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O vereador do Recife Chico Kiko (PP) enviou para apreciação um Projeto de Lei (PL) que defende a presença de bebedouros com água gratuita em shows e eventos de grande porte. O PL 291/2023 também obriga empresas promotoras de grandes eventos públicos e privados a permitirem a entrada de garrafas de água para consumo individual. A proposta já está em tramitação na Câmara do Recife. 

A lei é inspirada na Lei Ana Clara Benevides, apresentada na Câmara dos Deputados, em tributo à fã que morreu em um show da Taylor Swift no Rio de Janeiro. A estudante de 23 anos teve uma parada cardiorrespiratória e morreu por exaustão térmica provocada pelo calor. “Nosso objetivo é evitar que outras pessoas morram por causa das condições climáticas nos espaços de evento, garantindo a segurança e o bem-estar de todos os participantes”, justifica o vereador Chico Kiko. 

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De acordo com o projeto de lei, a obrigatoriedade da entrada de garrafas de água para consumo individual e da instalação de bebedouros é válida para shows e eventos públicos e privados com público igual ou superior a duas mil pessoas. Os bebedouros devem ser colocados em lugares estratégicos e de fácil acesso e estar devidamente sinalizados em mapas, anúncios ou outros meios adequados. As empresas promotoras desses eventos não poderão cobrar taxas ou valores adicionais pelo acesso à gratuitidade da água potável. 

A proposta determina ainda que o não cumprimento da medida acarretará a suspensão da autorização para a realização do evento, que também pode ser aplicada caso os bebedouros não funcionem ou sejam retirados, ou caso as empresas imponham restrições ao acesso de garrafas, entre outras condições. 

Em caso de suspensão da autorização para realização do evento durante o ato do espetáculo, as empresas deverão devolver integralmente o valor do ingresso aos seus clientes. “Ao exigir a disponibilização de bebedouros gratuitos, este projeto não apenas estabelece uma salvaguarda contra a desidratação, mas também assume um papel fundamental na promoção da saúde pública”, afirma Chico Kiko. 

 

Na manhã desta terça (19), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta de estado de observação para a continuidade das chuvas até a amanhã desta quarta (20). A previsão é para todas as regiões do estado, exceto o Sertão e Fernando de Noronha.

Segundo o monitoramento da Apac, as cidades com maior acúmulo de água até as 7h desta manhã foram: Itapissuma (34 mm), Jaboatão dos Guararapes (21 mm) e Chã de Alegria (19 mm).

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As chuvas que atingem a Região Metropolitana do Recife, as Matas Norte e Sul e o Agreste são provocadas pela atuação de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), associado à umidade em baixos níveis.

Após determinação do ministro da Justiça, Flávio Dino, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) estabeleceu regras para proteger a saúde de consumidores em shows, festivais e grandes eventos nos períodos de alta temperatura.

A medida - publicada nesta quarta-feira (22) no Diário Oficial da União - foi uma resposta às denúncias envolvendo o show da cantora norte-americana Taylor Swift, no Rio de Janeiro, no último fim de semana, que resultou na morte de uma estudante de 23 anos.

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Agora, com a determinação, os responsáveis pela produção de eventos terão a obrigação de disponibilizar bebedouros e água adequada para consumo em pontos que permitam o fácil acesso à hidratação de todos os espectadores. O resgate rápido de participantes em casos de alguma necessidade de saúde ou situação de perigo também deverá ser garantido.

Prazo de 120 dias

A medida, que tem vigência de 120 dias, prevê ainda a fiscalização, por órgãos estaduais e municipais de defesa dos direitos do consumidor, dos preços da água mineral comercializada em eventos para evitar aumento abusivo ou valores altos.

De acordo com a decisão, o prazo estabelecido para as medidas poderá ser revisto conforme as condições climáticas.

Embora a publicação da Imprensa Nacional tenha saído hoje, a portaria da Senacon foi anunciada no último sábado (18), um dia após a morte da estudante Ana Clara Benevides Machado, quando a cidade do Rio de Janeiro enfrentou uma onda de calor na qual a sensação térmica chegou próxima de 60 graus Celsius. No dia 19, o ministro Flávio Dino publicou nas redes sociais fotos de pontos de hidratação instalados no estádio do Engenhão, onde acontecia o show da norte-americana Taylor Swift.

Um projeto de lei (PL) foi protocolado nesta segunda-feira (20) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que autoriza a entrada de recipientes com água em shows privados no estado. O texto é de autoria da deputada estadual Dani Portela (PSOL), e foi elaborado em caráter de urgência. Na última sexta-feira (17), uma jovem de 23 anos morreu durante o show da cantora norte americana Taylor Swift, no Rio de Janeiro, após passar mal devido ao calor excessivo na capital fluminense. 

O texto proposto pela parlamentar altera a Lei nº 14.133, de 30 de agosto de 2010, que estabelece a regulamentação para realização de shows e eventos artísticos acima de 1.000 pessoas em Pernambuco. A lei atual não versa acerca de permissão ou proibição de entrada de água pelo público geral de eventos privados, determinando apenas a proibição de recipientes ou copos de vidro. 

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A propositura pretende permitir que os espectadores destes shows possam levar até três recipientes de água mineral industrializada, de até 1,5L cada, para uso pessoal, por pessoa. A causa real da morte de Ana Clara Benevides não foi esclarecida ainda, podendo levar até 30 dias para que o laudo completo seja finalizado pela Polícia Civil. No entanto, as hipóteses levantam o fato de o Rio de Janeiro ter registrado sensação térmica de 60°C no dia da morte da garota. A produção do evento proibiu que o público entrasse com água, tornando compulsória a compra dentro do local do show. 

“Episódios como este do último sábado não podem virar um padrão. Esta não foi a primeira vez que um caso como esse veio a acontecer. É caráter de urgência estabelecer uma lei que vise garantir o bem-estar das pessoas nestes lugares de lazer e aglomeração. Vivemos ainda um agravante, uma ebulição global que vem aumentando as temperaturas em todo o país. O acesso à água não pode ser um direito negado, principalmente nestas condições. A vida desses espectadores vale muito!”, destacou a deputada Dani Portela. 

 

Após a jovem sul-mato-grossense Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, falecer na fila para o show da cantora Taylor Swift, no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) anunciou medidas sobre a disposição de água para consumo em shows e espetáculos. A determinação acontece por meio da Secretaria do Consumidor e é voltada a empresas organizadoras de eventos. 

O texto, que deve ter efeito imediato, cita a criação de “ilhas de hidratação” e a autorização para que o público possa levar garrafas d’água de uso pessoal. Ana Clara morreu de uma parada cardiorrespiratória, após ser exposta ao calor extremo. 

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“A partir de hoje, por determinação da Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça, será permitida a entrada de garrafas de água de uso pessoal, em material adequado, em espetáculos. E as empresas produtoras de espetáculos com alta exposição ao calor deverão disponibilizar água potável gratuita em 'ilhas de hidratação' de fácil acesso. A medida vale imediatamente”, informou Dino no X (antigo Twitter). 

O ministro afirmou também que a Secretaria contará com a colaboração dos estados e municípios para fazer a fiscalização dos locais de eventos. Na sexta-feira (17), quando ocorreu o incidente, a capital carioca chegou aos 59,3°C de sensação térmica. Após a morte da jovem, fãs tomaram as redes sociais com relatos de que a organização - a Tickets For Fun (T4F) - proibiu que o público entrasse na arena com água comprada em ambiente externo. No local, a garrafa de água de 350 ml custava entre R$ 10 e R$ 20. 

Mais cedo neste sábado (18), o chefe da Justiça havia se pronunciado sobre o caso de Ana, e disse que “é inaceitável que pessoas sofram, desmaiem e até morram por falta de acesso à água”. “Orientei o Secretário Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Wadih Damous, a adotar as providências cabíveis quanto às denúncias de vedação ou ausência de disponibilidade de água [...]. O Código de Defesa do Consumidor exige que os serviços sejam seguros e adequados à saúde”, acrescentou. 

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Destaques da determinação

No primeiro trecho da medida, está determinado que deve-se "garantir o acesso gratuito de garrafas de uso pessoal, contendo água para consumo no evento, devendo disponibilizar bebedouros ou realizar distribuição de embalagens com água adequada para consumo, mediante a instalação de 'ilhas de hidratação' de fácil acesso a todos os presentes, em qualquer caso sem custos adicionais ao consumidor".

Também fica exposto que as organizadoras de eventos devem garantir que os pontos de venda de comidas e bebidas, assim como os de distribuição de água, estejam dispostos em regiões estratégicas do local de evento, considerando o alto fluxo de pessoas. O texto da Secretaria cita, ainda, que é obrigação da organização assegurar espaço físico e estrutura necessária para o socorro de pessoas em necessidade médica.

T4F se pronunciou

Em um aviso publicado no X, também neste sábado (18), poucos minutos após a mensagem de Dino, a Tickets For Fun se pronunciou sobre o segundo dia de shows de Taylor Swift. A organizadora alega ter reforçado o quadro de colaboradores de serviços em 200 pessoas, além de ter aumentado o número de postos médicos, ambulâncias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) móveis para oito, cada um. 

No entanto, a T4F ressaltou que garrafas de água seguem proibidas. É permitido que fãs entrem para o show com copos d'água lacrados e alimentos industrializados lacrados, sem limitação de itens por pessoa. 

Lei Ana Benevides 

Nas redes sociais, desde a manhã deste sábado (18), fãs se mobilizam para que parlamentares e o Executivo criem a “Lei Ana Benevides”, determinando que produtoras disponibilizem água gratuitamente em shows de grandes artistas. A iniciativa já conta com mais de 180 mil assinaturas, em uma meta de colher 200 mil apoiadores. A deputada Ana Pimentel (PT-MG) aderiu à mobilização e informou, em suas redes, que protocolará o pedido na Câmara.

Passagem pelo Brasil

O show da sexta-feira (17) foi apenas o primeiro de seis espetáculos da cantora norteamericana Taylor Swift em solo brasileiro. A vocalista volta ao Engenhão neste sábado (18) para mais um show de 3h30; neste domingo (19), ela realiza a última apresentação no Rio de Janeiro, e então segue para a capital paulista, onde os fãs a aguardam para outros três shows, em 24, 25 e 26 de novembro. 

Para o segundo dia de apresentação na capital carioca, milhares de fãs enfrentam temperatura de 40°C e sensação térmica de 45°C.

No sul da Faixa de Gaza, onde dezenas de milhares de palestinos estão refugiados, Assem enfrenta um dilema diário: tomar banho ou poupar a água para beber.

Com filas extensas, muitas pessoas esperaram por dias para conseguir tomar banho, depois que Israel cortou a água, a eletricidade e os alimentos desde o início da ofensiva do grupo islamita palestino Hamas sobre o território israelense em 7 de outubro.

"A água é um problema", disse Assem, que recebeu em sua casa na cidade de Khan Yunis moradores dos bairros de Rimal e Tal al-Hawa que fugiram dos bombardeios de Israel no norte da Faixa de Gaza.

"Todos os dias pensamos em como economizar água. Se você toma banho, não bebe água", lamenta o anfitrião.

Ahmed Hamid se refugiou em Rafah por alguns dias, até conseguir fugir de sua aldeia em Gaza.

"Não tomamos banho há dias, e até para ir até o banheiro temos que fazer fila", conta este pai de família de 43 anos.

Diante da possibilidade de uma ofensiva terrestre contra o território palestino, o Exército israelense determinou no sábado (14) que 1,1 milhão dos 2,4 milhões de habitantes do enclave se retirem para o sul do território.

"Não tem comida" e os preços dos poucos recursos disponíveis dispararam, reclama Hamid.

Segundo jornalistas da AFP, ver milhares de pessoas dormindo nas estradas, em jardins de hospitais e em escolas administradas pela agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, já se tornou um cenário comum nas cidades de Rafah e Khan Yunis.

"Me sinto humilhada e envergonhada. Não temos muitas roupas, a maioria delas está suja e não há água para lavá-las. Não há eletricidade, nem água, nem internet. Sinto que estou perdendo minha humanidade", disse Mona Abdel Hamid, que se refugiou com familiares em Rafah, mas depois foi "convidada" a casas de pessoas que não conhece.

- "Onde está a humanidade?" -

Embora dezenas de milhares de pessoas tenham fugido para o sul do território, a Força Aérea israelense não parou de atacar regiões do sul como Rafah e Khan Yunis, que foram bombardeadas no domingo.

"Vejam a destruição em massa. Eles dizem que aqui há terrorismo", grita Alaa al-Hams, mostrando os escombros de um bairro atacado em Rafah.

"Onde está a humanidade de que falam? Onde estão os direitos humanos? Aqui são todos civis, não estão ligados a nenhum grupo, mas morreram (nos ataques). Estão todos mortos", lamentou.

Entre as ruínas de sua casa na mesma região, Samira Hassab se questiona sobre o que fazer diante da situação.

"Para onde vamos? Onde estão os países árabes? Passamos a vida na diáspora. A nossa casa, onde viviam todos os meus filhos, foi bombardeada. Dormimos na rua e não temos mais nada", lamenta a mulher que tem uma filha com câncer e a qual não pode levar ao hospital com medo dos ataques.

Desde o ataque inédito do Hamas, que segundo as autoridades deixou mais de 1.400 mortos, Israel estreitou o cerco na Faixa de Gaza, onde os bombardeios israelenses mataram 2.750 pessoas, de acordo com representantes locais.

No domingo (15), Israel indicou que restauraria o abastecimento de água no sul da Faixa de Gaza. Embora o serviço tenha sido normalizado no município de Bani Suheila, não se sabe se o mesmo ocorreu em outras localidades da região.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai suspender o abastecimento de água em algumas localidades do Recife e Jaboatão dos Guararapes na manhã desta quarta (4). O corte temporário se deve a um serviço emergencial de manutenção em uma adutora do Sistema Tapacurá.

A intervenção será iniciada às 11h e deve ser concluída às 18h, com a retomada gradativa do abastecimento a partir das 19h.

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"Para evitar maior impacto no período de execução dos trabalhos, os reservatórios continuarão recebendo água à medida em que os serviços estejam sendo executados e, com isso, tão logo os trabalhos sejam finalizados os registros serão abertos para a retomada gradativa do abastecimento", informou a companhia.

Confira os bairros afetados

JABOATÃO DOS GUARARAPES

Bulhões, Cavaleiro, Centro, Engenho Velho, Floriano, Muribequinha, Pacheco, Santana, Santo Aleixo, Socorro, Sucupira, Vila Rica e Vista Alegre.

RECIFE

Aflitos, Afogados, Alto de Santa Izabel, Alto do Mandu, Apipucos, Areias, Bairro do Recife, Barro, Boa Vista, Paissandu, Bongi, Brasilit, Caçote, Casa Amarela, Casa Forte, Caxangá, Cidade Universitária, Coelhos, Coqueiral, Cordeiro, Derby, Detran, Macaxeira, Dois Irmãos, Encruzilhada, Engenho do Meio, Espinheiro, Estância, Graças, Ilha do Leite, Ilha do Retiro, Iputinga, Jardim São Paulo, Jiquiá, Loteamento Nova Morada, Loteamento Novo Caxangá, Madalena, Mangueira, Monsenhor Fabricio, Monteiro, Mustardinha, Parnamirim, Poço da Panela, Prado, Roda de Fogo, Rosarinho, San Martin, Sancho, Santana, Santo Amaro, Santo Antônio, São José, Sítio São Bráz, Soledade, Tamarineira, Tejipió, Torre, Torrões, UR 07, Várzea, Vasco da Gama e Zumbi.

Ainda de acordo com a Compesa, os técnicos vão aproveitar a paralisação para executar outras manutenções como instalação de válvulas e testes para verificar vazamentos.

A região do Agreste começou a ser percorrida pela governadora Raquel Lyra com o Ouvir para Mudar. Na manhã desta quinta-feira (21), a gestora participou da plenária da iniciativa em Caruaru, no Agreste Central, e anunciou ações pedidas pela população local. A governadora assinou a autorização de licitação para implantação de uma nova estação de tratamento de água em Caruaru e a ordem de serviço para as obras da PE-95, entre os municípios de Limoeiro e Caruaru.

  “A água é uma das principais demandas do Agreste de Pernambuco e o nosso governo não vai sossegar até tirar esse sonho do papel, tornando realidade na vida do povo. Somado a isso, trazemos aqui o anúncio da conclusão da PE-95, obra que estava inacabada, e agora já tem recurso garantido. É assim que a gente muda Pernambuco, ouvindo as pessoas”, ressaltou a governadora Raquel Lyra.

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A implantação da estação de tratamento de água em Caruaru vai permitir a melhora do abastecimento de toda área leste do município, reduzindo o rodízio em bairros populosos. O equipamento vai atender cerca de 43 mil pessoas, com investimento de R$ 8,3 milhões.

A retomada das obras da PE-95, em um trecho de 80,1 quilômetros, vai facilitar a rota de integração dos Agrestes com a Zona da Mata Norte. A partir de recursos de empréstimos garantidos junto ao governo federal, a obra da estrada vai ser retomada no mês de outubro. O projeto também vai promover a duplicação do trecho urbano da via, com extensão de 4,5 quilômetros, que fará a conexão com a BR-104.  A escuta popular do Ouvir para Mudar é fundamental para a construção do Plano Plurianual (2024-2017), planejamento orçamentário do governo pelos próximos anos.

O secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional do Estado, Fabrício Marques, destacou que o momento é de priorizar as necessidades da população. "O governo tem feito uma grande caravana que começou no dia 1° de setembro e, de lá para cá, já percorremos seis regiões de desenvolvimento. O objetivo é escutar a população, colocar o governo inteiro em contato com as demandas do povo. É uma oportunidade única, todas as equipes estratégicas do Governo do Estado estão abertas para colher sugestões e ajustar rotas, trazendo para o orçamento aquilo que o povo quer ver priorizado", afirmou.

Nas salas temáticas, as pessoas puderam explicar suas prioridades, que depois foram ouvidas pela governadora. Os temas das salas envolvem Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia; Segurança e Cidadania; Saúde e Qualidade de Vida; Agricultura e Meio Ambiente; Água e Habitação; e Infraestrutura e Dinamismo Econômico.

A participante da sala de infraestrutura e dinamismo econômico, Marília Motta, comentou que a retomada de obras paralisadas nas rodovias e a criação de novas estradas esteve entre os principais temas abordados. "A intervenção nas PEs já existentes, a criação de novas estradas que liguem pontos estratégicos, a abertura de novas vias de acesso que tenham potenciais turístico e cultural, podem trazer mais desenvolvimento econômico para os municípios. Falamos também da necessidade de retomada das obras de pavimentação que foram paralisadas no antigo governo”, pontuou.

“É uma felicidade participar de um ato em que ouvir é a principal ferramenta de um governo. Esse é o caminho percorrido com a união dos prefeitos com o Estado e do Estado com o governo federal, tudo para melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos em todas as regiões”, destacou o ex-governador João Lyra Neto.  O prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, disse que o Ouvir para Mudar não é um movimento que vai ficar disperso. “Assim como aconteceu em Caruaru, sei que essas escutas já estão promovendo as mudanças significativas que o povo clama na nossa região”, afirmou.

Participaram do evento o corpo de secretários do Estado e os deputados estaduais Abimael Santos, Antônio Morais, Débora Almeida e Joãozinho Tenório. Os prefeitos Josafá Almeida (São Caetano), Alexandre Batité (São Bento do Una), César Freitas (Sanharó), Stênio Fernandes (Lagoa dos Gatos), Joselito Gomes (Gravatá), Fábio Aragão (Santa Cruz do Capibaribe), Edilson Tavares (Toritama), Orlando José (Altinho), Gildo Dias (Sairé), Dió Filho (Riacho das Almas), Dr. Marcos Ferreira (Pombos), Gustavo Adolfo (Bonito), Josué Mendes (Agrestina), Uilas Leal (Alagoinha), Luciele Laurentino (Bezerros), Diogo (Barra de Guabiraba), Gilvandro Estrela (Belo Jardim), José Maria de Macedo (Cupira), Izalta (Ibirajuba), Orlando Jorge (Limoeiro) e Juarez (Machados) também estiveram presentes.

*Da assessoria 

Menos de 24 horas depois de ser publicada, a lei estadual que obriga bares, restaurantes, padarias e estabelecimentos similares a servir água potável filtrada de graça e à vontade aos seus clientes foi suspensa por decisão da Justiça na quarta-feira (13). A decisão é provisória e o processo seguirá até sentença definitiva.

O projeto de lei foi apresentado pelo deputado estadual Atila Jacomussi (Solidariedade), aprovado na Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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A lei tem apenas quatro artigos. O primeiro diz que "os bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e estabelecimentos similares ficam obrigados a servir, de forma gratuita, aos seus clientes, água potável filtrada à vontade aos clientes".

Estabelece ainda que água potável filtrada é "a água proveniente da rede pública de abastecimento que, para melhoria da qualidade, tenha passado por dispositivo filtrante". Por fim, obriga os estabelecimentos mencionados "a afixar, em local visível aos clientes, cartaz e cardápio informando sobre a gratuidade da água potável filtrada".

O artigo 2.º determina que o Poder Executivo vai definir o órgão fiscalizador do cumprimento desta lei, bem como as penalidades a serem aplicadas aos infratores.

O artigo 3º já cita uma punição, estabelecendo que os estabelecimentos que descumprirem a lei estarão sujeitos às sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor.

O artigo 4º é padrão e apenas estabelece que a lei entrará em vigor na data de sua publicação - no caso, esta quarta-feira. O projeto foi aprovado no início de agosto e encaminhado ao governador, que o sancionou.

A Confederação Nacional do Turismo (Cntur) ingressou com ação alegando que a lei é inconstitucional porque viola o princípio da razoabilidade, pois representa uma intromissão do Estado no exercício da atividade econômica privada. A entidade também alega que a oferta de água à vontade gera gastos e reduz o consumo de água mineral e outras bebidas pagas, reduzindo a receita dos estabelecimentos.

"Ao menos em um exame perfunctório, é relevante o argumento relacionado à violação à livre iniciativa", escreveu a desembargadora Luciana Bresciani em sua decisão. "Muito embora não se possa dizer que há dano irreparável aos estabelecimentos, porquanto o custo para o fornecimento de água não possa ser considerado exorbitante, plausível o deferimento da liminar, especialmente diante não só do custo acrescido, mas da diminuição da receita na venda de bebidas. Por outro lado, não há dano irreparável na coletividade, que seria beneficiada com a lei, em se aguardar o julgamento do mérito", completou a magistrada.

Como a decisão é liminar (provisória), cabe recurso e a decisão definitiva ainda demora.

O jornal O Estado de S. Paulo procurou a assessoria do governo do Estado e aguardava retorno até o fechamento deste texto.

Estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Professor Manoel Edmundo, localizada em Lagoa dos Gatos, na Mata Sul de Pernambuco, compartilharam, na última quarta-feira (30), um vídeo denunciando a qualidade da água fornecida para consumo na instituição.

Nas imagens, que estão repercutindo nas redes sociais, os alunos abrem o bebedouro, que possui partes enferrujadas na parte interna da tampa, e exibem um líquido de cor amarelado no reservatório e em um copo. 

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 O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Educação e Esoprtes de Pernambuco (SEE), que é responsável pela instituição de ensino. Por meio de nota, a SEE explica que a gestão da EREM Professor Manoel Edmundo isolou o bebedouro e "está fornecendo água mineral para toda a unidade de ensino". Em um story no Instagram oficial da escola é possível identificar que foi instalado um bebedouro de mesa para consumo da comunidade escolar.

Ainda no comunicado, a pasta afirma que tanto o bebedouro quanto as caixas d'água da instituição passam por manutenções periodicamente, no entanto, "o problema da água turva atingiu a comunidade do entorno da escola".

O Japão iniciou nesta quinta-feira (24) o despejo no oceano de água residual da usina nuclear de Fukushima, apesar da preocupação dos pescadores da região e da ferrenha oposição da China, que intensificou as restrições comerciais a produtos nipônicos.

O despejo do equivalente a quase 540 piscinas olímpicas de água durante décadas no Oceano Pacífico é uma etapa importante para desmantelar a usina, ainda muito perigosa 12 anos após um dos piores acidentes nucleares da história.

Uma transmissão ao vivo da operadora da usina, TEPCO, mostrou os engenheiros da empresa trabalhando em computadores no momento em que um supervisor anunciava, após uma contagem regressiva, a abertura das válvulas próximas das bombas de transferência de água".

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU, que aprovou o plano do Japão, supervisiona o processo, que, na sua opinião, está de adequado às "normas de segurança internacionais" e terá um impacto "insignificante para a população e o meio ambiente".

Porém, minutos após o anúncio do início da operação, a China decidiu suspender todas as importações de produtos do mar procedentes do Japão e chamou o plano de Tóquio de "extremamente egoísta e irresponsável".

Pequim já havia interrompido todas as importações de alimentos de 10 dos 47 municípios japonesas em julho. Hong Kong e Macau adotaram a mesma iniciativa.

Na Coreia do Sul, o despejo de água residual da usina nuclear gerou protestos e muita preocupação entre a população, mas o governo expressou apoio ao plano do Japão. Os dois países iniciaram uma aproximação após décadas de distanciamento.

O primeiro-ministro sul-coreano Han Duck-soo pediu ao governo japonês que divulgue as informações do despejo de água "de forma transparente e responsável durante os próximos 30 anos".

Manifestações foram registradas nesta quinta-feira e mais de 10 pessoas foram detidas em Seul depois que tentaram invadir a embaixada do Japão.

- "Risco muito pequeno" -

Em três reatores da usina Fukushima-Daiichi, na região nordeste do Japão, combustível e outros materiais derreteram após o grande terremoto e tsunami que mataram 18.000 pessoas em 2011.

Desde então, a TEPCO acumulou mais de 1,3 milhão de metros cúbicos, armazenados em 1.000 contêineres de aço, de água usada para resfriar os reatores ainda radioativos, misturada com água subterrânea e de chuva que se infiltrou.

A empresa afirma que sua capacidade está no limite e que precisa abrir espaço para retirar o combustível nuclear e os escombros dos reatores destruídos.

A TEPCO afirma que a água passou por um tratamento para eliminar todas as substâncias radioativas, exceto o trítio, que está em níveis inócuos e muito inferiores aos liberados por centrais nucleares em operação, incluindo as usinas da China.

A concentração de trítio na água residual preparada para este primeiro despejo estava "muito abaixo do limite operacional de 1.500 bequerel (Bq) por litro", afirmou a AIEA após uma "análise independente feita no local".

Este nível é 40 vezes inferior às normas japonesas para águas tratadas e às normas internacionais (60.000 Bq/litro), além de sete vezes menor que o limite máximo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a água potável (10.000 Bq/litro).

"Quando for liberado no Pacífico, o trítio será diluído em uma vasta massa de água e atingirá rapidamente um nível de radioatividade que não difere da água do mar normal", disse Tom Scott, especialista da Universidade de Bristol, na Inglaterra.

"Portanto, representa um risco muito pequeno. E o risco diminui com o tempo porque o nível de trítio diminui continuamente", acrescentou.

- Restrições ao sushi -

Mas nem todos concordam. O grupo ambientalista Greenpeace afirmou que o processo de tratamento da água é falho, e a China e a Rússia sugerem que a água pode evaporar e atingir a atmosfera.

Antes da operação, várias pessoas protestaram diante da usina nuclear de Fukushima e mais de 100 na sede da TEPCO, em Tóquio.

"É como lançar uma bomba atômica no oceano. O Japão foi o primeiro país atacado com uma bomba atômica no mundo e o primeiro-ministro tomou esta decisão", lamentou Kenichi Sato, de 68 anos.

Os restaurantes de sushi em Pequim e Hong Kong já sofrem as consequências das restrições de importações.

"Quase 80% dos frutos do mar que usamos vêm do Japão", disse à AFP Jasy Choi, que dirige em Hong Kong um pequeno restaurante de comida japonesa para viagem. "Se mais da metade dos meus ingredientes importados do Japão forem afetados, será difícil continuar funcionando", lamentou o chef, de 36 anos.

Analistas apontam que a China, embora possa ter preocupações genuínas com a segurança, também pode estar sendo motivada por sua rivalidade econômica e sua relação complicada com Tóquio.

A operação de despejo será gradual e deve prosseguir até a década de 2050.

A operação para despejar água residual tratada da usina nuclear de Fukushima no mar começará na quinta-feira (24), anunciou o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, o que provocou reações imediatas de países vizinhos, incluindo a China.

O governo japonês e a operadora central nuclear, TEPCO, afirmam, como o suporte da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que a água não representa riscos para a saúde e o meio ambiente após um tratamento que elimina a maioria das substâncias radioativas.

Mas a comunidade pesqueira local teme os danos à reputação de seus produtos. China e a cidade semi-autônoma de Hong Kong anunciaram proibições à importação de alimentos japoneses.

O governo solicitará à TEPCO, que "se prepare para o início do despejo no oceano, com base no plano aprovado pela Autoridade de Regulação Nuclear", anunciou o primeiro-ministro Fumio Kishida.

O início do processo está "programado para 24 de agosto, desde que as condições meteorológicas e marítimas não o impeçam", acrescentou Kishida após uma reunião do governo.

No que foi um dos piores desastres radioativos da história, a usina nuclear de Fukushima-Daiichi foi destruída por um terremoto seguido por um tsunami que matou quase 18.000 pessoas em março de 2011.

Desde então, a operadora TEPCO acumulou mais de 1,3 milhão de toneladas (equivalente à capacidade de 500 piscinas olímpicas) de água usada para resfriar os reatores ainda radioativos, misturada com água subterrânea e de chuva que se infiltrou.

A TEPCO afirma que a água foi diluída e filtrada para eliminar todas as substâncias radioativas, exceto o trítio, que está em níveis muito inferiores ao que é considerado perigoso.

O plano prevê despejar a água a uma taxa máxima de 500 mil litros por dia no Oceano Pacífico, ao longo da costa nordeste do Japão.

- Manifestações e restrições à importação -

A ONG de defesa do meio ambiente Greenpeace denunciou que o processo de filtração tem falhas e que uma quantidade "imensa" de material radioativo será dispersado no mar nas próximas décadas.

Tony Hooker, especialista no setor nuclear da Universidade de Adelaide (Austrália), chamou a denúncia de "alarmismo".

"O trítio foi liberado (por usinas nucleares) durante décadas sem evidências de efeitos prejudiciais para o meio ambiente ou à saúde", declarou à AFP.

A AIEA afirmou em julho que o despejo terá um impacto "insignificante na população e no meio ambiente".

O plano japonês, no entanto, gera inquietação na região.

Na Coreia do Sul foram registradas manifestações contra o projeto e alguns cidadãos, com medo, estocaram sal marinho pelo receio de que a água da qual o produto é obtido termine contaminada.

Porém, o governo do presidente Yoon Suk Yeol, em plena campanha para melhorar as relações historicamente distantes com Tóquio, não se opôs ao plano do Japão.

A China criticou a decisão nipônica. "O oceano é propriedade comum de toda a humanidade, não um lugar para que o Japão despeje, de modo arbitrário, água contaminada com material nuclear", reagiu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.

Pequim adotará "as medidas necessárias para proteger o ambiente marinho, a segurança alimentar e a saúde pública", acrescentou.

O governo chinês proibiu a importação de alimentos de 10 municípios japoneses e passou a aplicar controles de radiação aos produtos do restante do arquipélago.

A cidade semiautônoma chinesa de Hong Kong, um mercado importante para as exportações marítimas japonesas, também decretará restrições, anunciou John Lee, o chefe do Executivo local.

As restrições geram preocupação na indústria pesqueira nipônica, no momento em que o setor começava a registrar uma recuperação mais de uma década após o desastre nuclear.

"Nada de liberação de água nos beneficia", disse Haruo Ono, 71 anos. O pescador de terceira geração, que mora a 60 quilômetros da usina nuclear, perdeu um irmão na catástrofe de 2011.

James Brady, da consultoria de risco Teneo, considera que as preocupações chinesas podem ser sinceras, mas também observa um toque de rivalidade geopolítica e econômica na reação.

"A natureza multifacetada da questão do despejo de água residual de Fukushima permite que Pequim explore o tema", disse Brady à AFP.

A China "pode exercer um certo grau de pressão econômica no eixo comercial, exacerbar as divisões políticas internas sobre esta questão dentro do Japão", acrescentou.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) também foi afetada pela queda de energia, na manhã desta terça (15). O abastecimento de água está suspenso em algumas localidades e unidades operacionais paralisadas.

"Estamos realizando o levantamento de todas as localidades afetadas. A divulgação será feita em breve", comunicou a companhia.

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Pelos menos 15 estados do Norte, Nordeste e Sudeste tiveram a luz cortada, por volta das 8h20. Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ainda apura as causas da ocorrência, mas identificou falhas após a interligação do Norte/Sudeste. A empresa ressaltou que os sistemas de transmissão estão sendo restabelecidos aos poucos.

"À medida que o fornecimento de energia for gradativamente restabelecido pela Neoenergia, as unidades da Compesa voltarão à operação", destacou em nota. 

O Canal do Panamá está desesperado em busca de água para não morrer, pois a diminuição das chuvas por conta da mudança climática e do fenômeno El Niño ameaçam secar a via que movimenta quase 6% do comércio marítimo mundial.

"A grande desvantagem que tem o Canal do Panamá, como rota marítima, é o fato de que nós operamos com água doce, enquanto as outras rotas marítimas [como o Canal de Suez] utilizam água do mar", disse o administrador do canal, Ricaurte Vásquez, nesta quinta-feira (3).

Devido à escassez de chuvas, o Canal restringiu o calado, a distância da lâmina d'água até a quilha do navio, o que causará uma perda de 200 milhões de dólares (R$ 975 milhões, na cotação atual) em sua receita em 2024. Segundo Vásquez, a projeção para este ano está estimada em 4,9 bilhões de dólares (R$ 24 bilhões).

"Temos que encontrar soluções para poder continuarmos sendo uma rota relevante para o serviço do comércio internacional. Se não nos adaptamos, então vamos morrer", indicou, em uma apresentação à imprensa.

- 'Crise atípica' -

Há alguns meses, o calado foi restringido a 43 pés (13,11 metros), dois a menos que o permitido anteriormente nesta via inaugurada pelos Estados Unidos em 1914, e controlada pelo Panamá desde 31 de dezembro de 1999.

"A severidade desta crise é atípica, muito alta. Assim que vamos pensar que nós, daqui até 30 de setembro do próximo ano, devemos estar operando com restrições de calado", disse Vásquez.

Dos 40 navios em média que passavam por dia pelo canal em 2022, agora passam 32 para economizar água, a fonte de energia que move as embarcações nas eclusas. Por cada uma, são lançados 200 milhões de litros no mar.

Desde 1914, mais de um milhão de embarcações atravessaram o canal, cujos principais usuários são Estados Unidos, China, Japão e Chile.

Devido ao menor calado, alguns mercantes descarregam centenas de contêineres no porto de Balboa, no Pacífico, e voltam a carregá-los em Colón, no Caribe, após a travessia.

Os contêineres são levados por trem de uma costa a outra do Panamá, o que implica demoras, mas não necessariamente custos maiores às empresas, pois, embora tenham que pagar pelo transporte ferroviário, o custo do pedágio no canal diminui porque levam menos carga.

Vásquez disse que o navio-mercante "Ever Max", com bandeira de Singapura, usou essa modalidade esta semana, o que não impediu que obtivesse o recorde de embarcação com mais carga que já cruzou a via: 17.000 contêineres, com tarifa de pedágio de 1,5 milhão de dólares (R$ 7,3 milhões).

- Rotas alternativas -

O administrador expressou que "a falta de água, mensurada apenas em termos de tarifas de pedágio, já dá um preço de 200 milhões de balboas" (dólares) a menos em receita em 2024.

Se a seca se prolongar e o limite de calado aumentar, o canal corre o risco de perder clientes, porque as empresas "podem optar por outras rotas, sabemos que esse risco existe", assinalou.

"Mas acreditamos que se encontrarmos uma solução relativamente cedo, não necessariamente que se construa imediatamente [a solução], mas que o mercado saiba que efetivamente algo está sendo feito, isso deve aliviar a preocupação de longo prazo", acrescentou.

- Três cidades -

A falta de chuva também provocou um aumento da salinidade nas águas da via interoceânica, o que causa outros inconvenientes.

A bacia hidrográfica do canal, formada pelos lagos Gatún e Alhajuela e vários rios, também fornece água para três cidades, entre elas a capital, onde vive metade da população do país.

"Cada vez que abrimos a comporta que dá para o mar, a água do mar se mistura com a água doce e, quanto maior a comporta [...], maior o volume de água salgada que entra no sistema", indicou Vásquez.

"Esse nível de água salgada temos que manter dentro de certa faixa, porque as usinas potabilizadoras não têm capacidade de dessalinização", acrescentou.

- Opção descartada -

Nas eclusas, as embarcações são elevadas 26 metros sobre o nível do mar para cruzar o istmo e depois são baixadas ao chegarem ao outro oceano. A água entra e sai das enormes tinas por gravidade.

Apesar da escassez de água doce, está descartada a opção de o canal utilizar água do mar, pois isso implicaria grandes escavações.

"O Suez era muito mais plano e era areia. No nosso caso, é rocha e existe uma cordilheira não muito alta, mas existe uma cordilheira e este é o desafio", explicou Vásquez.

Em 1881 houve a primeira tentativa de abrir um canal a nível do mar no Panamá, a cargo do francês Ferdinand de Lesseps, o construtor de Suez. A obra ficou paralisada por problemas técnicos, financeiros e doenças tropicais que mataram milhares de operários.

Um quarto de século depois, a construção foi retomada pelos Estados Unidos, que acrescentou as eclusas e levou 10 anos para concluir a empreitada.

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) interditou, na manhã desta sexta (30), a passagem de veículos em pontos alagados em duas das principais avenidas da cidade. A entidade também alerta para outros locais com acúmulo de água da chuva. 

Por volta das 8h30, a Avenida Recife, na área próxima à entrada do Ibura, foi interditada. A CTTU enviou uma equipe para orientar os motoristas e realizou um desvio para a Rua Eliza Leal Vanderlei. 

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Com a continuidade da chuva intensa na capital, às 9h10, a Avenida Dois Rios, na altura da Vila do Sesi, foi interditada. Agentes da entidade também foram acionados ao local e solicitam que os condutores façam o retorno da via. 

Às 9h50, A CTTU informou que o Túnel Augusto Lucena, em Boa Viagem, foi interditado devido ao ponto de alagamento.

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A Central de Operações de Trânsito também aponta os seguintes pontos de alagamento no Recife: 

- Av. Recife, na altura da Rua João Cabral de Melo Neto; 

- Av. Sul, sob o Viaduto Papa João Paulo II;

- Rua do Acre, no cruzamento com a Estrada dos Remédios; 

- Av. Dr. José Rufino, na altura do Colégio Visão - Bairro da Estância; 

- Av. Engenheiro Abdias de Carvalho, próximo à Faculdade Estácio; 

- Rua Imperial, no cruzamento com a Rua Cabo Eutropio;

- Rua Maria Irene, na altura da Praça do Jordão.

A Apple Brasil, subsidiária brasileira da empresa de Cupertino, cidade da Califórnia, foi condenada a reembolsar um cliente no valor pago por um iPhone 11. O smartphone, que deveria ser resistente à água, respingos e poeira, foi danificado pela chuva. A decisão foi da 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

O consumidor comprou o celular em setembro de 2020. Ainda durante a garantia, em junho de 2021, o aparelho molhou em uma chuva repentina. O usuário deixou o telefone secar, mas, no dia seguinte, viu que a câmera estava turva e o Face ID não funcionava mais. Ao levar à assistência técnica autorizada, descobriu que a garantia não cobre problemas causados pela umidade e precisaria pagar cerca de R$ 3,2 mil pelo conserto.

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A Apple diz, em seu site, que o iPhone 11 foi testado em laboratório e recebeu a classificação IP68, que significa proteção contra poeira e resistência a mergulho de até três metros de profundidade. Além disso, o site também informa que a resistência diminui com o tempo e que a garantia não cobre danos causados por líquidos.

Mesmo assim, o desembargador relator, Carlos Pires Soares Neto, considerou os dados insuficientes. Em sua decisão como resposta, disse que faltou a marca destacar “qualidade e característica da água (como, doce e/ou salgada), profundidade, tempo e condições adversas”. Segundo ele, as fotos de divulgação também levam o consumidor a acreditar que o iPhone 11 resiste à água em qualquer situação.

A Apple, por sua vez, se defendeu, alegando mau uso do cliente, mas a decisão unânime mandou que a subsidiária pague o valor de compra do iPhone 11. O consumidor também ficará com o celular danificado.

Em Pernambuco, 57,1% da população não tem água na torneira todos os dias. O índice é o pior do país, de acordo com o novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e alerta para a irregularidade do saneamento do estado. Os dados foram divulgados na PNAD Contínua, pesquisa do Instituto, e indicam, ainda, que o índice pernambucano - 42,9% de entrega regular de água - é quase a metade da média nacional, que é de 88,2% de cobertura regular. 

No estado, 76,2% dos domicílios estão ligados à rede geral de distribuição como principal fonte de abastecimento de água, 10,9% de poço profundo ou artesiano, 3,6% utilizam poço raso, freático ou cacimba, 0,7% usam fonte ou nascente e 8,4% têm outra fonte de abastecimento de água além das listadas. Além disso, 86,4% das residências urbanas têm como principal forma de abastecimento de água a rede geral de distribuição, enquanto o percentual cai para 22,8% nos domicílios rurais. 

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Esgoto 

Pernambuco tem 97,1% dos domicílios com banheiro de uso exclusivo, sendo 98,3% na zona urbana e 90,4% na zona rural. O escoamento do esgoto desses locais feito por rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral chegou a 65,1%, o maior percentual do Norte e Nordeste, embora esteja abaixo da média nacional, de 69,5%. Em 2019, o percentual no estado havia sido de 62,2%. Na zona urbana, o acesso à rede geral de esgoto em 2022 foi de 74,1%; na zona rural, o percentual cai para 16,3%. 

Coleta de lixo 

A proporção de domicílios pernambucanos que tinham seu lixo coletado diretamente por serviço de limpeza vêm aumentando: saiu de 72,5%, em 2019, para 81,4%, em 2022. Mesmo assim, o valor ficou abaixo da média brasileira (86%). Além disso, 11% dos resíduos foram queimados na propriedade, 6,4% do lixo foi coletado em caçamba ou serviço de limpeza e 1,1% tiveram outro destino. 

