Tópicos | Adriano Portela

Com estreia marcada para a próxima quinta (21), nos cinemas do Recife e algumas cidades do estado de Pernambuco, o filme Recife Assombrado leva para as telonas algumas das lendas mais conhecidas da capital pernambucana. Nesta segunda (18), parte do elenco e o diretor, Adriano Portela, contaram ao LeiaJá sobre suas assombrações preferidas e situações inusitadas ocorridas nas locações durante as filmagens.

O Recife Assombrado passa por alguns locais bastante estratégicos e conhecidos da capital. A Cruz do Patrão, o cemitério de Santo Amaro e a praça Chora Menino foram algumas locações. Esse lugares são conhecidos por suas histórias de assombrações e mistérios que são perpetuadas há gerações. 

##RECOMENDA##

LeiaJá também

--> Assombrações, no Recife, todo dia é sexta-feira 13

Para o veterano Germano Haiut, não foi problema lidar com nenhum desses lugares ou histórias. Aos 81 anos de idade, ele já deu vida, inclusive, ao próprio Papa-Figo, em um curta-metragem. E ainda diz que a figura serviu como "psicólogo" em sua criação. "As empregadas na época metiam medo com essas histórias, diziam que ele vinha pegar se fizesse malcriação, eu fui criado com medo do Papa-Figo".

Já Rhaisa Batista sentiu alguns tremores ao gravar no cemitério de Santo Amaro, região central do Recife. Ela conta que em nenhum momento ficou sozinha no local e que preferiu não visitar os famosos túmulos do lugar. "Eu fiquei com um pouquinho de medo quando a gente saiu do cemitério às quatro da manhã. Queriam visitar a Menina Sem Nome, Chico Science, mas eu não fui, preferi ficar mais recolhida. Não é medo, mas não é confortável. Mas também adorei passar essa barreira um pouquinho". 

A unanimidade, no entanto, parece mesmo ter sido a Cruz do Patrão. O local é considerado como ponto de aparições com direito a sons de correntes arrastando e gemidos dos mortos que teriam sido enterrados ali. "Quando eu fiquei sabendo a real história da Cruz do Patrão, eu já me arrepiei todo. Até a nossa energia mudou quando a gente chegou lá", relembrou Daniel Rocha. 

O diretor Adriano Portela contou um caso inusitado ocorrido durante a gravação no lugar. "Um ator nosso, o Marcio Fecher, teve uma preparação diferente. Quando a  gente viu, ele tava peladão lá, acho que com o 'capeta no couro'. A produtora chegou espantada eu disse: 'menina, isso é cinema nacional, deixa ele ali'", brincou.

A cidade do Recife é a grande protagonista no longa Recife Assombrado. Assinado pelo diretor Adriano Portela, o filme leva para as telonas os lugares e lendas mais assombrados da capital pernambucana. Adriano e parte do elenco, recebem o público para a pré-estreia da produção, nesta segunda (18), no Cinema São Luiz, às 19h. Na quinta (21), será a vez das principais salas da Região Metropolitana do Recife e de outras cidades do estado receberem o longa.

Antes da pré-estreia, a equipe de Recife Assombrado falou sobre o trabalho durante uma coletiva de imprensa. O diretor Adriano Portela, os produtores da Viu Cine, e parte do elenco - Daniel Rocha, Marcio Fecher, Germano Haiut, Pedro Malta, Rhaisa Batista e Rayza Alcântara, contaram um pouco sobre o processo de desenvolvimento do filme que começou em 2015.

##RECOMENDA##

O longa pernambucano tem roteiro de Ulisses Brandão e Bruno Antônio, da Viu Cine, em parceria com André Balaio e Roberto Beltrão, editores do site O Recife Assombrado. Com o objetivo de homenagear a obra de Gilberto Freyre, o filme leva para o cinema as famosas lendas e histórias de assombrações recifenses. "Todo mundo tem uma história de assombração pra contar, ou já ouviu, tem esse sentimento de que o produto é de todo mundo. Costumo dizer que não é um filme de Adriano Portela, é de todos os pernambucanos", diz o diretor do filme. 

Para Pedro Malta e Rhaisa Batista, a oportunidade de trabalhar na produção foi como fazer um resgate à sua própria história. Ambos deixaram Pernambuco ainda crianças e precisaram se familiarizar novamente com tais lendas. "É um reencontro com a nossa própria história. É muito bacana não só propor esse resgate da nossa origem, mas um resgate de nós mesmos", comentou Pedro. 

Já Daniel Rocha, protagonista do longa, diz que o trabalho exigiu um mergulho em um universo totalmente desconhecido. "A questão da tecnologia distanciou até o pessoal daqui dessas lendas, então, imagina uma pessoa vindo do Sudeste, eu não conhecia nada". Ele contou que fez até um passeio de Catamarã pelos pontos mais assombrados da cidade para se preparar, além de contar com a colaboração de toda a equipe do filme. 

[@#galeria#@]

Recursos

Os atores Daniel Rocha e Marcio Fecher fizeram questão de frisar que o filme foi produzido com baixo orçamento. "Fizemos um longa com orçamento de um documentário", disse Fecher. Com linhas de financiamento sendo extintas e problemas em relação a editais estaduais e federais, a situação dos realizadores do audiovisual fica cada vez mais delicada. O diretor Adriano Portela, no entanto, busca formas de já colocar em prática seus próximos projetos. "Tá meio tenebroso, mas a gente está juntando forças e se preparando para alguns novos projetos. Já tenho um em mente para o ano que vem, Guerrilha. A gente também está cercando com o Recife Assombrado, os incentivadores que estão agora acreditando no filme, ele tá apontando pra outras coisas, série, filme dois".

As famosas assombrações do Recife estão chegando às telas do cinema. O filme Recife Assombrado, dirigido por Adriano Portela e produzido pela Viu Cine, estreia no dia 21 de novembro nos principais cinemas do estado de Pernambuco. 

Recife Assombrado leva para a telona uma trama que envolve as famosas lendas da história da capital pernambucana, como a perna cabeluda, o Papa-Figo e a galega de Santo Amaro. Alguns lugares da cidade, famosos pelas suas assombrações, também aparecem no filme. A Praça Chora Menino, na Boa Vista, e a Cruz do Patrão, no Bairro do Recife, serviram de cenário para o longa. 

##RECOMENDA##

O elenco é formado por Daniel Rocha, conhecido por novelas como Avenida Brasil; Pedro Malta, de Coração de Estudante, da Rede Globo e A Prova do Amor, da TV Record; Márcio Fecher, de Bacurau; Rhaissa Batista e Rayza Alcântara e o veterano Germano Haiut. O roteiro é assinado por Ulisses Brandão e direção por Adriano Portela. 

Levantando questões sociais, como feminismo e preconceito, a peça Lisbela e o Prisioneiro, adaptação do livro homônimo de Osman Lins, volta a ocupar o palco do Teatro Apolo, área central do Recife, na próxima sexta-feira (20), a partir das 19h. Os ingressos, à venda na bilheteria do equipamento cultural, custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

O espetáculo, que contará com intérprete de Libras, rememora os 40 anos da morte de Osman Lins e homenageará a delegada pernambucana Gleide Ângelo. “Estamos tratando tudo com muito respeito e humor e ao mesmo tempo aproveitando para valorizar uma pessoa que tanto vem lutando pelos direitos das mulheres”, afirma Rafaela Quintino, diretora da montagem, que é realizada pelo cineasta Adriano Portela.

##RECOMENDA##

 Serviço

Lisbela e o Prisioneiro

Sexta (20)| 19h

Teatro Apolo (Rua do Apólo, 121 - Recife)

R$ 30 (inteira) R$ 15 (meia)

A noite não era de exibições, mas nesta terça (5), no encerramento da 22ª edição do Cine PE, o público presente pôde ver um teaser do filme O Recife Assombrado. A produção do diretor pernambucano Adriano Portela está prevista para chegar aos cinemas em 2019 com o propósito de mostrar para todo o país algumas das lendas que permeiam o imaginário do povo recifense.

Antes da exibição, Adriano subiu ao palco do Cinema São Luiz para falar um pouco sobre o longa. Animado, ele revelou que o teaser não estava na programação do festival, mas que depois de um "pedido carinhoso" a produção abriu o espaço. O realizador também lembrou rapidamente sobre o processo de produção do longa, iniciado em 2015: "Fazer cinema aqui é muito prazeroso, mas também é muita luta".

##RECOMENDA##

Ao lado de sua equipe, o cineasta demonstrou alegria em apresentar o teaser para uma plateia de realizadores, uma "plateia privilegiada" e informou que o longa deve chegar aos cinemas de todo o país em 2019. Encerrando sua fala, Portela brincou: "Recife além de ser a cidade do frevo e do maracatu também é a cidade mais assombrada do país".

[@#relacionadas#@]

As lendas assustadoras do imaginário urbano da cidade do Recife estarão, em breve, nas telas do cinema. O filme Recife Assombrado, do diretor Adriano Portela, inicia suas gravações na próxima segunda (6), com locações na capital pernambucana e em Bezerros, no Agreste do Estado.

O longa conta a história de Hermano, que volta ao Recife, após 20 anos longe da cidade, por conta do desaparecimento do seu irmão Vinícius. Em meio à busca pelo irmão, ele se depara com antigos problemas familiares e um Recife que se torna assustador durante a noite. Hermano acaba passando por episódios em que assombrações famosas da cidade, como a Velhinha da Caxangá e a Galega de Santo Amaro, surgem diante de seus olhos.

##RECOMENDA##

O elenco conta com os atores Daniel Rocha e Pedro Malta - que já tiveram passagens por novelas da Rede Globo -, Marcio Fecher, Raisa Batista, Raiza Alcântara e o veterano, Germano Haiut. O roteiro é do jornalista pernambucano Ulisses Brandão e Bruno Antônio, a produção é da Viu Cine e distribuição da Inquieta Cine.

[@#relacionadas#@]

O Projeto social 'Cobogó das Artes', idealizado pelo jornalista e diretor Adriano Portela e sua equipe, iniciou suas atividades neste sábado (5). A escola promove a difusão da arte na periferia do Recife, abarca diversas expressões artísticas como teatro, dança, cinema e artes plásticas, e está localizada no bairro de Areias.

“Essa localização nos permite alcançar o entorno dos outros bairros periféricos, como Barro, Jardim São Paulo e Estância, além das comunidades mais próximas como Chico Mendes, Caçote, Iraque”, diz Rafella Gomes, produtora do projeto. 

##RECOMENDA##

O espaço pertecia ao avô de Adriano e foi tranformado pela equipe para receber crianças e adolescentes das comunidades vizinha e desenvolver a criatividade e a capacidade artística. "Nós arregaçamos as mangas, fizemos mutirão, limpamos e pintamos o espaço, e deixamos tudo muito lindo e bem alternativo. Maravilhoso estar nesse projeto”, completa Rafaela Jasset, também produtora do projeto.

Todas as oficinas oferecidas pelo projeto são gratuitas e a agenda artística está disponível no site da escola e nas redes sociais. “O site tem tudo sobre os cursos, dias, horários, formulários de inscrição. Ainda trazemos dicas sobre o mundo da arte”, ressalta Clayton Quintino, diretor de Arte da Portela Produções. 

[@#galeria#@]

Serviço

Escola Social Cobogó das Artes

Rua Oiticica Lins, 134, Areias, Recife

(81) 995004094 (Adriano Portela)/ (81) 995590061 (Rafaela Jasset)

A cidade do fantástico, do assombro e do sobrenatural. A capital pernambucana guarda histórias lendárias do imaginário popular, que se perpetuam e são contadas por gerações há décadas. Quem é do Recife já ouviu relatos de lendas como a Perna Cabeluda, da Emparedada da Rua Nova, do Papa-figo e da Velhinha da Caxangá. Essas são apenas algumas das histórias que povoam o imaginário assombrado do povo.

Foi a partir dessa ‘verdade’ popular de contos e de assombros que o cineasta pernambucano Adriano Portela adentrou o mundo do sobrenatural. Agora, após realizar vários curtas, o diretor está preparando o seu primeiro longa, que recentemente foi submetido ao edital da Ancine e contemplado com o incentivo financeiro para realização. Encerrando a minissérie de reportagens Terror Pernambucano, do Portal LeiaJá, fomos conversar com o diretor.

##RECOMENDA##

De acordo com o também escritor, o filme Recife Assombrado, que conta com a produção da ViuCine, vai surpreender o público com a mistura de documentário com ficção, levando o sobrenatural de várias lendas pernambucanas para a telona. 

“O filme vai apresentar a história de um personagem central que vivencia uma situação inusitada e, a partir disso, começar a investigar alguns relatos ligados às assombrações do Recife. Com isso, ele vai tentar descobrir e responder por que a capital pernambucana é a mais assombrada do Brasil”, adianta.

Dando o pontapé nas gravações do seu primeiro longa de terror, Portela revela que a opção de trabalhar a temática do  sobrenatural não foi à toa. Em entrevista ao Portal LeiaJá, o cineasta conta que já existe muito material documentado, como vídeo-reportagem, trabalhos e livros que retratam o assunto o que, de certa forma, o motivou para dar continuidade aos estudos. 

"Além de ser um tema que tenho muita afinidade, há várias lendas populares contadas por várias gerações, como O Esqueleto e a Emparedada da Rua Nova, que já estão catalogadas e que agora serão resgatadas para deixar na história", diz Adriano. 

Mesmo sendo o primeiro longa, o escritor Adriano afirma que a temática o acompanha há mais de dez anos. “É um universo que permeio e que eu trago desde a época que eu comecei a trabalhar com cinema. Todos os curtas que eu produzo com possui a temática do assombro, do mito e da lenda", lembra o escritor. Assista à entrevista com o diretor:

[@#video#@]

Trilhando a mesma batalha dos demais cineastas, Portela conta com a colaboração da família, amigos e recursos pessoais, que já proporcionaram, durante esses dez anos de atuação, sete trabalhos e premiações. Entre os curtas já lançados estão: Prenúncio, selecionado para o Festival de Cinema Fantástico de São Paulo; Reverso, vencedor do prêmio Agora Curta, da Rede Globo Nordeste; Menina Sem Nome, finalista do festival da UFRJ; Um passo à frente e Ponto de Remendo, curta selecionado e exibido no FestCine 2015.  

LeiaJá também

--> Terror pernambucano: sangue, zumbis, monstros e criatividade

--> De exibidor a realizador, Toca o Terror dribla preconceito

--> Na garagem de casa, Lula Magalhães aposta no terror

A produção de cinema é Pernambuco já possui uma marca forte em várias regiões do Brasil e até fora do País. A colaboração, a falta de recursos e a criatividade dão forma ao cinema de guerrilha que está arraigado nas produções cinematográficas pernambucanas.

Essa realidade não é diferente do gênero de terror em Pernambuco, podendo ser até mais evidente, uma vez que o estilo ainda é incipiente na região. Com a dificuldade, é impossível não lembrar do cineasta Glauber Rocha, que dizia: “Um filme é feito com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” e é citado inúmeras vezes pelos diretores pernambucanos, que lutam contra a escassez de incentivos e até mesmo o preconceito. 

##RECOMENDA##

Nesta quinta-feira (1º), o Portal LeiaJá publica uma minissérie de reportagens sobre o cenário cinematográfico de terror de Pernambuco e com os cineastas que abraçam o gênero em suas produções. A temática que aborda o fantástico, o assombro e o terror mais ácido são alguns dos estilos apresentados.

Adentrando nesses cenários, estão em destaque o grupo Toca o Terror, que surgiu a partir da produção de podcasts sobre filmes do gênero e atualmente está produzindo filmes; o cineasta Adriano Portela, que já fez curtas-metragens sobre o tema e se prepara para lançar Recife Assombrado, seu primeiro longa; e Lula Magalhães, que faz seus filmes usando recursos próprios, na garagem de casa. Cada um lança uma abordagem distinta, seja focando em assombrações, seja buscando o terror mais ácido, mas todos fazem parte da consolidação da produção do gênero terror em Pernambuco.

Confira as reportagens sobre o Terror Pernambucano:

--> De exibidor a realizador, Toca o Terror dribla preconceito

--> Na garagem de casa, Lula Magalhães aposta no terror 

--> Recife Assombrado transforma em filme histórias de terror

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando