Tópicos | angústias

A pandemia da covid-19 afetou diretamente estudantes de todo o Brasil. Impôs ensino remoto e desorganizou o planejamento curricular. A situação potencializou expectativas e disparou quadros de ansiedade em calouros de faculdades e universidades, aprovados no início deste ano.

Desde o resultado, com a divulgação dos listões, até as comemorações, tudo o que se relaciona com o vestibular precisou ser alterado em 2021. As faculdades privadas e públicas quebraram tradições para se adequar à realidade da pandemia que já matou milhares de pessoas no Estado.

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O psicólogo Raimundo Neto explica que o vestibular faz parte de um ritual brasileiro e as modificações na celebração e no formato das aulas afetaram indivíduos que sempre sonharam com aulas presenciais no ambiente acadêmico. Segundo Neto, muitos estudantes enfrentam o desânimo. “Há uma possibilidade, esse desânimo. É possível que nós tenhamos outras pessoas que consigam ingressar na faculdade e se sintam tão realizadas como se tivessem feito todo o processo de passagem de modo presencial. Então, realmente dependerá da subjetividade de cada um”, afirmou.

Esses fatores podem acionar sintomas de ansiedade nos estudantes, seja pela autoexigência ou preocupação com o curso escolhido. O psicólogo analisa a ansiedade pelos sintomas que cada pessoa apresenta e diz que respiração, meditação e tarefas de lazer ajudam a enfrentar o quadro. “Também é necessário acompanhamento junto a um profissional de saúde mental para que possa ser feita uma avaliação, além de terapias”, acrescentou Neto.

Hiago Rocha, calouro de Direito na Universidade Federal do Pará (UFPA), diz que as expectativas quanto às aulas o deixam ansioso por causa das dificuldades do ensino remoto, principalmente pela indefinição de aulas híbridas (remotas e presenciais) e as datas para o início do curso. O estudante relata que a pandemia também mudou sua percepção de comemoração do vestibular.

“Embora eu estivesse bastante feliz com o resultado, por estar realizando parte do meu sonho, que é entrar em uma universidade, o contexto que a gente está vivendo atualmente, toda essa situação de desamparo humanitário, nos puxa pra uma realidade que não conseguimos nos sentir confortável em festejar", relatou.

Pedro Albuquerque, que passou em Economia na UFPA, teme um mau rendimento em comparação com alunos anteriores que tiveram aulas presenciais. "O processo de vestibular de 2020 foi extremamente turbulento", completou.

O psicólogo Raimundo Neto ressalta a importância de administrar as emoções. Segundo ele, as angústias podem ser decorrentes do início das aulas e também do medo de contaminação – com a possível volta de aulas presenciais. "Há muitas influências nessas expectativas. Elas podem, de alguma forma, ser mais prejudiciais ou mais benéficas. É necessário fazer uma administração", finalizou.

Por Quezia Dias.

 

De acordo com estudo feito pelo professor de psicologia Gary Lupyan, da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, falar sozinho, ou seja, consigo, contribui com a saúde mental.

Segundo a pesquisa, o hábito pode ajudar a combater a solidão, organizar as ideias de maneira eficiente e melhorar a lógica de raciocínio. A prática também pode ser efetiva em crianças, pois ajuda a desenvolver habilidades criativas.

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Muitos consideram o ato de conversar consigo "coisa de gente louca", mas, na verdade, o estudo indica que ouvir a própria voz pode aliviar angústias, como depressão e ansiedade.

Este não é o primeiro estudo que aponta os benefícios de falar sozinho. Diversos outros pesquisadores já relataram que a prática também pode indicar alto nível de QI e inteligência elevada.

Medo, ansiedade, notícias ruins, crise política, problemas econômicos, desemprego. A pandemia do novo coronavírus ocasionou uma série de dificuldades que estão castigando a rotina da sociedade. Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), realizada por meio do professor Alberto Figueiras, da Instituto de Psicologia da entidade, apontou que incertezas e as mudanças impostas pelo isolamento social vêm provocando sofrimento psíquico: casos de depressão praticamente dobraram entre os brasileiros entrevistados, enquanto os registros de ansiedade e estresse demonstraram crescimento de 80%.

A partir desse cenário preocupante, o programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?” debate, nesta terça-feira (23), o tema “Fé X angústias: como resistir em tempos difíceis e acreditar no futuro?”. A live é exibida no Youtube do LeiaJá, por meio do Instagram @leiaja e no canal no YouTube Vai Cair No Enem. Assista:

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Participam da transmissão a psicóloga Silvia Regina Rodrigues, o sacerdote juremeiro e mestre em ciências da religião Alexandre L’Omi L’Odò, o psicólogo Dino Rangel, além do padre e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Davi Gonçalves. A apresentação fica por conta do jornalista Nathan Santos.

O ‘Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?’ é uma idealização do LeiaJá em parceria com o projeto Vai Cair No Enem. O programa é exibido todas as quartas-feiras, às 16h30, no YouTube do LeiaJá, bem como por meio do Instagram.

Proposta - Os convidados do programa não apresentam “verdades absolutas” sobre a futura sociedade do período pós-pandemia, uma vez que há muitas dúvidas acerca de como os países se recuperarão das consequências causadas pela proliferação do vírus em diferentes áreas. Porém, eles revelam projeções, a partir das suas vivências pessoais e principalmente profissionais, que possam nos apresentar possíveis panoramas. As temáticas abordadas nas lives serão diversas, permeando áreas como educação, mercado de trabalho, esportes, política, medicina, ciência, tecnologia, cultura, entre outras.

Medo, ansiedade, notícias ruins, crise política, problemas econômicos, desemprego. A pandemia do novo coronavírus ocasionou uma série de dificuldades que estão castigando a rotina da sociedade. Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), realizada por meio do professor Alberto Figueiras, da Instituto de Psicologia da entidade, apontou que incertezas e as mudanças impostas pelo isolamento social vêm provocando sofrimento psíquico: casos de depressão praticamente dobraram entre os brasileiros entrevistados, enquanto os registros de ansiedade e estresse demonstraram crescimento de 80%.

A partir desse cenário preocupante, o programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?” debate, nesta terça-feira (23), às 16h30, o tema “Fé X angústias: como resistir em tempos difíceis e acreditar no futuro?”. A live será exibida no Youtube do LeiaJá, por meio do Instagram @leiaja e no canal no YouTube Vai Cair No Enem.

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Participam da transmissão a psicóloga Silvia Regina Rodrigues, o sacerdote juremeiro e mestre em ciências da religião Alexandre L’Omi L’Odò, o psicólogo Dino Rangel, além do padre e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Davi Gonçalves. A apresentação fica por conta do jornalista Nathan Santos. O programa será exibido excepcionalmente nesta terça-feira em virtude do feriado de São João, celebrado quarta-feira (24) em Pernambuco.

O ‘Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?’ é uma idealização do LeiaJá em parceria com o projeto Vai Cair No Enem. O programa é exibido todas as quartas-feiras, às 16h30, no YouTube do LeiaJá, bem como por meio do Instagram.

Proposta - Os convidados do programa não apresentam “verdades absolutas” sobre a futura sociedade do período pós-pandemia, uma vez que há muitas dúvidas acerca de como os países se recuperarão das consequências causadas pela proliferação do vírus em diferentes áreas. Porém, eles revelam projeções, a partir das suas vivências pessoais e principalmente profissionais, que possam nos apresentar possíveis panoramas. As temáticas abordadas nas lives serão diversas, permeando áreas como educação, mercado de trabalho, esportes, política, medicina, ciência, tecnologia, cultura, entre outras.

Serviço

Programa 'Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?'

Quando: nesta terça-feira (23)

Horário: 16h30

Tema: Fé X angústias: como resistir em tempos difíceis e acreditar no futuro?

Convidados: Silvia Regina Rodrigues (psicóloga); Alexandre L’Omi L’Odò (sacerdote juremeiro e mestre em ciências da religião); Dino Rangel (psicólogo); e Davi Gonçalves (padre e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz).

Onde assistir:

youtube.com/leiajaonline

Instagram @leiaja

youtube.com/vaicairnoenem

No dia seguinte à realização do primeiro turno das eleições, a psicóloga Tatiana Bacic Olic atendeu dez pacientes em sua clínica, em São Paulo. Naquela ocasião, todas as consultas, sem nenhuma exceção, foram pontuadas pelas angústias e medos despertados pelo ambiente político do País. "Muita gente chegou dizendo que não conseguia dormir, com crises de choro, deprimidas ou mesmo tomando medicamentos."

O que aconteceu no consultório de Tatiana se repetiu em outras clínicas e divãs pelo Brasil. Segundo o diretor do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Gastalho de Bicalho, a entidade tem recebido um número expressivo de relatos sobre as consequências psicológicas do processo eleitoral. "Em 20 anos de profissão jamais vi algo parecido, o País vive um momento bastante complicado de instabilidade psíquica", diz Bicalho.

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Eleitores de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) que buscaram ajuda de psicólogos e terapeutas nas últimas semanas estão com medo do "dia seguinte", do futuro imediato e das consequências sociais e econômicas de uma eleição marcada pela polarização e negação do outro. "Minha família procurou ajuda profissional porque o emocional está muito instável em casa. Meu irmão menor está assustado porque ouviu seus colegas falando sobre porte de arma em sala de aula; minha mãe chora todo dia e fala em ir embora do Brasil; fui ameaçada no Facebook por ser contra o Bolsonaro e meus amigos estão com medo de uma ditadura", afirma uma estudante de 18 anos que, assim como outros pacientes, optaram pelo anonimato.

A psicóloga Flávia Eugênio conta que conversou com pacientes que estavam emocionalmente paralisados com receio até de andar na rua e de outras situações cotidianas. "A questão da violência está muito presente. Os pacientes LGBTs, por exemplo, estão se sentindo ameaçados pela hostilidade da eleição." A também psicóloga Ivani Francisco de Oliveira diz que "a própria dinâmica da disputa eleitoral é a de implantar o medo do outro, do adversário, nos eleitores."

A terapeuta Maria Vicente, do coletivo Escuta Sedes, afirma que tem acompanhado o aparecimento "das fantasias mais primárias relativas ao desamparo e à vulnerabilidade frente às ameaças que se apresentam". Para ela, chama atenção a presença de sofrimentos mais regressivos, como perturbações importantes e repentinas do sono (como insônias e pesadelos). Ainda segundo Maria, podem ser detectados casos de perda de apetite, de vitalidade e da capacidade de enfrentar desafios corriqueiros da vida.

Medos

Um empresário de 49 anos, eleitor de Bolsonaro, disse que as incertezas econômicas produzidas por uma imaginária vitória de Haddad são motivos de insônia e angústia. "Eu fico pensando nas empresas que podem deixar o País, fico pensando na crise que pode estourar se acontecer isso ou aquilo, fico pensando em como vai ficar a minha família em um ambiente econômico caótico", diz. Ele confessou que já tem tomado remédios para dormir e que foi aconselhado a evitar o noticiário político.

Já um comissário de bordo de 36 anos, eleitor de Haddad, conta como a eleição interrompeu um longo processo de reaproximação entre ele e o pai. "Sou homossexual, mas meu pai nunca aceitou. Depois que passei por uma cirurgia no quadril, meu pai voltou a falar comigo. Inclusive, ficava em casa me ajudando", afirma. "Mas a coisa desandou quando descobrimos o candidato um do outro. Nós voltamos a não nos falar. Ele não vem mais na minha casa - porque eu sou Haddad e ele Bolsonaro".

Para a psicóloga Adriana Burani Venceslau, "o papel do terapeuta não é o de fazer uma intervenção política, mas ajudar o paciente a descobrir o que foi deflagrado pelo ambiente atual". Ou seja, ajudar a desvendar as questões que já estavam pendentes nos relacionamentos e que vieram à tona, tendo como gatilho uma discussão que, na superfície, era "apenas sobre política."

Empatia

O quadro de desequilíbrio emocional ficou tão evidente que psicólogos e terapeutas de diversas correntes estão promovendo as chamadas rodas de conversa e acolhimento. As ações funcionam como grupos de terapia coletiva - e são ações abertas e gratuitas. "A ideia é abrir um espaço de fala e de escuta, principalmente para que as pessoas percebam que não estão sozinhas", diz a psicóloga Flávia Eugênio, que tem promovido rodas de conversa em Santo André, na Grande São Paulo. "Temos de reinstalar a esperança a partir das próprias histórias de vida de cada um. Também tentamos promover a empatia entre elas", afirma outra organizadora da roda, a psicóloga Ivani Francisco de Oliveira.

Segundo Tatiana Olic, a ideia é tentar fortalecer a ideia de "pertencimento". "Nesse momento, as pessoas precisam entender que não estão sozinhas, que ainda existe empatia e possibilidade de diálogo", afirma ela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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