Tópicos | Armando

Em entrevista ao LeiaJá na manhã desta terça (17), o ex-senador Armando Monteiro informou que optou por apoiar a candidata Marília Arraes (PT) no segundo turno da disputa pela Prefeitura do Recife. Na primeira etapa do pleito, Monteiro fez campanha para Mendonça Filho (DEM), que ficou em terceiro lugar.

“Marília Arraes porque representa aquela opção de oposição no segundo turno, como o sentimento majoritário da população foi de oposição, ela agora tem essa responsabilidade. No primeiro turno, apoiei Mendonça Filho, que teve um desempenho exemplar e é um homem público da melhor qualidade. Ele, infelizmente, não chegou pela fragmentação do nosso campo”, explica o ex-senador.

##RECOMENDA##

Vale ressaltar que a posição de Armando é pessoal. Seu partido, o PTB, possui uma resolução nacional, de setembro, que proíbe alianças com partidos integrantes do Foro de São Paulo, a exemplo do PT, PSOL, PDT e PCdoB.

Apesar de ter deixado claro que não vai abandonar a política, o ex-senador da República Armando Monteiro (PTB) está prestes a se aposentar. A informação é do blog do jornalista Tales Faria, do UOL. 

Segundo as informações, o Boletim do Senado dessa segunda-feira (4) publicou ato da Diretoria Geral da Casa com a aposentadoria do petebista, além de outros políticos como o ex-senador Romero Jucá (MDB). 

##RECOMENDA##

Armando vai ter direito a receber 20/35 avos do salário integral de um senador da ativa. Por sua vez, Jucá vai ter direito a 24/35 avos, o que equivale a R$ 23.151,77. José Agripino Maia (DEM), José Pimentel (PT) e Antonio Carlos Valadares (PSB) também fizeram o pedido. 

Em dezembro do ano passado, em entrevista ao LeiaJá, o ex-candidato a governador de Pernambuco garantiu que não ia se afastar da vida pública. “Não vou me afastar da vida pública. Nós vamos continuar ainda que sem mandato, circunstancialmente sem mandato”, chegou a dizer.

A partir desta sexta-feira (1°), nomes conhecidos na política brasileira irão deixar seus mandatos ao menos até 2020, quando ocorre as eleições municipais no Brasil. No âmbito de Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB) e os deputados federais Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) tiveram uma derrota tripla na chapa denominada Pernambuco Vai Mudar: o petebista tentou, mais uma vez, ser governador do Estado, mas sem sucesso. Já os dois parlamentares disputaram a vaga de senador, mas também não obtiveram êxito. 

##RECOMENDA##

O deputado federal Kaio Maniçoba (SD), que chegou a assumir por um período a então Secretaria de Habitação de Pernambuco, uma das pastas mais disputadas do governo Paulo Câmara, não conseguiu ser reeleito, apesar do sobrenome de peso no sertão pernambucano. Na Câmara também não conseguiram ser reeleitos os deputados da bancada pernambucana Adalberto Cavalcanti (Avante), Betinho Gomes (PSDB), João Fernando Coutinho (PROS), Marinaldo Rosendo (PP) e Zeca Cavalcanti (PTB). 

Já na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), 17 parlamentares que tentavam a reeleição não conseguiram conquistar mais um mandato. É o caso de Laura Gomes (PSB), Socorro Pimentel (PTB) e Edilson Silva (Psol). Eles serão substituídos por nomes como Fabíola Cabral (PP), filha do prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), João Paulo Costa (Avante), filho do deputado federal Silvio Costa (Avante) e pelo ex-prefeito do Recife João Paulo (PCdoB). 

A nível nacional, uma das derrotas mais comentadas foi a do senador Magno Malta (PR). Na verdade, o insucesso de Malta foi duplo: além de perder a reeleição, cotado para comandar algum ministério, ele não foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para integrar o primeiro escalão do governo. Silvio Costa, que também não conseguiu ser senador da República, chegou a afirmar que dificilmente disputará novamente um mandato. 

Também não teve êxito no pleito o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB). As duas vagas para senador no Ceará ficaram com Cid Gomes (PDT), com 3.228.533 votos e Eduardo Girão (PROS), que teve  1.325.786 votos. 

O cientista político Rodolfo Costa Pinto destaca que é difícil apontar uma causa única para a derrota de políticos que já tinham mandato. “Cada caso é um caso. Alguns apostaram em uma eleição para cargo mais alto como Armando Monteiro, que tentou o governo do estado ao invés de tentar a reeleição para o Senado, ou Bruno Araújo e Mendonça, que tentaram o Senado ao invés da reeleição para a Câmara dos deputados. Certamente também não existe uma causa única para a derrota desses nomes”. 

“Nós vivemos em uma realidade em constante transformação e isso é ainda mais forte em termos de comunicação e as maneiras como as pessoas se comunicam tem forte impacto na política. São poucos os políticos que conseguem se comunicar bem nos dias de hoje. É provável que esses nomes tradicionais não tenham conseguido se adaptar e entender essa nova realidade política”, explicou. 

Costa Pinto também ressalta que as novas regras eleitorais sobre financiamento, tempo de TV e o papel dos partidos tiveram um forte impacto na organização de políticos mais tradicionais. “O realinhamento de forças a nível local e nacional também afeta fortemente os cálculos políticos e poucos previram e souberam aproveitar o fenômeno eleitoral que foi Bolsonaro”, salientou. 

O cientista destaca que o fato desses parlamentares não contarem com um mandato eletivo não quer dizer, de forma alguma, que esses nomes perderam relevância política. “Geralmente quando políticos tradicionais perdem eleições, mas desejam manter uma vida política ativa, eles passam a ter uma vida partidária mais ativa, direcionando a energia que antes estava dedicada aos mandatos para a organização do partido. É o caso de Bruno Araújo, que é hoje o nome mais forte para assumir a presidência nacional do PSDB. É o caso também de nomes como Eunício Oliveira e Romero Jucá, que apesar de não terem renovado seus mandatos, conservam posições de comando dentro do MDB nacional”. 

Ele ainda lembrou que outros políticos retornam à vida em círculos empresariais, o que pode ocorrer com Armando Monteiro, que antes de ser deputado e senador, presidia a CNI - cargo empresarial, mas de alta relevância política. “Não existe caminho único e uma derrota é normal em qualquer carreira política. O que acontece depois de perder nas urnas é escolha do político. Pode-se desistir da vida pública, ou aprender as lições, estudar o cenário e se preparar melhor para as próximas eleições”, concluiu. 

Em entrevista ao LeiaJá, Armando já avisou que não vai se afastar da vida pública e expôs que, no primeiro momento, vai cuidar de suas atividades privadas. Por sua vez, Mendonça informou que vai integrar o time de consultores da Fundação Lemann que, segundo ele, é uma das mais conceituadas entidades do terceiro setor no país e referência no trabalho por uma educação pública de qualidade.

Preterido por Bolsonaro, Magno disse que vai viajar o país inteiro realizado palestras bem como se dedicará a sua carreira gospel. “Tenho 28 cds gravados. Vivi sempre da minha música”, disse em entrevista recente. 

Daqui a 15 dias, Armando Monteiro Neto (PTB) deixa o cargo de senador da República e encerra um ciclo de 20 anos consecutivos com cadeira fixa no Congresso Nacional - intercalado com um ano e quatro meses à frente do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil. Na eleição do ano passado, o petebista decidiu tentar novamente ser governador de Pernambuco, mas perdeu para o governador Paulo Câmara (PSB). Em entrevista concedida ao LeiaJá, Armando falou que cumpriu o seu papel e que tem o sentimento de dever cumprido. 

“Procuramos cumprir o nosso papel como senador e como representante de Pernambuco, mesmo com as nossas limitações, eu procurei dar o melhor que eu podia a esse mandato. Certamente, tenho o sentimento de dever cumprido”, declarou. 

##RECOMENDA##

O petebista fez um balanço e falou que atuou em várias áreas dentro do Congresso Nacional. “Tivemos uma atuação forte na Lei da Desburocratização, que foi sancionada e já está vigorando. A lei vai reduzir muito a burocracia para o dia a dia das pessoas e não somente beneficiar empresas. Também atuamos para liberar o cidadão de uma série de exigências e burocracia e em muitos acordos de investimentos com o Peru, Chile e Colômbia”, contou. 

Ele afirmou também que o trabalho na área social também foi intenso. “Além de todas essas questões que visam a área econômica e apoio à exportação, nós também atuamos na agenda da cidadania e da área social. A Lei da Adoção, que eu fui relator, por exemplo, facilita a adoção de crianças e adolescentes”, citou.

“Portanto, eu posso dizer sem pretensão de querer me colocar como me fazendo um autoelogio, mas dizendo que tivemos uma atuação produtiva no Senado, que foi reconhecida pelos meus pares. Cheguei a receber uma manifestação de reconhecimento de vários senadores”, acrescentou. 

O petebista, que já avisou da pretensão de continuar fazendo uma “oposição responsável” ao Governo de Pernambuco mesmo sem mandato e não mencionou aposentadoria da carreira política, falou ainda que teve uma experiência extraordinária no Congresso Nacional. “É a Casa que representa a federação brasileira, portanto foi uma oportunidade extraordinária que eu tive. Só posso ser grato por essa oportunidade e eu acho que correspondi à confiança do povo de Pernambuco”, finalizou. 

O senador da República Armando Monteiro Neto (PTB), durante sua campanha a governador de Pernambuco, foi questionado por diversas vezes quem era o seu então candidato a presidente da República, mas desconversava e chegou a dizer que não revelava por conta da sua coligação. Passado o pleito, o petebista não nega sua simpatia pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista concedida ao LeiaJá, Armando falou que vai “torcer” para que o governo do militar dar certo.

“Eu vou torcer para o governo Bolsonaro dar certo porque eu torço pelo meu país como vou torcer também para que as coisas em Pernambuco se acertem de alguma forma porque a minha oposição não será nunca contra o Estado. Com relação ao governo novo também vou torcer para que ele possa corresponder às expectativas da população”, salientou.

##RECOMENDA##

Armando Monteiro falou que é preciso dar um crédito de confiança. “Têm alguns sinais que a gente vem recebendo, alguns são positivos, outros não são positivos, mas vamos dar um crédito para ver efetivamente o que, pelo desempenho, o governo vai efetivamente nos mostrar”.

O parlamentar também se mostrou bastante tranquilo com relação a ficar sem cargo político a partir deste ano. Para Armando, o sentimento é de dever cumprido. Ele citou que teve uma ampla atuação durante o tempo que passou no Congresso Nacional principalmente no tocante aos assuntos ligados à economia como membro da Comissão de Assuntos Econômicos. “No que diz respeito a economia em geral, atuamos muito para simplificar e eliminar burocracias, atuar em uma agenda para contribuir para reduzir as taxas de juros. Fui relator do projeto da duplicata eletrônica, o cadastro positivo”.

“Sempre pautei a minha atuação em duas linhas: defender os projetos e ações de interesse de Pernambuco de maneira sempre muito presente. Foi assim quando lutamos, por exemplo, para manter a Hemobrás, que esteve ameaçada de ser transferida para outro Estado da Federação, foi assim quando fizemos cobranças e também destinamos recursos e emendas para a continuidade de obras estruturantes como adutora do agreste a transnordetina”, recordou.

Ele ainda disse que lutou para garantir a extensão dos regimes fiscais que beneficiam a  Fiat e a Jeep em todo polo automotivo de Pernambuco e fabricantes de autopeças.  

A disputa pela vaga de governador de Pernambuco, que foi decidida no primeiro turno entre Paulo Câmara (PSB) e o senador Armando Monteiro (PTB), ficou marcada por ter sido muito acirrada. No entanto, o resultado foi favorável ao pessebista, reeleito com 50,7% dos votos válidos contra 35,99% que ficaram com o petebista. Em 2014, os dois também se enfrentaram nas urnas e, na época, Câmara conquistou 68% dos votos. 

Em entrevista concedida ao LeiaJá, o senador lamentou o fato de ter faltado pouco para ter chegado ao segundo turno. Ele acredita que se caso tivesse conseguido, as condições teriam sido mais “equilibradas”, o que poderia contribuir para sair vitorioso. “Nós estávamos enfrentando uma poderosa máquina que está instalada em um grande sistema de força que domina a política de Pernambuco há 12 anos. Nós estávamos enfrentando o Governo Estadual e a Prefeitura Municipal do Recife”, argumentou.

##RECOMENDA##

Armando Monteiro também lembrou da aliança do PSB com o PT. “Com o apoio de Lula, o Paulo utilizou-se disso como uma espécie bengala eleitoral, além disso houve um debate desonesto durante o processo eleitoral. Muitas das acusações que foram feitas, como, por exemplo, que eu teria votado contra o trabalhador e que votamos para reduzir férias e salários, ou seja, houve uma campanha desonesta. Infelizmente teve um reflexo no processo eleitoral porque muitas vezes não conseguimos suspender essas veiculações que eram feitas durante a propaganda eleitoral de maneira massiva e repetitiva”, continuou justificando. 

“Eu acho que todos esses fatos contribuíram para que por muito pouco, por muito pouco não houvesse um segundo turno em Pernambuco. E aí, em um segundo turno, as condições seriam mais equilibradas, você teria o mesmo tempo de propaganda e nós aprofundaríamos o debate sobre temas de interesse do estado, mas o fato é o seguinte o resultado é legítimo, não se pode deixar de reconhecer. Eu perdi porque eu não tive os votos e ele ganhou porque teve os votos”, ressaltou. 

O senador ainda falou que Pernambuco ficou dividido, o que foi comprovado no resultado. “Na oposição ao governo, nós tivemos varias candidaturas, quatro mais expressivas no campo da oposição e a nossa foi uma delas. As oposições tiveram 49,4% dos votos validos, ou seja, o eleitor de Pernambuco dividiu ao meio praticamente. Dos 49% dos votos dados à oposição, 36% desses votos foram dados a mim, então eu acho que tivemos um desempenho que eu considero bastante razoável tendo em vista as circunstâncias do pleito”. 

No final da conversa, o petebista deixou um recado ao governador pedindo que ele honre as promessas. “Governador, honre os compromisso que assumiu para que não se repita o que houve em 2014. Em 2014 ,houve um estelionato eleitoral porque várias promessas foram feitas e não foram cumpridas. Eu espero que não se repita e por isso mesmo se respeite o cidadão e o eleitor de Pernambuco”, disparou. 

Passada a eleição em Pernambuco, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) afirma que segue de cabeça erguida e com o sentimento de dever cumprido após ter perdido a disputa ao cargo de governador de Pernambuco no pleito deste ano. Em entrevista concedida ao LeiaJá, o petebista foi convicto ao deixar um recado à sociedade. “Não vou me afastar da vida pública. Nós vamos continuar ainda que sem mandato, circunstancialmente sem mandato”, garantiu. 

O senador falou que vai continuar integrado com o conjunto de lideranças do campo da oposição em Pernambuco porque, segundo ele, o estado precisa muito de uma oposição atuante e fiscalizadora. “Porque logo depois da eleição nós já assistimos uma série de fatos e ocorrências preocupantes como o desejo do governador de extinguir a delegacia que cuida do combate a corrupção de Pernambuco, fato que causou estranheza a toda a sociedade de Pernambuco e que claramente teve o propósito de cercear as investigações que estavam próximos de alcançar figuras desse sistema dominante, bem como esse pacotaço de aumento de impostos que ocorreu. Tudo isso indica que precisamos de oposição”. 

##RECOMENDA##

“Nós vamos fiscalizar e exigir o cumprimento de muitas promessas que foram feitas no processo eleitoral e quando houver algum assunto de interesse de Pernambuco vamos também ter a capacidade de apoiar tudo que esteja de interesse do estado. Queremos estar integrados a esse conjunto de lideranças que hoje se situam no campo da oposição em Pernambuco e que eu tive a honra de contar com o apoio de todos esses atores como Mendonça, Bruno, Daniel Coelho, Priscila, Silvio costa filho e tantos outros companheiros que acreditaram nessa nossa causa”, ressaltou. 

Apesar da afirmação, Armando Monteiro não quis falar sobre os planos para 2019. “Por enquanto os meu óculos só estão vendo a curto prazo. Eu vou passar um período agora que vou cuidar das minhas atividades privadas no primeiro momento. É possível até que possa sair durante um período curto do país para fazer uma reciclagem, um período de certa reciclagem, mas ainda não estou me colocando em nenhuma perspectiva de disputa eleitoral. Isso não se enquadra nos meus planos agora, mas eu quero, volto a dizer, estar ao lado de toda essa forca de oposição para gente poder desempenhar esse papel que é tão importante na democracia e que, particularmente, é muito necessário em Pernambuco. Pernambuco precisa muito de uma oposição atuante”. 

O ex-candidato ao governo fez um agradecimento aos pernambucanos por tê-lo conduzido ao Senado da República. “É uma honra participar do Senado. É a chamada Casa Alta do parlamento, uma Casa que você tem a oportunidade de aprender inclusive com a convivência com vários senadores que tem quase todo um currículo, ex-governadores, ex-ministros de Estado, ex-presidente da República, portanto é uma casa onde a gente tem grande aprendizado”, contou. 

Nesta semana, o parlamentar recebeu a condecoração Ordem Nacional Barão de Mauá como reconhecimento pelo trabalho que desenvolvemos em favor do crescimento do país, estimulando os setores da indústria, o comércio exterior e os serviços. “A honraria me deixa muito feliz e com a certeza que estamos no caminho certo em favor do nosso país”, ressaltou por meio das redes sociais. 

Uma das bandeiras mais defendidas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), na área educacional, é sem dúvida o projeto de lei conhecido como “Escola sem Partido”. Desde a vitória do militar, as discussões sobre o assunto foram muitas. Em entrevista ao LeiaJá, o senador pernambucano Armando Monteiro (PTB) também emitiu sua opinião e disse que se sente preocupado com a proposta. 

“A escola tem que ser plural. Não pode ser palco de nenhum tipo de sectarismo, e ninguém se forma como cidadão se não houver absoluta liberdade de debate. Por isso, vejo com preocupação esse projeto", ressaltou o petebista. 

##RECOMENDA##

O “Escola sem Partido”, que entre outros pontos, é contra a divulgação de correntes políticas e ideológicas, também é defendido pelo indicado de Bolsonaro para comandar o Ministério da Educação. O futuro ministro da pasta, o colombiano Ricardo Vélez Rodriguez, já anunciou que a proposta deve ser implatanda de forma moderada. 

No final da semana passada, o Armando disse que Bolsonaro deveria aproveitar a popularidade do ínicio do mandato para fazer as reformas que o país realmente precisa. Citou, como exemplo, o ajuste fiscal para que o brasil volte a crescer.

Em Pernambuco o tema vem sendo debatido com frequência. Para se ter ideia, em 2018, o primeiro projeto de lei ordinário apresentado na Câmara do Recife foi sobre o “Escola sem Partido”. De autoria da vereadora Aimée Carvalho (PSB), ela propôs a instituição do programa nas escolas municipais. No texto, os professores ficavam proibidos de fazer “propaganda político-partidária” em sala ou “incitar” os alunos a fazer manifestações.

Na semana passada, uma declaração do general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro do Gabinete de Segurança  Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, pegou mal. Durante entrevista concedida ao Valor Econômico, ele afirmou que “o Nordeste é o grande centro de roubalheira do país”. Nesta terça-feira (20), o senador Armando Monteiro (PTB) não deixou passa batido a frase do general. 

O ex-candidato a governador de Pernambuco derrotado falou, durante discurso no plenário do Congresso, que a opinião do aliado de Bolsonaro é “preconceituosa e estarrecedora”. “Nós nos surpreendemos com o juízo absolutamente preconceituoso e estarrecedor do general Augusto Heleno. Como nordestino, não posso aceitá-lo”, criticou. 

##RECOMENDA##

O petebista também disse que o general foi comandante da Missão da ONU no Haiti e que ele é “uma voz muito acatada no novo governo”. Também não concordando com a declaração, o senador Otto Alencar (PSB) falou que o general da reserva foi muito infeliz e que não corresponde à realidade o que foi dito. Por sua vez, a senadora Ana Amélia (PP), que comandava a sessão, disse esperar que ele peça publicamente desculpas.

Aparentando serenidade, o candidato derrotado a governador Armando Monteiro Neto (PTB) em seu primeiro discurso após o resultado da eleição estadual disse que não se sentia triste. Durante coletiva de imprensa realizada no comitê central da legenda, na noite desse domingo (7), o petebista falou que pesou muito para o insucesso uma campanha de “fakes, de mentiras e de baixarias” realizada pelo rival Paulo Câmara (PSB), que foi reeleito governador de Pernambuco. 

##RECOMENDA##

Armando também justificou afirmando que existiu um “desequilíbrio” no tempo de propaganda eleitoral. “O que pesou muito mais foi aquela campanha massiva, de fakes, de baixarias e de mentiras repetidas a exaustão, mas eu não quero nem de longe isso pareça algo que signifique uma posição de amargura dos perdedores”, declarou. 

“Alguém já disse, aos perdedores, as batatas, mas eu acho que fizemos um bom trabalho. Se vocês considerarem as circunstâncias da eleição, nós fizemos um bom trabalho”, continuou explanando citando o escritor Machado de Assis. 

O senador pernambucano ainda  falou que a diferença de votos foi pequena e que o atual governo não teve uma maioria expressiva. “Essa eleição foi definida por 0,24%, muito pouco. Eu espero que isso sirva para mostrar ao governo que eles precisam corrigir rumos, que é preciso mudar certas posturas arrogantes, que vêm marcando domínio desse grupo. Eu espero que eles possam extrair uma lição disso tudo e que Pernambuco tenha oposição e que Pernambuco tenha outras correntes de opinião que eles precisam aprender a conviver com essa realidade”. 

Paulo Câmara foi reeleito com 1.918.219 votos, que representaram 50,70% dos válidos. Armando Monteiro obteve 1.361.588, ou 35,99% do total. Na eleição de 2014, Armando também perdeu para o socialista. Na época, Paulo foi eleito governador de Pernambuco no primeiro turno, com 68,08% dos votos válidos.

 

Em um discurso breve na noite deste domingo (7), no comitê central da campanha, o candidato a governador de Pernambuco derrotado Armando Monteiro (PTB) falou sobre o resultado da eleição. O petebista disse que não era o momento que sonhava, mas garantiu que não estava triste. “Eu me sinto bem porque lutei. Eu fiz o bom combate”, ressaltou. 

Armando falou que derrotas não devem abater e afirmou que não vai deixar a política. “Não vou deixar de fazer oposição em Pernambuco. Eu saiu dessa luta com a convicção maior ainda de que esse grupo que está aí no poder precisa ser fiscalizado por uma oposição altiva, independente, para que Pernambuco não venha a ser tutelado por interesse que nem sempre corresponde ao interesse maior do povo de Pernambuco”.

##RECOMENDA##

O petebista também afirmou que a campanha foi marcada por belos momentos, mas também difíceis. “Eu fui vítima, em muitos momentos, da mentira, de baixarias, de um debate que foi falseado durante muito tempo. Foi uma campanha marcada por muitos momentos de baixaria que não corresponde ao nível de um debate que os pernambucanos mereciam fazer, mas vejam fizemos o combate e vamos continuar juntos no interesse por Pernambuco”, lamentou. 

“Vamos encontrar força para continuar. Pernambuco precisa de uma oposição firme e altiva e fiscalizadora. A vida é assim, há momentos de vitorias e há momentos de adversidades e de derrotas episódicas. O que não podemos perder é a nossa força”, continuou explanando. 

O maior rival do governador Paulo Câmara (PSB) na disputa ressaltou que Pernambuco precisa de uma oposição firme. “Nós não podemos nos submeter ao domínio e hegemonia de uma única força. Não nos abatemos com esse resultado, pelo contrário vamos seguir firme, vamos seguir juntos Mendonça, Bruno, Fred e tantos e tantas companheiros e companheiras que acreditaram em nossa causa”.

“Nós representamos uma expressiva corrente da opinião pública em Pernambuco e, sobretudo afirmando uma posição porque Pernambuco, volto a dizer, não é propriedade de grupos e de famílias, Pernambuco sempre foi a expressão da pluralidade”. 

Armando Monteiro ainda salientou que teve o “privilégio” de poder percorrer todas as regiões de Pernambuco sentindo as manifestações de carinho. “Então, meus amigos, nós cumprimos nosso papel e vejam que ao final desse processo a diferença que favoreceu o atual governador é de pouco mais de 40 mil votos”.

A primeira pesquisa boca de urna divulgada pelo Ibope neste domingo (7) aponta o governador Paulo Câmara (PSB) liderando. Segundo o estudo, o pessebista soma 50% das intenções de votos e o candidato Armando Monteiro Neto (PTB) com 34%. 

Em terceiro lugar, aparece Dani Portela, candidata do PSOL. Julio Lossio, da Rede, e Maurício Rands, do PROS, aparecem empatadas com 4%, cada. 

##RECOMENDA##

Na manhã de hoje, o governador chegou a dizer que tem expectativa positiva em relação a vencer no primeiro turno.  “Será uma vitória a favor do povo de Pernambuco”, afirmou.

Bastante confiante, o deputado federal e candidato a senador Mendonça Filho (DEM) garantiu neste domingo (7) que haverá segundo turno em Pernambuco. Ele também afirmou que haverá “surpresa” na disputa para o Senado Federal.

“Para mim, o cenário em Pernambuco é de segundo turno. Armando vai para o segundo turno. E o cenário também para o Senado é de surpresa. Vamos desmoralizar as pesquisas de opinião. A gente vai vencer a eleição, pode ter certeza”, garantiu.

##RECOMENDA##

Apesar do otimismo o cenário, Mendonça aparece em terceiro lugar com 19% dos votos na última pesquisa JC/Ibope/TV Globo. Ele está atrás do senador e candidato à reeleição Humberto Costa (PT), que aparece com 25% e do deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), que conta com 26% das intenções de voto.

Mendoncinha também disse acreditar que tudo leva a crer que haverá segundo turno. “Mas vamos aguardar o fechamento das urnas”, ponderou.

Em mais uma pesquisa divulgada pelo Ibope, nesta quinta-feira (27), o governador Paulo Câmara (PSB) continua liderando as intenções de votos. O socialista, que estava com 33% segundo o último levantamento, agora aparece com 35%. Em segundo lugar, o candidato Armando Monteiro Neto (PTB) soma 27%. Antes, o petebista estava com 25%. 

A distância entre os dois candidatos continua sendo de oito pontos percentuais. Na terceira colocação está o candidato da Rede, o ex-prefeito de Petrolina Julio Lossio com 3%. Já Maurício Rands (PROS) possui 2%. 

##RECOMENDA##

Na avaliação da cientista política Priscila Lapa, a expectativa é de um segundo turno bem emocionante em Pernambuco. Lapa também falou que a tendência é que não haja um grande crescimento nem do socialista e tampouco do petebista neste primeiro momento. 

Faltando pouco mais de uma semana para a disputa eleitoral, o candidato a governador de Pernambuco Armando Monteiro Neto (PTB), nesta quinta-feira (27), em entrevista concedida ao LeiaJá, contou que está cada vez mais otimista sobre a possibilidade de sair vitorioso no pleito. Na pesquisa mais recente divulgada pelo Ipespe, o governador Paulo Câmara (PSB) tinha 36% das intenções de voto e o petebista aparece em segundo lugar com 26%. 

Armando disse que o processo está indicando uma disputa bastante equilibrada. “O que vai acontecer, eu não sei, mas teremos uma disputa equilibrada como as pesquisas estão revelando”, disse. 

##RECOMENDA##

Mais uma vez, o senador petebista alfinetou o governo Câmara. Segundo ele, a possibilidade de se tornar governador se deve ao sentimento “dominante” em Pernambuco por uma mudança. “Eu percebo que a população quer uma alternativa a Paulo. O governo é desaprovado pela maioria da população. Estou confiante porque o governo é desaprovado, é um dado real e se é desaprovado você tem uma alternativa, essa alternativa pode se impor”. 

Armando também vem cobrando de Paulo uma liderança e comando. “Criamos um grupo que, hoje, reúne todas essas lideranças. Eu acho que minha vida tem demonstrado e que eu me coloco, não com pretensão de me autoproclamar um líder iluminado, mas como alguém que se coloca e que vem tendo protagonismo na vida política de Pernambuco”, chegou a afirmar durante participação no programa Roda Viva Pernambuco, na última terça-feira (25). 

Nesta quinta, a coligação “Pernambuco Vai Mudar”, liderada por Armando, apresentou duas denúncias ao Tribunal Regional Eleitoral. De acordo com o grupo, Paulo Câmara estaria utilizando a máquina publica em seu benefício. A oposição também acusa o governador de disseminar uma “campanha caluniosa” para confundir a população. 

Que na política tudo pode acontecer - como alianças contraditórias e vitórias de nomes improváveis ou desacreditados - a sociedade já sabe, mas as pesquisas de intenções de voto é um importante avaliador de como está a desenvoltura de cada candidato. Em Pernambuco, especificamente, os levantamentos realizados mostram que lideram para a vaga de governador o petebista Armando Monteiro e Paulo Câmara, atual chefe do Executivo estadual, que busca a reeleição. 

A pesquisa da Datafolha, divulgada na última quinta-feira (20), assim como outras, mostra um fato que merece atenção: a possibilidade de Armando ir ao segundo turno. No estudo, Paulo soma 35% das intenções de voto, enquanto o petebista registra 31%. Nesse caso, os dois estão empatados com uma margem de erro de três pontos percentuais. 

##RECOMENDA##

Se os números das pesquisas continuarem na mesma média, Armando pode quebrar um ciclo de duas eleições consecutivas do PSB vencendo o pleito no Estado no primeiro turno. Em 2014, o senador perdeu a disputa para Paulo, que saiu vitorioso na disputa de primeira com 68,08% dos votos válidos somando 3 milhões de pessoas que votaram no socialista. Armando ficou em segundo lugar com 31,07%, que totalizaram 1,3 milhão de votos. 

Em 2010, o então governador Eduardo Campos também venceu a eleição no primeiro turno. Na época, ele disputou o Governo de Pernambuco com o candidato Jarbas Vasconcelos e teve uma vitória larga contra o emebebista. Eduardo conseguiu 83,83% dos votos válidos e Jarbas o total de 14,05%. 

Na avaliação da cientista política Priscila Lapa, na medida em que surge essa sequência de pesquisas, se observa uma tendência muito pequena de acontecer uma definição na eleição em Pernambuco no primeiro turno. Segundo Lapa, não existe uma taxa de crescimento alta do atual governador Paulo Câmara (PSB) e nem tampouco do seu principal adversário, o candidato Armando Monteiro (PTB). 

Para a cientista, a pequena movimentação eleitoral de um levantamento para outro mantém a condição atual de que haverá, possivelmente, um segundo turno. “Além disso, os demais candidatos também estão com um percentual estável e também não existe uma diminuição nas tendências de rejeição tanto de Paulo quanto Armando. A promessa é de um segundo turno bem emocionante assim como vai ser provavelmente na esfera nacional”, acredita. 

Segundo turno

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ser eleito não é necessário apenas o candidato obter mais votos do que seus concorrentes. O candidato precisa 50% mais um dos votos válidos. 

No site do órgão é explicado com detalhes que o candidato precisa ir além. “Devendo obter mais da metade dos votos válidos [excluídos os votos em branco e os votos nulos] para ser eleito, em primeiro ou em segundo turno. Por esse sistema, uma vez obtida maioria absoluta dos votos válidos já em primeiro turno, o candidato é considerado eleito desde logo, não se realizando segundo turno”. 

Para Lapa, não há nenhuma tendência de que algum candidato consiga os 50% mais um. “Esse cenário está muito distante não tem nenhuma tendência disso neste momento. Então, o que desenha é isso: haver uma disputa no segundo turno encabeçada pelos dois”. 

Ainda ressaltou que Pernambuco pode esperar um segundo turno com forte influência da eleição nacional. “Até agora a gente vem mantendo essa questão deles definirem quem é a turma de Temer, quem é a turma de Lula e até certo ponto com uma certa tranquilidade, mas a partir de agora começa um desenho de um cenário mais polarizado como está acontecendo no âmbito nacional que tende isso a se reproduzir também nos estados”. 

Tanto Paulo Câmara como Armando Monteiro afirmam que estão preparados para comandar Pernambuco. O governador garante que fez muito e vem ressaltando que os pernambucanos não podem deixar a “turma do Temer” governar Pernambuco. Por sua vez, o senador petebista diz que tem experiência necessária para, segundo ele, dar um novo rumo ao estado. “Paulo Câmara já teve a sua chance”, expôs ao pedir um voto de confiança do eleitor. 

 

O mais novo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), em parceria com a Folha de Pernambuco, divulgado nesta terça-feira (25), mostra que o cenário continua mais favorável ao governador Paulo Câmara (PSB), que busca a reeleição. No estudo, o pessebista aparece com 36% enquanto Armando Monteiro Neto (PTB), em segundo, possui 26% das menções.

Com uma larga diferença, o ex-prefeito de Petrolina Julio Lossio e o ex-deputado federal Maurício Rands (Pros) estão empatados alcançando 2%, cada. Simone Fontana (PSTU), Dani Portela (Psol) e Ana Patrícia Alves (PCO) também estão empatadas. Cada uma tem 1% das intenções de votos. 

##RECOMENDA##

Os votos brancos e nulos são 22% dos entrevistados e, segundo o estudo, 9% estão indecisos. A margem de erro é de 3,5 percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%. 

Durante debate promovido pela TV Jornal, nesta manhã, Paulo e Armando subiram o tom. O governador chegou a dizer novamente que o povo pode escolher entre o lado do ex-presidente Lula ou o da “turma de Temer”. Já o petebista disse que Paulo Câmara teve sua chance e, entre outras alfinetadas, falou que o socialista não gosta das pessoas que usam motos. 

Apesar de integrar o grupo "Pernambuco vai Mudar", liderado pelo candidato a governador Armando Monteiro (PTB), o deputadofederal Daniel Coelho (PSDB) não se mostrou tão confiante quanto o próprio petebista que vem afirmando que está muito otimista com a possibilidade de se tornar o próximo governador de Pernambuco. Em entrevista concedida ao LeiaJá, o tucano falou que é"muito difícil" prever quem irá vencer a disputa eleitoral. 

"Acho que vai ser uma eleição muito disputada voto a voto e muito dificil de prever o resultado. Vou trabalhar até o final para gente mudar Pernambuco apoiando Armando. Quem está hoje como alternativa de mudança é Armando e não há outra alternativa senão votar no 14 para trazer algo diferente para o estado", ressaltou. 

##RECOMENDA##

Daniel mais uma vez fez diversas críticas ao governo Paulo Câmara. "Pernambuco vai mal, Pernambuco piorou na educação, piorou na saúde, piorou na segurança. A gente está vendo nos últimos anos Pernambuco retroceder. Os índíces comparativos de Pernambuco com o resto do Brasil é gritante do ponto de vista negativo. Por isso, eu acho que o sentimento é de mudança e a gente vai tentar". 

De acordo com a mais recente pesquisa divulgada pelo Ibope, Paulo Câmara possui 41% das intenções de votos e Armando subiu de 33% para 37%. Os dois candidatos estão tecnicamente empatados.  

 

 

O debate também trouxe temas como a malha viária de Pernambuco. Maurício Rands perguntou a Armando sobre como pretendia tratar da deterioração das estradas estaduais. Em resposta, o petebista salientou que tem um plano emergencial para o assunto.

“O patrimônio rodoviário de Pernambuco está se deteriorando. Tenho andado por Pernambuco, não sei se o governador as vezes vai de helicóptero, se ele está percebendo. É uma situação de total abandono. Pernambuco terá que fazer um plano da recuperação da malha viária que tem que alcançar a médio prazo mil quilômetros. Isso tem um custo muito alto, estamos falando na primeira etapa de algo que vai custar 500 milhões. Temos que enfrentar essa questão”, garantiu o petebista. 

##RECOMENDA##

Já Rands aproveitou para rebater e também apresentar seu plano de governo. “Não basta fazer o diagnóstico que o quadro está ruim, isso aí o povo sabe. Estamos com uma proposta, vamos licitar com construtoras pernambucanas trechos pequenos para construção e manutenção por um prazo de 15 e 20 anos. Vamos ter uma concentração de investimentos, com esse modelo criativo, e não vai ter mais estrada pirulito. Pernambuco vai ganhar mais empregos com as boas estradas”, frisou.

O debate na Rádio Liberdade de Caruaru foi o segundo entre os candidatos a governador de Pernambuco. 

Durante este período de campanha eleitoral, não fique surpreso se receber a visita de um político na porta da sua casa. Com a proibição do financiamento empresarial na eleição, bem como o crescente descrédito da população para com a política, muitos candidatos no pleito continuam a encarar as agendas cara a cara com a população mesmo com o desgaste e descrédito crescente na classe política realizando caminhadas em bairros diversos cumprimentando os moradores da região em busca de votos na tentativa de convencer utilizando a tática do contato humano. 

##RECOMENDA##

Na disputa deste ano, na Região Metropolitana do Recife, quem deu o pontapé inicial realizando uma caminhada foi o governador Paulo Câmara (PSB), que irá tentar ser reeleito. Em sua primeira caminhada, no bairro da Torre, após mais de uma hora de atraso, o pessebista saiu pelas ruas cumprimentando por quem passava junto a uma grande soma de aliados, que em sua maioria aproveitam a ocasião para reforçar que também são candidatos. 

Os locais escolhidos pelas equipes dos candidatos para realizarem os atos são estratégicos, mas não impede uma característica que vem aumentando e que deve marcar a eleição deste ano: a indiferença em geral da população ao dar de cara com os políticos. 

Na caminhada de Paulo, por exemplo, alguns sorriram como que sem graça quando o governador se aproximava, outros pareciam falar por mera educação e uma minoria empolgada saia de suas casas e o esperavam na porta como se o aguardassem, mas outras residências estavam completamente fechadas como uma forma de demonstrar, de certa forma, uma reprovação.  

Em uma outra caminhada, desta vez, na comunidade Roda de Fogo, localizada entre os bairros Engenho do Meio e Torrões, o governador foi melhor recepcionado apesar da falta de estrutura da área. Por diversas ruas, o governador andou lado a lado com esgotos a céu aberto, mas não houve nenhuma hostilidade. No final do ato, em cima de um palanque, Câmara fez promessas para os moradores afirmando que iria entregar mais de mil títulos de posse na área até o final do ano. 

Os políticos já devem estar preparados para momentos de constrangimento. Um deles foi quando Paulo Câmara e o senador Humberto Costa (PT) chegaram a um evento para cumprir agenda. Um grupo pequeno de pessoas os recepcionou assim que desciam de uma van, aos gritos de “golpista”. Sobre o assunto, o governador desconversou ao ser questionado sobre o que achava da atitude. “O que eu posso fazer, foram três pessoas, né?”, respondeu sem muita preocupação. 

Ao LeiaJá, o governador chegou a dizer que aonde chega é muito bem recepcionado. “Eu não vejo crítica nenhuma, pelo contrário todo lugar que a gente chega a receptividade é muito boa em torno de Jarbas e Humberto, eles estão muito integrados”, garantiu. 

Não fica para trás a situação do considerado o maior rival do governador na eleição que acontece no próximo mês, o candidato do PTB Armando Monteiro. Durante uma carreata realizada em Jaboatão dos Guararapes, mais especificamente em Jaboatão Centro, passando pelos bairros de Cavaleiro e Curado, os moradores também não se pareciam nem um pouco animados. Ao contrário, muitos nem chegaram a cumprimentar o petebista enquanto passava pelas ruas. Um chegou a gritar: “Tá tudo errado”. 

Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Durante outra caminhada da chapa de Armando, na UR-05, no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, a insatisfação dos eleitores também foi sentida pelos candidatos. Alguns não quiseram apertar a mão, gesto cordial que os postulantes usam para se apresentar aos cidadãos, nem do petebista e nem de Bruno Araújo, candidato ao Senado Federal. Um deles foi Joselito Olindino, 54 anos. “Pode ir passando, muito obrigada”, reagiu ele a uma tentativa de contato dos candidatos. 

Joselito contou que não votará em ninguém neste ano. “A gente vota de depois eles se escondem, não se vê mais ninguém”, complementou ao ser indagado sobre o porquê da resistência. 

A quantidade de pessoas presente em atos políticos também devem refletir o momento de ceticismo na política. No dia 22 de agosto, o candidato a presidente da República Guilherme Boulos (PSOL) conseguiu reunir um número bem pequeno de pessoas no Pátio de São Pedro, na área central do Recife. Esse foi o primeiro comício que Boulos fez na capital pernambucana. Ainda assim, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) não pareceu nem um pouco desanimado. Em um discurso longo, Boulos prometeu emprego, educação, moradia e políticas públicas para o segmento LGBT. 

Na semana passada, o LeiaJá foi às ruas do centro do Recife perguntar às pessoas o que achavam dos políticos. O cenário encontrado foi de muita decepção e descrença. A recifense Elaine da Silva, 47 anos, fez um desabafo. “Em tempo de voto eles não sabem bater na porta gente? A gente dá o voto de bom coração e arruma até mais, mas está precisando é eles terem vergonha na cara e dar valor ao pobre porque pobre também é gente”, declarou. 

Um ranking elaborado no ano passado pelo Fórum Econômico Mundial corrobora o cenário: o brasileiro é quem menos confia em seus políticos no mundo mais uma outra pesquisa, desta vez, elaborado pelo CNI/Ibope indica que 59% dos eleitores devem votar branco ou nulo. O levantamento foi divulgado no fim do mês de junho. 

Apesar disso, a coordenadora do curso de Ciências Políticas do Centro Universitário Internacional Uninter, Andréa Benetti, acredita que a população está adquirindo mais conhecimento sobre a política. A dica da cientista para que a população se aprofundar sobre os candidatos é ter como base a fonte mais confiável: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Caso o candidato tenha vida pública prévia, os Portais da Transparência dos órgãos governamentais também disponibilizam ótimos registros para avaliação”, explicou. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando