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Por Guilherme Gusmão

Um levantamento sobre a participação de obras brasileiras, realizadas por produtoras independentes ou não, nas principais plataformas de streaming, foi publicado pela ANCINE no portal do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA). O conjunto de dados analisados aponta que menos de 10% das produções nacionais ocupam os catálogos das principais plataformas.

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O catálogo de empresas como Netflix, Disney+, HBO Max e Amazon Prime Video, foram analisados para a conclusão do levantamento. Formulado a partir de dados oferecidos por empresas que supervisionam o segmento, o estudo divulga uma análise dos catálogos de mais de 30 serviços de VOD disponíveis em países da América Latina.

No Brasil, o trabalho cobriu cerca de 32 mil títulos disponíveis por assinatura para o público. Foi considerado também a proporção de filmes e séries e suas nacionalidades, os diferentes modelos de negócio e o ano de produção, entre outros aspectos.

Regulação

A agência avalia medidas para a ampliação e a garantia da participação de conteúdo brasileiro independente nas plataformas estrangeiras e nacionais, colaborando com o debate sobre a regulamentação do segmento de Vídeo por Demanda, prevendo a regulamentação do vídeo por demanda (streaming) esse ano.

A Diretoria Colegiada da ANCINE em dezembro de 2022, decidiu priorizar medidas de efeito da tributação do setor, com vistas ao financiamento da produção audiovisual brasileira.

Nesta semana, a Agência Nacional de Cinema - ANCINE divulgou o relatório dos Resultados do Cinema Brasileiro em 2022, que dá conta dos valores arrecadados em bilheterias nas salas pelo país. Segundo o documento, entre filmes nacionais e estrangeiros, os cinemas arrecadaram R$ 1,78 bilhões, em comparação aos R$ 919 milhões acumulados em 2021, um aumento de 93,69%  segundo o órgão. 

Em 2022, os filmes nacionais arrecadaram R$ 71,46 milhões e os estrangeiros, R$ 1.708,71 bilhões.

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Os cinco filmes nacionais mais vistos nos cinemas no ano que passou, segundo a Agência foram: Turma da Mônica- Lições (R$ 89 milhões); Tô Ryca II (R$ 8,6 milhões); Detetives do Prédio Azul III (R$ 8,1 milhões) ; Medida Provisória (R$ 7,7 milhões) e Eduardo e Mônica (R$ 7,3 milhões). 

No ranking dos filmes internacionais, a Marvel Studios conquistou o primeiro e segundo lugar com “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” e “Thor 4: Amor e Trovão”, ambos, respectivamente, com renda de R$167,6 milhões e R$856 mil, seguidos da animação da Universal Pictures “Minions 2: A Origem de Gru”.

As histórias inspiradas em quadrinhos de super-heróis da Marvel e DC dominaram o TOP 10, com Batman em 4°, Pantera Negra 5º, Adão Negro 8º e Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, lançado em 2021 ficou em 10º lugar.

Veja o TOP 20 no Brasil dos filmes internacionais:

O filme 'Marighella' ainda não estreou nos cinemas brasileiros e já está dando o que falar. Segundo informações do site Farofafá, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) teria arquivado a divulgação do projeto dirigido por Wagner Moura. O órgão do governo federal disse: "Procedemos ao cancelamento do projeto acima referenciado e encerramento do respectivo processo devido à DESISTÊNCIA DA PROPONENTE em prosseguir com o projeto na Chamada Pública".

Nas redes sociais, diversas pessoas repercutiram o assunto. Muitas delas trataram o caso como censura. "Os caras querem 'liberdade de expressão', mas não deixam passar o filme do Marighella", comentou um dos usuários do Twitter. O filme estrelado pelo ator e cantor Seu Jorge está pronto há dois anos. Ovacionado no Festival de Berlim, em fevereiro de 2019, o longa-metragem sofreu boicote mesmo antes de chegar às telonas.

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Após Wagner Moura dizer em uma coletiva que o projeto "é maior que Bolsonaro", apoiadores do presidente da República trataram logo de bombardear a declaração. No site IMDb, plataforma que disponibiliza dados do entretenimento como filmes, músicas e jogos eletrônicos, muitos comentários reprovaram a história do audiovisual brasileiro.

"Este filme não deve ser feito nem com recursos privados. Ele não se encaixa na realidade. Tudo está errado sobre esse filme", criticou um dos internautas na época. O filme 'Marighella' é baseado na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães, que narra a luta do político contra a ditadura militar. Carlos Marighella foi assassinado em uma emboscada, em 1969, em São Paulo.

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) vão liberar R$ 8,5 milhões para socorrer 172 empresas exibidoras de cinema que enfrentam dificuldades financeiras devido às consequências da pandemia do novo coronavírus.

A ação faz parte do Programa Especial de Apoio ao Pequeno Exibidor (Peape), anunciado no dia 27 de julho para auxiliar grupos brasileiros que administram complexos com até 30 salas de exibição. O objetivo, segundo a Ancine, é mitigar os impactos da crise sobre um setor que gera cerca de 65 mil postos de trabalho direto e que foi duramente afetado pelas medidas sanitárias adotadas para restringir a propagação da covid-19.

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Sacado do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) - criado para fomentar a indústria cinematográfica e toda a cadeia produtiva do setor audiovisual no Brasil -, o dinheiro poderá ser usado para pagar funcionários, serviços terceirizados e fornecedores de equipamentos, além de outras despesas relacionadas ao funcionamento das salas de exibição, e não terá que ser reembolsado aos cofres públicos.

As inscrições foram encerradas na última segunda-feira (10). Segundo o diretor-presidente da Ancine, Alex Muniz, o número de empresas inscritas para receber o auxílio emergencial foi inferior à expectativa inicial da agência, que calculava distribuir os R$ 8,5 milhões entre mais de 700 salas de exibição de 325 complexos exibidores pertencentes a 185 empresas de todo o país. No fim, apenas 172 grupos solicitaram ajuda para manter 533 salas de 252 complexos.

"É um número satisfatório dentro da nossa expectativa, embora o percentual esteja um pouco abaixo da meta – o que é resultado também da realidade econômica [afetada pela covid-19]. Muitas empresas estão encerrando suas atividades", declarou Muniz ao apresentar os resultados durante reunião do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual. Participaram da videoconferência o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio; o secretário especial da Cultura, Mário Frias, e os demais conselheiros.

Setenta e cinco cinemas que contam com duas salas de exibição dividirão, entre si, R$ 2,637 milhões do total de R$ 8,5 milhões. Quarenta e quatro complexos de quatro salas cada um receberão, em conjunto, R$ 2,127 milhões. Para 96 empreendimentos com apenas uma única sala serão destinados R$ 2,109 milhões. Os recursos restantes (R$ 1,626 milhão) vão auxiliar a 37 cinemas de três salas cada um. Para complexos com cinco ou mais salas, o benefício foi limitado ao valor relativo ao apoio à manutenção de quatro salas.

O maior montante, quase R$ 1,855 milhão, vai auxiliar negócios no estado de São Paulo. Empreendimentos do Paraná receberão R$ 826,2 mil – mesma quantia destinada aos complexos exibidores de Minas Gerais. Para cinemas do Rio Grande do Sul, serão destinados R$ 716,3 mil. Já as empresas de Santa Catarina receberão R$ 588,9 mil.

"Este programa toca quase que a totalidade das entidades federativas. Municípios que concentram o maior número destas pequenas salas acabam concentrando a maior parte dos recursos, mas existe uma distribuição [de recursos] por todo o território nacional", afirmou o diretor-presidente da Ancine.

O Ministério da Economia e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) se manifestaram a favor do fim da meia-entrada em cinemas. A decisão está sendo avaliada devido a queda na compra de ingressos do tipo inteira nos últimos anos.

Segundo dados informados pelo governo federal ao portal Exame, o Sistema de Controle de Bilheteria (SBC) vêm monitorando mais de 3 mil salas de cinemas no Brasil desde 2017, e em 2019 constatou que mais de 80% dos ingressos vendidos foram o do tipo meia-entrada.

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O Brasil é o único país que tem a meia-entrada como obrigação por lei, que coloca como um direito para estudantes do ensino fundamental e superior, seja ele de escola pública ou particular, além de outras categorias de consumidores. Em alguns casos, a modalidade também pode ser oferecida quando existe parcerias entre os cinemas e outras empresas.

A Ancine abriu uma pesquisa pública para discutir a viabilidade dessa modalidade obrigatória por lei, que ficará em aberto até 13 de agosto. O Ministério da Economia já se mostrou favorável ao fim da modalidade, mas a decisão final ainda será tomada.

Até o momento, a medida está lidando apenas com a meia-entrada para cinemas. Nada foi dito em relação a outros segmentos, como eventos ou shows.

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (31), último dia de 2019, uma Medida Provisória (MP) para estender por mais um ano o prazo para que as salas de cinema passem a oferecer recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva. O prazo para que 100% das salas se adequassem à regra venceria no dia 1º de janeiro de 2020. A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) e altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), também conhecida como Lei Brasileira da Inclusão, que prevê a obrigação.

Em nota, o Palácio do Planalto justificou que a prorrogação é "imprescindível" porque os recursos necessários para financiar as obras de adaptação das salas de cinema, pelo setor audiovisual, só foram liberados no último dia 17 de dezembro.

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"Portanto, considerando que não houve tempo hábil para possibilitar o desenvolvimento de linhas de crédito e, consequentemente, para que o mercado se organize, por meio de seus arranjos e planejamento de negócios, se faz necessário a prorrogação do prazo. Ressalte-se que esses recursos poderão ser utilizados para para atualizar tecnologicamente e expandir o parque exibidor brasileiro, com o objetivo de ampliar e democratizar o acesso ao cinema no Brasil, incluindo a garantia de acessibilidade na salas de cinema", informou.

As normas gerais e critérios básicos para garantia da acessbilidade no cinemas estão definidos, em detalhe, em instruções normativas publicadas pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). 

No início desta semana, profissionais do audiovisual detonaram a decisão da Agência Nacional do Cinema (Ancine) de retirar os cartazes de filmes nacionais do site oficial e das paredes da sede. Neste sábado (7), Kleber Mendonça Filho, diretor dos filmes O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, voltou a falar sobre a polêmica. Na sua conta oficial do Facebook, o cineasta reuniu astros do cinema internacional como forma de protesto contra a Ancine.

"Essa semana a Ancine tirou das suas paredes cartazes dos filmes brasileiros que a instituição sempre promoveu como parte da sua missão. O júri oficial do #festivaldemarrakech composto por atrizes, roteiristas, cineastas e escritores mandou fazer camisas para vestir no peito cartazes de filmes brasileiros e assim mostrar apoio ao Cinema Brasileiro", escreveu, publicando uma foto ao lado de David Michot, Rebecca Zlotowski, Tilda Swinton, Chiara Mastroianni, Atiq Rahimi, Andrea Arnold e Ali Essafi.

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Internautas que acompanham o trabalho do pernambucano elogiaram a atitude. "É preciso contra-atacar. Esses fascistas passaram do limite", escreveu um dos usuários da rede social. "O que nos resta é resistir", comentou outra pessoa.

Confira:

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A Agência Nacional do Cinema (Ancine) tomou uma decisão drástica. Depois de limitar recursos para projetos do audiovisual, a agência acabou retirando do site oficial os filmes que estão nos cinemas brasileiros. Além da internet, os cartazes que estampavam os corredores da Ancine também foram removidos das paredes, segundo informações do jornal O Globo.

No dia 16 agosto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em uma live no Facebook que filmes LGBT teriam recursos vetados pela Ancine, negando que a decisão de barrar as produções com essa temática era uma forma de censura, mas que os projetos fossem financiados por iniciativa privada. "Quem quiser pagar, que fique à vontade. Não iremos interferir em nada. Mas, fomos garimpar na Ancine filmes que estavam sendo prontos para ser captados recursos no mercado", disse.

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Vivendo sob ameaças de um filtro cultural, a Ancine patrocinou filmes que acabaram sendo premiados. Entre as produções estão os sucessos Aquarius, O Palhaço, Tropa de Elite, Cidade de Deus e Que Horas Ela Volta?, esse último protagonizado pela atriz Regina Casé e dirigido por Anna Muylaert.

A novela que se tornou a publicação do edital do Funcultura Audiovisual do exercício 2018/2019 acaba de ganhar mais um capítulo, que segundo a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), é definitivo.

Na manhã desta quinta-feira (14), os órgãos emitiram um comunicado garantindo a publicação de não só um, mas dois editais até o final deste ano. O adicional dessa decisão é a ausência do aporte da Agência Nacional do Cinema (Ancine), após cinco anos de parceria. 

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Através de nota oficial, a Secult e a Fundarpe esclareceram o impasse que fez com que a Ancine retirasse sua participação do edital deste exercício. O comunicado também explica como será feita a publicação dos dois editais, que juntos vão totalizar um valor aproximado de R$ 18,5 milhões. As datas de publicação ainda não foram divulgadas.

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Confira na íntegra:

A Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), órgãos responsáveis pelo repasse anual de R$ 32 milhões em fomento por meio dos editais do Funcultura, vem a público esclarecer pontos importantes a respeito do impasse criado com a Agência Nacional do Cinema (Ancine): 

1) Desde 2014, a Secult-PE e a Fundarpe captam um aporte junto à Ancine, que garante o incremento anual de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual-FSA para o edital do Funcultura Audiovisual. Como nas edições anteriores, em agosto de 2018 foi encaminhada à Ancine a proposta de adesão ao edital dos arranjos regionais para obtenção do investimento de R$ 15 milhões, valor máximo disponibilizado pela Agência;

2) Diferentemente das edições anteriores, a Secult e a Fundarpe não obtiveram a autorização daquela Agência para lançamento do edital conjunto, tendo recebido naquele ano diversos questionamentos;

3) A exigência da Agência foi levada, no final de 2018, ao Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco, esfera de participação da sociedade civil que integra a política pública de Cultura. As entidades que integram o referido Conselho, em conjunto, concordaram em aguardar a resposta da Ancine e não lançar o edital naquele ano; 

4) Ao longo de 2019, a Ancine fez inúmeras solicitações ao governo estadual, todas elas atendidas e compartilhadas com o Conselho Consultivo do Audiovisual, que decidiu apoiar as negociações que vinham sendo feitas entre os órgãos estadual e federal e não lançar o edital apenas com os recursos estaduais, aguardando o retorno da Agência;

5) Contudo, diferentemente dos anos anteriores, a Ancine, mudou o entendimento sobre o formato da contrapartida e passou a exigir o pagamento integral do valor incentivado pelo Governo do Estado, que no exercício de 2019 é de R$ 9,28 milhões(de acordo com a Lei 16.111, do Sistema de Incentivo à Cultura - SIC);

6) Compreendendo a importância do investimento dos recursos para o desenvolvimento do segmento Audiovisual de Pernambuco, o governo se dispôs a atender, em regime de excepcionalidade, a exigência da Ancine, garantindo o pagamento integral da contrapartida, no valor de R$ 3,3 milhões (onde para cada R$ 1 dos governos estaduais são aportados R$ 5 do FSA);

7) Essa decisão foi suspensa pela Agência até a recomposição da direção colegiada;

8) Foi com grande estranheza que há cerca de 10 dias recebemos o comunicado, assinado por integrantes do Conselho Consultivo do setor, questionando o andamento dessa negociação. Entre os itens do documento, os signatários cobram do Governo de Pernambuco a integralização dos recursos em parcela única, algo que fere o decreto estadual que regulamenta o Funcultura (nº 45.508/07), além de não darem aos órgãos estaduais alternativas viáveis à solução do caso;

9) A exigência de integralização dos recursos em parcela única feita pelo órgão federal (no valor total de R$9,28 milhões), e agora reivindicada por algumas entidades do setor audiovisual, terá repercussão nos demais editais do Fundo, cujos pagamentos também são feitos em parcelas, bem como rebate na legislação que impede o formato de pagamento integral;

10) Como demonstração de que a razão do impasse no edital do Audiovisual está na decisão do Governo Federal em atrasar as respostas e desconsiderar as características do Funcultura, até então respeitadas, os outros editais do Fundo (Funcultura Independente e Funcultura Música) não foram interrompidos e estão com seus prazos respeitados; 

11) Apesar do cenário que se apresenta, a Secult-PE e a Fundarpe reafirmam a decisão de lançar, até o final deste ano, dois editais do Funcultura Audiovisual - de R$ 9,28 milhões cada -, totalizando um valor aproximado de R$ 18,5 milhões.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi realizado neste domingo (3), com a aplicação das provas de Redação, Linguagens e Ciências da Natureza. Na edição de 2019, o tema foi "democratização do acesso ao cinema no Brasil", assunto que surpreendeu muitos estudantes e professores da área.

O professor de redação e linguagens Diogo Xavier fez a prova e comentou a importância de realizar uma boa proposta de intervenção. Ele, que participou do Enem nesta tarde, fez seu texto sugerindo que o governo federal, através do Ministério das Comunicações, desenvolva parcerias com serviços de streaming (transmissão de vídeo via internet), como a Netflix, para descentralizar o acesso aos produtos cinematográficos.

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“Foram duas propostas que eu coloquei. Uma é que o Ministério das Comunicações de alguma forma se alie à netflix. Citei como o streaming foi primordial para democratização dos filmes no Brasil. Então que o ministério se aliasse ao streaming e pudesse proporcionar a regiões mais longínquas e periféricas o acesso ao cinema”, disse o professor. 

A segunda proposta elaborada pelo professor sugere uma atuação da Justiça, por meio do Supremo Tribunal Federal, para impedir qualquer forma de desrespeito à liberdade da Agência Nacional de Cinema (Ancine). “A segunda foi que o Supremo Tribunal Federal, de maneira legislativa, impusesse uma norma punindo aquelas pessoas ou entidades que desrespeitem a liberdade de expressão e reprodução da Ancine para que a democracia constitucional do cinema possa ser respeitada”, disse Diogo.

Utilização de conceitos

Para a professora Maria Catarina Bózio, coordenadora de redação do Colégio Poliedro, o que surpreendeu foi o recorte específico da questão cultural. "O acesso à cultura de modo geral, contudo, foi um tema trabalhado por nós. Nossos alunos têm uma bagagem bastante grande pensando em conteúdos de educação básica, podendo usar conceitos como o da indústria cultural, de Adorno, e do capital cultural, de Pierre Bourdieu", explica. Assim, a professora não acredita que os candidatos teriam dificuldade no desenvolvimento do texto. "Eles acabam sendo grandes frequentadores do cinema ou mesmo de serviços de streaming como o Netflix", ressalta. 

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O apresentador, jornalista e bispo evangélico Edilásio Barra foi escolhido para comandar a Superintendência de Desenvolvimento Econômico da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Segundo o jornal Folha de São Paulo, no cargo o bispo ficará responsável pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

Para quem não sabe, o FSA é uma categoria específica do Fundo Nacional de Cultura, criado em 2006 pela Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Brasieleira (Condencine) e pelo Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), com o objetivo de fornecer investimento em obras audiovisuais brasileiras. Em 2018, foram movimentados mais de R$ 800 milhões, segundo dados da Ancine.

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Por Pietro Tenório

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) entrou com ação civil contra o ministro da Cidadania Osmar Terra pela prática de ato de improbidade administrativa. A ação contesta a edição da Portaria no 1.576, de 20 de agosto de 2019, que suspendeu, “pelo prazo de 180 dias, prorrogável por igual período”, um edital para seleção de projetos audiovisuais que seriam veiculados nas TVs públicas.

Segundo apurou o MPF/RJ, a Portaria foi motivada por discriminação contra projetos com temática relacionada a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis – LGBTT, dentre os quais os documentários “Sexo Reverso”, “Transversais”, “Afronte” e “Religare Queer”, desmerecidos pelo presidente da República em vídeo publicado no dia 15 de agosto de 2019.

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A suspensão do concurso causou, segundo apurado no inquérito civil, dano ao patrimônio público federal no valor de R$ 1.786.067,44, referente aos gastos já efetuados com sua realização.  

A ação do MPF pede a anulação da Portaria e a conclusão do concurso, e ainda a condenação do Ministro Osmar Terra nas penas da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92), a saber:

a) ressarcimento integral dos valores dispendidos com a realização do concurso referente à Chamada Pública BRDE/FSA – PRODAV – TVs Públicas – 2018, apurados em R$ 1.786.067,44 (um milhão, setecentos e oitenta e seis mil, sessenta e sete reais e quarenta e quatro centavos), monetariamente atualizados;

b) perda da função pública exercida;

c) suspensão dos direitos políticos por oito anos;

d) pagamento de multa civil em valor equivalente a duas vezes o valor do dano causado;

e) proibição de contratar com o Poder Público Federal ou dele receber benefícios, incentivos fiscais ou creditícios, pelo prazo de cinco anos.

Fatos apurados pelo MPF -  Os fatos narrados na ação do MPF constam de inquérito civil com mais de novecentas páginas, instaurado para investigar a prática de eventual censura e discriminação na suspensão da Chamada Pública BRDE/FSA/PRODAV – TVs Públicas 2018, voltado à “seleção, em regime de concurso público, de projetos de produção independente de obras audiovisuais seriadas brasileiras, com destinação inicial para os canais dos segmentos comunitário, universitário, e legislativo e emissoras que exploram o serviço de radiodifusão pública e televisão educativa”.

Coordenado pela Ancine, o concurso foi iniciado em março de 2018 e, em agosto de 2019, quando foi editada a portaria ministerial, estava em sua fase final. Contemplava projetos variados, agrupados em catorze blocos temáticos (“Livre”, “Ficção-Profissão”, “Ficção-Histórica”, “Sociedade e Meio Ambiente”, “Raça e Religião”, “Diversidade de Gênero”, “Sexualidade”, “Biográfico”, “Manifestações Culturais”, “Qualidade de Vida”, “Jovem”, “Documentário Infantil”, “Animação Infantil” e “Animação Infanto-Juvenil”).

Consta do processo administrativo do concurso que 801 propostas estavam inscritas. Na fase de avaliação, 613 propostas passaram pela análise de 121 pareceristas selecionados através de edital público. Conforme as regras do edital, foram classificados os cinco projetos com melhor pontuação para cada bloco temático/região, totalizando 289 produções.

Segundo as regras do edital, o Ministro da Cidadania e o Secretário Especial de Cultura, enquanto órgãos de direção superior, não participam legalmente do processo de seleção dos projetos. Todavia, de acordo com o que foi apurado, no dia seguinte à manifestação do Presidente da República, o Ministro Osmar Terra determinou a elaboração de pareceres sobre minuta de portaria de suspensão do concurso, justificando, para tanto, que a medida era necessária para a recomposição dos membros do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual.

Ouvido pelo MPF no último dia 26/09/19, o ex-Secretário Especial de Cultura, José Henrique Pires, apresentou cópia de documentos do processo administrativo, e relatou que recebeu um pedido por parte do chefe de gabinete do Ministro, para que analisasse e se manifestasse “com urgência” sobre a minuta da portaria. Segundo a testemunha, a minuta não se encontrava devidamente justificada e tratava-se, em seu entender, de “mais uma tentativa de chancelar o que o presidente havia dito, isto é, não veicular conteúdos que não lhe agradem”.

“O Ministro, em declarações posteriores, disse que não tinha a obrigação de seguir o que um funcionário do governo anterior havia falado, mas isso não é verdade, pois o concurso em andamento era o resultado de um conjunto de deliberações feitas pelo Conselho Nacional de Cinema e pelo comitê gestor do FSA”, afirmou a testemunha.

O ex-secretário Especial de Cultura afirmou ainda ter “alertado ao Ministro que posições de censura poderiam causar problemas de ordem jurídica, sem falar no prejuízo causado às pessoas que, de boa fé, participaram do concurso, e que estão sem acesso aos recursos previstos”.

A falta de justificativa para a edição da Portaria também foi apontada por escrito pelo órgão de controle interno do Ministério da Cidadania, mas mesmo assim o Ministro manteve a determinação de suspender o concurso em sua fase final.

Segundo informou a ANCINE ao MPF, a União já gastou com a Chamada Pública BRDE/FSA/PRODAV – TVs Públicas a importância de R$ 1.786.067,44.

Ato de Improbidade -  Afirma a petição inicial da ação que o verdadeiro motivo da suspensão foi impedir que os projetos mencionados pela presidência da República sagrassem-se vencedores. Como não havia meio legal de impedir que somente os quatro projetos fossem excluídos do concurso em sua fase final, a “solução” encontrada foi a de sacrificar todo o processo.

Como registra a ação, além do dano ao Erário causado pela suspensão do concurso, “a discriminação contra pessoas LGBT promovida ou referendada por agentes públicos constitui grave ofensa aos princípios administrativos da honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade as instituições”. A ação lembra que em junho de 2019 o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADO 26/DF, afirmou expressamente que “os homossexuais, os transgêneros e demais integrantes do grupo LGBT têm a prerrogativa, como pessoas livres e iguais em dignidade e direitos, de receber a igual proteção das leis e do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero. (...) O Estado não pode adotar medidas nem formular prescrições normativas que provoquem, por efeito de seu conteúdo discriminatório, a exclusão jurídica de grupos minoritários que integram a comunhão nacional.”

A Sociedade Civil do Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco, formada por diversas entidades ligadas ao segmento no estado, enviou um comunicado à imprensa sobre sua preocupação quanto ao lançamento do edital Funcultura Audiovisual 2018/2019. Desde o final de 2018, os realizadores pernambucanos andam às voltas com Governo do Estado, Fundarpe e Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult), e a Agência Nacional do Cinema (Ancine), em função da publicação do documento. Passados alguns prazos de lançamento não cumpridos, eles ainda não sabem se poderão e como poderão colocar seus projetos em prática. 

De acordo com o documento assinado pela Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), Associação Brasileira de Documentaristas e Curtamestragistas de PErnambuco (ABD/APECI) e Federação Pernambucana de Cineclubes (FEPEC), entre outros, a Ancine vem solicitando diversas diligências, junto à Fundarpe, questionando o cronograma de desembolso e parcelas de projetos aprovados pelo edital anteriormente.

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Do resultado dessas diligências estaria dependendo o lançamento do Funcultura Audiovisual 2018/2019. Além da dúvida quanto à data de publicação, também há o questionamento quanto o aporte repassado da Agência para o edital e uma reunião com a Ancine, para definição de tais termos, têm sido cobrada pelas entidades. 

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Em meados de 2019, chegou a cogitar-se a publicação do edital com recursos exclusivos do Governo do Estado de Pernambuco, ainda assim, em pleno mês de setembro não há sinal do Funcultura Audiovisual. No documento, os realizadores pedem uma definição quanto ao andamento do processo. "Acreditamos que, diante de um governo federal como o do atual presidente Jair Bolsonaro e uma Ancine mergulhada em grave crise administrativa, cabe ao Governo de Pernambuco, observando a grande contribuição econômica e cultural de nosso audiovisual, oferecer uma resposta ágil e eficaz, estando a mesma, como pudemos aqui comprovar, dentro de suas possibilidades políticas e administrativas".

Procurada pelo LeiaJá, a Fundarpe disse estar confirmado o aporte oriundo do Fundo Setorial do Audiovisual para o edital 2018/2019. O órgão também descartou a possibilidade de perder-se esse exercício e afirmou não ter conseguido ainda marcar a reunião com a Ancine a fim de discutir os trâmites finais do edital.

"Para o edital 2019, a Secult-PE/Fundarpe assinou o termo de complementação de Coinvestimentos Regionais da Ancine, que garante o aporte de R$ 15 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) para o Funcultura Audiovisual. Recurso estadual do Funcultura Audiovisual está garantido. O que está em fase final de negociação é o aporte do FSA". A Ancine também foi procurada mas não respondeu até o fechamento desta reportagem. 

O filme Marighella, primeiro longa dirigido por Wagner Moura, teve sua estreia no Brasil cancelada. O longa, que chegaria aos cinemas nacionais no dia 20 de novembro, esbarrou em trâmites burocráticos da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e, agora, não tem data para estrear nas salas de exibição brasileiras. 

O cancelamento foi informado pela própria produção do filme. Em um comunicado enviado à imprensa, eles esclareceram que o longa continua percorrendo festivais internacionais mas não tem mais previsão de chegada ao Brasil. "A O2 Filmes não conseguiu cumprir a tempo todos os trâmites exigidos pela Ancine (Agência Nacional do Cinema). Marighella segue sendo apresentado com muitos sucesso em vários festivais de cinema no mundo. Nosso objetivo principal sempre foi a estreia no Brasil. Os produtores e a distribuidora Paris Filmes vão seguir trabalhando para que isso aconteça”.

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Segundo a nota, a estreia seria em novembro, por ser esse o mês que marca os 50 anos de morte de Carlos Marighella. Já o dia 20 foi escolhido por ser o dia da Consciência Negra. No entanto, a produção enfrentou a burocracia da Ancine na liberação de verbas para sua comercialização sem sucesso. Com o cancelamento, o filme ainda não tem nova data para chegar ao Brasil. 

A estreia de Bruna Marquezine no cinema quase não aconteceu por falta de dinheiro. O filme que a atriz protagoniza, Vou nadar até você, sofreu um corte inesperado de verbas que viriam da Agência Nacional do Cinema, a Ancine.

O diretor, Klaus Mitteldorf, que também faz sua estreia com o longa, contou, em entrevista ao Estadão, que terminou o filme por um "milagre". Segundo ele, "o dinheiro que era para a pós-produção e o lançamento do filme foi bloqueado pela Ancine". 

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Apesar de não ter temática LGBTQ nem falar sobre prostituição - temas que andam na mira do presidente Jair Bolsonaro, que já declarou que as produções nacionais que recebem dinheiro público devem ser revisadas - o longa de Mitteldorf traz cenas de nudez da protagonista, vivida por Bruna Marquezine, e outras em que ela aparece fumando maconha. Recentemente, um edital da Ancine que selecionaria filmes LGBTQ foi suspenso e o presidente da agência afastado de suas funções. 

Atualização: após a publicação da matéria, a assessoria de imprensa enviou uma nota com esclarecimentos, segue a íntegra:

"A produtora responsável pelo longa metragem “Vou Nadar Até Você” perante a Agência Nacional do Cinema (Ancine) esclarece que, em nenhum momento, o órgão regulador do Governo Federal censurou ou impediu o projeto de captar recursos conforme a legislação de incentivo à cultura vigente.

Todos os trâmites do filme junto à Ancine seguiram ritos e cronogramas normais das produções audiovisuais de grande porte.

É fato que, em 2019, o funcionamento da Ancine foi afetado pelas medidas resultantes do acórdão nº 721/2019 do Tribunal de Contas da União, com efeito em diversas produções audiovisuais em todo o país.

Portanto, qualquer eventual demora de repasse financeiro nunca guardou relação com o conteúdo do filme.

 

O ator Jonas Boch, atualmente no ar na novela "Bom Sucesso", sempre é visto no Instagram opinando sobre a política brasileira. Recebendo mensagens afrontosas dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro, Jonas não se intimida quando publica críticas ao governo.

Nos bastidores da novela das sete, nessa terça-feira (27), o ator voltou a falar dos boatos que saem a respeito dos artistas quando recebem recursos públicos para alavancar projetos culturais. "É uma grande mentira o que estão divulgando. Quando faço uma postagem sobre qualquer coisa que está errada, recebo uma resposta como se a gente mamasse nas tetas do governo. Isso é uma grande mentira. Quem mama nas tetas do governo é a câmara dos deputados, a Presidência da República, a Justiça", disse.

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"Todos eles têm 80 funcionários para motoristas, copeiros, cargos e etc. E ali ninguém tira nada dali, ninguém fala em diminuir alguma coisa dali", completou, de acordo com informações do site Uol. Em meio às polêmicas envolvendo o fechamento da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Jonas Bloch foi direto. "Em uma hora que nós estamos com um desemprego, você fechar uma Ancine, tirar dinheiro da educação e da cultura significa estar desempregando. As pessoas não têm ideia do número de pessoas que trabalham para esse setor", explicou.

Em outubro de 2018, Jonas divulgou no Instagram um vídeo de quando Jair Bolsonaro era deputado federal. O conteúdo mostrava uma entrevista do atual presidente da República na rádio Jovem Pan sobre um debate relacionado à propina no Congresso Nacional. "Se alguém justifica seu voto nele [Bolsonaro], por achar que todo o PT é corrupto, depois desse vídeo, se continuar com o mesmo argumento, é caso de internação", legendou Bloch na época.

O Ministério Público Federal (MPF), no Rio de Janeiro, instaurou nesta quinta (22) a abertura de um inquérito civil para investigar a suspensão do edital da Agência Nacional do Cinema (Ancine) que tinha entre as produções séries de temática LGBT. A suspensão se deu após declarações do presidente Jair Bolsonaro que afirmou que filmes desse tema não deveriam receber financiamento público. 

Em comunicado enviado à imprensa, o MPF colocou que "tal ameaça ou discriminação podem importar em inobservância das regras editalícias, de caráter vinculante para a administração pública, bem como em discriminação constitucional vedada". 

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Ainda de acordo com o comunicado, "o Ministério Público expediu ofícios para o Ministério da Cidadania e a Ancine, requisitando informações, no prazo de 10 dias, sobre a suspensão do edital e ainda sobre a suposta decisão governamental de não aprovar projetos audiovisuais relacionados à temática LGBT". 

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Após Jair Bolsonaro criticar produções audiovisuais com temática LGBT pré-selecionadas para receberem financiamento público, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, decidiu suspender o edital lançado em 2018. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta (21). 

A portaria que suspende o processo seletivo estabelece a suspensão do edital por 180 dias, sendo esse prazo prorrogável por igual período. Ainda segundo o ato, a suspensão decorre da "necessidade de recompor os membros do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual - CGFSA). Além disso, "após a recomposição do CGFSA, fica determinada a revisão de critérios e diretrizes para a aplicação dos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), bem como que sejam avaliados os critérios de apresentação de propostas de projetos, os parâmetros de julgamento e os limites de valor para cada linha de ação". 

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As obras que foram pré-selecionadas pelo edital seriam custeadas pelo FSA, gerido pela Agência Nacional do Cinema (Ancine). O edital havia sido aberto em março de 2018, com uma previsão de R$ 70 milhões a serem divididos entre as regiões do país.  Dentre as categorias de produções que receberiam apoio do edital suspenso, estavam diversidade de gênero, sexualidade, raça e religião, sociedade e meio ambiente e qualidade de vida, entre outras. 

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar filmes com temática LGBT que buscam autorização da Agência Nacional do Cinema (Ancine) para captar recurso pela Lei do Audiovisual. Após causar polêmica ao falar sobre o longa Bruna Surfistinha, Bolsonaro declarou, em uma transmissão ao vivo, na última sexta (16), que vai vetar recursos para produções com essa temática. 

Durante a transmissão, Jair Bolsonaro citou alguns filmes que tratam do universo LGBT e de sexualidade - como Transversais, uma série documental que fala sobre o cotidiano de cinco pessoas transgênero do Ceará; e Afronte que mostra a realidade vivida por negros homossexuais no Distrito Federal. "Olha, a vida particular de quem quer que seja, ninguém tem nada a ver com isso, mas fazer um filme mostrando a realidade vivida por negros homossexuais do DF, não dá para entender. Mais um filme que foi pro saco". Além desses, Religare Queer e O Sexo Reverso também foram mencionadas.

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O presidente negou estar censurando o cinema nacional e sugeriu que tais produções fossem financiadas pela iniciativa privada. "Quem quiser pagar, que fique à vontade. Não iremos interferir em nada. Mas, fomos garimpar na Ancine filmes que estavam sendo prontos para ser captados recursos no mercado". Em seguida, ele passou a lista com os títulos de algumas obras e, também, disse que se possível "degolaria" a direção da Agência se "não tivesse, em sua cabeça toda, mandatos". 

A Ancine tem uma diretoria colegiada formada por três pessoas com mandatos de quatro anos. O órgão não comentou as declarações do presidente. Já a Associação de Produtores Independentes do Audiovisual (API), emitiu nota repudiando o posicionamento de Bolsonaro: "Repudiamos tal atitude pois entendemos que não cabe a ninguém, especialmente ao presidente de uma república democrática, censurar arte, projetos audiovisuais e filmes". 

Apesar de reafirmar umas tantas de vezes que não é homofóbico, inclusive posando junto ao maquiador e influenciador Augustin Fernandez na época das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que filmes com temáticas LGBTs não devem receber recursos da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Nesta quinta-feira (15), Bolsonaro chegou a dizer que essas obras “não têm cabimento” e ainda incluiu a temática racista a esse grupo que deve ficar sem investimentos para produção audiovisual.

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A afirmação foi feita durante sua transmissão ao vivo semanal, através de seu perfil oficial no Facebook. O presidente foi além e disse que, se pudesse, “degolaria as cabeças” da diretoria da Ancine.

"Não censurei nada. Quem quiser pagar... a iniciativa privada, fique à vontade. Não vamos interferir nada. Mas fomos garimpar na Ancine filmes que estavam prontos para ser captados recursos no mercado. Olha o nome de alguns! O nome e o tema", disse Bolsonaro ao se referir ao longa Bruna Surfustinha, que conta a vida da ex-garota de programa Raquel Pacheco.

Bolsonaro seguiu listando uma série de enredos que, de acordo com o seu aval, não vão para frente. Entre eles, estão temáticas transexuais, homossexuais e de violência sofrida por negros no Brasil.

"E outra, geralmente esses filmes não têm audiência, não têm plateia, têm meia dúzia ali. Mas o dinheiro é gasto, são milhões de reais que são gastos com esse tipo de tema", criticou. "É um dinheiro jogado fora, não tem cabimento fazer um filme com esse enredo, né?", argumentou.

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