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Parte integrante do rico panteão de personagens lendários e aterrorizantes das histórias de medo pernambucanas, a judia portuguesa Branca Dias é conhecida por, em noites enluaradas, lavar talheres no Açude do Prata - localizado no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. Encarcerada durante dois anos pela Inquisição no país natal, ela conseguiu fugir para o Brasil e seu espírito não descansa em paz enquanto houver perseguição e injustiça.

Inspirada na escrita de Edgar Allan Poe, "A máscara da morte branca" é uma história em quadrinhos baseada em lenda clássica do Nordeste antigo, lançada pela editora Draco (R$ 11,90). Com roteiro de Alexey Dodsworth, arte de Isaque Sagara e capa de David Oliveira, toda a trama é historicamente embasada e conta como Branca Dias foi de heroína do povo judeu, no período colonial, a assombração dos tempos atuais. Na capital pernambucana, o lançamento da obra ocorre no dia 14 de dezembro, às 17h, no Museu da Cidade do Recife - Forte das Cinco Pontas. Na ocasião, Alexey profere  a palestra “Branca Dias e outras sombras”. A revista será vendida no local.

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"A máscara da morte branca" tem 32 páginas em preto e branco, formato 17 x 24 cm, papel pólen bold, capa cartonada. A gênese da obra surgiu a partir de interesses bem pessoais do roteirista. Tendo como um dos seus hobbies preferidos o estudo de genealogias, Alexey descobriu que o casal de judeus portugueses Branca Dias e Diogo Fernandes são seus ancestrais (quinze gerações até chegar a ele). A partir daí, ele passou a pesquisar sobre a vida da pessoa real por trás do mito assombrado. "Além disso, tomei conhecimento de uma lei decretada pelos governos de Portugal e da Espanha, que concede cidadania a quem provar que descende de judeus perseguidos pela Inquisição, que é exatamente o meu caso, já que ela foi presa e torturada por dois anos", conta Dodsworth.

Alexey também contratou um pesquisador português que o abasteceu com uma volumosa quantidade de fontes sobre a história de Branca Dias, como, por exemplo, os arquivos da Torre do Tombo, em Portugal. "No Brasil, usei como fonte os livros do pesquisador nordestino Cândido Pinheiro Koren de Lima. Ele tem três livros com material abundante sobre Branca Dias", informa.

Além dos quadrinhos, o leitor de "A máscara da morte branca" tem acesso a trechos de alguns desses documentos históricos. Eles expõem a virulenta perseguição a que foram submetidos os descendentes de Branca Dias. A obra também serve como fonte de informação sobre um pouco da história dessa mulher que foi uma das primeiras professoras de meninas do Brasil e tem muitos descendentes espalhados pela região nordeste.

Da assessoria

O Recife é uma cidade que convive diariamente com seu passado, tanto na arquitetura, quanto na história. Na capital pernambucana, diariamente, mais de um milhão e meio de pessoas trabalham, estudam, passeiam e vivem por entre pontes, rios, visagens, vultos, assombrações, fantasmas, lobisomens e até demônios. Como classificou, certa vez, o jornalista Nilo Pereira, esta cidade "mágica, meio bruxa, enfeitiça, quebranta, tira as forças" e torna parte indissociável do ser recifense o apreço por suas lendas e mistérios.

Tais mistérios, além de serem parte do imaginário e da prosa popular, já foram mote até para figuras célebres, como o escritor Gilberto Freyre. Em seu livro Assombrações do Recife Velho, ele relembra algumas das histórias mais assustadoras da Cidade Maurícia e assegura que, sem elas, "o passado recifense tomaria o frio aspecto de uma história natural; e pobre da cidade cuja história seja só natural". Como Freyre, tantos outros já se debruçaram, e o fazem até hoje, sobre os insólitos causos e assombros do Recife. O interesse, muitas vezes, vai além da conversa nas calçadas e mesas de bar, e transformam o assunto em livros, filme, programa de televisão e site de internet.

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O pesquisador e jornalista Roberto Beltrão é um dos fascinados por esta mítica da cidade: "Tá no sangue do recifense", diz. As histórias, ele ouvia desde criança : "Na década de 1970 faltava muita energia e a brincadeira das crianças do subúrbio era acender uma vela e ficar contando histórias de assombração", relembra. Mas foi na década de 1980, após tomar emprestado de um amigo o célebre livro de Freyre, citado acima, que o tema virou objeto de pesquisa. E é mencionando o 'mestre' que Roberto tenta explicar o apego dos recifenses a essas lendas: "Para ele, a sociedade canavieira tinha uma visão do mundo em que os mortos são muito importantes. Então, nas casas existia uma hierarquia, que era Deus, os santos e os mortos. Tanto é que até meados do século 19 as pessoas não queriam se afastar dos mortos que eram enterrados próximos de casa ou nas capelas dos engenhos."

Essa proximidade com os mortos fazia com que eles continuassem sendo parte do mundo dos vivos e as pessoas estavam sempre relembrando-os. "Isso gerou uma espécie de catolicismo mediúnico, que é típico do Brasil. Daí que vem esse fascínio, é um reflexo da sociedade patriarcal que considerava os mortos parte do mundo dos viventes". Roberto é editor do site O Recife Assombrado, que reúne histórias antigas e mais atuais das assombrações da cidade, além de ser autor de cinco livros sobre o tema, sendo um deles o Almanaque Pernambucano: dos causos, mal-assombros e lorotas. Mas dentre “isso tudinho que existe no Recife”, sua lenda preferida é a da Perna Cabeluda: “É pelo caráter do absurdo. Uma coisa é você acreditar em uma lenda urbana que envolva pessoas, é possível de existir. Mas uma perna que pula sozinha, é difícil de acreditar e ainda assim, as pessoas tinham medo de verdade, existia um pânico real. Para você ver o poder da imaginação.”

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Nesta Sexta-Feira 13, escolhemos recontar as histórias de 13 lugares que permeiam o imaginário coletivo assombrado recifense. Confira:

Arquivo Público

Localizado na Rua do Imperador, no Bairro de Santo Antônio, área central da cidade, o Arquivo Público, como o próprio nome já sugere, guarda documentos históricos e periódicos disponibilizados para estudantes e pesquisadores. Porém, o lugar foi construído para outro fim, o de ser a casa de Câmera e Cadeia do Recife, em 1731. Um de seus mais célebres presidiários foi Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, morto em uma execução a fuzilamento em 13 de janeiro de 1825. Anos mais tarde, em 1945, quando o prédio tornou-se Arquivo Público, fatos insólitos passaram a tomar parte do  seu cotidiano. Testemunhas afirmam terem se deparado com figuras trajando roupas antigas e há, ainda, quem diga ter visto o espírito do mártir pernambucano, Frei Caneca, rondando pelo velho edifício.

Avenida Dr. Malaquias

O que hoje parece ser apenas uma via, na Zona Norte da cidade, nas proximidades do Bairro das Graças, carrega uma história de crimes, como o famoso caso da morte do chefe da estação de Ponte d'Uchoa, e assombrações. Reza a lenda que, na época em que a iluminação pública era feita com lampiões a gás, acendedores corriam fugidos das aparições do além que frequentemente davam o ar da graça por ali; sem contar nos bichos estranhos, que poderiam facilmente ser lobisomens.

Praça Chora Menino


Um nome que pode até parecer poético, porém, que remonta a uma história de sofrimento e mortes. A praça, localizada no bairro da Boa Vista, foi um dos palcos para um verdadeiro massacre, conhecido como Setembrizada. O fato se deu devido a um motim de soldados, em 1831, revoltados com o extremo rigor da disciplina militar, além do atraso em seus pagamentos. O conflito resultou em, pelo menos, 300 mortos, enchendo as ruas de corpos e sangue. Muitas das vítimas teriam sido enterradas nas terras do Sítio do Mondego, onde hoje está a praça, batizada assim após muitos relatos de transeuntes que, ao passar, escutavam o murmúrio e o lamento de meninos que não podiam ser vistos.

Pátio do Terço 

No bairro de São José, área central da capital recifense, o Pátio do abriga muitos mistérios. Conta-se que em um antigo sobrado, antes numerado de 29, há muitos anos, houve uma morte violenta e passional. O marido, ao pegar a esposa com o amante, teria matado os dois e a empregada da casa. E todos que se aventuraram a morar no local, após o fatídico incidente, tiveram que conviver com vultos que circulavam livremente pelos cômodos e, à noite, quebravam pratos e arrastavam móveis. Além disso, no pátio fica a Igreja do Terço. Acredita-se que a área ao seu redor teria sido um cemitério de negros escravizados.

Cruz do Patrão

Este talvez seja um dos lugares mais impregnados de mistérios no Recife. Localizado em uma área que liga a capital pernambucana à sua cidade irmã, Olinda, a Cruz do Patrão tem difícil acesso e histórias assustadoras. Construído no século 18, o monumento servia para a baliza dos navios que chegavam ao porto mas também funcionou como ponto de fuzilamento de condenados A história conta que os negros escravizados que chegavam à cidade, usavam o lugar para realizar alguns rituais. Lá também foi encontrado, depois de algumas escavações, um cemitério clandestino, onde teriam sido enterrados escravos falecidos nos navios negreiros. Acredita-se que por lá ficaram presas as almas dos fuzilados na Cruz e dos enterrados clandestinamente, que aterrorizam quem se aventura por aquelas bandas.

Forte das Cinco Pontas

Em 1630, o Forte das Cinco Pontas foi erguido para garantir à população o suprimento de água potável - pela sua proximidade às cacimbas de propriedade de Ambrósio Machado - e impedir que navios inimigos circulassem pelo Rio Capibaribe. O lugar também serviu de prisão, com detidos confinados em calabouços subterrâneos, chamados de ‘cemitérios vivos’; e de Quartel General Militar, no século 19. Até hoje, há quem garanta ver e ouvir malassombros no lugar. Alguns relataram visões de mulheres com metade do rosto em caveira e soldados mutilados.

Casa da Cultura 

A Casa da Cultura é um dos mais visitados pontos turísticos da capital recifense. O lugar, transformado em um centro de compras de artesanato e produtos locais, antigamente funcionou como uma prisão, a Casa de Detenção do Recife. Reza a lenda que no prédio ficaram as almas dos presidiários que lá morreram, além dos espíritos dos suicidas que ceifaram suas próprias vidas nas águas do Rio Capibaribe, que passa por trás da edificação.

Rio Capibaribe

E por falar no Capibaribe, o rio que corta toda a cidade do Recife e que já foi protagonista de música e poesia, também tem suas lendas e assombrações, como não poderia deixar de ser. Aquelas águas já foram testemunhas de suicídios, afogamentos e desova de pessoas assassinadas. Antigamente, as lavadeiras que trabalhavam na beira do Capibaribe tinham que lidar com o Vira-roupas, um fantasma zombeteiro que roubava as trouxas deixadas às margens. Atualmente, há quem acredite que as assombrações dos rio surgem como aparições assustadoras por quem passar pelas pontes da cidade no avançado da noite. O perigo também, seria encontrar com o Boca de Ouro, um ser com jeitão de zumbi e dentadura dourada, que aparece pela Rua da Aurora, à beira do rio, e pelas pontes se divertido ao assustar os viventes.

Avenida Caxangá

Motivo de orgulho do povo recifense, a Avenida Caxangá durante muito tempo ostentou o título de maior avenida em linha reta do país. Além disso, a via também tem seu próprio fantasma, a Velhinha da Caxangá. Conta-se que, por volta de meia noite, essa velhinha, toda vestida de preto, dava sinal para o bacurau (ônibus que roda durante a madrugada), nas imediações da Igreja de São Sebastião. Misteriosamente, a senhorinha simplesmente desaparecia do coletivo quando este chegava na altura do Bairro da Madalena, onde a Caxangá termina (ou começa, a depender do ponto de referência). Mas não fica só nisso. Dizem que a Velhinha da Caxangá também atormenta pedestres que circulam pela avenida tarde da noite, sobretudo em frente à igreja.

Açude do Prata

Reza a lenda que, em Dois Irmãos, há muito tempo, uma dona de engenho rica e judia, Branca Dias, teria jogado toda sua prataria no riacho para livrar-lhe da Santa Inquisição. Alguns acreditam que Branca Dias teria morado em um casarão de estilo inglês construído à beira do açude, mas há historiadores que negam essa informação. Fato é que a história que se conta é a de uma sinházinha que teria desaparecido nas águas do açude, sugada pela alma de Branca Dias. Dizem, também, que o fantasma de Branca visita o lugar em noites de lua cheia.

Teatro Santa Isabel

Inaugurado em 1850, o Santa Isabel é considerado um dos 14 teatros-monumento do Brasil e é reconhecido como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; em 2016, o teatro foi eleito como o melhor do país, recebendo o prêmio Cenym de Teatro Nacional pela segunda vez. Mas pelos palcos e coxias do Santa Isabel não passam apenas grandes artistas, as almas, assombrações e vultos também são uma constante no local. E não só no palco. Há relatos de aplausos e gritos de uma plateia invisível quando a casa está fechada.

Palácio do Governo

Nem a sede do governo do Estado poderia ficar de fora do roteiro de seus pernambucanos mais ilustres, os fantasmas. Conta-se que toda vez que algo de muito sério está para acontecer a alguma autoridade do governo, aparece um vulto escuro no salão nobre do Palácio. O mensageiro do além já foi visto por muitos funcionários do local, segundo relatos.

Poço da Panela

O bairro da Zona Norte do Recife, que mantém antigos casarões e sobrados, também tem suas lendas. Há quem acredite que as encruzilhadas do bairro costumavam receber a visita de um ser estranho, meio cachorro meio porco, que suas testemunhas trataram de achar ser o demônio. Outra lenda conta que um homem vestido de preto pode ser visto ajoelhado junto a uma cama de um dos antigos sobrados, rezando, em noite de lua cheia.  

Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Cercada de mistérios e contos urbanos, a Cruz do Patrão fica próxima ao Porto do Recife. Há quem acredite que a construção é assombrada, entretanto, o que existe de concreto é o fato de ela ter servido para orientar os navios que chegavam da Europa no Século 18.

E como a Cruz do Patrão é também um importante símbolo histórico da capital pernambucana, ela virou cenário para o programa Vai Cair No Enem, produzido pelo LeiaJá. O professor Everaldo Chaves mostra a relação da Cruz com os assuntos abordados no Exame Nacional do Ensino Médio. Confira no vídeo a seguir:

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--> Confira outras edições do programa Vai Cair No Enem 

A cidade do fantástico, do assombro e do sobrenatural. A capital pernambucana guarda histórias lendárias do imaginário popular, que se perpetuam e são contadas por gerações há décadas. Quem é do Recife já ouviu relatos de lendas como a Perna Cabeluda, da Emparedada da Rua Nova, do Papa-figo e da Velhinha da Caxangá. Essas são apenas algumas das histórias que povoam o imaginário assombrado do povo.

Foi a partir dessa ‘verdade’ popular de contos e de assombros que o cineasta pernambucano Adriano Portela adentrou o mundo do sobrenatural. Agora, após realizar vários curtas, o diretor está preparando o seu primeiro longa, que recentemente foi submetido ao edital da Ancine e contemplado com o incentivo financeiro para realização. Encerrando a minissérie de reportagens Terror Pernambucano, do Portal LeiaJá, fomos conversar com o diretor.

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De acordo com o também escritor, o filme Recife Assombrado, que conta com a produção da ViuCine, vai surpreender o público com a mistura de documentário com ficção, levando o sobrenatural de várias lendas pernambucanas para a telona. 

“O filme vai apresentar a história de um personagem central que vivencia uma situação inusitada e, a partir disso, começar a investigar alguns relatos ligados às assombrações do Recife. Com isso, ele vai tentar descobrir e responder por que a capital pernambucana é a mais assombrada do Brasil”, adianta.

Dando o pontapé nas gravações do seu primeiro longa de terror, Portela revela que a opção de trabalhar a temática do  sobrenatural não foi à toa. Em entrevista ao Portal LeiaJá, o cineasta conta que já existe muito material documentado, como vídeo-reportagem, trabalhos e livros que retratam o assunto o que, de certa forma, o motivou para dar continuidade aos estudos. 

"Além de ser um tema que tenho muita afinidade, há várias lendas populares contadas por várias gerações, como O Esqueleto e a Emparedada da Rua Nova, que já estão catalogadas e que agora serão resgatadas para deixar na história", diz Adriano. 

Mesmo sendo o primeiro longa, o escritor Adriano afirma que a temática o acompanha há mais de dez anos. “É um universo que permeio e que eu trago desde a época que eu comecei a trabalhar com cinema. Todos os curtas que eu produzo com possui a temática do assombro, do mito e da lenda", lembra o escritor. Assista à entrevista com o diretor:

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Trilhando a mesma batalha dos demais cineastas, Portela conta com a colaboração da família, amigos e recursos pessoais, que já proporcionaram, durante esses dez anos de atuação, sete trabalhos e premiações. Entre os curtas já lançados estão: Prenúncio, selecionado para o Festival de Cinema Fantástico de São Paulo; Reverso, vencedor do prêmio Agora Curta, da Rede Globo Nordeste; Menina Sem Nome, finalista do festival da UFRJ; Um passo à frente e Ponto de Remendo, curta selecionado e exibido no FestCine 2015.  

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O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, disse nesta quarta-feira (30), que o movimento “Volta Lula”, liderado pelo Partido Republicano (PR), sugerindo a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato às eleições de outubro, é “real, porém minoritário”. Para Berzoini, a ideia não tem “sentido prático”, uma vez que a presidenta Dilma Rousseff será candidata à reeleição.

“O sentimento do 'Volta Lula' tem uma base real, porém minoritária, no mundo político, porque as pessoas sabem, muito além de qualquer manifestação de apreço pelo Lula e pela presidenta Dilma, que esta é uma discussão de estratégia política. A presidenta Dilma tem o direito da reeleição e certamente vai exercer esse direito com o apoio do PT e de vários outros partidos”, disse o ministro em café da manhã com jornalistas. “Não é razoável que agora entremos nesse debate, porque ele não tem muito senso prático, com todo o respeito àquelas pessoas que defendem o 'Volta Lula' ”, acrescentou.

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Mais cedo, em entrevista a rádios da Bahia, onde cumpre agenda, Dilma disse que considera “normal” o manifesto do PR pedindo a volta de Lula, mas que será candidata tendo ou não o apoio da base aliada. Segundo Berzoini, a coalizão para apoiar a candidatura de Dilma à reeleição está sendo consolidada. “Temos um diálogo com todos os partidos que, no nosso entendimento, caminha para uma ampla coalizão. Já temos partidos que anunciaram apoio, outros que estão em vias de anunciar e outros que têm um processo decisório um pouco mais lento, mas que também estão dialogando conosco no sentido de anunciar",  ponderou.

O governo também aposta nos programas sociais e nas medidas econômicas adotadas durante a crise mundial – sem corte de renda ou empregos – para dar sustentabilidade ao projeto de reeleição de Dilma, segundo Berzoini. “Os resultados da presidenta Dilma, assim como os resultados do presidente Lula, são positivos para a sociedade, a quantidade de programas sociais, de investimentos, como o Minha Casa, Minha Vida e o Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego], que são programas relevantes e quem têm importância efetiva da vida das pessoas. Acreditamos que no momento em que a população estiver diante da opção real, vai levar em conta todas essas questões”, avaliou.

Berzoini criticou o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, por, segundo ele, fazer críticas sem apresentar propostas. Ele também critica o fato do ex-governador de Pernambuco formar alianças com nomes a quem sempre fez oposição, como os ex-senadores Jorge Bornhausen (DEM) e Heráclito Fortes (ex-DEM e atual PSB).

Recife é uma cidade assombrada. Há quem diga que já foi perseguido por uma tal “perna cabeluda”; há quem jure de pé junto que já viu as tranças da “comadre florzinha” em animais; há quem tema a assombração da mulher que foi “emparedada” no Centro do Recife – mais especificamente, na Rua Nova -, para não manchar a honra da família depois de uma gravidez indesejada.

Verdade ou imaginação? Não importa. De olho nestes mistérios que permeiam as ruas e bairros do Recife ao longo dos seus 474 anos, o Museu de Arte Popular (MAP), em parceria com o jornalista Roberto Beltrão, abre inscrições para vídeos de ficcção ou documentário sobre a temática até a próxima sexta-feira (12).

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A exibição será entre os dias 24 e 26 de agosto, no Teatro Hermilo Borba Filho. Os interessados devem conferir regulamento no blog do museu.  A idéia da mostra começou no ano passado, quando o museu promoveu os encontros “Diálogos...”, decorrentes da exposição “Caminhos do santo”. Sob diversas temáticas, inclusive a de assombrações, a iniciativa da mostra foi uma homenagem ao mês do folclore (agosto).

“Boa parte do público que participou da Diálogos no ano passado interagiu contando histórias de seus municípios. Então, percebemos que esse tema não era restrito à academia, e pensamos em realizar uma mostra de vídeos que contemplasse esse universo tão presente na vida das pessoas”, explica a gerente do MAP, Marcela Wanderley.

O convidado - Roberto Beltrão é jornalista, autor dos livros Histórias Medonhas d’O Recife Assombrado e Estranhos Mistérios d’O Recife Assombrado, e responsável pelo famoso site Assomblog. É ainda professor de Jornalismo, Publicidade & Propaganda, editor e produtor de telejornais da Rede Globo Nordeste desde junho de 1996.

Informações: (81) 3355-3110

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