos pacientes deve ser emitida através de boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) ainda neste domingo.

Na madrugada da última sexta-feira (14), o Instituto de Caridade Lar Paulo de Tarso foi atingido por um incêndio. Duas cuidadoras e 15 crianças estavam no momento do acidente. Segundo informações do Hospital da Restauração (HR), seis crianças que foram internadas na Unidade de Terapia Intesiva (UTI) continuam em estado grave, porém estáveis.

"As duas crianças internadas na Hospital e Maternidade Brites de Albuquerque estão estáveis e apresentam melhora no quadro respiratório. A paciente adulta está em observação clínica na UTI, mas segue orientada aos cuidados da equipe multidisciplinar. As duas crianças que deram entrada Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) encontram-se estáveis. No entanto, devido à fumaça inalada, permanecem em observação", disse a Secretaria de Saúde de Pernambuco.

##RECOMENDA##

"No Hospital Maria Lucinda, estão internadas duas crianças que evoluem  bem, e até o presente momento sem intercorrências", completou o comunicado. O abrigo Lar Paulo de Tarso foi fundado há 30 anos. O diretor que administra a casa lamentou o ocorrido com as crianças e funcionárias.

"O sentimento é de dor profunda, rasgando o coração, mas também de uma fé em Deus inabalável. A gente tem o lema de 'ser cada vez mais um lar que acolhe, sendo cada vez menos uma instituição que abriga'. Temos eles como filhos do coração", relatou Gezsler Carlos. Após o incêndio, o Lar Paulo de Tarso passou a receber doações.

O Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife, concentra o maior número de vítimas em estado grave após o incêndio que destruiu o Lar Paulo de Tarso, no bairro do Ipsep, Zona Sul da cidade, na madrugada desta sexta-feira (14). Até o momento desta publicação, seis crianças estavam intubadas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da unidade de saúde, em estado muito grave.

A priori, o HR havia recebido dez crianças, mas duas morreram ao dar entrada no hospital. Das oito que permaneceram na unidade, sete foram mantidas na UTI e uma outra na unidade de queimados. Às 12h desta sexta-feira (14), o médico da Restauração, Petrus Moura, informou que duas meninas foram transferidas para o Hospital e Maternidade Brites e Albuquerque, em Olinda. 

##RECOMENDA##

"Todas inalaram bastante fumaça e algumas apresentam queimaduras também. As queimaduras não chamam atenção no tamanho e nem na extensão. Como não há mais vagas de UTI, elas [as duas meninas] serão transferidas. As crianças chegaram na enfermaria, mas os quadro de saúde agravaram e houve a necessidade de mais vagas. Todas essas crianças estão em estado grave e têm risco de morrer. As seis no HR estão intubadas em ventilação mecânica. As transferidas precisam de terapia suplementar, mas não precisaram ser intubadas", informou Petrus.

Assim, de 17 residentes no Lar Paulo de Tarso, quatro tiveram morte confirmada, sendo três crianças e a cuidadora Margareth Silva. Cinco pessoas (quatro crianças e uma outra cuidadora) estão em atendimento no Hospital Geral de Areias, no Recife, em situação estável. Duas crianças estão no Brites, em Olinda, em estado grave; e outras seis crianças, no HR, também em estado grave.

Por meio de nota publicada na manhã desta sexta-feira (14), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que o laudo sanitário e alvará de funcionamento do Lar Paulo de Tarso, localizado no Ipsep, Zona Sul do Recife, estão em dia. Um incêndio no espaço durante a madrugada matou quatro pessoas e deixou outras sete feridas.

De acordo com o TJPE, a administração das casas de acolhimento é de responsabilidade direta do município ou de ONGs, que recebem recursos das respectivas prefeituras. Órgão garantiu que, caso existam regularidades, as providências cabíveis serão tomadas.

##RECOMENDA##

O Lar Paulo de Tarso é uma ONG. A responsabilidade pelas fiscalizações periódicas desses espaços cabe ao TJPE e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Licenças para funcionamento do espaço estavam em dia. (TJPE/divulgação)

A Justiça está avaliando, caso a caso, a liberação do acesso dos familiares às crianças vítimas do incêndio no Lar Paulo de Tarso. O acolhimento da ONG acontece quando a criança ou adolescente está em situação de risco junto à família biológica. 

