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A Agência Espacial Europeia (ESA) prevê que a missão Artemis, que levará o ser humano de volta à Lua após mais de 50 anos, terá impactos positivos também no campo da sustentabilidade.

"Teremos grandes ensinamentos também no tema da sustentabilidade porque não é possível não ser sustentável em um sistema no qual você está tão longe e deve viver de alguma maneira", declarou a diretora de diversidade da ESA, Ersilia Vaudo Scarpetta, em um fórum promovido pela ANSA e pela Aliança Italiana para o Desenvolvimento Sustentável (AsviS).

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"Se você quiser construir uma base lunar, não pode levar um tijolo por vez da Terra", acrescentou Scarpetta, citando novas soluções com impressoras 3D e extração de água e oxigênio do próprio satélite natural, "tudo com uma intenção de absoluta sustentabilidade".

"Será interessante entender que tipo de aplicações elas poderão ter também na Terra. Não é exploração, haverá muita coisa para aprender e trazer de algum modo para nós", ressaltou a diretora da ESA.

A missão Artemis 1, realizada no fim do ano passado, levou uma cápsula não-tripulada para a órbita da Lua.

Já a Artemis 2, prevista para 2024, será tripulada, mas ainda não pousará no satélite natural da Terra.

Essas duas viagens são preparativos para a Artemis 3, em 2025, que marcará o primeiro pouso tripulado na Lua desde 1972.

O objetivo da Nasa e da ESA é estabelecer uma presença humana de longo prazo no satélite natural, tendo em vista a exploração do Espaço profundo, principalmente o planeta Marte. (ANSA)

Foto: Flickr/CC 2.0

Depois de duas tentativas fracassadas, a Nasa faz os ajustes finais para o lançamento de seu megafoguete à Lua, programado para a quarta-feira (16) na Flórida, que marcará o início do novo programa insígnia da agência espacial americana, Artemis.

Cinquenta anos após o último voo da espaçonave Apollo, a Nasa espera agora estabelecer uma presença humana duradoura na Lua a fim de se preparar para futuras viagens a Marte.

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A missão Artemis 1, um voo de teste não tripulado, é a primeira etapa.

O lançamento do foguete SLS, que deve se tornar o mais potente do mundo, está marcado para as 01h04 locais (03h04 de Brasília) de quarta-feira, com uma possível janela de lançamento de duas horas.

A contagem regressiva já recomeçou no Centro Espacial Kennedy, no estado da Flórida (sudeste dos Estados Unidos), onde a enorme nave laranja e branca aguarda pacientemente por seu voo inaugural.

A decolagem está programada para menos de uma semana após a passagem do furacão Nicole, quando o foguete foi atingido por fortes ventos em sua plataforma de lançamento.

O lançamento, porém, aguarda a confirmação em uma reunião final marcada para hoje: os encarregados da missão devem determinar o risco associado ao furacão, que danificou uma fina camada de selante na altura da cápsula Orion, localizada na parte superior do foguete.

O objetivo é avaliar se esse material corre o risco de se desprender no momento da decolagem e, portanto, representar um possível problema.

Duas datas alternativas estão previstas para o lançamento: 19 e 25 de novembro.

Mas Mike Sarafin, encarregado da missão, mostrou-se otimista no domingo à noite: "Tenho um bom pressentimento sobre esta tentativa em 16 de novembro", disse em entrevista coletiva.

- Tempo favorável -

Pela primeira vez, o clima promete ser ameno, com 90% de chances de tempo favorável durante a janela de lançamento.

No final de setembro, o foguete teve que ser devolvido ao hangar de montagem para protegê-lo de outro furacão, Ian, que atrasou a decolagem por várias semanas.

Antes desses contratempos climáticos, outras duas tentativas de lançamento falharam poucas horas antes da contagem regressiva.

O primeiro cancelamento se deveu a um sensor com defeito e o segundo a um vazamento de combustível durante o abastecimento dos tanques do foguete.

Desde então, a Nasa substituiu uma seção selada e modificou seus procedimentos para evitar o choque térmico tanto quanto possível. Um novo teste foi realizado com sucesso no final de setembro.

As operações de abastecimento devem começar na tarde de terça-feira, sob as ordens de Charlie Blackwell-Thompson, a primeira diretora de lançamento da Nasa.

- Rumbo a Marte -

Cerca de 100.000 pessoas são esperadas ao longo da costa para acompanhar esta decolagem noturna, durante a qual o foguete promete iluminar o céu com uma enorme bola de fogo.

A cápsula Orion será impulsionada por dois propulsores e quatro motores potentes abaixo da seção principal, que vão se separar alguns minutos depois. Depois de um último empuxo da parte superior, a cápsula estará a caminho da Lua e demorará vários dias para chegar ao satélite natural da Terra.

A cápsula não vai pousar lá, mas entrará em uma órbita distante, aventurando-se a se posicionar inclusive 64.000 km atrás da Lua, mais longe do que qualquer outra espaçonave tripulada até hoje.

A cápsula iniciará, então, seu retorno à Terra. Seu escudo térmico, o maior já construído, terá que resistir a uma temperatura equivalente à metade daquela na superfície do Sol ao atravessar a atmosfera.

Se o lançamento ocorrer nesta quarta-feira, a missão durará no total 25 dias e meio, com pouso no Oceano Pacífico no dia 11 de dezembro.

O sucesso desta missão é crucial para a Nasa, que desenvolve o foguete SLS há mais de uma década com investimento de mais de US$ 90 bilhões em seu novo programa lunar até o final de 2025, de acordo com uma auditoria pública.

Após esta primeira missão, Artemis 2 levará astronautas à Lua em 2024, mas sem pousar ainda. Essa honra será reservada para a tripulação do Artemis 3, prevista no mínimo para 2025.

O nome Artemis foi tomado de uma figura mitológica feminina, irmã gêmea do deus grego Apolo, fazendo eco do programa Apolo, que enviou 12 homens à superfície lunar entre 1969 e 1972.

A Nasa pretende desta vez enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra ao satélite natural.

A agência espacial americana pretende, então, iniciar a construção de uma estação espacial orbital ao redor da Lua e uma base em sua superfície.

Artemis é o nome do programa espacial dos Estados Unidos para retornar à Lua, uma das prioridades da Nasa para os próximos anos. A primeira missão deve decolar na segunda-feira (29).

O nome Artemis foi escolhido para ecoar Apolo, o programa da Nasa que entre 1969 1972 transportou os 12 homens que caminharam sobre a Lua. Ártemis, na mitologia grega é a irmã gêmea de Apolo e uma deusa associada à Lua.

A seguir, um resumo do programa Artemis, que tem como objetivo final levar o ser humano ao planeta Marte.

- Artemis 1: voo de teste -

Artemis 1 é um voo de teste do foguete Space Launch System (SLS), de 98 metros, e da cápsula Orion, que fica na parte superior, para garantir que têm condições de transportar astronautas de maneira segura no futuro.

O SLS decolará do Centro Espacial Kennedy na Flórida às 8H33 (9H33 de Brasília) na segunda-feira. Manequins equipados com sensores ocuparão os lugares dos futuros membros da tripulação, registrando os níveis de vibração, aceleração e radiação.

Orion orbitará a Lua antes de cair no Oceano Pacífico.

- Artemis 2: primeira tripulação -

Programado para 2024, Artemis 2 será um voo tripulado que orbitará a Lua, mas sem pousar, similar ao que fez a Apolo 8. A formação da tripulação de quatro astronautas será anunciada até o fim do ano. Um canadense deve estar no grupo.

- Artemis 3: alunissagem -

A terceira missão Artemis será a primeira a colocar astronautas na Lua desde a Apolo 17 em dezembro de 1972. A nave tripulada alunará no polo sul da Lua, onde foi detectada água em forma de gelo. As alunissagens anteriores aconteceram perto do equador.

Artemis 3 está programada para 2025, mas é possível que o voo não aconteça antes de 2026, segundo uma auditoria independente do programa.

A partir de Artemis 3, a Nasa planeja enviar missões tripuladas uma vez por ano.

- SpaceX: módulo de alunissagem -

A Nasa escolheu a empresa SpaceX de Elon Musk para construir o módulo de alunissagem para Artemis 3.

A nave da SpaceX, ainda em desenvolvimento, servirá como um ônibus espacial para os tripulantes da cápsula até a superfície lunar e no retorno.

- Estação espacial Gateway -

O programa Artemis inclui a construção de uma estação espacial chamada Gateway que orbitará a Lua.

O lançamento dos dois primeiros elementos - o módulo de alojamento e o sistema de propulsão - está planejado para o final de 2024, no prazo mais curto, por um foguete SpaceX Falcon Heavy.

As tripulações da Orion seriam responsáveis pela montagem da Gateway. Os astronautas passariam entre 30 e 60 dias na estação e, eventualmente, teriam acesso a um módulo de alunissagem para seguir até a Lua e retornar.

Gateway também serviria como ponto de parada para qualquer futura viagem a Marte.

- Destino: Marte -

O objetivo final do programa Artemis é o que a Nasa chama de "próximo grande salto: a exploração humana de Marte".

A Nasa utilizará o conhecimento adquirido com o programa Artemis sobre trajes espaciais, veículos, propulsão, reabastecimento e outras áreas para preparar uma viagem a Marte.

O objetivo é aprender a manter uma presença humana no espaço profundo por um longo período.

O plano inclui a criação de um "acampamento base" na Lua, que possibilitaria a presença dos astronautas por até dois meses.

Enquanto uma viagem para a Lua leva apenas alguns dias, uma viagem a Marte demoraria no mínimo vários meses.

Na última terça-feira (15), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcos Pontes, junto com o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), assinou um acordo que coloca o Brasil no “Acordo Artemis”. O programa espacial é desenvolvido pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) e pretende enviar a primeira mulher e também a primeira pessoa negra à Lua até o ano de 2024.

Ao todo, o programa espacial da agência norte-americana já possui 12 países envolvidos: Austrália, Brasil, Canadá, Coréia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Itália, Japão, Luxemburgo, Nova Zelândia, Reino Unido e Ucrânia. O Brasil  é o único da América Latina que foi incluído. De acordo com Pontes, inicialmente o programa vai enviar astronautas norte-americanos e, posteriormente, profissionais de outros países envolvidos terão a oportunidade de ir ao satélite natural da Terra.

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O ministro também comentou que a participação do Brasil em projetos espaciais representa um avanço no país e aponta que entre as maiores vantagens está o engajamento das universidades, que vão passar a preparar novos pesquisadores neste segmento. Em 2006, Pontes se tornou o primeiro brasileiro a ir ao espaço. De acordo com o ministro, o programa Artemis é uma oportunidade para que mais brasileiros consigam realizar o mesmo feito.

Em setembro de 2020, a própria NASA anunciou que todo o projeto envolvido tem projeção de custo de aproximadamente US$ 28 bilhões (na conversão atual, cerca de R$ 140 bilhões). Segundo o administrador da NASA, Jim Bridenstine, todo este valor representa o custo programado para as despesas do Acordo Artemis até 2024. E que US$ 3,2 bilhões (R$ 16 bilhões) desse montante serão destinados para a construção que envolve o sistema de aterrissagem.

 

 

A Nasa divulgou nesta quinta-feira (23) o calendário do programa "Ártemis", que levará astronautas à Lua pela primeira vez em meio século, incluindo oito lançamentos programados e uma mini-estação na órbita lunar até 2024.

As missões lunares originais foram nomeadas em homenagem a Apolo; Ártemis era sua irmã gêmea na mitologia grega e a deusa da caça, do deserto e da Lua.

O administrador Jim Bridenstine confirmou que a Ártemis 1 será uma missão não tripulada ao redor da Lua planejada para 2020.

Depois virá a Ártemis 2, que irá orbitar o satélite da Terra com uma tripulação por volta de 2022; e será seguida, finalmente, pela Ártemis 3, que colocará astronautas no solo lunar em 2024, incluindo a primeira mulher.

As três serão lançadas ao espaço pelo maior foguete de todos os tempos, o Sistema de Lançamento Espacial (SLS), liderado pela Boeing, que está atualmente em desenvolvimento, mas sofreu vários atrasos e tem sido criticado em alguns setores como um programa de empregos insuflado.

Fixada em sua cúpula, estará a cápsula Orion, da qual a Lockheed Martin é a principal construtora.

Além dessas missões, que serão todas esforços da Nasa, haverá cinco lançamentos carregando os blocos de construção da mini-estação lunar "Gateway", que servirá como um ponto de partida para o pouso na Lua.

Estes serão realizados entre 2022 e 2024 por empresas espaciais privadas, cujos serviços serão pagos pela Nasa.

A estação orbital consistirá inicialmente em um simples elemento de potência e propulsão e um pequeno módulo habitacional. Em 2024, os astronautas vão parar lá em sua rota para a Lua.

Eles então descerão para a superfície em um módulo.

Uma parte do módulo permanecerá na Lua enquanto a outra parte decolará e permitirá que os astronautas retornem à sua estação, onde embarcarão na cápsula Orion e retornarão à Terra.

Bridenstine disse nesta quinta-feira que a Nasa escolheu a empresa privada Maxar para construir o primeiro módulo da estação, o elemento de potência e propulsão, que dependeria de enormes painéis solares.

Nos próximos meses, a Nasa terá que decidir quem construirá o módulo de pouso. Gigantes do setor aeroespacial, como a Boeing e a Lockheed Martin, estão disputando o contrato, assim como novos atores, como a Blue Origin, de Jeff Bezos.

"Nós não estamos possuindo o hardware, estamos comprando o serviço", disse Bridenstine sobre o módulo. "O objetivo aqui é a velocidade. 2024 está logo ali".

Ele acrescentou: "Nosso objetivo é, em última análise, passar para Marte e não ficar presos na superfície da Lua".

A missão espacial americana à Lua em 2024 se chamará Ártemis, informou a Nasa nesta segunda-feira (13), que solicitou um orçamento adicional ao Congresso para manter seu cronograma acelerado.

O administrador da Nasa Jim Bridenstine anunciou o novo nome na noite desta segunda-feira, durante uma coletiva por telefone com jornalistas sobre uma verba adicional de 1,6 bilhão de dólares este ano para financiar os foguetes e veículos espaciais necessários para a futura caminhada na Lua.

Ártemis, filha de Zeus, é irmã gêmea de Apolo e "a deusa da Lua", disse Bridenstine. Apolo foi o nome do programa que enviou doze astronautas americanos à Lua entre 1969 e 1972. Em março, a administração de Donald Trump anunciou a volta dos astronautas à Lua, incluindo a primeira mulher, a partir de 2024.

O orçamento anual da Nasa é atualmente de 21,5 bilhões de dólares, dos quais 4,5 bi serão empregados no ano fiscal de 2019 (até setembro) no foguete SLS, no veículo Orion e no desenvolvimento da futura estação órbital lunar, três elementos indispensáveis para a volta do homem à Lua.

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