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O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) entrou com uma representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra eventuais atos lesivos ao patrimônio da Eletrobras e seus acionistas, por um erro no balanço da empresa Santo Antônio Energia, controlada por Furnas, uma das subsidiárias da Eletrobras.

Segundo o deputado, a empresa não teria provisionado no balanço, referente a 2021, o resultado de uma arbitragem que foi concluída no início deste ano. Com o resultado da arbitragem, a Santo Antônio Energia foi derrotada e o valor da dívida foi estimado após esse processo em R$ 18 bilhões. De acordo com a denúncia, deveriam ter sido provisionados os juros relativos a essa dívida, no valor de R$ 2 bilhões.

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O deputado se baseia na decisão da consultoria independente Deloitte de recomendar à Santo Antônio Energia que ajuste o seu balanço de 2021, já publicado, para que sejam reportadas perdas no processo de arbitragem em que a empresa foi derrotada. Furnas detém mais de 43% do capital da empresa, tendo como sócias a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig), Odebrecht Energia, Andrade Gutierrez e Amazônia Energia.

As obras de construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio foram iniciadas em 2008, porém ocorreram inúmeros atrasos devido a greves e problemas no licenciamento ambiental, mas a empresa já havia vendido energia no mercado, que não conseguiu entregar. Teve então que comprar energia no mercado livre e de outras usinas para entregar aos clientes.

"Com a disparada no valor da eletricidade em 2014 devido à falta de chuvas, o cumprimento dessa determinação provocou um prejuízo bilionário à empresa. Na ocasião, a direção da Santo Antônio Energia responsabilizou o Consórcio Construtor pelo atraso, e para definir as responsabilidades pela dívida, instalou-se um procedimento arbitral", explica a denúncia.

Com a decisão da arbitragem desfavorável, a dívida deverá ser paga pela Santo Antônio Energia, e não pelo Consórcio Construtor.

Em fato relevante publicado em 9 de fevereiro, a Santo Antônio Energia informou que "em face da complexidade e volume da sentença arbitral, há pontos que pendem de esclarecimento e possibilidade de eventual ajuste, a fim de que se possa avaliar a real extensão dos seus efeitos, conforme permitido pelo Regulamento da Câmara de Comércio Internacional e pela Lei Brasileira de Arbitragem."

Já o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) acusa a Eletrobras de não querer mexer no balanço da Santo Antônio Energia para poder divulgar o resultado da Eletrobras referente ao 4o trimestre do ano passado na próxima segunda-feira, 14, e assim viabilizar a privatização da empresa este ano.

"Nas regras do jogo, dentro da legalidade, a missão é praticamente impossível, mas para correr com o processo (de privatização) começam a aparecer escândalos, fraudes contábeis grosseiras e um cenário tenebroso para os envolvidos", afirma o CNE.

O congresso nacional do Movimento Brasil Livre (MBL) marcado para novembro promete amenizar a dicotomia política do país, ou acirra-la ainda mais, levando para o centro de um dos debates do evento políticos de esquerda:  os deputados federais Orlando Silva (PCdoB) e Arlindo Chinaglia (PT). 

A iniciativa faz parte ideia de nova roupagem do grupo, chamada de MBL 3.0, que pretende reduzir a agressividade retórica com os adversários e pautar as discussões pelo respeito às diferenças ideológicas.  

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Orlando e Chinaglia vão debater com os membros do MBL, movimento que liderou campanha pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e os deputados federais Vinicius Poit (Novo-SP), Daniel Coelho (Cidadania-PE) e Kim Kataguiri (DEM-SP), que é um dos coordenadores nacionais do movimento, além do senador Marcos Rogério (DEM-RO) sobre reforma política. 

De passagem pelo Recife em setembro, o vereador de São Paulo e coordenador nacional do MBL,  Fernando Holiday (DEM), adiantou a pretensão em entrevista ao LeiaJá. 

“O MBL 3.0 é para fazer autocrítica e tentar agora ter um diálogo maior com quem pensa diferente. Acreditamos que é possível debater de forma civilizada, a ideia é chamar para ambiente nosso [como o Congresso Nacional no fim do ano] figuras que discordam da gente, de esquerda, e debater com essas pessoas sem hostilidade e baixaria”, disse na ocasião, ponderando ainda que o grupo “demonizou” os adversários e isso teria que mudar.  

A expectativa do MBL é que outros políticos de esquerda também sejam incluídos na programação do congresso, marcado para os dias 15 e 16 de novembro, em São Paulo. 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), iniciou, há pouco, a sessão para a votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A reunião é a terceira seguida desde a última sexta-feira (15), quando iniciou a discussão do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do pedido de autoria dos juristas Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.

A sessão já iniciou com tumulto. Os deputados Arlindo Chinaglia e Afonso Florence, ambos do PT, questionaram as regras lidas por Cunha e, inclusive, pontuaram a ausência da defesa da presidente na sessão. Em protesto, Florence ficou em frente a Mesa Diretora, no entanto Cunha chamou a segurança para retirar o petista do local. Os parlamentares que estavam no Plenário e são a favor do impeachment iniciaram um coro chamando-o de “palhaço”.

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Com os ânimos dos pares alterados, o relator da matéria iniciou a defesa do seu texto. Ele tem até 25 minutos para discursar. Em seguida, os 25 líderes fazem as recomendações para suas bancadas e os parlamentares iniciam a votação nominalmente. No microfone, eles vão votar sim, não ou abstenção. Cada um terá 10 segundos para divulgar o posicionamento. 

Além disso, declarações dos parlamentares explicando seus votos serão anexados a ata da sessão deste domingo. Para aprovar a abertura do processo, são necessários, no mínimo, 342 votos.  Caso isso aconteça, o pedido será encaminhado para o Senado, que instalará uma comissão especial para dar um novo parecer e afasta automaticamente a presidente Dilma Rousseff

Cunha proíbe cartazes

Entre a exibição de um cartaz e outro, a favor e contra o impeachment, uma faixa pedindo “Fora Cunha”, foi erguida na área onde está localizada a Mesa Diretora da Casa. Após isso, o presidente da Câmara afirmou que estava proibida, a partir daquele momento, a exibição de faixas e cartazes no plenário. 

Para cumprir a nova ordem, Eduardo Cunha recomendou que os seguranças recolhessem os cartazes e cuidassem para que a medida fosse respeitada. Antes disso, parlamentares favoráveis ao impeachment estavam em pé atrás da Mesa Diretora. A estadia dos pares foi condenada pelo deputado Orlando Silva (PCdoB). Após questionamentos do comunista, Cunha pediu para que eles voltassem aos seus lugares.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse nesta segunda-feira, 22, que a Operação Acarajé, 23.ª fase da Lava Jato, não fortalece o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A investigação tem como alvo central o marqueteiro João Santana, das campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma.

"Não necessariamente é mais um golpe para o governo. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) - agindo dentro da lei - têm todo o dever de investigar. Nós temos que aguardar o resultado das investigações. Antecipar a responsabilidade da Presidência da República é uma especulação indevida", afirmou, após participar de evento promovido pelo banco JP Morgan em São Paulo.

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De acordo com Chinaglia, existe uma "velha tese" de que as contribuições para alguns partidos têm origem criminosa, enquanto, para outros, legal. "As empresas envolvidas na Lava Jato contribuíram com vários partidos em diversas campanhas, então, que se investigue tudo", afirmou.

Sobre a libertação na sexta-feira, 19, do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS), o deputado do PT de São Paulo disse que a situação dele é complicada. "A situação é difícil porque o caso ainda não foi transitado em julgado. As gravações feitas são muito fortes. Existe um constrangimento (com a volta de Delcídio)? Sim, porque ele era presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e não poderá continuar, era líder do governo e não pode continuar, por motivos óbvios. Então, não há nada a comemorar", disse.

Mensagens obtidas pelos investigadores da Operação Lava Jato com a apreensão do celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, mostram que o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) trocou informações com o empreiteiro sobre a possível convocação do executivo em uma CPI na Câmara.

Em outubro de 2013, Léo Pinheiro - condenado na Lava Jato - chegou a ser convocado para depor em uma comissão parlamentar de inquérito na Câmara sobre suposto tráfico humano em obras da empreiteira OAS no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

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Em 29 de outubro de 2013, Pinheiro enviou para um número não identificado mensagem atribuída a Chinaglia em que o petista diz: "Articulei publicamente com os líderes da base o esvaziamento da reunião que deve acontecer. Se der quorum, não vota hoje ou derrotaremos. Liguei pro Luiz Couto, do PT, e ele me atendeu. (Cândido) Vaccarezza está firme em campo. Vai dar certo".

Em novembro de 2013, poucos dias antes do requerimento sobre Pinheiro ser retirado de pauta pelo autor da proposta, Chinaglia enviou uma mensagem a número também não identificado: "Amanhã haverá reunião e votação de requerimentos que estamos acompanhando. O que convoca/convida o presidente da emp não esta pautado. Estaremos marcando. Abs.".

Chinaglia confirmou que conheceu Pinheiro em um evento na Bahia. Ele afirmou que, em uma das conversas, surgiu a preocupação de o então presidente da OAS ser chamado à CPI e disse que, na condição de líder do governo, pesquisou se havia a convocação. Chinaglia não é investigado na Lava Jato.

As conversas se estenderam no ano eleitoral de 2014. "Novas regras de compliance para as empresas públicas. Acabar com cargos em Comissão. Prestigiar os Concursados. Planos de Cargos e Salários para o Funcionalismo Publico. Critérios objetivos para promoções. Saude, Educação e Segurança com adicionais para os que atuam em Áreas de Risco. Acho que por ai. Abs", teria escrito Pinheiro a Chinaglia em 19 de outubro de 2014. "Leo para presidente. abs.", respondeu o petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato derrotado na disputa pela presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), deixou o plenário da Casa, em silêncio, logo após a anuncio da vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O peemedebista venceu no primeiro turno com 267 votos. Rodeado por integrantes do PT e do PCdoB, Chinaglia se dirigiu ao gabinete e não quis comentar o desfecho da votação. "Deixa baixar o calor do momento", interveio a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

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Ao chegar ao gabinete de Chinaglia, o vice-presidente do PT e deputado federal, José Guimarães (CE), afirmou que o momento é de reflexão. "É momento de lições, de repensar e de recompor a base", afirmou Guimarães.

Além da derrota para a presidência da Câmara, o PT também deve perder o comando das principais comissões em razão de o grupo que apoiou os petistas não ter conseguido formar um bloco que superasse o construído pelo PMDB.

Candidato à presidência da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), ressaltou em discurso no plenário nesta tarde que, se eleito, a Casa não será "subjugada" pelos demais Poderes.

Apoiado pelo Palácio do Planalto, que chegou escalar os ministros com perfil político para tentar articular uma vitória do deputado paulista, o petista, entretanto, durante toda a campanha tentou se desvincular do rótulo de "candidato do governo".

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"Se alguém imagina a Câmara subjugada quero dizer que é um erro dramático. O erro de imaginar que a Câmara possa ser um poder subordinado", ressaltou o petista. Na disputa de hoje, Chinaglia conseguiu construir um bloco com 160 representantes, 58 a menos do que o formado pelo PMDB, que angariou o maior número de parlamentares (218).

"Assumi essa incumbência com humildade, porém com muita determinação. A nossa determinação nasce das nossas mais profundas convicções. Mesmo agindo com a maior das boas vontades, nós não substituímos o povo brasileiro. Vivemos em um país desigual, apesar dos avanços de décadas", disse o petista no discurso.

Antes dele, discursou o candidato pelo PSOL, Chico Alencar (RJ). O candidato Eduardo Cunha (PMDB-RJ) discursou há pouco e agora é a vez de Julio Delgado (PSB-MG), o último a se pronunciar.

Três blocos partidários foram criados na Câmara dos Deputados antes da eleição para a Presidência da Casa. O maior deles, formado por 218 parlamentares, é composto por 14 partidos: PMDB (65), PP (38), PTB (25), DEM (21), PRB (21), SD (15), PSC (13), PHS (5), PTN (4), PMN (3), PRP (3), PEN (2), PSDC (2) e PRTB (1). Esses partidos apoiam o candidato do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), à Presidência.

O segundo maior bloco, formado por 160 deputados, é integrado por PT (69), PSD (36), PR (34), Pros (11) e PCdoB (10), que apoiam a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP).

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Por fim, PSDB (54), PSB (34), PPS (10) e PV (8) integram um bloco de 106 deputados e apoiam o candidato Júlio Delgado (PSB-MG).

Com o encerramento do prazo de inscrições de blocos, cinco partidos permaneceram isolados: PDT (20), Psol (5), PTC (2), PSL (1) e PTdoB (1).

A eleição da Mesa Diretora, que é composta pela Presidência, duas vice-presidências, quatro secretarias e igual número de suplências, está marcada para as 18 horas.

*Com informações da Agência Câmara

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato a presidente da Câmara dos Deputados, se empenha nessa reta final da campanha para tentar angariar votos. No início da noite deste sábado (31), ele participará de evento realizado por deputadas em apoio a sua candidatura. Na ocasião ele deve anunciar o apoio do PR, que foi fechado hoje, depois de um acordo selado durante um almoço.

As parlamentares já estão reunidas em um restaurante localizado no mezanino da Torre de TV, em Brasília. O candidato a presidente, no entanto, ainda não apareceu e deve atrasar mais em função de uma reunião de última hora com representantes do PRB e o ministro dos Esportes, George Hilton. A assessoria de Chinaglia não confirma a reunião.

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O evento do qual Chinaglia participará ainda hoje conta com a presença de uma parlamentar do PR, Clarissa Garotinho, eleita ano passado pelo Rio de Janeiro. Além das parlamentares, duas ministras se encontram no evento: Ideli Salvatti, secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; e Eleonora Menicucci de Oliveira, secretaria de Políticas para as Mulheres. Com o atraso de Chinaglia, as deputadas começaram a reunião sem ele. Elas fizeram apresentações e discursos. As deputadas no local representavam PT, PDT, PCdoB, PR e PP.

A bancada do PR da Câmara dos Deputados caminha para fechar apoio à candidatura do deputado petista Arlindo Chinaglia à Presidência da Casa. Chinaglia participou de um encontro com integrantes da bancada do partido com a presença dos ministros da Relações Institucionais, Pepe Vargas, e dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, que é da cota do PR na Esplanada.

A cúpula do PR está consultando pessoalmente, por telefone, e-mail e mensagens a fim de saber se a maioria da bancada concorda com o apoio. O partido terá a partir de amanhã 34 deputados federais - a sexta maior bancada da Câmara. Antonio Carlos Rodrigues disse que a "tendência" é do partido avalizar a candidatura de Chinaglia. O anúncio deve ocorrer ainda esta noite, na véspera da eleição da Mesa Diretora.

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Candidato à Presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), representa a tensão da legenda com o PT, da presidente Dilma Rousseff. Nessa última legislatura, os dois partidos aliados trocaram farpas em vários momentos, especialmente quando o Planalto interferia nas questões legislativas.

Sem deixar a base governista, mas defendendo a independência do Congresso, o deputado disse que a Câmara não pode abrir mão das pautas que considerar importantes e que a autonomia não pode ser confundida com oposição. “Não é pelo fato de você apoiar ou não o governo que você é mais ou menos independente. Independência é ato, é gesto, é exercício de um poder como poder”, frisou ele, que não quer que o Parlamento se torne “um puxadinho do outro poder”.

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Atual líder do PMDB na Casa, o carioca de 56 anos vai para o quarto mandato consecutivo. Como prioridade, ele acredita que a Casa deva discutir a reforma política, além de aprovar mudanças nos tributos e concluir a votação do orçamento impositivo. “A reforma política só não foi votada até hoje porque houve uma obstrução do PT no mandato passado”, disparou.

Confira abaixo a transcrição da entrevista de Eduardo Cunha à TV Câmara.

Deputado Eduardo Cunha, quais seriam as prioridades caso o sr. seja eleito presidente da Câmara dos Deputados?
Em primeiro lugar, temos que introduzir o conceito de que a nossa principal plataforma na campanha à presidência é a independência do Poder Legislativo, a independência da Câmara dos Deputados. A Constituição fala que os poderes são independentes e harmônicos entre si. A gente vai buscar a independência de não ser uma Casa submissa ao governo e nem seja uma Casa de oposição. Que a gente possa elevar a autoestima dessa Casa, uma presidência com altivez, que as pautas possam ser colocadas independentemente da concordância ou não, que a maioria possa se manifestar por meio do voto. Então a principal prioridade é o exercício da independência. Todos os demais pontos serão consequência. Nós vamos apreciar matérias relevantes. Matérias como a reforma politica, a reforma tributária, temos que colocar em votação. Mas o mais importante é o conceito de manter a Casa independente e altiva.

Numa democracia presidencialista, onde a relação entre os poderes exige freios e contrapesos, como seria a relação do Congresso com o Palácio do Planalto no seu mandato?
Institucional como diz a Constituição. Nós não estamos pregando reinventar a roda, nem nenhuma bravata. A gente só quer que os poderes sejam independentes e harmônicos entre si. Então, é a independência da Casa com harmonia com o Poder Executivo e com o Poder Judiciário. Sem qualquer submissão do Poder Legislativo. Seja ao governo, através do Poder Executivo, ou seja até mesmo ao Poder judiciário. A Casa tem que se colocar no seu devido lugar, ser respeitada pela sociedade, pelo exercício do seu papel constitucional e ter esse papel exercido com independência.

Que reformas o senhor elencaria como importantes e factíveis para os próximos dois anos?
Em primeiro lugar, temos que tratar da reforma política, com certeza absoluta. A reforma política só não foi votada até hoje porque houve uma obstrução do PT no mandato passado. O que aconteceu é que havia propostas e essas propostas o PT não queria votá-las. Consequentemente, naquele momento houve uma obstrução parlamentar, se decidiu não por em votação. Uma nova comissão foi constituída, houve uma proposta de emenda constitucional, essa proposta também teve a obstrução do PT na Comissão de Constituição e Justiça, onde ela sequer foi admitida. Então, temos que fazer que isso seja admitido e possa ter uma tramitação célere. A reforma política tem que ser discutida independentemente das opiniões de quem quer que seja, para que a gente encontre um termo, leve à votação e a maioria vença em cada ponto.

Depois da reforma política, outra reforma mais importante que temos, e que todo mundo fala, é a tributária. Mas a reforma tributária é uma reforma que é muito mais complexa porque mexe com a arrecadação de entes federados. Então, precisamos discutir o pacto federativo, porque a discussão do pacto federativo é maior do que a reforma tributária. Temos que discutir que receitas ficam para cada ente federado, que obrigações ele tem por essa receita. Ou o inverso: que obrigação vamos dar para cada ente federado com a receita para o seu financiamento. Então essas duas discussões, se forem levadas a adiante, já teriam sido um grande ganho institucional. Além disso, vamos colocar o orçamento impositivo para as emendas de bancada.

Reforma política inclui um número muito expressivo de variáveis: reforma no sistema político-eleitoral, reformas que combateriam a corrupção. A exatamente que reformas o senhor se refere?
Estou falando de reforma política. Não de combate à corrupção, que já tem legislação para combate à corrupção que você pode aperfeiçoá-la. É uma coisa completamente independente do tratamento da reforma política. A reforma política você tem que discutir como se dará as eleições e como financiá-las. E essa eleição, como ela se dará, ela terá efetivamente uma mudança de legislação eleitoral. A outra, você tem uma legislação dos partidos políticos e até de mudanças constitucionais. Eu tenho o meu pensamento, mas certamente não tenho condições de afirmar se o meu pensamento vai ser o da maioria da Casa, talvez até não seja em alguns pontos. Consequentemente, a Casa, pela sua maioria, vai decidir. O que temos que fazer é debater o fim de coligação proporcional, coincidência de mandatos, se vamos ter ou não cláusula de barreira, se vamos efetivamente diminuir o tempo de campanha, como será o financiamento (público ou privado), como será a eleição proporcional, se ela será distrital, distritão, se será lista ou não lista. Enfim, uma série de temas para serem debatidos que serão debatidos.

A votação do orçamento impositivo ainda não terminou. O que é que o senhor elencaria de novidade para esse ano que se inicia dentro desse tema?
O término da votação da proposta de emenda constitucional que foi votada na Câmara, foi ao Senado, foi modificada, voltou à Câmara, foi votado o primeiro turno da PEC, resta o segundo turno. Mas orçamento impositivo já foi implementado sob a gestão de Henrique Alves [presidente da Câmara], porque a Lei de Diretrizes Orçamentárias [LDO], que foi relatada pelo PMDB, pelo Danilo Fortes [deputado pelo Ceará], para o ano de 2014, e foi relatada pelo senador Vital do Rêgo [PMDB-PB] para o ano de 2015, prevê a implementação e já está em vigor o orçamento impositivo. O que vamos fazer é apenas constitucionalizar a norma que já está sendo aplicada pela LDO. O que eu falei do orçamento impositivo é que nós vamos aumentar esse orçamento impositivo, não vai ficar restrito apenas às emendas parlamentares individuais. Vamos estendê-lo às emendas de bancada.

Em todas as democracias modernas o Congresso enfrenta desafios em relação à popularidade e à aprovação. De que forma o senhor pretende resgatar a imagem do Congresso junto à população?
Exercê-los com independência. Não ser submisso ao governo, não ser um puxadinho do outro poder e ao mesmo tempo também não ser um palanque eleitoral para o exercício de oposição. Esse é o principal ponto: a recuperação da imagem do Congresso passa pelo seu exercício independente e a sua pauta ser uma pauta que vai ao encontro da sociedade, para que a gente possa ter um Parlamento altivo.

Como a gente pode conciliar independência com apoio ao Palácio do Planalto?
Não tem nada a ver uma coisa com a outra. A governabilidade é expressada por matérias que têm a ver com interesse do governo ou com a sua necessidade da sua governança, e que são colocadas, serão pautadas, serão votadas. Se o governo tiver maioria, ele vencerá; se não tiver, ele pode perder. Agora, pautas de natureza ideológica, de programações partidárias, essas são outras pautas que não têm nada a ver com a governabilidade. É perfeitamente possível conciliar qualquer independência com apoio majoritário a uma base de governo que seja maior. Para isso a constituição da base de governo se dá através de coalizões ou através da própria resultante do processo eleitoral. Então, não quer dizer que um parlamento que esteja majoritariamente favorável às propostas de governo não seja independente por isso. O que é ser um parlamento independente? É ele não ter problema de pautar qualquer matéria que não seja de interesse do governo. Não necessariamente ficar contra o governo. Por exemplo: o orçamento impositivo não teria sido pautado se o PT estivesse na presidência da Casa. Ao mesmo tempo que o decreto legislativo que revogava o decreto dos conselhos populares, de autoria da presidência da República, foi pautado por Henrique Alves e foi votado. Dificilmente um presidente do PT votaria um decreto legislativo para revogar um decreto da presidência da República. Isso é o efetivo exercício da independência. Essa independência também foi [vista] no Congresso Nacional, quando aprovamos uma resolução definindo que os vetos trancariam a pauta após 30 dias da sua publicação, também é outro exercício de independência. Assim como quando Michel Temer [atual vice-presidente da República] foi presidente da Casa [2009-2010], ele deu uma interpretação de que as medidas provisórias só trancavam as pautas de projetos oriundos do Poder Executivo. Isso é exercício de independência. Não é pelo fato de você apoiar ou não o governo que você é mais ou menos independente. Independência é ato, é gesto, é exercício de um poder como poder.

Para finalizar nossa conversa, por que o senhor entende que deveria ser o próximo presidente da Câmara dos Deputados?
Em primeiro lugar, já falamos que a Casa não deseja, no momento que você não teve nenhum processo de hegemonia eleitoral, que não houve a hegemonia política do mesmo partido que comanda o poder Executivo comandar o Poder Legislativo. Por outro lado, hoje a Casa, que está comandada por Henrique Alves, que não foi candidato à reeleição, consequentemente está sob meu partido, o PMDB. Terceiro, temos 28 partidos com representação na Casa, o PMDB tem 66 deputados, o próprio PT, que é o partido que tem mais deputados, tem 69, ou seja, os dois juntos têm 135 deputados, a Casa não aceita que 135 dirijam 513. Então é preciso que se construa. O que a gente fez foi construir. Ninguém é candidato de si mesmo. Não é porque um dia alguém já ocupou a presidência que tem que ter o direito de voltar à presidência. Não é porque eu resolvi ser presidente pela minha vontade ou ambição pessoal, que certamente todos os 513 parlamentares podem almejar presidir, tem a legitimidade para isso, mas é preciso construir uma proposta que tenha uma aceitação entre várias correntes da Casa. O que a gente fez foi construir, através do debate, uma plataforma. Essa plataforma foi sendo aceita, foi obtendo apoio e, consequentemente, por isso, nos estimulou e torna quase compulsória uma candidatura, que a gente leve essa plataforma para ser debatida no Plenário e ser submetida a votação dos nossos colegas. E é isso que faremos no dia 1º [de fevereiro, dia da eleição], para buscar uma Casa independente, que funcione com altivez, que não seja submissa a poder nenhum, mas que não seja também palco de um palanque eleitoral.

Com informações da Agência Câmara.

A três dias da eleição da Mesa Diretora da Câmara, o PT e o PMDB, partidos com as maiores bancadas, disputam a preferência dos deputados para a indicação à Presidência da Casa. Indo para o sexto mandato, Arlindo Chinaglia (SP) quer voltar ao comando da Casa para colocar em votação as reformas políticas e tributárias, além de rever salários dos servidores públicos e tratar de temas para conter a violência no país.

“Acho que precisamos parar de cuidar de um varejinho para a gente começar a nos forçar ainda mais de maneira aprofundada em temas maiores”, disparou o parlamentar, que também prega a independência do Legislativo. “A Câmara tem de ter uma agenda nacional, porque nos últimos tempos ela tem apenas respondido a demandas, seja do Poder Executivo, do Poder Judiciário, de corporações, de grupos econômicos. Devemos ter uma pauta discutida democraticamente com os parlamentares e atendendo às aspirações populares”, frisou.

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Para ele, o Congresso precisa resgatar a autoridade diante da população e envolvê-los no cotidiano das discussões. “Porque quando os parlamentares agem muitíssimo bem, nós podemos dizer que representamos o povo”, salientou.

Atual primeiro vice-presidente, o petista de 65 anos foi presidente da Câmara no biênio 2007-2008. A candidatura dele, lançada em dezembro, é uma resposta do PT ao avanço do PMDB. A aliança entre as duas legendas tem se desgastado na última legislatura e as divergências, especialmente com o governo de Dilma Rousseff, causou uma tensão na base governista. A fim de voltar ao controle do Legislativo, o PT quer garantir a presidência da Casa e a consequente votação de temas de interesse do Planalto.

Confira abaixo o trecho da entrevista de Arlindo Chinaglia à TV Câmara:

Como o senhor enxerga o relacionamento do Congresso com o Palácio do Planalto?
Existe a autonomia entre os poderes e, além da Constituição, temos o Regimento Interno. O presidente tem uma função muito importante, mas ele não é dono da Câmara dos Deputados. Essa independência entre os poderes exige da Mesa Diretora, notadamente da presidência, a capacidade de conduzir processos. E qual é a questão central? É que somos iguais, todos fomos eleitos; apenas momentaneamente nos diferenciamos por esta ou aquela função. É nosso dever criar condições para que cada parlamentar consiga desenvolver o seu mandato na sua plenitude. Este é o fator determinante do trabalho da presidência da Câmara.

Que reformas o senhor elencaria não só como importantes, mas como factíveis para o biênio do próximo presidente da Câmara dos Deputados?
Reforma Política - Eu, quando presidente, coloquei o assunto em votação. O relatório do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) tinha sido aprovado por unanimidade, praticamente, na comissão especial, mas, quando chegou ao Plenário, um ou outro partido recuou da sua posição e os dois eixos principais da reforma foram derrotados: a lista pré-ordenada e o financiamento público de campanha. O que tem ocorrido? Na medida em que a Câmara e o Senado não avançam nesse tema, o Judiciário tem avançado da pior forma. Porque o Judiciário está lá para aplicar a lei e não para legislar. Temos que colocar para discutir, aprofundar, com a cautela necessária, porque não é uma discussão acadêmica, há interesses em conflito. Porém, a sociedade vem crescentemente se mobilizando e isso vai gerar uma pressão positiva em cima de nós, aqui no Congresso. Agora, ninguém sabe antecipar que reforma seria, porque todo mundo defende, mas cada um tem a sua. Tem de colocar na mesa e discutir. Acho que não há tema proibido na Câmara dos Deputados.

Tributos - A questão tributária, com reflexos nos desenvolvimentos nacional e regional, é uma disputa permanente. Não é incomum ver governadores de regiões distintas do País, mesmo sendo do mesmo partido, que têm posições divergentes frente à renúncia ou ao estímulo fiscais. Por quê? Porque cada governador está preocupado em responder às demandas do seu estado. Nós temos, de fato, que pensar no estado brasileiro.

Salários no serviço público - Existem disparidades salariais acentuadíssimas. Há categorias pequenas que ganham altíssimos salários e outras bastante grandes que recebem um péssimo salário. É inadmissível, por exemplo, que um professor universitário, que dedica uma vida ao saber, não seja devidamente reconhecido pelo estado brasileiro e, muitas vezes, não tenha as condições de trabalho adequadas. Temos que discutir e quem sabe evoluir para um patamar onde os níveis salariais tanto do Executivo, quanto do Legislativo e do Judiciário de certa maneira se equiparem. Não estou falando só da cúpula. Estou falando de funções com relevância em cada um desses poderes.

Licitação - Muitas vezes, a Lei de Licitações (8.666/93) serve de amparo para esquemas entre empresas e não para beneficiar o poder público. Isso precisa ser mudado.

Violência - Não dá para conviver mais com tanto assassinato, tanta violência no trânsito e tanta impunidade como se fosse algo normal, porque não é. Se depender da minha opinião, da minha vontade, vamos criar grupos de trabalho não só para alterar a legislação, mas para funcionarem como grupos de pressão. Não é raro também alguém do Executivo estadual atribuir ao Congresso Nacional a sua falência frente aos problemas graves de segurança pública. Temos aí muitos desafios.

O senhor mencionou a reforma política, que sempre foi uma bandeira do seu partido. A OAB sinalizou recentemente pelo fim da contribuição privada às campanhas políticas. Como é que fica essa questão aqui no Congresso?
Isso só saberemos depois que começar essa discussão. Tivemos uma renovação em torno de 40% da Câmara. É claro que muitos dos que chegam aqui vem do mundo da política, portanto, devem ter algum grau de opinião a partir da sua experiência ou partido. Falta apenas um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) dar o seu parecer; todos os outros já decidiram pelo fim do financiamento privado de campanha. Da minha parte, sem problema. Acho que é muito ruim alguém que vai fazer a representação popular depender de financiamento privado. Isso, portanto, remete para o financiamento público. Agora, eu prevejo que a sociedade pode não perceber em um primeiro momento qual é, de fato, a importância disso.

Em todas as democracias modernas ao redor do mundo, existem desafios sobre a popularidade do Congresso. Como resgatar a imagem desse coletivo?
Mais do que imagem ou popularidade, nós precisamos resgatar a autoridade. O resto é consequência. Porque quando os parlamentares agem muitíssimo bem, nós podemos dizer que representamos o povo. Às vezes, há um questionamento até perigoso quanto à representação do Congresso, do ponto de vista da democracia. Agora, precisamos ter consciência de que, mesmo quando trabalhos bem, quando nós representamos, não substituímos o povo. Uma das partes mais nobres da nossa atividade é termos a capacidade de envolver os cidadãos e as cidadãs na política. É isso que vai provocar a renovação, vai fazer inclusive com que as pessoas coloquem para si o desafio, porque, às vezes, é muito confortável cada um ficar cuidando da sua própria vida. Eu defendo a política como instrumento, e não como um fim em si mesmo. E daí sair o mais poderoso instrumento, que faz a guerra, mas faz a paz, que oprime, mas pode libertar. Esse é o nosso esforço perante a sociedade.

Por que o senhor entende que é o melhor candidato à presidência da Câmara?
Não tenho certeza de que eu seria o melhor entre os 513 [deputados]. Eu estou aqui há muitos anos e recebi manifestações de carinho, de amizade, de respeito dos parlamentares, de qualquer partido, ao longo desse tempo. É claro que tem uma ou outra divergência grave, porém isso me dá tranquilidade. Não só porque eu já fui presidente da Câmara, e quero ser melhor do que fui. Mas eu acho que fui um bom presidente, porque é o que me dizem. Então, o julgamento não é meu. Eu vou estar submetido a uma eleição. Ganhando, o resultado explica então porque eu sou o melhor candidato.

Com informações da Agência Câmara.

O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, reagiu na tarde desta quinta-feira, 29, às declarações do candidato do PMDB à presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), sobre a liberação de emendas aos deputados novatos. Em nota, o ministro disse considerar as acusações como "inoportunas" e parte da estratégia da campanha do peemedebista.

Nesta manhã, Cunha disse que ouviu relatos de parlamentares de que o governo prometeu liberar as emendas em troca do voto ao petista Arlindo Chinaglia (SP). Vargas negou que o Planalto faça pressão sobre os novos deputados.

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"O governo não trabalha com ameaças, nem compra deputados. Com esse tipo de declaração, o deputado ofende o Congresso Nacional. Se ele supõe que um deputado decida sua intenção de voto desta forma, ele na prática esta rebaixando o Parlamento", disse em nota.

O líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), criticou a ofensiva de ministros para influenciar líderes partidários em favor da candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP). Em nome da governabilidade e da recomposição da base aliada na Casa, ministros defenderam a criação de um bloco com oito partidos e fizeram um apelo para que o PR, PRB e PP apoiem Chinaglia.

O peemedebista chamou de "desespero" o encontro que reuniu os ministros Gilberto Kassab (Cidades), Gilberto Occhi (Integração Nacional), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Antonio Carlos Rodrigues (Transportes). "Não estou fazendo almoço com ministros do PMDB. Os ministros do PMDB estão tendo um comportamento ético", afirmou Cunha.

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Para o candidato do PMDB, a interferência do governo no processo eleitoral no Legislativo cria um "descompasso" entre aliados da mesma base. "Então o PMDB está fora da governabilidade?", questionou.

Ele condenou a tentativa de interferência e a pressão sobre os partidos e disse estar seguro de que o PRB, por exemplo, não abandonará sua candidatura. Ele evitou comentar a situação do PR e do PP. "Se for interferência, ela é indevida", respondeu.

Otimismo

Os peemedebistas esperam ter pelo menos 320 votos na eleição do próximo domingo (1º), o que daria a vitória em primeiro turno a Cunha. "Ministro não vai influenciar em nada. Depois que eles entraram (na campanha), Eduardo não perdeu nenhum voto", declarou o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um dos candidatos à sucessão de Cunha na liderança da bancada caso o peemedebista conquiste o comando da Casa.

Vieira Lima lembrou que existe um sentimento anti-PT na Casa e que o favoritismo de Cunha atrairá na reta final outras siglas para a chapa, interessadas na composição dos cargos na Mesa Diretora e nas comissões. A bancada do PMDB acredita que até a véspera da eleição o PV, por exemplo, desembarcará da candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG). "Quem vai poder dar espaço (na Mesa) é o bloco do Eduardo", concluiu.

Faltando cinco dias para a escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados, ministros foram a campo para tentar atrair o apoio do PP, PR e PRB ao petista Arlindo Chinaglia (SP). Em um almoço em Brasília, os petistas ofereceram abrir espaço para os partidos aliados na Mesa Diretora e nas comissões em troca da formação de um bloco governista pró-Chinaglia.

O encontro reuniu dirigentes de oito partidos (PT, PDT, PCdoB, PRB, PSD, PROS e PSC) e os ministros Pepe Vargas (Relações Institucionais), Ricardo Berzoini (Comunicações), Antonio Carlos Rodrigues (Transportes), Gilberto Kassab (Cidades) e Gilberto Occhi (Integração Nacional). "Estamos trabalhando pelo governo, pela presidente Dilma e pela governabilidade", resumiu Occhi.

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PR, PP e PRB, que apoiam o peemedebista Eduardo Cunha (RJ), ficaram de rediscutir suas posições e anunciar suas decisões até sábado (31), véspera do pleito. O PEN, que tem apenas dois parlamentares, avisou que vai aderir ao bloco já composto por PT, PCdoB, PSD e PROS. O PDT já é dado como certo no grupo pró-Chinaglia. Se confirmadas as novas adesões, o petista elevaria o número de votos de 149 para 231 e, pelos cálculos dos governistas, Chinaglia poderia vencer a eleição em segundo turno com até 280 votos. "A candidatura do Cunha será um voo de galinha", ironizou um parlamentar do PSC.

Os ministros compareceram ao encontro defendendo a recomposição da base aliada contra os que pregam o "confronto aberto" com o governo. "Quem é base tem de fazer um esforço para fortalecer a solidariedade da base", reforçou Berzoini.

Já o ministro Pepe Vargas disse que a estabilidade no Congresso só pode ser garantida com a formação de um grande bloco. "É um bom caminho para a consolidação da nossa base", declarou. Ele acredita ser legítimo que ministros e até o vice-presidente da República, Michel Temer, atuem em favor de seus candidatos e negou que exista uma interferência direta do Executivo no processo eleitoral no Legislativo. "Se o governo quisesse interferir estava montando o segundo e o terceiro escalão agora. O governo não fez isso, pelo contrário", argumentou Vargas.

Entusiasmado com a carga simbólica do encontro, Chinaglia disse considerar natural a atuação dos ministros à favor de sua candidatura. "Acho que está dentro dos limites", avaliou.

Para garantir o apoio ao candidato do governo, o PT se dispôs a ceder espaço para os aliados na composição dos cargos na Casa e nas comissões. "O PT está disposto a fazer concessões para agregar o bloco. Ninguém vai dar rasteira em ninguém", reforçou o vice-presidente da sigla, deputado José Guimarães (CE), que chamou a articulação de "gol de placa" contra o adversário do PMDB. "Fizemos de um limão uma limonada", comemorou Guimarães.

Dirigentes como Carlos Lupi (PDT), Alfredo Nascimento (PR), Guilherme Campos (PSD) deixaram o encontro realizado em um hotel da capital federal exaltando a "unidade" da base aliada e prometendo trabalhar pela formação do bloco governista.

O acirramento da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, aliado ao fato de a nova legislatura obter a maior taxa de renovação desde 1998, desencadeou nos candidatos uma estratégia específica para os 198 dos 513 deputados que assumem pela primeira vez os seus mandatos, cerca de 40% dos eleitores na eleição que ocorre no próximo domingo.

O principal argumento do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), favorito na disputa; do preferido do Palácio do Planalto, Arlindo Chinaglia (PT-SP); e do líder do PSB e candidato da oposição, Júlio Delgado (MG), para convencê-los é garantir o aperfeiçoamento na execução das emendas parlamentares - ferramenta utilizada pelos congressistas para indicar verbas federais a seus redutos eleitorais e um dos principais instrumentos que eles terão nos próximos quatro anos.

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Na sua campanha em que rodou nas últimas semanas todos os 26 Estados do País, Eduardo Cunha garantiu não só a conclusão da votação da emenda constitucional que torna a execução das emendas obrigatórias pelo Executivo, o chamado Orçamento Impositivo, como também ampliar sua abrangência.

Promessa de campanha do atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevê a liberação obrigatória de 1,2% da receita corrente líquida da União em emendas individuais dos parlamentares. O texto foi aprovado em 1º turno no plenário da Câmara em dezembro. Ainda depende de uma segunda votação pelos deputados para ser promulgado e entrar em vigor.

"Vamos propor orçamento impositivo (também) para a emenda de bancada", afirma o candidato do PMDB. Trata-se de emendas coletivas que as bancadas estaduais e as comissões permanentes da Câmara têm direito a apresentar ao orçamento da União. Na prática, a medida amplia a obrigatoriedade do governo em atender às reivindicações financeiras dos parlamentares.

Além disso, para atrair os novatos, Cunha anda acompanhado de estreantes que falam a seus pares nas viagens pelos Estados. "Nosso discurso é dizer que, apesar de ser um parlamentar de quatro mandatos e de um dos maiores partidos, ele tem o mesmo trato e o mesmo respeito por todos. Não faz diferença (entre calouros e veteranos)", disse o estreante Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), um dos escalados para rodar o País com o peemedebista para ouvir as demandas dos estreantes.

Candidato do governo, Arlindo Chinaglia não cita o Orçamento Impositivo em seu material de campanha. Diz apenas que "os órgãos técnicos da Casa garantirão a efetiva implantação do ciclo orçamentário das emendas parlamentares". Para contemplar os mais ansiosos, o candidato prometeu criar um serviço de acompanhamento para que deputados tenham informações detalhadas sobre as emendas.

"Muitos deputados não têm acesso a essas informações, ficam aguardando que o ministério comunique se a emenda está assim ou está assado", afirmou o deputado Sibá Machado (PT-AC), um dos articuladores da campanha de Chinaglia. Procurado, Chinaglia se negou a conceder entrevista.

Candidato da oposição, apoiado pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Júlio Delgado declara a seus eleitores que o Orçamento Impositivo não tem efeito prático se o governo contingenciar os repasses - ou seja, reter a liberação da verba e condicioná-la à existência de receita suficiente em caixa.

Ele defende aos deputados novatos regra que permita ao contingenciamento ser proporcional, tanto da verba incluída no orçamento pelo parlamentar quanto da receita prevista pelo Executivo para cada ministério. Se houver corte, argumenta o candidato, ele não pode atingir apenas as emendas parlamentares.

"Se o contingenciamento vier por parte do Executivo, tem que ser proporcional à dotação orçamentária do ministério (ao qual a emenda é ligada). Não pode contingenciar nossas emendas porque são impositivas e liberar a dotação do ministério", pontua o candidato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Candidato à presidência da Câmara Federal, Júlio Delgado (PSB-MG) está percorrendo o Brasil para reforçar e conquistar alianças políticas e partidárias, até o 1° de fevereiro, dia de eleição na Casa. Mesmo sem agenda para visitar os correligionários, em Pernambuco, o deputado federal concedeu entrevista exclusiva para a equipe do Portal LeiaJá, durante esta semana.

Entre os assuntos abordados, o parlamentar destacou as estratégias da campanha; falou sobre o incidente aéreo que sofreu em Porto Alegre, o qual lembrou Eduardo Campos; negou apoio a Chinaglia e afirmou que não cogita a possibilidade de não concorrer à liderança no segundo turno.

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Evitando falar dos opositores, o candidato, que concorre à mesa diretora, com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), enfatizou que o seu partido é o único que defende a 'independência verdadeira'. Até o momento, Delgado conta com o apoio do PSDB, PPS, PDB e PV, o que resulta na expectativa de 106 votos, dos 513 parlamentares da Casa.

Confira a seguir a entrevista na íntegra:

LeiaJá (LJ): Além dos possíveis 106 votos, dos partidos que o apoiam, quais as expectativas para o primeiro e segundo turno?

Júlio Delgado (PSB-RJ): O nosso bloco dá essa estimativa. Entretanto, trabalhamos com a realidade da perspectiva, como todos os outros candidatos. Dessa forma, a expectativa é de que possamos abrir caminhos em outros partidos e de outros blocos também. Vale ressaltar que os concorrentes não pensam que terão, apenas, os votos dos partidos que os apoiam. Afinal, nenhum isoladamente faz a maioria. Então, estamos contabilizando os votos necessários para que cheguemos ao segundo turno. E já no segundo turno, esperamos contar com o apoio daqueles que ficarem.

LJ: Sobre o segundo turno, Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou que o deputado o apoiaria, caso o PSB não ganhe. Foi feito algum acordo entre os parlamentares?

JD: Não existe nada fechado! O meu acordo são com os partidos que me apoiam o PSDB, PPS, PDB, PV. Sendo assim, o nosso acordo é construir, com a diferenciação feita pela candidatura, para chegarmos ao segundo turno e vencer as eleições. Sem contar que eu não trabalho com a hipótese de não estar no segundo turno, porque estou sentindo uma adesão muito grande dos deputados de todas as correntes e partidos. Temos o objetivo de reafirmar uma posição de independência real e verdadeira do legislativo com os demais poderes.

LJ: O candidato considera que a ‘independência’ atual é inverídica?

JD: Não! Eu digo isso porque se você observar o discurso dos candidatos, você vai perceber que todos eles falam de independência do parlamento, - com exceção dos partidos que polarizam o PT, nos últimos 12 anos, que são o PMDB e o PT -, mas que o presidente e o vice possuem cargos no Governo. O PSB, verdadeiramente, não detém cargo no Governo por decisão da executiva, que não pleiteia e rejeita quem ocupa cargo em nome do partido. Tendo em vista essa perspectiva, o PSB teria condições reais de conversar de forma clara e com independência. Até porque nós a praticamos.

LJ: Como a ‘independência’ seria posta em prática na Câmara?

JD: A independência da gente é voltada para pautas importantes para o País. Tendo em vista, principalmente, as ‘promessas’ realizadas durante a campanha - para conquistar voto -, e que não foram cumpridas, como por exemplo, os últimos ajustes trabalhistas e previdenciários; o aumento dos impostos, que compromete mais uma vez a classe média; sobre combustível, cosméticos e as operações de crédito para pessoa física. A independência é de poder apoiar aquilo que é positivo, mas rejeitar aquilo que não for do anseio da população.

LJ: Qual será o posicionamento do deputado, como presidente, em relação às CPIs?

JD: Tivemos manifestações contínuas e claras de problemas com a Petrobras. E recentemente o procurador geral da República disse que, possivelmente, surgirão mais escândalos de corrupção. Dessa forma precisamos investigar de forma mais enérgica, para que os culpados sejam punidos e para que o Brasil seja ressarcido, de acordo com os prejuízos acarretados.

LJ: Sobre o incidente durante o voo para Porto Alegre, o que ocorreu de fato?

JD: Eu saí de Belo Horizonte com destino a Porto Alegre. Chegando próximo do aeroporto, a aeronave teve um problema no sistema de freio, o Flap direito não abriu, acarretando um problema no reverso do motor esquerdo, além do problema no sistema de frenagem. Entretanto, o piloto foi prudente, nos comunicou, refez os cálculos e nós tivemos que descer na base aérea de Canoas sobre risco de um eventual acidente maior. Quando chegamos lá tinha ambulâncias, Corpo de Bombeiros. Graças a Deus, ficamos protegidos e continuamos com a nossa batalha de fazer campanha usando as malhas aéreas das companhias.

LJ: No momento do incidente, o deputado recordou do acidente que suscitou a morte de Eduardo Campos?

JD: Quando fomos informados do problema no sistema de freio e da possibilidade de refazer o pouso, lembramos sim! Recordamos que perdemos a nossa maior liderança e referência, durante uma campanha. Foi em um acidente desses, buscando também modificar o Brasil e não desistir dele, e ter a coragem de enfrentar. Afirmo com convicção que tivemos sorte de não ter acontecido nada grave e reforçamos as orações, no sentido de continuar nossa caminhada.

LJ: O incidente o fez estar mais próximo da sociedade e dos problemas dela?

JD: As pessoas pensam que somos diferentes, mas somos seres normais. Estamos sujeitos a imprevistos. Utilizamos os mesmos serviços, com os horários doidos e atrasos irresponsáveis. Isso serve para que possamos investigar e ficar atento quanto à apuração. O povo pensa que deputado anda de jatinho, mas não é! Nós somos a regra, andamos na malha aérea, a exceção é quem utiliza jatinho, e eu quero fazer com que o parlamento se aproxime da sociedade.

LJ: O deputado considera que o Parlamento é respeitado e é visto com igualdade pelos demais poderes?

JD: A verdade é que se você fizer uma avaliação do meu mandato e dos colegas de Pernambuco, o nosso mandado, individualmente, é bem avaliado. Quando você faz o levantamento e avalia o coletivo do parlamento, ele é mal avaliado porque está distante da sociedade. O Parlamento não articula com a sociedade, ele está sempre voltado para pautas ‘pra dentro’ e decididas por poucos. Temos que vencer essa história virar o parlamento para a sociedade, olhar para a sociedade. Os deputados novos que chegam trazem esse sentimento.

LJ: Quais serão as estratégias para estar mais próximo da sociedade?

JD: Primeiro, votar ao que interessa para a sociedade, como a reforma política, o Pacto Federativo, renegociar as dívidas dos estados, discutir com o Governo a prática educadora e dividir as responsabilidades, do Governo, dos estados e dos municípios. E o parlamento deve participar disso, porque somos a representação clara do povo brasileiro, no poder legislativo. Temos que melhorar essas condições de sobrevivência e de sustentação dos municípios e dos estados do Brasil. Não queremos transformar a eleição à presidência da Câmara em um terceiro turno. A eleição já acabou! Temos que governar com o que existe e tocar o País, cada um com a sua responsabilidade, mas com os poderes instituídos para que cada um exerça o seu papel.

LJ: Independente de estar na liderança da Câmara, qual será o posicionamento do PSB a partir de fevereiro?

JD: O PSB tem responsabilidades em algumas questões. Na nossa campanha alertamos sobre necessidade de fazer ajustes trabalhistas, que foi negado por quem ganhou, e agora reconheceu a necessidade de fazê-los. Reforçamos que estávamos no início de uma crise energética por falta de planejamento, do aumento de combustível e nós vamos continuar apurando e denunciando esses casos, tentando, via parlamento, contribuir para que não atenue essa situação, principalmente, com o consumidor. Resumindo, o PSB vai ter uma posição de independência, em relação com o Governo e isso foi uma posição da executiva nacional, independente da candidatura. Inclusive de recursar possíveis cargos do atual governo. 

O líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), voltou à carga no Twitter onde rebateu as críticas de seu oponente, Arlindo Chinaglia (PT-SP), à atuação do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), na campanha do peemedebista. Cunha disse que era "absurda", "desrespeitosa" e "grosseira" a citação de Chinaglia.

"Tenho certeza que, assim como eu, Michel deve estar arrependido de um dia ter ajudado esse cidadão a ser presidente da Câmara", escreveu Cunha se referindo à primeira eleição de Chinaglia para a presidência da Casa. O petista comandou a Câmara entre 2007 e 2009.

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Nesta quinta-feira, 22, Chinaglia respondeu às críticas do adversário, que vem reclamando da interferência de membros do governo na disputa. "Você acha normal um vice-presidente da República apoiar uma candidatura?", indagou.

No comentário, Cunha lembrou que Temer é presidente nacional do PMDB há 13 anos e atualmente vice-presidente "sem qualquer poder de nomear ou influenciar qualquer coisa". "Michel não tem caneta, nem tinta e apenas exerceu o seu legítimo direito de opinar partidariamente. Se todos do PT só fizessem isso, ninguém reclamaria", emendou. O deputado insistiu que Temer fez apenas uma "manifestação partidária", diferentemente dos ministros "que tentam forçar a votarem".

PT e PMDB vem protagonizando nos últimos dias sucessivas trocas de acusações. Enquanto Cunha diz ser vítima de "alopragem" e da pressão de ministros sobre suas bancadas, os petistas alegam que os membros do Executivo agem como militantes e negam que o governo esteja oferecendo cargos para conquistar votos para Chinaglia.

O Partido Social Democrático (PSD) oficializou, nessa quinta-feira (22), o apoio à candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara dos Deputados.

De acordo com o deputado eleito para ser líder do partido na próxima legislatura, Rogério Rosso (DF), a decisão foi tomada após discussões com os deputados da legenda. O PSD tem 37 parlamentares na bancada. O petista agora tem o apoio do PT, Pros, PCdoB, PSD e de parte do PR, contando com cerca de 126 votos.

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Os outros dois candidatos à presidência também tem somado apoios. PMDB, PTB, Democratas, Solidariedade e PSC já formalizaram o apoio a Eduardo Cunha (PMDB-RJ).  Todos esses partidos contam com 166 deputados eleitos. Segundo Cunha, PRB e PHS também devem aderir à sua candidatura. Já Júlio Delgado (PSB-MG) conta com PSB, PSDB, PV e PPS, que somam 106 representantes.

A eleição para a Presidência da Câmara e para os demais cargos da Mesa Diretora será realizada no dia 1º de fevereiro, a partir das 18h. A posse dos deputados será realizada no mesmo dia, mais cedo, às 10h. Até as 17h do dia da eleição, poderá haver lançamento de candidaturas.

Para ser eleito em 1º turno, o candidato a presidente terá de conseguir a maioria absoluta dos votos, ou seja, o apoio de 257 deputados. Se isso não ocorrer, os dois mais votados disputarão o 2º turno – quem conseguir mais votos vence.

A abertura dos trabalhos legislativos está marcada para o dia 2 de fevereiro, às 15h.

Com informações da Agência Câmara.

Candidato a presidente da Câmara pelo PT, o deputado federal Arlindo Chinaglia está tentando amarrar o apoio do PSDB para um eventual 2º turno na disputa. O parlamentar esteve nessa segunda-feira, 19, em São Paulo, no diretório estadual dos tucanos, onde se reuniu com o presidente da sigla, Duarte Nogueira, e outros membros da executiva paulista.

Apesar se ser adversário histórico do PT, o PSDB está sendo alvo de assédio do grupo de Chinaglia, que prevê enfrentar Eduardo Cunha (PMDB) num provável segundo turno pelo comando da Casa. Os tucanos, porém, informaram ao petista que estão fechados com a candidatura de Julio Delgado (PSB) no primeiro turno e "inclinados" a apoiar Cunha no segundo.

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Segundo o deputado Vicente Cândido (PT-SP), um dos articuladores da campanha de Chinaglia, o PT "está disputando" o apoio do PSDB no segundo turno e a aproximação com os rivais "está em construção".

A bancada paulista do PSDB almoçará na próxima segunda-feira, 26, com Eduardo Cunha no Lelis, tradicional cantina da capital.

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