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Campeão do Brasileirão, o Palmeiras teve uma arrancada no segundo turno para desbancar Flamengo, Botafogo e Atlético-MG na corrida pelo título nacional. Isso se deve principalmente a um fator: a força do elenco do treinador Abel Ferreira. De acordo com levantamento do site Transfermarkt, especializado no mercado de transferências, com valores sugeridos, o time paulista tem o elenco mais valioso da América do Sul e o segundo mais caro fora da Europa.

Encabeçado por Endrick, o maior campeão brasileiro tem um elenco avaliado em cerca de 211 milhões de euros (cerca de R$ 1,13 bilhão). O Palmeiras está à frente dos rivais Flamengo, São Paulo e Corinthians, além de uma série de clubes sauditas, segundo o site. No ranking de fora da Europa, o Al-Hilal, clube de Neymar, é o único que supera o alviverde no ranking.

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Comando pelo técnico Jorge Jesus, o time saudita é avaliado em 234 milhões de euros (R$ 1,25 bilhão). O Al-Hilal superou o Palmeiras na lista após uma janela de transferências em que foi ao mercado e investiu em jogadores que atuavam no futebol europeu. Além de Neymar, o time contratou Malcom, Sergej Milinkovic-Savic e Rúben Neves.

Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo, e Al-Ahli, ambos da Arábia Saudita, acompanham Palmeiras e Al-Hilal no ranking de elencos mais valiosos do mercado. Na terceira e quarta colocações, os clubes acumulam 182 milhões e 180,7 milhões de euros, respectivamente (R$ 975 milhões e R$ 969 milhões, de acordo com a cotação atual).

Na sequência, uma série de clubes brasileiros compõem o ranking e fecham o Top 10: Flamengo (R$ 869 milhões), São Paulo (R$ 617 milhões), Athletico-PR (R$ 604 milhões), Fluminense, campeão da Libertadores (R$ 577 milhões) e Corinthians (R$ 562 milhões). O único além dos brasileiros que surge entre os dez elencos mais valiosos fora da Europa é o Al-Ittihad, da Arábia Saudita (R$ 612 milhões). A equipe, que pode enfrentar o Fluminense na decisão do Mundial de Clubes, tem Karim Benzema como sua principal estrela.

Fora do Top 10, o Inter Miami, de Lionel Messi, aparece na 12ª colocação, com um valor estimado em R$ 489 milhões. A franquia da Flórida é a primeira fora da Europa, Ásia e América do Sul, a figurar no ranking dos elencos mais valiosos do mundo. A chegada do craque argentino tem muito a ver com isso.

O Circuito Brasileiro de Counter Strike (CBCS) Invitational 2023, começa nesta quinta-feira (23), o campeonato contará com oito times da América do Sul. A premiação total será de R$ 250 mil  e o campeão leva R$ 150 mil. A competição vai até o domingo (26). 

O CBCS contará com dois grupos com quatro times cada. No grupo A estão 9Z ( América do Sul), Bestia (Argentina), Case (Brasil) e Red Canids (Brasil). Já o grupo B conta com Fluxo (Brasil), Imperial (Brasil), Meta (Brasil) e Sharks (Brasil). 

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As equipes começam a fase de grupos enfrentando no formato de eliminação dupla, jogando melhores de três (MD3). As duas melhores equipes de cada grupo avançam para o mata-mata, jogando MD3, já a final será jogada numa MD5. 

São Paulo e Rio de Janeiro figuram entre as dez cidades preferidas pelos turistas na América do Sul e Central, segundo os leitores da revista norte-americana Travel and Leisure, especializada em turismo. A publicação divulgou na semana passada a versão 2023 de um ranking formado a partir da opinião de 165 mil pessoas.

São Paulo é a terceira cidade predileta pelos turistas na América do Sul e Central, enquanto o Rio é a oitava. A líder, pelo quinto ano seguido, é Cusco, no Peru, que recebeu nota média de 87,78 pontos, de 100 possíveis.

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A vice-campeã é Cartagena, na Colômbia, que alcançou 85,99 pontos. Depois de São Paulo, com 85,41 pontos, figuram Quito, no Equador (4ª, com 85,05 pontos), as argentinas Buenos Aires (5ª, com 84,83 pontos) e Mendoza (6ª, com 84,79 pontos) e Antigua Guatemala (7ª, com 84,15 pontos).

Depois do Rio, com 83,89 pontos, figuram Lima, no Peru (9ª, com 82,66 pontos) e Bogotá, na Colômbia (10ª, com 82,45 pontos).

O público consultado pela revista analisou seis critérios: paisagem e marcos históricos; cultura; comida; simpatia; opções de compras e valores. Foram recebidos mais de 685 mil votos e citadas mais de 8.500 propriedades. O ranking, que faz parte do prêmio anual "World’s Best Awards" ("Melhores do Mundo", em tradução livre), abrange categorias como hotéis e empresas de cruzeiros, além de cidades.

Cidades preferidas por turistas na América do Sul e Central

Cusco, Peru

Cartagena, Colômbia

São Paulo, Brasil

Quito, Equador

Buenos Aires, Argentina

Mendoza, Argentina

Antigua Guatemala, Guatemala

Rio de Janeiro, Brasil

Lima, Peru

Bogotá, Colômbia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que as críticas sobre violações ao regime democrático na Venezuela são "narrativas". O petista reafirmou as declarações dadas ontem, após reunião com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, e que suscitaram críticas dentro e fora do País.

Lula disse que, desde o governo do ex-presidente Hugo Chávez, criou-se uma narrativa negativa que "determina que o cara é o demônio" e sugeriu que Maduro crie "uma narrativa dele com os fatos verdadeiros".

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"Em política, toda vez que você quer destruir um adversário, a primeira coisa que você faz é construir uma narrativa negativa dele. Desde que o Chávez tomou posse, foi construída uma narrativa contra o Chávez, e eu tive oportunidade de ver isso, uma narrativa em que você determina que o cara é o demônio. A partir do momento que você cria a narrativa, você começa a jogar todo mundo contra ele. Foi assim que aconteceu contra o Chávez, assim o que aconteceu comigo", disse o presidente em entrevista a jornalistas após participar de reunião com presidentes de países sul-americanos, em Brasília.

"Disse para o Maduro que existe narrativa no mundo de que, na Venezuela, não tem democracia e que ele cometeu erros. Eu disse a ele que é obrigação dele de construir uma narrativa com fatos verdadeiros. Eu disse pro Maduro: 'para provar o que você tá falando, tem que fazer um documento, com assinatura de todos os partidos de oposição, movimento sindical, todo o Parlamento e governadores e peça respeito à soberania da Venezuela'", reforçou Lula.

Os presidentes do Uruguai, Lacalle Pou, e do Chile, Gabriel Boric, discordaram hoje da posição de Lula. Segundo o presidente brasileiro, no entanto, eles fizeram críticas respeitosas, no "limite da democracia". "Nessas reuniões, ninguém precisa concordar com ninguém", disse.

Lula ainda afirmou que a Venezuela vai traçar um calendário para pagar dívidas com o Brasil. "Eu acho que a Venezuela merece respeito. Quem vai ajudar a Venezuela é a própria Venezuela", pontuou.

Na cúpula com chefes de Estado da América do Sul, que acontecerá na próxima terça-feira, 30, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defenderá a adoção de um mecanismo de integração com todos os doze países da região. A ideia é ter uma instância para debater as questões regionais, mas, sobretudo, negociar respostas comuns às demandas globais. A integração sul-americana é uma prioridade na política externa de Lula, que negocia ainda reuniões bilaterais às margens da cúpula da semana que vem.

Articulado pelo governo brasileiro, o encontro terá a presença de todos os chefes de Estado sul-americanos, à exceção da presidente do Peru, Dina Boluarte, que enviará um representante. Ela assumiu o governo local após a destituição de Pedro Castillo pela tentativa de um golpe de Estado e, por motivos constitucionais e em meio à crise política local, não pode deixar o Peru.

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Neste primeiro momento, diz o Itamaraty, a proposta da cúpula é identificar denominadores comuns mínimos para dar início ao diálogo sul-americano que, a depender da negociação entre os chefes de Estado, pode resultar em um fórum ou um bloco maior do que a Unasul, inativa nos últimos anos. A União de Nações Sul-Americanas reúne 7 países da América do Sul e não tem um encontro formal desde 2014.

"Não queremos prejulgar se vai ser criado um mecanismo de integração ou quando, porque há muitas diferenças de opinião entre os chefes de Estado. A ideia é colocar os presidentes juntos, dialogar e a partir daí ver caminhos a serem seguidos", afirmou a secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, embaixadora Gisela Padovan.

A embaixadora destaca não ser possível, nesse momento, cravar o caminho que os presidentes da América do Sul vão tomar, embora Lula defenda que uma união de todos os países, não mais de parte deles. "Na visão do Brasil, a gente queria ter algum tipo de integração permanente, que não seja suscetível a marés mais à esquerda ou à direita. Não temos modelo, apenas um desejo de como seria: os 12 países", declarou a secretária.

"É importante para nós que não seja uma integração fracionada, dividida", acrescentou Gisela, que define a reunião da terça-feira como um "ponto de partida", e não de chegada. "Esperamos que saia daí uma orientação para onde, quando e como e em que velocidade deve caminhar a integração", diz a embaixadora.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a ideia da cúpula é ser uma espécie de "retiro" - ou seja, criar a oportunidade de um diálogo informal, uma troca de ideias para retomar laços estremecidos nos últimos anos. Será um formato bastante restrito, com os presidentes acompanhados apenas de mais três pessoas. As reuniões serão no Palácio Itamaraty. Na noite de terça-feira, Lula oferecerá um jantar no Palácio da Alvorada.

Nomes mais conhecidos do público brasileiro na disputa pelas vagas reservadas à América do Sul no Parlamento da Itália, o ex-piloto de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi (Forza Italia) e o ex-ministro Andrea Matarazzo (PSI) perderam a disputa pela única vaga ao Senado destinada à região. Contudo, a comunidade italiana no Brasil continuará com representação na política do país europeu com a vitória de Fabio Porta (Partido Democrático) para a Câmara.

A Itália é um dos poucos países europeus a reservar vagas no Legislativo aos integrantes de suas comunidades de expatriados. A votação, no entanto, não reserva vagas a candidatos de um único país, mas de uma região - o que significa que os candidatos brasileiros disputaram com adversários de outros 12 países (na divisão feita pelo governo italiano, candidatos de Trinidad e Tobago concorrem pela região).

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Fittipaldi foi o candidato ao Senado mais votado no Brasil, com 31.386 votos, de acordo com o sistema integrado de divulgação de dados eleitorais da Itália. Matarazzo ficou em 2° lugar, com 27.202 votos. Nenhum dos candidatos, no entanto, superou Mario Alejandro Borghese, da Argentina, que obteve 58.233 votos.

Na disputa pela Câmara, o ex-senador Fabio Porta conquistou uma das duas vagas destinadas ao continente. Porta foi o mais votado da coalizão de centro-esquerda liderada pelo Partido Democrático, com 22.436 votos. A outra vaga ficou com um representante argentino, Franco Tirelli, que obteve 44.468 votos.

Após as eleições de 2018, quando o Brasil conquistou uma vaga no Senado e duas na Câmara, a Itália passou por um processo de revisão, reduzindo o número de acentos no Parlamento. Com o corte, a América do Sul perdeu metade das vagas em disputa.

Poucos verão com os próprios olhos, mas muitos poderão acompanhar – na página do Observatório Nacional no Youtube – o eclipse solar em regiões remotas do planeta. Será na tarde deste sábado (30).

O fenômeno só poderá ser observado por quem estiver na parte sul da América do Sul, especialmente no extremo do continente, onde o eclipse será mais intenso, abrangendo entre 40% e 54% do disco do Sol.

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Segundo o Observatório Nacional, o eclipse poderá ser visto também em partes da Antártica e na parte sul dos oceanos Pacífico e Atlântico.

Este é o primeiro dos dois eclipses solares previstos para este ano – nenhum observável no Brasil. Ele terá início às 15h45 (horário de Brasília).

A retransmissão ao vivo, do Observatório Nacional, terá início um pouco mais cedo, às 15h. Nela, os amantes da astronomia terão muitas atrações, promete a astrônoma Josina Nascimento.

Além de explicar como ocorrem os eclipses, ela disponibilizará imagens de outro fenômeno solar, visto a partir de Marte. “São imagens obtidas do ponto de vista marciano, flagradas pelo rover Perseverance, que está em Marte. O vídeo mostra o momento em que a lua Fobos passou em frente ao Sol. É imperdível”, disse à Agência Brasil a astrônoma.

Lua entre o Sol e a Terra

De acordo com o Observatório Nacional, eclipses solares ocorrem quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra sobre o planeta. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada.

Se o observador está na estreita faixa da Terra atingida pela umbra, ele vai ver o eclipse total. Se está na área atingida pela penumbra, verá como parcial. “E nos casos em que não há definição da umbra, como os eclipses solares de 2022, temos somente eclipse parcial”.

Em média, um eclipse total do Sol ocorre a cada 18 meses, mas por serem visíveis somente em estreita faixa sobre a Terra, parecem muito raros.

Cuidados para a observação

A observação de eclipses solares nunca deve ser feita nem a olho nu, nem com óculos escuros, chapas de Raio X ou filmes fotográficos, porque a claridade e o calor do Sol podem danificar seriamente a retina.

Uma sugestão dada por especialistas é de que interessados em fazer esse tipo de observação procurem, em lojas de ferragens ou de materiais de construção, o chamado vidro de solda. A tonalidade desse vidro deve ser, no mínimo, 14. O vidro deve ser colocado diante dos olhos para uma observação segura do Sol.

Outras retransmissões

Diante do grande interesse causado pela astronomia, o Observatório Nacional tem feito diversas lives, nas quais comenta eventuais fenômenos que estejam ocorrendo.

A retransmissão do eclipse solar não será a única deste sábado. Mais cedo, às 4h, Josina fará outra transmissão, na qual mostrará imagens e comentará a conjunção entre os dois planetas mais brilhantes: Júpiter e Vênus.

Como o fenômeno continuará pelos próximos dias, está prevista outra live, no mesmo horário, domingo (1º). “As lives sobre essa conjunção serão muito especiais porque mostrarão algo que não é visível a olho nu: a participação de Netuno nesse alinhamento”, disse ela.

“Isso será possível porque mostraremos imagens captadas a partir dos telescópios de astrônomos profissionais e amadores, parceiros do Observatório”, completou.

Todas as lives serão transmitidas pela página do Observatório Nacional no Youtube. Para acessá-la, clique aqui.

Um dia após definir as quatro divisões da Liga das Nações de 2022, a Uefa revelou que a competição contará com as seleções Sul-Americanas a partir de 2024. Das 10 equipes do continente, seis estarão na Divisão A (entre as potências europeias) e as outras quatro na B. As outras divisões seguem sem mudanças, apenas com europeus na disputa.

É mais um duro golpe ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, que faz pressão em Tour nos quatro cantos do planeta pela realização da Copa do Mundo a cada dois anos. A parceria entre Uefa e Conmebol mostra a decisão contrária das entidades.

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"Esta é a última Liga das Nações nesta fórmula. Ontem tivemos uma reunião com a Conmebol e a partir de 2024 as equipes do continente (América do Sul) entrarão na competição", anunciou Zbigniew Boniek, vice-presidente da Uefa, ao portal meczyki.PL nesta sexta-feira.

"Até 22 equipes jogarão na divisão A, na qual dezesseis equipes estão competindo atualmente. Seis delea serão da Conmebol. As restantes quatro equipes (da América do Sul) serão adicionadas à divisão B", informou.

"As divisões C e D serão jogadas com as mesmas regras de agora. Nada vai mudar", garantiu Boniek. "Em qual regulamento estará? Ainda estamos trabalhando nisso. O calendário de jogos pelas seleções nacionais será mantido. Não podemos misturar muito."

É a chance que as grandes seleções da América do Sul sempre pediram. A Liga das Nações é bienal, sempre antes da Copa do Mundo, e uma grande chance de Brasil e Argentina, por exemplo, medirem suas forças com as principais concorrentes da Europa antes da principal competição de seleções.

Três integrantes de uma quadrilha especializada em enviar cocaína da América do Sul para a Europa foram presos nessa quinta-feira (30) em ação conjunta da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal (DRE), da Polícia Federal.

Segundo a Secretaria de Polícia Civil, os criminosos foram localizados em um galpão no município de Itaguaí, na Baixada Fluminense, no estado do Rio. Lá, os agentes apreenderam mais de meia tonelada da droga escondida em mangas colocadas em caixas. Também foi apreendida uma pistola.

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Mangas escondiam droga

Conforme as investigações, era por meio de um contêiner refrigerado que a quadrilha transportava a droga para a Europa. A cocaína saía de outros estados em fardos de açúcar e, posteriormente, era escondida em mangas exportadas para vários países.

As informações sobre a operação serão apresentadas ainda nesta manhã, em entrevista, na Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro, pelo diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada,  delegado Felipe Curi; pelo titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, delegado Vinícius Domingos; e pela Polícia Federal.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) destacou nesta quarta-feira o "preocupante" aumento das infecções pela covid-19 na América do Sul e alertou para o risco de "epidemias massivas" em países que não cumpram integralmente as medidas para conter a propagação.

"As infecções por covid-19 continuam aumentando nas Américas", disse a diretora da OPAS, Carissa Etienne, em uma entrevista coletiva.

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"Mas, em nenhum lugar, são tão preocupantes quanto na América do Sul, onde os casos estão aumentando em quase todos os países", ressaltou.

Na última semana, Brasil e Argentina estiveram entre os 10 países com maior número de novas infecções no mundo, destacou.

Zonas da Bolívia e Colômbia viram o número de contágios duplicar, e os países do Cone Sul tiveram uma aceleração dos casos "com transmissão comunitária ininterrupta", afirmou. No Peru e no Equador, as UTIs estão chegando a sua capacidade máxima.

No resto das Américas, o continente mais afetado pela pandemia, a situação epidemiológica é "desigual", disse Etienne.

Na América do Norte, o Canadá registrou um aumento nos casos e hospitalizações, mas as taxas de infecção estão diminuindo nos Estados Unidos e no México. Ainda assim, os Estados Unidos, país do mundo com mais casos e mortes por covid-19 em números absolutos, ficou na última semana entre os dez com mais novas infecções.

Na América Central, os casos diminuíram em Belize, El Salvador e Panamá, mas aumentaram na Costa Rica, Honduras e Guatemala. E no Caribe, Jamaica e República Dominicana viram um declínio nas infecções, mas as infecções estão aumentando em ilhas menores, como Martinica e Bermudas.

- A P1 se propaga -

A região das Américas continua a ser duramente atingida pela covid-19 desde que o vírus foi relatado pela primeira vez na China em dezembro de 2019: na semana passada, 44% dos casos globais, bem como 48% das mortes em todo o mundo, foram relatados no continente americano, de acordo com a OPAS.

Os Estados Unidos, com mais de 556.000 mortes desde o primeiro caso relatado em janeiro de 2020, é o país do mundo com o maior número de mortes por covid-19.

Seguido pelo Brasil, com mais de 336.000 mortes. Na terça-feira, em meio a uma espiral ascendente de infecções, o gigante sul-americano registrou um recorde de mais de 4.100 mortes em 24 horas.

A crise da covid-19 no Brasil é uma ameaça para seus vizinhos e para o mundo em geral?

“Neste momento de pandemia, o risco de epidemias massivas nesta região ainda existe e existe em países que não são rigorosos o suficiente na implementação de medidas de saúde pública”, respondeu Sylvain Aldighieri, gerente de incidentes da OPAS.

“A situação no Brasil é preocupante em todo o país”, acrescentou, observando a preocupação da OPAS com os serviços de saúde sobrecarregados.

Aldighieri disse que a partir de 5 de abril, 20 países e territórios americanos relataram a variante P1 à OPAS, inicialmente detectada na cidade amazônica de Manaus no final de 2020 e considerada altamente contagiosa.

- "Fique em casa" -

Mais de 210 milhões de doses de vacinas anticovid foram aplicadas em 49 países e territórios das Américas (155 milhões nos Estados Unidos), segundo dados da OPAS.

Mas ainda está muito longe de 70% da população totalmente imunizada (com todas as doses necessárias), um nível que os cientistas estimam ser necessário para atingir a imunidade de rebanho.

Por isso, a OPAS insiste em continuar cumprindo as medidas recomendadas para deter a propagação do vírus: uso de máscaras, distanciamento físico, não aglomeração, higienização frequente das mãos.

"Diminuir a velocidade e interromper a transmissão exige uma ação decisiva por parte dos governos locais e nacionais e vigilância contínua de todos nós", enfatizou Etienne.

Diante do aumento das viagens "dentro e entre os países", Etienne reiterou a necessidade de cumprir medidas para interromper a transmissão do vírus e evitar o colapso dos sistemas de saúde.

"A diminuição das infecções começa por ficar em casa e fazer todo o possível para proteger a nós mesmos e aos outros de adoecer. E, contudo, ainda estamos vendo as populações da região aumentarem lenta e continuamente sua mobilidade", apontou.

"Se essas tendências continuarem, nossos sistemas de saúde terão problemas mais sérios", alertou.

Peru e Colômbia proibiram voos do Brasil. O Uruguai mandou mais doses de vacinas para a fronteira com o Rio Grande do Sul. O Chile prevê possível quarentena para quem chega do Brasil. Os argentinos impuseram restrições à entrada de brasileiros e a Venezuela tem medo da variante surgida no País.

Líder de contaminações e mortes em números absolutos e relativos na região, o Brasil desperta preocupação nos vizinhos. Este é o sentimento predominante em entrevistas feitas pelo Estadão com moradores de países sul-americanos.

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Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou ter grande preocupação com a letalidade e a transmissão do vírus entre os brasileiros. "Se o Brasil não for sério, continuará afetando sua vizinhança - e além", afirmou Tedros Adhanom, diretor da OMS. O Brasil é o terceiro país com mais vizinhos no planeta - faz fronteira com 9 nações, além da Guiana Francesa, ficando atrás de Rússia e China. "Muitos estão caminhando na direção certa, mas não é o caso do Brasil", criticou Mark Ryan, da cúpula da OMS.

Embora tenha 3% da população mundial, hoje um em cada quatro mortos por covid no mundo é brasileiro. O País registra ainda recordes negativos em sua média de mortes desde o início de março, mostrando que a pandemia está em seu pior momento.

Para Marcos Azambuja, exembaixador do Brasil na Argentina, o País precisa "voltar aos trilhos" e agir depressa no momento em que a pandemia perde força em outras partes do mundo, com a vacinação. "O Brasil não pode ser retardatário. Não pode se transformar num pária sanitário do planeta", disse.

"Como grande laboratório da imunidade de rebanho, o Brasil tornou-se uma ameaça para a segurança da saúde global", afirma a professora Deisy Ventura, coordenadora da pós-graduação em saúde global da USP. "Além de sequelas, mortes evitáveis e do custo para o sistema de saúde em insumos e leitos, a disseminação do vírus favorece mutações virais e novas variantes."

As restrições afetam ainda os clubes brasileiros que disputam a Copa Libertadores. No início do mês, a Conmebol transferiu o jogo entre Ayacucho e Grêmio do Peru para o Equador. A mudança foi necessária em razão do veto imposto pelas autoridades peruanas à entrada de brasileiros. Os peruanos jogaram no Brasil, já que a tradicional regra de reciprocidade adotada entre nações não se aplica a normas sanitárias. Os brasileiros, portanto, têm recebido tratamento diferente nos países vizinhos em relação ao dispensado a eles aqui.

Este problema não se restringe aos gramados. As restrições deixaram o Brasil de fora do panamericano de mountain bike, que conta pontos para o ranking olímpico. As barreiras para a entrada de brasileiros em Porto Rico, sede da competição e território administrado pelos EUA, inviabilizaram a viagem, prejudicando a corrida dos atletas por uma vaga nos Jogos de Tóquio.

Ao todo, 108 países impedem a entrada livre de brasileiros ou turistas que tenham passado por aeroportos no País, segundo levantamento do Estadão, com base em dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), sites de agências de viagens e contatos com as embaixadas no Brasil.

Brasil pediu doses aos EUA só após mobilização

O governo brasileiro afirmou que começou a negociar com os EUA a importação de vacinas contra covid-19 no dia 13 de março. A informação, revelada pelo Itamaraty, mostra que o Brasil, portanto, se movimentou para obter os imunizantes assim que soube do pedido de outros países, após a Casa Branca ser pressionada a compartilhar seu estoque de doses e depois que a notícia saiu na imprensa internacional.

No dia 11 de março, o New York Times revelou que alguns países haviam requisitado o excedente de vacinas da Oxford/AstraZeneca que não estão em uso. Segundo o jornal, autoridades do governo do presidente, Joe Biden, analisavam a possibilidade de enviar doses ao Brasil, que é considerado o novo epicentro global da pandemia e um celeiro mundial de novas cepas.

Na ocasião, um porta-voz da AstraZeneca afirmou ao jornal americano que a empresa era favorável à ideia de a Casa Branca enviar doses a outros países. O México foi um primeiros a pedir que os EUA cedessem seu estoque. A requisição foi feita pelo presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, no dia 1.º de março, em reunião virtual com Biden.

No dia seguinte, 12 de março, após a publicação do New York Times, o governo americano foi pressionado a responder se destinaria suas doses para países em necessidade. O questionamento foi feito por jornalistas em diferentes entrevistas coletivas em Washington.

Pressão

Segundo o próprio governo brasileiro, as negociações com os EUA começaram no dia 13, portanto após a ideia ser cogitada pela imprensa internacional, pela AstraZeneca e por outros países. "Desde o dia 13 de março, o governo brasileiro, através do Itamaraty e da embaixada em Washington, em coordenação com o Ministério da Saúde, está em tratativas com o governo dos EUA para viabilizar a importação pelo Brasil de vacinas do excedente disponível nos EUA", dizia a mensagem publicana no perfil do Itamaraty no Twitter.

O tuíte da chancelaria brasileira veio um dia após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), encaminhar carta à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, com pedido de permissão para comprar vacinas estocadas e ainda sem previsão de aplicação no país.

Em ofício a Kamala Harris, Pacheco justificou o pedido de "disponibilidade emergencial" das vacinas reconhecendo que o Brasil é o "atual epicentro" da pandemia e o avanço do coronavírus no País representa um risco ao Ocidente.

Nesta semana, após pressão interna e externa, a Casa Branca anunciou que tem 7 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca para entregar a outros países. Os imunizantes não estão em uso, porque ainda estão em fase de estudos.

Na quinta-feira, os americanos concordaram com o envio de 2,5 milhões de doses ao México e de 1,5 milhões ao Canadá. Reportagens recentes na imprensa americana informam que os EUA possuem um estoque de pelo menos 30 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca, um número que a Casa Branca não confirma.

Durante a semana, em entrevista coletiva na Casa Branca, a porta-voz da presidência, Jen Psaki, confirmou que há pedidos de vacina feitos por vários países, sem revelar quais. O Brasil é um dos que poderia ser beneficiado pelo compartilhamento de doses, pois já aprovou o uso da vacina da Oxford/AstraZeneca e é considerado pela comunidade internacional como uma ameaça global em razão do descontrole da pandemia.

Questionados pela reportagem do Estadão sobre o atraso no início das negociações com os EUA, o Itamaraty afirmou que responderá "oportunamente". O Ministério da Saúde, por sua vez, afirmou que a questão está na alçada da Casa Civil e do Ministério das Relações Exteriores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ano letivo havia acabado de começar no ano passado quando a Covid-19 mandou quase todos os alunos da América do Sul para casa. Com o fim do verão, as escolas agora tentam reabrir suas portas, apesar do receio de pais e professores.

Segundo país com mais mortes por coronavírus, o Brasil foi duramente atingido por uma pandemia que fechou grande parte de suas escolas durante quase um ano. Após o recesso de verão, algumas instituições começaram a reabrir, como os colégios estaduais de São Paulo, que retomaram as atividades presenciais com uma capacidade de entre 35% e 70%, em sistema de rotação.

As escolas privadas, que concentram 19% dos estudantes de ensino fundamental e médio do Brasil, também estão retomando suas atividades, alternando aulas presenciais opcionais com aulas remotas.

No Rio, porém, apenas 38 escolas da rede municipal foram autorizadas a receber alunos, por serem as únicas com as infraestruturas de higiene e espaço em dia.

A suspensão das aulas presenciais também afetou a qualidade da educação de um continente que já apresentava fortes desigualdades.

"Meus filhos foram aprovados, porque não havia muita opção, mas a aprendizagem não teve a mesma qualidade do que teria se estivessem frequentando a escola", relata Vânia Ribeiro, uma empregada doméstica com dois filhos adolescentes que estudam em uma escola estadual do interior do Rio de Janeiro.

Já na Argentina, as aulas presenciais de 2020 foram suspensas apenas uma semana após o início. Era 15 de março, e a pandemia já chegava em grande parte do mundo nas primeiras etapas de uma crise mundial que, em maio, chegaria a deixar 1,2 bilhão de estudantes fora da sala de aula, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Mais de 160 milhões deles estão na região da América Latina e Caribe.

Na semana passada, algumas escolas argentinas iniciaram um plano de retorno gradual às aulas, que deve ser concluído em 8 de março. Mas o temor continua presente neste país que conta 51.100 mortes por coronavírus e mais de dois milhões de casos.

- Presença ou isolamento -

A situação no Chile não é muito diferente. O conselho de professores chileno pediu para adiar o início das aulas presenciais para 15 de abril, quando a campanha de vacinação em massa já estiver mais avançada.

No entanto, a data de início se mantém em 1o de março, quando cerca de 9.000 colégios - 1.600 deles privados - devem começar o ano letivo sob um modelo híbrido de aulas presenciais, que até o momento são voluntárias, e virtuais.

Mais ambicioso é o objetivo do Uruguai, onde em 1o março começa o ano letivo com presença obrigatória para os alunos da rede pública, apesar dos receios dos sindicatos de professores.

Elogiado por suas baixas taxas de contágio na primeira onda, o pequeno país sul-americano chegou a retomar as aulas presenciais voluntariamente desde junho passado, mas muitos pais continuaram optando pelo modo virtual.

Em um caminho parecido está a Colômbia, onde o Ministério da Educação calcula que hoje há aulas presenciais em 60% do país.

Este regresso paulatino, que combina aulas físicas e virtuais para quem assim desejar, começou em setembro. Foi interrompido, porém, devido ao aumento de casos registrado em dezembro e janeiro em algumas regiões do país.

Enquanto isso, no Equador, onde as aulas presenciais estão há quase um ano suspensas para 4,1 milhões de estudantes, o que preocupa é especialmente a situação de mais de um milhão deles que não têm computador, ou acesso à Internet, em casa.

O Peru também não tem uma data marcada para o retorno físico às aulas, que começará o próximo ano letivo de forma virtual em 15 de março, à espera da evolução da pandemia.

O grupo árabe responsável pela gestão do Manchester City, da Inglaterra, promete agitar a América do Sul nas próximas temporadas. Não, os ingleses não vão emprestar nenhuma de suas estrelas aos clubes sul-americanos e nem participarão de torneios no continente. A empresa City Football Group, proprietária de dez clubes espalhados pelo mundo, acaba de adquirir o Fútbol Club Bolívar, maior campeão do futebol boliviano.

Segundo os responsáveis pela City Football Group, a iniciativa vai fortalecer o futebol do clube no projeto de centenário do Bolívar, celebrado em 2025. De acordo com o grupo, o investimento fará com que a nova estrutura de "La Academia" comporte 80 atletas nos elencos profissionais e de base. As boas vindas à torcida dos azuis de La Paz foram do técnico catalão Pep Guardiola, comandante do elenco principal dos Citzens. O valor injetado pelos árabes na agremiação boliviana não foi divulgado.

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Com a aquisição do Bolívar, o City Football Group passa a ser responsável por 11 equipes do futebol mundial. Na Europa, além do Manchester City, a empresa é dona dos direitos de Estac Troyes (França), Girona (Espanha) e Lommel SK (Bélgica). Na América, junto aos recém-chegados azuis de La Paz, o grupo faz a gestão de New York City (Estados Unidos) e Montevideo City Torque (Uruguai). Na Oceania, a companhia administra o Melbourne City (Austrália) e, na Ásia, o Mumbai City (Índia), o Sichuan Jiuniu (China) e o Yokohama Marinos (Japão).

Na tarde da próxima segunda-feira, 14, um eclipse solar total poderá ser observado no Chile, na Argentina e no sul dos oceanos Pacífico e Atlântico. As cidades chilenas de Temuco e Villarrica estão entre os melhores locais para o fenômeno ser observado. Em outros países da América do Sul, como no Brasil, no Peru e na Bolívia, será visto de forma parcial.

O fenômeno que faz o dia se transformar em noite por alguns minutos ocorre quando a Lua se interpõe entre o Sol e a Terra. "Como a Terra gira ao redor do Sol num plano, supondo que o Sol esteja no centro da face superior de uma mesa, a Terra se move em torno do Sol no nível desta superfície. Ao mesmo tempo, a Lua gira em torno da Terra, mas o plano de órbita lunar é inclinado um pouco mais de 5º em relação à face da mesa e geralmente a Lua passa acima ou abaixo do Sol. Mas quando a Lua cruza o plano da órbita da Terra, entre o Sol e o nosso planeta, e todos ficam alinhados, ocorre um eclipse solar", explica Paulo Sergio Bretones, professor do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

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Em São Paulo, o eclipse começará às 12h45 (horário de Brasília), quando a Lua Nova começará a "tocar" o disco do Sol. "A Lua irá cada vez mais ocultar o disco do Sol até que, às 14h04, o Sol terá 43% de seu diâmetro coberto pelo nosso satélite. Nesse momento, quando 31% da área do Sol for obscurecida pelo disco lunar, estará a 62 graus de altura sobre o horizonte. Então, a Lua começará a sair da frente do Sol até que às 15h16min sairá por completo", explica Bretones.

Em Porto Alegre, o fenômeno poderá ser visto parcialmente a partir das 12h23 (horário de Brasília). A previsão é de que 60% do disco do Sol esteja encoberto pela Lua às 13h50. O eclipse solar parcial deve durar até as 15h12.

Em Cuiabá, o eclipse parcial começará às 11h33 (horário de Brasília), com previsão de término às 13h29. A visão máxima está prevista para as 12h32.

Cuidados recomendados

Mesmo com a possibilidade de acompanhar transmissões por sites e redes sociais, o professor do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSCar aconselha que as famílias aproveitem este momento olhando para o céu. "É possível prestigiar o fenômeno mesmo com a pandemia da covid-19, tomando todos os cuidados com uso de máscara facial e mantendo o distanciamento social, e também tomando as medidas de segurança para evitar olhar diretamente para o Sol sem proteção adequada", orienta ele.

Durante o eclipse, é muito perigoso observar o Sol diretamente, pois ele pode produzir queimaduras na retina, causando cegueira. "É extremamente perigoso olhar para o Sol com qualquer instrumento óptico como binóculos, lunetas, telescópio sem filtros especiais ou mesmo uma máquina fotográfica. Veja o que acontece quando se queima uma folha utilizando-se uma lente para focar a luz do Sol. Não se deve usar óculos escuros, vidros esfumaçados, radiografias ou negativos de filmes revelados, pois podem não bloquear as radiações não visíveis como o infravermelho e o ultravioleta. Contudo, existem óculos para observação solar com filtro de mylar. Deve-se tomar o cuidado de observar o fenômeno com um filtro apropriado e o mais indicado seria o usado em máscara de soldador número 14, disponível em lojas de ferragens, pois eles bloqueiam os raios solares que prejudicam à saúde", aconselha Bretones.

Segundo o especialista, melhor ainda seria projetar a imagem do Sol numa tela. "Se for utilizado um instrumento, como uma pequena luneta ou binóculo, deve-se alinhá-lo com o Sol, sem observá-lo e colocar um anteparo com a imagem do Sol no foco. Pode-se cobrir um pequeno espelho com um papel com um orifício e projetar a imagem do Sol numa parede", disse.

A América do Sul não é mais considerada uma "área livre" de conflitos. É o que diz a nova Política Nacional de Defesa (PND), que será encaminhada ao Congresso na próxima semana. Numa atualização da diretriz preparada em 2016, o texto ao qual o Estadão teve acesso destaca a possibilidade de "tensões e crises" no continente, que podem levar o Brasil a mobilizar esforços na garantia de interesses nacionais na Amazônia ou mesmo ajudar na solução de problemas regionais.

Sem citar nominalmente a Venezuela, o trecho sobre política externa do documento avalia "possíveis desdobramentos" das crises nos países vizinhos. A reportagem apurou que o principal foco de tensão se refere a ações do regime chavista de Nicolás Maduro.

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Em 21 páginas, a Política Nacional de Defesa traça cenários internacionais para o ambiente regional e assinala que é papel do País "aprofundar laços" no continente. Uma das novidades da nova versão do documento do Ministério da Defesa, porém, é justamente o alerta para as possibilidades de conflitos. "Não se pode desconsiderar tensões e crises no entorno estratégico, com possíveis desdobramentos para o Brasil, de modo que poderá ver-se motivado a contribuir para a solução de eventuais controvérsias ou mesmo para defender seus interesses", diz o texto.

O documento pede, ainda, atenção especial ao Atlântico Sul, onde se concentram as reservas do pré-sal - entre o Brasil e a África Ocidental. Nesta região também houve, recentemente, derramamento de óleo por navio desconhecido que causou danos ambientais ao litoral brasileiro.

A chamada Amazônia Azul enfrenta impactos de ilícitos transnacionais, inclusive suspeitas de espionagem por navios estrangeiros, como divulgou o Estadão, em fevereiro, ao noticiar que a Marinha brasileira monitorou durante uma semana um navio russo de pesquisa e inteligência, acusado de espionagem por países da Europa e pelos Estados Unidos.

Além do Atlântico Sul, a política de Defesa mantém como prioridades regiões onde se concentram os poderes político e econômico - Brasília, Rio e São Paulo -, a faixa de fronteira com os vizinhos sul-americanos e a Amazônia.

Pela primeira vez, os tratados que compõem a Política Nacional de Defesa incluem no radar do governo desdobramentos das mudanças climáticas e de pandemias. O texto da proposta destaca que estes fenômenos poderão "acarretar consequências ambientais, sociais, econômicas e políticas pedindo pronta resposta do Estado".

A pandemia do coronavírus, que atinge o País e o mundo desde março, tem exigido mobilização nacional de todos os segmentos, inclusive do Ministério da Defesa que, segundo a pasta, emprega diariamente 34 mil militares no combate à doença. O efetivo é maior que o da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial, quando foram mobilizados 25.800 homens.

A soberania e o desenvolvimento de ações de preservação da floresta amazônica estão entre as prioridades dos documentos que compõem a nova versão da PND. "A Amazônia, assim como o Atlântico Sul, é uma área de interesse geoestratégico para o Brasil. A proteção da biodiversidade, dos recursos minerais, hídricos, além do potencial energético, no território brasileiro é prioridade para o País", constata o documento, que também apresenta uma "resposta" aos "interesses estrangeiros" na Amazônia.

O texto recomenda, ainda, que a Marinha instale um complexo naval de uso múltiplo nas proximidades do delta do rio Amazonas, na região da Ilha do Marajó, no Pará, por ser uma área que merece "atenção especial". O Pará é onde ocorrem, atualmente, as maiores queimadas no País e o governo enfrenta pressões de parceiros econômicos internacionais por causa da destruição da floresta.

A Lei 136 de 2010, sobre a organização das Forças Armadas, estabelece que a cada quatro anos sejam atualizados: o Livro Branco da Defesa, com informações públicas sobre como a estrutura militar do País é organizada; a Política Nacional de Defesa, com os oito objetivos do País para a área; e a Estratégia Nacional de Defesa, com as 18 diretrizes para alcance das metas.

Os documentos serão oficialmente apresentados ao Conselho de Defesa, em reunião no Palácio do Planalto, com a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e, em seguida, enviados ao Congresso, no próximo dia 22.

Continuidade

A versão final foi submetida ao presidente Jair Bolsonaro, mas a participação do chefe do Executivo na redação é secundária. Por se tratar de políticas de Estado, a palavra de ordem nos comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica é promover apenas alterações pontuais nas versões anteriores, de modo a representar continuidade. "Parece que estamos emitindo uma política e uma estratégia nova. Não é verdade. É uma atualização, com pequenas coisas. A essência é completamente a mesma. Independe do governo", afirmou o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. "(O presidente) tem plena confiança no nosso trabalho e até agora não pediu para incluir nem tirar nada. Ele sabe que são políticas de Estado".

A preocupação com delitos nas chamadas Zonas de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas) está expressa no capítulo referente à Marinha, com trechos incluídos inclusive por causa do desastre do derramamento de óleo no litoral brasileiro, que teve início em novembro de 2019.

"O poder naval deve dispor de meios capazes de detectar, identificar e neutralizar ações que representem ameaça nas águas jurisdicionais brasileiras", afirma o texto. "A intensificação das ocorrências de atos ilícitos no mar (como exemplo a pirataria, tráfico de drogas e de pessoas, pesca ilegal, crimes ambientais, dentre outros) demanda a presença estatal nos termos do direito internacional com os quais o Brasil tenha se comprometido." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O frio austral e os furacões no Atlântico ameaçam o combate ao novo coronavírus no continente americano, atual epicentro da pandemia, advertiu nesta terça-feira (9) a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), enquanto na Europa avança a reabertura econômica.

O início do inverno no hemisfério sul aumentará a incidência de doenças respiratórias na América do Sul e a intensa temporada de furacões, esperada para os próximos meses no Atlântico, também complicará a resposta à pandemia na América do Norte e Central, e especialmente no Caribe, disse a diretora da OPAS, Carissa Etienne.

O novo coronavírus continua se espalhando com força em Brasil, Peru e Chile, e na Venezuela os contágios aceleraram. Também houve um aumento de casos em México, Panamá e Costa Rica, sobretudo na fronteira com a Nicarágua, assim como no Haiti e no Suriname.

Na Amazônia brasileira, castigada pelo vírus, especialmente entre as populações indígenas, outro problema espreita: a temporada de incêndios florestais, cuja fumaça pode agravar a já complexa situação sanitária.

No Peru, onde nesta terça-feira foram superados os 200.000 contágios em meio a estritas medidas de contenção, o surto gerou escassez de oxigênio para pacientes graves em Lima e poderia levar ao colapso o sistema hospitalar da capital.

Com mais de 111.000 mortes nos Estados Unidos, país mais afetado do mundo pela pandemia, e mais de 38.000 óbitos no Brasil, a região das Américas concentra metade dos 7,1 milhões de casos e das quase 408.000 mortes registradas no planeta desde que a Covid-19 surgiu na China no fim do ano passado, antes de se espalhar pelo mundo, forçando bilhões de pessoas a manter algum tipo de confinamento e provocando a pior recessão global em 80 anos.

- "Abordagem comum europeia" -

Após o embate do vírus na Europa, o continente mais afetado até agora, com 184.000 mortes, líderes de França, Alemanha, Espanha e outros três países da União Europeia (UE) exortaram o bloco a superar a falta de coordenação que marcou sua resposta à pandemia, especialmente ante uma possível segunda onda do coronavírus.

Deve haver uma "abordagem europeia comum" para estes desafios no futuro, disseram em uma carta antes de uma reunião de cúpula virtual dos 27 líderes da UE em 19 de junho sobre as consequências da crise.

O Banco Mundial informou que o crescimento econômico mundial poderia se recuperar no ano que vem, mas espera-se que a quantidade de pessoas que vivem na pobreza extrema se manterá.

O mundo enfrenta uma "crise alimentar mundial iminente", que poderia afetar centenas de milhões de pessoas, em vista do impacto nas cadeias de abastecimento, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, pedindo proteção sobretudo às crianças, sem acesso a alimento nas escolas.

- Máscaras na Espanha -

Na Espanha, o governo anunciou que o uso de máscaras será obrigatório até que o novo coronavírus seja derrotado "definitivamente". Uma multa de 100 euros (112 dólares) será cobrada em caso de descumprimento.

O uso das máscaras também será obrigatório em Moscou, onde as autoridades suspenderam as restrições vigentes desde 30 de março, apesar do registro, nesta terça, de 8.595 novos casos no país e do número de mortos ter superado os 6.000.

No sofisticado bairro de Patriarshiy Prudy, os salões de beleza recebiam as primeiras clientes. "É um dia lindo em todos os sentidos", disse Olga Ivanova, gerente de marketing de 33 anos.

A Rússia é o terceiro país com o maior número de infecções confirmadas, depois dos Estados Unidos e do Brasil. Mas as autoridades dizem que isto se deve a uma grande campanha de testes e apontam a uma taxa de mortalidade relativamente baixa. Os críticos, no entanto, acusam os funcionários de se apressar a suspender as restrições por razões políticas.

Não só a Rússia avançou para a "nova normalidade". Em Paris, anunciou-se a reabertura da Torre Eiffel em 25 de junho.

No Uruguai - com 3,4 milhões de habitantes, dois dias seguidos sem registro de casos novos e apenas 84 pessoas com a doença - a maioria dos shopping centers voltaram a receber clientes sob um estrito protocolo sanitário: quem estiver com temperatura corporal acima de 37ºC não poderá entrar.

- Covid-19 e protestos antirracistas -

Nos Estados Unidos, efetivos da Guarda Nacional testaram positivo para a Covid-19 após terem sido mobilizados para conter as manifestações multitudinárias contra o racismo em Washington após a morte de um homem negro por um policial branco, aumentando o medo de um ressurgimento da epidemia.

No país, onde há dois meses a curva de contágios está em um "platô", o vírus a princípio castigou com força a região do litoral e agora circula mais nas áreas menos urbanizadas do Meio Oeste e do sul, onde o confinamento foi determinado mais tarde e suspenso antes.

Nas últimas 24 horas, o país registrou 819 mortes pela Covid-19, segundo cifras atualizadas pela Universidade Johns Hopkins.

Com estes óbitos, o total de mortes chegou a 111.751, com 1.973.803 casos, de acordo com o balanço divulgado às 20h30 locais (21h30 de Brasília) pela instituição, sediada em Baltimore.

Com o Brasil com quase 60% do número de casos e mortes na região, a América do Sul é um novo epicentro da Covid-19, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nessa sexta-feira (22), o País chegou à marca de 21.048 mortos e 330.890 infectados pelo novo coronavírus. O Brasil registrou 1.001 novas mortes em 24 horas, segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde. De quinta (21)para sexta, houve registro de 20.803 novos casos de infecção. Em óbitos, o País só está atrás dos Estados Unidos.

Até ontem, o Brasil respondia por 57,2% dos 578.329 infectados na região e por 71,8% dos 28.318 mortos. O diretor do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, destacou que o País é o local mais afetado da região, e alertou para a situação específica de alguns locais, como o Amazonas, que registra uma das maiores taxas de incidência. O Estado possui 612 infectados a cada 100 mil habitantes, número inferior apenas ao do Amapá (613,4), segundo o Ministério da Saúde. A taxa de incidência nacional da Covid-19 está na faixa de 150. Especialistas internacionais, como os do Imperial College, já apontam o Brasil como o principal ponto de difusão da doença.

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Para Nacime Salomão Mansur, superintendente da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), entidade responsável pela administração de parte dos leitos do Hospital de Campanha do Anhembi, na capital paulista, o número de casos e de mortes assusta, mas era esperado. "O que estamos vivendo agora acontece pelas grandes densidades populacionais, por grande parte da população se manter sem o isolamento social e pela nossa péssima distribuição de renda", comentou.

Segundo ele, a crise demorou a avançar até por algumas decisões governamentais. "Falando especificamente sobre São Paulo (epicentro brasileiro da doença), o Estado de certa maneira cumpriu com o papel na tentativa de achatar a curva a tempo de aumentar o número de leitos hospitalares", acrescentou.

O total de pessoas mortas por Covid-19 em São Paulo cresceu 3,8% em 24 horas, chegando a um total de 5.773 óbitos, segundo a Secretaria Estadual da Saúde. Foram mais 215 óbitos. O total de casos confirmados da doença aumentou de 73.793 para 76.871 em 24 horas. Ao todo, 74,7% dos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) que foram reservados para pacientes infectados pelo novo coronavírus estão ocupados. Na Grande São Paulo, a situação é ainda mais próxima da lotação: 91,4% das vagas já estão preenchidas.

E os dados de ontem reforçam tendência já divulgada pelo governo, de avanço da doença pelo interior do Estado: dos 645 municípios de São Paulo, 500 têm registro da doença. "O vírus continua se espalhando e já alcança o equivalente a 77,5% do território", informa a nota oficial do Estado.

Estrutura. Mario Rubens Vianna, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Amazonas, diz que não aguenta mais pedir ajuda para o governo federal para minimizar a crise. "Já disse inúmeras vezes que o Brasil deveria ter alguma preocupação especial com o Amazonas pela extensão territorial e pelo acesso difícil a muitas cidades. Já tínhamos uma saúde pública precária antes da pandemia. Imagina agora..."

O principal problema no momento, segundo ele, está na dificuldade em atender à população das cidades do interior. "Em muitos municípios afastados não há saúde pública de nível mínimo, falta qualificação dos profissionais, é uma tragédia. A consequência disso é a superlotação dos hospitais da capital. A população dessas cidades menores migra em busca de atendimento."

Saídas

Para especialistas, o cenário de contenção da epidemia envolve manter ou ampliar restrições. Mansur prefere aguardar os números da próxima semana, antes de dizer se o lockdown (bloqueio total) seria o próximo passo a ser dado para tentar tirar o País do epicentro da pandemia. "Os feriados prolongados (em São Paulo) foram interessantes, vieram a calhar. Foi uma forma inteligente de melhorar o isolamento social. Se na próxima semana for mantido a crescente no número de casos, vai ser necessário (o lockdown). Mas o mais importante agora é começar a fazer testagem em larga escala."

A presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, Irene Abramovich, também menciona a testagem como uma forma de ter a dimensão da pandemia no País e conseguir salvar vidas. "Não vou dizer que (a pandemia) pegou a gente de surpresa, mas chegou muito rápido." (Colaboraram Érika Motoda e Bruno Ribeiro)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde, Mike Ryan, afirmou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (22) que a América do Sul se tornou o novo epicentro mundial da pandemia do novo coronavírus. O continente já soma 554.321 casos de covid-19 e 28.168 mortes causadas pela doença, segundo dados atualizados diariamente pela plataforma Worldometer. Mais da metade dos infectados foram reportados pelo Brasil, cujo Ministério da Saúde registrou 310.087 casos nesta quinta-feira, 22. O País também contabiliza a maior parte das mortes na região, com 20.047 óbitos.

Logo atrás no número de contaminações estão Peru (108.769 infectados e 3.148 mortos) e Chile (61.857 casos e "apenas" 630 óbitos). A Argentina, país com a terceira maior população absoluta da América do Sul, está em sexto no ranking de casos e óbitos pela covid-19, com 9.931 infecções registradas e 419 mortes pela doença.

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De acordo com informações compiladas pela Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos superaram a marca de 95 mil mortos pela covid-19 no país, consolidando-se como a região mais afetada pela pandemia de coronavírus no mundo. Os EUA registram cerca de 1,58 milhão de contaminações, ainda segundo a universidade norte-americana.

Na Europa, o Reino Unido anunciou hoje que irá impor uma quarentena compulsória de 14 dias a pessoas que chegarem de países estrangeiros em todas as regiões britânicas. A determinação, informada pela secretária para Assuntos Internos, Priti Patel, passa a valer a partir do dia 8 de junho. O governo britânico também divulgou os números de novos casos e óbitos da covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registrados mais 3.287 infectados e 351 mortos no Reino Unido, que agora soma 254.195 casos e 36.393 óbitos causados pela doença.

O governo da Espanha acatou o pedido das cidades de Madri e Barcelona para as regiões passarem à fase 1 de retomada das atividades, segundo plano de flexibilização das medidas restritivas contra a pandemia de covid-19 no país. Os municípios constituem as duas maiores regiões metropolitanas da Espanha. Além da capital espanhola e de Barcelona, também passaram para a primeira fase as comunidades de Castela e Leão. Ao todo, o país registrou 234.824 contaminados e 28.628 mortos pela covid-19, com 446 novos casos e 59 óbitos nas últimas 24 horas.

Líder da resposta da OMS à pandemia, a epidemiologista Maria Van Kerkhove afirmou que existe uma tendência de aumento nos casos de coronavírus na América do Sul, o que é "preocupante". A declaração foi dada após o comando da entidade ser questionado sobre o quadro na região, por uma jornalista argentina que falou por telefone durante a entrevista coletiva em Genebra (Suíça).

Kerkhove não tratou sobre casos específicos, mas ressaltou que a trajetória da pandemia em cada país "depende de como cada um deles reage" ao problema. Ela afirmou também que ainda há uma janela de oportunidade para que vários países atuem para conter o ritmo das novas transmissões.

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Também presente na coletiva em Genebra, o diretor executivo do Programa de Emergências à Saúde da OMS, Michael Ryan, discutiu como poderão ser retomados eventos que reúnem muitas pessoas, como os esportivos. Ryan disse que será impossível determinar exatamente quantas pessoas reunidas seria seguro. Ele notou que aproximar as pessoas eleva os riscos, "mas obviamente elas querem voltar à vida normal".

Diante disso, Ryan recomendou um trabalho conjunto entre as autoridades e as pessoas, para reduzir os riscos "ao mínimo que seja gerenciável", além de insistir na necessidade de que se organizem bem esses eventos quando eles forem acontecer, a fim de se diminuir os riscos.

Estratégias

Maria Van Kerkhove afirmou que a OMS apoia que os países mudem suas estratégias com relação ao coronavírus, conforme evolui o cenário para a doença em cada um deles. Michael Ryan enfatizou a necessidade de haver comunicação e diálogo entre as sociedades, a fim de que as decisões relativas ao problema sejam tomadas e seguidas.

Ryan ainda lembrou que a OMS não tem o poder de impor suas recomendações, nem de intervir nas decisões soberanas de cada país. Ressaltou, porém, que o órgão continua a ter seu papel de recomendar políticas na área de saúde, a fim de buscar minimizar os problemas existentes.

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