Tópicos | ativismo político

O senador Rogério Marinho (PL-RN) foi o primeiro a dirigir perguntas para o senador licenciado e ministro da Justiça Flávio Dino (PSB-MA) e para o subprocurador Paulo Gonet, durante a sabatina realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Congresso, nesta quarta-feira (13). Em pauta, está a indicação de Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a de Gonet à chefia da Procuradoria-Geral da República. 

Em suas perguntas, Marinho revelou preocupação com o chamado "ativismo político" e alegou que não acredita que Dino possua imparcialidade e discernimento para ocupar o cargo desconsiderando o próprio viés político. 

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"Na minha opinião, além do que foi colocado, existem qualidades essenciais para ser ministro. Recentemente, vossa excelência não teve como apresentar as imagens do 8 de Janeiro do seu Ministério. De mais de 200 câmeras, apenas quatro foram apresentadas, e o senhor, de forma jocosa, disse que não era o autor, condutor ou gerente daquele contrato, então não tinha como apresentá-las. Não obstante, vossa excelência foi o primeiro a fazer julgamento prévio sobre aquele evento, de que as pessoas que haviam depredado e barbarizado eram terroristas e precisavam ser rebatidas como tal. Vossa excelência não teve o mesmo posicionamento na questão da Alesp, que é recente, ou sobre a depredação que ocorreu em 2017 na Esplanada dos Ministérios", argumentou o parlamentar. 

Em seu tempo de fala, Marinho também citou o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, que teria se posicionado contra o "bolsonarismo"; na comparação, o legislador apontou que o comportamento é político e não condiz com o assento na Corte. Desta forma, supondo que Flávio Dino pode dispor do mesmo perfil. 

"Sobre a questão da isenção, da imparcialidade e equilíbrio de um magistrado: vossa excelência teve uma reunião com membros de big techs e utilizou palavras intimidatórias. Foi, no mínimo, grosseiro e deselegante, abusou da autoridade, e fez declarações, por mais bem intencionadas que tenham sido, que não coadunam com o exercício da sua função [ministro da Justiça]. Disse, inclusive, a liberdade e a forma como se via a 'questão da imprensa' não servia e que seriam tomadas medidas fortes. O senhor fez afirmações como 'Bolsonaro é um serial killer, é o próprio demônio'. Vossa excelência acredita que, caso seja ministro do Supremo, terá isenção para julgar o presidente Bolsonaro ou aqueles que têm uma questão ideológica próxima do bolsonarismo?", continuou. 

Resposta de Dino

Em sua réplica, Flávio Dino deu atenção à crítica sobre declarações feitas durante o encontro com empresários de tecnologia. O encontro abordou, entre muitos assuntos sobre fronteiras de liberdade de expressão, a prática de crimes cibernéticos e a organização de grupos terroristas através das redes sociais. 

"A situação ali, - e, infelizmente, houve uma edição -, era de ameaça à vida de crianças. Havia oito perfis na internet com o nome dos assassinos de Suzano [cidade onde houve um atentado a uma escola estadual]. Pedimos à empresa que os retirasse, pois se tratava de apologia ao fato criminoso. Aquela fala minha, indignada, como pai, é porque a empresa falou que não tiraria porque considerava que, à luz dos Termos de Uso e da liberdade de expressão, é de que ter o perfil de um homicida na internet não é apologia ao homicídio. Claro que a minha resposta foi aquela e esse é o fato, mas não era, portanto, nada desvinculado dos meus deveres", devolveu o ministro da Justiça. 

Assista à sabatina

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José de Abreu já provou diversas vezes não ter medo de defender seus ideais e preferências políticas. Nas redes sociais, o ator tem uma participação enérgica nos debates e não se esquiva em criticar ou elogiar a quem for. Na última terça (22), ele revelou que tem sido parado nas ruas por pessoas que o agradecem por sua postura. A revelação acabou gerando uma nova onda de agradecimentos virtuais. 

Apoiador do Partido dos Trabalhadores (PT), Zé de Abreu tem opinião forte contra o atual governo do presidente Bolsonaro e sempre discorre sobre suas críticas ao Chefe de Estado brasileiro. Em 2019, ele chegou a se autoproclamar presidente do país, como forma de ironizar o governo federal e, no último ano, anunciou que sairia candidato a deputado federal. No entanto, o ator acabou desistindo da candidatura em função dos filhos. 

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Atualmente morando em Portugal, Zé revelou, na última terça (22), que algumas pessoas o param na rua para agradecer-lhe pelo engajamento político. “Na volta do parque dois carros pararam na rua para me agradecer pela militância. O motorista do tuktuk não quis me cobrar a corrida. Tá boa a coisa! Tudo brasileiro”.

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O post acabou gerando reações nos seguidores do ator e ele recebeu novos agradecimentos, dessa vez virtualmente. “Que sonho encontrar acho que eu choro por tudo que Zé faz por nós e tem muita humildade. Ser humano fantástico”; “Cara você é muito corajoso. Parabéns e muito obrigado”; “Ele não é parado por mim porque não o encontro , em compensação, agradeço todos os dias pelo twitter”.

Das festividades carnavalescas ao ativismo, as tatuagens temporárias vêm sendo utilizadas como forma de expressar uma ideia ou mandar uma mensagem relacionada às atuais discussões políticas no Brasil. Há empreendimentos que já investiam na venda das tatuagens e agora estão confeccionando  os desenhos com frases e expressões comumente vistas em manifestações de grupos militantes.

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A loja virtual Conspiração Libertina, com sede em Brasília, desenvolve tatuagens temporárias desde 2015. Sendo essencialmente uma marca feminista, as artes e frases são criadas sob essa temática e também do movimento LGBTQI+. Quando fundaram a loja, as designers Gabriela Alves e Luciana Lobato, perceberam que na época, não havia tantas marcas no seguimento que fossem realmente engajadas. As desenvolvedoras, que já eram militantes e conheciam bem o público alvo, começaram a produzir adesivos, camisetas, tatuagens temporárias e outros itens usados em protestos, todos com preços considerados por elas acessíveis. “Quando a gente começou a conspiração, a gente já conhecia o perfil do público e a partir daí, identificamos que havia uma demanda e que essa demanda iria crescer” conta Luciana, que juntamente à Gabriela São proprietárias e criadoras da marca brasiliense.

O período no qual a Conspiração Libertina consegue vender mais os adereços é no Carnaval, que, nos últimos anos, vêm estampando na pele, em camisetas e em bottons questões que combatem assédio e homofobia.

A professora Daniela Garrossini é cliente da loja desde o começo. Por se identificar com as causas defendidas pela marca, Daniela possui várias peças. Para ela, é uma forma de manifesto por meio do corpo “Eu gosto porque é uma marca que não representa só o comercial. Há um engajamento nas causas que elas defendem” afirma.

A Grude Tattoo, loja virtual localizada em São Paulo, comercializa para todo o país tatuagens temporárias com diferentes temáticas e de valores variados. Fundada há três anos, a equipe criadora da marca identificou, a partir do Carnaval, o uso do adereço para fins políticos e passou a vender frases estampadas como “Não é Não”, “Girl Power” e “Orgulho gay”.

Para a confecção das artes, a empresa conta com um designer específico. Heloisa Risi, uma das sócias da Grude Tattoo, conta que atende a pedidos de tatuagems personalizadas e que, inclusive, já criou adereços para partidos políticos em época de eleição. “A gente junta os assuntos do momento com ideias que nós temos e mandamos para o designer. A venda maior é durante o Carnaval, mas fazemos para eventos como formaturas e aniversários".

 

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