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A arte que visa representar um determinado personagem do universo geek, também conhecido como cosplay, se faz bastante presente no Brasil, principalmente em eventos da cultura pop. O nível de realismo das fantasias varia desde o mais simples até as mais detalhadas, a ponto de ficarem idênticas ao original.

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A cena do cosplay no Brasil tem crescido nos últimos tempos, uma vez que eventos como a Comic Con Experience promovem concursos que premiam as melhores fantasias

O carioca Igor Diogo, 32 anos, de São João de Meriti (RJ), atua como cosmaker, que é o profissional dedicado a produzir as fantasias, mas a paixão pelo cosplay se iniciou ainda na infância, quando ele assistia ao seriado “Power Rangers” e usava caixas de eletrodomésticos para imaginar que eram os personagens.

“Certa vez minha mãe comprou um fogão e foi nessa que me dei mal. Entrei dentro do eletrodoméstico, fiz um buraco para colocar a cabeça e peguei uma caixa pequena para fazer o capacete. Levei uma surra, mas valeu a pena”, recorda Diogo.

 Igor Diogo é cosmaker e se desdobra para investir na sua paixão. Foto: arquivo pessoal/Instagram

O cosmaker tem bastante carinho pela fantasia do Pantera Negra, personagem da Marvel que lhe trouxe bastante reconhecimento e visualizações nas redes sociais. Contudo, seu maior desafio foi desenvolver o traje do robô Bumblebee, da franquia “Transformers”.

“Tínhamos pouco material, uma vez que somos limitados a trabalhar no Brasil, e no Rio de Janeiro é necessário rebolar para construir um suporte dessa altura. Mas conto com a ajuda da minha esposa e sócia, Alessandra Marques, que me ajuda com tudo e sempre resolvemos os grandes problemas”, declara Diogo.

Alessandra Marques é esposa de Igor Diogo e sua parceira nas atividades de cosmaker e cosplayer. Foto: arquivo pessoal

Outro desafio na profissão cosmaker é a incerteza das demandas, além da necessidade de ter uma renda fixa para investir em matéria-prima. “É uma montanha russa, onde em um mês você está em alta e no outro em baixa. Manter uma vida de cosmaker, pai, marido, e tirar um tempo pra si, é realmente ser um super heroi”, afirma Diogo que, apesar das dificuldades, já conquistou parcerias e reconhecimento nacional.

Cosplay como hobby

O comerciante Fabiano Oliveira, 28 anos, Rio de Janeiro, frequenta eventos de animes desde a adolescência e sempre admirou os cosplayers. “Amava tirar fotos, conversar com os artistas, até que um dia eu decidi comprar um cosplay apenas por diversão e deu no que deu, estou aí até hoje”, lembra.

Oliveira também demonstra carinho por seu cosplay de Pantera Negra, mas destaca como maior desafio a fantasia de Arraia Negra, principal inimigo do Aquaman, herói da DC. “Graças a um ótimo amigo chamado Vagner, eu consegui deixá-la maravilhosa! Devo muito a ele”, conta. 

O comerciante Fabiano Oliveira tem o cosplay como hobby e vibra quando seu trabalho é reconhecido. Foto: arquivo pessoal

A busca por reconhecimento não está entre as ambições de Oliveira mas, para ele, é muito gratificante quando o seu trabalho é elogiado. “Você se sente o próprio personagem! De vez em quando alguém te reconhece e diz ‘e ae Pantera’, é muito legal quando isso acontece”, destaca.

O cosplay tornou-se parte da vida de Oliveira e o comerciante carrega a arte para festas infantis, inauguração de lojas ou estreia de filmes. “Alguns dos meus amigos atuais eu conquistei devido ao cosplay! Hoje em dia o cosplay faz parte da minha vida”, afirma.

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