Tópicos | ATP Cup

A ATP Cup, torneio de equipes que serve de preparação para o Aberto da Austrália, começou neste sábado com a Sérvia, sem o número 1 do mundo, Novak Djokovic, virando sobre a Noruega após três jogos, e com a Polônia mostrando força em seus confrontos diante da Grécia.

Djokovic não foi para a competição de equipes em Sydney por causa dos protocolos contra a Covid-19 impostos pelos australianos. O tenista omite se está vacinado e ainda não confirmou sua presença no primeiro Grand Slam da temporada.

##RECOMENDA##

Sem o número 1, o país viu Dusan Lajovic ser derrotado por Casper Ruud, enquanto

Filip Krajinovic se recuperou diante de Viktor Durasovic, na Ken Rosewall Arena, no segundo duelo. A Sérvia fez 2 a 1 com as duplas.

A Noruega iniciou com tudo. Ruud foi o primeiro a entrar em quadra. Ganhou por 6/3 e 7/5 aproveitando quatro dos sete breakpoints que teve no confronto. Depois foi a vez de Durasovic tentar abrir 2 a 0 no confronto. Mas Krajinovic é quem dominou totalmente a partida, com saque forte e muita pressão. Foram 11 chances de quebra criadas pelo sérvio, que fez 6/2 e 7/5.

De volta no compromisso de duplas, ao lado de Nikola Kajcic, Krajinovic voltou a superar Durasovic, que atuou ao lado de Ruud. Os sérvios fizeram 2 a 0 com 7/6 (7/3) e 6/3.

O equilíbrio entre sérvios e noruegueses passou longe no embate entre Polônia e Grécia, que não contou com Stepanos Tsitsipas na Sydney Super Dome. Com dores no cotovelo direito, o número 4 do mundo optou por não jogar diante de Hubert Hurcakz, que acabou não tendo problemas diante de Aristotelis Thanos, fazendo 6/1 e 6/2. Logo depois, foi a vez do polonês Kamil Majchrzak superar Michail Pervolarakis, por 6/1 e 6/4 e fechar o dia com 2 a 0.

Um caso de covid-19 em um hotel onde estão hospedados tenistas, suas equipes e oficiais dos torneios cancelou a rodada dos torneios preparatórios para o Aberto da Austrália, que estão sendo disputados nesta semana, e aumentou a preocupação da organização do primeiro Grand Slam do ano, que agora corre até risco de ser adiado ou cancelado.

Um funcionário do Grand Hyatt Hotel, em Melbourne, testou positivo para o novo coronavírus nesta quarta-feira. Na sexta-feira, ele realizou seu último turno de trabalho no local onde estão hospedados cerca de 600 pessoas, entre tenistas, membros de suas equipes e funcionários da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), WTA (Associação Feminina de Tênis), ITF (Federação Internacional de Tênis) e da organização direta das competições australianas.

##RECOMENDA##

Todas as pessoas voltarão a ficar em quarentena mais rígida nas próximas horas até saírem os resultados de novos testes em cada um. Só serão liberados para seguirem competindo aqueles que apresentarem exame negativo. Os eventuais casos positivos vão perder inclusive o Grand Slam, marcado para começar no dia 8.

Sede do Aberto da Austrália, a cidade de Melbourne recebe nesta semana seis torneios, três masculinos e três femininos, todos preparatórios para o primeiro Slam da temporada. Os tenistas e seus times estão competindo no formato de "bolha", com deslocamentos restritos, exames constantes e cuidados intensos com a higiene.

Todos os torneios tiveram suas rodadas desta quinta-feira (pelo horário local) canceladas. Na ATP Cup, competição entre países, Rafael Nadal tinha jogo agendado para defender a Espanha contra a Grécia. No masculino, Melbourne ainda recebe duas competições de nível ATP 250: Murray River Open, com presença dos brasileiros Marcelo Melo e Marcelo Demoliner, e Great Ocean Road Open, com participações de Bruno Soares e Thiago Monteiro.

Luisa Stefani já foi eliminada do torneio Gippsland Trophy. As outras duas competições femininas que estão sendo disputadas nesta semana em Melbourne são a Yarra Valley Classic e o Grampians Trophy.

"Vamos trabalhar com todos os envolvidos para facilitar a testagem o mais rápido possível", afirmou a federação australiana de tênis. "Não teremos partidas em Melbourne Park na quinta-feira. Uma atualização da programação para sexta-feira será anunciada ainda hoje (noite de quarta para quinta, no horário local)."

Pelos protocolos sanitários definidos pela própria federação, os tenistas que tiveram contato direto com um caso positivo de covid-19 devem permanecer em quarentena por 14 dias. Assim, se este critério rígido for aplicado para todos os atletas hospedados no hotel, eles não poderão disputar o Aberto da Austrália.

