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O Classic Hall inicia sua programação de 2024 com a Fenahall, uma das maiores feiras de artesanato do país, celebrando sua 21ª edição a partir desta sexta-feira (5). O evento, que homenageia os artistas circenses, ocorrerá até 14 de janeiro, das 14h às 21h, com ingressos a partir de R$ 8. 

Com mais de 300 estandes locais, nacionais e internacionais, incluindo expositores da Turquia, Índia, Colômbia, Senegal, África do Sul e Paquistão, a Fenahall oferece ao público a chance de comprar diretamente dos artesãos, facilitando negociações e proporcionando preços acessíveis. 

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A Fenahall deste ano ainda conta com quatros espaços especiais. O espaço "Art Tattoo" - que fez bastante sucesso no ano passado e volta neste ano com a arte da tatuagem - o "Hall das Artes" com obras de diversos mestres pernambucanos e o espaço "Artec", que terá exposição de produtos metareciclados, ponto de coleta de resíduos tecnológicos e oficinas e rodas de conversas sobre sustentabilidade. E a grande novidade deste ano, o "Hall das Mulheres Pretas", espaço com empreendedoras negras que trabalham com moda, arte e gastronomia.

O público no estande da Art Tattoo poderá conhecer o trabalho dos tatuadores e também fazer uma tatuagem na hora. O espaço vai contar também com micropigmentação labial e de sobrancelha, camuflagem de estrias, olheiras e cicatrizes, tatuagem salva-vidas (gratuita para pessoas com problema de saúde ou alergia) e remoção de tatuagem, para quem desejar retirar, ao invés de fazer uma nova. 

A programação diária inclui shows, com destaque para a abertura, nesta sexta-feira (5), com Conde Só Brega. Nos outros dias se apresentam Adilson Ramos, Patusco, Kelvis Duran, Los Cubanos, Labaredas, Chama do Brega, Geraldinho Lins, Petrúcio Amorim e, encerrando no domingo (14), Banda Lelê e O Disco. Homenageando a arte circense, apresentações itinerantes durante o evento contarão com malabaristas, palhaços, pernas de pau, grupos de frevo, afoxé e maracatu. 

E já que este ano a Fenahall homenageia a arte circense, as apresentações itinerantes - que acontecem pelos corredores da feira durante os dez dias de evento - este ano vai contar com malabaristas, palhaços e pernas de pau, além dos  grupos de frevo, afoxé e maracatu. O público também poderá assistir às 17h30 na praça de alimentação os shows: "Cirque Azul" e "Cirque Rosa, do grupo Humantoche (nesta sexta-feira e no dia 12 de dezembro), e o espetáculo Circo Mágico, da Academia Fátima Freitas, neste sábado (05/12).  

A expectativa para esta edição é alta, a venda dos estandes esgotou com antecedência e a projeção de uma das maiores edições, após um evento que movimentou mais de R$ 3 milhões e atraiu 120 mil pessoas na última edição.

SERVIÇO

21ª Feira Nacional de Artesanato (Fenahall)

Sexta-feira (5) até 14 de janeiro, das 14h às 21h

Classic Hall - Av. Agamenon Magalhães, s/n - Olinda

Ingresso: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada)

Telefone para informações: 3427.7500

Da assessoria

Entre os dias 20 e 22 de outubro, acontece a segunda edição do Festival do Nordestino, em Guarulhos (SP). O evento acontecerá na Praça Getúlio Vargas, das 12h às 22h e contará com comidas típicas, artesanato e apresentações culturais. 

Veja a programação completa:

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Sexta-feira, 20 de outubro

12h às 20h - DJ Pernambuco e DJ Iara Bahia

14h - Marcinho do Acordeon 

16h - Brincadeiras

18h - Quadrilha Show

20h - Forró Dinâmico

 

Sábado, 21 de outubro

12h às 21h - DJ Pernambuco e DJ Iara Bahia

13h - Afoxé

15h - Trio Jaçanã

17h - Forró Babado Forte

19h - Cheganças Maracatu e Cirandas

21h - Trio Bom Gosto 

 

Domingo, 22 de outubro

12h às 20h - DJ Pernambuco e DJ Iara Bahia

13h - Encontro Axé Bahia

16h - Cheganças Roda de Coco

18h - Reggaeton

20h - Forró Duo

 

Serviço - Festival do Nordestino Guarulhos 2023

Data: 20, 21 e 22 de outubro de 2023

Horário: 12h às 22h

Local: Praça Getúlio Vargas

Endereço: Avenida Tiradentes, sem número - Centro de Guarulhos/SP

O Shopping RioMar receberá a 11ª edição da Feira Made Pernambuco com o trabalho de mais de 50 artesãos e artistas pernambucanos durante os dias 21 de setembro até o dia 2 de outubro. A entrada é gratuita e o evento acontece no Piso L1 do centrod e compras.

Serão levados para a mostra produtos feitos a mão e com design tradicionais e contemporâneos com materiais reciclados, de madeira, papel, metal, cerâmica, porcelana, telas, artigos, acessórios, vestuário e calçados. A feira faz homenagem a Cristine de Holanda, uma artesã da madeira que participa das feiras desde as primeiras edições.

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"A mostra se destaca pela qualidade e criatividade dos artesãos cuidadosamente selecionados por nossa curadoria. Os artesãos contam com opções para todas as idades", defende Tacy Pontual, designer, artesã e organizadora da Feira Made Pernambuco.

A organizadora detalha que a expectativa é que a feira movimente uma circulação de 1 milhão de reais em negócios. Os visitantes podem comparecer durante o horário de funcionamento do shopping. Para mais informações, basta acessar o site oficial do Made Pernambuco.

Peças confeccionadas pelos jovens durante oficinas de arte estão à venda no estande Libert’Arte  A Fundação de Atendimento Socioeducativo de Pernambuco (Funase) marca presença em mais uma edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte).

Cerca de 50 socioeducandos da instituição expõem peças que aprenderam a confeccionar ao longo de oficinas ministradas nas várias unidades geridas pelo órgão. O evento acontece até 16 de julho, em Olinda, recebendo cerca de cinco mil artesãos de todos os estados brasileiros e outros 27 países. 

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 Entre os artigos elaborados pelos jovens estão pinturas em tela, pesos para porta, espelhos decorativos, tapeçarias, artesanatos em corda de sisal, panos de pratos, sousplat e puffs. Mosaicos de louça e artesanatos em barro fazem parte das novidades pensadas especialmente para a edição deste ano, com várias das obras dialogando com o tema geral da Fenearte 2023: “Louceiros de Pernambuco - Arte da Terra, Poesia das Mãos”. 

Além do caráter educativo e de abrir portas para o interesse na arte como profissão, a atividade também estimula nos meninos e meninas a consciência socioambiental, através da reutilização de materiais descartados como matéria-prima para criação das peças. Os puffs, por exemplo, são feitos a partir de pneus reaproveitados. 

As lições são ensinadas aos socioeducandos por servidores e funcionários da Funase, além de artistas parceiros. Este ano, um dos voluntários foi o artesão ceramista Joane Alves, natural do Alto do Moura, em Caruaru, e atuante há 52 anos na arte de moldar e transformar o barro em artigos utilitários e decorativos.

   “A Funase participa da Fenearte desde a sua primeira edição, o que nos deixa muito felizes justamente por ser uma oportunidade de apresentarmos à sociedade o trabalho que é feito nas unidades, por nossos adolescentes e jovens, com suporte de nossos educadores”, afirma Nadja Alencar, presidente da Funase.

“É um compromisso exercido com muito carinho e cuidado, lembrando sempre que as atividades vão além do papel ocupacional, assumindo também a atribuição de externar a capacidade desses meninos e meninas de produzir arte e se comunicar através dela”. 

As peças estão disponíveis para venda no estande Libert’Arte, mesmo nome que batiza o selo dos produtos. Metade da renda arrecadada será destinada para as famílias dos adolescentes que participaram das oficinas produtivas. Os outros 50% serão entregues para a manutenção e o suporte das unidades em que aconteceram as produções. 

ARTE PERMANENTE

  A participação dos socioeducandos na Fenearte funciona como uma grande vitrine para uma ligação mantida permanentemente entre a Funase e a produção artística. A fundação dispõe, desde 1977, de um box na Casa da Cultura de Pernambuco, localizada no bairro de São José, às margens do Rio Capibaribe, Centro do Recife.  Lá são vendidos artigos também idealizados e elaborados pelos jovens e adolescentes, todos também sob o selo Libert’Arte. O espaço fica na Cela 102 - Raio Oeste, funcionando de domingo, das 9h às 17h. O acesso é gratuito.

*Da assessoria 

Nesta terça (13), uma coletiva de imprensa realizada no Palácio das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, anunciou as novidades da  23ª Fenearte - Feira Nacional de Negócios do Artesanato. Este ano, o evento acontece entre os dias 5 e 16 de julho, no Centro de Convenções, com o tema Loiceiros de Pernambuco.

Durante a coletiva, a diretora-executiva da Fenearte, Camila Bandeira, destacou algumas novidades da feira. Entre elas, o Circuito Fenearte, que levará o evento para além dos limites do Centro de Convenções, levando artesãos para outros espaços da cidade. “Uma das novidades deste ano é ativar espaços culturais, equipamentos de cultura, museus, galerias de arte e restaurantes das cidades do Recife e Olinda. E fazer esse diálogo do artesanato com o design, com a moda, com a gastronomia, e com as artes visuais”, disse. 

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Também presente na coletiva, a governadora Raquel Lyra falou sobre a importância do artesanato do Estado. “(...) O que a gente vê é uma riqueza cultural universal que traz agregada em si um valor gigantesco e Pernambuco é palco, nos seus territórios, de diversidade a partir de onde é produzido cada artesanato. A Fenearte é um grande expoente disso”. A 23ª fenearte contará com a participação de mais de cinco mil expositores; cerca de 30 países; e mais de 300 artesãos individuais. 

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A Secretaria de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo de Pernambuco (SEDEPE-PE) está disponibilizando vagas na 23ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (FENEARTE), que acontecerá nos dias 5 a 16 de julho. Serão selecionados 20 artesãos que poderão expor e comercializar sua arte gratuitamente no estande institucional da secretaria.

O processo seletivo de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) para ocupação do espaço coletivo no estande da secretaria é voltado para organizações de caráter coletivo e que os trabalhadores sejam do meio urbano ou rural, exercendo democraticamente a gestão das atividades e a alocação dos resultados, como associações e cooperativas.

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“A apresentação das peças na Fenearte, a maior Feira de Artesanato da América Latina, vai além da importância comercial, pois representa a oportunidade de oferecer uma grande visibilidade a esses produtos, fortalecendo toda uma cadeia de desenvolvimento social e sustentável”, afirma a gestora da SEDEPE-PE, Amanda Aires

Os artesãos interessados em participar da seleção podem se inscrever até o dia 17 de maio pelo formulário online. Para completar o cadastro, é necessário possuir o Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários (CADSOL). A seleção irá avaliar critérios como qualidade do produto, criatividade/inovação e consciência ambiental.

A 9ª edição da Mostra de Artesanato, Arte e Design de Pernambuco (MADE PE), segue no Plaza Shopping até o próximo sábado (1º). A feira se destaca por reunir produtos sustentáveis, com peças criativas de pequenos empreendedores pernambucanos, entre expositores, artesãos e artistas. Com entrada gratuita, a exposição de artes acontece no jardim do piso L2, das 15h às 22h.

A ornamentação do evento passa a ser temática e a ressaltar uma técnica utilizada por artistas pernambucanos. Esta edição, focada na xilogravura de Pernambuco, é assinada por Bacaro Borges, que projetou todos os elementos gráficos, tipografia e cores utilizadas e também estará entre os expositores.

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"A MADE é uma feira artesanal que reúne artistas do interior e da capital, mostrando nossa cultura de arte regional desde 2017, quando ainda éramos o 'Recife Feito à Mão'. Apresentamos também obras sustentáveis e autorais", detalha a designer e artesã, Taciana Pontual, organizadora da feira.

Taciana revela que nesta edição, a programação contará com outra novidade: uma galeria de arte com trabalhos de artistas consagrados como Delly Figueiredo, Isa Pontual, Jéssica Martins, Vania Notaro, além de Celene Muniz e Luiz Filipe Marti. A expectativa da organização é que mais de R$ 1 milhão circule durante o evento, com opções para todas as idades, entre os segmentos, reciclados, madeira, papel, metal, cerâmica, porcelana, telas, artigos para crianças, acessórios, vestuário e calçados.

O público poderá encontrar peças decorativas; esculturas em metal e madeira, vestidos bordados e pintados à mão, brinquedos artesanais, bonecos de pano, acessórios, bolsas e biojoias; móveis em madeira e resina; calçados em couro, joias em prata; acessórios e objetos feitos de quenga de coco, luminárias e esculturas em papel. E ainda, artes em papel reciclados, telas, cerâmica utilitária e decorativa, porcelanas, peças de barro e objetos religiosos.

Mais de 60 expositores estarão na Made Pernambuco entre eles, Acessórios Ramifica, Adrianne Barros, Algo Atelier, Ateliana Crochê, Ana Rios, Ana Santiago, Anas Acessórios, Torah, Arterial, Bacaro Borges, Beth Cyrne, Carol Aguiar, Catharine Torres, Claudia Couto, Panos e Cores Baudoin Design, Cristine de Holanda e Dengo da Mamãe. Mais informações estão disponíveis no site oficial da feira.

*Da assessoria

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O Projeto Andorinhas reúne colaboradores de áreas diversas com o objetivo de promover a economia solidária, na qual o trabalhador é visto como sujeito produtor e gestor das atividades econômicas praticadas coletivamente, tais como: costura criativa, confecção de bonecas, crochê e cerâmica. Idealizado pelo professor e economista João Cláudio Arroyo, o projeto surgiu após a discussão, na década de 1990, a respeito da exclusão social provocada pela economia capitalista em  saturação.

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Uma das coordenadoras do Andorinhas é a Vera Goretti da Silva Oliveira, 63 anos, costureira profissional, responsável pelo Centro de Comercialização de Economia Solidária – o CESOL. Com experiência nas questões de economia solidária, ela participou da criação do Banco do Povo e dos Fóruns Municipal e Estadual.

A coordenadora explica que no Andorinhas a proposta é trabalhar no regime cooperativista e associativista, respeitando-se a produção conjunta. “Temos o dever de pautar a nossa produção na colaboração", destaca.

O projeto é composto pela Rede de Economia Solidária que agrega pessoas de diferentes profissões, entre as quais estão pedagogos, psicólogos e músicos. Porém, somente artesãos produtores participam do Espaço Andorinhas. 

“Atuamos como coordenadores e continuamos a dar conta do nosso produto. Quando acontecem as plenárias nacionais, a gente vê dentro da coordenação e da produção quem vai acompanhar aquele trabalho, quem tem disponibilidade para realizar aquela tarefa”, esclarece a profissional.

A agenda do projeto inclui a venda de comidas típicas no espaço gastronômico situado à rua Carlos Gomes, onde está a loja com os produtos Andorinhas. Nesse local acontece ainda o “Calçadão da Economia Solidária”, aos domingos. Essa programação inclui música e exposição de artesanato. E, a partir desse setembro, ocorre mensalmente o “Sarau Multifuncional”, com poesia e exposição de livros.

Os produtos Andorinhas também são comercializados no campus Alcindo Cacela da UNAMA - Universidade da Amazônia. Vera destaca o apoio recebido da instituição acadêmica. “A Unama é a maior apoiadora do projeto. Aqui recebemos o espaço de comercialização e formação. Ministramos essa formação. Há oficinas na área de gestão que trazem um conhecimento maior pra gente saber como conduzir o nosso empreendimento”, assinala.

O Projeto Andorinhas representa um divisor de águas aos trabalhadores que desenvolvem as suas atividades tendo como referência a economia solidária. “Levo isso como exemplo para a minha família, um outro tipo de economia. Nós temos esse direito de viver um mundo de oportunidades melhores", finaliza Vera.

Por Rosângela Machado (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

Nesta quarta-feira (6), a Fenearte aportou no Pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, para mostrar a magia do artesanato. A 22ª edição da feira ficará no espaço até o próximo dia 17, reunindo nos 700 estandes trabalhos de profissionais que prometem conquistar a atenção do público.

De acordo com Paulo Câmara, governador de Pernambuco, é prazeroso retornar com o evento. "Estamos felizes de estar aqui, depois de dois anos de pandemia. Fizemos uma edição em dezembro do ano passado, mas o bom é fazer, realmente, a edição na data certa, no período em que as pessoas estão acostumadas a frequentar", declarou, em entrevista ao LeiaJá.

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Câmara ainda disse que a expectativa para a Fenearte deste ano é bastante positiva: "As pessoas estão gostando da feira, de tudo o que estão vendo. Os artesãos estão bem instalados, vendendo suas peças. A gente espera que seja um ambiente de muita cultura e alegria para o povo".

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Durante os 12 dias de feira, cerca de 5 mil expositores irão receber mais de 200 mil visitantes. A gerente de projetos Amanda Silva é uma dessas pessoas que veio conferir de perto a dimensão do evento de artesanato. Moradora de Santa Catarina, Amanda classificou a Fenearte como um elemento gigantesco.

"Está sendo bem legal e interessante conferir a feira. Eu pensei que só tinha exposições regionais, mas vi coisas do Brasil inteiro, até do meu estado", afirmou. Marcando presença pela primeira vez, a turista catarinense enfatiza: "É muito maior do que eu imaginava".

Participando da Fenearte há 11 anos, Cecília Gouveia vibrou pelo fato de a feira ter caído no mês correto. "A gente queria que a realização da Fenearte acontecesse mesmo em julho. Foi necessário voltar ao calendário normal", disse a artesã, que está representando nesta edição um coletivo de mulheres marisqueiras, responsáveis pela criação de produtos sustentáveis.

Veterano em apresentar ao público suas obras, Jailson Marcos assegura que voltar a ter contato com as pessoas na feira é extremamente gratificante. Para o designer potiguar, mas radicado em Pernambuco, a Fenearte não só acontece nos dias em que o evento é projetado: "Você cativa o cliente e ele passa a te comprar o ano inteiro. Foi aqui que mostrei o meu trabalho, foi aqui que fiz a minha fidelidade com o consumidor". Nesta 22ª edição, a Fenearte homenageia os 30 anos do movimento Manguebeat.

Milhares de famílias fizeram do Polo dos Brincantes, no Centro de Caruaru, uma opção para aproveitar a noite deste sábado (18) no maior São João do mundo. Localizado na Estação Ferroviária, dentro da Praça Silva Filho, o grande corredor cultural abriga museus da história do Agreste e do Sertão pernambucanos, o mercado da Estação e a igreja Central. O local também é referência para o bacamarte; cerca de mil bacamarteiros devem se apresentar no local até o próximo dia 23.

O Mercado Criativo e a Feira da Mulher Empreendedora são duas iniciativas coletivas municipais que tomam formato físico na Estação Ferroviária, no Centro de Caruaru. Através desses espaços, mulheres artesãs protagonizam o retorno da arte expositiva no São João da cidade, após dois anos com opções reduzidas e até mesmo a interrupção de suas produções. Confira relatos dessas trabalhadoras ao LeiaJá, neste sábado (18) que oficializa a terceira semana da festividade local.

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Natural de Caruaru e artesã de feltro há sete anos, Janaína Valentim (@costurinhasvalentim), revelou que depois desses dois anos de pandemia estava com medo de não conseguir vender o esperado, mas que está tudo dando certo.

"Durante a pandemia foi difícil me virar com o artesanato porque não tinha lugar pra expor porque estava tudo fechado e todo mundo ficou parado. A gente ficou de mãos atadas porque não tinha nenhum lugar para colocar".

Quando começou a pandemia, Janaína teve que migrar a sua exposição do Polo dos Brincantes para as redes sociais.

"Passei a expor no Instagram e no Facebook, e também conheci um grupo que se chama 'Mulheres empreendedoras' e ela sempre dá cursos e o suporte que a gente precisa para divulgar o nosso artesanato. Esse ano parece que a gente tá começando novamente, lá do início, porque tá tudo novo por conta dos dois anos parados. Eu estou gostando, no início nos preocupamos se iria ter movimento, mas tá tendo; todo mundo vem, conhece o artesanato. Meu público alvo é criança, então tenho mais movimento no final de semana, o pessoal vem, olha, pega cartãozinho. É até bom porque eu pego encomenda", comemorou.

"A gente tá expondo desde o começo do mês, mas só abrimos no fim de semana. Durante a semana que vem é a minha irmã, que é o meu apoio, e a partir da quinta, meu bebê de colo fica com o meu esposo e a minha filha mais velha, de 15 anos", detalhou.

Moradora de Caruaru há 12 anos e natural de Vitória de Santo Antão, a designer e funcionária pública Marília Brandão, da Lila Moda Lenta (lila.modalenta), também tem o polo como única forma de divulgar e vender o seu trabalho de forma física, e também faz vendas e encomendas online.

"Foram dois anos em casa e enquanto eu estava em casa produzi algumas peças de crochê, que é a minha paixão. Estou aqui desde a semana passada, quando começou o movimento no polo, e é muito importante para a divulgação da marca. Infelizmente as vendas ainda estão um pouco baixas, mas tenho esperança de que vá melhorar. Durante a pandemia eu tive dificuldade de vender por pensar nas pessoas que estavam preocupadas com a saúde, então não foquei muito nas vendas, mas produzi bastante".

Conciliando o emprego com o artesanato, Lila contou já estar conseguindo ter complemento de renda expondo no polo. "É bastante válido estar aqui".

Artesã há 25 anos, Edvania Florêncio, da Linda Flor Ateliê (@linda_flor_atelie), que está na Feira de Mulheres Empreendedoras, disse ter ficado "à deriva" durante a pandemia e teve que inovar.

"Eu comecei a fazer live fazendo cursos, ensinando a minha arte, mostrando às pessoas, e foi uma experiência muito legal, mas agora não tô tendo tempo. Foi bom porque abrangeu para mais pessoas conhecerem o meu trabalho. Foi difícil, mas foi muito representativo. Eu tinha Instagram, Facebook, mas não movimentava por conta da correria, e foi na pandemia que a gente se reinventou para mostrar o nosso trabalho. Como estava tudo parado e até o início do ano a gente não sabia qual seria o rumo, me pegou muito de surpresa porque agora a demanda está muito louca, todos os dias eu chego da feirinha e tem coisa para fazer. Passo o dia todo na maquina, fazendo as artes, porque a demanda, graças a Deus, está muito grande".

Ela contou já ter participado de várias feiras, e que está tendo um atendimento válido. "A gente está vendendo as peças e estamos tendo mais conhecimento e visibilidade para o meu ateliê. O São João chegou de relâmpago, mas foi muito bom".

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Pelas ruas de pedra que levam ao colorido do casario antigo de Olinda, o tempo parece assumir ritmo próprio. Esse lugar repleto de fascínio e magia que, segundo o poeta, detém a "paz do mosteiro das Índias" - aquela somente interrompida pela explosão do Carnaval - vem inspirando há 487 anos - comemorados neste sábado (12) - poetas, compositores e artistas plásticos, entre outros trabalhadores das artes, de forma quase instantânea e até natural, como se tivesse sido criado para esse fim.

Entre esses artistas, estão Aline Feitosa e Emmanuel Cansanção, do Pequeno Ateliê, que assumiram quase como uma missão a preservação dessa atmosfera e das memórias que ela guarda transportando-as para o barro. 

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Em  suas peças, eles reproduzem o colorido do casario da Cidade Alta, bem como algumas figuras do Carnaval, como a La Ursa e o Homem da Meia-Noite. A inspiração vem da própria vivência de cada um em solo olindense. "É natural por uma questão de memória afetiva A gente viveu em Olinda e adora passear aqui pelo Sítio Histórico. São coisas que  fazem parte da nossa história, a gente não inventou, é verdadeiro", diz Aline, que trocou sua cidade natal, Rio de Janeiro, pelo estado de Pernambuco, berço da sua família materna aos 14 anos de idade. 

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Emmanuel também trocou o local do nascimento por Olinda e Recife. O artista plástico é nascido em Catende (PE), mas foi trazido pelos familiares, logo após o nascimento, para o bairro olindense de Rio Doce. E foi entre as etapas deste bairro e as ladeiras históricas da Marim dos Caetés que ele se descobriu artista, desde cedo, quando pintava camisetas e as vendia em um varal colocado na Ladeira da Misericórdia a fim de descolar grana para assistir aos shows de Chico Science, na época do Manguebeat. "Minha infância e adolescência toda foi aqui em Olinda. Olinda é meu lugar, conheço tudo, todas as ruas, todos os becos", diz, garantindo que é reconhecido como olindense onde quer que chegue.

Há cerca de quatro anos, os dois somaram esforços e começaram a produzir sua arte juntos. Aline, então jornalista com mais de 20 anos de experiência na área cultural, acabou tomando gosto pelo barro e hoje, dedica-se somente a ele. Foi através da parceria com Emmanuel, artista plástico com quase três décadas de experiência, que eles descobriram o quanto as influências e o amor que nutrem pela cidade aniversariante deste sábado (12) poderiam resultar em obras que tocariam significativamente o público. "O primeiro (vaso) que eu fiz foi a La Ursa e tive a surpresa de que aquilo estava tocando outras pessoas. Foi de forma espontânea e verdadeira. Eu, particularmente, sempre gostei dessa questão do patrimônio histórico, sempre me tocou muito. Reproduzir esse patrimônio, essa memória histórica no barro, é muito gostoso", diz Aline.

Assim, as obras de arte da dupla  assumiram o caráter de preservação de uma memória histórica e cultural, algo que vai além do apelo estético das peças. "Nós, brasileiros, temos um problema com a memória. A gente se esquece das coisas muito rápido. A gente não dá atenção. Olinda, por exemplo, não tem a atenção que merece como patrimônio histórico e cultural da humanidade. Eu acho que (nosso trabalho) é uma coisa de resgate", comenta Aline. Ao que Emmanuel complementa: "É muito essa coisa da memória afetiva. As coisas estão se perdendo, se acabando. Então, a gente leva isso de volta para as pessoas". 

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Para além da natural preservação e manutenção de tantas memórias - os dois também produzem, sob encomenda, peças personalizadas - o trabalho de Aline e Emmanuel tem conseguido dar a cada peça um apelo afetivo e emocional que apenas a arte é capaz de oferecer. A 'mágica' parece mesmo vir da própria cidade que os inspiram, com suas ruas de pedra, seu casario colorido e seu tempo totalmente único. Eles mesmo é que o dizem e esculpem, com visível carinho e amor, peça a  peça. 

 "Olinda tem uma energia criativa que é própria dela. Ela tem essa coisa boêmia... Na minha infância e adolescência, eu vivi a Olinda dos ateliês abertos, sinto bastante saudade disso.  Na pandemia, às vezes a gente vinha passear nas ruas vazias, só para olhar e para criar, desenhar. É um lugar muito marcante. Olinda é muito inspiradora". Aline Feitosa. 

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

“Aqui, durante a manhã, numa segunda-feira, eu saio na rua e vejo as pessoas calmamente indo comprar pão… O cheiro da cidade, as pessoas, as cores, a brincadeira, a safadeza de Olinda, os costumes… Isso influencia de uma maneira que é tão natural que se eu chegar em algum lugar a galera vai dizer: ‘tu é de Olinda’. Eu gosto da cidade, eu sofro com a cidade; quando tá ruim eu sofro com ela também, fico triste. Mas, quando tá bom, eu vou pra rua, brinco, comemoro. Acho que é uma relação de carinho muito forte com a cidade. É praticamente um vício”. Emmanuel Cansanção

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

O brinquedo de miriti, uma palmeira típica da região de várzea da Amazônia, é um dos componentes marcantes durante o período do Círio de Nazaré, em Belém do Pará. São peças que passam de geração a geração e se modernizam a cada ano.

A produção dos artesanatos de miriti é uma herança indígena que envolve, hoje, centenas de famílias na região de Abaetetuba, sendo considerado um processo sustentável de produção, tombado como patrimônio histórico cultural imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

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Paulo Emmanuel, artista plástico, jornalista, chargista e humorista, se rendeu aos encantos do miriti. Ele começou a trabalho com esculturas de miriti por volta de 1999, produzindo bonecos caricaturados

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“Eu usei o biscuit durante muito tempo, mas percebi que ficava muito pesado na hora de fazer o envio das encomendas. Eu passei a modelar no miriti por precisar de um suporte mais leve", assinalou o artista. O biscuit é uma massa de modelar produzida a partir da mistura de amido de milho, cola branca para porcelana fria, conservantes como limão ou vinagre e vaselina. "O miriti é uma peça maravilhosa, é o nosso isopor e com o passar do tempo percebi que a produção passou a ficar melhor que a do boneco original”, disse. 

Paulo Emmanuel ressalta que o processo de produção não possui prazo de validade. “Quem comprar uma peça de miriti tem que saber que não tem tempo de duração. A depender do tempo e lugar em que ele for colocado, ele pode ser deteriorado, ou não. É o risco de se comprar esse material”, afirmou.

A profissão do artesão requer habilidade e dedicação para que ele possa fabricar produtos por meio de um processo manual, ou com a ajuda de ferramentas. Esse profissional tem como função produzir itens de artesanato, com função decorativa, e é dessa forma que ele tira a sua renda. No Pará, o artesanato de miriti é uma das atividades mais importantes do município de Abaetetuba e agrega valores culturais paraenses.

Paulo Emmanuel garante que é apaixonado pelo trabalho com produção de miriti. “Com o tempo a gente se apega ao miriti. O miriti é apaixonante, o que vem de Abaeté, o miriti do Círio e o dos grandes artesões, ele dá valor à cultura do nosso Estado. A minha essência virou a ser essa. Às vezes sai uma coisa tão bem feita que eu quero até ficar [risos]. A gente nem quer enviar pra vender”, conclui.

Por Amanda Martins (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

A 19ª edição da Feira Nacional de Artesanato (Fenahall) chega ao fim neste domingo (23). As promoções, que são uma tradição do último dia, foram antecipadas para esta sexta-feira (21), com objetivo de evitar um grande fluxo de visitantes no domingo. Os expositores prometem descontos de até 50%. O evento acontece das 14h às 21h, no Classic Hall, em Olinda. Os ingressos custam R$ 6 (meia-entrada) e R$ 12 (inteira).

Com a pandemia do Covid-19, uma série de mudanças foram feitas no formato da feira com o objetivo de garantir a segurança dos visitantes e dos expositores. Os corredores da Fenahall estão mais amplos, tem sentido único com controle do número de pessoas circulando em cada um deles. Também foram instalados oito pontos para o público higienizar as sacolas e mãos, quatros pias foram instaladas ao longo do percurso da feira e 120 circuladores de ar.

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No acesso à feira, é obrigatório a aferição de temperatura, o uso de máscara, álcool em gel e apresentação de comprovação do esquema vacinal completo contra a Covid-19 (mesmo não sendo obrigatório, de acordo com os protocolos de feiras e shoppings). A estrutura da Fenahall também conta com um túnel de sanitização e, antes da abertura dos portões, todos os ambientes estão sendo desinfetados com um equipamento aprovado pela Anvisa de desinfecção microbiológica.

Os grandes shows ao final de cada noite, que são uma marca da Fenahall, não estão acontecendo. No lugar, estão sendo realizadas apresentações itinerantes da academia de dança Fátima Freitas.

A praça de alimentação conta com mesas bistrôs e não está sendo realizada venda de bebidas alcoólicas, com objetivo de promover uma maior rotatividade das pessoas. A organização também incentiva o uso do cartão de crédito e débito, ao invés do dinheiro. Lembrando que o evento é petfriendly.

SERVIÇO

19ª Feira Nacional de Artesanato (Fenahall) até domingo (23 de janeiro), das 14h às 21h

Classic Hall - Av. Agamenon Magalhães, s/n - Olinda

Ingresso: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia-entrada)

Mais informações: 3427.7501

Programada para acontecer entre os dias 10 e 19 de dezembro deste ano, a 21ª Fenearte vai levar ao pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco, elementos e referências do Movimento Armorial. Além do movimento criado por Ariano Suassuna, esta edição da feira homenageia, também, o romance A Pedra do Reino, também escrito por Suassuna. 

O Movimento Armorial foi uma iniciativa artística-cultural, criada pelo pernambucano Ariano Suassuna, com a finalidade de criar uma arte erudita através dos elementos da cultura popular do Estado. A feira também faz reverência ao cinquentenário da obra A Pedra do Reino, lançada em 1971 e reconhecida como um dos ícones do movimento.

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A Fenearte  é uma realização do Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDEC). Em sua 21ª edição, o evento promete seguir todas as exigências e protocolos estabelecidos pelo Comitê de Enfrentamento ao Covid em Pernambuco a fim de promover a segurança do público e dos artesãos expositores. 

O Shopping Guararapes promove até o próximo dia 31 a feira de artesanato “Abraçando o mundo com arte”, que apresenta peças nacionais e internacionais. Ao todo, 16 estandes vão expor uma variedade de produtos para todos os gostos, como joias em prata, tapeçaria em tear, óleos essenciais, difusores e aromatizadores, sandálias e bolsas em couro, artigos geek e acessórios.

Na ala internacional, destacam-se as vestes indianas e africanas, reconhecidas pela diversidade de padrões e cores, além de brincos, anéis e pingentes da Indonésia. O evento também conta com produtos e pratos típicos de outros estados do Brasil, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

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A feira ainda tem como um dos destaques a obra do artista plástico Rapha Calafa, que trabalha com pinturas corporais em neon e as traduzem em quadros. O horário de funcionamento segue o do centro comercial alocado em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. Com o decreto em razão da Covid-19, ele fica aberto das 10h às 20h, em dias de semana, e até às 18h nos fins de semana e feriados.

“A proposta do Abraçando o mundo com arte é dar oportunidade para os pequenos empreendedores que buscam espaço nos shoppings. Nós formamos esses grupos, com custos acessíveis, para que todos possam expor seu trabalho e ter a experiência de vender dentro desses ambientes, que de outra forma não conseguiriam”, destaca a coordenadora da feira Natalya Fraga.

A Fundação Joaquim Nabuco publicou o edital de inscrição para artesãos que desejam ter seus produtos expostos e comercializados no Espaço Janete Costa Arte e Cultura, a lojinha do Museu do Homem do Nordeste. O prazo começou na última quinta-feira (1º) e vai até 1º de abril de 2022, sempre nos primeiros 10 dias do mês, das 8h30 às 12h.

Entidades representativas, artesãos individuais e microempreendedores podem se inscrever para credenciar seus trabalhos. As peças devem apresentar características culturais da arquitetura, fauna, flora e/ou manifestações e tradições culturais que fazem parte da história e identidade do Nordeste.

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“A iniciativa é pautada na missão institucional de atender a demandas e necessidades relacionadas à educação e cultura, compreendidas de forma interdependente, com vistas ao desenvolvimento justo e sustentável da sociedade brasileira. Nesse sentido, a valorização da cultura e da identidade da Região Nordeste, por meio do estímulo às atividades da produção do artesanato vem colaborar com o cumprimento desses objetivos”, explica o coordenador de Exposições do Muhne, Antônio Montenegro.

O credenciamento dos artesãos e entidades de artesanato é uma forma de difundir, estimular e valorizar a cultura do Nordeste, principal finalidade do Museu. As inscrições podem ser realizadas presencialmente no Museu do Homem do Nordeste, via postal, devendo a data da postagem estar dentro do período de inscrição ou via e-mail  artesao.museu@fundaj.gov.br e artesao.museu@fundaj.gov.br.

*Via Assessoria de Imprensa

O mestre ceramista Fernandes Rodrigues está repassando um pouco da sua experiência com aulas em seu ateliê, localizado em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul de Pernambuco. Aberto para pessoas de todas as idades, o curso é gratuito e conta, ainda, com intérprete de Libras, para atender alunos com deficiência auditiva. As aulas acontecem até o mês de março de 2021. 

Fernandes Rodrigues trabalha com peças que retratam figuras históricas, como o escritor Ariano Suassuna, além de pessoas do cotidiano como vaqueiros, músicos e leitores anônimos. Em Vitória, sua cidade natal, Rodrigues contabiliza quatro monumentos em praças do município, a exemplo da escultura de Padre Renato, na Praça da Matriz. 

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Em seu ateliê, localizado na metade do KM 38 da BR-232, em Vitória de Santo Antão, o mestre recebe visitantes das 8h às 16h, com uma pequena pausa no horário de almoço. O espaço tem cerca de 30 m², pode receber 15 pessoas ao mesmo tempo, devido às precauções contra a Covid-19. É obrigatório o uso de máscara e, para alunos do curso, também é necessário fazer uso de luvas descartáveis. 

A formação se dá em caráter contínuo durante a semana. Há aulas de iniciação, com um breve contexto histórico sobre a prática de esculpir em barro e um momento prático, em que é possível começar a produzir suas próprias obras; aulas de finalização de peças, em que alunos anteriores podem voltar em seus trabalhos ou mesmo iniciar novas composições; e a aula de queima, que garante a finalização do que foi criado anteriormente, com o repasse de que cuidados são fundamentais para a preservação das estátuas. Menores de 18 anos precisam estar acompanhados por um responsável ou levar uma autorização por escrito. 

Serviço

Oficinas de esculturas em barro no Ateliê Fernandes Rodrigues com o Mestre

Segunda à quarta, de 8h às 12h. 

Aulas com mediação de Libras ocorrem nas segundas, de 9h às 12h.

Toda semana até 05 de março de 2021

BR-232, 347 (KM 38,5), Vitória de Santo Antão, Mata Sul

Informações: (81) 9 9509-8299 e @fernandesrodrigues1 (no instagram)

Artesãos e artesãs de todo o estado de Pernambuco já podem se inscrever para participar da 21ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato, a Fenearte. O evento acontecerá entre os dias sete e 18 de julho de 2021, e as inscrições podem ser feitas pela internet. 

Realizada pelo Governo do Estado e Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper) / Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDEC), a Fenearte é considerada uma das maiores feiras do segmento na América Latina. O evento tem duração de 12 dias e gera renda para mais de cinco mil expositores. Além dos artistas locais, também participam artesãos e artesãs de outros estados e países. 

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Em 2021, o evento obedecerá a todos os protocolos de acordo com as orientações do Comitê de Combate ao Covid 19 do Governo do Estado de Pernambuco. Em função da pandemia do novo coronavírus,  questões como dimensão física, tamanho de público, quantidade de selecionados e até mesmo o formato (presencial ou não) serão definidos posteriormente.

Interessados em participar da 21ª edição da Fenearte podem realizar suas inscrições, até o dia 15 de janeiro,  através do site www.fenearte.pe.gov.br Mais dois canais estão disponíveis: o telefone: 81 - 3181.3454 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h); e o e-mail fenearte@centrodeartesanato.pe.gov.br.

A Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) anunciou que a 21ª edição da Fenearte não será realizada devido à pandemia do novo coronavírus. A feira estava programada para acontecer entre os dias 1º e 12 de julho. O evento reúne artesãos de todo o Brasil e de diversos países, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. 

Segundo a AD Diper, a última edição realizada em 2019 arrecadou cerca de R$ 45 milhões durante os 12 dias e recebeu cerca de 300 mil pessoas. Resultado de um investimento de R$ 5,5 milhões e gerou 2,5 mil empregos temporários. 

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Ainda segundo a agência, não há previsão para um nova data, mas foram criadas campanhas de incentivo para os artesãos prejudicados pelo cancelamento: ‘Abrace o Artesão Pernambucano’, ‘Artesanato Solidário’ e o ‘Vale Artesanato’. Os projetos visam diminuir o prejuízo dos artistas que produzem ao longo do ano para a feira. 

Confira o comunicado na íntegra: 

A Agência de Desenvolvimento Econômico – AD Diper, por meio da Diretoria de Promoção da Economia Criativa, informa que não será possível realizar a 21ª Fenearte na data programada, entre 01 e 12 de julho de 2020, no Centro de Convenções de Pernambuco. Diante do cenário provocado pela pandemia da COVID-19, é nosso compromisso garantir a segurança e saúde, em primeiro lugar, de expositores e visitantes. 

A Fenearte é um importante elemento estruturador da cadeia produtiva do artesanato, em especial, do artesão, e cumpre o papel fundamental de fomentar a política pública de cultura do Estado. Assim, sempre tendo como horizonte o resgate e a valorização da cultura popular pernambucana, seguimos debatendo e avaliando alternativas que possam viabilizar a 21ª edição da Fenearte em um momento mais oportuno. E assim que qualquer resolução seja confirmada, a coordenação da Fenearte avisará a todos os públicos envolvidos. 

AÇÕES - Com o cenário de incerteza provocado pela pandemia, o Governo de Pernambuco, por meio da AD Diper, vem movendo esforços para auxiliar os nossos artesãos. Estão sendo realizadas ações de incentivo como as campanhas Abrace o Artesão Pernambucano, Artesanato Solidário e Vale Artesanato. 

O Abrace transformou as redes sociais do Centro de Artesanato de Pernambuco numa vitrine que possibilita diretamente a divulgação e negociação entre artesão e cliente. Já o o Artesanato Solidário é uma ação de compra pelo Governo do Estado do estoque dos artesãos que estão com produtos disponíveis nas lojas físicas do Centro de Artesanato de Pernambuco e dependem financeiramente dessa comercialização. Assim, mais de 1.000 artesãos estão sendo contemplados. Todos os produtos adquiridos serão doados posteriormente, através de um chamamento público, para instituições filantrópicas sem fins lucrativos. 

O Vale Artesanato PE é um voucher de presente digital em diferentes valores, que pode ser comprado na plataforma digital do Centro de Artesanato de Pernambuco (centrodeartesanatodepe.lojavirtualnuvem.com.br) e que depois poderá ser trocado em uma das unidades físicas do Centro de Artesanato de Pernambuco (Unidades Recife, Olinda ou Bezerros).

O momento atual torna necessário planejar novas estratégias para preparar e inserir o artesão à nova e irreversível realidade digital. Nesse sentido, o Governo do Estado vem formatando um novo evento online voltado à comercialização do artesanato pernambucano, com data também ainda a ser confirmada. Certos de que, neste momento, o nosso principal objetivo é fomentar ações que fortaleçam e ajudem os artesãos do Estado, continuamos buscando alternativas que em breve serão comunicadas a todos.

CENTRO DE ARTESANATO DE PERNAMBUCO (RECIFE) - Avisamos ainda que, nesta quarta-feira, 01 de julho, em horário especial e seguindo as recomendações do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid 19, o Centro de Artesanato de Pernambuco, unidade RECIFE, (no Marco Zero do Recife), estará funcionando das 10h às 16h.

O artesanato, negócio que, de acordo com dados da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios movimenta mais de R$ 50 bilhões por ano e sustenta cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, pode, além de ser um saída financeira e ocupacional, se transformar no resumo da felicidade para muita gente.

Foi o que aconteceu com a advogada Amanda Cassanji e a psicóloga Paula Batistela em 2016. Durante uma conversa franca entre as duas amigas, surgiu a ideia de fazer artesanato e a empresa Vivendo da Nossa Arte. "A Amanda estava muito infeliz com a área de atuação e resolveu vir falar comigo para desabafar", lembra Paula. "Eu falei: 'amiga, você já está fazendo de tudo para cuidar da sua saúde mental, só falta uma coisa: o artesanato'", complementa Amanda, que já fazia alguns trabalhos manuais nas horas vagas.

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Filha de um vendedor, foi Amanda quem enxergou no artesanato a possibilidade de empreender. "Vi a oportunidade da gente abrir uma negócio, já queria um logotipo, um nome, formalizar a empresa e aí surgiu a Vivendo da Nossa Arte", relata a advogada.

O que começou com uma brincadeira fez da dupla artesãs empreendedoras. "A gente percebeu que muitas pessoas não empreendiam no ramo artesanal, o que poderia ser uma lacuna no mercado", destaca Amanda. Após procurarem o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e obterem qualificação no segmento, criaram inclusive metodologias próprias de gestão e mentoria em artesanato. "Hoje somos mentoras no ramo,  prestamos consultoria online. Nos encontros, ouvimos os questionamentos da artesã, quem é ela, como é o ateliê dela, as fragilidades e a ajudamos a montar o próprio negócio", comenta Paula.

No início, a empresa produzia de materiais em madeira MDF a chás artesanais, mas foram as famosas bonecas de pano que conquistaram a clientela e, claro, as artesãs. "A gente percebeu que as bonecas de pano inspiravam mais a gente, porque quando uma pessoa faz ou recebe uma boneca de pano, é como se houvesse um espelhamento ali da figura humana, é algo muito significativo", explica Paula.

O então chamariz da empresa se transformou em na coleção "Bonecas Identidades". Na criação, reproduções fieis das pessoas. "Elas carregam a história de vida da pessoa. No bracinho há um pergaminho contando um pouco sobre a pessoa. Muitas choram quando recebem, pois vira um troféu para a casa e uma forma de herança para netos quando a boneca é a avózinha deles", relata.

Tudo isso regado a muito amor e afeto. Sentimentos que, segundo Paula, são os grandes diferenciais dos produtos artesanais. "Tudo é  pensado do começo ao fim, feito um a um: o molde, o detalhamento, a costurinha à mão. É um produto que carrega calor humano", comenta. Já Amanda vê na emoção de elaborar os itens um gatilho para o sucesso de vendas. "O produto industrial não carrega sentimento algum, é feito em alta escala, nenhum deles consegue levar o afeto da produção artesanal", complementa.

Foco nas mulheres

Além do sentimento, da produção e do empreendedorismo, as sócias do Vivendo da Nossa Arte também voltam seus olhares para o empoderamento feminino. A consultoria e as oficinas oferecidas pela empresa buscam atender à necessidade das mulheres que ainda procuram espaço no mercado de trabalho. "Nós precisamos incentivar muito a representatividade feminina no empreendedorismo. É muito importante consumir o que é produzido pelas mulheres", ressalta Paula. De acordo com Amanda, apesar de 77% do trabalho artesanal ser feito por pessoas do sexo feminino no Brasil, ainda falta muito para conquistar. "Muitas de nós acreditam que não é possível empreender porque não foram feitas para gerir negócios, mexer com números. Mas, nosso propósito é emponderar pessoas, capacitá-las e vê-las como artesãs empreendedoras", complementa Amanda.

Mesmo com a produção aquecida do mercado regional de artesanato em países como Brasil e Colômbia, as artesãs da Vivendo da Nossa Arte exigem um maior reconhecimento do público brasileiro ao trabalho artístico manual. "As pessoas confundem o artesanato com 'trabalhinho', com 'coisinha' ou algo de segunda linha. Então há ainda muito a ser feito nesse ramo para incentivar o mercado e a compra", avalia Paula. "Fora do país, o artesanato brasileiro é valorizado, por isso atinge a marca de R$ 50 bilhões por ano no mercado. Temos muito a caminhar para valorizar o nosso trabalho e triplicar esse valor, porque precisamos aprender a apreciar o que é nosso", finaliza Amanda.

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