Coordenadora da Infância e Juventude do TJPE, a juíza Hélia Viegas fará uma visita ao Hospital Geral de Areias (PAM), às 11h30, para prestar assistência às vítimas. "O Tribunal está, nesse momento, elaborando campanha para doação de alimentos, remédios, roupas, brinquedos e material de construção. Também prestará apoio psicológico às vítimas e ajudará na retirada da segunda via de documentos. O momento é de dor, mas também de ações urgentes e de muita união", diz a nota do órgão.

LeiaJá também:

--> 'Dor que rasga o coração', diz diretor de abrigo no Recife

--> Crianças morrem após incêndio em abrigo no Recife

--> Incêndio: "Fiz o que eu pude para salvá-las", diz vizinho

Na madrugada desta sexta-feira (14), um incêndio no Instituto de Caridade Lar Paulo de Tarso, no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife, causou, pelo menos, quatro mortes, de acordo com equipes de resgate. O local abrigava crianças, entre dois e 11 anos, em medida protetiva.

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas entre às 4h e 4h20 para a ocorrência na Rua Jerônimo Heráclio. Ao todo, 17 pessoas, sendo 15 crianças e duas cuidadoras, foram retiradas do local.

##RECOMENDA##

As chamas teriam começado na sala e as crianças que dormiam no quarto da frente do imóvel logo foram removidas, mas as que estavam no dormitório de trás precisaram esperar a chegada dos bombeiros. As causas do incêndio ainda serão confirmadas após perícia. 

Duas crianças que eram resgatadas pelo Samu morreram no trajeto ao hospital. Segundo os bombeiros, outras duas mortes foram confirmadas ainda no abrigo, sendo uma mulher e outra criança do sexo masculino.

Quatro crianças foram levadas à UPA da Imbiribeira. Duas precisaram ser entubadas e as outras apresentavam quadro menos grave. Outras cinco vítimas foram encaminhadas ao Hospital Geral de Areias, sendo quatro crianças e um adulto.

Nove viaturas do Samu foram destinadas à operação de atendimento e socorro às vítimas, sendo três de suporte avançado e seis de suporte básico. Outras 12 do Corpo de Bombeiros com equipes de resgate, combate à incêndio e salvamento também foram enviadas.

O Instituto de Criminalística (IC) realiza perícia no abrigo.

O Lar do Nenen, organização não governamental que acolhe crianças de 0 a 4 anos em situação de abandono ou risco, completa 45 anos neste dia 13 de fevereiro. Para comemorar a data, a instituição lançou uma nova logomarca, assinada pelo designer Gabriel Diniz. Neste carnaval, o Galo da Madrugada está colaborando com a ONG. Para cada camisa entregue aos foliões convidados do Camarote Oficial do Galo da Madrugada, será necessária uma doação em dinheiro para a instituição. As camisas serão entregues na Dona Santa de Boa Viagem.

Fundado em 1978 por um grupo de senhoras voluntárias que, inicialmente, prestava assistência pré-natal a gestantes, o Lar do Nenen  recebe crianças vindas através do Conselho Tutelar e das Comarcas da capital e interior para cuidar dos pequenos, promovendo proteção integral e facilitando a reintegração familiar e comunitária. As crianças ficam na instituição até regularizar sua situação jurídica e entregá-las para suas famílias de origem ou até que sejam adotadas.

##RECOMENDA##

Desde o início da pandemia, a ONG tem enfrentado dificuldades financeiras para dar continuidade aos serviços. Além disso, há outros itens importantes de necessidade como leite, fraldas, alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal.

Também é possível colaborar por meio de doações financeiras através do Banco do Brasil, Ag: 1833-3 e CC: 29.348-2. Já quem puder doar leite, fraldas, alimentos e material de limpeza e higiene pessoal podem se dirigir à sede da instituição, localizada na Rua Menezes Drummond, número 284, bairro da Madalena. Mais informações através dos telefones (81) 3227.2762 e 3228.0123.

*Da assessoria 

Quando o grupo extremista Taleban tomou o controle do Afeganistão, há um ano e meio, o diplomata Shabir Ahmad, de 35 anos, se viu em uma encruzilhada. Funcionário do governo afegão em uma embaixada no Irã, ele conta que precisou decidir entre retornar ao país ou tomar um novo destino. "Eu não tinha direito de ficar no Irã, pois meu visto era político", explica. Os diplomatas eram alvo da violência. "Fizemos campanhas contra a violação dos direitos humanos pelo Taleban em nossas missões diplomáticas. Eles disseram: 'Se vierem ao Afeganistão, não aceitaremos vocês'."

Com medo, Shabir solicitou visto humanitário ao Brasil e em julho desembarcou com a família no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Por lá, dormiram uma semana no chão - hoje, há outros 80 afegãos nessa mesma condição -, até serem encaminhados para um abrigo em Morungaba, a 100 km da capital paulista. Com o diplomata, vieram a mãe, um casal de filhos pequenos e a mulher, grávida de 8 meses quando chegaram. A caçula, Fatima, nasceu semanas depois. "É um nome comum na sociedade islâmica e também na brasileira", diz ele, em inglês. "Ela agora está bem, é uma brasileira."

##RECOMENDA##

Levantamento feito a pedido do Estadão pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), cooperação entre o Ministério da Justiça e a Universidade de Brasília (UnB), aponta que 3.367 imigrantes afegãos entraram no País de janeiro a outubro deste ano - 98,9% deles pelo aeroporto de Guarulhos. O número é 13 vezes maior do que o registrado no ano passado.

A tomada do poder pelo Taleban simbolizou a perseguição a vários segmentos da sociedade afegã. As mulheres, sobretudo as ativas no mercado de trabalho, passaram a ser alvo diante da repressão promovida pelo grupo extremista. Assim como grupos étnicos específicos, como o povo hazara, e quem trabalhava nas forças de segurança no país ou em outros setores visados, como a diplomacia ou as universidades. Diante disso, o Brasil concedeu vistos humanitários aos afegãos e autorizou pouco mais de 6 mil deles até o momento. O País enfrenta agora os desafios de dar um encaminhamento digno a todos.

"Não temos medo do amanhã. Nós gostamos de trabalhar, e desejamos continuar nossa vida em um lugar pacífico como o Brasil", afirma o professor de inglês Amir Ishinzada, de 32 anos. Assim como Shabir, ele foi acolhido pela Vila Minha Pátria, abrigo da Junta das Missões da Convenção Batista Brasileira que já recebeu mais de 400 afegãos.

DESASSISTIDOS. Conforme entidades que auxiliam no acolhimento dos imigrantes, alguns afegãos que vêm para o País têm para onde ir. Mas há outros que, sem destino certo, ficam desassistidos e esperam por abrigos. No último mês, segundo a prefeitura de Guarulhos, o Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, instalado no aeroporto para realizar o cadastro daqueles que precisam de ajuda, atendeu 399 afegãos. Ao longo de todo ano, o número total foi de 1.838, mais da metade dos que entraram no País.

Parte deles já foi encaminhada para vagas em centros de acolhimento da sociedade civil e de órgãos públicos, mas, como solução provisória, dezenas seguem acampados no maior aeroporto do País. Há alguns dias, dois afegãos testaram positivo para covid, o que elevou a preocupação sobre a situação que se arrasta pelo menos desde agosto.

Novos voos chegam a todo momento. O perfil predominante são famílias, muitas vezes com crianças pequenas, e homens solteiros. São normalmente representantes da classe média do Afeganistão, o que os possibilita comprar as passagens de avião e se dedicar aos trâmites para vir ao Brasil. Ao desembarcar, porém, muitos não têm dinheiro suficiente para alugar um espaço ou um lugar de confiança para ir. Também se veem limitados pela barreira linguística.

"Eu não me sentia segura mais no país desde que o Taleban chegou. Nós não sabemos quem é o alvo, o próximo alvo", diz a conselheira psicossocial Shekiva, de 27 anos, que preferiu não revelar o sobrenome e a cidade em que morava. "Eles estão matando diferentes pessoas, de diferentes lugares, mas praticamente todo povo hazara está sob o alvo. Nós não nos sentíamos seguros, então saímos do país."

Após 13 dias dormindo no aeroporto quando falou com a reportagem do Estadão, ela veio para o Brasil com os dois irmãos. Trabalhava com violência de gênero quando o Taleban assumiu o controle do Afeganistão. Na composição atual dos afegãos vivendo no aeroporto, poucos falam inglês, o que fez com Shekiva tenha se tornado uma tradutora informal. Ali, um homem se aproximou e, emocionado, pediu para ela relatar que tinha vindo para o Brasil após o assassinato do irmão, que era policial.

‘SEM COMIDA, ABRIGO OU REMÉDIOS’. "Quando a gente chegou ao aeroporto não havia ninguém nos esperando. Então nós ficamos uma semana no aeroporto, sem comida, abrigo ou remédios", conta Shabir. Ele relembra que em julho havia uma estrutura ainda mais precária. Agora, tanto o poder público quanto voluntários que atuam no local conseguem dar assistência maior.

A prefeitura de Guarulhos oferece atualmente café da manhã, almoço e jantar. Voluntários, além disso, recebem doações da sociedade civil, dão assistência a quem chega e se revezam para dormir no local com os refugiados. "Conseguimos avançar em muitas frentes", diz a voluntária Swany Zenobini, que coordena o coletivo Frente Afegã. O grupo começou a atuar na base do improviso em agosto e se articulou ao longo dos últimos meses. Entre as principais iniciativas, o Frente Afegã promove mutirões de saúde para prestar atendimento a quem está no aeroporto e leva os afegãos para tomar banho em um hotel parceiro - os banheiros comuns do aeroporto não possuem chuveiro. Busca ainda conversar sobre as possibilidades disponíveis para quem chega ao País.

Conforme o governo do Estado, o Grupo de Trabalho Acolhimento assegurou direitos à assistência social para 3,5 mil refugiados afegãos que desembarcaram em Guarulhos com vistos humanitários. As ações são em parceria com as prefeituras de Guarulhos e São Paulo, organizações sociais da sociedade civil e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado diz investir mais de R$ 4 milhões em 100 vagas de acolhimento dos afegãos. Já a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da capital informa que encaminhou, em setembro, 93 afegãos que estavam em Cumbica a um centro de acolhida na zona leste, aberto exclusivamente para esse grupo.

O Ministério Público Federal fez reunião este mês, com o objetivo de buscar saídas de acolhimento e interiorização - autoridades discutem a ida dos refugiados também para outros Estados, como o Paraná. O Ministério das Relações Exteriores diz acompanhar a situação, mas acrescenta não ter competência para criar ou executar políticas de acolhida.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

[@#video#@]

Em Petrolina, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDESDH) montou uma força-tarefa com outras secretarias do município para oferecer suporte às vítimas das chuvas que atingiram a cidade na madrugada dessa sexta-feira (4). A iniciativa da Prefeitura coordena ações junto à Defesa Civil municipal, que realiza a acolhida dos desabrigados e desalojados em diferentes pontos locais.

##RECOMENDA##

As famílias são encaminhadas, provisoriamente, ao Centro de Convivência do Idoso (CCI Mimi Cruz). Serão dispoonibilizados colchões, travesseiros, cobertores, alimentação, material de limpeza e de higiene, além de assistentes sociais e psicólogos para realizar a triagem.

O cadastro dos desabrigados é feito pela equipe técnica do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), que recebe as demandas das famílias e toma as devidas providências. Pessoas em situação de rua também são admitidas no processo, mas levadas ao abrigo municipal e ao Centro Pop, que passarão a funcionar 24h enquanto durar o período das chuvas. Quem precisa de alojamento pode entrar em contato com a equipe do SEAS através do número (87) 9 8838-7979, ou com a Defesa Civil (87) 9 8142-6014.

 

 

A Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) Lar da Vovó, onde seis pessoas morreram no último sábado (10) em um incêndio que atingiu o local, foi interditada pela Subprefeitura de São Mateus no fim da manhã desta segunda-feira (12). A informação foi divulgada pela Prefeitura de São Paulo, por meio de nota.

Segundo a gestão municipal, a medida foi tomada porque o Lar da Vovó apresenta riscos para a saúde dos usuários da instituição, para vizinhos e para as pessoas que circulam perto do imóvel, localizado em São Mateus, zona leste da capital paulista. Segundo a Prefeitura, o espaço não apresenta licença de funcionamento sanitário e não possui pedido aberto na Subprefeitura de São Mateus para funcionar como Instituição de Longa Permanência para Idosos, o que o caracteriza como um abrigo "clandestino".

##RECOMENDA##

No último sábado, um incêndio no local deixou seis pessoas mortas e duas feridas. Entre as vítimas, uma era cuidadora e as outras cinco, moradoras do abrigo. As sobreviventes também moravam no local e ficaram feridas. A reportagem questionou a Secretaria Municipal de Saúde sobre o estado de saúde de ambas, mas não teve retorno até a publicação desse texto.

O Lar da Vovó mudou de endereço ao menos quatro vezes desde 2020 e foi interditado pela vigilância sanitária em duas oportunidades, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). As interdições - previstas no artigo 122 do Código Sanitário do Município de São Paulo - foram determinadas em razão de irregularidades sanitárias que poderiam provocar "alto risco à saúde dos idosos atendidos."

"Uma equipe da Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) São Mateus esteve neste sábado, 10, no local, após a tragédia, para obter mais informações e constatou que há um processo administrativo sanitário em curso, com autuações e interdições em dois outros endereços anteriores, da mesma proprietária, em virtude de irregularidades sanitárias previstas no Código Sanitário do Município de São Paulo", informa a administração.

Com o local interditado, a responsável pela casa de repouso tem cinco dias para começar a resolver as irregularidades, "sob pena de multas diárias e sanções legais."

Além disso, a Subprefeitura de São Mateus abriu processo contra a instituição por falta do certificado de regularidade do imóvel. "Se em até cinco dias a proprietária não apresentar o documento, poderá ser multada em cerca de R$ 35 mil." A multa pode ser reaplicada a cada 90 dias em caso de não cumprimento, diz a Prefeitura.

O incêndio segue sendo investigado pelo 49º Distrito Policial (DP) e laudos periciais estão em elaboração para descobrir a causa do fogo. A hipótese inicial do Corpo de Bombeiros, que atendeu a ocorrência no sábado, é de que o incêndio tenha começado por causa de um curto circuito e que as vítimas tenham morrido por inalação de fumaça - uma delas estava com o corpo carbonizado.

No entanto, a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo (SSP-SP) afirmou nesta segunda que ainda é necessário esclarecer se houve, neste caso, "crime de natureza dolosa ou culposa." De acordo com a Defesa Civil, o incêndio se concentrou em um dos cômodos do espaço, e que os demais quartos não apresentaram danos estruturais.

Em um grande abrigo para animais da capital da Ucrânia, Kiev, a veterinária Natalia Mazur carrega em seus braços um gato de três anos, Murzik, cuja proprietária morreu.

Ela morava em Bucha, uma cidade nos arredores de Kiev que se tornou um símbolo das atrocidades atribuídas às forças russas durante a ocupação dos arredores da capital em março.

"Sua dona sobreviveu aos bombardeios e à ocupação, mas morreu depois, não conseguiu suportar a situação", relata a veterinária, que segura o gato de olhos verdes.

Muitos animais domésticos ucranianos compartilham os sofrimentos de seus donos desde o início da invasão russa à Ucrânia em 24 de fevereiro. Alguns perderam seus donos, casas ou ficaram feridos. Os mais sortudos foram acolhidos em abrigos, onde esperam encontrar novos donos.

No abrigo temporário do gato Mazur, há 19 cães e gatos.

"Quando a guerra começou, vimos um aumento no número de animais abandonados", diz Mazur, que administra o hospital veterinário de Kiev e também este abrigo, instalado em um pavilhão de um centro de exposições.

"Com a ajuda da cidade e de voluntários, decidimos organizar este abrigo temporário. Também estamos tentando encontrar uma nova família anfitriã", explica à AFP.

Cães e gatos são alojados em seções diferentes. Os voluntários se revezam cuidando deles, alimentando-os ou caminhando com eles.

No abrigo temporário, os animais são cuidados por voluntários como Dmitro Popov. Este botânico de 28 anos e sua esposa não podem ter um animal no apartamento que alugam. É por isso que eles decidiram "vir aqui e ajudar o máximo possível", diz ele.

Desde a abertura deste abrigo no final de março, 132 animais passaram por ele, procedentes da região de Kiev, mas também do leste da Ucrânia, onde se concentram os combates desde o início de abril. Cerca de 87 desses animais foram adotados por novos donos.

"Se um animal perdeu seu dono e foi exposto a combates e bombardeios, ele precisa antes de tudo de socialização", explica o veterinário.

"Eles têm o hábito de estar com humanos e, portanto, precisam de ternura e carinho, que alguém se sente com eles e converse com eles", acrescenta.

Desde o início da guerra, os animais domésticos ocupam um papel de protagonismo nas inúmeras imagens de ucranianos que fugiram de suas casas levando seus cães ou gatos com eles.

Juntos enquanto estiveram ilhados até o momento do resgate, no domingo (9), a Família dos Santos e a cadelinha Belinha se separaram quando seguiram para abrigos em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). Após 11 dias de saudade, o reencontro será feito nesta quinta-feira (9).

Morador do Loteamento Sapolância, Isaac dos Santos, a esposa e a filha foram retirados de casa por equipes de resgate após as fortes chuvas na Região Metropolitana do Recife (RMR). Eles foram encaminhados ao abrigo na Escola Municipal Jaboatão dos Guararapes, no bairro de Prazeres, mas não puderam levar a cadela.

##RECOMENDA##

“Minha filha chorava muito por saudade de Belinha. Nós estamos sendo bem cuidados no abrigo, mas a preocupação com nossa cadelinha tava sempre falando alto dentro do peito", comentou Isaac.

Apesar da preocupação, a yorkshire Belinha também foi levada a um abrigo pela Secretaria Executiva de Bem-Estar Animal, onde foi vermifugada, passou por assepsia, exames veterinários e tratamento para doença do carrapato. Ela foi socorrida com os olhos inchados e também recebeu cuidados na região.

Em uma visita do prefeito Mano Medeiros ao abrigo, a Família dos Santos fez um apelo e pediu que Belinha também pudesse ficar no local. A transferência da cadela foi aprovada e deve ocorrer até o fim do dia.

“Temos equipes prestando um atendimento humanizado para a população, com atendimento psicológico, aplicação de vacinas e atendimento médico, mas também estamos prestando assistência aos animais. A história de Belinha me comoveu porque ela é um membro da família que não pode ser deixado pra trás. Além de resgatá-los, veterinários estão nas ruas levando ração e realizando atendimentos”, destacou o prefeito.

Além do Sport e do Náutico, em razão das fortes chuvas na Região Metropolitana do Recife, o Santa Cruz Futebol Clube também se colocou à disposição das autoridades municipal e estadual para abrigar pessoas atingidas pelas fortes chuvas deste sábado (28).

No Twitter, o clube salientou a solidariedade às pessoas atingidas pelas inundações. “O Santa Cruz, em solidariedade às vítimas desabrigadas, coloca à disposição das autoridades do Recife e do Governo do Estado, as dependências do Arruda, para abrigar as pessoas atingidas pelas chuvas que provocaram inundações e quedas de barreiras na capital e cidades”.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

As prefeituras de Recife e Olinda disponibilizaram locais de abrigos para acolher aqueles que estão sofrendo transtornos devido às fortes chuvas neste sábado (28). Os abrigos contam com equipes de plantão, disponibilizando comidas e locais de dormir para receber às famílias afetadas. Veja, abaixo, uma lista dos locais de acolhimentos nas cidades:

Recife

##RECOMENDA##

Escola Célia Arraes

R. José Noya - Várzea, Recife - PE, 50810-360

Diná Oliveira

R. São Mateus - Iputinga, Recife - PE, 50680-000

Creche da Torre

R. Cantora Clara Nunes, nº 395 - Torre, Recife - PE, 50711-550

Creche Municipal Rosa selvagem

R. Cabo Luís Augusto, 108 - Várzea, Recife - PE, 50970-330

Escola Municipal Casarão do Barbalho

Estr. do Barbalho, nº 131 - Iputinga, Recife - PE, 50690-000

Escola Municipal de Água Fria

R. dos Craveiros, 441 - Campina do Barreto, Recife - PE, 52121-370

Escola Municipal Padre José Mathias Delgado

R. Dr. Devaldo Borges - Jardim São Paulo, Recife - PE, 50910-390

Olinda

Caic

Avenida Presidente Kennedy, SN - Peixinhos

Escola Duarte Coelho

R. Bomfim, 315 - Carmo, Olinda - PE, 51120-090

Escola Municipal Pro Menor

R. C 6, 15 - Rio Doce, Olinda - PE, 53330-330

Em virtude das fortes chuvas que caíram e estão previstas para continuar no Recife, a prefeitura da cidade antecipou o horário de abertura do abrigo noturno Irmã Dulce, localizado no bairro de São José, área central da capital, para receber a população de rua mais cedo.

Segundo o executivo municipal, 52 profissionais do Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) e a assistência social do Recife vão realizar buscas ativas ao longo desta quarta-feira (25), para transportar as pessoas em situação com vans do município até o abrigo.

##RECOMENDA##

A prefeitura destaca que o local tem a capacidade de acolher 100 pessoas e oferece alimentação, kits de higiene pessoal e apoio psicossocial. No mesmo endereço também funciona o abrigo emergencial destinado para famílias encaminhadas pela Defesa Civil.

Para garantir a alimentação da população em situação de rua, os restaurantes populares Josué de Castro, no bairro de São José, e Naíde Teodósio, em Santo Amaro, estão funcionando normalmente das 11h às 14h.

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando