Tópicos | Antirracistas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se manifestou sobre o atirador de 17 anos que matou dois manifestantes em um protesto antirracista em Kenosha, nos Estados Unidos. Para o parlamentar, o jovem, armado com um rifle, estava nas ruas para se defender do “Black Lives Matter”, movimento pró-vidas negras. O atirador, identificado como Kyle Rittenhouse, foi preso na última quarta (26) e responderá por homicídio doloso.

"Este é o atirador que se defendeu do blm (black lives matter). A esquerda o chama de supremacista branco, dá para acreditar?", escreveu Eduardo Bolsonaro, ao compartilhar o vídeo do atirador. Nas imagens, Rittenhouse diz que foi ao local para “proteger o comércio”.

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“Então, as pessoas estão se machucando e nosso trabalho é proteger o comércio, e parte do meu trabalho também é ajudar as pessoas. Então, se tem alguém ferido, eu estou correndo em direção ao perigo”, comenta o atirador na gravação.

O deputado estadual do Rio de Janeiro, Alexandre Freitas (Novo-RJ), também usou o Twitter para elogiar o adolescente. "#FreeKyleRittenhouse momentos antes de ser perseguido e quase morto por supremacistas racistas de esquerda. Um jovem de 17 anos consciente da sua responsabilidade como cidadão. Mesmo agredido, só reagiu quando sua vida estava em risco. Que bom que ele tinha um fuzil”, escreveu o político.

Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas depois que foram atingidas por tiros na terça-feira à noite em Kenosha, na terceira noite de protestos antirracistas nesta cidade de Wisconsin, norte dos Estados Unidos.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram pessoas correndo pelas ruas de Kenosha quando tiros são ouvidos. Outros vídeos mostram um homem caído em uma calçada.

David Beth, xerife no condado de Kenosha, afirmou que três pessoas foram atingidas por tiros e uma delas faleceu, segundo o jornal New York Times.

O tiroteio aconteceu durante a terceira noite consecutiva de protestos em Kenosha após a divulgação de um vídeo que mostra o afro-americano Jacob Blake sendo baleado sete vezes à queima-roupa por um policial branco de Kenosha no domingo.

As imagens gravadas com smartphones mostram Blake, de 29 anos, perseguido por dois policiais quando pretendia entrar em seu carro, onde estavam seus três filhos.

A ação policial recordou a morte de George Floyd em maio. Ao menos um pequeno grupo de homens brancos fortemente armados estava na cidade na noite de terça-feira. Eles afirmaram que pretendiam protegar as propriedades.

O New York Times informou que a polícia investiga se os tiroteios de terça-feira à noite foram motivados por "um conflito entre uma milícia que vigiava um posto de gasolina e manifestantes".

Vários civis armados estavam nas ruas de Kenosha na terça-feira, enquanto uma reduzida presença policial foi observada perto do tribunal de justiça.

Durante os protestos também foram registrados confrontos entre a polícia e os manifestantes, que lançaram fogos de artifício contra as forças de segurança, que responderam com balas de borracha.

Os criadores do Fortnite eliminaram os carros de polícia do popular videogame devido às preocupações com os protestos contínuos contra a injustiça racial e a violência policial nos Estados Unidos, informou o The Wall Street Journal no domingo.

O Fortnite recria um mundo virtual onde os usuários devem sobreviver à procura de armas e recursos enquanto eliminam os competidores. É um dos videogames mais jogados do mundo, com centenas de milhões de usuários.

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O jogo lançou uma atualização na semana passada na qual não havia carros de polícia, informou o jornal americano, citando uma pessoa próxima ao desenvolvimento do título.

"Não diria que é uma declaração política", disse essa pessoa ao Wall Street Journal. "Acredito que apenas somos sensíveis aos problemas que muitas pessoas de nossa audiência enfrentam".

O gigante dos jogos Electronic Arts, que possui os populares títulos Need for Speed, FIFA e Battlefield, se comprometeu a dar US$ 1 milhão a organizações que combatem o racismo e a discriminação. Prometeu também tomar medidas contra comportamentos de ódio em suas plataformas de jogos online.

O Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares | GAJOP lança, hoje (26), o Projeto BAYO - Laboratório de Estudos e Produção de Narrativas Antirracistas, na sede da ONG no Recife, das 14h às 17h. Na ocasião, também acontecerá a reinauguração da biblioteca institucional “Inaldete Pinheiro”.

O BAYO surgiu da ideia de reativar o uso da biblioteca do GAJOP, com a intenção de torná-la um espaço de leitura, formação, cuidado individual e coletivo. Através das suas ações pretende-se auxiliar a compreensão qualificada dos diversos condicionantes que estruturam e sustentam a prática do racismo em nossa sociedade, visando o fortalecimento da luta antirracista.

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A escolha da escritora Inaldete Pinheiro como homenageada para dar nome à biblioteca foi algo pensado a partir do percurso de luta, engajamento e protagonismo desta mulher negra, contra o racismo. O local passou um longo período inativo, ocasionando a perda de alguns exemplares. A equipe do GAJOP se mobilizou em mutirão para a reorganização e contagem do acervo que é bastante diverso, abrangendo livros e DVDs com temáticas sobre Direitos Humanos e intersecções com outras áreas de conhecimento. A previsão é ampliar e atualizar as publicações, fortalecendo conteúdos raciais. 

O evento contará com participação de convidadas especiais. São elas: a homenageada, Inaldete Pinheiro, Flávia Clemente | Conselho Político do GAJOP, ativista negra e docente da Universidade Federal de Pernambuco, Bernadete Alves | Coordenadora de projetos na comunidade Santa Luzia e Nzinga Cavalcante | Liderança camponesa do Sítio Ágatha. A agenda será aberta ao público e tem o apoio da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e do Afoxé Oyá Tokolê. Na ocasião, também estarão presentes movimentos sociais, adolescentes e jovens do Sistema Socioeducativo de Pernambuco, atendidos pelos projetos da ONG.

“Consideramos de extrema importância a reabertura da biblioteca institucional do GAJOP, como espaço de construção de conhecimento para a população atendida pelos nossos projetos e para toda a rede de movimentos sociais periféricos que, por vezes, não possuem um local de estudo, reflexão e articulação. O fato da educadora Inaldete Pinheiro ser a homenageada, fortalece a pauta de gênero e raça, dentro dessa construção do conhecimento e ações que pretendemos alicerçar” comenta Waneska Viana – socióloga, assessora de projetos do GAJOP e uma das idealizadoras do BAYO.

O Projeto BAYO terá uma duração inicial de seis meses e promoverá diversas ações formativas como, debates temáticos e rodas de discussões envolvendo entidades, coletivos e movimentos que tenham a temática racial como eixo orientador de suas ações e intervenções. A facilitação das atividades ficará tanto a cargo dos organizadores do Projeto quanto, a depender da temática que será trabalhada, dos técnicos do GAJOP e convidados externos.

Lançamento do Projeto BAYO - Laboratório de Estudos e Produção de Narrativas Antirracistas e reinauguração da biblioteca institucional “Inaldete Pinheiro.

Data: 26 de setembro de 2019.

Horário: 14h às 17h.

Local: sede do GAJOP Recife – Rua do Sossego, n° 432, Boa Vista.

*Da assessoria de imprensa

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