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Um bebê de três meses foi encontrado morto dentro de casa, na Zona Rural de Aliança, Mata Norte de Pernambuco. Os pais teriam confessado que haviam consumido drogas e deixado ele sob os cuidados dos outros três filhos.

A Polícia Militar (PM) foi acionada após receber uma denúncia nesse sábado (21) e autuou os pais em flagrante. Eles foram indiciados por abandono de incapaz.

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Conforme a equipe que atendeu à ocorrência, a mulher, de 31 anos, e o homem, de 21, confessaram que usaram drogas e deixaram as crianças em casa. Quando voltaram, o bebê estava morto.

"O casal teria consumido bebida alcoólica e usado entorpecentes durante todo o dia e saiu de casa, deixando quatro filhos sozinhos", comunicou a Polícia Civil..

As idades das outras três crianças não foram reveladas. Elas foram acolhidas pelo Conselho Tutelar. O corpo do bebê foi encaminhado ao Instituto Médio Legal (IML), no Recife, que vai investigar a causa da morte.

Os pais foram levados à Delegada de Goiana, onde ficaram à disposição da Justiça.

Em prol do acordo entre PT e PSD em Minas Gerais, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), líder do partido na Câmara, admitiu, ao Estadão/Broadcast, que pode desistir de disputar o Senado. O parlamentar aceitou o convite para coordenar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida ao Planalto e ficar à frente das negociações em Minas. O maior impasse para a concretização da aliança era a vaga ao Senado na chapa majoritária.

"Foi me dada a missão de coordenar a campanha e de fechar aliança, de entregar a aliança Lula e Kalil (Alexandre Kalil, PSD) em Minas. Pode ser que eu saia candidato, que eu saia a vice, vai depender da conversa", disse Reginaldo.

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Os petistas defendiam a indicação de Reginaldo, enquanto o PSD insistia na reeleição do senador Alexandre Silveira. Com a desistência do deputado, o caminho fica aberto para Silveira.

Em troca do apoio do PT à candidatura de Kalil ao governo de Minas, Reginaldo disse que o PSD ofereceu a vice na chapa majoritária. No entanto, de acordo com o deputado, a proposta de lançar dois senadores na disputa ainda persiste. "Ofereceram a vice e eu quero continuar dizendo que poderíamos ter dois senadores. Mas estamos numa fase de diálogo. Há tendência de consolidar aliança", enfatizou Reginaldo.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, um dos nomes cotados para ocupar a vaga de vice-governador na chapa de Kalil é do deputado estadual André Quintão. Reginaldo reforçou que o nome ainda não foi discutido e será definido pelo próprio PT. "Eles queriam que eu fosse, estou avaliando todas as hipóteses, mas ainda não tem nada decidido", completou.

No Rio, PT busca coligação com PSB

Já no Rio de Janeiro, o PT pode fechar uma aliança com o PSB. Os pessebistas esperam que o PT abra mão de indicar um nome ao Senado na chapa majoritária em prol da coligação, assim como ocorre em Minas Gerais. Nos dois Estados, a disputa pelo Congresso tornou-se o maior impasse para o arranjo eleitoral.

No Rio, o PT defende a indicação do deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano, ao Senado, enquanto o PSB aposta no deputado federal Alessandro Molon. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) é o pré-candidato ao governo apoiado pelas legendas.

"Mesmo em Minas, onde o pré-candidato do PT tinha viabilidade, o PT entendeu que pode ceder pensando na eleição nacional. Por que no Rio não faria o mesmo, sendo que aqui a candidatura do PT não demonstra viabilidade?", disse uma fonte ligada ao PSB ao Broadcast Político. "Sem falar que em Minas o Lula já lidera nas intenções de voto, enquanto no Rio ele está empatado com o presidente Jair Bolsonaro. Então ele precisa de palanque forte no Rio", completou.

Apesar da divergência, Ceciliano disse, ao Broadcast Político, que o PSB tem acordo com PT no Estado e que mantém seu nome à disposição do partido na corrida ao Congresso. Para ele, as realidades eleitorais em Minas e no Rio são "muito diferentes".

"A situação em Minas é muito diferente. O PSD não está na aliança nacional com o PT. Não vou abrir mão do Senado para o mesmo partido que está na aliança com a gente", afirmou. "Você tem que ampliar o palanque e trazer coisas que você não tem. Se amanhã o Eduardo Paes (prefeito do Rio de Janeiro, do PSD) pedir a vaga ao Senado eu dou, porque o PSD não está na aliança nacional."

Ceciliano confirmou que o Diretório Nacional do PT se reunirá hoje à noite para discutir o palanque no Rio.

Cadê o anel? Maiara apareceu sem a aliança de noivado durante alguns shows e fotos, e logo os internautas notaram o sumiço da jóia. As especulações sobre ela não estar com o anel surgiram, já que o relacionamento da sertaneja e Fernando Zor, com quem ela trocou alianças, é marcado por idas e vindas.

Mas o colunista Leo Dias entrou em contato com a equipe da dupla de Maraisa para tirar a limpo a história. A equipe dela confirmou que o relacionamento dos dois está ótimo e firme. Acontece que a aliança está passando por alguns ajustes e, por isso, a sertaneja não está usando.

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Lembrando que a última vez que o casal se reconciliou, eles já ficaram noivos (novamente!) e estão rumo ao altar. Inclusive, os pombinhos posaram junto com um padre. Será que dessa vez o casamento vai rolar?

Sinalizada como possibilidade pelo próprio André de Paula (PSD), uma aliança à chapa de Marília Arraes (Solidariedade) ao Governo de Pernambuco parece mais próxima. O novo passo foi o apoio do Agir 36, aliado da pré-candidata, à pré-candidatura de Paula ao Senado. No início de maio, em uma coletiva de imprensa no Recife, o presidente estadual do PSD anunciou que não desistiria da corrida pelo Senado em Pernambuco.

A declaração foi feita após a Frente Popular sinalizar que a vaga será ocupada pelo PT, com a deputada Teresa Leitão. Apesar de ainda não ter revelado com quem formará chapa nas eleições de outubro, nas entrelinhas o parlamentar deu sinais de que deve compor com Arraes. "Eu acho que está na hora de Pernambuco ter governadora, senadora, deputada", declarou à época.

