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Nesta quarta-feira (16), indígenas e ambientalistas irão apresentar uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) a cinco relatores das Nações Unidas. O atual governo está sendo acusado de destruição do meio ambiente e de violações a direitos humanos. 

No documento obtido e divulgado pelo UOL, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Conectas Direitos Humanos, o Instituto Socioambiental (ISA), o Observatório do Clima e o WWF-Brasil apontam que "grandes extensões de terra já foram desmatadas e as taxas de desmatamento sob a gestão Bolsonaro estão em seu nível mais alto em mais de 15 anos".

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Destacam ainda que os "ataques à floresta e aos povos que vivem nela representam riscos reais para a vida da população da América do Sul e do mundo em geral. A Amazônia é fundamental para a natureza global, pois 10% das espécies do mundo são encontradas lá, e também para o clima, sendo responsável pelo regime de chuvas de toda América do Sul, além da regulação do clima global", apontam.

O grupo pede que o governo brasileiro interrompa a destruição ambiental no Brasil, respeite os direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais e inclua a "maior ambição possível" em seus compromissos de redução de emissões. 

Os indígenas e ambientalistas que assinam o documento esperam que os relatores da ONU consigam pressionar o governo brasileiro a tomar iniciativas que previnam o desmatamento, retomando a implementação das políticas de gestão dos territórios indígenas. Além disso, eles também querem a reativação do Fundo Amazônia e o restabelecimento do orçamento do Ministério do Meio Ambiente.

Em nota, servidores de entidades governamentais voltadas à defesa do Meio Ambiente apontaram que a extinção dos órgãos colegiados responsáveis pelo Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo (PNC), feita em abril pelo presidente Jair Bolsonaro, trata-se de 'improbidade administrativa'.

O grupo cobra medidas para conter as manchas de óleo e fala em 'lentidão e improviso' do Governo Federal, caracterizando a ação como um ‘show de horrores’.

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Para os técnicos, o despreparo do Ministério do Meio Ambiente expõe a população à insalubridade. “A sociedade tem o direito de participar e acompanhar toda a dimensão do desastre, além de ser informada sobre os riscos inerentes ao manuseio do material, com grande potencial cancerígeno, decorrentes da contaminação do petróleo nas praias do Nordeste”.  

Além de identificar a falha na orientação dos voluntários e da sociedade geral, o grupo compreende que tais práticas são “reflexo da atual política [...] que possui lideranças que perseguem, ameaçam e demonstram completo desapreço à conduta de agentes ambientais”, e acredita que a dissolução do PNC foi “unicamente ideológica”.

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Centenas de manifestantes invadiram neste sábado o tapete vermelho do Festival de Cinema de Veneza para protestar contra a mudança climática e a presença de grandes embarcações na cidade de Marco Polo.

Os manifestantes, entre 300 e 400, participaram de uma reunião dedicada ao assunto e na qual foram denunciados os graves danos causados pelos enormes navios de cruzeiro que se aproximam dos principais canais de Veneza.

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Os protestos contra grandes navios na lagoa de Veneza começaram em 2006, quando ativistas descobriram que as ondas causadas por navios de cruzeiro danificam as fundações da cidade.

Os manifestantes exigem que a passagem desses navios, que pesam mais de 1.000 toneladas, seja proibida.

"Nós, do Acampamento Climático de Veneza, lançamos o alarme, a mensagem é clara: a terra está queimando, chegou a hora de se mobilizar, tomar medidas sérias, exigir justiça social e defesa do clima", diz a mensagem dos manifestantes .

"Vamos fazer de Veneza um símbolo da luta contra as mudanças climáticas, vamos usar o Festival de Cinema de Veneza como uma caixa de ressonância para a mídia", afirma o site do Venice Climate Camp.

O Festival de Cinema de Veneza concede seus maiores prêmios neste sábado no Cinema Palace, último dia do evento, com a presença de centenas de jornalistas de todo o mundo.

A ambientalista Marina Silva utilizou seu perfil oficial no Twitter para exaltar a eleição da primeira presidente mulher de Eslováquia. Zuzana Caputova é uma advogada de 45 anos e foi escolhida para comandar o país nos próximos anos.

“A Eslováquia elegeu a primeira presidente de sua história. Zuzana foi eleita com uma plataforma em defesa da justiça social, meio ambiente, respeito à diversidade, solidariedade, combate ao discurso de ódio e à corrupção, e pró-União Europeia. Um frescor democrático!”, escreveu Marina.

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Caputova não tem experiência na política até então e foi eleita devido o forte descontentamento dos eslovacos com a situação em que o país se encontra. No último ano fizeram uma série de protestos contra a corrupção no local.

A eleição da advogada deixa a Eslováquia surfando em uma onda completamente diferente da atual no Brasil, já que os ideais de Caputova são completamente diferentes dos de Bolsonaro. Ela é uma ativista dos direitos dos homossexuais e favorável ao aborto, por exemplo.

Além disso, a presidente eleita é ecologista, mãe de dois filhos, divorciada e, durante sua campanha, fez duras críticas ao atual governo devido a causas ambientais e de fatores corruptivos.

Ela se tornou a quinta presidente da Eslováquia, um país com 5,4 milhões de habitantes.

No momento em que desastres naturais e crimes ambientais atingem o Brasil, a exemplo dos recentes temporais no Rio de Janeiro e do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, o nome de Chico Mendes vem à tona como um dos grandes defensores na natureza, no País.

Tanto no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como em outros vestibulares, Chico Mendes é figurinha carimbada. Na edição de 2013 do vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), uma questão de Ciências Humanas trouxe o nome do seringueiro como base para responder à alternativa correta. Na proposição, o estudante deveria escolher uma entre a cinco possibilidades. Confira a questão abaixo:

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Segundo o professor de geografia Carlos Lima, a resposta correta é a letra “b”. “Uma das grandes lutas de Chico Mendes era contra a precariedade das relações de trabalho. A questão de Chico Mendes não era só de luta pelo meio ambiente, mas lutava também pela melhoria das condições de trabalho da floresta Amazônica, no setor extrativista, o primeiro setor da economia”, explicou.

Quem foi Chico Mendes

Nascido em 15 de dezembro de 1944, no Xapuri, cidade do Acre, Francisco Alves Mendes Filho foi um grande defensor na Amazônia. Ele era filhos de cearenses, que resolveram ir para a floresta em busca de uma vida melhor do que a do Nordeste, à época uma das regiões mais esquecidas pelo poder federal.

Como não havia escolas, Chico Mendes só foi alfabetizado aos 16 anos. Na sua infância e adolescência, acompanhou os pais nos seringais. Mendes entrou no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Brasiléia como forma de lutar contra o desmatamento que atingia os seringais e ameaçava as atividades dos trabalhadores.

No ano de 1976, Mendes foi um dos encabeçadores do “empate às derrubadas”: consistente em reunir as famílias dos seringueiros, na área de acampamento dos trabalhadores que atuavam no desflorestamento, e derrubar as barracas e parar as motosserras. Por conta disso, o líder do sindicato, Wilson Pinheiro, foi morto na sede da associação em 1980, na Brasileia.

Matriz ideológica

O grande legado de Chico Mendes para a história foram as Reservas Extrativistas (Resex), consistentes em áreas preservadas ecológica e culturalmente. A ideia das reservas é assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da área, por meio de agricultura de subsistência e pecuária com criação de animais de pequeno porte. 

As Resex são de domínio público, com concessão às populações extrativistas tradicionais. Entre anos de 1987 e 1988, Chico Mendes ganhou o 'Global 500', prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU), na Inglaterra, e a Medalha de Meio Ambiente da Better World Society, nos Estados Unidos. Esse feito o fez ser reconhecido no mundo inteiro.

Morte

Apesar de toda a repercussão de suas ações, Chico Mendes não obteve proteção por parte do Estado. O seringueiro e grande nome da defesa do meio ambiente foi morto em uma emboscada, nos fundos da sua própria residência, pelo grileiro Darly Alves, em 22 de novembro de 1988.

A reverberação da sua morte ganhou proporções nacionais e internacionais, o que refletiu na imprensa da época a necessidade de trazer a história e a luta do seringueiro à tona. Em 1990, os acusados pela morte de Chico Mendes foram julgados e condenados. O fato, segundo o Instituto Chico Mendes, foi histórico para a justiça rural do Brasil.

Abordagem nos vestibulares

De acordo com o professor Carlos Lima, Chico Mendes é um personagem fundamental  para o entendimento do homem com o meio ambiente na questão Amazônica. “Normalmente em vestibulares, quando se cita Chico Mendes, normalmente é citado aquele Chico que lutava pelos direitos do trabalhador nos seringais, aquele trabalhador que tinha salários precários e não conseguia manter uma qualidade de vida digna. Pode ser citado também o Chico Mendes que lutava pela melhoria na preservação na região Amazônica”, pontua o docente.

Nos relatos do seringueiro, segundo Lima, ele deixava clara a relação entre a qualidade do trabalhador e a preservação da floresta. “Então ele é uma das figuras das mais importantes da história do Brasil e é fundamental para a gente entender essa relação que existe entre o homem e o meio, onde ele pregava uma relação harmoniosa, de interdependência entre esses dois aspectos”, concluiu o professor Carlos Lima.

Polêmica

Recentemente, o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, teve sua fala repercutida nas redes sociais. Em entrevista a um programa de televisão, Salles disse: “Que diferença faz quem Chico Mendes nesse momento?”, quando questionado sobre sua relação com o seringueiro.

O líder da pasta revelou que desconhecia a história de Chico Mendes e apenas tinha escutado relatos sucintos sobre sua vida. “Do lado dos ambientalistas, mais ligado à esquerda, há um enaltecimento do Chico Mendes. As pessoas que são do ‘agro’, que são da região, dizem que o Chico Mendes não era isso que é contado”, posicionou-se.

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (sem Partido), vai criar um novo partido no mês de fevereiro, quando os parlamentares estão voltando do recesso parlamentar. O plano da ambientalista é recolher 500 mil assinaturas, número necessário para a fundação de uma legenda. A sigla ainda não está definida, mas provavelmente surja a partir do Movimento Social Nova Política. 

Marina que se candidatou a presidente da República em 2010, tem conversado com outras lideranças políticas de vários partidos como é o caso da ex-senadora e atual vereadora da cidade de Maceió, Heloísa Helena (PSOL), que também disputou as eleições presidenciais. 

O senador Randolf Rodrigues (PSOL-AC), o deputado federal, Walter Feldman (PSDB-SP) e o deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), que teve sua candidatura a prefeito do Rio de Janeiro barrada por seu partido, foram consultados se trocariam de legenda. 

Marina Silva que assumiu o ministério do Meio Ambiente do governo Lula (PT), deixou o PT por causa de problemas ideológicos e se lançou a Presidência da República pelo PV conquistando cerca de 20% do eleitorado brasileiro.

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