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No começo de abril, o padre Marcelo Rossi teve problemas ao saber que a comercialização do seu livro "Ágape", lançado em 2010, havia sido suspensa por ordem judicial. O motivo foi uma acusação de plágio feita pela escritora Izaura Garcia. Ela alegou que o religioso usou um dos seus textos sem dar os dévidos créditos, pedindo uma indenização de R$ 51,6 milhões. Mas o imbróglio envolvendo os dois parece ter chegado ao fim.

Neste domingo (12), o "Fantástico" exibiu uma matéria sobre o assunto. Izaura Garcia, de 65 anos, acabou sendo presa por ter forjado o registro da Fundação Biblioteca Nacional que traz um trecho do texto publicado no seu livro "Nunca deixe de sonhar", de 2002. A Polícia Civil do Rio de Janeiro, responsável pela investigação, deu voz de prisão a Izaura e para mais duas advogadas pelo golpe contra o padre Marcelo.

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Segundo as autoridades, elas irão responder por formação de quadrilha. A falsificação grosseira do documento pegou Izaura de surpresa. "Eu não tenho a dizer nada, porque foi o (documento) que eu recebi lá na época", declarou, ao ser questionada pelo delegado Maurício Demétrio. O processo está em trâmite na Vara Empresarial do Tribunal de Justiça de Rio.

Acusando o padre de ter plagiado um trecho do seu texto, Izaura recebeu em 2013 R$ 25 mil após ter feito um acordo com a Editora Globo. De 2010 até abril deste ano, "Ágape" vendou 10 milhões de exemplares. O padre Marcelo Rossi não quis se pronunciar sobre o assunto, mas informou ao programa da TV Globo que "perdoou Izaura Garcia".

O livro Ágape, lançado em 2010 pelo padre Marcelo Rossi, teve sua venda proibida por violação de direitos autorais. A liminar foi concedida na última quinta (11), pelo desembargador Gilberto Campista Guarino, da 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O padre e a editora Globo podem recorrer.

A autora do pedido foi a escritora Izaura Garcia, que afirma que o trecho Perguntas e Respostas - Felicidade! Qual é? é dela, tendo sido primeiramente publicado no livro Nunca deixe de sonhar, em 2002. Em Ágape, o trecho aparece como sendo de Madre teresa de Calcutá. A escritora pede indenização por violação de direitos autorais no valor de R$ 50 milhões.

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Sendo assim, o desembargador Guarino determinou a suspensão da venda da obra do padre: "Defiro parcialmente a tutela provisória de urgência, a fim de que os agravados suspendam a publicação, distribuição e venda de exemplares da obra Ágape, até que comprovem a retificação de autoria do texto Perguntas e Respostas - Felicidade! Qual é?, nela veiculado, atribuindo-o corretamente à agravante, ou até que o suprimam, sob pena de multa equivalente ao dobro do valor comercial de cada exemplar publicado, distribuído ou vendido", disse na decisão judicial.

Segundo os advogados de Izaura, Carolina Miraglia e Marian Sauwen,  o reconhecimento da escritora como autora do trecho já havia sido obtido em outro processo de 2013. No entanto, o padre e a editora Globo não cumpriram o acordo estipulado na época nem corrigiram a informação na publicação. Em entrevista á Folha de São Paulo, Carolina informou que o pedido pela indenização foi feito com base na legislação brasileira de direito autoral que corresponde a 20% da venda de 10 milhões de exemplares do livro. A editora Globo e o padre Marcelo Rossi alegaram que só se pronunciarão após notificação judicial.

 

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