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Pela segunda vez consecutiva, o diretório pernambucano do Republicanos declarou apoio à campanha de João Campos (PSB), prefeito do Recife e candidato à reeleição na disputa de 2024. Na próxima quinta-feira (1º), o partido fará um ato de apoio a Campos, sendo o primeiro a declarar oficialmente apoio ao projeto contínuo do PSB na capital. Em 2020, a sigla realizou uma convenção de apoio ao socialista, sendo também a primeira a entrar para a chapa majoritária. 

O ato ocorrerá no Moinho Recife Business, no centro do Recife, às 16h30. A direção estadual considera o apoio a João Campos no Recife uma "prioridade” do Republicanos, partido que mais cresce proporcionalmente no Brasil e no estado. 

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“O prefeito João Campos vem fazendo uma grande gestão, voltada para o desenvolvimento econômico e social do Recife. Apesar de jovem, João demonstrou nesse primeiro ano a frente da prefeitura do Recife que sabe administrar com ações concretas para melhorar a vida dos recifenses. Nós do Republicanos confiamos no projeto de João e vamos estar juntos para que o Recife continue avançando”, disse o ministro de Lula, Silvio Costa Filho, presidente licenciado do Republicanos. 

Em Pernambuco, além de apoiar alguns partidos aliados em cidades estratégicas, o Republicanos pretende lançar cerca de 60 candidaturas. “Na próxima quinta-feira, iremos fazer um grande ato em apoio à reeleição do prefeito João Campos porque acreditamos que a gestão do prefeito vem transformando a vida dos recifenses. A gestão do prefeito João Campos é uma das mais bem avaliadas entre as capitais do país e isso é reflexo do conjunto de obras que vêm sendo tocado pelo prefeito na cidade. Recife virou um canteiro de obras estruturadas”, ressaltou o presidente do Republicanos em Pernambuco, Samuel Andrade. 

 

Em evento de grupos israelitas neste domingo (29), para lembrar as seis milhões de mortes causadas no Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial contra o povo judeu, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), condenaram os ataques terroristas do Hamas contra judeus no ano passado.

Nunes, que disputará a reeleição neste ano, afirmou que todas as lideranças políticas brasileiras devem se posicionar sobre o Hamas. "A grande missão de toda comunidade judaica é o 'nunca mais'. No dia 7 de outubro, tivemos esse ato gravíssimo. Aquelas pessoas que são lideranças políticas em nosso País precisam deixar claro quem apoia o Hamas e quem combate o Hamas. O Hamas é grupo terrorista", afirmou Nunes.

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"Quero reforçar e reiterar as falas ditas aqui. E deixar o respeito à comunidade judaica, nosso posicionamento claro e firme em favor de Israel. E que vocês podem contar comigo, com a nossa cidade, e possamos dizer nunca mais", disse o prefeito sobre o Holocausto e o momento atual, no evento promovido pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), pela Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e pela Congregação Israelita Paulista (CIP).

Hoje, 136 pessoas estão ainda sob o domínio dos terroristas do Hamas. Os políticos pediram, ao lado de lideranças judaicas, a libertação dos reféns.

Durante o evento, um jovem da comunidade judaica de São Paulo afirmou que, atualmente, muitos deixaram de usar roupas e acessórios judaicos com receio de ataques. O governador Tarcísio afirmou que o Estado oferecerá segurança para comunidade judaica.

"Não podemos oferecer outra coisa a não ser o não. Não ao terror, não ao Hamas, não ao Hezbollah, não ao antissemitismo. Ninguém vai ter que esconder camiseta, ninguém vai precisar esconder que é judeu. Não vamos permitir. Vamos garantir a segurança da comunidade judaica em São Paulo", afirmou.

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, prometeu nesta segunda-feira (22) que apresentará até o fim da semana um projeto para atuação definitiva das Forças Armadas na região da Terra Indígena Yanomami (TIY), no Norte do Brasil, após pedido do ministro da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, coordenador dessa operação interministerial na região.

“Ele [ministro Rui Costa] me pediu, e eu vou apresentar, até o final desta semana, uma proposta para que esse trabalho lá, no Norte, seja definitivo. Nós vamos ter que deixar uma aeronave definitiva, é uma coisa que nós vamos apresentar. Mas, quando põe em algum lugar, falta em outro lugar”, observou o ministro da Defesa.

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Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, o diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal (PF), Humberto Freire de Barros, confirmou que aviões ilegais entram diariamente no Território Yanomami.

Denúncias feitas por líderes indígenas locais apontaram falta de controle do espaço aéreo próximo à TIY e, em consequência, a continuidade das atividades ilegais de garimpo no território.

Crise humanitária

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o ministro José Múcio afirmou acreditar que a crise na TI Yanomami havia acabado após a assistência conjunta de diversos ministérios, no início de 2023. “Depois, o problema parou. Não era uma coisa definitiva, uma operação continuada. Então, nós voltamos [do território indígena]. Agora, o problema voltou.” 

Segundo o ministro, por causa da persistência da crise humanitária, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma proposta definitiva, há cerca de duas semanas, após longa reunião com representantes de outras pastas envolvidas com a temática.

“O presidente da República, desta vez, nos reuniu e recomendou que nós apresentássemos uma proposta para que a solução fosse definitiva, ou seja, que nós deixássemos um contingente lá, com crise ou sem crise, mas sempre à disposição desse problema.”

Nesta manhã, o ministro disse que chegou cedo à Esplanada dos Ministérios para conversar com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para elaboração e apresentação ao governo federal de uma solução definitiva das Forças Armadas. “Desta vez, é uma proposta, não para uma solução de emergência. Vamos atender a uma emergência, mas dando características de uma solução definitiva.”

Disponibilidade

José Múcio negou a indisponibilidade de aeronaves para levar ministros à Terra Yanomami, na última semana, e reforçou que o diálogo interministerial já existe. “Evidentemente, que nós [Ministério da Defesa] não temos aviões, nem helicóptero no estoque, na prateleira [...]. Nós temos o mesmo número de aeronaves há alguns anos e temos mais ministros, temos outras ações. E essa questão dos yanomami precisa de atenção especial.”

O chefe da Defesa esclareceu que conversou com outros três ministros durante a noite em que estavam na TI Yanomami: Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança Climática, Sílvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania, e Sônia Guajajara, para prontamente atendê-los. “Nossa disposição é estar permanentemente ajudando, porque o nosso papel é este. Não é por querer. É porque é a nossa obrigação.” Ele se disse pronto para o diálogo. “Eu sou um homem de diálogo. Eu estou pronto. Se estiver errado, corrigir, ver onde está o erro. E se tiver um lugar de que a gente possa abrir mão e levar para lá, estamos à disposição.”

Apoio operacional e logístico

Desde janeiro de 2023, o Ministério da Defesa integra a força-tarefa do governo federal para a proteção dos indígenas, além de atuar no combate a crimes entre as fronteiras e ao garimpo ilegal na região.

No entender de José Múcio, o Ministério da Defesa é responsável pela infraestrutura de toda a operação de assistência humanitária aos yanomami, devido à necessidade de grandes deslocamentos feitos por aviões da FAB. Ele citou a logística de distribuição de cestas de alimentos aos indígenas e ressaltou que, apesar da absoluta disposição dos militares em ajudar, é preciso compatibilizá-la com a disponibilidade das Forças Armadas. “Às vezes, existe disposição, mas não há disponibilidade. Estamos precisando compatibilizar a disposição com a disponibilidade.”

Balanço

De acordo com Ministério da Defesa, nos últimos 12 meses, as Forças Armadas entregaram 36,6 mil cestas de alimentos aos yanomami. E o total de cestas entregues pelo governo federal soma 58,4 mil, sendo 47,1 mil em Roraima e 11,5 mil, no Amazonas.

As Forças Armadas transportarão mais 15 mil cestas de alimentos para o território indígena até 31 de março. A nova ação faz parte da Operação Catrimani, determinada na última quinta-feira (18) na Portaria n° 263/2024.

A decisão de apoiar ou não o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), na eleição municipal de outubro, agravou a crise no PSDB paulistano. A maior parte do diretório municipal defende o embarque no projeto de reeleição de Nunes. O diretório nacional, por outro lado, quer lançar candidato próprio. Entre as duas alternativas, há, ainda, a possibilidade de apoiar a deputada Tabata Amaral (PSB).

Ações de dois tucanos no fim semana reforçaram a divisão da sigla. Orlando Faria, então presidente do diretório municipal, renunciou ao mandato. Crítico de Nunes, ele estava insatisfeito com as movimentações do partido em São Paulo para apoiar a reeleição do prefeito.

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Já o vereador João Jorge, vice-presidente da Câmara Municipal, é entusiasta da campanha de Nunes. Descontente com a indefinição dos tucanos sobre a eleição na capital, Jorge afirmou que vai deixar a sigla em que esteve nos últimos 32 anos.

'Sobrevivência'

Ao Estadão, Orlando Faria disse que a saída do comando do diretório municipal foi de natureza pessoal e profissional. Afirmou ser defensor de uma candidatura tucana à Prefeitura por "questão de sobrevivência". "Tem que ter uma candidatura para pautar o debate", declarou ele. No entanto, sem candidato próprio, por questões programáticas, tinha na pré-candidatura do PSB uma via para o partido. "Para mim, era uma possibilidade", disse Faria sobre as tratativas com Tabata Amaral, com quem se encontrou em novembro passado.

Orlando Faria chegou ao comando do PSDB paulistano em meio ao "fogo amigo" entre as alas do partido ligadas a Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e ex-presidente nacional da legenda, e a João Doria, ex-governador de São Paulo. Leite determinou a troca de comando no diretório da capital paulista em outubro de 2023, substituindo o dirigente eleito Fernando Alfredo, aliado de Bruno Covas e Doria. Orlando Faria, Leite e o deputado Aécio Neves (MG), influente na Executiva nacional, são adeptos de uma candidatura própria.

Diante do impasse surgiu até uma sondagem a um egresso do partido. Segundo a Coluna do Estadão, Andrea Matarazzo informou o presidente do PSD, Gilberto Kassab, de uma sondagem feita pelos tucanos para disputar a Prefeitura por sua antiga sigla. Matarazzo saiu do PSDB em 2016.

"Eu saio com o coração partido", disse João Jorge ao Estadão sobre a desfiliação da sigla que o abrigou por mais de três décadas. O anúncio antecede a janela partidária, período em que os políticos podem mudar de agremiação sem perder os mandatos eletivos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) delimitou o período de 7 de março a 5 de abril para essas movimentações.

'Puxando a fila'

Há o risco de que João Jorge, tucano histórico, seja o primeiro de uma leva a deixar a sigla na janela - ele mesmo, aliás, fala em estar "puxando a fila" numa bancada que é, por enquanto, a maior da Câmara Municipal de São Paulo. "Eu converso com os oito (vereadores) e estamos muito preocupados. Pode levar mesmo a uma debandada grande da bancada. O PSDB deixou de ser uma legenda atraente, mais repele do que atrai o eleitor", afirmou.

Segundo Jorge, os vereadores tucanos querem honrar os acordos selados por uma gestão iniciada pelo próprio PSDB. "A bancada toda, de maneira unânime, quer apoiar o Ricardo Nunes, muito por conta do projeto iniciado com Bruno Covas. Temos um compromisso com essa administração", disse o vereador.

Nunes era o vice e assumiu com a morte de Covas. Os tucanos não deverão compor a chapa que disputará a reeleição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão de apoiar ou não o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), na eleição municipal de outubro agravou a crise no PSDB paulistano. A maior parte do Diretório Municipal defende embarcar no projeto de reeleição de Nunes. O Diretório Nacional, por outro lado, quer lançar candidato próprio. Entre as duas alternativas, há ainda a possibilidade de apoiar Tabata Amaral, pré-candidata pelo PSB.

Ações de dois tucanos neste fim semana reforçaram a divisão da sigla. Orlando Faria, então presidente do Diretório Municipal, renunciou ao mandato. Crítico de Nunes, ele estava insatisfeito com as movimentações do partido em São Paulo para apoiar a reeleição do mandatário.

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Já o vereador João Jorge, vice-presidente da Câmara Municipal, por outro lado, é entusiasta da campanha de Nunes. Insatisfeito com as indefinição dos tucanos sobre a eleição na capital em 2024, ele afirmou que vai deixar a sigla em que esteve nos últimos 32 anos.

Ao Estadão, Orlando Faria afirma que a saída do Diretório Municipal foi de natureza pessoal e profissional. Diz ainda que era adepto de um candidato tucano à Prefeitura por "questão de sobrevivência". "Tem que ter uma candidatura para pautar o debate", disse Faria. No entanto, sem candidato próprio, por questões programáticas, tinha na pré-candidatura do PSB uma via para o partido. "Para mim, era uma possibilidade", diz Orlando Faria sobre as tratativas com Tabata Amaral, com quem se encontrou em novembro do ano passado.

Faria chegou ao comando do PSDB paulistano em meio ao "fogo amigo" entre as alas do partido ligadas a Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e presidente nacional da legenda, e a João Doria, ex-governador de São Paulo. Leite determinou a troca de comando no diretório da capital paulista em outubro de 2023, substituindo o dirigente eleito Fernando Alfredo, aliado de Bruno Covas e Doria. Orlando Faria, Leite e o deputado federal Aécio Neves (MG), ligado à Executiva nacional, eram adeptos de uma candidatura própria.

Em meio ao impasse entre candidato próprio, apoio a Nunes ou a Tabata Amaral, surgiu até sondagem a um egresso do partido. A Coluna do Estadão mostrou que Andrea Matarazzo informou ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, sobre uma sondagem dos tucanos para disputar a Prefeitura de São Paulo por sua antiga sigla. Ele saiu dos quadros tucanos em 2016.

Debandada na janela partidária

"Eu saio com o coração partido", diz João Jorge ao Estadão sobre a desfiliação da sigla que o abrigou por mais de três décadas. O anúncio antecede a janela partidária, período em que os políticos podem mudar de agremiação sem perderem os mandatos eletivos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) delimitou o período de 7 de março a 5 de abril para essas movimentações.

Há o risco que João Jorge, tucano histórico, seja o primeiro de uma leva a deixar a sigla na janela - ele mesmo, aliás, fala em estar "puxando a fila" numa bancada que é, por enquanto, a maior da Câmara Municipal de São Paulo. "Eu converso com os oito (vereadores) e estamos muito preocupados. Pode levar mesmo a uma debandada grande da bancada. O PSDB deixou de ser uma legenda atraente, mais repele do que atrai o eleitor", afirma João Jorge.

Segundo Jorge, os vereadores tucanos querem honrar os acordos selados por uma gestão iniciada pelo próprio PSDB "A bancada toda, de maneira unânime, quer apoiar o Ricardo Nunes, muito por conta do projeto iniciado com Bruno Covas. Temos um compromisso com essa administração", diz o vereador.

Ricardo Nunes era o vice de Covas, mas, em busca da reeleição, é esperado que os tucanos não angariem nem mesmo a composição de chapa. "O PSDB tem manifestado, desde o começo, que quer fazer a indicação do vice, mas temos que entender o partido perdeu força", diz João Jorge. "Me parece muito que caminha para o governador Tarcísio e o ex-presidente Jair Bolsonaro fazerem a indicação. Todos os partidos gostariam de indicar o vice, mas vamos apoiar o que mais agregar eleitoralmente", completa o vereador.

A esse imbróglio quanto, soma-se o impasse que, por enquanto, deixa os correligionários sem direção. "Acho que o pior cenário é a indefinição", diz Orlando Faria sobre a possível debandada. A falta de uma diretriz definida, para o ex-dirigente na capital, causa instabilidade em eventual acordo com os vereadores.

Crise no Estado assola o partido

O partido também está próximo de uma convenção que irá definir o comando da sigla no Estado de São Paulo, a principal base tucana. A Coluna do Estadão teve acesso a um documento que escancara a "lavação de roupa suja" entre os dirigentes. Paulo Serra, prefeito de Santo André e presidente da Comissão Provisória Estadual, argumenta que o partido não tem estrutura administrativa para realizar o pleito.

Além da questão burocrática, Paulo Serra alegou que a indefinição na eleição paulistana deveria ser pavimentada antes da convenção. "Não é possível estabelecer representação estadual sem antes definir o que será feito politicamente na capital", analisou o prefeito no documento.

Os impasses na capital e no Estado assolam as principais bases do PSDB e tornam ainda mais delicada a situação do partido, que já foi o principal grupo de oposição aos governos do PT. Em 2022, numa composição inédita desde a redemocratização, os tucanos não tiveram candidato à Presidência da República - a senadora Mara Gabrilli compôs chapa com Simone Tebet. Além disso, num golpe sobretudo simbólico, o PSDB perdeu a eleição para o governo do Estado de São Paulo, que estava há 28 anos sob o comando do grupo, sem sequer levar Rodrigo Garcia ao segundo turno do pleito.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta quarta-feira, dia 10, subscrever a denúncia por genocídio contra o Estado de Israel, na Corte Internacional de Justiça, em Haia. Mais cedo, o presidente recebeu no Palácio do Planalto a visita do embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Alzeben, que pediu o apoio brasileiro na corte internacional. A decisão é mais um gesto diplomático duro de repúdio do governo Lula a Israel e foi criticada pela comunidade judaica brasileira. O caso começará a ser julgado nesta quinta-feira, 11.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) condenou o apoio brasileiro ao que chamou de ação "cínica e perversa, que visa impedir Israel de se defender dos seus inimigos genocidas". A nota afirma que a decisão "diverge da posição de equilíbrio e moderação da política externa brasileira". O texto segue dizendo que a África do Sul "inverte a realidade" e lembra que o conflitou foi desencadeado pelo ataque do Hamas.

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Já a nota divulgada pelo Itamaraty afirma que "à luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio".

Lula já tinha dado diversas declarações controversas a respeito da resposta militar de Israel, o que provocou desgaste diplomático. O presidente já vinha usando a palavra "genocídio" para descrever a guerra em Gaza e chegou a comparar os ataques do Hamas às incursões e bombardeios promovidos pelas Forças de Defesa de Israel. Ao receber o primeiro grupo de brasileiros repatriados de Gaza, Lula acusou Israel de também praticar "terrorismo".

As declarações de Lula estremeceram a relação do governo com a comunidade judaica. Entidades como a Conib, o Instituto Brasil Israel e a ONG StandWithUs Brasil criticaram no ano passado as posições do petista sobre o conflito.

Após o encontro, o embaixador relatou o pedido a Lula, mas disse que o presidente não manifestara uma decisão durante a audiência. A denúncia sul-africana, protocolada em dezembro, já recebeu apoio de países como a Bolívia. Também participaram o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial Celso Amorim.

Segundo o embaixador, que se disse "muito satisfeito", os palestinos pediram também ajuda humanitária imediata a Gaza e Cisjordânia, e ainda solicitaram a defesa de um cessar-fogo.

"Solicitamos sim o apoio do Brasil a esta iniciativa da África do Sul que tem como objetivo por fim ao genocídio contra o povo Palestino e libertar tanto Israel deste episódio quanto a população palestina. Eles estão estudando. O Brasil está representando com o juiz Nemer Caldeira (Leonardo Nemer Caldeira Brant), que está lá (na Corte). A posição do Brasil está clara: condenar qualquer tipo de genocídio contra qualquer ser humano. A pior gestão é a que não se faz. Nós fazemos e apoiamos essa iniciativa. Nós somos quem paga o maior preço. O genocídio tem que parar de qualquer maneira, com apoio internacional. Chega. Já são 95 dias de genocídio, de bombardeio. A Faixa de Gaza ficou praticamente invivível", disse Alzeben.

Segundo o Palácio do Planalto, o presidente disse ao embaixador que o Brasil condenou os ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro do ano passado. "Reiterou, contudo, que tais atos não justificam o uso indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por Israel contra civis", afirmou o governo.

Em nota, citando os números divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo grupo terrorista Hamas e não podem ser verificados de maneira independente, o governo brasileiro diz que a guerra deixou mais de 23 mil mortos - 70% deles mulheres e crianças - e que há 7 mil pessoas desaparecidas. "Mais de 80% da população foi objeto de transferência forçada e os sistemas de saúde, de fornecimento de água, energia e alimentos estão colapsados, o que caracteriza punição coletiva", disse o Ministério das Relações Exteriores.

O Itamaraty voltou a dizer que o Brasil apoia a solução de dois Estados "com um Estado Palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital".

Entenda a Corte Internacional de Justiça

A Corte foi criada junto com a ONU, em 1945, e é tida como corpo judicial das Nações Unidas. Trata-se de uma instituição independente, que interpreta o direito internacional e arbitra os contenciosos entre países. Por ser sediada em Haia, na Holanda, é confundida com frequência com o Tribunal Penal Internacional (TPI), conhecido também como Tribunal de Haia. Esse último, no entanto, tem atribuição de processar pessoas e não Estados.

As audiências marcadas para quinta e sexta-feira vão discutir, no primeiro momento, o pedido por uma ordem emergencial para que Tel-Aviv interrompa os ataques que, segundo as alegações de Pretória, violam a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, de 1948.

Não há prazo para o veredito, mas a expectativa é que uma decisão temporária seja anunciada em breve. Só depois, os 15 juízes que compõem o tribunal vão analisar o mérito da acusação de genocídio, julgamento que costumar durar, em média, de cinco a dez anos.

Na ação de 84 páginas, a África do Sul - que tem uma posição de defesa dos palestinos - destaca o elevado número vítimas civis, em especial crianças, e o deslocamento forçado de palestinos na Faixa de Gaza. Segundo a alegação, a "intenção genocida" seria reforçada por declarações de integrantes do alto escalão do governo, inclusive o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Israel nega categoricamente. "Não há nada mais atroz e absurdo do que esta afirmação", contestou o presidente Isaac Herzog. "Na verdade, os nossos inimigos, o Hamas, na sua carta, apelam à destruição e aniquilação do Estado de Israel, o único Estado-nação do povo judeu", completou.

Ao que tudo indica, a família Camargo fez uma pausa nas polêmicas para enviar apoio à Wanessa após a cantora ser anunciada como participante do BBB24. Graciele Lacerda, madrasta da artista, usou as redes sociais para mostrar que está na torcida pela integrante do grupo Camarote.

A companheira de Zezé Di Camargo compartilhou o anúncio de Wanessa nos Stories do Instagram e escreveu: "Estamos com você!!!"

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Luciele Camargo também fez questão de se manifestar na web. A tia da cantora separou um espacinho no seu feed para declarar: "Voa minha boneca! Simplesmente seja você, cheia de luz, determinada, humilde, talentosa e amorosa. Você é gigante! Eu sou Team Wanessa".

Já Camilla Camargo vibrou mais do que ninguém ao ver a chamada da Globo anunciando a irmã na casa mais vigiada do Brasil. "Sim, Wanessa está no Big Brother. Vou ficar acordada todas as noites agora, torcida organizada master, tudo o que eu puder fazer por ela. Estou super emocionada, já estou sentindo saudade dela. Vocês não têm noção. As pessoas me perguntando se a Wanessa estava no Big Brother, fiz a egípcia e não falei nada. Não falei nem que sim e nem que não, porque não podia falar. Estou tremendo de nervoso, porque é a minha irmã, minha melhor amiga, o meu amor. Torço demais por essa mulher. Ao mesmo tempo, estou com o coração apertado demais porque já estou sentindo muita falta dela. Uma pessoa que você fala o tempo todo, não poder falar a hora que você quiser... é muito angustiante, mas estou torcendo demais por ela. Uma das pessoas mais lindas que já vi na minha vida. Wanessa é fora da curva e eu tenho certeza que ela vai brilhar muito".

O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretendia investigar o padre Júlio Lancelotti na Câmara Municipal de São Paulo sofreu um revés nesta quinta-feira, 4, com a divulgação do nome dos vereadores que assinaram o documento. Ao menos quatro já anunciaram a intenção de retirar o apoio ao requerimento do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), o que coloca em dúvida a viabilidade da proposta. A CPI precisa ser pautada pelos líderes e aprovada pela maioria em plenário para sair do papel. O autor do pedido não atendeu a reportagem para comentar o caso.

Os parlamentares se dizem enganados e surpresos com o direcionamento da CPI que mira em organizações não governamentais (ONGs) que recebem financiamento público para atuar na Cracolândia. "Assinei uma CPI que em momento algum falava em investigar os trabalhos sérios do padre Júlio Lancelotti. Fui surpreendido ontem com essa enxurrada de notícias. Desvirtuou o objeto. Retiro minha assinatura e sinalizo que se a proposta for ao plenário eu votarei contra", afirmou o vereador Sidney Cruz (Solidariedade).

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O vereador Xexéu Tripoli (PSDB) disse ser "absolutamente revoltante" a abertura de investigação contra o padre. "Não defendo a perseguição política a líderes religiosos. Ainda mais nesses tempos de ódio e rancor nas redes sociais. A investigação de casos suspeitos de mau uso de recursos públicos não pode servir de pretexto para perseguição política", alegou em nota.

Outro a fazer elogios ao padre depois de sinalizar apoio à CPI foi o vereador Thammy Miranda (PL). "A comissão que assinei tem como intuito proteger os moradores do centro que enfrentam desafios relacionados à saúde e segurança pública na região da Cracolândia. Em nenhum momento o nome do padre Júlio Lancellotti foi mencionado, direta ou indiretamente, nesse apoio à CPI. Se o intuito desse projeto é atacá-lo, não tem meu apoio."

Além deles, a vereadora Sandra Tadeu (União Brasil), esta do mesmo partido de Rubinho Nunes, também está no time dos arrependidos. Ela disse não ser a favor de uma CPI "personalizada" com o nome do padre Júlio Lancelotti. "Sou a favor de uma CPI ampla que ouça as ONGs e o poder público municipal, estadual e federal, para que possamos entender onde estamos falhando", declarou ela.

Os políticos acionaram a equipe jurídica para tornar sem efeito as assinaturas, mas a situação pode gerar questionamentos na medida que o pedido já foi protocolado. De qualquer modo, a debandada sinaliza perda de apoio para uma eventual votação em plenário, condição necessária para a aprovação da CPI na Câmara Municipal de São Paulo.

Requerimento não cita o nome do padre

O requerimento do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), de fato, não cita diretamente o nome do padre Júlio Lancelotti, nem das ONGs que seriam objeto de investigação. Em entrevistas, no entanto, o político acusou organizações como a Craco Resiste e o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, de executarem uma política de redução de danos com dinheiro público que "explora os dependentes químicos do centro da capital". Ele também declarou que o padre seria um dos principais alvos.

O sacerdote disse não ter relação hoje com as entidades, e sim com a Paróquia São Miguel Arcanjo, e recebeu o apoio da Arquidiocese de São Paulo. Partidos de esquerda, como o PT e PSOL, apontam que ele sofre perseguição política. As duas entidades citadas atuam junto à população em situação de rua e dependentes químicos no centro de São Paulo, assim como o padre, que já foi conselheiro do Bompar. Nas redes sociais, a Craco Resiste chamou a ação de "ataque desonesto" contra o seu trabalho. O Bompar não se manifestou até o momento.

Abertura da CPI depende de líderes e aprovação em plenário

O pedido de abertura da CPI não é suficiente para garantir a sua instalação na Câmara Municipal de São Paulo. Mesmo obtendo as assinaturas necessárias para protocolar o requerimento, a proposta de CPI das ONGs precisa ser incluída na ordem do dia e passar por duas votações distintas antes de ser aprovada. A oposição promete atuar contra e tenta sensibilizar o presidente da Casa a não pautar o pedido.

Segundo a assessoria de comunicação da Câmara, o requerimento de abertura da CPI exige 19 assinaturas, o equivalente a um terço dos parlamentares, que somam 55 na capital. Essa etapa já foi cumprida no dia 6 de dezembro, conforme consta nos registros eletrônicos da Câmara. O documento recebeu 22 assinaturas; o Estadão identificou 19 parlamentares, de nove partidos diferentes, incluindo o líder do governo Ricardo Nunes, Fábio Riva (PSDB). Procurado, ele não esclareceu se o apoio representa uma opção individual ou uma posição de governo.

Já a instalação da CPI das ONGs dependerá de duas votações em plenário - a primeira para autorizar a abertura de uma nova CPI na legislatura e a segunda para decidir efetivamente pela criação da CPI das ONGs. Nas duas votações, é necessário maioria absoluta, ou seja, 28 votos, para a aprovação. O fato de o procedimento passar pelo plenário sugere que a ação depende ainda de articulação no Colégio de Líderes, responsável por definir a pauta das sessões. Outras 44 CPIs propostas nesta legislatura aguardam a vez.

Antes da debandada de assinaturas, o vereador Rubinho Nunes antecipou um suposto acordo entre as lideranças para dar prioridade ao seu pedido e disse que o pedido contava com cerca de 30 apoios para instalar a CPI das ONGs na volta do recesso, em fevereiro. Esse acordo não está confirmado. O presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), limitou-se a dizer por meio de nota que o tema ainda será tratado pelas lideranças. Membros da oposição, por outro lado, negam qualquer discussão ou acerto prévio nesse sentido e prometem obstruir o requerimento.

"Se de fato forem tocar isso para frente, nós vamos obstruir em todos os sentidos. Não achamos justo. Estão querendo fazer uma CPI das ONGs com o único objetivo de prejudicar o padre Júlio Lancelotti, que presta um serviço de grande qualidade há mais de 30, 40 anos e que tem conduta ilibada. Querem manchar a imagem do padre mais uma vez", disse o líder do PT, Senival Moura.

A exigência de voto em plenário ocorre quando mais de duas CPIs estão em andamento ao mesmo tempo. O regimento interno da Câmara Municipal de São Paulo permite o funcionamento simultâneo de até cinco investigações, desde que haja consenso entre a maioria dos parlamentares a partir da terceira. Atualmente, três estão em andamento na capital paulista: a CPI da Enel, que investiga o apagão de energia elétrica, a CPI do Furto de Fios e Cabos, que tenta mapear o furto e o comércio ilegal de cobre, e a CPI da Violência e do Assédio Sexual contra Mulheres.

Mesmo com as rusgas na sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou, na manhã desta quarta-feira (4), em entrevista à Rádio Eldorado, que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, teria lhe garantido o apoio do ex-presidente à sua campanha pela reeleição. O prefeito disse que sempre deixou "muito claro" que gostaria da aliança e acrescentou que é preciso ter uma união do centro, que seria seu campo, com a direita, para vencer o que chamou de "extrema-esquerda", em crítica a Guilherme Boulos (PSOL), seu principal concorrente na disputa pela Prefeitura.

"Ele (Valdemar) me confirmou que o assunto estava superado, martelo batido, e estaria caminhando junto com a gente, e portanto, a outra opção de candidatura estava descartada", disse o prefeito. Desta forma, ficaria de fora a possibilidade de Ricardo Salles (PL) ser o nome de Bolsonaro na disputa. Salles - que recebeu uma série de sinalizações positivas do ex-presidente - ainda espera uma posição de Bolsonaro para definir seus próximos passos, como mostrou o Estadão/Broadcast.

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Sobre Boulos, o prefeito já deu o tom da campanha e fez uma série de críticas, apesar de não citar nominalmente o adversário. "Uma pessoa que é bastante agressiva, que tem um histórico de invasões, que fez esse trabalho junto com os sindicatos do Metrô de separar a cidade, criou o caos na cidade, trabalhando por trás de forma oculta, sem nenhuma experiência", disse.

Apoio de Bolsonaro não estaria condicionado à indicação de vice

O prefeito afirmou que não ouviu de Bolsonaro que seu apoio estaria condicionado à indicação de vice. Para este tema, Nunes disse que pretende ouvir o conjunto de partidos para definir o nome, mas que a opinião de Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) terão "muito peso".

Como mostrou o Estadão, a intenção de Bolsonaro é indicar alguém do seu "núcleo duríssimo" para compor a chapa.

Marta Suplicy

O prefeito Ricardo Nunes voltou a minimizar as articulações do PT para que sua secretária de Relações Internacionais, Marta Suplicy, seja a vice de Boulos na corrida pela Prefeitura da capital paulista. Na entrevista à Rádio Eldorado o prefeito afirmou que não vê a chapa como algo concreto e disse que "uma mudança tão radical" por parte da secretária não faria sentido.

"Não tive por parte da Marta nenhuma ligação, nenhum comentário sobre isso, são coisas que saíram da imprensa, bastante barulho. Dela, que é minha amiga pessoal, tem uma amizade pessoal com a minha esposa, que a gente se conhece há tantos anos, ela não me falou nada", disse o prefeito." Então para mim é algo que não estou levando como concreto", continuou.

Nunes chegou a acrescentar que não pretende procurar a secretaria para tratar sobre o assunto assim que ela voltar de férias, no próximo dia 15. "Não vejo porque eu teria que procurá-la uma vez que ela mesma não citou para mim com relação a esse tema".

Como mostrou o Estadão, a possível aliança entre Nunes e o ex-presidente Bolsonaro seria o incentivo que faltava para Marta voltar a integrar as fileiras do PT. Nunes negou o tema e afirmou que a busca por apoios é um processo natural.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em campo para articular a chapa, já que a indicação de vice na chapa de Boulos é uma prerrogativa do PT. Os dois, Marta e Lula, teriam conversado por telefone, mas ainda não se tem notícia sobre um encontro pessoalmente para acertar os detalhes dessa aliança.

Presidente nacional do PSD e secretário de Relações Institucionais do governo do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab justificou o apoio da sigla à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) à Prefeitura de São Paulo, anunciado neste sábado, 23, citando a gestão de Nunes na capital paulista. "O PSD vai apoiá-lo sim, vai caminhar com a sua reeleição, até porque tem sido um bom prefeito", disse Kassab, durante agenda com o Nunes na zona oeste de São Paulo. "Estamos muito convencidos que é o caminho certo apoiar o Ricardo."

Segundo Kassab, após diversos encontro com lideranças "não tivemos muita dificuldade para chegar no nome do Ricardo".

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O prefeito, que agradeceu o apoio do PSD, disse que pretende contar com o União Brasil, Podemos, Cidadania, PSDB, Republicanos e PP no seu arco de alianças.

"A gente vai ter uma frente bastante grande de partidos democráticos", afirmou Nunes.

Depois de que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apoiará Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital paulista, na disputa pela reeleição no ano que vem, núcleos bolsonaristas têm mostrado insatisfação nas redes. Um segmento dos apoiadores do ex-presidente prefere apoiar Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente. Um dos expoentes do descontentamento é o deputado estadual Lucas Bove (PL).

Na rede social "X", antigo Twitter, o parlamentar citou uma frase dita pelo próprio Bolsonaro há pouco mais de uma semana, quando afirmou que o candidato deveria ser Salles. Em evento do PL no dia 12 de dezembro, o ex-presidente pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas e acrescentou que "São Paulo merece realmente um nome de uma pessoa que vá fazer pelo município, e não fazer por um partido".

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Foi essa frase que Bove destacou e, na sequência, disse que espera um candidato de direita para disputar o Poder Executivo da capital. "Essas foram as últimas palavras que saíram da boca do nosso líder e sempre presidente Bolsonaro sobre a Prefeitura de SP! Portanto, eu ainda acredito que teremos uma candidatura de direita. Ou vocês confiam na palavra de mais alguém que não seja o próprio presidente?", publicou para seus seguidores.

Na tarde desta sexta-feira, 22, o deputado voltou a comentar sobre o assunto. "De minha parte, a decisão final do presidente Jair Bolsonaro será respeitada e acatada, ele é nosso líder e ponto. Mas, enquanto ele não se pronuncia oficialmente, sigo acreditando, torcendo e sonhando em ter um candidato de direita na minha cidade querida", disse. Ao final da postagem, ele colocou uma hashtag em apoio a Ricardo Salles.

Ex-deputado federal e apoiador de Bolsonaro, Coronel Tadeu (PL) publicou uma live com o título: "Ricardo Salles poderá dar uma senhora rasteira em Ricardo Nunes." Ele citou que a "direita" precisa se unir em São Paulo e usou como exemplo as eleições de 2022, quando Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Marcos Pontes perderam na capital paulista, ainda que Freitas e Pontes tenham ganho no Estado.

"Na cidade de São Paulo, o Lula ganhou do Bolsonaro. O [Fernando] Haddad ganhou de Tarcísio. O Marcos Pontes perdeu para o Márcio França no Senado. A direita está precisando mostrar mais força na cidade de São Paulo. Ganhar a Prefeitura é muito importante. E grupo é grupo. O município de São Paulo é o maior do Brasil, tem orçamento maior que muitos Estados. É importante a direita marcar posição. Quem vai dizer quem é candidato é Jair Messias Bolsonaro", disse em trecho da live.

Apoiadores de Bolsonaro aproveitaram as publicações para comentar e mostrar sua preferência por Ricardo Salles na disputa pela Prefeitura de São Paulo no ano que vem.

Como o Estadão mostrou, depois do acordo em torno do nome de Ricardo Nunes, caberá a Jair Bolsonaro indicar o nome do vice. Isso ocorrerá em meados de fevereiro, quando Bolsonaro retorna de férias.

A disputa pela Prefeitura de São Paulo tem ainda, por ora, Guilherme Boulos (PSOL), Kim Kataguiri (União), Tabata Amaral (PSB) e Maria Helena (Novo) entre seus pré-candidatos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará formar uma "aliança ampla" em São Paulo em torno do nome de Ricardo Nunes (MDB), que disputará a reeleição para prefeito da capital paulista no ano que vem. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o martelo já foi batido, segundo o jornal O Globo. A informação foi confirmada pelo Estadão com a assessoria do PL nesta quinta-feira (21).

Na visão de aliados, várias candidaturas à direita deixariam Guilherme Boulos (PSOL) forte por ser o único nome ligado aos movimentos esquerdistas que reúnem PSOL e PT. Hoje, Nunes teria ainda como adversários Ricardo Salles (PL) e Kim Kataguri (União), o que pulverizaria votos. O vice na chapa de Nunes será escolhido por Bolsonaro em fevereiro do ano que vem, segundo o porta-voz do ex-presidente Fabio Wajngarten. Bolsonaro sai nesta sexta-feira (22) para período de descanso até o fim de janeiro.

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Com a decisão de Bolsonaro chancelada por Valdemar Costa Neto, Ricardo Salles (PL-SP) não será mais candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PL. Questionado pelo Estadão, Salles disse aguardar pronunciamento de Bolsonaro. "Vamos aguardar o Bolsonaro falar por si. Até lá, desconfio da veracidade das afirmações", disse o deputado federal.

Em um vídeo publicado nas redes sociais de Nunes, o atual prefeito paulistano cobrou publicamente apoio de Bolsonaro. Na gravação, Nunes diz que o ex-presidente sabe da responsabilidade que tem na união contra o que chamou de "extrema-esquerda". A declaração foi feita à rádio Guardiã da Notícia, de Santo André, no ABC Paulista, e republicada nas redes sociais do prefeito da capital paulista.

Na publicação feita com um sinal de positivo e a bandeira do Brasil na legenda, Nunes disse que o apoio de Bolsonaro pode ser crucial para os rumos eleitorais da capital. "Estive com ele na prefeitura, estive com ele em vários eventos. Agora, é no tempo dele. Natural que ele escolha o melhor tempo para poder declarar [apoio]. Eu quero, é importante que tenha o apoio do presidente Bolsonaro, é fundamental o apoio do presidente Bolsonaro. E tenho certeza de que ele tem consciência da responsabilidade dele do que nós estamos falando em São Paulo em combater o que tem de pior da extrema-esquerda", afirmou o atual chefe do Poder Executivo.

No dia 12 deste mês, o ex-presidente Bolsonaro disse em evento preferir Ricardo Salles como candidato à Prefeitura de São Paulo. Bolsonaro pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas na saída de um evento do PL em Brasília.

O momento foi registrado em vídeo e publicado depois nas redes sociais do deputado. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente, elogiando o trabalho de Salles como ministro do Meio Ambiente. "São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", afirmou Bolsonaro na ocasião. Salles se demitiu do Ministério do Meio Ambiente em 2021, depois de se tornar alvo de investigação sobre um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. Neste ano, virou réu em ação sobre propinas do contrabando.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tornou pública uma exigência para as eleições de 2024 na capital paulista. Ele quer o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e também do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma aliança contra seu principal adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Em um vídeo que circula nos núcleos políticos desde a noite desta quarta-feira, 20, e publicado nas redes sociais do atual prefeito paulistano, Nunes diz que o ex-presidente Bolsonaro sabe da responsabilidade que tem na união contra o que chamou de "extrema-esquerda". A declaração foi feita à rádio Guardiã da Notícia, de Santo André, no ABC Paulista.

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Na publicação feita com um sinal de positivo e a bandeira do Brasil na legenda, Nunes disse que o apoio de Bolsonaro pode ser crucial para os rumos eleitorais da capital. "Estive com ele na prefeitura, estive com ele em vários eventos. Agora, é no tempo dele. Natural que ele escolha o melhor tempo para poder declarar [apoio]. Eu quero, é importante que tenha o apoio do presidente Bolsonaro, é fundamental o apoio do presidente Bolsonaro. E tenho certeza de que ele tem consciência da responsabilidade dele do que nós estamos falando em São Paulo em combater o que tem de pior da extrema-esquerda", afirmou o atual chefe do Poder Executivo.

Sem citar o nome do deputado federal Guilherme Boulos, Nunes fez acusações contra o parlamentar. "Uma pessoa que invade propriedade, desrespeita a lei, toda hora solta fake news, cooptou sindicatos para poder causar transtorno na cidade e a nossa responsabilidade como pessoas públicas, tanto eu, Tarcísio e Bolsonaro, precisa ser levada em consideração dentro do contexto de unir a direita e o centro para poder proteger nossa cidade e assim proteger nosso país", disse Nunes.

O Estadão procurou a assessoria de imprensa do deputado Guilherme Boulos sobre as declarações de Nunes, mas, por enquanto, o parlamentar não comentará sobre o assunto.

Bolsonaro disse preferir Ricardo Salles

A fala de Ricardo Nunes ocorre quase 10 dias depois de o ex-presidente Bolsonaro dizer em evento preferir Ricardo Salles (PL-SP), deputado federal, como candidato à Prefeitura de São Paulo. Bolsonaro pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas na saída de um evento do PL em Brasília.

O momento foi registrado em vídeo e publicado depois nas redes sociais do deputado. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente, elogiando o trabalho de Salles como ministro do Meio Ambiente. "São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", afirmou Bolsonaro na ocasião. Salles se demitiu do Ministério do Meio Ambiente em 2021, depois de se tornar alvo de investigação sobre um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. Neste ano, virou réu em ação sobre propinas do contrabando de madeira.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a demonstrar apoio ao deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) na corrida pela prefeitura de São Paulo. Dessa vez, ao lado do pré-candidato, Bolsonaro declarou "Salles prefeito", em vídeo publicado nas redes sociais do parlamentar. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente sobre a possibilidade de Salles, seu antigo ministro, comandar a capital paulista.

"São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", disse o ex-presidente. Salles está de saída do PL, e deve se filiar ao PRD, partido que nasceu da fusão de PTB e do Patriota.

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A publicação enterra a possibilidade de Bolsonaro embarcar na campanha de reeleição de Ricardo Nunes (MDB).

Nos últimos meses, Salles entrou e saiu na disputa, após o PL sinalizar o apoio à reeleição de Nunes. O esperado era que o ex-presidente também embarcasse na campanha. Nunes, no entanto, não correspondeu ao sinais de Bolsonaro como desejado, preferindo adotar o tom de uma campanha de centro, e não ser o candidato de direita que o bolsonarismo gostaria.

Com o apoio de Bolsonaro, Salles deve disputar o cargo com Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tabata Amaral (PSB), que contará com a apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ex-governador Márcio França (PSB), e Nunes, que apesar de não ter um grande nome como padrinho, conta com a máquina pública e um arco de alianças com PP, Republicanos, PSD, entre outros.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, garantiu nesta quarta-feira (29), em Bruxelas, que Washington e seus aliados continuarão apoiando firmemente a Ucrânia na guerra contra a Rússia.

Na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Blinken admitiu que há quem "questione se os Estados Unidos e outros aliados realmente continuam apoiando a Ucrânia, enquanto entramos no segundo inverno da brutalidade de Putin".

"A resposta da Otan é clara e inabalável. Devemos continuar apoiando a Ucrânia e assim faremos", acrescentou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.

As declarações de Blinken acontecem enquanto crescem os receios de que uma redução do apoio militar à Ucrânia possa forçar o país a buscar algum tipo de acordo com a Rússia, a partir de uma posição de fragilidade.

Reunidos desde terça-feira (28) em Bruxelas, os ministros das Relações Exteriores da Otan insistiram que a aliança permanece convencida da necessidade de manter o apoio militar à Ucrânia.

Na sede da Otan, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reafirmou que seu país "não recuará" na guerra contra a Rússia, apesar dos progressos mínimos alcançados na linha de frente e das dúvidas sobre a continuidade do apoio ocidental.

"Temos que continuar lutando. A Ucrânia não recuará", disse o chefe da diplomacia ucraniana antes de uma reunião, antes de insistir que "nosso objetivo estratégico, que é a integridade territorial dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente desde 1991, permanece inalterado".

Os países ocidentais indicam que não fazem pressão para a Ucrânia negociar com a Rússia, apesar do principal comando militar da Ucrânia ter admitido que os combates chegaram a um impasse.

"Esperamos que o Congresso dos EUA também encontre uma solução que seja do interesse do povo americano, que é apoiar Israel e a Ucrânia", disse Kuleba.

Para o chanceler ucraniano, "a melhor forma de evitar enviar os seus próprios soldados para a guerra é ajudar outro país a travar a sua própria guerra".

A Ucrânia solicitou a adesão à Otan para poder beneficiar-se da proteção oferecida pela aliança militar, mas recebeu como resposta promessas vagas, sem qualquer calendário.

A Otan prefere pedir aos seus membros que mantenham a ajuda militar à Ucrânia, já que adicionar esse país agora poderia arrastar toda a aliança para uma guerra contra a Rússia.

Kuleba observou que, devido ao significativo apoio ocidental durante a guerra, a Ucrânia já está sendo transformada em "um exército da Otan, de fato", em termos de "capacidade técnica, abordagens de gestão e princípios".

"Defender a Europa sem a Ucrânia é uma tarefa inútil", destacou Kuleba.

No dia do segundo turno das eleições na Argentina, políticos governistas e de oposição estão divididos entre apoiar o libertário Javier Milei (La Libertad Avanza) e peronista Sergio Massa (Unión por la Patria) no X (antigo Twitter). A primeira-dama Janja da Silva, mostrou o seu apoio a Massa ao postar uma tirinha da personagem Mafalda, enquanto que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu a vitória de Milei como forma do País "se livrar da esquerda’.

Na manhã deste sábado, 19, a primeira-dama publicou uma foto de Mafalda, de autoria do cartunista argentino Quino, junto com a Mônica, do brasileiro Maurício de Sousa. Na legenda, Janja escreveu "Que Massa esse abraço!". O termo "massa" foi colocado com a primeira letra em maiúsculo para se referir ao candidato de centro-esquerda do Unión por la Pátria.

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Na última terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o País vizinho precisa eleger um presidente que "goste de democracia". O petista classificou a Argentina, principal parceiro do Brasil na região, e o bloco Mercosul como "muito importante" para o país e afirmou que os dois países precisam um do outro. Ao longo da sua campanha à Casa Rosada, Milei sugeriu que poderia retirar os argentinos do bloco caso seja eleito.

Outros políticos governistas também declararam os seus apoios para Massa, ou as suas rejeições ao libertário. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional, comparou Milei ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que o peronista seria a "certeza de que a Argentina seguirá pelo caminho da democracia e da união, sem nenhuma armadilha ou aventura".

Bolsonaristas relacionam liberdade com a vitória de Milei

Flávio Bolsonaro publicou um post de apoio ao libertário, e afirmou que a Argentina tem uma oportunidade de "se libertar da esquerda, de décadas de hiperinflação e de crise econômica e social". A declaração do filho do ex-presidente faz referência ao fato de Massa ser o atual ministro da Economia do País, que registrou uma inflação de 142,7% em outubro.

O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) publicou uma imagem de Milei nas suas redes sociais e afirmou que o libertário está indo "rumo a vitória". "Que o povo argentino escolha o caminho da liberdade e da prosperidade", afirmou.

Desde que Anahí revelou estar encarando uma doença severa que vários fãs da cantora mexicana do grupo RBD se solidarizaram, deixando várias mensagens de apoio a ela nas redes sociais.

Neste sábado, dia 18, a integrante enviou uma mensagem agradecendo todo o carinho que vem recebendo após descobrir uma grave infecção renal. Assim, por meio dos Stories no seu perfil oficial do Instagram, a musa deixou um recado para lá de otimista aos fãs.

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"Não há palavras para agradecer todo o carinho. Me sinto muito sortuda por saber que existem pessoas boas que querem que eu fique bem. Agradeço de verdade", iniciou ela no texto.

Por fim, de uma forma muito lúcida e cheia de gratidão, ainda que esteja enfrentando algo grave, Anahí declarou que logo, logo, sairá dessa.

"Sairemos dessa rapidamente e vamos comemorar, porque atitude e vontade são o primeiro passo", disse ela, por fim.

Depois do manifesto ex-presidentes de direita da América Latina ao candidato Javier Milei, foi a vez de Sergio Massa receber o apoio de líderes de esquerda da América Latina e da Espanha para as eleições da Argentina. O segundo turno das eleições presidenciais ocorrem neste próximo domingo, 19, e a disputa está acirrada entre o peronista do União pela Pátria e no libertário do A Liberdade Avança.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não citou o ministro da Economia argentino diretamente, mas declarou em sua live semanal desta terça-feira, 14, que a Argentina precisa de alguém que "goste do Mercosul".

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"Eu não posso falar de eleição na Argentina porque é um direito soberano do povo da Argentina. Mas eu queria pedir para vocês que vocês lemnrem de que Brasil precisa da Argentina e a Argentina precisa do Brasil. Dos empregos que o Brasil gera na Argentina e dos empregos que a Argentina gera no Brasil, do fluxo comercial entre os dois países e de quanto nós podemos crescer juntos", afirmou o petista.

"Para isso é preciso ter um presidente que goste de democracia, que respeita as instituições, que goste do Mercosul, que goste da América do Sul e que pensa na criação de um bloco importante", completou no vídeo que é transmitido nas redes sociais do governo brasileiro. "Eu só queria pedir para o povo argentino, na hora de votar, pense na Argentina, é soberano o voto de vocês, mas pensa um pouco que tipo de América do Sul você quer criar, de América Latina que você quer criar".

Lula não manifesta aberta abertamente apoio a Sergio Massa, mas sempre foi próximo dos governos peronistas da Argentina. Em agosto, após as primárias eleitorais argentinas, o brasileiro recebeu o ministro da Economia argentino em um encontro para tratar da liberação de dólares para o país vizinho lidar com sua dívida com o Fundo Monetário Internacional.

Logo em seguida, a equipe de Massa ganhou o reforço em setembro de marqueteiros e estrategistas brasileiros que lideraram campanhas do PT nos últimos anos. Eles desembarcaram em Buenos Aires após as primárias para atuar na reação ao avanço do libertário e oposicionista Javier Milei.

Além disso, como revelou o Estadão na coluna da repórter Vera Rosa, Lula ajudou em uma operação para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. Com o dinheiro, o ministro Sergio Massa, candidato à Casa Rosada, conseguiu novo acordo para liberar recursos do FMI.

Os episódios causaram respostas fortes da campanha de Javier Milei, que acusa o brasileiro de interferir nas eleições. Em uma entrevista recente ao jornalista peruano Jaime Bayly, o libertário chamou o Presidente brasileiro de "comunista" novamente e disse que não se reuniria com ele, o que representaria uma quebra de tradição, já que o Brasil é o primeiro local de visita dos presidentes argentinos eleitos e vice-versa.

Em sua campanha, Sergio Massa bate na tecla de que Milei pretende romper as relações entre Brasil e Argentina, o que custaria milhões de empregos argentinos. O libertário acusa o peronista de mentir em uma campanha de medo - que diz ser encabeçada pelos marqueteiros brasileiros - já que sua proposta seria a de reduzir a presença do Estado nessas trocas comerciais e deixar os empresário e produtores dialogarem eles próprios com quem querem fazer negócio.

No domingo 5 de novembro, o PT publicou uma nota oficial na qual declara apoio à candidatura de Sergio Massa. "Não temos dúvida em apoiar a candidatura de Sergio Massa, da coalizão União pela Pátria, no nosso país irmão. Defendemos a integração regional para trazer a justiça social, a paz, a democracia e um projeto de desenvolvimento", diz um trecho da nota. O documento foi assinado pela presidente do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann, e pelo Secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira.

Sánchez, Mujica e Obrador

Também nesta terça, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez enviou um vídeo a Sergio Massa expressando seu apoio. "No dia 19 de novembro serão realizadas eleições decisivas na Argentina. Os eleitores não vão apenas eleger um novo presidente, mas vão decidir algo muito mais importante, que é o futuro que desejam para o seu país. Os dois candidatos na disputa oferecem opções profundamente diferentes entre si. Sergio Massa representa o compromisso com a convivência democrática, com a harmonia; e oferece um projeto de unidade, solidariedade, com oportunidades para todos", afirmou.

E continuou: "Num contexto global complexo e incerto como o atual, precisamos fortalecer isso, as nossas democracias, adotar políticas que respondam às necessidades das pessoas, especialmente das pessoas mais humildes, e continuar no caminho da avanços sociais. Diante da estridência, Sergio Massa representa a tolerância e o diálogo para construir isso, uma Argentina com desenvolvimento inclusivo que não deixa ninguém para trás. Por isso, querido Sergio, envio-lhe todo o meu apoio aqui da Espanha e os meus mais sinceros votos de sucesso para as próximas eleições de 19 de novembro. Boa sorte para vencer".

Sánchez envia a mensagem em um momento de turbulência política particular. Seu partido, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o partido independentista catalão Juntos pela Catalunha (JxC) fecharam na semana passada um controvertido acordo que abre caminho para um novo governo e anistia os condenados pela tentativa de independência catalã, em 2017. Seu futuro deve ser discutido amanhã no governo espanhol.

Quem também gravou um vídeo foi o ex-presidente do Uruguai, José "Pepe" Mujica: "Se eu fosse argentino - que vejo como mais que um irmão de coração -, dado o dilema que o povo argentino tem, e não é porque Massa seja meu amigo, mas dada a opção que existe, eu votaria nele, porque ele está repetidamente levantando a necessidade de um governo nacional. Parece-me que ele tem consciência de que a Argentina não precisa de um cataclismo, mas sim de construir a unidade nacional, porque aí terá forças para sair do drama em que está imersa".

"Portanto, se eu pudesse votar, votaria em Massa com as duas mãos, porque me parece que ele está dando um passo em direção à esperança com sua atitude aberta de diálogo e inclusão e não de desprezo e esmagamento. Sorte argentinos. Boa sorte a todos os latino-americanos. Para o povo argentino e para nós, aqueles que moramos perto da Argentina", conclui.

Já o presidente do México, Andrés Manual López Obrador, também conhecido como AMLO, ironizou em uma coletiva de imprensa o apoio dos líderes de direita ao libertário Javier Milei. "Veem agora como Fox e Calderón (ex-presidentes mexicanos) com Vargas Llosa e outros ex-presidentes de direita apoiam Milei da Argentina? Claro. Ele é até contra o Papa. Ele chama o Papa de comunista, porque o Papa é a favor da Justiça", afirma.

"Com todo o respeito ao Perón, ao (Jorge Luis) Borges; àquele grande jogador de futebol, Maradona, que para mim é melhor; Messi, fenômeno... Bem, nenhum argentino como Francisco. E esse fascista ultraconservador se lança contra ele".

Manifesto por Milei

Nove ex-presidentes de países da América Latina e o escritor Mario Vargas Llosa assinaram um manifesto em apoio ao candidato presidencial Javier Milei. A chapa A Liberdade Avança, liderada pelo candidato libertário, compartilhou nas redes sociais um comunicado agradecendo o apoio recebido.

Os ex-líderes Mauricio Macri, Iván Duque, Mariano Rajoy, Jorge Quiroga, Sebastián Piñera, Andrés Pastrana, Luis Fortuño, além dos mexicanos Felipe Calderón e Vicente Fox, assinaram o comunicado em apoio ao libertário. No texto, os signatários afirmaram que o candidato governista Sergio Massa representa a continuidade de um modelo econômico "fracassado" que jogou o país "em permanente estagnação durante décadas".

"O projeto de Massa nada mais é do que o projeto original de Néstor e Cristina Kirchner: alcançar a hegemonia política à custa do orçamento e da punição da oposição", dizem no comunicado.

"Diante desta ameaça, apresenta-se a opção de Javier Milei, um candidato novo na política, com quem sem dúvida temos muitas divergências, mas que acredita nas ideias de liberdade e tem uma visão muito acertada do diagnóstico a respeito dos problemas econômicos do país."

Setenta economistas e empresários assinaram um manifesto em apoio à aprovação da reforma tributária, que chega a uma semana decisiva no Senado Federal. O texto endossa a proposta apresentada pelo relator Eduardo Braga (MDB-AM), que deve ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta terça (7).

Entre os signatários do artigo estão ex-presidentes do Banco Central, como Affonso Celso Pastore, Arminio Fraga e Gustavo Loyola; ex-ministros da Fazenda, como Maílson da Nóbrega, Henrique Meirelles e Guido Mantega; economistas idealizadores do Plano Real, como Edmar Bacha e Persio Arida; secretários e ex-secretários de Fazenda, como Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt e Helcio Tokeshi; e empresários, como Jorge Gerdau e Pedro Passos.

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"A reforma tributária em discussão no Senado é a mudança de que precisamos para construir um sistema tributário que impulsione o desenvolvimento econômico e social no Brasil", diz o manifesto, iniciativa do "Pra Ser Justo - movimento suprapartidário criado por organizações da sociedade civil empenhadas na aprovação da reforma. "O relatório apresentado pelo senador Eduardo Braga à CCJ mantém os principais pilares da reforma."

O texto afirma, porém, que o relatório de Braga "promove a ampliação da já elevada quantidade de regimes específicos e favorecidos aprovada pela Câmara, distanciando a reforma tributária dos melhores modelos praticados no mundo". "Reconhecemos que concessões são necessárias para viabilizar politicamente a aprovação da reforma, mas advertimos que, sob a perspectiva técnica, o limite razoável já foi atingido ou mesmo superado", diz o manifesto.

Mesmo assim, os signatários recomendam a aprovação da proposta para aumentar o crescimento do País. "Os senadores e senadoras têm a responsabilidade de zelar por um modelo capaz de aumentar a produtividade e o crescimento do País, além de reduzir nossas desigualdades sociais e regionais."

Conforme os signatários, "a aprovação da PEC 45 pela Câmara dos Deputados em julho foi um momento histórico para o Brasil. Chegou o momento de o Senado Federal deixar sua marca. Que seja a de um sistema tributário mais eficiente, transparente e justo para todo o povo brasileiro".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PT publicou, nesse domingo (5), uma nota oficial na qual declara apoio à candidatura de Sergio Massa à presidência da República na Argentina. "Não temos dúvida em apoiar a candidatura de Sergio Massa, da coalizão União pela Pátria, no nosso país irmão. Defendemos a integração regional para trazer a justiça social, a paz, a democracia e um projeto de desenvolvimento", diz um trecho da nota do PT.

O documento, que traz a data desta segunda-feira (6), é assinado pela presidente do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e pelo Secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira.

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O peronista Sergio Massa é o atual ministro da Economia do governo de Alberto Fernandez, de centro-esquerda. Ele é o candidato da coalizão União pela Pátria, que tem maioria de partidos de esquerda, embora inclua também legendas de centro e de direita. No dia 19 de novembro, Massa enfrentará o libertário Javier Milei, candidato da coalizão Liberdade Avança. Massa ficou em primeiro lugar no primeiro turno, mas pesquisas indicam uma disputa apertada no segundo turno.

Economista e oriundo do mercado financeiro, Milei defende propostas liberais para a economia, como a dolarização da economia argentina, a redução dos gastos públicos e de impostos. Também prega a desregulamentação do porte de armas e a militarização das prisões.

"(...) Dois projetos de sociedade se enfrentam: um, representado pela candidatura presidencial de Sergio Massa, de perfil democrático e popular, com um programa de governo de desenvolvimento e justiça social; e outro, do candidato Javier Milei, representando a extrema-direita e o ultra neoliberalismo econômico do salve-se quem puder", diz um trecho da nota do PT

"Nós, brasileiros e brasileiras, conhecemos bem essa segunda alternativa de extrema-direita, que também governou nosso país no período anterior. Conhecemos toda a dor e o sofrimento que o descaso com a vida do povo significou para nosso país", continua o texto do partido, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A nota de apoio do PT neste domingo contrasta com o silêncio do principal líder da sigla, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo diante de pedidos de aliados, Lula evitou até o momento declarar formalmente apoio ao candidato peronista - o que não significa que não tenha agido para ajudá-lo. No fim de agosto, Lula reuniu-se com Massa em Brasília.

Massa argentino também foi recebido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Brasil e Argentina anunciaram na ocasião um acordo de US$ 600 milhões para garantir o financiamento das exportações brasileiras ao país vizinho, que sofre com a falta de dólares.

Como mostrou o Estadão, Lula atuou em operação para liberar um empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) à Argentina, de modo que a Casa Rosada pudesse pagar uma dívida anterior com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Além disso, profissionais do marketing político ligados ao PT também estão na Argentina atuando na campanha de Massa. Não por acaso, a campanha do peronista usa temas que o PT costuma explorar no Brasil, como o resgate da autoestima e o sentimento de unidade nacional, repetindo estratégia petista usada contra Bolsonaro. Marqueteiros brasileiros como Raul Rabelo, Otávio Antunes e Halley Arrais buscam caracterizar uma eventual gestão do direitista Milei como um "salve-se quem puder", sem regras e nem leis.

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