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Da guerra entre Hamas e Israel ao ataque dos bolsonaristas em Brasília, aqui estão 10 grandes acontecimentos que marcaram o ano de 2023.

- Guerra Israel-Hamas -

Em 7 de outubro, comandos do Hamas se infiltraram no sul de Israel a partir da Faixa de Gaza e executara um massacre em cidades fronteiriças e em um festival de música ao ar livre.

Quase 1.200 pessoas, a maioria civis de todas as idades, morreram do lado israelense, segundo os números oficiais, neste ataque de magnitude sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948. Também há investigações sobre denúncias de estupros e mutilações de mulheres.

Os milicianos islamistas também sequestram 240 pessoas, incluindo dezenas de crianças e idosos, que foram levados para Gaza.

Determinado a "aniquilar" o Hamas, organização considerada "terrorista" por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia, o Exército israelense responde com bombardeios em larga escala em Gaza e ordena aos civis que fujam para o sul do território. Em 27 de outubro, as suas tropas iniciam uma operação terrestre no norte da Faixa de Gaza.

A intensidade dos bombardeios e a extensão da destruição provocam críticas internacionais e preocupação com a população civil de Gaza, também privada de água, eletricidade, alimentos e medicamentos devido ao cerco total imposto por Israel.

Em sete semanas de conflito, os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza deixaram quase 15 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes foram deslocados, segundo a ONU.

A ajuda humanitária aumentou em 24 de novembro, com a aplicação de uma trégua de quatro dias, prorrogada por 48 horas segundo o Hamas e o Catar, embora ainda seja insuficiente segundo as agências da ONU.

O acordo permitiu a libertação de 50 reféns e 150 palestinos presos em Israel. Além deste acordo, outros 19 reféns, a maioria trabalhadores estrangeiros, foram libertados pelo Hamas.

- O retorno de Lula -

O veterano Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao poder em 1º de janeiro de 2023, prometendo colocar o "Brasil de volta" no cenário internacional e unir seus mais de 200 milhões de habitantes em seu terceiro mandato como presidente, depois de derrotar Jair Bolsonaro (2019-2022) nas urnas.

Mas a tarefa de "reconstruir" a maior nação sul-americana após quatro anos de crises institucionais e retrocessos nas políticas ambientais foi rapidamente abalada no dia 8 de janeiro, quando milhares de apoiadores de Bolsonaro invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal, destruindo móveis e obras de arte e clamando, em vão, por uma intervenção militar para destituir Lula do cargo.

O Supremo Tribunal Federal respondeu com firmeza ao motim, pelo qual cerca de 100 das mais de mil pessoas que foram detidas ainda permanecem presas.

A tentativa de golpe colocou Bolsonaro, que estava nos Estados Unidos no dia dos ataques, na mira. O ex-presidente, que questionou, sem provas, a transparência do processo eleitoral em que foi derrotado por Lula, está sendo investigado pela Justiça como suposto instigador dos atos.

Em junho, Bolsonaro recebeu uma condenação administrativa por abuso de poder político que o deixou impossibilitado de participar das eleições durante oito anos, ou seja, está automaticamente fora das próximas eleições presidenciais de 2026.

- Difícil contraofensiva da Ucrânia -

Em janeiro, o Exército russo, reforçado por 300.000 reservistas e apoiado pelos paramilitares do grupo Wagner, passa ao ataque, particularmente na área do Donbass, no leste da Ucrânia.

Em maio, Moscou reivindicou a captura da cidade de Bakhmut, ao final da batalha mais longa e sangrenta desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.

No início de junho, Kiev lançou uma contraofensiva há muito tempo aguardada pelos seus aliados ocidentais, para tentar recuperar os territórios ocupados por Moscou, mas esbarrou em uma sólida defesa russa. Apesar dos bilhões em ajuda militar ocidental, o Exército ucraniano só conseguiu recuperar algumas cidades no sul e no leste.

Em 24 de junho, combatentes do grupo Wagner se rebelaram e marcharam em direção a Moscou. O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou a "traição" do chefe paramilitar, Yevgueni Prigozhin, que ordenou aos seus homens que voltassem às suas bases.

Dois meses depois, Prigozhin morreu em um acidente de avião, que ainda gera dúvidas. Os países ocidentais e a Ucrânia suspeitam do envolvimento do Kremlin.

Depois de meses de uma contraofensiva infrutífera, Kiev afirmou, em meados de novembro, que fez o Exército russo recuar vários quilômetros na margem esquerda do rio Dnieper, na região sul de Kherson.

Em 21 de novembro, os líderes europeus foram a Kiev para reiterar o seu apoio à Ucrânia, que teme um compromisso menor por parte dos seus aliados quando a atenção internacional se concentra na guerra em Gaza.

- O ultraliberal Milei ganha na Argentina -

O economista ultraliberal Javier Milei, de 53 anos, tomará posse em 10 de dezembro como presidente da Argentina, após sua ampla vitória em 19 de novembro contra o centrista peronista Sergio Massa.

Este "antissistema", crítico dos peronistas e liberais que se alternam no poder há 20 anos, promete uma terapia de choque para a terceira maior economia da América Latina, que sofre com uma inflação recorde: privatizações, cortes com "motosserra" nas despesas públicas, dolarização e a supressão do Banco Central.

Ele também levanta ideias muito controversas, como a desregulamentação da venda de armas ou uma "solução de mercado" para a doação de órgãos.

Seu jovem partido, A Liberdade Avança, é apenas a terceira força na Câmara Baixa do Congresso argentino, com 38 deputados de 257, e por isso Milei terá que fazer alianças para avançar com seus projetos.

- Terremotos mortais -

Na madrugada de 6 de fevereiro, o sudeste da Turquia e parte da Síria foram devastados por um dos terremotos mais mortais dos últimos 100 anos.

O tremor, de magnitude 7,8, seguido por outro nove horas depois, deixou pelo menos 56 mil mortos, quase 6 mil deles no lado sírio.

As imagens da catástrofe correram o mundo: um pai segurando a mão da filha de 15 anos, soterrada nos escombros na Turquia, ou um recém-nascido salvo milagrosamente na Síria, com o cordão umbilical ainda ligado à falecida mãe.

Os danos materiais são avaliados em mais de 100 bilhões de euros (quase 110 bilhões de dólares ou 538 bilhões de reais, na cotação atual).

Em 8 de setembro, outro terremoto mortal foi registrado no Marrocos. Às 23h11 (19h11 no horário de Brasília), um violento terremoto sacudiu a região de Marrakech.

Com uma magnitude estimada entre 6,8 e 7, o tremor foi o mais forte já registrado neste país e deixou quase 3.000 mortos e mais de 5.600 feridos.

O choque danificou cerca de 60 mil casas em quase 3 mil aldeias do Alto Atlas e arredores, algumas das quais são de acesso muito difícil.

- Hollywood paralisada por greves -

Em maio, os roteiristas americanos iniciaram uma greve, à qual os atores aderiram em meados de julho, para exigir melhores remunerações e a regulamentação do uso da inteligência artificial (IA).

Este protesto, sem precedentes em Hollywood desde 1960, terminou em setembro para os roteiristas, que conseguiram um acordo salarial e proteções contra o uso de IA.

Os atores, preocupados com a possibilidade de os estúdios usarem essa tecnologia para clonar suas vozes e imagens e reutilizá-las perpetuamente sem compensação ou consentimento, só retornaram às gravações em novembro.

Além de salários melhores, a greve permitiu a introdução de novas restrições ao uso da IA.

A produção de filmes e séries americanas ficou paralisada durante quase seis meses pelo movimento, que custou à economia do país pelo menos 6 bilhões de dólares (29,3 bilhões de reais).

Muitas grandes produções, como a série "Stranger Things", foram adiadas.

- Calor e incêndios -

De junho a outubro, o mundo bate recordes mensais de temperatura para esse período do ano, segundo o observatório europeu Copernicus, que prevê que 2023 superará "quase certamente" o recorde anual de 2016, o ano "mais quente" já registrado.

As temperaturas elevadas são acompanhadas por secas que provocam fome, incêndios devastadores e furacões de intensidade incomum.

O Canadá viveu uma temporada histórica de incêndios este ano, com mais de 18 milhões de hectares queimados e 200 mil pessoas deslocadas.

Em agosto, um incêndio no Havaí destruiu quase completamente a cidade turística de Lahaina, no Maui, deixando 97 mortos.

A Grécia foi gravemente atingida por incêndios florestais durante o verão (com pelo menos 26 mortos), incluindo o maior já registrado na União Europeia, em Evros (nordeste). Depois, em setembro, graves inundações mataram 17 pessoas na região da Tessália.

As chamas, alimentadas por uma onda de calor, devastaram as ilhas turísticas gregas de Rodes e Corfu, e outras áreas da bacia do Mediterrâneo, como a Argélia ou a ilha italiana da Sicília.

- Objetivo: a Lua -

A Lua está mais uma vez no centro da corrida espacial. Em 23 de agosto, a Índia conseguiu colocar uma nave não tripulada, a Chandrayaan-3, em uma área inexplorada próxima ao polo sul do satélite.

Poucos dias antes, a sonda russa Luna-25, a primeira missão lunar de Moscou desde 1976, caiu na mesma região, alvo de muito interesse por conter água congelada.

Antes da Índia, apenas os Estados Unidos, a União Soviética e a China conseguiram realizar pousos controlados na Lua.

A Nasa conta com o foguete Starship, desenvolvido pela SpaceX de Elon Musk, para as suas missões Artemis, que querem levar astronautas à Lua em 2025, pela primeira vez desde 1972.

Em 20 de abril, a Starship decolou pela primeira vez em sua configuração completa, mas vários motores falharam e a SpaceX fez o foguete explodir intencionalmente quatro minutos depois.

Em um segundo teste em novembro, o módulo superior do foguete chegou ao espaço, antes que uma "anomalia" provocasse uma explosão.

A empresa emergente privada japonesa "ispace" falhou em sua tentativa de fazer o módulo Hakuto-R pousar na Lua em abril, mas a agência espacial japonesa Jaxa lançou uma nova missão lunar em setembro.

- Campeãs do mundo e beijo forçado -

A Espanha conquista a Copa do Mundo Feminina em Sydney, mas a comemoração é prejudicada pelo presidente da federação do país, Luis Rubiales, que durante as celebrações beija a atacante Jenni Hermoso na boca, causando indignação internacional.

A jogadora de futebol denuncia um ato "machista, inadequado e sem qualquer tipo de consentimento", mas Rubiales o descreve como um beijo "consensual", antes de renunciar ao cargo em 10 de setembro.

Acusado de "agressão sexual" pela Justiça, Rubiales está suspenso por três anos pela Fifa de todas as atividades ligadas ao futebol.

O escândalo teve impacto global em um momento em que o futebol feminino, como se viu na nona edição da Copa do Mundo, desperta cada vez mais interesse.

- Ofensiva relâmpago em Nagorno-Karabakh -

Em 19 de setembro, o Azerbaijão atacou a região de Nagorno-Karabakh, um território separatista de maioria armênia que Baku e Yerevan disputam há mais de três décadas.

Este enclave montanhoso, que, apoiado pela Armênia, proclamou unilateralmente a sua independência em 1991, após a queda da União Soviética, foi palco de duas guerras entre estas ex-repúblicas soviéticas no Cáucaso (1988-1994 e 2020).

Em 24 horas, as autoridades do território, abandonadas por Yerevan, se renderam e um cessar-fogo foi estabelecido.

Depois desta ofensiva relâmpago que deixou quase 600 mortos, a maioria dos 120 mil habitantes do enclave fugiu para a Armênia e as autoridades da autoproclamada república anunciaram a sua dissolução para 1º de janeiro de 2024.

Em meados de novembro, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou, a pedido da Armênia, que o Azerbaijão permita o retorno "seguro" dos habitantes de Nagorno-Karabakh.

As negociações sob mediação internacional para um acordo de paz ainda não terminaram.

O dia 16 de maio ficou gravado nos livros de história como o dia em que a Revolução Cultural Chinesa chegou a sua conclusão. Este foi um período de transformações sociais, políticas e civis que marcaram a China entre 1966 e 1976. A revolução foi liderada por Mao Tsé-tung, líder do país desde 1949, quando os comunistas alcançaram o poder.

Insatisfeitos com o rumo que a China tinha tomado, Mao queria que a China fugisse do sistema do comunismo soviético por considerá-lo falido, onde os burocratas do governo viviam em uma realidade “paralela”, com muito mais mordomias do que a população.

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Em uma reunião com o PCC (Partido Comunista Chinês) em agosto de 1966, Mao lançou oficialmente o projeto da Revolução Cultural Chinesa. Os objetivos principais da revolução eram quatro: corrigir os rumos das políticas do PCC; substituir seus sucessores por líderes que compartilhavam mais de suas ideologias; proporcionar uma experiência revolucionária ao jovem chinês e tornar o sistema educacional menos elitista.

Para garantir o sucesso dos objetivos, Mao pautou a Revolução com grande apoio e mobilização da juventude urbana da China, organizadas por grupos conhecidos como “Guardas Vermelhos”. Outra luta da Revolução foi combater os rumos do confucionismo chinês, ideias baseadas nos pensamentos filosóficos de Confúcio, que guiaram os rumos da vida pública chinesa durante milênios.

Os pensamentos confucianos davam muito valor a noções de hierarquia e ao culto ao passado, assim, Mao considerou que tais ideias poderiam ser encaradas como reacionárias. Diversos historiadores dizem que a Revolução Cultural Chinesa foi uma “luta  contra uma classe intelectual separada das massas”.

Na prática, a Revolução Cultural Chinesa resultou em escolas fechadas e ataques (não só verbais) a intelectuais atuantes na academia. A morte de Mao em 1976 abriu o caminho para o político Deng Xiaoping, que percebeu o culto à personalidade de Mao como um problema e a Revolução Cultural Chinesa foi oficialmente encerrada em 1976.

Por Matheus de Maio

 

 

 

Para o bem ou para o mal, o universo tecnológico foi bastante movimentado no ano de 2021, uma vez que novas opções de se realizar pagamentos chegaram aos meios digitais; redes sociais foram derrubadas; e grandes empresas fizeram seus lançamentos. Acompanhe uma retrospectiva de cinco grandes ocorridos do mundo da tecnologia:

A popularização do PIX: Lançado em outubro de 2020, a modalidade de pagamento eletrônico PIX, não demorou muito para conquistar a aceitação de seus usuários. Devido a sua praticidade, ao longo de 2021 a modalidade PIX passou a ser incluso em diversos e-commerces conhecidos, entre eles o Mercado Livre. Além disso, em seu primeiro ano de vida, o PIX conseguiu alcançar resultados bastante expressivos: http://: https://www.leiaja.com/tecnologia/2021/11/16/campos-neto-uso-do-pix-aumenta-mes-apos-mes/

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O anúncio do Meta: 2021 também foi o ano em que as empresas do grupo Facebook mudaram seu nome para Meta. Embora a alteração não cause impacto nas redes sociais individuais da companhia, como WhatsApp, Instagram e o próprio Facebook, o Meta chega com a proposta de conectar as pessoas do mundo todo, por meio da tecnologia de Realidade Virtual. Saiba mais: https://www.leiaja.com/tecnologia/2021/10/30/meta-aposta-do-facebook-para-se-salvar/

Mais um ano, mais um iPhone: certos acontecimentos já podem ser considerados tradições, principalmente por parte de empresas que lançam produtos anualmente, como é o caso da Apple e sua 13ª geração de iPhones, lançada em 22 de outubro. O telefone chegou ao mercado nos modelos padrão, mini e pro, com opções de armazenamento de 128GB, 256GB e 512GB. Veja tudo o que foi anunciado pela Apple em 2021:http://https://www.leiaja.com/tecnologia/2021/09/14/apple-apresenta-nova-linha-de-iphone-em-evento-digital/

A chegada de gigantes no streaming: não é de agora que as plataformas de streaming se tornaram um meio comum de se acompanhar filmes, séries e esportes no conforto dos lares, mas em 2021, as opções se tornaram ainda mais vastas, principalmente no Brasil, já que neste ano estreou serviços como Paramount+, HBO Max, Star+ e Discovery+. Vale destacar que por conta da alta expectativa do HBO Max, o lançamento sobrecarregou o sistema e gerou inúmeros transtornos. Relembre:http://https://www.leiaja.com/cultura/2021/06/30/hbo-max-chega-ao-brasil-com-alguns-problemas/

Facebook e WhatsApp ficam fora do ar: Provavelmente, o maior acontecimento do meio tecnológico de 2021 foi a queda do Facebook e todas as redes sociais que pertencem a companhias como WhatsApp e Instagram. Na ocasião, alguma falha interna fez com que o mundo ficasse sem acesso aos principais meios de comunicação digital, o que gerou transtornos para muitas pessoas, principalmente para os que têm as redes sociais atreladas aos seus trabalhos. Veja:http://https://www.leiaja.com/tecnologia/2021/10/04/nao-e-seu-celular-whatsapp-facebook-e-instagram-cairam/

 

Novas medidas, novos balanços e destaques: uma atualização sobre os mais recentes desenvolvimentos ligados à pandemia de COVID-19 e suas consequências no mundo.

- Fronteiras fechadas -

A República Tcheca se juntou à lista de países que fecharam suas fronteiras. A medida se aplica tanto aos estrangeiros que desejam entrar no país quanto aos tchecos que desejam ir para o exterior a partir de segunda-feira.

A Eslováquia fechou suas fronteiras para todos os estrangeiros (exceto poloneses) desde esta sexta-feira pela manhã.

A Ucrânia também anunciou hoje que fechará suas fronteiras para estrangeiros por pelo menos duas semanas.

- Escolas fechadas, aglomerações proibidas -

França, Bélgica e Portugal aderiram à lista de países que fecharam suas escolas. A França também proibiu qualquer reunião ou evento que reúna mais de 100 pessoas.

Na Irlanda, todas as escolas, creches e universidades ficarão fechadas a partir desta sexta-feira.

Na Alemanha, a maioria das regiões anunciou que fechará as escolas.

O grupo Disney fechará seus parques de diversões na Califórnia, na Flórida e em Paris a partir deste fim de semana. Em princípio, a medida será mantida até o final de março.

Nova York proibiu reuniões de mais de 500 pessoas, incluindo teatros da Broadway.

A Áustria anunciou o fechamento dos estabelecimentos comerciais não essenciais.

- América Latina se isola -

Venezuela e Bolívia suspenderam os voos europeus por um mês. Já Paraguai e Peru decidiram cancelá-los até novo aviso. A Argentina suspendeu os voos dos países mais afetados por 30 dias.

A LATAM, a maior companhia aérea da América Latina, reduziu em 30% seus voos internacionais, por dois meses.

- Mais de 5.000 mortos -

Desde dezembro, mais de 135.640 casos foram registrados em 122 países e territórios, incluindo 5.043 mortes, de acordo com uma contagem da AFP estabelecida de fontes oficiais nesta sexta-feira às 10h.

Ao todo, 3.176 pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus na China continental; 1.016, na Itália; e 514, no Irã. Até o momento, estes três países registram o maior número de óbitos pelo coronavírus.

Dois primeiros casos foram confirmados na África Oriental: um no Quênia e um na Etiópia.

- Personalidades "positivas" -

Entre as novas personalidades que testaram "positivo" para o coronavírus, destaca-se o ministro do Interior da Austrália, Peter Dutton, que foi hospitalizado.

Como a esposa do primeiro-ministro canadense testou positivo, Justin Trudeau permanece em isolamento.

No mundo dos esportes, o técnico espanhol do Arsenal, Mikel Arteta, testou positivo e se isolou, assim como o jogador inglês do Chelsea, Callum Hudson-Odoi.

- Esporte de cabeça para baixo -

O Tour da Itália de ciclismo foi adiado indefinidamente.

O GP da Austrália de F1 foi cancelado. O do Bahrein, previsto para 22 de março, adiado para uma data não especificada.

A Índia adiou pelo menos até 15 de abril seu campeonato de críquete.

A Federação Internacional de Tênis de Mesa também suspendeu todas as suas atividades até o final de abril.

O futebol francês foi igualmente suspenso por um período indeterminado.

A UEFA anunciou o adiamento dos jogos da Liga dos Campeões e da Liga da Europa.

A Liga Norte-Americana de Hóquei no Gelo (NHL) está suspendendo sua temporada.

- O dia depois do crash -

Os mercados europeus se recuperavam fortemente nesta sexta-feira, após uma sessão catastrófica no dia anterior.

Já Tóquio continuou caindo, perdendo mais de 6%, enquanto Hong Kong caiu 1,14%.

Na quinta-feira, Milão, Paris e Madri registraram as piores quedas de sua história; enquanto Londres e Frankfurt, as piores em mais de 30 anos. Em Wall Street, os principais índices afundaram.

O BCE, que não alterou suas taxas básicas, prevê "um agravamento das perspectivas de crescimento no longo prazo".

Uma situação que melhora na China, mas uma lista crescente de países afetados, preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das empresas. Veja os acontecimentos no mundo relacionados ao novo coronavírus nas últimas 24 horas:

- Cerca de 40 países afetados -

O novo coronavírus causou cerca de 80.000 infecções (incluindo quase 2.800 fora da China) e mais de 2.700 mortes em todo mundo, conforme dados divulgados pela OMS nesta quarta-feira (26).

A epidemia, que apareceu em dezembro na China, parece ter atingido um pico. As autoridades anunciaram nesta quarta-feira 52 novas mortes em 24 horas, o número mais baixo em mais de três semanas.

O número diário de novas pessoas infectadas no mundo agora é maior do que o registrado na China, informou a OMS nesta quarta. Seu último balanço aponta que cerca de 40 pessoas morreram fora da China continental desde o início da epidemia.

O coronavírus foi relatado em cinco novos países: Áustria, Suíça, Croácia, Argélia e Grécia. A doença agora afeta cerca de 40 países. A Coreia do Sul contabilizava nesta quarta-feira mais de mil casos e 12 mortes.

Na Europa, a Itália é o país mais atingido, com mais de 370 casos e 12 mortes. O Irã anunciou um total de 19 óbitos para 139 casos relatados, incluindo o do vice-ministro da Saúde.

O coronavírus matou o primeiro francês, um professor. Um turista chinês já havia morrido na França. E a América Latina pode experimentar seu primeiro caso, com um brasileiro retornando da Lombardia, para quem os testes estão em andamento.

- O mundo 'não está pronto' -

O mundo "simplesmente não está pronto" para lidar com a expansão do novo coronavírus, alertou Bruce Aylward, especialista que lidera a missão conjunta OMS/China.

Na tentativa de conter a expansão, vários países do Golfo anunciaram medidas para limitar as viagens de e para o Irã.

Na Europa, os países vizinhos da Itália decidiram manter suas fronteiras abertas, apesar da expansão para Toscana, Sicília e Ligúria. Vários governos incentivam seus nacionais a adiarem suas viagens.

Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde esperam que a epidemia se espalhe, incentivando escolas, empresas e governos locais a considerarem medidas de precaução.

- Esporte e economia afetados -

As autoridades sanitárias irlandesas recomendam o cancelamento da partida de rúgbi Irlanda-Itália em 7 de março próximo, em Dublin.

Dois jogos femininos de basquete planejados para acontecer na Itália foram transferidos para a Eslovênia.

O organismo do sumô japonês se reunirá em caráter de urgência para decidir se adiará um grande torneio planejado para Osaka, no oeste do país, em março.

Já os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio garantem que não há previsão de cancelamento do evento.

Vários grandes grupos reduziram ou suspenderam suas previsões de resultados, devido à epidemia, como o grupo de bebidas britânico Diageo, o grupo de alimentos francês Danone, ou a companhia aérea americana United Airlines.

A Lufthansa congelou suas contratações e ofereceu licença não remunerada para seus funcionários.

Número de mortes superior a mil, autoridades chinesas demitidas, apelo do presidente Xi Jinping a "medidas mais fortes e decisivas" contra a doença. Veja os últimos acontecimentos sobre a disseminação do coronavírus em todo mundo nas últimas 24 horas.

- 1.011 mortos -

O balanço da epidemia na China continental atingiu 1.011 mortos, nesta terça-feira (11), após o anúncio de 103 falecimentos na província de Hubei.

Segundo o último relatório diário, mais de 42.200 pessoas foram infectadas na China continental. Fora da China, incluindo as regiões autônomas de Macau e Hong Kong, mais de 400 casos de contaminação foram confirmados em cerca de 30 países e territórios.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu "uma ação mais forte e decisiva para deter resolutamente o momento do contágio".

As duas principais autoridades de saúde de Hubei foram demitidas. As autoridades locais foram criticadas por adiar a resposta à epidemia e até mesmo por repreender os denunciantes por "espalhar boatos".

- Transmissões fora da China -

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o risco de transmissão da doença por pessoas que nunca viajaram para este país.

Assim, um britânico contaminado pelo coronavírus em Singapura o transmitiu a vários compatriotas durante uma estada na França, antes de ser diagnosticado na Grã-Bretanha.

"A detecção desse pequeno número de casos pode ser a centelha que acabará em um incêndio maior" epidêmico, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Uma missão internacional de especialistas da OMS chegou à China para estudar a origem do novo coronavírus e seus efeitos.

A organização convocou para esta terça e quarta-feiras, em sua sede em Genebra, uma reunião de especialistas para fazer um balanço da pesquisa e do desenvolvimento de vacinas e tratamentos.

Na abertura da conferência, o diretor-geral da OMS disse que o novo coronavírus representa uma "ameaça muito séria" ao mundo, embora 99% dos casos estejam na China.

- Cruzeiro japonês: mais 65 casos -

Cerca de 65 outras pessoas a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess, em quarentena perto de Yokohama (Japão), testaram positivo, elevando para cerca de 135 o número total de pessoas infectadas na embarcação. A bordo, há cerca de 3.700 passageiros e membros da tripulação.

Os passageiros foram instruídos a permanecerem em suas cabines o máximo possível, a usarem máscaras de proteção ao sair e receberam termômetros para monitorar sua temperatura.

- Salão de telefonia móvel -

Depois da LG sul-coreana e da Ericsson sueca na semana passada, a Amazon americana e a japonesa Sony e NTT DoCoMo cancelaram sua participação no salão de telefonia móvel de Barcelona, por medo do coronavírus.

Após um ano de 2019 marcado por tensões comerciais e disputas políticas temperadas pelo nacionalismo, 2020 já começa com a perspectiva de turbulências no cenário internacional, mas também com a expectativa por uma nova edição dos Jogos Olímpicos. Veja abaixo alguns fatos que devem ser assunto ao longo dos próximos meses.

Impeachment e eleições

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inicia 2020 acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso pela Câmara dos Representantes, dominada pelo Partido Democrata, e será julgado em breve pelo Senado, de maioria republicana.

Se for condenado, algo bastante improvável neste momento, Trump se tornará o primeiro chefe de Estado americano deposto por um processo de impeachment - Richard Nixon renunciou antes de ser cassado.

A expectativa é de que o julgamento aconteça ainda em janeiro, às vésperas das primárias democratas para a Presidência, que começam em 3 de fevereiro. Apesar de não ostentar altos índices de popularidade, Trump consolidou o apoio dos republicanos e deve entrar na corrida eleitoral como favorito, embora os perfis dos pré-candidatos de oposição sejam muito diferentes um do outro.

O moderado Joe Biden é o principal postulante a desafiar o presidente, mas os esquerdistas Bernie Sanders e Elizabeth Warren ameaçam o favoritismo do ex-vice de Obama.

Guerra comercial

Ainda em janeiro, Trump deve assinar a primeira fase do acordo comercial com a China, que provocou uma trégua na guerra tarifária entre as duas maiores economias do planeta.

Mas as tratativas prosseguirão na sequência para a fase dois, e os EUA ainda têm disputas abertas com a União Europeia e podem recorrer a sobretaxas alfandegárias contra países que aderirem ao 5G chinês.

Brexit

Após dois anos e meio de negociações e reviravoltas, a saída do Reino Unido da União Europeia finalmente parece ser irreversível. O Brexit está marcado para 31 de janeiro de 2020, quando iniciará um período de transição válido até o fim do ano. Enquanto isso, Londres e Bruxelas negociarão os termos de sua relação futura e um possível acordo comercial.

Olimpíadas

Quatro anos depois do Rio de Janeiro, é a vez de Tóquio sediar os Jogos Olímpicos de Verão, que acontecem de 24 de julho a 9 de agosto e reunirão cerca de 11 mil atletas. Uma das maiores potências esportivas do mundo, a Rússia, está banida das Olimpíadas por causa de um escândalo de doping patrocinado pelo Estado, e atletas do país só poderão competir sob bandeira neutra - e se provarem que estão "limpos". 

Foto 1: SCOTT EISEN/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

Foto 2: NICHOLAS KAMM/AFP

Foto 3: BEN STANSALL/AFP/POOL

Foto 4: Pedro Ramos/rededoesporte.gov.br

Da Ansa

O ano de 2020 marcará os primeiros 20 anos do início do terceiro milênio. E a ANSA selecionou 20 notícias dos principais acontecimentos entre 2000 e 2019 para serem relembrados. Confira:

2000 - Após as profecias apocalípticas e o Bug do Milênio, um dos fatos que marcaram o ano de 2000 foi a doença da vaca louca, que causou pânico entre os consumidores. A encefalopatia espongiforme bovina atingiu, além de vacas, bois e ovelhas.

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2001 - Em 11 de setembro em Nova York, no meio de Manhattan, ataques suicidas foram coordenados pelo grupo terrorista Al-Qaeda, que jogou dois aviões contra as Torres Gêmeas e um terceiro contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Os atentados mataram 3 mil pessoas e deixou o mundo em choque.

2002 - Após a assinatura do Tratado de Maastricht, em 1992, foi lançada a moeda única para 12 países da União Europeia, que se despediram teoricamente para sempre da peseta espanhola, do franco francês, da lira italiana ou do marco alemão, entre outras. Os eurocéticos, no entanto, criticam imediatamente os parâmetros do acordo sobre déficit, dívida, PIB e inflação.

2003 - Em 20 de março, os Estados Unidos, liderados pelo então presidente George W. Bush, com o apoio do trabalhista britânico Tony Blair, invadiram o Iraque como parte de uma campanha para derrubar Saddam Hussein, que comandava o país desde 1979, e recuperar armas de destruição em massa supostamente em posse do líder iraquiano - que se provaram inexistentes. Ao todo, foram enviados 200 mil soldados ao Iraque, sendo que 4,5 mil americanos e 200 britânicos morreram.

2004 - O estudante americano Mark Zuckerberg realiza um projeto de conexões entre pessoas considerado o fenômeno das redes sociais. Neste ano, nasce o Facebook. Além disso, 2004 ficou marcado pelo tsunami que atingiu a Indonésia no dia 26 de dezembro e deixou 230 mil mortos e 5 milhões de deslocados.

2005 - Morreu, no dia 2 de abril, João Paulo II, um dos papas mais populares da história recente da Igreja Católica. Hoje santo, o polonês Karol Wojtyla, sentou no Trono de Pedro entre outubro de 1978 e abril de 2005, em um pontificado que durou 26 anos e meio, o terceiro maior da história. Ele era uma figura carismática, mas conservadora em termos morais.

2006 - Na partida final da Copa do Mundo, disputada em 9 de julho no Olympiastadion, na cidade de Berlim na Alemanha, a seleção italiana, treinada por Marcello Lippi, venceu a França nos pênaltis e conquistou seu quarto título mundial.

2007 - Sem teclado físico, apenas com tela sensível ao toque, Steve Jobs apresenta o primeiro iPhone. O primeiro modelo de smartphone desenvolvido e comercializado pela Apple revolucionou a vida das pessoas.

2008 - O democrata Barack Obama foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos. Aos 47 anos, ele tornou-se o primeiro negro a governar o país, ao derrotar o rival republicano John McCain sob o lema "Sim, nós podemos!". Com sua esposa Michelle, Obama forma um dos casais mais amados da Casa Branca. Em 2009, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

2009 - Em 6 de abril, às 3h32, um terremoto de magnitude 6.3 na escala Richter devastou a cidade de L'Aquila, capital da região central de Abruzzo, na Itália. A tragédia deixou 309 mortos, 1,6 mil feridos e dezenas de milhares de desabrigados. Até hoje, o município de 70 mil habitantes não foi totalmente reconstruído, e as obras só devem terminar em 2022.

2010 - A Grécia, que acumulou uma dívida de 350 bilhões de euros e um déficit fiscal em 2009 de 13,6%, bem acima do teto fixado pelo Tratado de Maastricht, mergulhou no caos. O governo grego viu-se obrigado a pedir empréstimo de 100 milhões de euros para a União Europeia e adotar uma série de pacotes de austeridade.

2011 - 25 anos após Chernobyl, outra tragédia nuclear. Desta vez, foi no Japão. O acidente na usina nuclear de Fukushima, em 11 de março, foi causado após o país ser atingido por um terremoto de 9 graus na escala Richter, seguido de um tsunami com ondas de 10 metros.

2012 - Às 21h45 de 13 de janeiro de 2012, o navio de cruzeiros Costa Concordia bateu em uma rocha e tombou nas águas da ilha de Giglio. O navio levava 3.216 passageiros e 1.013 membros da tripulação. O acidente foi provocado por uma manobra errada do comandante Francesco Schettino e deixou 32 mortos e 157 feridos.

2013 - O Papa Bento XVI anuncia sua renúncia. A eleição do jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio determina um fato histórico: a escolha de um novo pontífice sendo que seu antecessor ainda está vivo.

2014 - O ano ficou marcado pelo número recorde de migrantes mortos: mais de 2 mil. O horror nos barcos e no fundo do mar é um massacre infinito daqueles que tentam, por qualquer meio e a qualquer custo, chegar à Europa.

2015 - Em 7 de janeiro, um ataque jihadista contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, matou 12 pessoas. Já em 13 de novembro, a capital francesa foi alvo de outros atentados, incluindo no Stade de France e na casa de shows Bataclan. Ao todo, 130 pessoas foram mortas.

2016 - O republicano Donald Trump venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos ao derrotar a democrata Hillary Clinton após realizar uma campanha com um discurso xenófobo e antissistema.

2017 - O poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein é acusado de agressão sexual por diversas personalidades, dando início a #metoo, movimento feminista que promove a igualdade, além da denúncia contra casos de abusos. Apesar da campanha, o número de feminicídio ganhou destaque.

2018 - A cidade de Gênova, na Itália, viveu um dia de terror. No dia 14 de agosto, às 11h30, um colapso estrutural provocou a queda do trecho central da Ponte Morandi deixando 43 mortos, além de mais de 500 desabrigados.

2019 - A adolescente sueca Greta Thunberg tornou-se líder de uma geração de jovens ativistas ao lançar o movimento global de estudantes contra as mudanças climáticas, chamado "Fridays For Future". Eleita personalidade do ano pela revista "Time", ela causou incômodo em líderes políticos ao cobrá-los na ONU pela falta de ações para combater o aquecimento global.

Foto 1: Jim Watson/ US Navy

Foto 2: Pixabay

Foto 3: APEC PERU 2016

Foto 4: Igorvk/Wikimedia Commons

Foto 5: Creative Commons

Foto 6: Jose Orihuela/APEC 2016 Peru

Foto 7: Pixabay

Foto 8: Wikimedia Commons

Foto 9: Pixabay

Foto 10: PAUL RATJE/AFP

Foto 11: JB Gurliat / Mairie de Paris

Foto 12: Shealah Craighead / White House

Foto 13: Reprodução/Youtube

Foto 14: Reprodução/Twitter/Vigili del Fuoco

Foto 15: UNclimatechange

Da Ansa

A cúpula histórica entre os líderes americano, Donald Trump, e norte-coreano, Kim Jong-un, e a eleição do ultradireitista Jair Bolsonaro à Presidência do Brasil são alguns dos acontecimentos que marcaram 2018. Confira a seguir um resumo dos principais acontecimentos do ano:

- O caso Skripal -

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Em 4 de março, o ex-agente duplo russo Serguei Skripal e sua filha, Yulia, são encontrados inconscientes na cidade inglesa de Salisbury, envenenados por um agente nervoso, o Novichok. Os dois são hospitalizados em estado crítico e permanecem internados por várias semanas.

Londres acusa os serviços de Inteligência militar russos, os GRU, e emite um mandado de prisão europeu contra dois russos suspeitos do ataque.

O caso provoca uma grave crise diplomática entre Moscou e o Ocidente e desencadeia uma onda de expulsões mútuas de diplomatas, além de novas sanções contra a Rússia.

Em junho, outras duas pessoas são contaminadas com Novichok, e uma delas vem a falecer.

- Vitória de Al-Assad em uma Síria fragmentada -

Em 14 de abril, o Exército anuncia a reconquista dos territórios rebeldes de Ghuta Oriental, perto de Damasco, após dois meses de uma campanha sangrenta que deixou mais de 1.700 mortos e a imposição de acordos de evacuação aos insurgentes.

O anúncio coincide com uma ofensiva militar de Estados Unidos, França e Reino Unido em represália a um ataque químico em Duma, pelo qual os ocidentais acusam o regime, que nega qualquer responsabilidade.

Desde então, o governo de Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia, encadeia vitórias militares contra rebeldes e jihadistas, chegando a controlar dois terços do território. Mas a Síria, devastada desde 2011 por uma guerra generalizada (mais de 360.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados), continua sendo um país fragmentado e em ruínas.

Em 19 de dezembro, o presidente Donald Trump ordenou a retirada de cerca de 2.000 militares dos Estados Unidos posicionados no nordeste da Síria, onde lutan contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), juntamente com uma coalizão árabe-curda. O anúncio, em um momento em que Ancara ameaça lançar uma ofensiva contra as forças curdas, resulta na renúncia do secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis.

- Fim de uma era em Cuba -

Em abril, Cuba marcou o fim de uma era com a substituição dos irmãos Fidel e Raúl Castro na Presidência do país por Miguel Díaz-Canel, um homem nascido depois de 1959. Com ele, inicia-se a chegada ao poder de uma geração diferente da dos históricos líderes da Revolução. Mesmo assim, Raúl Castro mantém o comando do governista e único Partido Comunista.

O novo governo iniciou uma reforma constitucional que deve terminar em 24 de fevereiro com uma Carta Magna que reconhece a propriedade privada, o papel do mercado e legaliza o casamento entre pessoas de mesmo sexo, submetido a um referendo popular.

- Trump se retira do acordo com o Irã -

Em 8 de maio, Donald Trump anuncia a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irã e as grandes potências para evitar que a República Islâmica desenvolva a arma atômica e decide o restabelecimento de sanções contra Teerã e as empresas com vínculos com o país.

Trump considera o acordo frouxo demais sobre o tema nuclear e não inclui os mísseis balísticos do Irã, nem suas intervenções diretas, ou indiretas, em vários conflitos regionais, como os da Síria e do Iêmen.

Em agosto, Washington impõe uma primeira rodada de sanções econômicas e, em 5 de novembro, restabelece as medidas punitivas contra os setores petroleiro e financeiro iranianos.

- Embaixada dos EUA em Jerusalém -

Em 14 de maio, a inauguração da embaixada americana em Jerusalém, que supõe o reconhecimento por Washington desta cidade como capital de Israel, deflagra um banho de sangue na Faixa de Gaza. Sessenta palestinos morrem atingidos por disparos israelenses.

A tensão é elevada desde 30 de março, data do início de uma mobilização anti-israelense, a "Marcha do Retorno", protagonizada por residentes de Gaza na fronteira com Israel.

- Eleições polêmicas na Venezuela -

Em 20 de maio, em eleições antecipadas, o presidente Nicolás Maduro é reeleito até 2025 com a abstenção de mais de 50% dos votantes e em meio à pior crise da história moderna da Venezuela.

As eleições foram boicotadas pela oposição e desconhecidas pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por uma dezena de países latino-americanos, colocando em dúvida o reconhecimento de Maduro quando assumir o novo mandato, em 10 de janeiro.

O FMI projeta uma inflação de 1.350.000% para 2018 e de 10.000.000% para 2019, uma espiral que combina com a derrubada da produção petroleira e elevou a 2,3 milhões o número de venezuelanos que fugiram do país desde 2015.

- Populistas no poder na Itália -

Em 1º de junho, o novo chefe de governo italiano, Giuseppe Conte, presta juramento junto com seus dois vice-primeiros-ministros: Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas (antissistema) e Matteo Salvini, chefe da Liga (extrema direita), ministro do Interior.

Salvini bloqueará os portos italianos às embarcações humanitárias que resgatam migrantes no Mediterrâneo.

Em abril, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, ícone da direita populista, e que concentrou sua campanha no repúdio à imigração, saiu fortalecido com uma vitória esmagadora de seu partido nas legislativas.

- A esquerda espanhola desbanca Rajoy -

Em 2 de junho, o socialista Pedro Sánchez assume o poder na Espanha depois de desbancar o conservador Mariano Rajoy (2011-2018) com uma inédita moção de censura apoiada pela esquerda radical e os nacionalistas e separatistas bascos e catalães.

À frente do governo mais minoritário da história recente do país (84 deputados do total de 350) - e o mais feminino -, Sánchez lança uma agenda inovadora: exumação do ditador Francisco Franco de seu mausoléu, aproximação da Catalunha, aumento do salário mínimo...

Mas os obstáculos são múltiplos e crescem os boatos de eleições antecipadas, especialmente após o baque dos socialistas na Andaluzia, reduto histórico que poderiam perder pela primeira vez para uma coalizão de direita e de extrema direita.

- Cúpula entre Trump e Kim -

Em 12 de junho, o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, reúnem-se em uma cúpula em Singapura e assinam um documento, no qual o líder norte-coreano se compromete com uma "desnuclearização completa da península da Coreia".

Em fevereiro, as duas Coreias haviam aberto a via para uma retomada das relações diplomáticas, ao permitir que uma delegação do Norte fosse aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeonchang-2018, celebrados no Sul. Em abril, Pyongyang anuncia o fim dos testes nucleares e com mísseis intercontinentais.

As negociações sobre o programa nuclear norte-coreano não parecem avançar, porém.

- Hodeida, principal front no Iêmen -

Em 13 de junho, forças pró-governamentais, apoiadas pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos, lançam um ataque contra os rebeldes huthis em Hodeida, principal porta de entrada da ajuda humanitária no Iêmen.

O conflito armado que desde 2014 opõe o governo, apoiado por Riad, e os rebeldes, respaldados por Teerã, deixou pelo menos 10.000 mortos e levou 20 milhões de pessoas à beira da fome extrema.

Em 18 de dezembro, um cessar-fogo entra em vigor, de acordo com um acordo alcançado na Suécia e ratificado por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que prevê o envio de observadores civis para supervisionar a evacuação de caças Hodeida e garantir o funcionamento do seu porto.

- Mudança na Presidência do México -

Em 1º de julho, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador arrasou em sua terceira tentativa de chegar à Presidência do México, com mais de 30 milhões de votos, um resultado histórico.

O presidente "teimoso", como ele próprio se define, e que oferece conferências diárias de mais de uma hora, tem um horizonte pontuado por duros obstáculos: uma violência que deixou mais de 200 mil mortos e 34.000 desaparecidos em pouco mais de uma década; milhares de imigrantes centro-americanos estacionados na fronteira com os Estados Unidos; e uma relação tensa com o presidente americano, Donald Trump, que insiste em construir um muro para conter o fluxo de imigrantes em situação ilegal.

- Os "meninos da caverna" -

Em 10 de julho, termina a evacuação dos 13 membros de uma equipe juvenil de futebol que passaram 17 dias presos em uma caverna inundada na Tailândia, após uma operação de resgate internacional extremamente complicada e que custou a vida de um socorrista tailandês.

- Recordes de temperatura e incêndios -

Em julho e agosto, a Europa vive asfixiada por uma onda de calor, que chega com incêndios florestais mortais na Grécia, na Espanha e em Portugal. A Ásia também é vítima do forte calor, assim como o oeste dos Estados Unidos, onde a Califórnia sofre com vários incêndios de grandes proporções.

Segundo a ONU, o ano de "2018 se anuncia como o quarto mais quente já registrado. As concentrações de gases causadores do efeito estufa na atmosfera atingem níveis recordes, e as emissões seguem aumentando".

- Assassinato de Khashoggi -

Em 2 de outubro, o jornalista saudita Jamal Khashoggi, crítico do príncipe-herdeiro Mohamed bin Salman e exilado nos Estados Unidos, desaparece depois de entrar no consulado de seu país em Istambul. Após negar reiteradamente, Riad reconhece sua morte e esquartejamento dentro desse edifício, em uma operação "não autorizada".

O assassinato gera indignação mundial e arranha a imagem da Arábia Saudita. Mohamed bin Salman nega qualquer envolvimento, apesar de várias acusações.

Em 13 de dezembro, o Senado dos Estados Unidos adota uma resolução que considera Mohamed bin Salman "responsável pelo assassinato". Riad nega qualquer implicação do príncipe herdeiro.

- Brasil dá uma guinada à extrema direita -

Em 28 de outubro, o Brasil elege presidente o controverso Jair Bolsonaro, candidato da extrema direita.

Durante a campanha eleitoral, o candidato foi prolífico em discursos de ódio e de violência, e acabou ele mesmo sendo vítima de uma facada em setembro.

- Democratas avançam nos EUA -

Em 6 de novembro, as eleições de meio de mandato colocam a Câmara de Representantes nas mãos dos democratas, mas reforçam a maioria republicana no Senado.

O final da campanha é ofuscado pelo pior ataque antissemita da história do país, com 11 mortos em uma sinagoga de Pittsburgh, e é marcado pelo envio de supostas bombas caseiras para personalidades democratas. Enquanto isso, milhares de migrantes se dirigem de Honduras para a fronteira entre México e Estados Unidos.

- Os 'coletes amarelos' na França -

Em 17 de novembro, tem início uma série de protestos dos "coletes amarelos" (assim denominados devido à peça florescente que todo o motorista deve usar em caso de emergência na França) contra a alta no preço dos combustíveis e a redução do poder aquisitivo.

Durante várias semanas, os manifestantes bloqueiam rodovias em todo país.

Em 1º de dezembro, as manifestações degeneram em cenas de guerrilha urbana em vários bairros abastados de Paris.

Após suspender a elevação no preço dos combustíveis, o presidente Emmanuel Macron anuncia em 10 de dezembro várias medidas sociais para tentar acalmar a situação.

- Divórcio entre UE e Reino Unido -

Em 25 de novembro, a União Europeia e o Reino Unido selam um histórico acordo de divórcio, após 17 meses de duras negociações.

Em 10 de dezembro, porém, a primeira-ministra britânica, Theresa May, anuncia o adiamento da votação sobre o acordo, prevista para o dia seguinte no Parlamento, devido às profundas divisões dos deputados e ao temor de uma provável derrota.

Em 12 de dezembro, maio sobrevive a um voto de censura organizado por seu próprio partido conservador.

1 - Casos resolvidos pela Justiça finalmente trouxeram paz às famílias depois de muita espera. José Ramos foi preso 23 anos depois de ter assassinado a mulher na frente dos filhos. O caso ficou conhecido como Maristela Just. Leia na íntegra.

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2 - O ano de 2012 foi marcado por greves de vários setores, entre eles polícia e transporte público que complicou a vida de muitos cidadãos no Recife e em todo o Brasil. Confira aqui a cobertura completa das greves.

 

3 - Fatos regionais que ganharam destaque nacional e internacional, como o caso dos Canibais de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Em nome da seita Cartel, trio matava mulheres e comia a carne delas. Veja aqui.

 

4 - No dia 26 de outubro de 2012, muitos recifenses foram dormir ou acordaram no meio do sono com a falta de energia. Um apagão atingiu o Nordeste do País e ainda parte da região Norte. Outros estados brasileiros também sofreram sem energia. Leia as matérias publicadas no LeiaJá.

 

5 - A seca. Produtores da região sertaneja do Nordeste já perderam os cálculos dos prejuízos que a escassez de água trouxe em 2012 para quem vive do gado e do plantio no Sertão pernambucano. Confira aqui.

 

6 - Um caso chocou o mundo: mais um ataque a uma escola nos Estados Unidos. Um jovem matou quase trinta pessoas e depois se matou. O presidente Barack Obama se comprometeu em adotar medidas mais enérgicas contra esses atentados e para o controle da venda de armas no país. Leia a matéria na integra.

 

  

7 - Motivo de muita alegria para uns e de contrariedade para outros. O Supremo Tribunal Federal decidiu pela liberação do aborto no caso de anencéfalos.  Veja aqui.

 

8 - Depois de mais de 30 anos residindo em um lugar, moradores da Vila Oliveira tiveram suas casas demolidas, através de uma ordem judicial, mesmo as famílias tendo o documento de posse das residências. Vigílias, dúvidas e muito desespero marcaram esse fato. Confira a cobertura completa aqui.

 

9 - Um assassinato com requintes de frieza. Mulher de empresário de São Paulo, Yoki Marcos Kitano Matsunaga, confessa ter matado o marido e esquartejá-lo. Leia a matéria aqui.

 

10 - A justiça foi feita, de acordo com a promotoria do caso Jennifer Kloker, que condenou à pena máxima os quatro réus que mataram a turista alemã, no Carnaval de 2010. Veja aqui

Vários destaques no mundo viraram notícias nesta semana. A Morte da enfermeira de Kate que caiu em trote de rádio, a volta do presidente da Venezuela, Hugo Chávez,  para o país após o tratamento em Cuba, a morte da pessoa mais velha do mundo o terremoto de 7,3 graus que abalou o Japão, além da criação da primeira empresa que venderá voos para a Lua. Em destaque, a morte de Oscar Niemeyer, nesta última quinta-feira (6).

Confira os fatos que marcaram a semana: 

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Morre enfermeira de Kate que caiu em trote de rádio

Depois de ter passado informações sobre o estado de saúde da duquesa e esposa do príncipe William, Kate Middletone, a enfermeira Catherine, foi encontrada morta nesta sexta-feira (7). Ela recebeu um trote de uma locutora australiana que se passou pela rainha.

Chávez volta à Venezuela após tratamento em Cuba

Após ter passado dez dias em Cuba fazendo um tratamento contra o câncer, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou para Caracas. Ele passou os últimos meses lutando contra a doença. 

Terremoto de 7,3 graus abala o Japão

No Japão, um terremoto de 7,3 graus atingiu Tóquio e provocou uma onda que levou as autoridades a acionar um alerta de tsunami.  Telefones, fixos e celulares, não funcionavam na região e a ordem foi divulgada por um canal especial de rádio.

EUA têm primeira empresa de voos privados à Lua

A agência espacial América, Nasa, anunciou nesta quinta-feira (6) a criação da primeira empresa privada de voos para a Lua. Para ter o prazer de vivenciar essa experiência, o custo ficaria de 1,5 bilhão de dólares, segundo a empresa. 

Pessoa mais velha do mundo morre nos EUA

Com 116 anos, Besse Cooper faleceu nesta última terça-feira (4) em um asilo nos Estados Unidos. Ela foi a primeira pessoa da Georgia a ter um recorde mundial. O título da pessoa mais velha do mundo passou para a Dina Manfredini de 115 anos, dos Estados Unidos. 

Morre o arquiteto Oscar Niemeyer

Aos seus 104 anos, o arquiteto Oscar Niemeyer faleceu no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, devido a uma infecção respiratória. Ele é conhecido por suas criações futuristas em todo o país. Niemeyer teve uma grande influência em várias partes do mundo, e foi homenageado O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault.

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