Oito bairros de Jaboatão dos Guararapes e do Cabo de Santo Agostinho terão o abastecimento de água suspenso por 24 horas para que seja realizada a manutenção do Sistema Gurjaú. A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) informou que as localidades ficarão sem água a partir das 6h desta quarta (14), com previsão de retorno para o mesmo horário na quinta (15). 

Os locais afetados pela intervenção são: Pontezinha, no Cabo, e em Barra de Jangada, Piedade, Candeias, Cajueiro Seco, Prazeres, Jardim Prazeres e Guararapes, em Jaboatão. 

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"Várias intervenções serão executadas no período da manutenção, entre elas, substituição de registros e válvulas, revisão eletromecânica nas unidades que compõem o sistema e retirada de um vazamento em trecho de adutora. Após a conclusão dos serviços e período de enchimento das adutoras, tratamento da água e reservatórios, o abastecimento será retomado, de forma gradual", explicou a Compesa.

A Companhia Pernambucana de Saneamento - Compesa está intensificando suas ações para estimular os clientes de baixa renda a realizar o cadastro no Programa da Tarifa Social, benefício que oferece a conta de água, com consumo de até 10m3 de água por mês, no valor de R$ 9,44, a menor do Nordeste. Além disso, o cliente da Tarifa Social é isento do pagamento da taxa de esgoto nas áreas onde há a operação de sistemas de esgotamento sanitário.

Até o dia 09 de junho, as Agências Móveis estarão em Recife e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. No bairro de Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, na Rua Dois, Conjunto Muribeca, Muribeca - Jaboatão dos Guararapes, e no Vasco da Gama, no Recife, a unidade ficará na Rua Vila um Por Todos na Academia de Saúde. O atendimento será de segunda à sexta, no horário das 9h às 16h. 

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No interior, as agências de atendimento estarão nos municípios de Gravatá e Carpina, no Agreste do Estado até a próxima sexta-feira (02). Os locais para o recebimento dos clientes será Rua Manoel Tavares, 228 – Bairro Novo, Carpina e na Rua Praça Pedro Joaquim de Souza (Praça Dez), Centro, em Gravatá.  O foco da iniciativa será a inscrição da Tarifa Social, mas os clientes que necessitarem de outros serviços serão atendidos.  Para se inscrever, o cliente precisa atender alguns critérios:  ter uma média de consumo dos últimos seis meses de até 10m³ de água e até 80kwh de energia elétrica; possuir comprovante de renda (que pode ser contracheque, benefício social ou previdenciário) no valor de até (um) salário mínimo vigente; ser proprietário de um único imóvel e residir em imóvel com padrão compatível com a renda familiar e apresentar no ato de inscrição a documentação original e cópia (CPF, RG), conta Neoenergia e comprovante de renda. 

O cliente também poderá fazer o cadastro na Tarifa Social nos 164 pontos de atendimento da Compesa (lojas físicas e Expressos Cidadão) espalhados por todo o estado, pelo site ( www.compesa.com.br), na Loja Virtual, e aplicativo da empresa, disponível para Android e IOS e pelo  WhatsApp 81 9488-2336.  A Compesa possui 71.750 clientes cadastrados na modalidade da Tarifa Social e a expectativa é que esse contingente aumente para 170 mil.

*Da assessoria

Depois de 40 dias sem água corrente, os moradores dos subúrbios do norte de Cartum arriscam sua vida para preencher panelas e outros recipientes com água do rio Nilo, sob o forte calor.

Quando os dois generais que comandam o Sudão iniciaram uma guerra pelo poder em 15 de abril, a central de tratamento de água do Nilo, que abastece vários distritos do norte de Cartum, foi atingida pelos combates.

Desde então, as 300.000 pessoas que vivem nestes bairros não encontram água nas torneiras de suas casas.

"No início da guerra, nós conseguíamos água dos poços das fábricas da zona industrial, mas depois de uma semana os paramilitares ocuparam as fábricas", declarou Adel Mohammed, morador da região.

Diante da troca de tiros entre os combatentes, que travam batalhas até mesmo nas casas e hospitais, Mohammed precisou esperar por vários dias para sair e procurar água.

Quando os combates parecem menos intensos, ele segue com os vizinhos até as margens do Nilo para encher panelas e baldes, enquanto a temperatura supera 40 graus Celsius.

- Mortalidade infantil -

O grupo retorna em uma caminhonete para distribuir alguns litros para as famílias que permaneceram no subúrbio.

Diante do racionamento, Rached Hussein fugiu para Madani, 200 km ao sul de Cartum. Este pai de família preferiu unir-se aos deslocados - um milhão, de acordo com a ONU -, antes que os filhos não tivessem como beber ou tomar banho.

"Foi a falta de água e não os bombardeios ou os combates que me obrigaram a abandonar minha casa diante de saqueadores e dos paramilitares", que em alguns casos instalam seus quartéis nos apartamentos das famílias em fuga", explica à AFP.

De acordo com Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as doenças provocadas por consumir água insalubre ou por falta de higiene são uma das principais causas de mortalidade entre crianças com menos de 5 anos.

Uma ameaça que já estava presente no Sudão antes da guerra, onde 17,3 milhões de habitantes não tinham acesso à água potável.

Salah Mohammed optou por permanecer em casa depois de encontrar uma fonte próxima: os poços do hospital Ahmed Qassem, cuja água é tratada pelos médicos.

Na semana passada, no entanto, os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR) também ocuparam o local e os moradores não conseguiram mais se aproximar do hospital.

Rachida al Tijani encontrou outro poço, no hospital de Cartum Norte. Para conseguir um pouco de água, ela fica atenta. "Quando os tiros param, eu vou o mais rápido possível", conta.

"Mas não consigo lavar uma única peça de roupa desde o início da guerra", lamenta.

No Sudão, um dos países mais pobres do mundo após duas décadas de sanções, as infraestruturas e os serviços públicos sempre registraram problemas. Mas nas últimas seis semanas, tudo está paralisado.

Os funcionários públicos estão de licença "até nova ordem" e os combatentes ocupam hospitais, fábricas e prédios públicos.

Para substituí-los, os "comitês de resistência", grupos informais de bairros que já organizaram um movimento contra o poder militar antes do início da guerra, mobilizaram seus ativistas.

Eles montam hospitais de campanha, criam postos de distribuição de alimentos ou utilizam caminhões para distribuir água entre os moradores.

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