Tópicos | Áustria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou, nesta terça-feira, 19, com o presidente da Áustria, Alexander van der Bellen, em Nova York. De acordo com o chefe do Executivo, o austríaco falou sobre o interesse das empresas nacionais em investir no Brasil.

"Falamos sobre a COP30, em 2025, na cidade de Belém, e sobre a importância da transição energética. Ele falou do interesse das empresas austríacas em buscar oportunidades de investimento no Brasil e o convidei a visitar nosso País com uma missão empresarial para estreitarmos nossos laços econômicos", declarou o brasileiro, em publicação no Twitter.

##RECOMENDA##

Hoje, Lula se reuniu, no período da manhã, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e à tarde, com o presidente da Áustria. Ainda para esta terça-feira, estão previstos encontros com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz; com o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Store; e por último, com o presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas.

Já na quarta-feira, 20, a primeira reunião bilateral de Lula é com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, às 13h pelo horário local - 14h pelo horário de Brasília. Em seguida, às 16h, Lula se encontra com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, seguido do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, às 17h. O último compromisso dessa quarta, às 18h, será o encontro com o presidente do Paraguai, Santiago Peña.

A Áustria vai proibir o aplicativo chinês TikTok dos telefones de uso profissional dos funcionários federais. Seguem, assim, os passos de outros países ocidentais que adotaram a mesma medida, alegando razões de segurança.

“O governo decidiu proibir a instalação do TikTok nos aparelhos do serviço dos colaboradores do Estado”, afirmou o Ministério do Interior em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (10).

##RECOMENDA##

A decisão foi tomada com base em recomendações dos serviços de Inteligência.

“A supressão do aplicativo deve permitir excluir, ao máximo, o possível acesso a informações do governo”, de acordo com a mesma fonte.

Não foi anunciado quando a medida entrará em vigor. Dispositivos pessoais não serão afetados.

Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, França, Holanda e a Comissão Europeia já tomaram medidas parecidas.

Esta iniciativa se deve a temores por uma lei chinesa de 2017 que exige que as empresas locais entreguem às autoridades dados pessoais relacionados com a segurança nacional.

Pequim garante que esta lei não constitui nenhuma ameaça para os usuários comuns.

Embora tenha mencionado as proibições como um ato de "xenofobia", o TikTok, filial do grupo chinês ByteDance, admitiu, em dezembro passado, ter coletado dados pessoais para espionar jornalistas.

Já é oficial: os austríacos de mais de 18 anos devem, a partir deste sábado (5), se vacinar contra a covid-19 sob pena de enfrentar uma forte multa, uma medida sem precedentes na União Europeia.

A lei foi adotada em 20 de janeiro pelo Parlamento e promulgada na sexta-feira pelo presidente, resultado de um processo iniciado em novembro com a propagação acelerada da pandemia.

O governo optou por tornar a vacina obrigatória, apesar das fortes críticas, ao contrário de seus sócios europeus.

"Nenhum outro país da Europa nos acompanhou com a vacinação obrigatória", disse Manuel Krautgartner, um ativista contra as regras sanitárias na cidade de Linz (norte).

Na vizinha Alemanha, um projeto parecido defendido pelo novo chanceler social-democrata Olaf Scholz, começou a ser debatido em 26 de janeiro no Bundestag (parlamento), onde ficaram expostas as diferenças políticas sobre o tema.

Até o momento, a taxa de vacinação não avançou muito na Áustria e se mantém a um nível mais baixo que os da França ou Espanha, em cerca de 70% da população.

Enquanto isso, nos centros de vacinação de Viena o fluxo é menor que o esperado.

"Estamos longe de alcançar a capacidade máxima, ficou totalmente estagnado", declarou à AFP Stefanie Kurzweil, da associação humanitária Arbeiter Samariter Bund, que supervisiona um dos centros, dias antes da entrada em vigor da lei.

Melanie, uma jovem de 23 anos que não quis revelar seu sobrenome, disse que tomou a terceira dose sem estar convencida, só para evitar o vencimento de seu certificado de vacinação.

"Eu não queria ficar trancada em casa", disse, devido ao fato de na Áustria os não vacinados serem excluídos de restaurantes, estabelecimentos esportivos e eventos culturais. E agora também serão submetidos a multas, algo que ela considera "doentio".

A lei se aplica principalmente a pesssoas maiores de idade, com exceção de mulheres grávidas, pessoas que contraíram o vírus há menos de 180 dias e outros que podem receber uma isenção por razões médicas.

No entanto, os controles começarão a ser aplicados em meados de março, com a aplicação de multas de entre 600 e 3.600 euros (685 a 4.100 dólares), que serão levantadas se a pessoa se vacinar nas duas semanas seguintes.

Na fila de espera de um centro de vacinação, alguns são a favor da vacinação obrigatória.

"Teríamos acabado há muito tempo [com a pandemia] se todo o mundo estivesse vacinado", disse Angelika Altmann, que trabalha em um escritório de advocacia.

Mais de 60% dos austríacos apoia a medida, segundo uma pesquisa recente, mas grande parte da população permanece fortemente contra.

A antroposofia poderia explicar a baixa taxa de vacinação contra a covid-19 na Alemanha, Suíça e Áustria? Nascida há mais de um século, essa corrente filosófico-esotérica, por trás da rede de escolas Steiner-Waldorf, costuma abraçar teorias antivacinas.

Os dois países de língua alemã e as regiões de língua alemã na Suíça estão enfrentando uma nova onda de infecções por covid-19 com taxas de vacinação mais baixas do que a média dos países da Europa Ocidental.

Para alguns especialistas, uma das explicações para esse fenômeno pode ser a forte presença da corrente antroposófica nesses países.

A antroposofia foi fundada no início do século XX pelo austríaco Rudolf Steiner e teve seu auge na década de 1960, quando mesclou crenças cristãs e hindus, combinando o "carma" com o "cosmos" e a New Age.

Essa corrente acredita que as doenças são um desafio necessário e devem ser superadas naturalmente.

"Tudo no mundo é bom e tem um significado", incluindo as doenças, explicou à AFP Ansgar Martins, professor de filosofia das religiões na Universidade Goethe de Frankfurt, o que explicaria uma certa relutância à vacinação.

"Supõe-se que seja útil passar por elas, principalmente as chamadas 'doenças infantis', como o sarampo", acrescentou Martins.

As escolas Steiner-Waldorf, que têm cerca de 1.000 estabelecimentos no mundo, incluindo 200 na Alemanha, têm "muitas vezes sido o ponto de partida de epidemias de sarampo", enfatiza o professor.

A pandemia de covid-19 não escapou dessa crença: no sudoeste da Alemanha, as escolas da rede tornaram-se locais com grandes surtos do vírus a partir de 2020.

Uma dessas escolas, localizada em Friburgo, tentou recentemente isentar alunos e professores do uso da máscara, contrariando as recomendações das autoridades sanitárias.

Porém, em outubro de 2020, a direção da rede de escolas divergiu da corrente antimáscara.

"Muitos seguidores da antroposofia ainda acreditam na lei do carma, segundo a qual as doenças tornam possível expiar os males de vidas passadas e promover o desenvolvimento espiritual", disse à AFP Michael Blume, especialista religioso e comissário da luta antissemita na região alemã de Baden-Württemberg.

"Infelizmente, é por isso que em algumas escolas Steiner-Waldorf há muitos céticos", acrescenta.

- Cosméticos e alimentos orgânicos -

Blume também aponta para um elemento geográfico para explicar o sucesso dessas ideias esotéricas.

As regiões mais afetadas, dos Alpes ao estado da Saxônia, correspondem exatamente ao local onde se desenvolveu esse movimento de pensamento, que ele descreve como "um ramo do romantismo da natureza, da crítica da autoridade e da ciência".

A Alemanha, com 83 milhões de habitantes, teria cerca de 12.000 "antroposofistas". No entanto, a influência do movimento é muito mais disseminada na sociedade.

A corrente filosófica e esotérica se espalhou graças, em parte, ao grupo de cosméticos Weleda, também criado pelo austríaco Steiner, e a rede de alimentos orgânicos Alnatura.

Alguns médicos aderentes a esse movimento, que não responderam às perguntas da AFP, expressaram publicamente suas dúvidas sobre a realidade da pandemia ou a eficácia das vacinas.

Outros promoveram tratamentos alternativos como compressas de gengibre ou ferro de meteorito para combater a covid-19.

No entanto, a federação de médicos antroposóficos rejeita as acusações que os associam aos antivacinas alemães.

"Elogiamos desde o início a vacinação para lutar contra a pandemia", disse um de seus membros, Stefan Schmidt-Troschke, à rede ZDF esta semana.

Desde meia-noite, a Áustria entrou oficialmente em confinamento, uma medida radical que provocou protestos no fim de semana, assim como em países como Bélgica e Holanda, ou em Guadalupe, departamento francês das Antilhas, onde o retorno das restrições contra a Covid-19 provoca uma revolta violenta.

Lojas, restaurantes, mercados de Natal, salas de espetáculo e salões de beleza fecharam as portas nesta segunda-feira (22) em Viena. Mas as escolas permanecem abertas e as ruas da capital estavam movimentadas durante a manhã.

"A situação é um pouco confusa", afirmou Kathrin Pauser, moradora de Viena, depois de deixar na escola as filhas de 11 e 9 anos, ambas recentemente vacinadas.

Desde a chegada das vacinas contra a Covid-19 e das campanhas de imunização, nenhum país da União Europeia (UE) havia ousado impor um novo confinamento.

Como em confinamentos anteriores, os 8,9 milhões de austríacos teoricamente estão proibidos de sair de casa, exceto para fazer compras, praticar esportes ou receber atendimento médico.

Também podem comparecer ao local de trabalho e levar as crianças para a escola, mas as autoridades pediram à população para permanecer em casa e optar, na medida do possível, pelo teletrabalho.

- "Caos" -

A situação era impensável na Áustria há algumas semanas.

O ex-chanceler conservador Sebastian Kurz havia declarado "encerrada" a pandemia, ao menos para os vacinados.

Seu sucessor desde outubro, Alexander Schallenberg, "manteve por muito tempo ficção de que tudo estava bem", declarou à AFP o cientista político Thomas Hofer.

Com o aumento de casos, que atingiu níveis inéditos desde o início da pandemia, o governo se concentrou em um primeiro momento nas pessoas não vacinadas: apenas 66% dos austríacos receberam as duas doses.

Apenas posteriormente optou por medidas radicais, como este confinamento previsto para durar até 13 de dezembro e a vacinação obrigatória para a população adulta a partir de 1º de fevereiro de 2022, algo que poucos países adotaram até agora.

"Eu esperava que não chegaríamos a este ponto, sobretudo agora que temos a vacina. É dramático", declarou Andreas Schneider, economista belga de 31 anos que trabalha em Viena.

A reação não demorou: na tarde de sábado, cerca de 40.000 pessoas foram às ruas de Viena aos gritos de "ditadura", convocadas pelo partido de extrema direita FPO.

Na cidade de Linz, norte do país, uma mobilização também reuniu milhares de manifestantes no domingo.

Em outras partes da Europa, que voltou a ser o epicentro da epidemia de covid-19, o número de contágios também aumenta, voltam as restrições e crescem as frustrações e revolta.

A Holanda viveu no domingo sua terceira noite de protestos, com fogos de artifício e vandalismo nas cidades de Groningen e Leeuwarden, no norte, assim como em Enschede, no leste, e em Tilburg, no sul.

Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, chamou os atos de "pura violência", cometidos por "idiotas".

O ministro da Saúde da Alemanha pediu aos cidadãos que tomem a vacina de maneira "urgente". "Certamente no final do inverno todos estarão vacinados, curados ou mortos devido à propagação da variante delta, muito, muito perigosa", disse Jens Spahn.

- Mobilização e distúrbios -

Em Bruxelas foram registrados confrontos no domingo, quando dezenas de milhares de pessoas se reuniram para protestar contra as medidas destinadas aos não vacinados

A Bélgica anunciou o uso de máscara e pretende tornar obrigatório o teletrabalho nos setores que permitam a medida.

Também aconteceram mobilizações contra a vacinação na Austrália, enquanto nas Antilhas francesas foram registrados protestos violentos contra a exigência do passaporte sanitário e a vacinação obrigatória dos profissionais da saúde.

O departamento francês de Guadalupe, no Caribe, recebeu no domingo reforços policiais da França, depois das manifestações violentas, saques, incêndios e bloqueios de estradas.

- Austrália e Nova Zelândia -

Na Oceania, a Austrália anunciou que voltará a aceitar a entrada de estudantes e trabalhadores especializados do exterior a partir de dezembro, com a flexibilização de uma das restrições sanitárias mais severas do mundo.

Vinte meses depois do fechamento das fronteiras do país, algumas pessoas com vistos, além de cidadãos do Japão e da Coreia do Sul, poderão entrar no país a partir de 1º de dezembro.

A Nova Zelândia acabará em dezembro com o confinamento de três meses e meio na maior cidade do país, Auckland, ao adotar uma nova estratégia de controle do coronavírus, anunciou a primeira-ministra Jacinda Ardern.

A partir de 2 de dezembro, o país aplicará uma nova resposta à covid-19 para tentar conter a variante, mais do que tentar eliminá-la por completo.

"A dura realidade é que a delta está aqui e não vai embora", declarou a chefe de Governo.

"Nenhum país conseguiu eliminar a variante delta por completo, mas a Nova Zelândia está em melhor posição que a maioria para enfrentá-la", disse.

A resposta neozelandesa ao coronavírus foi baseada em confinamentos estritos, rastreamento rigoroso dos contatos dos infectados e fechamento da fronteira.

Ao tentar controlar a crescente alta nos casos da Covid-19, o governo da Áustria informou nesta sexta-feira (19) que estenderá um lockdown que era apenas para as pessoas não vacinadas para toda a população, a partir da segunda-feira (22). A medida valerá ao menos por dez dias e será mantida no máximo por 20 dias, segundo a imprensa local.

O chanceler austríaco, Alexander Schallenberg, também disse que haverá uma "exigência" de ser vacinado a partir de 1º de fevereiro.

##RECOMENDA##

Muitos países europeus, entre eles a Alemanha, enfrentam alta nos casos da doença, com a taxa de vacinação da Áustria em 65%, uma das menores da Europa.

O governo austríaco já havia imposto restrições aos não vacinados no domingo.

A Eslováquia anunciou nesta quinta-feira (18) um lockdown exclusivo para pessoas que não tenham se vacinado contra a Covid-19.

A medida entra em vigor na próxima segunda (22) e valerá por pelo menos três semanas. Nesse período, apenas indivíduos imunizados ou que tenham se curado da doença nos últimos seis meses poderão ir a restaurantes, shoppings, lojas de itens não essenciais e eventos esportivos.

##RECOMENDA##

Além disso, foi determinada a obrigatoriedade de testar os cidadãos não vacinados no trabalho em todas as regiões mais afetadas pela emergência sanitária.

LeiaJá também: Áustria determina lockdown para não vacinados

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, em uma coletiva de imprensa transmitida ao vivo pela TV local, segundo o jornal The Guardian.

O país de 5,5 milhões de habitantes registrou um número recorde de casos nos últimos dias, ultrapassando os 8 mil novos contágios na última terça-feira (16). Além disso, desde o início da semana, está sofrendo com falta de leitos de terapia intensiva.

Atualmente, a Eslováquia tem uma das taxas de vacinação anti-Covid mais baixas da União Europeia (UE), com 45% da população imunizada, em comparação com a média do bloco de 65%.

De acordo com o premiê, as pessoas vacinadas serão as primeiras a se beneficiar da redução das restrições.

Nas últimas semanas, vários países europeus estão discutindo a volta de algumas medidas protetivas por causa do aumento exponencial de casos de Covid-19. A República Tcheca, por sua vez, determinou o uso do certificado sanitário em todos os locais públicos.

Da Ansa

No principal centro de vacinação de Viena, crianças de cinco anos esperam nesta segunda-feira (15) para receber sua primeira dose do imunizante anticovid, ao mesmo tempo que dois milhões de não vacinados são forçados a se confinar novamente.

Para desacelerar a propagação do vírus e aumentar a taxa de vacinação de sua população (atualmente 65%), a Áustria joga duro, tornando-se o primeiro país da União Europeia a colocar em prática tal medidas.

Entretanto, a cidade de Viena decidiu começar a vacinar crianças entre os 5 e os 11 anos, apesar do regulador europeu ainda não ter dado o seu aval para o uso do imunizador Pfizer/BioNTech em pessoas dessa faixa etária.

A medida, implementada em uma segunda-feira (15)de feriado para os alunos da capital, funcionou. Mais de 10.000 consultas foram agendadas, disse Peter Hacker, deputado municipal de saúde.

“Isso nos tranquiliza”, afirmou Gerald Schwarzl, 41, com seus dois filhos, um deles, Theo, de cinco anos. "Acreditamos que eles estarão protegidos da mesma forma que foram com as outras vacinas."

No momento, 200 menores podem ser vacinados por dia.

Usando máscaras coloridas, as primeiras crianças a serem vacinadas ficaram um pouco intimidadas com a presença da imprensa.

Como Pia, de oito anos, de vestido preto e cabelo loiro, que disse estar "um pouco" assustada, mas que fica muito feliz em conseguir seu "passe Ninja", certificado que as crianças recebem.

- "Discriminação" -

E enquanto os mais jovens recebem a injeção na capital, o chanceler austríaco, Alexander Schallenberg, um conservador, confinou a partir esta segunda-feira todas as pessoas não imunizadas após terem contraído a covid ou ainda não vacinadas.

"Privar parcialmente uma parte da população de liberdade não é algo de que gostamos", explicou Schallenberg à AFP nesta segunda-feira. Mas a medida "já está dando frutos", completou, citando "o aumento maciço nas inscrições nos centros de vacinação".

De acordo com estatísticas oficiais, quase meio milhão de pessoas receberam uma dose da vacina de Covid-19 na semana passada, das quais 128.813 receberam a primeira dose.

A "situação é grave", alertou o chefe do governo no domingo diante do aumento brutal de novos casos, que atinge seus níveis mais elevados desde o início da pandemia: 12 mil novos casos por dia em média neste país de 8,9 milhões de habitantes.

A Europa enfrenta uma nova onda de infecções e vários países começaram a reimpor restrições, como Holanda e Noruega.

Mas apenas a Áustria ordenou o confinamento de não vacinados, após excluí-los de restaurantes, hotéis e cabeleireiros.

No entanto, alguns especialistas estão céticos em relação às medidas, mesmo que o governo tenha anunciado controles e sanções.

Outros, como o especialista Bernd-Christian Funk, questionam se confinar apenas uma parte da população está de acordo com a Constituição.

No domingo, várias centenas de pessoas protestaram em frente à chancelaria.

"É discriminação pura e simples", reclamou Sabine, uma consultora de energia de 49 anos, que não quis revelar seu sobrenome. "Claro, minha vida foi prejudicada, minha liberdade. Não é a maneira certa de proceder."

- Natal seguro -

No centro de Viena, os comerciantes consultados pela AFP no mercado de Natal parecem satisfeitos com as novas medidas, sem temer que a clientela venha a cair, quando se aproximam as festas de fim de ano.

"Fazemos o que deve ser feito e queremos que todos se sintam seguros", explicou Daniel Stocker, responsável pelo mercado, localizado na Praça da Prefeitura e que no ano passado teve que ser fechado devido à pandemia.

"As pessoas vêm, mostram o passaporte médico e o documento de identidade, não tem problema. Os comerciantes estão satisfeitos e os clientes estão satisfeitos", afirmou.

Mas alguns vienenses duvidam que o confinamento dos não vacinados seja suficiente.

É uma "mudança totalmente razoável, mas é um pouco tarde", de acordo com Rudolf, um arquiteto que se recusou a revelar sua identidade. "Temo que isso não termine aqui."

O governo da Áustria anunciou que determinará "lockdown" para todas as pessoas não vacinadas a partir da próxima segunda-feira (8). Com isso, quem se recusar a se imunizar deixará de ter acesso a restaurantes, danceterias, hotéis, atividades esportivas e eventos culturais.

O chanceler austríaco, Alexander Schallenberg, justificou a medida com o aumento acentuado de novos casos de Covid-19 no país, que registrou 9.388 contágios no último período de 24 horas. "Quando entramos no carro colocamos o cinto de segurança, a vacina anti-Covid é o nosso cinto", alegou o político.

##RECOMENDA##

A medida prevê que os não imunizados poderão sair de casa só em casos excepcionais, como para fazer compras essenciais ou ir trabalhar. Não estão incluídas na regra pessoas que não podem se vacinar, como menores de 12 anos, para as quais ainda não há uma vacina aprovada.

Esse grupo não poderá esquiar e não terá mais acesso aos teleféricos. Além disso, as pessoas não vacinadas não poderão acessar hospitais e asilos como visitantes.

O governo também determina o uso obrigatório de máscaras anti-Covid em lojas, museus e bibliotecas. Na Áustria, a campanha de vacinação acontece lentamente há algum tempo, com apenas 63,1% da população imunizada.

Schallenberg citou o papa Francisco chamando a vacinação de "um ato de amor". Já o ministro da Saúde, Wolfgang Mueckstein, pediu aos austríacos para se vacinarem também contra a gripe.

"Estamos enfrentando uma onda e precisamos estar prontos", disse ele, criticando duramente os "políticos que espalham notícias falsas".

Da Ansa

Um austríaco foi surpreendido com uma visita indesejável ao seu banheiro no último fim de semana. Ao abrir o vaso sanitário de madrugada, ele se deparou com uma cobra de quase dois metros de comprimento.

O rapaz não teve a identidade revelada, mas mora na cidade de Breitenfurt, próxima à capital Viena. Ele dormia no sábado (7), quando foi acordado pelo incômodo do barulho insistente da descarga e decidiu verificar.

##RECOMENDA##

LeiaJá também:

--> Vídeo: elefante derruba parede de cozinha atrás de comida

--> Vídeo: jovens caem de balanço a cerca de 2 mil metros

Ao entrar no banheiro, se deparou com a cobra de um metro e oitenta centímetros que saia da privada. Ela seria da espécie não peçonhenta Zamenis longissimus. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta de 1h e retirou o animal para soltá-lo em uma floresta nas proximidades, publicou o The Mirror.

A espécie não foi confirmada, mas o porta-voz da Brigada de Incêndio do distrito de Modling, Lukas Derkits, afirmou que se tratava de uma das maiores nativas da Europa. Ele acredita que a cobra tenha entrado no banheiro através de uma parede divisória.

Amplamente favorita para avançar às quartas de final da Eurocopa, neste sábado, a Itália suou para confirmar a ida à próxima fase ao vencer a Áustria por 2 a 1, em um embate duro neste sábado. Diante de um público de pouco menos de 20 mil torcedores no tradicional estádio de Wembley, na Inglaterra, a equipe de Roberto Mancini penou para vencer os adversários, tendo que enfrentar a prorrogação.

Mas as mudanças do treinador italiano e o ânimo empregado pelos reservas, depois do tempo regulamentar, foram decisivos para o resultado final. Chiesa e Pessina vieram do banco e fizeram os gols da vitória na prorrogação.

##RECOMENDA##

Campeã da Eurocopa em 1968, a Itália ressurgiu como potência nesta edição: foi a melhor seleção da fase de grupos e atingiu o recorde histórico de 1145 minutos sem tomar gols, mesmo tendo o placar descontado durante a prorrogação. O número anterior pertencia à temida seleção da década de 1970.

O primeiro tempo foi de domínio absoluto da Itália, mostrando o favoritismo que a seleção tinha sobre a Áustria, como admitiu o próprio técnico adversário Franco Foda ao dizer que os jogadores de seu país só tinham 10% de chances para surpreender.

E, realmente, o domínio foi proporcional ao que o treinador austríaco previu. A Itália envolveu os rivais em seu campo de ataque e teve grandes oportunidades para liquidar a partida já nos primeiros 45 minutos.

A Áustria, pressionada durante boa parte do tempo, mal reagiu e o goleiro Donnarumma pouco trabalhou.

A Itália veio muito bem com o volante Varella, aos 16 minutos, que chutou de primeira ao receber cruzamento do lateral-esquerdo Spinazzola. No lance, Bachman fez bela defesa com o pé.

Aos 31, o atacante Imobbile foi o protagonista da chance mais clara da partida, carimbando a trave em um bonito chute de fora da área. E momentos antes do apito final fez jogada individual pela esquerda e acertou um chute que fez Bachman se esticar para jogar a bola para escanteio.

Um primeiro tempo de uma Itália com gana e vontade de golear e uma Áustria totalmente acuada, sem escapatórias para um contra-ataque ou qualquer oportunidade mais acentuada.

Na volta do intervalo, os italianos voltaram mais dispersos e deram espaços para os austríacos, finalmente, incomodarem. Aos 20 minutos, depois de equilibrar mais o confronto, abriram o placar com Arnautovic, mas, ao analisar o lance, o VAR identificou irregularidade por causa de um impedimento e o juiz anulou o gol.

Depois do susto, o técnico Roberto Mancini trocou a dupla de volantes Barella e Verrati por Pessina e Locatelli para tentar reativar os ânimos. O comportamento de sua equipe não mudou muito, permanecendo um jogo sem tanto brilho em relação à primeira etapa.

Os italianos pareciam cansados do ritmo, por isso Mancini, vislumbrando a prorrogação, aproveitou para substituir alguns atletas. Segundo tempo também sem gols e tudo igual em Wembley.

Para a prorrogação, a energia dos reservas parecia ser a última combustão necessária para a Itália voltar a comandar a partida. E foi o que aconteceu, levando aos gols que definiram o jogo.

Aos 5 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Spinazzola, um dos jogadores com maior participação nas jogadas de perigo da Itália, achou Chiesa em um belo lançamento. O atacante dominou de cabeça, fintou um adversário e mandou de canhota para as redes de Bachmann.

Aos 14, veio o segundo, com Pessina, em finalização de chute cruzado após um passe improvável de Acerbi, caído ao chão.

A Áustria descontou o placar com Kalajdzic, que fez um bonito gol de peixinho, após cruzamento em escanteio. O gol foi responsável por acabar com a ampliação do recorde de defesa vazada da Itália, depois de mais de 1145 minutos sem ter as redes balançadas.

Apesar disso, a Itália segurou o resultado e confirmou, com suor e mais dificuldade do que o previsto, a vitória e a ida às quartas de final da Eurocopa.

Em um jogo de bom nível técnico em Amsterdã, a Holanda foi mais eficiente que a Áustria e derrotou a seleção adversária por 2 a 0, com um gol em cada tempo. Astro do time anfitrião, Depay marcou de pênalti e Dumfries selou o triunfo que garantiu aos holandeses a vaga antecipadas nas oitavas de final da Eurocopa.

Isso porque a seleção holandesa somou sua segunda vitória no torneio - havia vencido a Ucrânia na estreia - e se isolou na liderança do Grupo C, com seis pontos. É a terceira seleção a avançar às oitavas por enquanto - as outras são Itália e Bélgica.

##RECOMENDA##

A Áustria parou nos três prontos, fruto do triunfo sobre a Macedônia do Norte na rodada de abertura da chave, o primeiro em sua história na competição. Está no terceiro lugar do grupo e ainda viva na briga pela classificação. Na rodada final, fará o duelo direto pela vaga ao mata-mata contra a Ucrânia.

Organizada, bem armada defensivamente e com meio-campistas e atacantes talentosos, a Holanda não fez um grande jogo, mas foi superior em boa parte do duelo disputado na Johan Cruijff Arena, em Amsterdã. Os anfitriões conseguiram um gol cedo, aos dez minutos, o que lhes ajudou em sua estratégia.

De Vrij se aventura no ataque pela direita, cortou para o meio após carrinho de Hinteregger e se jogou na área bizarramente. Na sequência do lance, contudo, Alaba pisou no pé de Dumfries. O árbitro foi ao monitor rever o lance e apontou para a marca da cal. Na cobrança, Depay bateu com força, rasteiro, no canto direito e o goleiro Bachmann não alcançou.

A Áustria passou a ter mais a bola após sofrer o gol, mas encontrava dificuldades para construir as jogadas ofensivas. A Holanda não dava espaços, mas também não conseguia sair em contra-ataque, o que deixou o jogo truncado no primeiro tempo. Com o meio congestionado, os austríacos tentaram o empate em arremates de fora da área, mas a pontaria estava descalibrada.

Os holandeses se defenderam bem e ficaram mais perto do segundo gol do que os austríacos do empate. Não fossem alguns detalhes teriam ampliado o marcador. Depay perdeu chance de ouro ao finalizar por cima do gol de Bachmann no lado esquerdo e Wijnaldum também quase marcou, mas Ulmer apareceu para tirar no meio do caminho.

Na etapa final, a Holanda prosseguiu com sua estratégia de deixar a bola com a Áustria e tentar, quando possível, um contragolpe para sacramentar o resultado. A proposta fez os holandeses levarem alguns sustos, mas a limitação dos austríacos impediu que eles incomodassem o rival a ponto de empatar e até virar o jogo.

Nesse cenário, os donos da casa armaram o tão almejado contra-ataque e anotaram o segundo gol, que definiu o placar aos 21 minutos. Com a defesa rival desarrumada, Malen avançou livre pela esquerda, entrou na área e rolou para Dumfries empurrar para o gol. Bachmann ainda tocou na bola, mas não evitou o gol que sacramentou o triunfo holandês em Amsterdã. A Áustria tentou alguns poucos ataques, mas, exceto o chute forte para fora de Alaba, o craque da equipe, não assustou.

Apesar da vitória, o time do técnico Frank de Boer teve mais sorte do que juízo em alguns momentos e tem lastro para apresentar um futebol melhor do que o que se viu nesta quinta-feira.

Acusado de racismo pela Federação de Futebol da Macedônia do Norte, o atacante austríaco Marko Arnautovic foi suspenso por um jogo na Eurocopa, nesta quarta-feira. A Uefa puniu o jogador por "insulto a outro atleta", sem enquadrar Arnautovic na denúncia de racismo e discriminação.

Se tivesse sido denunciado por insulto com base em discriminação étnica, o jogador da seleção da Áustria poderia ter sido suspenso por até dez jogos, inviabilizando sua participação nesta Eurocopa. Antes da denúncia, Arnautovic já havia pedido desculpas publicamente e negou ser racista.

##RECOMENDA##

A Uefa abriu investigação contra o austríaco na terça-feira após denúncia da federação da Macedônia do Norte, que criticou uma suposta "explosão nacionalista" de Arnautovic ao comemorar o terceiro gol dos austríacos na vitória por 3 a 1, no domingo. O atacante celebrou o gol demonstrando raiva e dirigindo gritos ao lateral Gjanni Alioski, do time adversário.

Em seguida, fez um gesto com as mãos, unindo o dedo indicador ao polegar, o que é conhecido como uma manifestação supremacista e racista. Arnautovic tem origem sérvia e Alioski, albanesa. A Sérvia e a Albânia têm histórico de relações tensas, na década de 90. Lideranças sérvias acusaram albanesas de estimular a separação de Kosovo. A Sérvia não reconhece a independência do território vizinho.

Pelas redes sociais, Arnautovic negou qualquer intenção racista em seu gesto e pediu desculpas pelas ofensas ao rival da Macedônia do Norte. "Proferi algumas palavras mais acaloradas ontem (domingo), motivo pelo qual gostaria de pedir desculpas, especialmente aos meus amigos da Macedônia do Norte e da Albânia. Gostaria de dizer uma coisa e deixar muito claro: eu não sou racista. Tenho amigos em todos os países e defendo a diversidade. Qualquer pessoa que me conhece sabe disso", declarou.

Com a suspensão, o atacante virou desfalque certo no time austríaco para o jogo contra a Holanda, nesta quinta. Técnico da equipe holandesa, Frank de Boer comemorou a baixa. "É uma pena para a Áustria, porque ele é um jogador muito bom. Nesse sentido, para nós, será uma vantagem", declarou.

A Áustria teve problemas para conter a segunda onda do novo coronavírus e agora, para evitar uma terceira, está-se tornando o líder mundial em testes de detecção, com três milhões por semana. Metade deles está sendo aplicada em escolas.

Mais de 500 centros, 900 farmácias e 1.000 empresas oferecem detecção gratuita de coronavírus (PCR e antígenos), enquanto os próprios alunos se submetem ao ritual, duas vezes por semana.

Inicialmente, essa abordagem não teve eco. "Testes em massa sem multidão", diziam as manchetes dos jornais em dezembro, quando os primeiros locais foram montados pleno confinamento.

Acelerou-se em fevereiro, porém, quando as restrições foram flexibilizadas, e as atitudes começaram a mudar por necessidade. Agora é preciso apresentar teste negativo de menos de 48 horas para ir ao cabeleireiro, a certas estações de esqui, ou na entrada de lares para idosos.

- "Duas, três vezes por semana" -

"Nossa estratégia consiste em uma alta frequência de exames e que sejam facilmente acessíveis", explica à AFP a médica-chefe do Ministério da Saúde, Katharina Reich.

"É a única forma de manter a pandemia sob controle", garante, porque as variantes são preocupantes, e a vacinação, lenta.

A Áustria realiza 24 exames diários por cada 1.000 habitantes (como média nos últimos sete dias), contra apenas cinco, na França, e menos de dois, na Alemanha, relata o site de análise Our World in Data.

Além desse dispositivo em larga escala, os moradores poderão ter testes para fazer em casa, a partir de 1º de março. "É nossa segunda arma na luta contra a Covid-19, à espera que a maioria da população seja vacinada", afirma.

A chefe do Centro de Virologia da Universidade de Viena, Monika Redlberger-Fritz, confirma a "importância" dos testes, mas alerta para não baixar a guarda. República Tcheca e Alemanha acompanham essa estratégia de muito perto.

Desde a reabertura das escolas, em 8 de fevereiro, as crianças recebem um kit, que consiste em um cotonete para girar em cada fossa nasal.

Os resultados saem em 15 minutos e, embora não sejam tão confiáveis quanto um teste PCR, permitem limitar os contágios, segundo o ministro da Educação, Heinz Fassmann.

Ele garante que poucos alunos se opõem e, neste caso, não poderão ir às aulas. Os austríacos cumprem esta obrigação, gostem ou não, para recuperar um pouco de liberdade.

Inicialmente, hoteleiros e donos de restaurantes tiveram reservas quanto ao procedimento, mas agora se sentem mais propensos a aderir, na expectativa de poderem reabrir antes da Páscoa.

Resta saber se esta aposta custosa permitirá conter a pandemia nas próximas semanas em um país onde o número de novos casos continua alto, com mais de 1.000 por dia.

O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, anunciou neste sábado (14) um lockdown total válido a partir da próxima terça-feira (17) para conter a segunda onda da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2.

O regime de isolamento ficará em vigor ao menos até 6 de dezembro, com toque de recolher 24 horas por dia e lojas e escolas fechadas.

##RECOMENDA##

O governo austríaco já havia tentado achatar a curva epidemiológica com toque de recolher noturno durante duas semanas, mas o país vem batendo recordes consecutivos de casos diários - foram 9.586 a última sexta-feira (13).

"Não se encontrem com ninguém, cada encontro já é muito", declarou Kurz, de centro-direita. Segundo o chanceler, pessoas que vivem sozinhas poderão indicar um "indivíduo de contato".

"Ninguém quer um novo lockdown, mas é o único meio que funciona, como já vimos na primavera [europeia]. Queremos salvar o Natal. Quanto mais rígido for o lockdown, mais rápido poderemos voltar a uma vida ao menos em parte normal", acrescentou.

Até o momento, a Áustria contabiliza 191.228 casos do Sars-CoV-2 e 1.661 mortes, mas com uma mortalidade (19 óbitos/100 mil habitantes) abaixo da média da União Europeia (49/100 mil hab.).

Da Ansa

Vários disparos foram registrados na noite desta segunda-feira (2), no centro de Viena, informou a polícia, e meios de comunicação locais reportaram um ataque perto de uma sinagoga. Um dos atacantes "teria morrido, o outro fugiu", informou o Ministério do Interior, citado pela agência de notícias austríaca APA.

Segundo a fonte, um policial ficou gravemente ferido. A polícia pediu aos moradores que evitem locais e transportes públicos.

Uma testemunha, entrevistada por uma emissora de televisão, contou ter visto "uma pessoa correr com uma arma automática, que atirava" intensamente. A polícia chegou ao local e reagiu. Outra testemunha fala "de pelo menos 50 tiros".

"Até este momento não é possível dizer se a sinagoga era o alvo", escreveu no Twitter Oskar Deutsch, presidente da Comunidade israelita de Viena (IKG).

O governo da Áustria impôs um toque de recolher em St. Wolfgang, uma popular cidade turística do país, a partir das 23h, e aconselhou as pessoas que evitem sair ao detectar um novo surto de coronavírus.

Segundo relatos da agência de notícias DPA, centenas de pessoas já foram testadas na cidade, que fica a leste de Salzburgo, após a identificação de um surto na região na sexta-feira (24). Entre a população já testada pelo menos 44 pessoas apresentaram resultado positivo para a covid-19, a maioria estagiários que trabalham na indústria do turismo.

##RECOMENDA##

Acreditasse que o grupo foi infectado ao frequentar bares da cidade, dois dos quais foram temporariamente fechados para impedir uma maior propagação da doença.

A Áustria havia relaxado as restrições nas últimas semanas, entretanto recentemente tem observado um aumento no número de infecções.

Na semana passada, o chanceler austríaco Sebastian Kurz anunciou que o país estava reintroduzindo o uso obrigatório de máscaras em supermercados, pequenos comércios, escritórios e bancos.

Em um outro surto, este próximo da fronteira do país, uma grande fazenda no estado alemão da Baviera foi colocada em quarentena depois que 174 trabalhadores rurais deram positivo. Segundo as autoridades locais, o surto de Mamming não se espalhou para fora da Fazenda. Fonte: Associated Press.

Os líderes europeus retomaram nesta segunda-feira (20), em Bruxelas, as negociações de seu plano para superar os estragos do coronavírus após quatro dias de tensão, especialmente com Holanda e Áustria, sobre o alcance econômico da resposta.

As negociações são retomadas "com possíveis esperanças de compromisso, nada foi decidido. Por isso, serei extremamente cauteloso", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, ao chegar ao Conselho Europeu, onde as negociações devem ser retomadas às 16h locais (11h no horário de Brasília).

"Existe um espírito de compromisso. Houve momentos muito tensos e momentos que, sem dúvida, ainda serão difíceis", acrescentou Macron.

Já a chanceler alemã, Angela Merkel, relatou que, nas primeiras horas desta segunda-feira, "encontramos um marco para um possível acordo. É um passo adiante, e dá esperança de que se possa alcançar um acordo hoje - pelo menos de que um acordo é possível".

O chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, deve apresentar uma nova proposta de consenso com base nas discussões mais recentes.

"Foram muitos [dias de negociação] porque, de fato, é um passo muito importante que a UE é chamada a dar para dar uma grande resposta" à crise, justificou o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez.

Para sair da maior recessão de sua história, a União Europeia (UE) debate um plano de 750 bilhões de euros (840 bilhões de dólares), que a Comissão Europeia tomaria emprestado em nome dos 27, um marco no projeto europeu.

Mas os detalhes do plano, que beneficia os países do sul, não convencem os chamados "frugais", adeptos do rigor fiscal - Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca, aos quais a Finlândia aderiu - e que, no passado, opuseram-se à emissão de uma dívida comum.

Os "frugais" exigem uma redução do valor do plano que combina doações e empréstimos. Sobre as doações, de meio bilhão de euros, esses países, que desejavam apenas créditos, resistem a aceitar mais de 350 bilhões, segundo várias fontes.

A proposta de consenso passaria por 390 bilhões de euros em subvenções, 10 bilhões abaixo do que França e Alemanha pedem. O restante seriam empréstimos.

- Além do volume -

"Enquanto o valor do fundo de recuperação não for claramente definido, não poderemos avançar", disse uma fonte europeia, explicando que Michel aumentou a pressão ao máximo sobre os "frugais", que "davam voltas em círculos há três dias".

Em troca da redução das subvenções, os "frugais" e a Alemanha sofreriam uma limitação dos descontos em seus "cheques", ou seja, em suas contribuições anuais para o orçamento comum da UE para o período 2021-2027, também em negociação.

O debate também inclui o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, o primeiro orçamento comum sem o Reino Unido.

Os "frugais" defendem uma redução do montante de 1,074 trilhão de euros proposta pelo chefe do Conselho.

Segundo um diplomata europeu, se o acordo sobre o volume puder ser confirmado, as negociações deverão se concentrar em outros aspectos, como clima, energias limpas e Estado de Direito. Este último ponto enfrenta relutância no leste.

Polônia e Hungria, bem como, em menor grau, Eslovênia, exigem que a concessão de fundos europeus não esteja vinculada ao respeito do Estado de direito. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, alertou que essa negociação levará "tempo".

A cúpula é realizada sob pressão. Devido à pandemia, a economia mundial poderá contrair 4,9% em 2020, uma queda que sobe para 10,2% na zona do euro, e 9,4%, na América Latina e no Caribe, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Fontes diplomáticas concordam em que a cúpula que começou na sexta-feira ainda deve durar "horas", o que pode fazer dela a reunião mais longa registrada, se exceder as 85 horas da cúpula de Nice, no final de 2000.

Após muita polêmica nas últimas semanas, a Áustria anunciou nesta quarta-feira (10) que reabrirá a fronteira com a Itália no próximo dia 16 de junho. A partir de terça-feira, o governo austríaco permitirá viagens envolvendo 31 países europeus, mas manterá os bloqueios para turistas de Espanha, Portugal, Reino Unido e Suécia. "Hoje abrimos uma grande janela para a livre circulação" disse o ministro das Relações Exteriores da Áustria, Alexander Schallenberg.

Viena vinha resistindo à ideia de reabrir a fronteira italiana, alegando que os dois países não vivem ainda uma situação epidemiológica semelhante. Todas as suas fronteiras terrestres, com exceção da Itália, foram desbloqueadas no último dia 4 de junho. Na ocasião, o chanceler italiano, Luigi Di Maio, afirmou que individualismos "violam o espírito comunitário", e a Comissão Europeia disse que os Estados-membros não deviam fazer "discriminações baseadas na nacionalidade".

##RECOMENDA##

    Apesar do anúncio da reabertura, o governo austríaco ainda recomenda cautela para viagens à Lombardia, epicentro da pandemia do novo coronavírus na Itália.
    "Diversas regiões italianas superaram alguns estados austríacos graças ao duro trabalho feito até agora. Até na Lombardia o andamento é positivo, e podemos rever o alerta entre duas e quatro semanas", disse o ministro da Saúde da Áustria, Rudolf Anschober. 

Da Ansa

A Áustria planeja suspender de maneira progressiva a partir de 14 de abril as restrições em vigor para lutar contra o novo coronavírus, começando pela reabertura do pequenos comércios e, de acordo com um calendário, de diversas atividades, um cronograma de vários meses, anunciou o governo.

"O objetivo é que a partir de 14 de abril comece a reabertura dos pequenos estabelecimentos comerciais de até 400 metros quadrados, tudo sob rígidas condições de segurança", afirmou o chanceler Sebastian Kurz em uma entrevista coletiva, na qual pediu que população mantenha a "grande disciplina".

"Nosso objetivo é uma retomada por etapas", completou o chefe de Governo austríaco.

Ele explicou que os estabelecimentos comerciais maiores devem reabrir as portas no dia 1 de maio. Em meados do próximo mês será a vez dos hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos do setor de serviços.

Kurz recordou que as restrições contra a COVID-19 permanecem em vigor na Áustria e pediu aos compatriotas que não celebrem a Páscoa com pessoas fora de casa.

As escolas permanecerão fechadas até meados de maio e os eventos públicos continuarão proibidos até o fim de junho, completou Kurz.

Se a epidemia retornar ou piorar, o governo "sempre tem a possibilidade de ativar o freio de emergência" para reintroduzir as restrições, advertiu o chanceler.

A Áustria, com 8,8 milhões de habitantes, registra 12.058 infecções confirmadas, com 204 mortes.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando