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Aos 20 anos, Carlos Alcaraz é mais um tenista a colocar seu nome na lista de campeões de Wimbledon. O jovem espanhol impediu o quinto título consecutivo de Novak Djokovic no Grand Slam da grama neste domingo com uma vitória emocionante. O triunfo de Alcaraz veio após 4h42min de partida, por 3 sets a 2, com parciais de 1/6, 7/6 (8/6), 6/1, 3/6 e 6/4.

Alcaraz se torna o terceiro mais jovem a ser campeão de Wimbledon no simples masculino (Boris Becker venceu com 17 e 18 anos) e o terceiro espanhol na história a vencer o torneio. O título na catedral do tênis entra para a galeria de troféus do jovem junto com o US Open de 2022, sendo seu segundo Grand Slam. A vitória na "revanche" contra Nole mantém Alcaraz como número 1 do ranking da ATP.

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O mesmo duelo de gerações havia acontecido nesta temporada durante a semifinal do Roland Garros, vencida pelo sérvio de 36 anos por 3 sets a 1. Após sentir câimbras, Alcaraz viu Djoko emendar uma sequência de 6/1 para avançar à decisão. Em Wimbledon, o espanhol também começou perdendo por 6/1, mas mostrou todo seu potencial ao impedir o 24º título de Major do sérvio. Djokovic possui sete troféus na grama de Londres, 23 Grand Slams, e seguirá em segundo no ranking da ATP.

SET INFINITO E REAÇÃO DE ALCARAZ

O jovem Alcaraz travou um bom e longo primeiro game diante de Djokovic, mas o espanhol acabou derrotado e as coisas desandaram para ele. O sérvio sobrou nos games seguintes e fechou o primeiro set por 6 a 1, vendo o adversário irritado e atordoado em quadra.

Alcaraz confirmou seu serviço no primeiro game do segundo set. Na sequência, "Nole" cometeu dupla falta em seu primeiro saque, Alcaraz abriu 30 a 0 e deu esperanças de uma quebra. Novak dificultou, mas o espanhol conseguiu sua primeira quebra no jogo para abrir 2 a 0. O jovem de 20 anos não conseguiu manter a vantagem nos games seguintes e o experiente número 2 do mundo empatou o set.

O jogo seguiu com os dois confirmando seus games até o tie-break, quando Nole abriu vantagem de três pontos e Alcaraz reagiu. O game chegou a 6/5, quando Djokovic cometeu dois erros não forçados e Alcaraz fechou em 8/6.

No terceiro set, Alcaraz confirmou seu serviço e conseguiu uma quebra. No importante terceiro game, o espanhol salvou dois game points e abriu 3 a 1. O quinto game foi espetacular, teve incríveis 27 minutos, 13 igualdades e mais de 30 pontos disputados. O espanhol saiu do 40/15 e salvou mais seis game points para abrir 4 a 1. Após a incansável

disputa, Alcaraz devolveu o 6/1 e virou o jogo.

Djokovic chegou a ir para o vestiário em desvantagem, mas Alcaraz não esfriou e começou o quarto set com tudo. O espanhol perdeu a chance de abrir 2 a 0, Djokovic equilibrou a partida, conseguiu uma quebra para abrir 4 a 2. O sérvio embalou rumo ao quinto e decisivo set e fechou o empate em 6 a 3.

O quinto set dava indícios que seguiria longo. Os três primeiros games tiveram break point. Alcaraz até tentou se segurar, mas Djokovic aproveitou o embalo e venceu o primeiro game. Alcaraz salvou pontos impressionantes e emendou dois games com longas disputas para abrir 2 a 1. E com uma sequência de saques perfeita, o jovem de 20 anos ampliou para 3 a 1.

A vantagem de dois games foi mantida pelo disposto Alcaraz nos games seguintes e o espanhol chegou a abrir 5 a 3. Djoko confirmou seu serviço e o espanhol foi sacar para o título. Com uma série de pontos salvos, o jovem espanhol confirmou o set para marcar, mais uma vez, seu nome na história do tênis.

Carlos Alcaraz será o desafiante de Novak Djokovic na final de Wimbledon, no domingo. Atual número 1 do mundo, o tenista espanhol mostrou força nesta sexta-feira ao derrubar o russo Daniil Medvedev por 3 sets a 0, com triplo 6/3, em 1h50min de confronto. Alcaraz foi mais rápido em quadra do que Djokovic na outra semifinal, disputada mais cedo, em Londres.

O espanhol de apenas 20 anos vai disputar sua segunda final de Grand Slam na carreira. A primeira foi no US Open do ano passado, quando levantou seu primeiro troféu de Major. Com a vaga na decisão, Alcaraz alcança sua melhor campanha em Wimbledon. Até então, havia atingido as oitavas de final, em 2022. Esta é apenas a sua terceira participação no tradicional torneio britânico.

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O tenista da Espanha, com seus 20 anos e 72 dias de idade, se tornou o quarto mais jovem da história a atingir a final de Wimbledon. À sua frente estão lendas como o alemão Boris Becker, campeão da edição de 1985, com apenas 17 anos e 227 dias, e da edição de 1986, com 18 anos e 226 dias; o sueco Bjorn Borg, vencedor em 1976 com 20 anos e 27 dias; e o também espanhol Rafael Nadal, vice em 2006, com 20 anos e 36 dias.

No domingo, às 10 horas (de Brasília), ele vai encarar Djokovic, número dois do mundo e recordista de títulos de Grand Slam, com 23 taças. Mais cedo, o sérvio venceu o italiano Jannik Sinner também por 3 a 0, em 2h46min de duelo.

O confronto entre Alcaraz e Djokovic terá em jogo, além do troféu, a posição de número 1 do mundo. Também vai desempatar o confronto direto, com uma vitória para cada tenista. O último jogo, no entanto, acabou decepcionando a torcida, quando se enfrentaram na semifinal de Roland Garros, em jogo considerado a final antecipada.

Djokovic, que busca seu oitavo título em Wimbledon, levou a melhor por 3 a 1 naquele saibro, mas o espanhol estava visivelmente sem condições físicas a partir do segundo set. E acabou frustrando as expectativas criadas em torno do jogo. Os fãs da modalidade agora terão uma segunda oportunidade para acompanhar uma partida que tem potencial para virar um novo clássico do tênis mundial.

Nesta sexta, Alcaraz mostrou estar em ótima forma, tanto física quanto tecnicamente. Ele conteve o poderoso saque do rival russo desde o início e apostou no tradicional saque e voleio na grama da quadra central, com teto fechado mais uma vez. Com a estratégia, resolvia rapidamente seus games de saque. E também conseguia se destacar nos ralis.

No set inicial, o espanhol obteve uma quebra de saque e não teve o serviço ameaçado em nenhum momento. O roteiro quase se repetiu na segunda parcial, desta vez com duas quebras. Medvedev teve um break point, mas não o aproveitou.

O terceiro set foi o mais equilibrado e imprevisível da partida. A partir da metade da parcial, os tenistas se alternaram em quebras, com quatro em seguida. Alcaraz obteve três, contra duas do russo na soma final e levou a melhor. Ele terminou a partida com 27 bolas vencedoras, contra 24 de Medvedev. E registrou menos erros não forçados: 17 a 19.

Em baixa dentro de campo, longe dos gramados Lionel Messi segue brilhando. Nesta segunda-feira, o atacante venceu o Prêmio Laureus de Melhor Atleta masculino de 2022. O argentino ainda festejou com a sua seleção o troféu na categoria Melhor Time do ano, pela conquista da Copa do Mundo do Catar, em dezembro.

Foi a segunda vez que o atacante levou o prêmio, o mais respeitado do esporte mundial. Em 2020, ele dividiu o troféu, na cerimônia do chamado "Oscar do Esporte", com o piloto inglês Lewis Hamilton. "Esta é a primeira vez que sou o único vencedor do Prêmio Laureus de Melhor Atleta Masculino e, depois de um ano em que finalmente ganhamos outro prêmio que perseguíamos há muito tempo, na Copa do Mundo, é uma honra poder segurar esta estatueta Laureus", celebrou o argentino.

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Messi recebeu o troféu em mãos porque estava presente na cerimônia, realizada em Paris, onde mora atualmente. Havia a expectativa sobre a sua presença no local porque o jogador vive momento conturbado fora dos gramados. Na semana passada, foi suspenso pelo Paris Saint-Germain por ter feito viagem não autorizada para a Arábia Saudita e por ter faltado aos treinos da semana.

O episódio acontece em momento decisivo para o futuro de Messi. O argentino só tem contrato com o clube parisiense até o fim de junho e não demonstra intenção de seguir no clube. A imprensa europeia já especulou seu retorno ao Barcelona e até transferências para o futebol inglês.

"Esta é uma grande honra, especialmente porque o prêmio foi em Paris neste ano, a cidade que acolheu minha família desde que chegamos aqui em 2021. Quero agradecer a todos os meus companheiros de equipe, não só da seleção, mas também do PSG. Não consegui nada disso sozinho e sou grato por poder compartilhar tudo com eles", disse Messi, que voltou a treinar no CT do PSG nesta segunda.

Para faturar o prêmio, Messi precisou superar ídolos como Stephen Curry, da NBA; Armand Duplantis, do atletismo; o tenista Rafael Nadal; o piloto Max Verstappen, da Fórmula 1; e até seu companheiro de PSG, Kylian Mbappé. No feminino, a vencedora foi a velocista jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, estrela do atletismo. Foi a primeira vitória dela no prêmio, em sua sexta indicação.

BRASILEIROS

O Brasil disputava o troféu com dois representantes na mesma categoria, a de Melhor Atleta em Esportes de Ação. A skatista Rayssa Leal e o surfista Filipe Toledo foram superados pela esquiadora americana Eileen Gu, que compete pela China em algumas competições. Rayssa, em sua segunda indicação, era considerada a favorita.

Com o resultado inesperado, o Brasil estende seu jejum de conquistas no Laureus para sete anos. O último a faturar o prêmio foi Daniel Dias, na categoria Melhor Atleta Paralímpico, em 2016.

Confira abaixo a lista dos vencedores:

Melhor Atleta Masculino: Lionel Messi

Melhor Atleta Feminino: Shelly-Ann Fraser-Pryce

Melhor Time/Equipe: Seleção masculina de futebol da Argentina

Revelação do Ano: Carlos Alcaraz (tenista espanhol)

Retorno do Ano: Christian Eriksen (jogador de futebol dinamarquês)

Atleta Paralímpico do Ano: Catherine Debrunner (atleta da Suíça)

Melhor Atleta em Esportes de Ação: Eileen Gu

Prêmio Laureus Esporte para o Bem:: TeamUp

A tenista Beatriz Haddad Maia estreou com vitória em Roland Garros, neste domingo, primeiro dia de competições da chave principal do Grand Slam francês. A número 1 do Brasil superou a espanhola Cristina Busca, 134ª do mundo, por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 1/6 e 6/2, em 2h13min de jogo.

Foi a primeira vitória de Bia na chave principal de Roland Garros. "Primeira rodada é sempre um jogo duro para todo mundo. É uma nova semana que começa, com novas condições. Acho que entrei muito bem no jogo hoje, com uma energia muito boa. Joguei em alto nível em muitos momentos", avaliou a tenista, que alcançará o 48º lugar do ranking, na atualização desta segunda-feira.

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A única tenista brasileira numa chave de simples em Paris diz se inspirar no tricampeão Gustavo Kuerten para fazer bonito no saibro francês. "Crescemos escutando muito sobre o Guga e tudo o que ele viveu aqui em Roland Garros. É muito legal, me sinto privilegiada de ser uma jogadora mulher representando o Brasil e ganhando a minha primeira rodada. Mas também estou com os pés no chão, é um torneio muito longo, com muitos jogos, então preciso estar com a energia bem canalizada e preparada para o próximo jogo", afirmou.

Na segunda rodada, ela vai enfrentar a estoniana Kaia Kanepi, que protagonizou a primeira zebra do torneio neste domingo. Kanepi, 46ª do mundo, eliminou a espanhola Garbiñe Muguruza, ex-número 1 do mundo e 10ª cabeça de chave, por 2/6, 6/3 e 6/4.

"É uma jogadora perigosa. Vou me preparar da mesma forma na qual me preparo para qualquer partida ou torneio, seja Challenger ou Grand Slam. Vou treinar baseado nas coisas que tenho que melhorar. Gostaria de entrar na quadra, deixar tudo lá dentro e seguir fazendo o que já venho fazendo: ser humilde nos momentos difíceis, ser agressiva e competir bem", projetou Bia.

Outro resultado surpreendente do dia foi a queda precoce da tunisiana Ons Jabeur. A número seis do mundo e campeã do WTA 1000 de Madri foi desbancada pela polonesa Magda Linette por 3/6, 7/6 (7/4) e 7/5. As demais cabeças de chave não decepcionaram. Avançaram a grega Maria Sakkari (4ª), a suíça Belinda Bencic (14ª), a canadense Leylah Annie Fernandez (17ª), a americana Coco Gauff (18ª), a suíça Jil Teichmann (23ª), a romena Sorana Cirstea (26ª) e a belga Elise Mertens (31ª). Fora da lista das favoritas, a americana Sloane Stephens, que tem um título do US Open no currículo, também venceu na estreia.

MASCULINO

O grande destaque do dia foi o espanhol Carlos Alcaraz. Sensação da temporada, o tenista de apenas 19 anos chegou embalado em Roland Garros com quatro títulos no ano e mostrou isso logo na estreia. O número seis do mundo chegou a aplicar um "pneu" no argentino Juan Ignacio Londero: 6/4, 6/2 e 6/0.

Após registrar sua 29ª vitória em 32 jogos em 2022, Alcaraz vai encarar o espanhol Albert Ramos-Vinolas, algoz do australiano Thanasi Kokkinakis por 6/4, 4/6, 6/4 e 7/6 (7/5).

O domingo foi marcado ainda por uma queda precoce. Vice-campeão de Roland Garros em 2018 e 2019, o austríaco Dominic Thiem voltou a cair numa primeira rodada em Paris, como aconteceu também no ano passado. Desta vez, foi eliminado pelo boliviano Hugo Dellien por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/4.

Entre os cabeças de chave, dois também se despediram precocemente neste domingo: o americano Jenson Brooksby (31º) e o espanhol Alejandro Davidovich Fokina (25º).

Os demais confirmaram o favoritismo na estreia, com destaque para o alemão Alexander Zverev. O terceiro pré-classificado superou o austríaco Sebastian Ofner por 6/2, 6/4 e 6/4. Seu próximo adversário é o holandês Tallon Griekspoor, algoz de Fokina.

Também avançaram o canadense Felix Auger-Aliassime (9º), o argentino Diego Schwartzman (15º), o búlgaro Grigor Dimitrov (18º), o russo Karen Khachanov (21º), o americano John Isner (23º) e o holandês Botic Van de Zandschulp (26º).

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