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O novo apoio à candidatura de André, que já conta com o PP e o Avante, foi anunciado após encontro do presidente estadual do PSD, realizado na quarta-feira (11) em Brasília, com o presidente em exercício do Agir36, Fábio Bernardino.

De acordo com o Blog do Jamildo, Fábio afirmou que o partido foi unânime na decisão de apoiar o deputado federal: "Consultamos toda nossa base, os nossos 76 candidatos, a chapa completa de deputado federal e estadual e, por unanimidade, o Agir36 decidiu seguir ao lado do nosso futuro Senador da República, André de Paula", destaca. Nesta quinta-feira (12), o PROS também deve anunciar apoio à base de Marília.

O pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), fez aceno ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder do partido que deve ser seu maior rival nas urnas nas eleições estaduais. Questionado sobre deixar seu palanque aberto para o petista, ACM afirmou não ser adversário de Lula, apesar do histórico de críticas a ele.

O ex-prefeito de Salvador tem dito que vai dar independência a aliados para apoiarem os candidatos a presidente que quiserem. Um exemplo é a liberação para que o pré-candidato a Senado na sua chapa, João Leão (PP), para marchar com Lula.

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Aliados de ACM dizem que, com isso, ele pretende surfar na popularidade do ex-presidente na Bahia. Pesquisas apontam aumento das intenções de voto de candidatos associados a Lula.

"Eu não sou adversário de Lula. Lula é candidato à Presidência, eu sou candidato ao governo do Estado. Meus oponentes são candidatos ao governo da Bahia", disse ACM Neto em entrevista coletiva durante o anúncio da aliança com o PP.

Ele ainda afirmou que "o eleitor não quer ver seu candidato a governador em rixa com o candidato a presidente".

O PT lançou a pré-candidatura do secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, ao governo. O partido pretende colar a imagem dele à de Lula, como forma de alavancá-lo nas pesquisas de intenção de voto, nas quais ACM Neto aparece na liderança.

O PP anunciou oficialmente, nesta quinta-feira (17), apoio à candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia. Com o acordo, o vice-governador João Leão (PP) vai disputar o Senado na chapa do ex-prefeito de Salvador, como antecipou o Broadcast Político, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Ao falar sobre a composição, ACM disse não ver contradição na aliança com o PP. "A aliança vai ao encontro do que tenho pregando. Não sou o candidato que vai jogar pedra, criticar tudo o que está aí. Tenho honestidade intelectual de reconhecer que, nesses 16 anos, tem coisas boas que foram feitas pela Bahia, que vamos manter", afirmou.

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João Leão disse que quer "passar um espanador" em divergências do passado, provenientes dos 14 anos do PP na base petista na Bahia. "Eu tenho dois filhos, mas não tinha neto. Agora ganhei um netinho", brincou o vice-governador ao fazer referência ao sobrenome do ex-prefeito.

A composição com ACM era esperada após o PP romper, na segunda-feira (14), com o governo Rui Costa. O lançamento de candidatura própria de Leão ao governo chegou a ser cogitado, incentivado pela cúpula nacional da legenda para dar palanque ao presidente Jair Bolsonaro na Bahia. A proposta, no entanto, não prosperou.

Maior rival do PT na Bahia, ACM Neto ganha apoio do partido com o segundo maior número de prefeituras do Estado e que era considerado, junto ao PSD, um dos principais responsáveis pelo êxito das gestões petistas nas urnas - foram três eleições vencidas em primeiro turno enquanto durou a aliança.

O rompimento ganhou forma quando o senador Jaques Wagner (PT-BA) desistiu de concorrer ao governo. Um novo arranjo foi desenhado, com o senador Otto Alencar (PSD-BA) como pré-candidato ao governo, e Costa na disputa pelo Senado. O governador renunciaria ao mandato em abril para concorrer a uma vaga no Congresso, deixando a cadeira para João Leão. A proposta era vista com entusiasmo pelo PP.

O arranjo começou a ruir quando Otto decidiu não ser candidato a governador, e o PT optou por lançar a pré-candidatura do secretário de Educação, Jerônimo Rodrigues, ao governo. Neste cenário, Costa fica no mandato até o fim, deixando o PP fora da cadeira de governador. A decisão, anunciada por Wagner em um programa de rádio, foi encarada como descumprimento de acordo e desrespeito dos petistas ao partido.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em um vídeo direcionado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), liderado por Guilherme Boulos (PSOL), que o grupo não será "coadjuvante", mas, sim, "sujeito" em um eventual novo governo petista. O petista indicou que, caso eleito, o movimento terá papel decisivo nas políticas sobre habitação.

Boulos esteve presente ontem em uma reunião entre representantes do PSOL e do PT, que costuram uma aliança para as eleições. Integrantes do PSOL cobram do PT que mantenha em seu plano de governo a revogação das reformas trabalhista, previdenciária e do teto de gastos. O partido também quer que o PT reforce a pauta ambiental.

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'Gratidão'

Na gravação ao MTST, Lula diz ter "gratidão muito grande" ao movimento, que fez manifestações contra a sua prisão na Operação Lava Jato. Em uma delas, em 2018, o grupo invadiu o tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá. Para o Ministério Público Federal, o imóvel e suas reformas, feitas pela OAS, representaram um pagamento de propinas ao ex-presidente. O processo foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal.

"Eu conversei com o companheiro Boulos sobre a situação que estamos fazendo agora. Muitos projetos de casas foram abandonados. O Minha Casa Minha vida parou", destacou o ex-presidente.

"Se a gente voltar a governar esse país não pense que vai ter moleza não. Nós vamos nos encontrar muitas vezes. Para discutir a qualidade da casa, como gerenciar essas casas, e vocês irão assumir responsabilidades", disse Lula. "Não serão apenas coadjuvantes. Serão sujeitos da história. Vão ter que ajudar a construir programa, ajudar a conquistar e a governar."

Durante seus mandatos, Lula contou com apoio e forte interlocução com o Movimento dos Sem Terra (MST), que ficou esvaziado após a saída do PT do poder. Uma das lideranças do PSOL que esteve no encontro afirmou que a sigla petista foi cobrada para que a campanha de Lula deixe as articulações somente de bastidores com políticos e aliados e passe a ter mais foco na mobilização de movimentos sociais.

O PT ainda tem divergências com o PSOL na corrida eleitoral. Em São Paulo, Boulos é pré-candidato ao governo estadual, e tem dito que não vai retirar sua candidatura. O PT mantém Fernando Haddad na disputa.

O PT tem um dia decisivo, nesta quarta-feira (9), para a composição de alianças nacionais para as eleições. O partido se reúne hoje com PSOL para debater o apoio da sigla à candidatura ao Palácio do Planalto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já os petistas devem apresentar uma resposta sobre a carta de condições elaborada pelo PSB no começo de fevereiro para consolidar uma federação entre os partidos.

Nesse contexto, enquanto os pessebistas buscam apoio em diversas disputas nos Estados, a adesão do PSOL depende de Lula promover um "revogaço", a exemplo do que já sinalizou sobre a reforma trabalhista de 2017 e aprovar a tributação sobre grandes fortunas.

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Como mostrou o Estadão, os pessebistas podem desistir do casamento de quatro anos caso não ocorra um retorno favorável do PT, o que não inviabilizaria uma aliança e o apoio à candidatura de Lula ao Palácio do Planalto. A sigla de Carlos Siqueira espera que os petistas cedam em apoios no Acre, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, depois de já garantido o apoio no Rio de Janeiro e em Pernambuco. São Paulo, no entanto, é um assunto que deve ser tratado depois e, nesta fase, não será decisivo.

O foco do encontro com o PSOL não será a construção de palanques. De acordo com Guilherme Boulos, uma das lideranças da sigla mais próximas do petista, a base do acordo são 12 pontos programáticos que o PSOL considera fundamentais para a construção de uma "frente ampla" encabeçada por Lula.

Segundo Boulos, três pontos são prioritários para afinar a relação entre PSOL e PT nas eleições. O primeiro é a revogação do Teto de Gastos e da Reforma Trabalhista, medidas às quais o partido do ex-presidente já demonstrou simpatia. O segundo item é a realização de uma reforma que implemente um tributo para taxar os super-ricos. O terceiro é a adoção de uma agenda ambiental mais contundente, passando pela demarcação de terras indígenas e combate ao uso de fertilizantes químicos na agricultura.

Apesar das precondições programáticas, o apoio do PSOL a Lula já é dado como praticamente certo. Isso não significa que as siglas avancem o acordo para compor uma federação. Essa possibilidade é remota, assim como, em São Paulo, o partido rejeita apoiar Fernando Haddad e mantém a pré-candidatura de Boulos ao governo. "A forma como o partido colocou o debate na mesa com o PT não foi propondo contrapartidas em palanques regionais - o que seria legítimo -, mas apresentando pontos programáticos que considera fundamentais para a campanha de Lula", escreveu Boulos, em artigo publicado na imprensa e compartilhado por ele em sua rede social.

Na mesma publicação, o líder do MTST descreve Lula como "aquele que tem mais condições para liderar uma frente" contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em agosto do ano passado, o grupo de Boulos venceu a disputa no congresso do PSOL e desbancou a ala antipetista do partido, abrindo caminho para a aliança com o provável candidato do PT.

Ao lado de Juliano Medeiros, presidente da sigla, Boulos tornou-se o interlocutor do partido nas negociações diretas com o ex-presidente.

A aproximação com Geraldo Alckmin, provável vice do petista na chapa, é criticada pelo PSOL, que já decidiu não comparecer ao ato de filiação do ex-governador ao PSB, previsto para as próximas semanas. Apesar da contrariedade, o partido aceita a composição em nome de uma "frente ampla".

O PSOL e o PT devem se reunir em Brasília, nesta quarta-feira (9), na tentativa de firmar aliança eleitoral. Esse será o primeiro encontro entre as legendas para iniciar conversas para construção de uma plataforma comum em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto em 2022.

"A unidade que queremos construir entre as esquerdas é baseada num acordo programático que supere o neoliberalismo e o legado do golpe de 2016. Queremos ir além de acordos eleitorais. Estamos confiantes que o diálogo com o PT será proveitoso nesse sentido", informou Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.

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Entre as propostas do PSOL estão as revogações das legislações da reformas trabalhista e da previdência e do teto de gastos; o enfrentamento à crise climática com medidas para financiar a transição energética; a proposição de uma reforma tributária que diminua a taxação no consumo de bens essenciais e populares e foque na taxação de renda e propriedade, incluindo a criação de impostos para grandes fortunas.

Para derrotar o presidente Bolsonaro (PL) nas eleições, o ex-presidente Lula (PT) vai adotar um discurso de unificação para justificar alianças com parlamentares que votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016.

De acordo com o petista, não é possível discriminar quem votou a favor do impeachment de Dilma, seria “fazer política olhando para o retrovisor”. 

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Segundo petistas, caso as alianças se restringissem apenas a quem se opôs ao impeachment, Lula afirmou que sentaria à mesa apenas com 10% da população brasileira. 

Lula defende publicamente em entrevistas que o momento é de união para reconstruir o País e que isso requer fazer alianças para além do campo da esquerda. Ele tem repetido que não deseja ser apenas candidato do PT ou da esquerda, mas sim de um movimento mais amplo. 

De acordo com relatos, o discurso do ex-presidente ecoa internamente na sigla. Um parlamentar petista afirmou, à Folha, que o partido conhece o papel que cada pessoa teve no processo do impeachment e isso não impede o diálogo com esses atores políticos. 

O núcleo próximo a Dilma é a principal fonte de crítica na sigla. Há o consenso de que ela terá de conviver com pessoas que viraram desafetos, mas que o partido seguirá defendendo a tese de que ela foi vítima de um golpe orquestrado pelo Congresso Nacional. 

A aliados, Lula já manifestou arrependimento por não ter disputado as eleições de 2014, mas insiste no apoio a Dilma. 

Mesmo com a defesa dela e do legado de seu governo, Lula tem indicado que ela não deve ocupar nenhum cargo na sua gestão caso ele vença a eleição. Em entrevista à CBN Vale do Paraíba neste ano, o ex-presidente disse que faltava a ela paciência. “Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar e atender as pessoas mesmo quando você não gosta do que elas estão falando”, contou. 

Dilma x Marta Suplicy

Relatos contam que uma das principais figuras que Dilma guarda mágoas é a ex-senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, que se afastou do PT no momento do impeachment e se filiou ao MDB, partido de Temer. 

Por sua vez, Suplicy conta com a gratidão de Lula pela sua atuação na campanha presidencial de 2002, e até chegou a ser cotada para vice na disputa em outubro. 

Marta tem se aproximado de líderes petistas e não só participou do jantar que reuniu Lula e Alckmin em São Paulo no fim do ano passado, como sentou à mesa com os dois. Em janeiro, ela organizou encontro com mulheres em sua casa para discussão de projetos. À coluna Mônica Bergamo, da Folha, ela minimizou não ter chamado Dilma e nem a ex-ministra Marina Silva (Rede). “Por que não a Maria, por que não a Joana? Tem tanta mulher importante nesse Brasil, tem tanta mulher em todas as áreas. Foi muito difícil selecionar. Comecei com as mais próximas, depois ampliei para outras e acabou faltando muita gente”, disse. 

Ainda não há definição se a ex-senadora deve ocupar algum cargo específico na campanha de Lula, apesar de o sentimento dela ser que poderia ajudar no processo por ter muito a contribuir. Atualmente, ela é secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo.

Renan Calheiros

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é um dos interlocutores do ex-presidente e votou a favor do impeachment de Dilma. O senador se renunciou com Lula em janeiro e defendeu apoio do MDB nas eleições.

Apenas o PCdoB, dos partidos que costumam federar com o PT, teve deputados que não votaram a favor do impeachment. Já no PV, os seis deputados foram favoráveis, e Sarney Filho (MA) estava entre eles. 

Em maio do ano passado, o petista publicou uma foto ao lado do ex-presidente José Sarney (MDB), pai de Zequinha. Em agosto, o visitou no Maranhão, onde o PT deve compor uma aliança com MDB e PSDB. 

Danilo Cabral

Já no PSB, dos 32 parlamentares que formavam a bancada, 29 votaram a favor do impedimento; o deputado federal Danilo Cabral, anunciado como pré-candidato do PSB ao governo de Pernambuco foi um deles. A oficialização da candidatura ocorreu uma semana após o senador Humberto Costa (PT) se retirar da disputa.

Os diretórios estaduais do Cidadania e do PSDB reuniram-se na noite desta terça-feira (22), no Recife, para afinar as articulações políticas. Em pauta, a construção da campanha eleitoral em Pernambuco. O presidente estadual do Cidadania, João Freire, e o secretário-geral do partido, Guga Cabral, conversaram com a prefeita de Caruaru e presidente do PSDB estadual, Raquel Lyra, e com o dirigente tucano Rubens Júnior.

Durante a reunião, Raquel demonstrou animação com o trabalho em conjunto. As legendas homologaram a federação — que alia os dois partidos a nível nacional — no último sábado (19). Em Pernambuco, o Cidadania foi pioneiro em apoiar a possível candidatura de Raquel Lyra ao Governo do Estado.

Para Guga Cabral, a conversa reforçou a coesão das siglas. “A construção em conjunto das chapas de deputados estaduais e federais é promissora. Juntaremos bons quadros e esses nomes devem edificar um projeto forte para nosso estado. Os parlamentares dos dois partidos devem trabalhar em conjunto ”, afirmou o secretário.

Ao LeiaJá, João Freire enfatizou que ainda não houve um consenso sobre a quantidade de nomes para disputar as cadeiras. “Tivemos uma primeira conversa comigo, Raquel Lyra e dois dirigentes nossos para iniciar as tratativas. Agora, vamos federar e iniciar as discussões das possíveis chapas”, informou.

“Fizemos o primeiro momento institucional, porque as conversas políticas já existiam de antes e, agora, estamos visando a divisão das decisões porque a chapa vai ser conjunta e a gente precisa criar uma sintonia para que a decisão tomada possa ser coletiva. O Cidadania tem uma chapa, PSDB também, mas ainda não entramos nesse detalhe”, disse Freire. 

Em meio à ofensiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conseguir o apoio do PSD à sua candidatura à Presidência da República, o ex-prefeito Gilberto Kassab, que comanda o partido, disse que uma aliança com o PT no primeiro turno da eleição "não é impossível". Ele, contudo, reafirmou que a sigla deve ter candidatura própria ao Palácio do Planalto e reforçou convite ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG).

"Nós temos alguns companheiros que são aliados do PT", disse Kassab nesta quarta-feira, 9, durante evento de filiação do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, ao PSD. "Em respeito a esses companheiros, eu não posso dizer que é impossível que a gente tenha uma aliança no primeiro turno. Não posso dizer que a chance não existe, mas posso dizer que é praticamente certo que nós vamos ter uma participação no primeiro turno com candidatura própria."

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Kassab confirmou que teve um encontro com Lula na segunda-feira, 7, em São Paulo. De acordo com o ex-prefeito, o convite partiu do petista e a conversa se deu em torno da conjuntura política, mas não envolveu uma possível aliança na eleição.

"Foi uma conversa rotineira. Todos sabem que o PSD e o PT têm uma relação e um diálogo bastante antigo. Esse diálogo continua", disse Kassab. "O presidente sabe, e o PT sabe, que teremos candidatura própria à Presidência da República. Nós temos a expectativa de estarmos no segundo turno com nosso candidato e, se estivermos, queremos contar com o apoio do PT", afirmou.

Na segunda-feira, 7, Ramos, agora filiado ao PSD, disse que o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) poderia dar "equilíbrio" e "moderação" à candidatura de Lula à Presidência. O ex-tucano é cotado para concorrer como vice do petista. A declaração do vice-presidente da Câmara ocorreu no momento em que Lula faz uma ofensiva para atrair o apoio do partido comandado por Kassab ainda no primeiro turno.

Antes de avançar nas negociações com Lula, Alckmin chegou a ser convidado para se filiar ao PSD, mas Kassab queria que ele concorresse ao Governo de SP. Lideranças petistas avaliam que ainda há a possibilidade de o ex-tucano migrar para o partido de Kassab, só que para ser vice na chapa petista ao Planalto.

A ideia inicial era que Alckmin se filiasse ao PSB para ser vice de Lula, mas o acordo esbarrou nas dificuldades para se fechar a federação partidária que pode unir PT, PSB e outras legendas de esquerda devido ao impasse entre petistas e socialistas em São Paulo.

A federação partidária cria uma "fusão temporária" entre os partidos que precisa durar pelo menos quatro anos, desde as eleições até o final do mandato seguinte, o que pressupõe candidatura única a cargos majoritários como o de governador. Em SP, o PT quer lançar o ex-prefeito Fernando Haddad, mas o PSB não abre mão da candidatura do ex-governador Márcio França.

Entre petistas também há a avaliação de que o próprio Kassab queria ser vice de Lula, mas teria "perdido o timing" com o avanço das negociações do ex-presidente com Alckmin.

Possibilidades

Gilberto Kassab, afirmou que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pode ser candidato ao Palácio do Planalto pelo partido, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), decida não entrar na disputa. O gaúcho, que perdeu as prévias tucanas para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi convidado para se filiar ao PSD.

"Pode ser Eduardo Leite, sim. Ele tem condições, tem pré-requisitos para ser candidato, é jovem, é respeitado, já mostrou que tem vontade de ser presidente da República, tem uma aliança com o PSD em seu Estado, o Rio Grande do Sul", afirmou Kassab nesta quarta-feira, 9, durante evento de filiação do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, ao PSD.

Segundo o ex-prefeito de São Paulo, há uma expectativa de que o candidato do partido à Presidência tenha "independência" em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL). "Nós não iremos caminhar com esse governo. Então, o Eduardo, assim como o Rodrigo, tem essa posição", afirmou.

O PSD aposta na candidatura de Pacheco ao Palácio do Planalto, mas, como mostrou o Estadão/Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o senador avalia desistir da corrida presidencial e focar na eleição para o comando do Senado em fevereiro de 2023.

Durante o evento de filiação de Ramos, Kassab disse que Pacheco tem "cara de presidente da República", mas o senador reiterou que nunca falou em pré-candidatura à Presidência.

"O partido tem a legítima pretensão de eu ser candidato a presidente e fico muito lisonjeado e muito honrado do partido sempre lembrar do meu nome, mas não há uma pré-candidatura formalizada", disse Pacheco na filiação.

De acordo com Kassab, o prazo para que o presidente do Senado tome uma decisão é o fim da janela partidária, no começo de abril. "Eu, pessoalmente, torço muito para que ele aceite esse convite para ser candidato, porque, realmente, ele está à altura da disputa, irá qualificar a disputa e pode vencer as eleições."

Enquanto isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta atrair o apoio do PSD para sua candidatura à Presidência no primeiro turno. No evento de filiação de Ramos, Kassab disse que se reuniu com o petista na segunda-feira, 7, e evitou descartar uma aliança com o PT já na primeira etapa da eleição.

As alianças para as disputas presidenciais nas eleições deste ano ainda estão sendo feitas. Inclusive, a ida do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) para o PSB ainda não é certa. O ex-presidente Lula (PT) declarou que não sabe se os pessebistas querem o tucano no partido.

A ida de Geraldo para o PSB está sendo discutida para, enfim, a aliança nacional entre o PT e os PSB ser concretizada, já que a vontade é que o ex-governador de São Paulo seja vice na chapa do Lula nas eleições de 2022.

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Em entrevista à Rádio Clube do Recife nesta quarta-feira (9), o petista declarou que não pode escolher partido para Geraldo Alckmin.

"A única coisa que estou fazendo é conversar com Alckmin e ele tem que fazer a opção partidária. Eu não sei se os companheiros do PSB querem o Alckmin, porque, se quiserem, eu acho que o Alckmin tem uma boa relação com o PSB. É preciso que o PSB converse com o Alckmin", declara Lula.

Outros partidos também estão de olho no ex-governador de São Paulo, justamente por conta dessa possibilidade de se tornar cabeça de chapa, numa candidatura onde Lula tem possibilidade de se tornar presidente - segundo últimas pesquisas eleitorais.

O PV, por exemplo, declarou na terça-feira (8), que está aberto para negociar a entrada de Geraldo Alckmin no partido. O convite, inclusive, já teria sido oficializado e o ex-presidente Lula informado sobre a possibilidade.

Aliança quase certa

Na entrevista desta quarta-feira (9), o petista confirmou as tratativas com o tucano e que acredita na possibilidade da união entre os dois.

"Eu acho que nós temos possibilidades de estarmos juntos e representar um projeto de mudança nesse país. As pessoas têm que entender que não é só o Alckmin que eu quero conversar. Eu quero conversar com todo mundo, as pessoas que gostam de mim e as que não gostam de mim", pontua o ex-presidente.

 

O ex-juiz e pré-candidato à Presidência Sérgio Moro (Podemos) afirmou nesta quarta-feira, 19, que a legenda tem conversado com outros partidos para compor uma aliança na corrida eleitoral. Segundo ele, a ideia é promover a "construção conjunta" de um projeto para o País para as eleições de 2022. Moro citou União Brasil, Cidadania e Novo.

"Se um partido puder vir (para formar uma aliança), ótimo. Caso contrário, se tivermos apoio de outros partidos (em um eventual governo), como tem acontecido com (integrantes do) Novo, Cidadania e União Brasil, teremos condições de construir um projeto em conjunto", disse Moro, em entrevista à rádio Jovem Pan Maringá.

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Segundo ele, a ideia é que esses acordos ajudem a compor a base governista caso seja eleito. "Acho que isso [conversas com outros partidos] é fundamental. Precisamos pensar também adiante em um País que precisa ter alianças dentro do Congresso, alianças baseadas em projetos, princípios e valores que temos que realizar", afirmou.

Ao contrário do União Brasil, Novo e Cidadania já têm pré-candidatos lançados à disputa presidencial, respectivamente Felipe d´Ávila e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Numa iniciativa em defesa do ex-juiz, aliás, protocolou representação contra o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), e o subprocurador-geral junto à Corte, Lucas Furtado, por suposto abuso de autoridade contra Moro. O tribunal investiga o rompimento de contrato do ex-juiz com a consultoria americana Alvarez & Marsal.

Filiação

Também nesta manhã, em outra entrevista, desta vez concedida à Rádio Difusora de Nortelândia-MT, Moro foi questionado sobre sua possível migração para o União Brasil, que nasce da fusão entre DEM e PSL já em tramitação no Tribunal Superior Eleitoral. "Não tem nada concreto. Estou no Podemos", declarou. O tema veio à tona após reportagem do jornal O Globo divulgar que o partido presidido pela deputada Renata Abreu (Podemos-SP) poderia abrigar o ex-juiz em troca de lançar a dirigente como vice.

Segundo pesquisa Ipespe divulgada na última sexta-feira, 14, Moro segue em terceiro lugar na disputa, com 9% das intenções de votos. Na liderança, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 44%, seguido de Jair Bolsonaro (PL) com 24%.

Desde que divulgou sua pré-candidatura, Moro tenta ocupar o espaço da chamada terceira via, rompendo a polarização entre Lula e Bolsonaro. Sua candidatura como terceira via tem atraído a atenção de um grupo muito próximo de Jair Bolsonaro: os militares. Para esse grupo, o ex-juiz é de quase uma unanimidade por ter colocado Lula atrás das grades e por simbolizar as ideias do salvacionismo da República e do combate à corrupção, assuntos que acompanham a maioria das manifestações políticas dos militares desde a criação da República.

Mudanças no Podemos

Nesta terça-feira, 18, o agora ex-presidente do Podemos do Paraná, Cesar Silvestri Filho, abandonou o posto de dirigente máximo da legenda no Estado para se filiar ao PSDB. A mudança ocorre com a promessa de que ele seja o pré-candidato tucano ao governo paranaense em outubro, garantindo palanque no Estado para o pré-candidato do PSDB ao Planalto, João Doria.

Para Moro, a saída de Silvestri não significa um possível enfraquecimento do Podemos. "Lamentável a saída dele, mas acho que temos de respeitar. Essas construções de liderança dentro dos partidos são normais. O Podemos está forte. Não é esse fato de ontem que gera o enfraquecimento do partido", disse em entrevista à Rádio Difusora.

Depois de todo o bafafá do noivado de Megan Fox, quando ela até bebeu sangue para selar o amor com o noivo, Machine Gun Kelly revelou o significado por trás do design da aliança da amada. O casal começou a namorar em 2020 e divulgou a notícia do noivado em janeiro, deixando os fãs de boca aberta ao compartilhar nas redes sociais imagens do anel avaliado em quase 412 mil reais.

Durante entrevista à revista Vogue, o músico contou que pensou em todos os detalhes ao escolher o design único da joia. Criado em parceria com o joalheiro Stephen Webster, o anel foi feito sob medida e machuca o dedo da amada se ela tentar tirá-lo.

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- É uma esmeralda colombiana pura, sem tratamento. Foi apenas esculpida em formato de lágrima, direto da mina. E o diamante era diretamente de Stephen. O conceito é que o anel pode se separar para fazer dois anéis. Quando estão juntos, são mantidos no lugar por um ímã. Você vê como se encaixa? E então forma um coração obscuro. E você vê isso aqui? As bandas são realmente espinhos. Então, se ela tentar tirar, dói. Amor é dor!

As pré-candidaturas ao Palácio do Planalto do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e da senadora Simone Tebet (MDB-MS) têm enfrentado pressões de alas dos dois partidos para que se unam em uma candidatura única ou deixem a disputa. Com desempenho considerado fraco nas pesquisas de intenção de voto até agora - Tebet tem 1% e Doria tem 2%, de acordo com levantamento do Ipec -, os dois chegaram a conversar no mês passado, mas ainda não há uma definição sobre eventual aliança.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) é um dos que tentam atrair Doria para a campanha da correligionária. Em dezembro, ele esteve com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que perdeu para o paulista a indicação nas prévias presidenciais.

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Na semana passada foi a vez de o ex-presidente receber o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que, segundo relatos de integrantes do PSDB e do MDB, disse que Tebet pode ser "uma surpresa positiva" na corrida eleitoral. O parlamentar foi um dos apoiadores de Simone quando ela tentou ser presidente do Senado, no início de 2021. Procurada, a assessoria do senador evitou dar detalhes sobre o que foi discutido com Temer.

Defensores do apoio à candidatura de Simone argumentam que ela tem menos rejeição que Doria e, portanto, teria mais chances de se consolidar como um nome da terceira via - ela tem 5%, enquanto o tucano registra 23% no levantamento do Ipec. A senadora, porém, enfrenta resistência de setores do próprio partido - especialmente do Nordeste e do Norte - que preferem uma aliança do MDB em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Simone Tebet disse ao Estadão que tem proximidade com Tasso, mas afirmou desconhecer articulações do PSDB para apoiá-la. "Com Tasso falo sempre. Somos colegas, mas não sei de movimento algum", afirmou. Os dois atuaram juntos na CPI da Covid, que ajudou a projetar a emedebista.

Do outro lado, a campanha de Doria trata Simone como opção de vice. A avaliação interna é de que a campanha do governador de São Paulo deve ganhar tração nos próximos meses, quando a população começar a associar as conquistas na área de vacinação e na economia do Estado à candidatura presidencial. O tucano tem dito que deseja ter uma mulher na sua chapa. Procurado, o governador afirmou, por meio de sua equipe de pré-campanha, que ele e a senadora estarão juntos na eleição.

Em São Paulo, as duas legendas fazem parte do mesmo grupo político. O PSDB é da base do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), e o MDB integra o governo Doria. Nunes diz estar esperançoso que Tebet ganhe musculatura e atraia o apoio de outras legendas. "Estou confiante que a população verá as qualidades da Simone, ela irá crescer. As consequências são naturais", afirmou ao Estadão.

No plano nacional as duas siglas também já foram aliadas. O MDB fez parte da base de apoio do governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e indicou a ex-deputada Rita Camata como vice de José Serra (PSDB) na eleição presidencial de 2002. No governo de Michel Temer (MDB), tucanos exerceram cargos importantes, como os ministérios das Relações Exteriores, das Cidades e da Secretaria de Governo.

Pós-prévias do PSDB

Doria venceu a eleição interna do PSDB em novembro após uma disputa agressiva, que mostrou publicamente as divisões internas do partido.

No último dia 13 de janeiro, em entrevista à rádio O Povo CBN, de Fortaleza, Eduardo Leite declarou que Doria deve desistir da eleição caso não decole nas pesquisas. Ao Estadão, Leite reforçou a avaliação de que o paulista não deve buscar ser obrigatoriamente candidato ao Planalto. "Não pode a aspiração pessoal de qualquer pessoa, por mais legítima que seja, prejudicar a viabilização de uma alternativa à polarização que aí está", disse ele.

Considerado o principal opositor do governador de São Paulo dentro da legenda, o deputado Aécio Neves (MG) deu o tom que agora é repetido por Leite. "Se nós chegarmos extremamente isolados, obviamente que o PSDB vai discutir a conveniência ou não de ter essa candidatura", disse o mineiro em entrevista ao Estadão menos de uma semana após o resultado das prévias.

No momento em que a construção de uma federação com o PT enfrenta entraves em torno de candidaturas estaduais, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, foi às redes sociais defender que alianças políticas sejam programáticas, e não apenas eleitorais. Ambos os partidos tentam viabilizar um acordo para se unirem nas eleições de outubro, mas ainda divergem sobre quem terá o direito de indicar a cabeça de chapa nas candidaturas aos governos de Pernambuco, São Paulo e mais quatro Estados.

"Coligação partidária implica em afiar ideias para avançar em um projeto de país. Ela deve ser programática, ideológica, e não apenas eleitoral, sob pena de repetirmos o passado. Precisamos ir além", escreveu Siqueira.

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Diferentemente das coligações - proibidas nas eleições proporcionais desde 2020 -, as federações vão além da disputa eleitoral: criam uma "fusão" temporária entre as siglas envolvidas, que precisam permanecer unidas por pelo menos quatro anos. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, tem defendido que as legendas estarão juntas nas eleições, se não federadas, coligadas.

Em entrevista nesta terça-feira, 18, Siqueira criticou o que chamou de "visão exclusivista" do partido de Lula. Embora se trate de uma "atitude natural" de quem tem a maioria, segundo ele avalia, o partido precisaria ceder espaço para permitir a ampliação do centro.

"Nós estamos dispostos a colaborar com a eleição de Lula, mas também queremos que o PT esteja disposto a colaborar com as nossas candidaturas. Porque, afinal de contas, serão elas todas palanques do presidente Lula por todo o País", afirmou. As declarações foram feitas ao jornal Correio Braziliense.

O prazo para registro de federações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) termina no início de abril, seis meses antes do pleito. Gleisi Hoffmann e Siqueira se reunirão para discutir esse assunto nesta quinta-feira, 20, em Brasília. Embora ambas as siglas tenham o mesmo interesse no plano nacional - eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, as negociações esbarram no desejo de lançar candidatos próprios nos Estados. Em São Paulo, por exemplo, o PT não abre mão da candidatura de Fernando Haddad, que disputaria contra Márcio França (PSB).

Um dia após vencer as prévias no PSDB para disputar a Presidência em 2022, o governador de São Paulo, João Doria, falou neste domingo (28) em uma "possível" aliança com o ex-ministro Sérgio Moro, que se filiou este mês ao Podemos, e fez elogios aos senadores Simone Tebet (MDB-MS) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso.

"É possível. Eu tenho boas relações com Sérgio Moro e tenho respeito por ele, não haveria nenhuma razão para não manter relações com alguém que ajudou o Brasil, com alguém que contribuiu com a Lava Jato, assim como Simone Tebet, uma brilhante senadora, e o senador Rodrigo Pacheco, com boa postura e equilíbrio", disse o governador em entrevista à CNN Brasil.

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Doria busca se viabilizar como alternativa eleitoral em espectro político já congestionado, com outros nomes já colocados, como Moro, Pacheco, Simone, que deve ser lançada nos próximos dias, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e Luiz Felipe D’Avila (Novo).

À CNN, Doria afirmou que já iniciou conversas com alguns pré-candidatos e vai mantê-las nas próximas semanas. "Temos que estar juntos para termos projetos para os brasileiros. Não vejo condições de um projeto do PSDB, mas um projeto de Brasil. Temos que ter humildade, capacidade, bom diálogo e propostas claras e objetivas", afirmou, repetindo o tom do discurso após a vitória nas prévias no sábado (27).

Na ocasião, ele pregou a união interna do partido e pediu ajuda das demais siglas de centro para a "consolidação" de um "melhor projeto" para o Brasil. "Ninguém faz nada sozinho. Precisaremos da ajuda de todos. Da união do Brasil. Da união do PSDB. Da união com outros líderes e partidos", disse.

Após derrotar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio nas prévias tucanas, o governador paulista pregou a união interna do partido e pediu ajuda das demais siglas de centro para a "consolidação" de um "melhor projeto" para o Brasil. siglas de centro para a "consolidação" de um "melhor projeto" para o Brasil. "Ninguém faz nada sozinho. Precisaremos da ajuda de todos. Da união do Brasil. Da união do PSDB. Da união com outros líderes e partidos", afirmou no discurso da vitória.

Doria obteve 53,99% dos votos, superando o governador Eduardo Leite (RS), que somou 44,66%, e o ex-senador Arthur Virgílio (AM), com 1,35%. Cerca de 30 mil tucanos votaram.

Para o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), a queda do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é que vai unir diferentes interesses para viabilizar uma gestão cooperativa de recuperação do país após a crise, acentuada pela pandemia da Covid-19. A declaração foi feita em entrevista à revista Veja, nessa quinta-feira (2), dando início a uma conversa que tratou de prospecções para 2022 e uma avaliação do governo Bolsonaro. Câmara acredita na não-reeleição do atual mandatário como um objeto comum da oposição, como todos os outros governadores da região Nordeste ou mesmo como João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB), que recentemente deram declarações similares.

Um dos pontos principais da conversa é a união do PT e do PSB, que em seu estado, Pernambuco, têm uma longa história de idas e voltas, assim como no cenário nacional. Para o ano que vem, o objetivo seria conseguir unir as siglas para beneficiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva. Paulo Câmara acredita que essas diferenças serão superadas a partir do instante em que todas as forças políticas se conscientizarem de que existe um único adversário a ser batido: Jair Bolsonaro.

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“Desde a redemocratização, o PSB caminhou muito mais ao lado do PT do que como oposição. Em 2018, na minha reeleição, o PT estava nos apoiando. A gente tem tido esse cuidado de conversar com os partidos progressistas, que estão conscientes da grande tarefa para 2022 que é combater a forma como o Brasil vem sendo administrado. O PT tem clara a posição de oposição ao governo Bolsonaro. Nós também. As portas estão abertas. Não apenas ao PT, mas a todos os partidos do campo progressista. A possibilidade de aliança com o presidente Lula é real. Ele continua sendo o político mais popular no Nordeste. Aqui ele é imbatível. O que vai nos unir em 2022 é tirar o presidente Bolsonaro do poder e mudar tudo que está acontecendo no Brasil”, afirmou Câmara, ao iniciar a entrevista.

O governador pernambucano não se manifestou, de forma pessoal, sobre sua afinidade com Lula, nem sobre acreditar na inocência do ex-presidente, mas se mostrou firme sobre a apuração judicial e não vê problemas em seguir as negociações, considerando que Lula garantiu o próprio direito à elegibilidade.

“Os processos dele foram anulados. O necessário agora é fazer o que a Justiça determinou: que sejam iniciadas as apurações, sem contaminação, seguindo o que diz a lei. Agora o ex-presidente vai ter todo o direito de defesa, que não deram a ele antes. A parcialidade do ex-juiz Sergio Moro foi demonstrada e reconhecida pela Justiça. Os processos judiciais é que vão dizer. Algumas ações já foram arquivadas e outras estão no mesmo caminho. É preciso imparcialidade e respeito aos ritos da Justiça, como aconteceria com qualquer cidadão e como a Constituição preconiza”, continuou.

Evasivo, Paulo Câmara optou por avaliar a gestão interina de Michel Temer, em 2016, e não tratou diretamente como um erro o apoio do PSB ao impeachment de Dilma Rousseff, mas admite que a exoneração foi ruim para o Brasil e que a substituição não apaziguou a situação no Planalto e nem entre os governos.

“No meu entendimento, não do PSB, o impeachment não fez bem para o Brasil. Com a assunção do presidente Temer não houve a pacificação. Houve apenas uma mudança de rota fruto de um processo que terminou sem resultar na melhoria do país. O país piorou com a chegada do Temer. E a gente vê também que foi um processo traumático e o crime de responsabilidade que tanto foi propagado não se configurou. O partido sempre teve discussões em relação a isso. Aqui em Pernambuco já fizemos esse debate e acreditamos que o impeachment da presidente Dilma foi ruim para o Brasil”, elucidou o governador.

O socialista, além de avaliar o governo Bolsonaro como um “retrocesso” e um “desastre”, acredita que a atual administração pública do país é um dos motivos para a população enxergar uma nova chance em Lula, que também teve seu mérito no passado, sobretudo na região Nordeste, nas palavras de Paulo.

“A candidatura do Lula é uma opção contra a forma como o Brasil vem sendo administrado. O país fez avanços importantes durante os governos do ex-presidente. A desigualdade na Região Nordeste foi diminuída nesse período. Houve obras estruturantes e uma preocupação efetiva com a redução da pobreza, além de políticas públicas que chegavam a todos. Houve claramente ações de crescimento do país e respeitabilidade internacional — o que não existe mais. [O governo Bolsonaro] é um absoluto retrocesso, um desastre. Não há mais política de educação. A saúde foi esse desastre que a pandemia mostrou. Segurança também é assunto que não existe no âmbito federal. E não há pautas que pensem a economia a curto, médio e longo prazo”, prosseguiu.

Após ser perguntado sobre o apoio ao impeachment de Dilma ser uma contradição diante da possível união das legendas, Câmara também foi perguntado sobre o voto impresso, já defendido pelo PSB. Sobre o assunto, ele disse que “quem defende pautas bolsonaristas está fora de sintonia com o que pensa o PSB. Aqui não é lugar para pessoas que pensem desse jeito. Quem acha que pode flertar com o bolsonarismo ou com qualquer ação autoritária pode ter certeza de que o caminho não é pelo PSB. Pessoas que insistem em continuar defendendo esse tipo de pauta no PSB com certeza não vão ter lugar”.

O PSOL negocia com o PT a possibilidade apoiar Lula nas eleições presidenciais de 2022. Caso as negociações se concretizem, a aliança logo no primeiro turno será inédita, já que o PSOL sempre disputou o pleito com candidatura própria. As informações são do Estadão/Broadcast.

Segundo o veículo, a sigla leva a aliança em consideração em razão da "gravidade" do momento político do Brasil, com o governo Jair Bolsonaro. O apoio ao PT, contudo, enfrenta resistência no interior do partido.

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"É uma possibilidade considerando a gravidade do momento do Brasil e vai levar em conta aspectos programáticos, arco de aliança e possíveis acordos eleitorais nos estados que sejam de interesse do PSOL", afirmou o presidente da legenda, Juliano Medeiros, ao Estadão.

O candidato do PSOL à presidência em 2018, Guilherme Boulos, deve concorrer ao governo de São Paulo no próximo ano. O partido foi fundado em 2004, por dissidentes do PT.

 

 

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