Geralmente disputado em janeiro, o primeiro Grand Slam do ano foi adiado para fevereiro por conta da pandemia. Um dos poucos países que vem controlando bem o espalhamento da doença, a Austrália aplica regras bem rígidas para viajantes que chegam ao país desde o ano passado. E a federação de tênis precisou se adaptar para atender essas regras e manter a competição no calendário deste ano.

Liderados por seus astros Rafael Nadal e Novak Djokovic, Espanha e Sérvia confirmaram o favoritismo nas semifinais da ATP Cup ao vencerem neste sábado Austrália e Rússia, respectivamente, e se enfrentarão na final da competição, marcada para este domingo, em Sydney.

Tanto a Espanha como a Sérvia fizeram 3 a 0 em seus confrontos. Os sérvios se impuseram e venceram os russos com autoridade. Dusan Lajovic foi responsável por abrir a rodada. O número 34 do mundo se apresentou bem e venceu Karen Khachanov venceu por 7/5 e 7/6 (7/1).

##RECOMENDA##

Na sequência, Djokovic superou o desgaste físico do jogo das quartas de finais na sexta e protagonizou um grande duelo contra Daniil Medvedev, principal tenista da Rússia e quinto do ranking. Algoz do rival russo nos últimos dois jogos, o sérvio deu o troco e triunfou por 6/1, 5/7 e 6/4 em uma partida marcada pelo equilíbrio e disputada em alto nível.

No jogo das duplas, Nikola Cacic e Viktor Troicki levaram a melhor sobre a parceria formada por Teimuraz Gabashvili Konstantin Kravchuk por 6/4 e 7/6 (9/7) e finalizaram o confronto em 3 a 0 para os sérvios.

O primeiro jogo dos espanhóis diante dos australianos, que são os anfitriões do torneio, foi vencido por Roberto Bautista Agut diante de Nick Kyrgios por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/4. Mais tarde, coube a Rafael Nadal definir a classificação à final.

O número 1 do mundo teve muita dificuldade para superar o jovem Alex de Minaur, 18º do ranking da ATP, de modo que perdeu o primeiro set por 6/4 e teve de suar para conquistar a virada, vencendo a segunda parcial por 7/5 e terceira, por 6/1. Nas duplas, já com o confronto definido, o Pablo Carreño Busta e Feliciano López triunfaram por 2 a 1 - parciais de 6/2, 6/7 (6/8) e 10/4 -, diante de Chris Guccione e John Peers.

Na grande decisão, haverá mais um capítulo da rivalidade entre Nadal e Djokovic, os dois melhores tenistas da atualidade. O sérvio leva ligeira vantagem sobre o espanhol no retrospecto, de modo que obteve 28 vitórias nos 54 jogos disputados entre eles. No entanto, no último encontro entre os dois, a final dos Masters 1000 de Roma em maio de 2019, o número 1 do mundo levou a melhor e ficou com o título.

Grande novidade do circuito para 2020, a ATP Cup abre a temporada do tênis mundial nesta quinta-feira (2), pelo horário de Brasília (sexta, na hora local), na Austrália, apostando nos medalhões e em ilustres capitães para atrair o público e se firmar no calendário. Astros como Rafael Nadal e Novak Djokovic estarão em quadra enquanto referências como Boris Becker, Thomas Muster e Marat Safin comandarão suas respectivas equipes.

Assim como a Copa Davis, a ATP Cup é uma competição entre nações. E surge justamente no momento em que o tradicional torneio tenta se reposicionar no calendário. Em 2019, a Davis estreou seu novo formato, com a disputa das Finais concentradas em um local e em uma mesma semana. Enquanto a Davis é organizada pela Federação Internacional de Tênis (ITF), a nova competição é criação da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

##RECOMENDA##

E, justamente por ser da entidade que representa os jogadores, a ATP Cup conta com maior apoio dos tenistas, que puderam dar sugestões e ideias durante o processo de criação do torneio. Além disso, a nova competição conta com a vantagem de ser sediada na Austrália, país-sede do primeiro Grand Slam do ano. "É uma preparação perfeita para o Aberto da Austrália. Isso atraiu muito os jogadores. A data é perfeita. Todo mundo quer estar aqui na Austrália nesta época do ano", disse ao Estado o ex-tenista André Sá, que atua na Federação Australiana de Tênis, parceria da ATP na organização do novo torneio.

Em comparação à Davis, outras vantagens são a premiação - pela presença e também pelos resultados -, com distribuição total de US$ 15 milhões (cerca de R$ 61 milhões), e os pontos no ranking: até 750 para tenistas de simples e 250 para duplistas. A competição tem final marcada para o dia 12 e será realizada em três cidades ao mesmo tempo: Brisbane, Perth e Sydney.

