Tópicos | aparelhos digitais

Se não bastasse você ter que se preocupar em proteger seus aparelhos digitais de hackers, que podem roubar suas informações a qualquer minuto, um pesquisador inglês descobriu que seus gadgets também podem ser transformados em armas de tortura. Em uma entrevista à BBC de Londres, o pesquisador de segurança Matt Wixey, afirmou que muitos aparelhos modernos podem ser invadidos para produzir sons ensurdecedores.

A descoberta, feita após uma pesquisa que era parte do trabalho de PhD de Matt, mostrou que uma série de dispositivos eletrônicos tinha pouca proteção para impedir que fossem invadidos. Laptops, telefones celulares, fones de ouvido, um sistema de PA e vários tipos de alto-falantes, ao serem infectados com um malware poderiam emitir os sons perigosos por longos períodos de tempo, causando danos físicos aos usuários.

##RECOMENDA##

Basicamente, o pesquisador diz que - nesses gadgets, o hacker pode aumentar o volume ou inserir outro tipo de som para dar aquele susto na hora da sua música favorita. Brincadeiras à parte, ele descobriu que os dispositivos podem ser manipulados para fazê-los produzir sons prejudiciais de alta e baixa frequência, de forma local ou remota.

Durante os testes Wixey usou um programa para escanear as redes locais de wi-fi e Bluetooth fazendo o dispositivo escolhido reproduzir o som armado. Em alguns casos, os tons inseridos pelo pesquisador só deixariam as pessoas irritadas ou desorientadas, porém se tocados por mais tempo os ruídos poderiam prejudicar a audição.

Resultado

Apesar da gravidade contra os seres humanos, o teste foi feito em uma sala à prova de som, sem a presença de pessoas. Em seguida, o pesquisador entrou em contato com fabricantes para ajudá-los a desenvolver defesas, em caso de uma invasão hacker que possa produzir sons perigosos. A pesquisa foi detalhada durante uma palestra na conferência de hackers Def Con em Las Vegas, no último domingo (11).

LeiaJá também

--> Especialista dá dicas para se proteger de golpes online

--> iPhone: US$ 1 milhão para quem achar falhas de segurança

--> Apple suspende escuta de gravações de assistente virtual

O Brasil tem hoje dois dispositivos digitais por habitante, incluindo smartphones, computadores, notebooks e tablets. Em 2019, o País terá 420 milhões de aparelhos digitais ativos. É o que revela a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e divulgada ontem. Entre os aparelhos, o uso de smartphone se destaca: segundo o levantamento, há hoje 230 milhões de celulares ativos no País.

Já o número de computadores, notebooks e tablets em uso no Brasil é de 180 milhões. Houve um aumento de 10 milhões no número de smartphones ativos em relação a 2018. Desde o ano passado, o Brasil já tem mais de um smartphone por habitante. No caso de computadores, entretanto, há menos de um aparelho por habitante: são seis computadores para cada sete habitantes.

##RECOMENDA##

Saturação. Responsável pela pesquisa, o professor Fernando Meirelles, afirma que o mercado de aparelhos digitais está chegando à saturação, porque os brasileiros já têm seus smartphones e computadores. Segundo ele, o número de smartphones nos próximos anos não deve passar de 240 milhões. "A venda de aparelhos deve diminuir, o que deve acontecer é a reposição dos dispositivos", afirma o professor, "foi a mesma coisa que aconteceu com a televisão, hoje o brasileiro já tem sua TV em casa". De acordo com a FGV, a cada televisão vendida, são comercializados quatro celulares.

Para o pesquisador, a quantidade de aparelhos por habitante não deve aumentar a ponto de chegar a dois smartphones por pessoa, por exemplo.

"As pessoas não têm mais dois smartphones, um corporativo e outro pessoal. Já se usa um aparelho só para as duas funções", diz Meirelles. Além disso, não há incentivo das operadoras para os usuários terem mais de um celular - antigamente, promoções justificavam que um usuário tivesse um chip de cada companhia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando