Tópicos | Ambiente de trabalho

A cantora americana Lizzo está sendo processada por três dançarinas que acusam a estrela da música pop de criar um ambiente de trabalho hostil, segundo os documentos judiciais aos quais a AFP teve acesso.

"As denunciantes Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez alegam assédio sexual, religioso e racial, discriminação por deficiência, agressão e cárcere privado, entre outras alegações", afirma um comunicado divulgado pelo escritório de advocacia que representa as dançarinas.

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"Davis e Williams foram demitidas, enquanto Rodriguez pediu demissão devido ao comportamento terrível", acrescenta a nota.

A denúncia, apresentada em Los Angeles, afirma que Lizzo pressionou as dançarinas a interagir com pessoas nuas durante uma apresentação no distrito da luz vermelha de Amsterdã, ao qual elas teriam sido pressionadas a comparecer.

Também alega que a líder do corpo de dançarinas da cantora, Shirlene Quigley, fazia comentários sexuais com frequência e proselitismo de suas crenças cristãs, em particular contra o sexo antes do casamento, "apesar dos protestos".

A denúncia também afirma que os diretores brancos da produtora de Lizzo, Big Grrrl Big Touring, Inc. (BGBT), acusavam com frequência os membros negros da equipe de dança de serem "preguiçosos, pouco profissionais e de atitudes ruins"

Os representantes de Lizzo, que tem um discurso de confiança e amor-próprio em suas canções, não responderam aos pedidos de comentários da AFP.

Quando conseguiu seu primeiro emprego, Jéssica Alves*, hoje com 30 anos, tinha uma meta para aquela empresa: dar o seu melhor para entregar um bom trabalho. Por isso, ficou feliz quando começou a atuar na área administrativa de uma organização em Recife. 

Ao longo do tempo, suas funções começaram a ser sobrecarregadas, o que proporcionou momentos de tensão para jovem. A empresa era administrada por três homens e tinham funcionárias jovens, com idade por volta dos 25 anos.

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Nesse período, ainda sem experiência e nova no mercado de trabalho, Jéssica acreditava que poderia confiar nas pessoas que trabalhavam com ela, e não esperava que as mesmas a colocariam em situações constrangedoras. Ela relembra do sentimento de impotência que sentiu nessa época quando fala sobre as diversas situações de assédio moral e sexual que viveu. 

“Não só foi uma única situação e nem foi só com uma única pessoa da empresa.” começou relatando a estudante de jornalismo, em entrevista ao LeiaJá. “Nunca foi bem definido, sempre foi uma situação muito sutil. Era uma piada, era umas brincadeiras de mal gosto que me deixavam constrangida.” 

O cenário era o seguinte: o local de trabalho era pequeno e as meninas eram obrigadas a usar calça legging com camisa social e salto alto para trabalhar. As mesmas não escaparam das brincadeiras maldosas e sugestivas.”Eu tava na minha sala e um dos donos passou a mão na minha perna. Eu fiquei totalmente em choque. Eu não tinha reação. Não conseguia nem falar porque não esperava que aquilo acontecesse.”, relata. Jéssica ainda diz que já presenciou o mesmo dono “conversando” sobre sexo com outra funcionária.

Esgotada de todo o trabalho árduo e mal reconhecido, Jéssica, que relembra o quanto chorava todas as noites quando chegava em casa, pede para conversar com um dos dono para ser demitida. Em sua versão, um deles a "perseguia" e colocava em situações desagradáveis. “Toda semana era um inferno. Eu levantava da cama pedindo a Deus para que o dia acabasse logo, pois não queria voltar para a empresa.  Eu ficava doente com toda aquela situação”, lembra. 

Sua saúde física já estava fraca, seu psicológico começou a ficar cada mais abalado conforme o assédio moral foi crescendo, até o ponto de deixá-la em estado de pânico logo após uma reclamação do seu chefe por um atraso de poucos minutos. 

“Uma vez cheguei atrasada devido ao protesto que estava acontecendo e um dos donos já estava me esperando na minha sala. Ele começou a falar gritando que eu não era uma boa funcionária, que eu chegava sempre atrasada, que eu não estava dando conta do meu trabalho, que eles não achavam justo aumentar meu salário pois haviam outros funcionários melhores do que eu. Ele ainda gritou que a qualquer momento poderiam me substituir. Eu já estava em uma situação psicologicamente tão abalada que comecei a chorar. Chorei tanto que solucei e mesmo assim ele não parava de falar.”

*Nome fictício criado para preservar a identidade da personagem.

Foto: Pixaby

Os números não mentem

Relatos como esse não são incomuns entre as mulheres no seu ambiente de trabalho. Segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa DataFolha, publicado em 2018, 15% das brasileiras relataram assédio no trabalho, incluindo as formas física (2%) e verbal (11%). Já em 2019, a Talenses Executive Search, consultoria de recrutamento executivo, apontou que 34% das brasileiras já sofreram algum tipo de assédio no ambiente de trabalho.

Os dados da Talenses ainda cravam que grande parte das vítimas são da geração Y (nascidas no período de 1979 a 1990) e os estados que mais assediam são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Essas mulheres atuam nos setores de Serviços; Tecnologia  e Computação; Bens de Consumo; Varejo e Indústrias Diversas.

Em países estrangeiros, esses números ainda são maiores. Conforme o levantamento da consultoria de recursos humanos Gartner, 40% das profissionais europeias disseram ter enfrentado essa situação. Nos Estados Unidos, o índice chega a 25%. 

As consequências do assédio

Os danos vão muito além da humilhação. Uma cartilha publicada pelo Senado Federal divulga informações acerca das consequências psicológicas que o assédio moral e sexual causa nas vítimas.

Segundo a cartilha, o assédio moral provoca os seguintes danos psicológicos: culpa, vergonha, rejeição, tristeza, inferioridade e baixa autoestima, irritação constante, sensação negativa do futuro, vivência depressiva, diminuição da concentração e da capacidade de recordar acontecimentos, cogitação de suicídio; 

Já as consequências fisiológicas causam distúrbios digestivos, hipertensão, palpitações, tremores, dores generalizadas, alterações da libido, agravamento de doenças pré-existentes, alterações no sono (dificuldades para dormir, pesadelos e interrupções frequentes do sono, insônia), dores de cabeça, estresse, doenças do trabalho, tentativa de suicídio, entre outros; 

No âmbito social, as consequências começam com a diminuição da capacidade de fazer novas amizades, retraimento nas relações com amigos, parentes e colegas de trabalho, degradação do relacionamento familiar, entre outros. Já na vertente profissionais, os problemas são outros: redução da capacidade de concentração e da produtividade, erros no cumprimento das tarefas, intolerância. 

A lei que assegura às vítimas

O professor e advogado especializado em direito trabalhista Paulo Rodrigo esclarece que o assédio moral pode ser combatido através de uma ação judicial na Justiça do Trabalho. “Através da reclamação trabalhista, um empregado pode por meio da fundamentação do dano extrapatrimonial, que está prevista no artigo 223-A da lei 3467/17, a reparação por danos que ofenda suas esfera moral e existencial como pessoa física.”

O professor ainda pontua dois parâmetros para a denúncia. Segundo ele, “o primeiro é de cunho jurídico, através da Justiça do Trabalho; o outro, de cunho preventivo ou repressivo, que pode ser utilizada através do canal da ouvidoria do Ministério Público Federal ou Delegacias Regionais do Trabalho onde o empregado que se sentir lesado, pode utilizar a plataforma para fazer a denúncia”.

Nesta semana, o CEO da rede de fast food McDonald's, Steve Easterbrook, foi demitido por assumir um relacionamento com uma funcionária. Acontece que uma das regras internas da empresa proíbe relacionamentos amorosos entre pessoas que possuem cargos elevados com os demais funcionários.

Esse tipo de regra ainda é bastante comum em algumas empresas. Muitas pessoas já se deparam com elas logo que participam do processo seletivo. "Algumas empresas perguntam se o candidato tem um relacionamento com algum colaborador da empresa, ou algo nesse contexto. Acontece que ainda está enraizado nas organizações o olhar negativo perante a situação que pode ocorrer dentro do ambiente de trabalho", comenta a consultora de recursos humanos business partner Priscila Siciliano. A analista explica que essa negatividade se dá pela percepção de que o relacionamento amoroso pode prejudicar o comprometimento do trabalho de ambos os profissionais, trazendo prejuízos e conversas desnecessárias.

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Há quem diga que isso não interfere na produtividade. É o exemplo do coordenador de projetos em logística Ronaldo Oliveira, 45 anos. Ele e a esposa, Angélica de Mattos Oliveira, 44 anos, que é analista de logística, se conheceram há mais de 20 anos por meio de bilhetes. "Nós dividíamos a mesma mesa em horário diferentes, ela deixava tudo desorganizado, daí eu escrevi um bilhete: 'pode usar, mas deixe do jeito que estava'. E ela respondeu com um bilhete de desculpas muito malcriado", lembra Ronaldo.

Com o tempo, o casal começou a trabalhar no mesmo expediente. Ronaldo virou chefe de Angélica, e eles começaram a namorar. "Os colegas de trabalho da época ficaram felizes com nosso relacionamento e sempre fomos bem aceitos pelos nossos chefes", diz. Ao longo da união foram raras as vezes em que não estiveram juntos no ambiente profissional. "Nós já chegamos a passar 24 horas juntos, e isso nunca foi um problema. Nunca misturamos as coisas. Às vezes falávamos algo sobre o dia, mas nada que interferisse na vida pessoal ou profissional", conta Ronaldo.

Há quase 20 anos, Ronaldo Oliveira e Angélica Oliveira trabalharam juntos | Foto: Acervo Pessoal 

Já os escreventes Danilo Rudic, 39 anos, e Caroline Rodrigues Rudic, 33 anos, participaram do mesmo processo seletivo e começaram a trabalhar juntos. Tinham o costume de almoçar na companhia um do outro e de conversar sobre assuntos do trabalho. Depois de um ano e meio, a amizade virou namoro. "Completamos cinco anos juntos no próximo mês. Ainda trabalhamos onde nos conhecemos, e nossos superiores torceram pela nossa união", afirma Danilo.

Atualmente, o casal não atua no mesmo setor, mas a mudança não foi influenciada pela relação. "Trabalhar junto com minha esposa é bom demais. Gostamos de fazer tudo juntos. Mesmo não estando no mesmo setor, ainda almoçamos juntos todos os dias", conta Danilo.

Os chefes de Caroline Rudic e Danilo Rudic apoiam a união do casal que se conheceu no ambiente de trabalho | Foto: Acervo Pessoal 

Infelizmente não são todas as empresas que autorizam os casais a trabalharem no mesmo setor. É o caso da bancária Márcia Urbani, 39 anos, e do contador Fábio Urbani, 38 anos. Depois de cinco anos atuando na mesma agência bancária, eles começaram um relacionamento e precisaram ser separados. "Nossos superiores e amigos de trabalho ficaram felizes com nosso relacionamento, porém a política da empresa não permite que o casal trabalhe junto. Hoje, nós trabalhamos em lugares diferentes", conta Márcia.

Márcia Urbani e Fábio Urbani não trabalham mais juntos por causa das regras da empresa | Foto: Acervo Pessoal 

A consultora de recursos humanos Priscila Siciliano ressalta que podem acontecer relacionamentos amorosos no ambiente corporativo porque a maioria das pessoas passam mais tempo no trabalho do que em casa ou em outro lugar, fazendo outras atividades. "Em um mundo onde muito se fala sobre empatia, pouco é colocado em prática. Não deveria existir culpa ou penalidade para duas pessoas que se encontram no ambiente de trabalho e que se interessam de maneira amorosa", finaliza.

Conviver com outras pessoas no ambiente corporativo requer muito mais do que simplesmente possuir habilidades técnicas. Também é fundamental saber como compreender as diferenças e evitar conflitos que possam prejudicar o andamento das empresas, porém, é comum encontrarmos casos de brigas, discussões, entre outros desentendimentos que acontecem com colaboradores em pleno trabalho.

A pressão exercida pelas empresas em busca de resultados, por si só, já pode estressar os profissionais. Imagine o quanto o ambiente tende a piorar com a disseminação de atritos. Como de costume, as corporações são marcadas por confraternizações no período de fim de ano, contudo, também é indicado que o profissional aproveite o “espírito natalino” para fazer uma reflexão própria e principalmente para deixar o orgulho de lado; é momento de procurar o companheiro com o qual você brigou e tentar estabelecer o mínimo de respeito para que o ambiente torne-se mais agradável.

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Mas, antes de partir para uma conversa, pode ser construtivo entender as origens das indiferenças no ambiente de trabalho. Para a psicóloga Patricia Amazonas, os conflitos no meio corporativo são comuns, muitas vezes resultados das dificuldades que as pessoas têm de separar questões pessoais das profissionais. Além disso, comportamentos inadequados para a convivência social fomentam relacionamentos conflituosos. “As pessoas têm estado no limite da tolerância nas relações interpessoais. O culto ao individualismo tem contribuído para essa piora. Um dos exercícios mais difíceis ao humano é separar o pessoal do profissional. Uma separação 100% é difícil quando se trata de um ser único, mas é um exercício necessário para a saúde mental do sujeito/trabalhador. Então, uma das possíveis razões de conflitos em ambientes de trabalho são os problemas pessoais levados. Cada sujeito é um universo, com sua personalidade, suas emoções e angústias, e essas sendo mal administradas, reverberam na rotina das empresas e podem até gerar indiferenças”, opina a psicóloga.

Os resquícios de um desentendimento podem interferir na rotina das empresas e até afetar a saúde dos envolvidos. “As consequências podem ser desastrosas. Tanto para o sujeito, como para a organização. O sujeito pode ter desde uma síndrome de Burnout até depressão. Sua saúde mental é abalada e o seu rendimento no trabalho também. Portanto, criar um espaço dialógico para trabalhar brigas e intrigas pode ser essencial a todos”, alerta Patricia.

“Acabar toda e qualquer briga seria utópico. Mas minimizar é possível. Uma forma seria criar espaço dialógico e de exercício da criticidade construtiva. As pessoas devem trabalhar a condição de ouvir dos colegas aquilo que as faria crescer e melhorar, além de trabalhar a capacidade de falar sem ofender. Daí o exercício da criticidade, pois a crítica construtiva ajuda no crescimento”, acrescenta a psicóloga.

Identificando conflitos

Expressões desanimadas, ausência de diálogo, escassez de sorrisos e respostas grosseiras. Esses são alguns exemplos que ilustram um ambiente de trabalho marcado por funcionários brigados entre si. Os gestores, no papel de líderes, são peças fundamentais no processo de identificação e resolução desses conflitos. Quanto mais cedo os problemas forem identificados, maiores serão as chances de tornar o ambiente de trabalho mais atrativo e leve.

De acordo com o coordenador do curso superior de tecnologia em gestão de recursos humanos da UNINABUCO – Centro Universitário Joaquim Nabuco, Edson Brígido, as empresas não podem ignorar suspeitas de indiferenças entre seus colaboradores, mesmo que pareçam pequenas. Os líderes possuem um papel fundamental em qualquer processo de administração de conflitos. A primeira orientação é que nada pode ser ignorado. Por mais difícil que seja para um líder, que muitas vezes entende sem importância ou com um menor valor um conflito entre integrantes de sua equipe, ele deve se abrir para compreender que aquele motivo pode ser sem valor para ele, mas não para os subordinados”, orienta.

Cabe também aos subordinados o entendimento de que, para as empresas, é mais apropriado trabalhar com profissionais que propaguem união e não desentendimentos. É preferível usar energia para vislumbrar melhorias para a corporação e não para resolver brigas e desentendimentos sistemáticos.

“Hoje em dia, as organizações valorizam profissionais que tenham um quociente emocional elevado. As cobranças são muitas, e a pressão no ambiente de trabalho se tornou algo normal. A gestão moderna entende que o perfil apropriado é do profissional que compreende e que no realizar das suas atividades seja leve e que trate todas as pessoas com cordialidade e educação, mesmo nesse tipo de ambiente. Daí então, quem alimenta a reclamação, argumentos injustificados e preciosismo individual vai contra a premissa que é necessária. Os tempos mudaram, as empresas também e quem compreende que precisa se tornar um suporte para os demais alcança um status meritocrático com as lideranças por tornar leve as demandas que lhe são cobradas”, opina o especialista.

“Não se vence destruindo ninguém”. É preciso refletir, identificar erros e praticar perdão

Ainda em sua análise sobre conflitos no ambiente empresarial, a psicóloga Patricia Amazonas reconhece que é “impossível” gostar de todas as pessoas do trabalho. No entanto, para o bom convívio profissional, torna-se indispensável manter a ordem e principalmente o respeito a todos que nos rodeiam.

“De fato gostar de todos é impossível. Mas o mundo do trabalho é isso. Diferenças, competitividade, esforço, crescimento... Algumas pessoas conseguem construir laços de amizade significativos, mas até nisso é bom ter cuidado. As relações pessoais não devem interferir nas de trabalho. Saber separar vínculos é maduro para o dia a dia. A palavra de ordem é respeito, seja no afeto ou desafeto. As pessoas no trabalho mexem com conteúdos subjetivos construídos ao longo da vida. É liderar ou ser liderado. É ganhar ou perder. É aprender ou ensinar. É construir ou desconstruir. Mundo do trabalho é gerúndio... se faz fazendo! Aqueles que tiverem vínculos muito comprometidos devem estar atentos, pois boicotar alguém da empresa é boicotar a empresa e até a si mesmo.

A psicóloga crava que o sucesso de um profissional não pode ser atrelado ao fato de ele ter “derrubado” um colega de trabalho. O sucesso, segundo ela, precisa ser natural e não fruto de intrigas. “Não se vence destruindo ninguém, se vence crescendo em si e por si. E contando com os demais sempre que possível, afinal, ninguém é onipotente. Portanto, manter um clima agradável é ser cooperativo e proativo e não perder tempo falando mal ou destruindo os colegas”, frisa.

O perdão, no exercício prático de contensão das indiferenças, é um ato louvável e fundamental nesse processo. “Perdoar é um exercício de doação valoroso. De grande valia nas relações. Mais que desculpar, perdoar é abrir-se para as possibilidades do crescimento numa via de mão dupla. É ser cooperativo! Portanto, perdoar o outro é entender que em algum momento você poderá ser perdoado. Não há uma receita para a melhor forma de acabar com as brigas no trabalho, mas uma alternativa é olhar o outro como companheiro e não como adversário, pois em uma empresa existem objetivos comuns a todos. É olhar para o motivo da irritação não como um fim em si mesmo, mas como possibilidade de superação”, reflete a psicóloga.

Edson Brígido acredita que uma boa conversa no ambiente profissional pode ajudar a diminuir os conflitos. A isso pode ser atrelado um pedido de desculpas. “Pedir desculpas no ambiente corporativo? Não existe lugar melhor. Vamos em primeiro lugar alinhar a verdade: quem reconhece o erro e pede desculpas é mais forte e mais evoluído do que quem não pede ou ignora. É um comportamento de pessoas evoluídas que compreendem a relação entre ação e resultados, pessoas que se preocupam com o que falam e sobre como os outros vão ficar com o que foi falado, pessoas que comunicam o que é preciso ao mesmo tempo em que se preocupam sobre como vão falar. Essas pessoas tornam-se admiradas por demonstrar respeito e compreender a singularidade de cada um”, analisa.

Segundo a especialista em gestão da capacidade humana nas organizações, Irenilda Barbosa, este fim de ano é um momento propício a reflexões. É nessa época que os profissionais podem realizar uma auto análise e identificar erros cometidos contra os colegas de trabalho. No vídeo a seguir, a especialista traz mais detalhes:

No ambiente de trabalho, gerenciar as tarefas e buscar produtividade em meio às distrações com mensagens e redes sociais é um grande desafio. Nesse sentido, o uso correto da tecnologia pode ser uma grande aliada para auxiliar a manter o foco, organizar as demandas e contribuir com o fluxo de comunicação dentro da empresa. Pensando na união da tecnologia com o trabalho, o LeiaJá preparou uma lista com apps para você baixar no seu smartphone.

Para não se distrair:

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Headspace

Para aqueles que buscam técnicas de concentração, o aplicativo oferece aos usuários meditação guiadas por voz de maneira muito fácil de ser aplicada no dia a dia. Com a utilização da técnica, é possível se tornar um profissional mais concentrado. Ele está disponível na App Store (para aparelhos iOS) e também na PlayStore (para aparelhos Android).

Freedom

Em busca de melhorar a produtividade, o aplicativo bloqueia algumas páginas para que os profissionais não perder o foco com facilidade. Com ele, ainda é possível, definir horários para utilização de cada um deles. Além de definir quais são os sites que ficam desativados até a atividade fique pronta. Os downloads do aplicativo podem ser feitos no site do mesmo

RescueTime

O aplicativo monitora o tempo e as ações dos usuários. A partir dos dados coletados, o aplicativo aponta quais são os pontos fortes e fracos e aqueles que podem ser trabalhados. Ainda é possível definir o tempo de uso de cada site e aplicativo. Quando perto do final do tempo estipulado, é emitido um alerta ao usuário. Faça download dele aqui.

Focus@Will

O serviço proporciona ajuda na hora de manter a concentração com o auxílio da música. Baseado na neurociência, as informações determinadas pelos usuários em questionário determinará quais são as melhores melodias para evitar distrações na hora de realizar a tarefa. Confira o aplicativo clicando aqui

Para trabalhar em equipe

Trello

Na hora de organizar as demandas, o aplicativo oferece diversas funcionalidades. Ele reúne murais com listas e cards que dão forma a um processo de organização muito mais simples para o seu trabalho. O app pode ser acessado por toda a equipe que deseja acompanhar o status das tarefas, pelo celular ou PC. Confira como baixá-lo clicando aqui.

When I Work

O aplicativo organiza a agenda dos funcionários e cria a escala de trabalho de forma rápida. O processo facilita a comunicação da equipe. O serviço ainda permite compartilhar compromissos, reuniões e tarefas da empresa com todos os envolvidos. A plataforma é gratuita por meio de inscrição no site.

Teamviewer

Com a ferramenta, é possível criar grupos de trabalho em localidades diferentes. A partir disso, os usuários conectados podem compartilhar ações de suas máquinas. As ações ainda permitem que gerentes possam acessar computadores e smartphones da empresa para visualizar as atividades. Ele pode ser baixado por meio deste link.

Para ajudar na organização de tarefas

Acuity Scheduling

O assistente online permite a criação de notas para lembrar determinadas atividades. Funciona como uma agenda digital com alarmes. Na versão paga, é possível realizar cobranças e pagamento de contas.

Evernote

Ideal para quem precisa se organizar de maneira prática e rápida, o app permite a criação de tags para catalogar as notas, inclusão de fotos, capturas de tela e documentos anexos e até mesmo arquivos em áudio. O serviço também permite a criação de notas compartilhadas com outros usuários e o envio de anotações para redes sociais. Confira como baixá-lo por meio do site.

Keep

No aplicativo é possível criar notas, gerenciar ideias e fazer listas.  A praticidade do serviço faz com que as ações sejam concluídas através de alarmes. É possível adicionar fotos, escrever e desenhar nas notas.

O relato de uma mulher identificada como funcionária de um shopping center está sendo compartilhado por vários usuários do Facebook. No depoimento, ela aponta o dia a dia de trabalho neste tipo de estabelecimento como árduo e desgastante, além de causar depressão a muitos trabalhadores como seguranças, vendedores e faxineiros. O desabafo gerou vários comentários positivos e negativos dos internautas.

Cobranças e assédio

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Em seu relato, a mulher identificada apenas como “Kayla Heloísa - Rio de janeiro” afirma que "trabalhar em shopping é f**a" devido a cobranças de metas absurdas, muitas horas em pé, poucas folgas, jornadas de trabalho extenuantes, cobranças por padrões de beleza e maus tratos de clientes, entre outros problemas.

“A gente fica 6/8/10/12 horas de pé, engole a comida sem mastigar para voltar logo para a loja porque temos uma meta absurda para bater. É crise, ninguém quer gastar, o patrão não entende. Sem meta batida, sem comissão no fim do mês” disse ela que também lembra que muitas vezes algumas ofertas feitas aos fregueses têm por objetivo atingir a meta para garantir a comissão.

As cobranças por padrões de beleza e problemas como assédio moral e sexual também fazem parte do relato da funcionária. “No dia que estamos tão cansadas que nem temos saco de ficar se maquiando para ficarmos ‘apresentáveis’ a gente ouve reclamação de clientes: ‘Você é tão bonita porque não passa um batom?’ Você ficaria linda se tivesse o cabelo lisinho, acho que combina mais com você’. No dia que nos arrumamos temos que aguentar clientes nos assediando, mas nada de gritar com eles, afinal você não pode perder a postura, você está representado a empresa”, diz.

Cansaço e depressão

Kayla Heloísa também relata os efeitos desse tipo de trabalho na saúde emocional dos funcionários. De acordo com o texto, a depressão é um problema muito recorrente entre os funcionários de shoppings.

“A maioria daqui tem depressão. A faxineira que ouve dondocas incomodas com elas no banheiro ou na praça de alimentação, os seguranças que ficam 12 horas andando pelo shopping, o lojista que no dia anterior ficou até 0h arrumando o estoque, no outro dia tem que estar aqui às 9h30 porque começa tudo de novo”, afirma Kayla.

Ao final, ela pede que as pessoas que vão aos shoppings para fazer compras “pelo menos respondam o nosso boa tarde” e que “não reclamem quando o vendedor estiver sentado e não na porta da loja em pé te esperando” porque “por trás desse clima agradável de compras, promoções, papai noel e consumismo, existem milhares de trabalhadores explorados e depressivos”.

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Repercussão

Nos comentários da postagem, os internautas reagiram de diversas maneiras. Há mensagens de pessoas que estão de acordo com o que é dito no texto afirmando que sabem como é trabalhar em shoppings e que o relato é um problema real e contando que também desenvolveram problemas psicológicos devido ao ambiente de trabalho. “Aguentei humilhação porque precisava sustentar meus filhos. Graças Deus me livrei dessa praga chamada Shopping”, afirmou uma usuária.

Por outro lado, existem também usuários que veem o relato como um exagero e colocam as condições de trabalho em um shopping como confortáveis em relação a outras funções que envolvem, por exemplo, trabalho braçal. Essa opinião foi emitida através de frases como “vem trabalhar comigo na roça”. Outro usuário disse que a autora do texto “pare de frescura” porque “tem muita gente que trabalha pesado no sol mais de 12 horas por dia, ganha pouco e não fica cheio de mimimi”.

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O uso irregular de celular durante o trabalho pode gerar demissão, inclusive por justa causa, mas um novo Projeto de Lei agora quer impedir que os funcionários utilizem parelhos eletrônicos portáteis, incluindo smartphones, durante todo o expediente. A proposta foi apresentada na última quinta-feira (9), pelo deputado federal Heuler Cruvinel (PSD-GO), na Câmara, que justificou que o uso “indevido e abusivo” dos aparelhos prejudica a produtividade dos empregados.

No texto do PL 9066/17, o deputado diz que "na atual realidade a questão tempo e produção de excelência é o ponto alto nas relações profissionais do dia a dia, porém assistimos todos os dias a falta de atenção de funcionários em razão do uso privado do telefone celular".

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A proposta diz se basear no artigo 444 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que prevê que "as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes em tudo"; e por isso, o empregador "pode aplicar penalidades disciplinares aos empregados que não cumprirem com as obrigações previstas no contrato de trabalho". O parlamentar sugere como punições "advertências, suspensões, ou mesmo a justa causa".

Ainda segundo Heuler, que faz parte do mesmo partido que Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o projeto de lei busca "soluções para um dos problemas referidos com frequência por empregados, empregadores e consumidores, o do uso indevido e abusivo desses aparelhos, com prejuízo para o processo de produção de excelência".

Pelo teor da proposta, o PL 9066/17 ganhou ‘alerta vermelho’ no monitoramento legislativo da Coding Rights, entidade de defesa dos direitos humanos no mundo digital. O deputado entende que a legislação atual já permite ao empregador estipular condições de trabalho, inclusive quanto à proibição do uso de celular durante a jornada. Mas considera necessário reforçar essa possibilidade com uma lei específica.

Atualmente o projeto aguarda o despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Confira o texto da proposta na íntegra.

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Ser novato em uma nova empresa ou até mesmo em uma nova área de atuação pode parecer um desafio para muitos profissionais. No processo se socialização com os novos colegas de trabalho, chefes e demais atividades, alguns trabalhadores acabam sendo desafiados a enfrentar situações que muitas vezes podem ser desconfortáveis. Em entrevista ao LeiaJá, especialistas na área de recursos humanos deram algumas dicas de como se comportar no novo ambiente e como evitar que suas ações comprometam seu cargo.

“Quando um colaborador inicia suas atividades é normal que todas as pessoas ao redor comecem a observar as suas ações. Nos primeiros dias, é essencial que o profissional possa passar uma boa impressão para iniciar suas relações com os colegas e chefes”, explica Alexandra Berenguer, que atua na área de psicologia organizacional e é consultora de recursos humanos. 

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Para a especialista, a “boa impressão” seria a educação, como dar um bom dia, obrigada, com licença. Dessa forma, o profissional pode aparecer simpático e disponível para aprender. “O primeiro dia de trabalho é um dia muito importante, especial e difícil, porque iremos conhecer novas pessoas e novos valores de uma nova empresa, então devemos também demonstrar interesse, pois a sua contratação não foi por um acaso. Então, é preciso estar atento às oportunidades”, completa a analista de recursos humanos na Empresa JBV Soluções em Recursos Humanos, Sandra Nascimento. 

Outra característica que auxilia nesse primeiro processo seria desenvolver as atividades que foram definidas para execução do seu cargo, estando sempre disponível para realizar outras funções, mas Alexandra alerta que o profissional jamais deve parar de realizar seu trabalho, assumir a atividade do outro e deixar a sua desamparada. “Ao longo dos dias, o trabalhador terá oportunidade de mostrar suas características profissionais. Inicialmente é importante desenvolver as atividades que foram definidas para execução do seu cargo. Quando o colaborador se apropriar das suas atribuições poderá auxiliar os colegas de trabalho”, diz. 

“Temos alguns  pontos importantes que esse novo profissional deve mostrar, como cordialidade, comunicação, apresentação, sinceridade, simpatia, ser responsável e dedicado em sua atuação e confiar em si mesmo. Além é claro de ser flexível, criativo, demonstrar humildade, seguir as normas da empresa e facilidade em trabalhar em grupo”, defende Sandra.

Erros de um "sabe tudo"

Em controvérsia, um dos erros mais comuns dos novatos é querer saindo assumindo tudo para demonstrar profissionalismo. “Não é interessante se colocar dessa forma. Nos primeiros dias de trabalho é preciso ter esse comportamento amistoso e disponível. O importante é fazer com que os primeiros dias sejam interessantes e produtivos”, comenta Sandra.

“Alguns erros que o novato precisa ficar atento para não cometer são: faltar e atrasar; negar a realização de alguma atividade (é importante que possa justificar o que o não está disponível para tal); o funcionário não deverá demonstrar inflexibilidade nas situações e evitar postura arrogante; não realizar as atividades de maneira qualquer, se tem dúvida, é importante procurar obter as respostas corretas. Não sabemos tudo!”, a psicóloga organizacional.  

Sandra Nascimento ainda explica que, se de repente o profissional perceber que existem alguns erros na empresa, o que ele deve fazer é observar mais antes de tomar qualquer atitude de ressalva acerca de procedimentos internos. Estudar a empresa e entender sua missão, visão e valores antes de apontar e querer resolver algumas falhas que ele identificou na empresa, pode ajudar. 

“Primeiro o profissional precisa ter uma postura positiva, depois podemos fazer observações de maneira sutil. E quando for realizar tais ressalvas, fazer de forma amena e tranquila com o intuito de melhoria e não de crítica”, afirma analista de RH. 

Alexandra Berenguer tem a mesma linha de pensamento. “Ouvir sempre é bom durante todo o período de vida na empresa. No momento que nós escutamos as pessoas, conseguimos nos aproximar da verdadeira demanda ou dúvida da mesma. É interessante que o ambiente de trabalho seja saudável. Para que isso aconteça é bom que possa criar uma relação de confiança. A forma que pode desenvolver essa relação é ajudar o colega quando precisar, pedir opinião se estiver com alguma dúvida; não ignorar e ser humilde para reconhecer erros”, aconselha Alexandra.

Sandra ainda conta que é muito importante construir um bom relacionamento com os colegas de trabalho, porque um precisa do outro para ter excelência e alcançar o objetivo da empresa. “Um bom relacionamento ajuda a empresa a alcançar bons resultados e a ter profissionais motivados. Só assim conseguiremos ter bons profissionais trabalhando em boas empresas”, conclui.

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Cada ambiente corporativo demanda uma roupa diferente – há os visuais formais, como os jurídicos, e os mais liberais -. O importante é manter o funcionário adequado ao segmento de atuação das companhias, além de deixar o cliente à vontade ao entrar nos estabelecimentos para conferir os produtos.

Algumas empresas do Recife informaram ter facilidade em deixar que os funcionários se vistam como preferir. Além disso, alguns dos profissionais preferem realizar suas tarefas usando suas próprias roupas ao invés das convencionais fardas. 

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A Joy Street, por exemplo, é uma empresa que trabalha na área da economia criativa. Segundo o sócio Luciano Meira, lá os funcionários podem usar até mesmo sandália. "Aqui não há nenhuma obrigação. As pessoas se vestem com aquilo que acham mais interessante, sem nenhuma restrição. Os funcionários tanto podem vir de terno, como podem usar bermuda e sandália. Queremos que eles estejam mais confortáveis", explica. 

Em outro ramo, a loja de surf Bali também pratica esse tipo de conduta empresarial. "Como somos uma loja de surf, a gente prefere deixar que os nossos vendedores se vistam à vontade. Eles podem usar bermuda, boné, short, sandália e tudo mais. Assim, todo mundo trabalha da forma que gosta e com mais prazer", detalha a gerente Ana Carolina.

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De acordo com a consultora de imagem Hilda Breckfeld, o estilo da pessoa e o ambiente de trabalho devem se adequar. “Cada empresa vai permitir o uso de roupas que atendam ao seu estilo. Você pode usar um short, uma sandália para o trabalho, sem nenhum problema, o que importa é que seu chefe permita essa possibilidade", afirma. 

A vendedora Larissa Nascimento trabalha junto com Ana Carolina e detalha seu visual preferido. "Eu basicamente venho de short, minissaia, blusa regata, rasteirinha, e nunca levei uma reclamação por isso. Antes, quando trabalhava em uma loja que exigia farda era mais complicado, eu ia para o trabalho e só colocava a farda quando chegava lá. Prefiro trabalhar como hoje, podendo escolher o que vestir. Eu consigo realizar melhor minhas tarefas dessa forma, fico mais confortável para trabalhar".  

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Assim como os gestores e funcionários das empresas citadas, a consultora de imagem Hilda também acredita que essa facilidade pode deixar o trabalho mais produtivo e confortável. “Cada ambiente tem seu estilo. O que as pessoas precisam fazer é saber o que usar (ou não) em seu ambiente de trabalho”, ressalta. Para ela, não se trata de estar na moda, e, sim de ter alguns cuidados na hora de escolher uma roupa para trabalhar. “O que deve prevalecer sempre é o bom-senso”, completa. 

Todo cuidado é pouco 

A consultora alerta que quando um funcionário começa a trabalhar em uma determinada empresa, o nome da companhia se torna mais conhecido através daquele profissional. "A sua imagem representa a empresa que você trabalha, por isso é importante se adequar as exigências do seu superior e da empresa. Dependendo da sua função, você vai lidar com clientes", explica. 

Hilda também comenta que uma roupa limpa, sem amassos, passa ao cliente uma responsabilidade maior com o cargo que você ocupa. "No ambiente criativo é até aceito essa informalidade e alguns estilos de roupa, mas no corporativo não, pois existe uma formalidade. Se você chega na empresa desleixado, você pode apresentar uma característica de não estar preocupado com sua função", orienta a consultora de imiagem.

Paulo Uchôa / LeiaJá Imagens

É importante ter em mente que mesmo sendo uma empresa publicitária, de esportes, de comunicação ou de surf, entre outras, os supervisores precisam estar atentos a todos os clientes. "Nem sempre a empresa vai ter um cliente mais 'estilosos', há também os mais tradicionais, e essa forma de disposição de roupas pode fazer com que a empresa perca certos tipos de clientes", alerta a especialista. 

Transparências, roupas justas e decotes devem ser evitados em todos os ambientes profissionais. "Por mais que a gente vá para o trabalho de short e camiseta, o trabalho não é a nossa casa. Você tem que se vestir para o trabalho", esclarece Hilda. "Toda empresa precisa ter seu Dress Code, que são normas de vestuário. Essas regras devem ser passadas ao funcionário no momento da contratação para que obviamente ele esteja ciente do que não pode ou pode usar no emprego. Isso evita que esses casos aconteça e não crie problemas futuros", complementa a consultora de imagem.  

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De acordo com o ambiente 

Vestir roupas mais casuais no ambiente de trabalho pode ser permitido em algumas empresas, mas do outro lado, nos trabalhos mais formais, como nas áreas jurídicas e administrativas, o uso da roupa social pode ser até mesmo uma obrigação. É o que conta o advogado Cláudio Gil. "Temos que seguir um padrão de vestimenta que a própria profissão exige. O nosso padrão é, para homens, o terno e gravata; e a mulher, sempre com roupas mais formais. Sempre respeitando o limite de formalidade".                

Nicole Simões / LeiaJá Imagens

O advogado ainda relembra que há um tempo, a  Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Regional tentou amenizar a exigência dessa vestimenta do terno e gravata, e até chegou a criar uma norma interna dizendo que os advogados poderiam se vestir sem o terno e gravata, desde que usassem uma calça e uma camisa social. Mas segundo Cláudio, o Conselho Federal da OAB terminou revogando essa norma interna, dizendo que não caberia a OAB local decidir sobre isso, e sim a OAB Federal.  

"A gente sofre muito com o nosso clima. É muito complicado para um advogado recifense botar um terno e sair para trabalhar em época de calor. Apesar de já observar uma tolerância maior dos tribunais, principalmente em relação à gravata, nas justiças menos formais, como por exemplo os juizados especiais e a justiça do trabalho, temos que continuar vestindo terno e gravata, inclusive para poder participar das audiências", desabafa o advogado. 

Segundo Cláudio, essa regra poderia ser flexibilizada. "Eu acho que dá para flexibilizar sim. Mas existe toda uma cultura lá atrás que entende que a profissão precisa optar por essa vestimenta mais séria. Particularmente uma calça social e uma blusa social estaria de bom tamanho", termina. 

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No ambiente de trabalho, todo cuidado é pouco, e muitas vezes a forma de se expressar pode atrapalhar o dia a dia profissional. Além de palavrões e insultos, os empregados devem evitar usar expressões que podem ser interpretadas como falta de profissionalismo. Em entrevista ao LeiaJá, a Gerente de Recursos Humanos do Grupo Ser Educacional, Irenilda Barbosa, exemplificou algumas frases e explicou o importância de evitar essas situações. 

"Saber se comunicar hoje no ambiente de trabalho é primordial. As empresas têm exigido cada vez mais que o profissional saiba transmitir de fato uma informação ao receptor sem nenhum ruído e de forma clara. E muitas vezes o que dizemos pode ser interpretado de forma equivocada. Até mesmo o uso contínuo pode acabar com a sua carreira na empresa", esclarece Irenilda.  

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Segundo a especialista, ninguém vai ser demitido diretamente por causa dessas frases, porém, a frequência delas, consequentemente, vai desgastar a imagem do profissional e colocar a sua credibilidade em risco. "Isso pode sim gerar conflitos e chegar até um possível desligamento na empresa. A forma de você falar, o que você fala e suas ações dizem muito sobre você", reafirma a Gerente de RH. 

A especialista ainda diz que em um ambiente de trabalho, os empregadores buscam colaboradores profissionais e éticos. Funcionários que usam determinadas expressões, provavelmente serão substituídos. Por isso é sempre importante pensar e estruturar bem o que vai ser dito para não gerar margens de má interpretações, principalmente quando a conversa é com o gestor.  

Confira e lembre-se de banir essas expressões do seu vocabulário durante o expediente: 

"A culpa não é minha" 

Esse tipo de frase gera falta de confiança entre o gestor e os colegas de trabalho. É necessário assumir nossos próprios erros. E mesmo se a culpa não for sua, é preciso tentar resolver o problema de forma compreensiva. 

"Isso é impossível ou não posso fazer nada" 

A frase denota pessimismo e falta de atitude para encontrar soluções possíveis. Procure ser facilitador e encontrar saídas para o ''impossível''. 

"Isso não é problema meu ou esse não é o meu trabalho" 

Essa frase demonstra uma atitude egoísta, com pouco espírito de equipe e cooperação. Vale lembrar que em uma empresa, todo mundo deve trabalhar em equipe e tentar falar a mesma linguagem. É importante ter em vista o crescimento coletivo. 

"Mas eu sempre fiz dessa maneira" 

A frase pode revelar falta de criatividade, resistência ao novo e modelo mental fechado ao passado. Esteja aberto para novas formas e maneiras de fazer. 

"Isso não é justo ou isso só acontece comigo" 

No ambiente corporativo, não há espaço para vitimização ou desculpas. Esse tipo de frase demonstra a visão de levar tudo para o lado pessoal. Seja mais compreensivo e paciente, talvez o seu chefe confie mais em você e por isso esteja lhe passando mais tarefas. 

Dicas para evitar o uso dessas frases - Iranilda aconselha que um bom exercício é fazer uma pausa antes de falar algo do qual você pode se arrepender depois. Um forma de evitar esse tipo de situação é escrever o que vai ser falado com o supervisor, para que o profissional não corra o risco de se expressar de forma equivocada. "O que vai ficar no final é a imagem do funcionário, não só verbalmente, como também a expressão corporal. Os profissionais precisam não só ter frases positivas, mas atitudes também", finaliza a especialista.  

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Workholic. O termo em inglês é usado para pessoas viciadas em trabalhar, dentro e fora dos locais onde atuam. Nesse contexto, uma recente pesquisa divulgada pela Randstand, empresa da área de RH, mostrou que o fato das pessoas ocuparem os momentos de folga com e-mails e telefonemas do trabalho está se tornando cada vez mais comum e chega a ser até uma situação de fácil aceitação por parte dos profissionais.

Mais de 13 mil entrevistados, oriundos de 34 países, participaram do estudo. Segundo o levantamento, 56% afirmaram que não se importam em resolver temas do trabalho durante o tempo livre ou folga. O índice de aceitação foi ainda maior no Brasil: 68% dos profissionais não veem problema em trabalhar fora do expediente.

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A pesquisa também apontou que 57% dos entrevistados acreditam que seus chefes esperam que eles estejam disponíveis fora do ambiente de trabalho. Mais uma vez, em terras brasileiras, o resultado subiu: 58% têm a mesma ideia.

Apesar dos “conformados” em atuar fora do expediente, existe uma parcela de entrevistados que se sente pressionada a responder e-mails e chamadas. De acordo com o estudo, 38% dos entrevistados se dizem pressionados para resolver coisas do trabalho, até mesmo quando estão gozando de férias. Por outro lado, quase 70% dos profissionais afirmaram que costumam tratar de assuntos pessoais e familiares durante o expediente.   

 

 

Cerca de 44% dos recifenses utilizam costumeiramente a internet. Esse dado da pesquisa "Recifenses Conectados", do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, mostra que o mundo globalizado exige a utilização da grande rede, tanto para assuntos de trabalho, bem como para relações sociais entre os indivíduos. Mas, é justamente no ambiente profissional que tanto se discute o uso da internet, uma vez que nem todo mundo acessa o universo virtual para trabalhar, e sim, para lazer ou outras finalidades.

“Uso Skype o dia todo no trabalho e meu patrão nunca reclamou. Isso não me atrapalha para desempenhar minhas tarefas. Trabalho sozinha, ou seja, quem faz a rotina do meu trabalho sou eu”, diz a monitora de câmeras, Mariana Gouveia, de 24 anos. A jovem assume, sem medo nenhum, que utiliza internet enquanto trabalha. “Acho uma necessidade para melhorar o clima organizacional”, completa.

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O cotidiano virtual de Mariana é uma das vertentes do estudo “Recifenses Conectados”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. As entrevistas foram feitas nos dias 10 e 11 deste mês, totalizando 624 apurações. Os entrevistados têm idade a partir dos 16 anos.

De acordo com o levantamento, 61,2% dos entrevistados buscam informações nas redes sociais. O principal local de acesso registrado na pesquisa é a casa dos internautas, com 41,4%, e, o ambiente de trabalho aparece na segunda posição, com 19,2%.

O estudo também revelou que quem acessa internet no Recife busca diversas informações. Mais de 10% dos entrevistados procuram fofocas, 8,1% vão atrás de empregos e 5,4% são interessados em política, entre outros dados.

Melhor forma de utilização

Segundo a psicóloga Sonaly Frazão, que atua com orientações profissionais, o uso da internet nas empresas é uma realidade que deve ser seguida. “Eu acho que hoje, independente do porte da empresa, é necessário que o profissional esteja conectado a internet. Não dá para ficar fora da rede”, explica.

A profissional destaca que o benefício não serve apenas para o profissional que tem direito de estar conectado, mas também, ajuda a própria empresa. Segundo ela, já existem pesquisas que mostram que empresas aumentam suas receitas ao permitem que seus funcionários utilizem a internet.

Entretanto, é muito importante que o profissional saiba usar a grande rede com maturidade. Para evitar que os trabalhadores postem informações que prejudiquem a imagem das corporações ou até mesmo a própria moral deles, Sonaly Frazão orienta que é necessário qualificá-los. “Se a empresa vai abrir mão do usuário para o uso da internet, ela tem que fazer uma reeducação para o uso da internet. É uma forma de utilizar a rede social a seu favor”, comenta.

Algumas atitudes no universo online podem prejudicar a imagem profissional dos trabalhadores. Postar informações sobre atividades pessoais como "ir pro banho", “indo comer”, “namorando”, podem ser negativas.

Do dia 1º a 27 de julho, será realizada a 2ª edição da Colônia Nabuco de Conhecimento. A ação, promovida pela Unidade Paulista da Faculdade Joaquim Nabuco, tem o objetivo de ofertar conhecimentos novos ou complementares que já foram vistos em sala de aula durante o semestre pelos alunos da instituição de ensino.

O evento contará com palestras, oficinas, exibição de filmes pelo Cine Nabuco, bem como cursos de nivelamento. As atividades permeiam as áreas de administração, ciências contábeis, direito, logística, pedagogia, segurança no trabalho e sistemas de informação. Os encontros ocorrerão na própria unidade, localizada na Avenida Senador Salgado Filho, sem número, área central de Paulista.

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A 2ª Colônia Nabuco de Conhecimento é aberta a comunidade e as inscrições são gratuitas. Os interessados podem se inscrever pela internet ou de forma presencial, na assessoria de coordenação da unidade Paulista, que fica no 2º andar. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 2121-5999.

Um estudo feito pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em parceria com pesquisadores do exército norte-americano, mostrou que pessoas que não olham constantemente seus e-mails no trabalho são menos estressadas e chegam a ser mais produtivas.

A pesquisa, que recrutou pessoas em ambientes de trabalho comum e pediu para que se desconectassem de seus e-mails por cinco dias, mostrou que durante esses dias os profissionais passaram a se concentrar mais numa única tarefa e experimentaram níveis mais baixos de estresse.

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Os cientistas testaram os níveis de estresse por meio da monitoração dos batimentos cardíacos. Os participantes foram ligados aos monitores cardíacos e sensores de software indicavam quantas vezes eles trocavam de janelas no computador. As pessoas que leram os e-mails mudaram de janelas duas vezes mais do que aquelas que se desligaram de suas caixas de entrada. Além disso, elas estavam em um nível de alerta e batimentos cardíacos constantemente mais altos, o que indica maiores níveis de estresse. Os que estavam sem e-mail apresentaram índices cardíacos mais normais e equilibrados.

Para Gloria Mark, professora e co-autora da pesquisa, "descobrimos que quando retiramos os e-mails dos trabalhadores eles fazem menos multitarefas e experimentam menos estresse”. Ela afirma que os resultados da pesquisa podem ser úteis para aumentar a produtividade e sugere ações de como controlar o tempo de login e filtrar mensagens realmente importantes.

Segundo os pesquisadores, o único fator negativo relatado pelos participantes foi o fato de se sentirem isolados sem o acesso. Mas esse problema era resolvido por meio do contato com outros colegas que possuíam acesso aos e-mails e passavam as informações mais relevantes.

Posso comer no ambiente de trabalho? Posso usar as redes sociais? Posso namorar um colega de trabalho? Sim e não. Tudo vai depender da sua empresa. Algumas têm manuais que orientam os funcionários sobre o que pode ou não pode fazer. Se esse for o caso da sua empresa, leia o manual. Pode evitar constrangimentos e, principalmente, reclamações de seu chefe.

Já se você trabalha no setor de Recursos Humanos e sua empresa não possui nenhum material que oriente os colaboradores, que tal sugerir a criação do manual organizacional? Ele é bem útil e deixa bem claro o que a empresa espera do funcionário, como deseja que ele atue, quais são as normas e o que é, terminantemente, proibido.

Claro que boa parte dos estabelecimentos não possui um manual. É nessas horas que o bom senso entra em ação. Há muitos comportamentos que, de fato, precisam ser evitados. Outros devem ser cultivados.

Claro que cada área tem suas particularidades. As regras que valem para um escritório de advocacia nem sempre cabem numa agência de publicidade ou numa escola. O melhor é sempre observar como os colegas mais antigos se comportam e manter o padrão. Se o ambiente requer um pouco mais de seriedade, que assim seja. Já se o trabalho é mais descontraído, entre no clima. Mas, nunca, exagere! Claro!

Confira algumas dicas:

- Evite fofocas. Tem coisa mais desagradável que ficar comentando a vida dos outros no ambiente de trabalho? Ficar de leva e trás também não é ético. Concentre-se nos assuntos que realmente interessam e evite comentários que podem colocá-lo em maus lençóis;

- Seja organizado. Mantenha sua mesa em ordem e tente agendar os compromissos profissionais. Use uma agenda, sempre que necessário, para não perde nada;

- Sobre a sua mesa, colocar alguns objetos pessoais é considerado normal. Mas, se você compartilha o espaço com outras pessoas, cuidado para não exagerar. Afinal, a mesa/sala não é apenas sua;

- Não altere o tom de voz. Os ânimos nem sempre são bons, mas a discussão no ambiente de trabalho não é vista com bons olhos. Defenda seu ponto de vista, releve quando for necessário, mas nunca grite;

- Nunca esqueça das “palavras mágicas”. Por favor, desculpe, obrigado... tudo isso nunca é demais;

- Por mais que o seu ambiente de trabalho seja leve e descontraído, evite risos altos e conversas longas. O trabalho não é o banco da praça;

- Seja companheiro. Saber trabalhar em equipe é uma virtude. Se for necessário, ajude um colega com suas tarefas;

- Fique atento nas normas da empresa sobre a vestimenta. Se tem farda, use. Se não tem, vista-se de forma adequada.

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