A grande novidade é a forma de escolha dos capitães de cada equipe. Se na Davis o líder é selecionado pela federação do país, na ATP Cup a decisão cabe ao melhor tenista do time. Como consequência, a competição terá um desfile de grandes nomes do esporte. Becker será o capitão da Alemanha de Alexander Zverev, Muster vai liderar a Áustria de Dominic Thiem, Safin comandará a Rússia de Daniil Medvedev. Gastón Gaudio, na Argentina, Lleyton Hewitt, na anfitriã Austrália, e Tim Henman, no time da Grã-Bretanha, serão outras estrelas no evento.

As 24 nações participantes foram escolhidas com base no ranking dos seus principais jogadores. O número 1 de cada país acaba "trazendo" todo o time - assim como nas Finais na Davis, o Brasil não estará na disputa. Os times são divididos em seis grupos de quatro. O primeiro colocado da cada chave e os dois melhores segundos colocados avançam ao mata-mata, partindo das quartas de final. Cada confronto terá dois jogos de simples (melhor de três sets) e um de duplas (com match tie-break em caso de empate).

Do Top 10 do ranking, somente o suíço Roger Federer, fora também na Davis, e o italiano Matteo Berrettini serão os desfalques. Compatriota de Federer, Stan Wawrinka é outra baixa. Mas o Top 50 estará em peso na Austrália, o que deve garantir o sucesso de público.

"Todo mundo vai estar aqui, esse era um dos objetivos do evento. Vai ser uma grande festa do tênis", projetou André Sá, que previu diversas novidades tecnológicas na competição, como geralmente acontece no Aberto da Austrália. "Mas será surpresa", desconversou. Neste quesito, as três cidades contam com quadras com teto retrátil e ampla estrutura.

NOVAS COMPETIÇÕES - O lançamento do novo torneio coincide com a reformulação da Davis e a oficialização da Laver Cup no calendário da ATP, reforçando a presença das disputas por equipes no tênis profissional. Com tantas competições do tipo, surgiram rumores nas últimas semanas sobre uma eventual fusão entre a Davis e a ATP Cup.

Para André Sá, esta é uma possibilidade real para o futuro. "Não é uma ideia absurda, é algo que se fala nos bastidores. Uma fusão seria superinteressante. Mas tem que ver se é bom para os dois lados. Pelo lado do jogador, é excelente ter duas competições, com premiação incrível, defendendo o seu país, em condições incríveis", opinou o brasileiro.

Roger Federer anunciou mais uma desistência nesta quarta-feira (30). Dois dias após descartar sua participação no Masters 1000 de Paris, nesta semana, o tenista suíço divulgou que também não estará na ATP Cup, competição que estreará no calendário em 2020, no início de janeiro.

O atual número três do mundo alegou mais uma vez que pretende ter um calendário enxuto no próximo ano para prolongar sua carreira no circuito. Ao mesmo tempo, ele quer passar mais tempo com a família no início do ano, quando a maioria dos tenistas já está competindo no circuito, após um período de pré-temporada, em dezembro.

##RECOMENDA##

"É com grande pesar que vou desistir da primeira edição da ATP Cup. Depois de muita discussão, tanto com minha família quanto com minha equipe, eu decidi que passar mais duas semanas em casa será benéfico tanto para a minha família quanto para o meu tênis", declarou o tenista de 38 anos.

Federer era considerado uma das principais estrelas da nova competição, disputada entre países, como se fosse uma rival da Copa Davis. A ausência, anunciada antecipadamente, na reformulada Davis e as críticas públicas do tenista às mudanças no tradicional torneio entre nações era visto como trunfo e diferencial da ATP Cup.

"Me causa dor não poder fazer parte do mais empolgante novo torneio do calendário, mas esta é a decisão certa a ser tomada se eu quiser continuar jogando por um período maior no circuito", argumentou Federer, que poderá estrear em 2020 diretamente no Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam do ano.

A decisão de Federer afetará diretamente a Suíça na ATP Cup. Sem o tenista e sem Stan Wawrinka, que já havia anunciado sua desistência, o país não poderá ser representado na competição. Com premiação de US$ 15 milhões (cerca de R$ 60 milhões), o torneio será disputado entre os dias 3 e 12 de janeiro, nas cidades de Brisbane, Perth e Sydney, todas na Austrália. E servirá de preparação para o primeiro Slam da temporada.

Sem Federer, a organização da ATP Cup deve apostar em outros ídolos do esporte, como o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic, ambos já garantidos na competição. O escocês Andy Murray, ex-número 1 do mundo, também deve participar.

Ainda nesta temporada, Federer só disputará mais um torneio, o ATP Finals, que reúne os oito melhores do ano, em Londres, a partir do dia 10 de novembro.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando