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A sexta edição do projeto Trela Audiovisual está com inscrições abertas para o curso de cinema e audiovisual. Ao todo, a iniciativa oferta  24 vagas de forma gratuita para adolescentes entre 15 e 18 anos, sendo 50% das opções para alunos de escolas públicas. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de dezembro, pelo e-mail trelaaudiovisual@gmail.com, pelo  link na bio do perfil no Instagram @trelaaudiovisual ou pelo site do projeto. O resultado da seleção será divulgado no Instagram oficial da iniciativa. 

As aulas serão de 15 a 26 de janeiro de 2024, na Fundação Joaquim Nabuco ( FUNDAJ), no Derby, na área central do Recife, durante um turno (manhã ou tarde). Os encontros contam com carga horária total de 60h. Não é necessário ter nenhuma formação prévia para se inscrever. O curso  oferecerá lanche e vale transporte aos alunos, além de abordar conhecimentos teóricos e práticos do audiovisual, que irão passar por todas as etapas de criação de vídeo, do roteiro e gravação até a edição. No final da formação, os participantes irão produzir um curta-metragem com orientação dos professores. 

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Com o objetivo de incentivar a divulgação e a produção audiovisual na Amazônia paraense, a Fundação Cultural do Pará (FCP) lançou o edital do Prêmio Mergulho FCP 2023, com inscrições abertas até o dia 31 de março. A iniciativa é voltada para produtoras culturais, curadores, cineclubistas, educadores de escolas públicas estaduais e municipais, estudantes de cursos que tenham relação com o audiovisual, entre outros profissionais da área.

Serão premiadas até 15 propostas inéditas em três linhas de ação: mostra de audiovisual (5 prêmios no valor de R$ 50 mil), ações educacionais transformadoras por meio do audiovisual (5 prêmios no valor de R$ 40 mil) e produção audiovisual para estudantes (5 prêmios no valor de R$ 50 mil).

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Um dos inscritos para concorrer ao prêmio, Webson Cardoso, profissional da área da produção e edição de vídeos, acredita que o projeto pode promover oportunidades para o mercado de trabalho. “É muito bom ter esse espaço de divulgação das produções audiovisuais. É uma oportunidade incrível de exibir projetos mais bem elaborados e que também possam render oportunidades maiores dentro do mercado de trabalho”, afirmou Webson.

As produções terão exibições, de modo presencial, na Casa das Artes, e por streaming, com acesso gratuito por meio das redes sociais da FCP e da Casa das Artes, nos períodos descritos no cronograma do edital. Para esclarecer dúvidas e obter mais informações sobre o concurso, a FCP disponibiliza o e-mail premiomergulhofcp@gmail.com. Acesse o edital aqui.

Por Messias Azevedo (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Jovens mulheres cis e trans negras, indígenas e refugiadas, na faixa etária de 18 a 29 anos, podem se inscrever até o próximo dia 6 de março para os cursos gratuitos de audiovisual, jogos digitais e jogos de mesa, promovidos pela instituição sociocultural Cinema Nosso, por meio do projeto Empoderamento e Tecnologia: Jovens Negras no Audiovisual. As inscrições podem ser feitas por meio deste link.

As aulas dos dois cursos de cinema voltados para ficção e documentário e dos dois cursos de jogos digitais e jogos de mesa serão online e presenciais, mas somente para jovens do Rio de Janeiro. Já as do laboratório de roteiro para séries terão formato virtual e estão abertas para todo o país. Ao todo, são destinadas ao projeto 175 vagas, sendo 35 para cada uma das cinco formações oferecidas.

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O Cinema Nosso é uma das maiores escolas populares de audiovisual da América Latina, contabilizando mais de 10 mil jovens formados em seus cursos. As aulas para os cursos de cinema serão iniciadas no dia 20 de março, enquanto as dos cursos de jogos têm começo previsto para 27 de março. O encerramento dos cursos ocorrerá em 25 de novembro. A Cinema Nosso está localizada na Rua do Resende, 80, no bairro da Lapa, região central da cidade do Rio de Janeiro.

A assistente sênior de Formação Pedagógica do Cinema Nosso, Laís Muniz, informou à Agência Brasil que o projeto Empoderamento e Tecnologia: Jovens Negras no Audiovisual surgiu a partir de pesquisa feita em 2019 pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) sobre a quantidade de mulheres negras no mercado do audiovisual. Segundo ela, "foi uma porcentagem irrisória". Isso acontece em cargos de direção, direção de fotografia, roteirista, citou Laís. “A gente está aí formando jovens negras para serem inseridas no mercado audiovisual. O projeto tem esse recorte”, destacou.

Tema

Anualmente, é escolhido um tema que prioriza o empoderamento negro, buscando trazer referências para as alunas produzirem seus projetos. Este ano, o tema escolhido foi Escrevivências e terá como inspirações obras da escritora Conceição Evaristo, trazendo o seu conceito que ganhou grande notoriedade nos últimos tempos. De acordo com Laís, a ideia é ressaltar que, por meio da escrita, “conseguimos expor as nossas experiências e vivências na sociedade enquanto mulheres negras e a cultura afro-brasileira, como uma forma de resistência, sendo ferramenta para o processo de empoderamento”.

Todas as formações contarão com mentorias de gestão de carreira, palestras e workshops. Para concluir o curso, é necessário obter 75% de presença, além da entrega do trabalho final. Laís Muniz destacou que ela própria foi uma das alunas do primeiro ano do projeto. “Fiz parte da primeira turma de cinema de ficção, em 2019, e hoje trabalho no Cinema Nosso. Outras colegas que se formaram comigo estão como diretoras de fotografia, são roteiristas. Estão encaminhadas no mercado”. Durante a formação, as alunas terão contato com vários profissionais do mercado.

Cinema Nosso

O Cinema Nosso é uma instituição sociocultural que atua alinhada ao mercado audiovisual para reduzir as desigualdades sociais e proporcionar tecnologia e experiências de inclusão para a produção de narrativas juvenis, fomentando a cadeia produtiva do audiovisual no Brasil.

A instituição foi criada em 2000, a partir da experiência do filme “Cidade de Deus”, pelos diretores e atores do filme. Hoje, o Cinema Nosso é um centro de inovação e tecnologia que oferece iniciativas para crianças e jovens, com ênfase em programas de empreendedorismo e empregabilidade.

A TV Futura está disponibilizando, ao todo, 5 vagas de estágio virtual com remuneração mensal de R$ 1.000,00. As oportunidades estão abertas para estudantes dos cursos de Comunicação ou de Artes para atuar na criação de conteúdo para a quarta temporada da série “Idade Mídia”.

O estágio tem duração de dois meses, de 03 de fevereiro a 06 de abril, com encontros para discussão de temas na série via Meets e atividades práticas pelo Google Classroom. Os encontros virtuais serão das 13h30 às 18h30 no período da tarde, é obrigatória a disponibilidade dos candidatos para participar das reuniões online. Ao todo, a carga horária é de 65h.

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O edital do Laboratório de Mídias Aplicadas à Educação (LABME) está aberto e aceita inscrições até o dia 26 de janeiro. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de forma online pelo link do documento. Ao fim da participação os candidatos terão direito a um certificado.

A série “Idade Mídia” é produzida pelo Futura e coproduzida pela Deusdará Filmes. Os aprovados terão experiência de trabalhar com a mídia, trabalhando desde os temas dos 13 episódios até a produção do conteúdo audiovisual.

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A Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentará ao público produções audiovisuais experimentais que contemplam roteirização, cenografia, figurinos e dança (veja fotos na galeria acima)Sob a coordenação da professora Luiza Monteiro e Souza, o projeto de pesquisa e extensão foi contemplado pelo prêmio PROEX de Arte e Cultura 2021, lançado pela Diretoria de Arte, Cultura, Esporte e Lazer – DACEL, da Pró-Reitoria de Extensão – PROEX da UFPA.

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O projeto desenvolveu-se em parceria com a pesquisa “Processos de criação na encantaria do corpo: encontros, mergulhos e poéticas em dança”, também coordenado pela professora Luiza Monteiro, contando com a participação de discentes do curso de Licenciatura em Dança da Faculdade de Dança da UFPA e dos cursos de Moda, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Filmmaking da UNAMA - Universidade da Amazônia.

“Com a chegada da pandemia, nós, artistas da dança, entramos no universo do virtual, e a videodança trabalha muito com isso, e nos permite desenvolver relações com outros artistas, de outras áreas. Ter um suporte de estudantes da área da comunicação que agregam com conhecimentos do audiovisual e da captação de imagem foi essencial para termos sucesso nesse projeto”, disse Luiza Monteiro, coordenadora do projeto, artista, pesquisadora e professora doutora do curso de licenciatura em Dança da Faculdade de Dança da Universidade Federal do Pará.

O projeto começou em janeiro de 2022. As primeiras experimentações e produções tiveram como palco a UNAMA, por meio da parceria firmada com os Cursos Criativos Comunica, sob orientação técnica do professor Mário Camarão. Ao longo do ano, cerca de 25 pessoas participaram de ações que resultaram em materiais fotográficos, videodanças e vídeos documentais, todos 100% produzidos pelos estudantes.

“Eu enxerguei no projeto a oportunidade de exercitar a minha capacidade no audiovisual com a dança. Quando nós juntamos esses universos, encontramos algo novo. Eu acredito que esse projeto existe para trocarmos experiências e adquirir mais conhecimento uns com os outros”, disse Carlos Potiguar, voluntário do projeto e aluno do curso de Filmmaking da UNAMA.

“Eu já havia me filmado enquanto dançava, mas nada do que eu já fiz se compara com o que fizemos aqui. A câmera não é só um objeto de apoio. Na videodança é a câmera o que traz significado pra minha performance quando o público estiver olhando, eu preciso estar conectada à filmagem, e ela precisa estar conectada a mim. Então, quando eu comecei nesse projeto, eu tive que conectar-me aos meninos (filmmakers) para, assim, eles entenderem minha arte e eu entender a arte deles”, disse Rita Aroucha, voluntária do projeto e aluna do curso de licenciatura em Dança da UFPA.

“Com os filmmakers acompanhando os nossos movimentos, eu acredito que trocamos as nossas artes de um jeito harmonioso, eu faço uma dança para eles, e eles fazem uma dança para mim. Dessa forma, conseguimos encaixar bem nossas ideias. Esse trabalho me desafiou positivamente em conseguir sintetizar e dar vida às minhas ideias em relação à maquiagem, ao cenário, à indumentária etc. Eu acredito que, aqui, eu pude sistematizar o que eu pensava de uma forma clara e objetiva, mas, também, criativa, deixando a minha marca. Todo o nosso processo foi criativo e orgânico, sem grandes problemas ou discussões entre a equipe”, disse Geane Leite, voluntária do projeto e aluna do curso de licenciatura em Dança da UFPA.

“São muitas as dificuldades na realização de um projeto desse tipo, precisamos de espaço, de tempo, todos somos dependentes uns dos outros, temos aqui um trabalho coletivo, muitas pessoas, com muitas ideias. Precisamos encontrar equilíbrio dentro de tudo isso. O meu trabalho nasce dentro da ideia de um coletivo, eu trabalho dentro de uma companhia de dança, eu não sei trabalhar sozinha, eu gosto de estar acompanhada de muitas pessoas. Não é um trabalho tranquilo, mas é um que nos permite ampliar nossas ideias e nossos horizontes", declarou a professora Luiza Monteiro.

Luiza destacou o que mais estimula o projeto: "Existe uma máxima que exemplifica o que eu penso em relação a esse projeto: 'Sozinhos vamos mais rápido, mas juntos, podemos ir mais longe'. Eu acho que a ideia aqui é agregarmos o que cada um tem de melhor para fazermos algo que possa ir mais longe e ter um significado mais poderoso".

Serviço

O projeto estreia neste fim de semana (17/18 de dezembro), no canal oficial do YouTube. 

O material fotográfico e audiovisual também é disponibilizado na conta oficial do Instagram.

Por Paulo Ricardo de Brito (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Michelle Melo segue na missão de provar que qualquer música pode virar um brega e, neste mês de setembro, lança a segunda fase desse projeto. ‘Risco de Embriaguez’, um EP audiovisual, vai trazer grandes clássicos da música brasileira repaginados com o suingue do brega pernambucano. A primeira canção, ‘Preciso ser amado’, estará disponível no canal do YouTube da cantora nesta sexta (02).

Na primeira fase do projeto, ‘Proibido ouvir durante a semana’, Michelle fez a releitura de 18 músicas, como Imortal, de Sandy e Júnior; e Sonho por Sonho, de José Augusto; entre outros clássicos da MPB. Toda produção e direção do EP Audiovisual, em ambas as fases, são assinadas por Formiga Raphael, um dos produtores mais badalados do cenário brega, e pela produtora Recife Lives.

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Já nesta segunda fase, foram escolhidas músicas de nomes como Belo, Exaltasamba e Leonardo. Na estreia do projeto, a canção repaginada será ‘Preciso ser Amado’, da dupla Zezé di Camargo e Luciano. A faixa estará disponível no canal oficial de Mello nesta sexta (02), às 18h30. 

A Universidade UNG promove, nesta quinta-feira (30), uma noite de premiação para contemplar a produção audiovisual dos estudantes da Instituição inscritos na 16ª edição do Festival Osga de Vídeos Universitários. O evento de exibição dos filmes e premiação será realizado às 19h30, no Anfiteatro F, campus Centro.

Este ano, o festival recebeu, da UNG, 12 vídeos inscritos e envolveu alunos dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Farmácia, Direito e Turismo. Ao todo, serão exibidos sete minidocumentários e cinco curtas-metragens de ficção. Em cada categoria, um será classificado para a próxima fase.

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O evento é gratuito e aberto ao público. O coordenador dos cursos de Comunicação Social da Instituição, Alex Francisco, destaca a importância do festival universitário, que revela grandes talentos. "Hoje, todos somos produtores de conteúdo por meio do áudio e do vídeo, então o Festival Osga consegue captar esse espírito e incentiva o aluno a desenvolver conhecimentos mais aprofundados no ramo audiovisual. O resultado é a descoberta de talentos que, no contexto da Universidade, vivenciam o audiovisual e encontram nele uma ferramenta de expressão, de representatividade e de futuro profissional", diz Francisco, que também é o coordenador do Osga na UNG.

O estudante de Publicidade e Propaganda, Marcos Vinicios Santos Silva, participa do Festival pela primeira vez, com a produção "Carnaval de 22: A Celebração da Vida", na categoria de minidocumentário. Ele não esconde o entusiasmo pela exibição da sua produção. "Produzir esse minidocumentário foi uma grande aprendizagem para o grupo em questão de organização, responsabilidade e exercício do que aprendemos no 1º semestre do curso. Unir isso com uma escola de samba no gás de mostrar seu potencial, depois de dois anos com seus sonhos pausados, só tornou ainda mais gostosa toda a produção desse trabalho e nos mostrou que estávamos no caminho certo", comemora.

As produções finalistas da etapa local concorrem à etapa regional, entre os dias 15 e 30 de julho. Os vencedores disputam a grande final no dia 10 de setembro, em Recife. O Festival Osga é um projeto Ubíqua do grupo Ser Educacional, realizado desde 2005, com o objetivo de incentivar a produção audiovisual de alunos. O nome Osga remete a uma brincadeira feita com um dos maiores festivais de filmes do mundo, o “Oscar”.

Interessados em prestigiar o evento devem  doar um quilo de alimento não perecível ou agasalho, bastando depositar a doação na urna localizada no saguão do Prédio F.

A quinta edição do Projeto Trela está com inscrições abertas, até o dia 31 de janeiro. A oficina de cinema e audiovisual, que é gratuita para adolescentes entre 15 e 18 anos, irá oferecer 20 vagas exclusivas para alunos da rede pública de ensino. Os interessados devem se inscrever através do link que consta na bio do instagram @trelaaudiovisual.

O projeto será realizado entre 07 de fevereiro e 28 de abril (segundas e quartas), na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Jarbas Pernambucano, em Cajueiro, no Recife. As oficinas contam com carga horária total de 60 horas. Não é necessário ter nenhuma formação superior para se inscrever.

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O resultado da seleção será divulgado no instagram oficial  do projeto. Para outras informações, enviar e-mail para trelaaudiovisual@gmail.com.

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Denúncia, inovação e representatividade. Com cinco episódios, a websérie "Pretas na Pandemia" apresenta situações enfrentadas por mulheres negras da Amazônia durante a crise sanitária da covid-19. A ideia de fazer esse recorte no contexto pandêmico foi da jornalista Joyce Cursino, diretora e produtora executiva da websérie. “A pandemia da covid-19 agravou as mazelas enfrentadas pela população negra das periferias e comunidades tradicionais. Isso precisa ser denunciado para que não seja esquecido, pois essa é uma das maiores estratégias do racismo: o apagamento das nossas histórias”, afirma a cineasta.

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A obra, realizada durante a pandemia pela Negritar Filmes e Produções, seguiu todos os protocolos de segurança, com a higienização dos equipamentos, uso de máscara e testes entre equipe e elenco, gerando emprego e renda para mais de 50 pessoas, a maioria negras. “Durante a pandemia, nós ficamos paralisados. A arte como forma de protesto não é aceita, mas nesse contexto me encontrei e me identifiquei com a equipe da Negritar. Também foi um amparo, uma válvula de escape pra mim que sou mãe, vó e sustento minha família”, diz a atriz paraense Sônia Miranda. 

Representatividade não só na frente como também por trás das câmeras, já que a maioria da equipe foi composta por mulheres negras. “Escrever o 'Pretas na Pandemia' foi a realização de um sonho. Nunca me imaginei nesse circuito comercial, embora escrevesse desde a infância. Sou do interior, minha família não tem muitas condições, mas sempre se esforçou para garantir que eu pudesse estudar. Essa vitória também é deles, dos meus parceiros da Negritar e dos meus ancestrais que me dão força pra continuar”, diz Mayara Coelho, uma das roteiristas da websérie.

A produção paraense inova na região ao trazer uma obra de ficção gravada no formato vertical, mas esse nem de longe foi o maior desafio dessas jovens mulheres realizadoras que, por medidas de segurança da covid-19, tiveram que mudar o cronograma das gravações diversas vezes e ainda tiveram arquivos sequestrados por um software de extorsão, conhecido como “ransomware”. O material só foi recuperado no final do mês de outubro. 

A websérie "Pretas na Pandemia" foi contemplada no edital de audiovisual da Lei Aldir Blanc e contou com apoio cultural do Governo do Estado do Pará, Fundação Cultural do Estado do Pará, deputada estadual Marinor Brito e Namazônia.

Serviço

Lançamento Virtual da Websérie "Pretas na Pandemia". 

Data: 20.11.2021(sábado).

Hora: 18h30.

Local: IGTV do @pretaswebserie

Da assessoria da Negritar.

Neste período de pandemia em virtude da Covid-19, notou-se um aumento de números em casos de pessoas com doenças de cunho psicológico, como depressão, fobia e neurose. De acordo com um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Síndrome do Pânico é um agravante que assola cerca de 2 a 4% da população mundial. Por conta deste fenômeno, inúmeras obras audiovisuais abordam esses temas, como o curta-metragem “Pináculo”, estrelado por Andriu Freitas, que foi indicado à premiação de dois festivais internacionais: Independent Shorts Awards (EUA) e High Tatras Film & Video Festival (Eslováquia). Confira o filme na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=twAf-rLBsgw&ab_channel=AndriuFreitas

De acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), depressão, fobia e neurose estão caracterizadas como transtornos psiquiátricos, sendo que um pode vir como queixa principal, enquanto os outros podem surgir como comorbidades ou reações dentro das síndromes. Segundo a psicóloga cognitivo-comportamental, Rosana Cibok, a característica da depressão está relacionada à autodepreciação. “O indivíduo seleciona apenas fatos de sua vida que sejam congruentes com seu humor negativo, referindo-se a eles de forma absoluta”, explica a psicóloga.

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Enquanto a depressão reforça os aspectos negativos que se configuram nos sentimentos de profunda tristeza, angústia, falta de prazer, desesperança e ideação suicida, a fobia está atrelada a um quadro de ansiedade, que representa um medo irracional diante de um agente fóbico. “Muitos indivíduos convivem com suas fobias, desenvolvendo estratégias de evitação que não os colocam frente a frente com o agente fóbico. Essas estratégias, por vezes, levam o indivíduo à inatividade e ao isolamento social,  que podem culminar com os sintomas da depressão, mostrando aqui uma comorbidade”, define Rosana.

Já quando se trata de neurose, a psicóloga afirma que este é um transtorno de afetividade, em que se experimenta sentimentos e reações incontroláveis diante das situações mais comuns. “Uma pessoa com neurose percebe a realidade como todo mundo, mas faz julgamentos distorcidos desta realidade”. Também existe a classificação de neurose fóbica, em que o indivíduo sente intenso medo de uma situação ou objeto que ele sabe que não representa perigo. “Ele externa suas angústias através das fobias, transformando esta ação em uma obsessão, levando ao isolamento social e até a depressão”, esclarece a especialista.

Apesar das doenças psicológicas estarem presentes na humanidade há muito tempo, fatores como a pandemia de Covid-19 servem como agravante para quadros que até então eram leves ou despertam o sintoma naqueles que ainda não o tinham. Segundo a psicóloga, indivíduos com quadro de depressão podem estar propensos a fazer julgamentos distorcidos, sem conseguir criar estratégias para combater a doença. “O medo pode se transformar em fobia, pois a distorção da realidade com o isolamento social, o medo de contrair o vírus, de perder o emprego, da privação, acentuam o percentual de casos”, afirma Rosana.

Como alternativa para que se possa evitar agravamento de quadros envolvendo doenças psicológicas durante a pandemia, a psicóloga conta que costuma orientar seus clientes a fazer um filtro de consumo relacionado às informações diárias. “Quando temos uma teoria, buscamos fatos que as confirmem. Portanto, se você pensa que vai morrer diante do quadro mundial que se apresenta, acaba indo atrás de informações que comprovem isto, levando a quadros ansiogênicos”.

Segundo Rosana, cada pessoa tem um funcionamento psíquico, mas existem medidas que funcionam de maneira geral. “Fazer meditação, relaxamento, assistir a comédias, ler bons livros, focar na atenção no trabalho, na família, enfim, tirar o foco do problema. Eles costumam ser maiores de acordo com a importância que damos a eles”. Rosana ressalta que esta orientação não se trata da prática de alienação, mas é viável que o consumo de informações seja ponderado, que a fonte seja séria e comprometida com a ciência.

Problemas psicológicos retratados no audiovisual

De acordo com a psicóloga, as produções audiovisuais de um modo geral buscam acender uma luz em relação às doenças, assim como o cinema que trabalha com ficção, criando cenários lúdicos para a informação. “São essenciais para a propagação do conhecimento das doenças psicológicas, diminuem o tabu, aproximando as pessoas de situações que possam estar sendo vivenciadas dentro da própria casa e, por vezes, passam despercebidas. Eu não consigo me lembrar de nenhum filme ou série que tenha levado a informação de forma leviana, ao contrário, gera mais curiosidade pela busca de mais informação”, explica Rosana.

Ao longo da história, a psicóloga conta que este é um tabu que vem se desmistificando, visto que na Idade Média, as doenças mentais eram consideradas punições divinas. Ainda há um número de pessoas que tiram suas próprias vidas por ignorarem que estejam doentes, situação que poderia ser tratada caso houvesse ajuda profissional. “Boa parte dos indivíduos afetados não têm confiança para falarem abertamente de suas questões, o que torna os problemas mais graves. Estas doenças trabalham de forma silenciosa e quando o indivíduo resolve conversar e contar o que sente, em sua maioria, os casos já estão associados à outras, levando às comorbidades”, finaliza

 Há poucos dias foi confirmado que a personagem Betty DeVille será assumidamente gay, na nova temporada da série infantil “Rugrats: Os Anjinhos” (2021). Mais um exemplo de um movimento que vem acontecendo na indústria do audiovisual: a paulatina inclusão da cultura LGBTQIAP+  em produções infantis ou infanto-juvenis. Basta lembrar de outros exemplos, como  “She-Ra e as Princesas do Poder” (2018), “Hora de Aventura” (2010) e “Steven Universo” (2013), o que traz à tona o debate sobre a importância dessas representatividades no audiovisual.

O crítico de cinema Franthiesco Ballerini explica que esse tipo de inclusão beneficia a formação da criança, que na maioria dos casos, estuda em escolas e faze parte de famílias em que a cultura do LGBTQIAP+ é vista com um certo tabu. “É ainda mais importante do que as inclusões em obras voltadas para o público adulto, porque estes já estão formados, mas a criança não”, destaca.

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Embora a presença do LGBTQIAP+ nas produções da cultura pop esteja caminhando cada vez mais para a normalização, Ballerini lembra que o contexto brasileiro coloca algumas barreiras, como o fato da extrema direita ocupar o poder no Brasil, o conservadorismo ser expressivo na sociedade e a homofobia que ainda parece predominar.  “Mas, nós ainda temos os nossos direitos constitucionais, então, é a oportunidade que não podemos perder de realizar essas inclusões. É uma luta diária e nada vai mudar do dia para o outro, são pequenas conquistas a cada momento”, ressalta.

A diretora audiovisual Makoto Machado, 26 anos, de Guarulhos (SP), comenta que ainda não percebeu muita representatividade nas produções da cultura pop e recorda que a única vez que se sentiu representada foi com uma personagem da animação foi em “She-Ra e as Princesas do Poder”. “Na segunda temporada aparece uma pessoa não-binária. Conhecer essa personagem me fez bem feliz e inclusive me fez perceber que ainda não há, em séries ou filmes, algo que eu conheça que me represente, como pessoa trans não-binária”, aponta.

Embora o Brasil seja considerado por muitos como um país miscigenado, Makoto aponta que muitas das produções audiovisuais ainda carecem de diversidade. Segundo ela, isso esconde a existência de diferentes formas de ser e a representação dessas pessoas permitiria que outros as conhecessem. “Eu também existo e eu não sou a única pessoa trans não-binária que existe no Brasil, então por que não há uma personagem como eu nos lugares?”, questiona.

Outro problema presente na inclusão do LGBTQIAP+ é que muitos fãs consumidores de cultura pop tendem a criticar qualquer tipo de inclusão. “Isso, claro, reforça diferentes coisas, como o próprio fato de que se é ruim até pra um homem branco que uma personagem principal se torne uma mulher negra, por exemplo, por não ser algo que os representa e que ‘não é pra eles’, imagina como é para a mulher negra, para as pessoas LGBTQIAP+  etc”, define.

A diretora audiovisual reforça que é importante representar todos os tipos de pessoas e quebrar certos tabus presentes em diversas produções. “Uma história em que diferentes pessoas no mundo foram afetadas por algum tipo de evento que fizeram com que elas tivessem poderes e nenhuma dessas pessoas ser alguém trans, ou gay, ou assexual, por exemplo. Então sinto que ainda falta haver essa naturalidade na diversidade dos personagens”, exemplifica Makoto.

O Ministério da Educação (MEC) lança, nesta segunda-feira (7), a plataforma universitária Eduplay. Com o intuito de se tornar um dos maiores portais de conteúdo audiovisual para educação e pesquisa do País, a novidade será divulgada em um evento on-line por meio do canal do MEC no YouTube e pelo Eduplay.

Com o foco de atender alunos universitários, pesquisadores, professores e público em geral, o Eduplay terá canais exclusivos, videoaulas, transmissões ao vivo, programas de televisão, rádios e podcasts na sua programação. De acordo com o MEC, outros benefícios são: segurança de conteúdo postado para instituições com acesso à Comunicação Académica Federada, tecnologia de transmissão adaptativa (para alunos com dificuldade de acesso à internet), ausência de propagandas e realizações de aulas ao vivo gravadas. 

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“O Eduplay concentra, ainda, um grande número de canais de TV e rádio, como o Canal Saúde, a TV Escola, os produtos da EBC, TV Brasil e Rádio EBC, além de canais de TV e rádios universitárias e podcasts. Com funcionalidades de vídeo sob demanda, podcast, transmissões ao vivo e de sinal de televisão, com publicação sob autonomia e responsabilidade das Instituições Federais de Educação Superior (Ifes), o Eduplay é uma poderosa ferramenta para pesquisadores e professores, que podem produzir seus conteúdos e disponibilizá-los para consumo a qualquer tempo.” aponta o MEC.

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, iniciou na última quarta (26) as inscrições para o concurso Recife Incluído, que prevê a realização de 10 curtas-metragens, com roteiros criados a partir de histórias escritas por autores iniciantes, das seis Regiões Político Administrativas (RPAs) da cidade, para revelar novos talentos e olhares para o celebrado mercado de audiovisual pernambucano.

O público-alvo são jovens, de 18 a 29 anos de idade e moradores do Recife, sem experiência na área, a quem serão oferecidas, além da oportunidade de execução do projeto originado no seu argumento, a possibilidade de participação em oficinas, com atividades de iniciação no audiovisual e acompanhamento do trabalho de produção.

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As inscrições serão realizadas em duas etapas: pré-inscrição e validação de candidatura. A primeira etapa, que se inicia hoje e encerra no próximo dia 16 de junho, será de envio de conteúdo e preenchimento de formulário eletrônico disponibilizado no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br) - que pode ser acessado também no link: https://forms.gle/VhZXQRZQvYYkzTsFA.

Nesta etapa, os candidatos deverão apresentar histórias, com, no máximo, 800 palavras, que tenham vínculo com a cidade do Recife, para serem transformadas em filmes curtas-metragens na categoria documentário, com duração de 10 (dez) a 30 (trinta) minutos (incluindo créditos), que serão rodados por produtoras profissionais, com larga experiência de mercado, já selecionadas em pregão eletrônico realizado pela Prefeitura do Recife no último dia 17 de maio. 

Serão selecionadas: duas histórias que contemplem a cultura da inclusão de Pessoa com Deficiência (PcD); quatro histórias que contemplem acervo e/ou equipamento (espaço) cultural do Recife; e outras quatro histórias que contemplem algum elemento e/ou personagem da cultura imaterial do Recife.

Inclusão 

Para assegurar que a inclusão que batiza o projeto se confirme em todas as suas etapas, será produzido um vídeo de divulgação do Recife Incluído com tradução para Libras, informando sobre o início das inscrições. Além disso, o edital ganhará versão em braile, que será distribuída em entidades e associações destinadas à pessoa cega.

Candidatos com deficiência visual, auditiva ou com dificuldade de escrita poderão realizar as inscrições por meio do envio de arquivos de áudio ou vídeo, que deverão ser encaminhados para o e-mail recifeincluido@recife.pe.gov.br.

Aos candidatos com dificuldade para realizar a inscrição virtual, será assegurado atendimento presencial, no Núcleo de Cultura Cidadã, localizado no Pátio de São Pedro, Casa 39, Bairro de São José, com horário marcado, em cumprimento às regras sanitárias vigentes. Agendamentos podem ser feitos pelos telefones: 3224-3674 | 3224-3660 (dúvidas sobre o edital também podem ser esclarecidas através desses contatos).

O resultado da pré-inscrição será divulgado no dia 26 de junho. A segunda etapa, que inicia no dia 27 de junho, será de habilitação documental, a partir do envio da documentação exigida no edital para o e-mail: recifeincluido@recife.pe.gov.br.

A avaliação dos projetos será realizada também em duas etapas: uma artística e uma documental, conduzidas por comissões distintas, formadas pela Fundação de Cultura, com representação do poder público municipal e da classe artística.

Serão considerados prioritários, na análise das propostas e candidaturas, além do mérito artístico e originalidade, aspectos como faixa de renda familiar, grau de vulnerabilidade social do bairro de origem e formação educativa em escola da rede pública – concluída ou em curso. O Recife Incluído tem seu foco principal na juventude que reside em áreas da periferia do Recife.

A divulgação das 10 histórias selecionadas (com seus respectivos autores), no Diário Oficial do Município, está programada para o dia 13 de julho. As datas do edital poderão sofrer alterações, em função da pandemia.

Sobre o concurso Recife Incluído 

 Executado com recursos provenientes de emenda parlamentar do deputado federal Tadeu Alencar, o projeto Recife Incluído tem orçamento de aproximadamente R$ 1 milhão, a ser repassado ao poder público municipal pelo Ministério do Turismo. O objetivo é estimular a produção audiovisual também na periferia do Recife, incentivando a formação e revelação de novos talentos, em um ambiente de criação e realização onde a cidade já se destaca, com projeção nacional e internacional.

*Via Assessoria de Imprensa

Este ano, o novo visual da personagem animada Lola Bunny, que estará no filme "Space Jam: Um Novo Legado", chamou a atenção do público. É que a caracterização da personagem aparece agora de forma menos sexualizada, sem viés apelativo e na contramão do que aconteceu no primeiro filme da saga, em 1996.

De acordo com o professor de Ciências Sociais Cauê Krüger, existe uma articulação entre audiovisual e sociedade. "Ao longo do tempo, as expressões artísticas vão se transformando. A gente vive numa constante transformação nas formas de ação no mundo e na nossa vida social, e de alguma maneira, isso se espelha, e se reflete nas produções artísticas", explica. Nesse sentido, o autor reflete que a arte não necessariamente imita a vida, mas que existe essa relação entre ambos.

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O publicitário Alexandre Martins | Foto: Arquivo Pessoal

Por conta desta relação entre arte e sociedade, o publicitário Alexandre Martins, 43 anos, conta que ao longo dos anos assiste filmes e percebe como as temáticas que envolvem mulheres, negros e comunidade LGBT+ ganhou mais espaço nas produções. "Nos filmes de terror, por exemplo, antigamente, os artistas negros eram sempre os primeiros a morrer, hoje eles são os protagonistas", diz. Ele também aponta a frequência com que aparecem pessoas fumando cigarros, que diminuiu nas atrações e que era algo muito comum e até romantizado nos clássicos. "Aqui em casa, como cultivamos muito o hábito de ver filmes, acreditamos neles como importante instrumento de transmissão de valores para a nossa filha”, explica.

Martins conta que apesar dos dois anos de idade, a filha sempre está ligada na tela, então há uma curadoria para selecionar filmes e desenhos que desenrolam tramas familiares, romances, filmes com crianças e desenhos. "Quando, por acaso, ela se depara com cenas de violência ou, por exemplo, cenas de um filho insubordinado, que xinga os pais, fazemos questão de pontuar a ela que não é correto", conta.

A confeiteira Sheila Andrade | Foto: Arquivo Pessoal

Para o professor Krüger, as linguagens do audiovisual são ferramentas criadoras de sentidos, significados e representações. "Nós vivemos em um mundo de diferenças, e também de desigualdades, sempre que a gente consiga tratar disso, desde o início da formação de uma pessoa, a gente consegue lidar com os valores, com os elementos simbólicos, um certo padrão, que a gente vai lentamente impondo às nossas crianças", esclarece.

Assim aconteceu com confeiteira Sheila Andrade, 43 anos, que passou a ver nos filmes temáticas que abordam momentos e histórias da sociedade. Ela passou a aplicar no processo de educação da filha, durante a infância, obras que pudessem transmitir conhecimentos acerca da sociedade, como "O Menino do Pijama Listrado" (2008). O filme, embora tenha crianças como protagonistas, traz como tema preconceitos, como xenofobia e racismo na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo o professor Krüger, questões raciais, étnicas, identitárias e feministas são pautas necessárias a serem discutidas, conforme a lógica do lúdico, desde que seja voltado à consolidação de valores e desconstrução de preconceitos reproduzidos por uma sociedade hierárquica, sexista, patriarcal e racista. "Então se a gente quer transformar, e fazer dessa sociedade mais justa e um pouco mais igualitária, é fundamental [o uso] dessas representações e dessas histórias", finaliza.

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A pandemia do novo coronavírus comprometeu a vida e o trabalho de milhares de pessoas no mundo inteiro. Com os produtores de vídeos e filmes não foi diferente. Alguns precisaram buscar alternativas para dar continuidade às produções e, pensando nisso, o Circuito Cineclube – projeto idealizado pela produtora Mazô Lab – reuniu diversos cineclubes do Pará para promover debates, dar visibilidade aos trabalhos, além de exibir as produções audiovisuais paraenses.

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James Silva, produtor executivo do Circuito Cineclube, afirma que a pandemia afetou muito o trabalho audiovisual, principalmente pela necessidade de as produções acontecerem de modo presencial. “Equipes técnicas, equipamentos, que precisam estar reunidos num mesmo local em busca da melhor qualidade, não puderam mais acontecer da mesma forma”, explica.

Apesar das circunstâncias, James cita que a união dos produtores em meio às dificuldades causadas pela covid-19 foi positiva e muitas pautas vieram à tona, contribuindo para o uso da criatividade como uma maneira de superação. O tema inclusive chegou a ser inspiração em produções educativas e artísticas.

“Em 2020, nós da produtora Mazô Lab produzimos uma série de videoaulas ensinando as pessoas a produzir dentro de casa, incentivando o isolamento social, mas também demonstrando alternativas para produções de todos os tipos, sejam de ficção, documentais, videoarte ou videoclipes”, complementa.

Quanto à exibição de trabalhos audiovisuais na internet, James explica que vários projetos têm realizado suas programações por meio de lives nas plataformas digitais. “No Circuito Cineclube, por exemplo, tivemos uma programação durante cinco dias. Fizemos a exibição de várias produções regionais independentes, além de debates diários com realizadores paraenses”, destaca.

O produtor comenta sobre a necessidade de os provedores de internet proporcionarem cada vez mais capacidade e qualidade de serviço para que a transmissão das produções seja possível. “Ainda mais importante, para que o público tenha acesso facilitado em qualquer lugar, principalmente nas periferias e áreas rurais”, salienta.

James afirma que a produção local é o reflexo da cultura de um povo e que ela serve para espalhar a cultura local nas demais regiões. Além disso, possibilita que paraenses de todos os cantos do Estado se vejam nas produções. “Nossa produção não pode ser resumida apenas em folclore paraense e amazônico, nossos produtores precisam ter cada vez mais espaço para realizar suas ideias”, ressalta.

Durante a pandemia, vários coletivos estiveram envolvidos em ações sociais e produções colaborativas. O produtor afirma ainda que “o Telas em Movimento é um exemplo de ação que reúne vários coletivos em torno de produções, oficinas, ações sociais e eventos on-line”.

James conta que produtores audiovisuais estão sendo beneficiados principalmente através dos editais da Secult – Secretaria de Estado de Cultura. “Além disso, houve muito apoio de plataformas como o site Benfeitoria, que ajuda os realizadores a captarem recursos através do financiamento coletivo”, disse.

Marco Antônio Moreira, mestre em Artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e presidente da Associação dos Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), conta que a pandemia teve impacto em todos os segmentos e que por essa razão o meio audiovisual teve diminuição das atividades. Ele também afirma que muitos filmes migraram para canais de exibição na internet. “O YouTube tem sido usado com frequência até antes da pandemia, mas alguns títulos paraenses podem ser encontrados em alguns canais streaming”, comenta.

Segundo Marco Antônio, os cineclubes estão sem atividades desde o início da pandemia e devem continuar assim até o momento mais seguro para realizarem as sessões presenciais. Quanto aos filmes que estão sendo produzidos atualmente em Belém, ele diz que existem poucos, mas cita a continuidade da produção de clipes musicais. “Acredito que todas as produções aguardam momento mais seguro de se voltar às atividades”, analisa o crítico de cinema.

O jornalista e documentarista Nassif Jordy assegura que as circunstâncias da pandemia foram responsáveis pela adaptação do meio audiovisual, assim como todos os outros. Entretanto, ele menciona o desemprego de muitas pessoas e acredita que as produções estagnaram nesse período, mesmo com o auxílio da Lei Aldir Blanc, que foi importante para movimentar alguns trabalhos.

Nassif faz parte de um coletivo de jornalistas independentes, chamado “Coletivo Gó”, que produz documentários, filmes e vídeos contando histórias das sociedades indígenas, quilombolas, das periferias urbanas e dos demais povos tradicionais. O documentarista conta ainda que foram realizados trabalhos como podcasts e entrevistas, porém a produção de documentários e outros tipos de vídeos ficou parada.

Por Isabella Cordeiro e Valdenei Souza.

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Profissionais do audiovisual paraense podem inscrever, até o dia 30 de março, curtas-metragens e videoclipes dos gêneros ficção, documentário e animação na “I Mostra Novíssimo Cinema Paraense”. O regulamento completo e o formulário de inscrição podem ser encontrados no site oficial da mostra.

Poderão se inscrever trabalhos realizados em território paraense com direção ou produção de profissionais residentes há, pelo menos, três anos no Estado. Os filmes precisam ter sido produzidos a partir de 1º de janeiro de 2017. Curtas-metragens devem ter de um a, no máximo, 25 minutos, incluindo os créditos finais. Já os videoclipes devem ter de um a, no máximo, 10 minutos, incluindo os créditos finais. Os participantes devem ficar atentos às outras exigências.

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Serão selecionadas 20 produções audiovisuais, sendo dez curtas-metragens e dez videoclipes, que serão conhecidos até 10 de abril, no site da mostra e nas redes sociais: Facebook, Instagram e Twitter.

Cada obra selecionada receberá um valor R$ 350 (curtas-metragens) e R$ 250 (videoclipes) referente à taxa de exibição, que ocorrerá entre os dias 21 e 25, no canal do YouTube da mostra.

“A mostra é importante pelo seu papel de apresentar novas obras ao público. Além disso, temos a proposta de atrair tanto aqueles que já têm uma carreira no audiovisual, quanto aquele realizador que está começando no meio cinematográfico paraense. Tudo isso pautado em valorizar e ser um espaço diverso no quesito da identidade de gênero-raça e região, seja na equipe de produção da mostra quanto nas obras selecionadas”, explica o produtor executivo da mostra, Maurício Moraes.

Segundo ele, o objetivo da “I Mostra Novíssimo Cinema Paraense” é difundir e discutir sobre novas produções e olhares do Estado do Pará, debatendo temas relacionados ao setor audiovisual e utilizando o alcance das mídias sociais para levar as obras a mais espectadores.

Após o encerramento das inscrições, os trabalhos serão avaliados por uma Comissão de Curadoria. “A curadoria das obras é fundamental para a garantia da diversidade que almejamos e isso precisa ser refletido desde a formação do corpo de julgadores”, explica Maurício.

Dentre os avaliadores dos trabalhos inscritos estão: Dayana Manasses, bacharel em Cinema e Audiovisual pela UFPA, produtora e pesquisadora de cinema e negritude; Davi Lucas Mindello, homem trans, belenense, formado em Artes Visuais e Tecnologia da imagem pela Unama, já foi mediador do Arte Pará e, atualmente, trabalha como diretor de arte, criador de conteúdo, social media e design gráfico; além de Priscila Tapajoara realizadora audiovisual de Santarém co-coordenadora do Mídia Índia e apresentadora dos canais “Reload” e “Outros Giros”.

A “I Mostra Novíssimo Cinema Paraense” é uma realização do coletivo Inovador Talvez Filmes, contemplado no edital de audiovisual da Lei Aldir Blanc no Pará. A organização é da Associação dos Artistas do Sul e Sudeste do Pará, junto à Secretaria de Cultura do Estado do Pará e do Governo Federal.

Por Ana Laura Carvalho, da assessoria do evento.

 

A Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará divulgou o resultado final da seleção de projetos para o edital de audiovisual da Lei Aldir Blanc, para todo o Estado. Foram quase 300 inscrições recebidas e direcionadas a todas as categorias oferecidas. Os 52 projetos premiados receberão recursos para desenvolver novos produtos audiovisuais.

Os projetos inscritos passaram por duas fases de habilitação, e os avaliadores consideraram, a partir de itens a serem mensurados e pontuados, a inventividade, a qualidade artística e relevância cultural, viabilidade técnica, coerência da proposta e contribuição na promoção de acessibilidade das ideias. “A equipe de pareceristas se debruçou para escolher projetos viáveis e bem justificados de maneira que essa produção a ser desenvolvida no próximo trimestre seja expressiva do cinema paraense”, afirma Deize Botelho, da equipe gestora do edital.

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Criada em junho de 2020 para alimentar as várias cadeias produtivas, entre outros objetivos, a Lei Aldir Blanc surgiu durante um ano de paralisações e perdas para o setor cultural, analisa Indaiá Freire, produtora e realizadora paraense, uma das ganhadoras do edital: “Sabemos que muitas funções e serviços movimentam o mercado atrelado à cultura, fazendo a roda econômica girar, e toda iniciativa nesse sentido é louvável. Torço para que outras iniciativas, como esta, sejam replicadas”, disse.

A diversidade geográfica foi amplamente reconhecida pelo resultado do edital: oito regiões de integração do Pará, representadas por trezes municípios, foram contempladas. O projeto "Entre resistir, persistir e existir: relatos de resistências políticas na Resex Rio Xingu pós-Belo Monte", contemplado na categoria de produção de curta-metragem, do município de Altamira, no Xingu, propõe a criação de uma memória de líderes dando voz a quem abriu caminho à luta em favor dos direitos fundamentais das comunidades locais. “Vimos neste edital a chance de realizar o filme”, conta Dimitria Leão, proponente do projeto.

Os projetos serão desenvolvidos e finalizados até o mês de abril, quando os resultados serão conhecidos e divulgados.

Serviço

Resultado final do edital de audiovisual da Lei Aldir Blanc Pará. Acesse www.aldirblancaudiovisualpa.org

Da Ascom da Associação de Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará.

 

A atriz, cantora e compositora Liniker será a grande estrela da próxima produção brasileira da Amazon Prime Video, Manhãs de Setembro. Com grande elenco, a série terá cinco episódios e deve estrear no catálogo da plataforma em 2021. 

Em Manhãs de Setembro, Liniker será Cassandra, uma mulher trans que luta por um lugar ao sol. A série vai mostrar o cotidiano da motogirl que ‘rala’ para se estabelecer na cidade grande quando uma ex-namorada surge com uma criança, alegando ser seu filho. Na trama, Cassandra também atua como cantora, fazendo cover de Vanusa, artista brasileira recentemente falecida. 

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A série também conta com nomes como  Thomas Aquino (Bacurau), Karine Teles (Que Horas Ela Volta?), Paulo Miklos (Califórnia), Gustavo Coelho (Luz do Sol), Isa Ordoñez (Treze Dias Longe do Sol), Clodd Dias (Entrega Para Jezebel) e Gero Camilo (Bicho de Sete Cabeças) no elenco. A cantora Linn da Quebrada fará uma participação especial como atriz convidada.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou, nesta quinta-feira (3), o protocolo de segurança de retomada das atividades presenciais para o segmento audiovisual.  “Produtores e coprodutores precisam adaptar suas empresas para atender aos decretos tanto estaduais quanto municipais, em relação ao retorno das atividades de produção, assim como precisam usar a criatividade para atender aos novos hábitos de consumo de produtos e serviços”, informou o Sebrae.

Confira abaixo orientações para pré-produção e produção no local de trabalho recomendadas pelo Sebrae: 

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Orientações para pré-produção:

* Organize uma área de chegada para os profissionais onde possam fazer a higienização adequada das mãos e das solas dos sapatos com um borrifador de álcool 70% ou tapete com desinfetante;

* Superfícies (mesas e bancadas) e objetos (telefones, teclados) precisam ser limpos e higienizados regularmente;

* Ao realizarem teste para contratação de equipe artística, evite aglomerações;

* Agende horários com um intervalo entre os candidatos e ofereça, se possível, kits de proteção e higiene;

* Planeje seu roteiro de cenas em espaços grandes e ventilados;

* Recomenda-se que o número de locações e as implicações de higienização seja levado em consideração no planejamento e na pré-produção. Lembre-se que neste momento estamos considerando a retomada gradativa;

* Planeje um espaço separado para recepção de mercadorias, estoques e outros insumos. Denomine esse espaço de área suja. Este deve ser limpo numa frequência maior, pelo menos duas vezes ao dia;

* Imediatamente após a chegada de mercadorias, insumos ou mesmo recepção de fornecedores proceda à limpeza e desinfecção de mercadorias;

Orientações para produção:

* Na entrada do set de filmagem, escritório, ou estabelecimento comercial de sua produtora, mantenha um kit higiene: álcool em gel, máscaras e propé, para o uso de todos os profissionais, salvo durante a performance em set/gravação;

* Recomenda-se a verificação de temperatura de cada pessoa que entrar no estabelecimento para garantir também mais segurança;

* Aos profissionais que precisam estar mais em contato com outros profissionais/artistas, como equipes de maquiagem, cabeleireiro, figurino etc., recomenda-se o uso de máscara reutilizável, face shield e luvas;

* O rosto do artista deve ser adequadamente higienizado e possuir um número maior de pincéis, levando em consideração o número de profissionais a serem atendidos, permitindo um kit de pincéis para cada cliente. Recomenda-se o fracionamento dos produtos para cada atendimento, evitando levar o pincel possivelmente contaminado ao produto;

* A programação das atividades deve prever intervalo suficiente entre sessões para higienização completa de todos os ambientes e equipamentos;

* Objetos de cena devem ser de uso individual, sem compartilhamento e higienizados antes e após o uso; 

* Deve-se substituir o microfone de lapela por outro meio de captação de som sem contato direto;

* Recomenda-se a higienização frequente dos figurinos dos casting principal e secundário – com especial atenção quando o profissional repete o figurino diversas vezes;

* Todos os figurinos, cenários, instrumentos e objetos de cena devem ser higienizados antes e depois do uso;

* Para locomoção, recomenda-se utilizar o transporte próprio, Uber ou veículos da produção, sempre devidamente higienizados; 

* Nas gravações em espaços fechados, respeite a quantidade máxima de pessoas que o distanciamento social permite;

* As refeições devem ser servidas em embalagens individuais e descartáveis. Devem ser organizados turnos para alimentação, evitando aglomeração;

* Público e pessoas não envolvidas diretamente nas apresentações, atuações e performances devem ser mantidos a uma distância segura, para prevenção de contaminações e contágio;

 “Produtores e coprodutores precisam adaptar suas empresas para atender aos decretos tanto estaduais quanto municipais, em relação ao retorno das atividades de produção, assim como precisam usar a criatividade para atender aos novos hábitos de consumo de produtos e serviços”, ressaltou o Sebrae.

O Sebrae defende que para o retorno das atividades, é fundamental o controle rígido de segurança e higiene tanto para a equipe de colaboradores e fornecedores, quanto para os clientes. A instituição também reconhece que a liberação do funcionamento dos estabelecimentos depende, fundamentalmente, das condições específicas de cada localidade e, por isso, recomenda que os donos de pequenos negócios fiquem atentos aos decretos e demais regulamentos vigentes na sua região e caso, exista divergência de informações entre as medidas estaduais e municipais, optem por seguir a orientação mais rígida, de preferência de acordo com as recomendações das autoridades oficiais de saúde, como Organização Mundial de Saúde (OMS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde, entre outras. 

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, “o Brasil é um país de proporções continentais e as condições do sistema de saúde no atendimento aos casos da doença podem ser bastante distintas, mesmo entre municípios de um mesmo estado. Por isso, os Protocolos de Retomada do Sebrae precisam estar alinhados às medidas determinadas por governadores e prefeitos”, disse.

Vale pontuar que o Sebrae elaborou um conjunto de protocolos de retomada para 14 macrossetores, entre eles o setor da Economia Criativa, que inclui a atividade do audiovisual. Além de orientações gerais sobre higiene e saúde estabelecidas no enfrentamento da doença, o documento indica medidas e boas práticas para que todos se sintam confiantes no retorno à rotina de produção.

Além das orientações para o local de trabalho, também foi elaborado recomendações gerais de higiene e saúde, orientações para colaboradores, orientações para atendimento de clientes e visitas e relacionamento com fornecedores. Confira: 

Orientações Gerais de Higiene e Saúde

* Além das recomendações básicas para a lavagem das mãos de forma adequada com uso de água e sabão e uso de álcool 70% para a higienização pessoal, o empresário deve manter constantemente limpos e higienizados todas as ferramentas, máquinas e equipamentos de uso manual, antes e durante a execução dos trabalhos;

* Realize a limpeza e desinfecção de objetos e superfícies que sejam tocados com frequência, utilizando água e sabão ou borrifando álcool 70%;

* Áreas de uso coletivo, como banheiros e refeitórios, devem ser limpos com frequência após o uso;

* Tanto máscaras quanto outros equipamentos de proteção individual (EPI) não devem ser compartilhados;

* As regras de distanciamento de mais de 1,5 m devem ser mantidas mesmo com uso de máscaras;

* No caso de proteção com materiais descartáveis, a recomendação é o descarte em lixeira com pedal e tampa, com o recolhimento por empresas de coleta de produtos contamináveis;

* Informe a seus funcionários, contratados e clientes que qualquer pessoa que tenha tosse leve ou febre baixa (37,3ºC ou mais) precisa permanecer em casa;

* Deixe claro para os funcionários que eles poderão contar esse tempo como licença médica;

Orientações gerais para Colaboradores

* Antes do retorno ao ambiente de trabalho, crie e divulgue protocolos para identificação e encaminhamento de trabalhadores com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus;

* Garanta um espaço reservado para guardar bolsas e itens pessoais dos colaboradores. Solicite que eles tragam o mínimo de objetos pessoais para o ambiente de trabalho e forneça sacolas plásticas para acondicionar os pertences de cada funcionário;

* Oriente que o uniforme ou roupa de trabalho deve ser vestido somente no local de trabalho, sem compartilhamento;

* Para fiscalizar se os novos procedimentos estão sendo efetuados de forma estabelecida, escolha um colaborador para a tarefa e faça um rodízio periodicamente;

* Adote medidas para diminuir a intensidade e a duração do contato pessoal entre trabalhadores e entre esses e o público externo;

* Promova o teletrabalho ou trabalho remoto sempre que possível e utilize recursos de áudio e videoconferência para evitar deslocamentos e reuniões presenciais;

* As atividades de pré-produção e pós-produção podem se encaixar em trabalhos remotos e teletrabalho, como elaboração de roteiro e edição e tratamento de áudio e vídeo;

Orientações para atendimento de clientes e visitas

* Informe aos clientes que o seu estabelecimento é comprometido com as boas práticas e com a segurança, para que eles se sintam seguros;

* Treine a equipe para falar sobre as medidas de segurança, utilize cartazes por onde o cliente circular. Faça também comunicação no site e/ou redes sociais;

* Organize uma área de chegada para clientes e visitas disponibilizando álcool em gel para higienização das mãos e medidas para higienização das solas do sapato como um borrifador com álcool 70% ou tapete com desinfetante;

* Geralmente, recomenda-se que as visitas de pessoal externo ou não envolvido no desenvolvimento do trabalho sejam restritas. A companhia de produção pode suspender todas as visitas externas às suas instalações ou conjuntos de filmagem, exceto em casos excepcionais que exigirão a autorização do gerenciamento da produção, quando apropriado;

* Priorize o agendamento do atendimento pessoal e/ou à distância - principalmente pensando nos públicos que estão mais vulneráveis diante da Covid-19;

* Procure realizar a abertura em horários diferentes, para que o tráfego de clientes e profissionais não coincida com o pico de movimento do transporte público;

* Atenda à exigência de manter a distância mínima de segurança de 1,5 metros entre os clientes e colaboradores;

Orientações para relacionamento com fornecedores

* Todas as recomendações de higiene e saúde devem ser exigidas também de fornecedores e distribuidores, inclusive quanto ao uso de máscaras e medidas de distanciamento;

* Receba fornecedores em um local específico e nos momentos de manuseio de documentos, emissão de recibos ou assinatura de documentos de entrega, utilize luvas ou higienize as mãos na sequência de tais procedimentos;

* Mantenha higienização contínua do meio de transporte que você utiliza para transportar equipamentos de filmagem;

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O projeto Telas em Movimento nasceu em 2019 com o objetivo de democratizar o acesso ao audiovisual e ao cinema nas periferias. A primeira realização do Festival de Cinema das Periferias da Amazônia, ano passado, contou com participação de vários cineclubes que funcionam em escolas públicas dos bairros periféricos de Belém, com ações comunitárias, e também na região das ilhas próximas da capital.

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A pandemia do novo coronavírus, no entanto, mudou o foco dos ativistas. O projeto sentiu necessidade de uma reformulação e passou a ajudar as comunidades, fazendo campanhas e buscando doações. Veja vídeo abaixo.

“Nós nos mobilizamos para poder construir tudo que a gente tá fazendo agora. Não é somente a doação de cestas básicas e kits de higiene, e outras ações como o kit Telas da Esperança, mas também a gente tem a ação de comunicação comunitária”, frisou Matheus Botelho, um dos integrantes do projeto.

Matheus explicou que, antes do lockdown (isolamento social rígido decretado no Pará), o grupo realizava ações com grafite, faixas e distribuições de cartazes nas feiras movimentadas, como as do Guamá e Jurunas.

 "Não temos suporte do governo, nós atuamos de forma independente. Conseguimos fazer uma arrecadação on-line por meio de um edital de financiamento coletivo (em que ocorre a participação de uma empresa ou instituição)", disse.

O edital Em Frente, realizado por Fundo Em Frente, é uma união de várias empresas privadas que multiplica o valor doado, pela plataforma de crowdfounding Benfeitoria. "A gente realizou um mês de campanha, e conseguiu mais de R$ 30 mil. Ultrapassamos nossa meta e esse dinheiro foi multiplicado por esse fundo e com esse dinheiro a gente está conseguindo fazer essa atuação agora, comprando material das cestas, material dos kits de higiene e também ajudar a população com sua própria produção, pessoas que estão costurando máscaras.”

O projeto já distribuiu mais de 50 cestas básicas, kits de higiene e o kit pedagógico de desenhos com giz de cera para estimular as crianças a criarem histórias para salvar a sociedade da pandemia causada pela covid-19. Esse kit, informou Matheus, tem o objetivo de estimular a criatividade, a união em casa com as famílias e também materializa o esforço dos participantes do projeto de desenvolver algo lúdico para as crianças das periferias.

“Nós temos um grupo de saúde e fizemos um questionário e as pessoas se voluntariaram. Esse grupo de saúde é composto por profissionais e estudantes da área da saúde que fizeram várias dicas de saúde para as pessoas realizarem em suas casas, se conscientizarem. Desde lavar as mãos, usar máscaras corretamente, até uma série de outras coisas. Tudo isso está nas nossas redes sociais e que serve de serviço para população", destacou.

Para Matheus, o sentimento de estar realizando esse projeto é de gratidão, orgulho e empatia. “Não é aquilo da gente fazer uma coisa pontual e ir embora. É algo de construção com essas famílias e com essas comunidades para ter esse objetivo de construir um trabalho grande e que realmente tenha um impacto social”, frisou.

Segundo Matheus o cinema não se resume somente às salas de cinema comerciais ou independentes. O audiovisual chega para todos por multitelas, através do computador, do celular ou do próprio cinema. “O objetivo é buscar isso, esse movimento de telas, mas também da gente não ir até ao cinema, mas levar o cinema e o audiovisual até essas populações que historicamente são precárias e têm poucos ou nenhum apoio dos poderes públicos. O audiovisual também realiza transformação social", disse Matheus.

Segundo Matheus, o projeto atua nos bairros periféricos do Jurunas, Guamá, Terra Firme, na comunidade quilombola remanescente de Pitimandeua, no município de Castanhal, e nas ilhas da Paciência, Furo do Piriquitaquara e a Combu.

Quem quiser entrar em contato com o projeto para ajudar de alguma forma pode acessar suas redes sociais, pois lá eles explicam melhor e tiram dúvidas.

Instagram: https://www.instagram.com/telas_emmovimento/

Facebook: https://www.facebook.com/telas.emmovimento/

Com apoio de Cristian Corrêa.

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