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Um jovem de 21 anos foi atingido por uma bala perdida na cabeça durante o réveillon na praia de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, porém só descobriu o projétil depois de quatro dias. Inicialmente, o estudante Mateus Facio acreditou que tinha sido ferido por uma pedrada.

Após ser atingido pelo tiro, Mateus curtiu os dias de descansos sem dores. Depois do réveillon, passado na cidade vizinha de Búzios, ele ainda dirigiu por mais de 300 quilômetros até a cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde reside. Durante a viagem, que durou em torno de sete horas, o jovem não teve mal-estar. Na sequência, ele ainda fez um bate e volta a trabalho, novamente para o estado do Rio de Janeiro.

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Ao chegar em casa, no dia 4 de janeiro, Mateus começou a ter os primeiros sintomas e resolveu procurar um hospital particular no município mineiro, após sentir um mal-estar e dificuldades em movimentar membros do corpo. Através de exames, foi identificada a bala na cabeça do jovem, que precisou ser operado. A cirurgia para retirada do projétil, de calibre 9 milímetros, durou, aproximadamente, duas horas. Depois disso, ele permaneceu dois dias na entro de Tratamento Intensivo (CTI) e mais um no quarto, até receber alta médica.

O projétil retirado da cabeça do estudante foi encaminhado para a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que ficará responsável por investigar de onde saiu a bala e quem efetuou o disparo. De acordo com a Polícia Militar, não houve registro de nenhuma ocorrência de violência no dia 31 de dezembro, na região onde Mateus foi ferido.

 

Após uma troca de tiros devido a disputa de território do tráfico de drogas no bairro da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, uma criança de 11 anos ficou ferida ao ser atingida de raspão no ombro por um tiro, na noite dessa sexta-feira (10). Dois suspeitos, que participaram da ação violenta, foram presos por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.

De acordo com a Polícia Militar de Pernambuco, viaturas do 6º Batalhão foram enviadas ao local. A criança baleada foi socorrida pelo policiamento para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Lagoa Encantada e depois transferida para o Hospital da Restauração área central do Recife. A vítima não corre risco de morte.

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Guarnições Táticas realizaram incursões no bairro e conseguiram prender dois suspeitos envolvidos no tráfico de drogas na área. Com eles foram encontrados uma espingarda, munições, drogas, cinco balanças de precisão, dois carregadores de pistola, cinco balanças de precisão, balaclavas, facas e uma tesoura. Além disso, os policiais encontraram com os criminosos R$ 341,50 em espécie, um caderno de anotações do tráfico e um celular que era usado para o crime. 

A ocorrência foi encaminhada para a Central de Plantões da Capital para serem tomadas as medidas legais cabíveis. O caso segue em investigação.

Com a morte de Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, neste sábado (16), subiu para 11 o número de crianças mortas a tiros só este ano no Estado do Rio de Janeiro, a maioria por bala perdida, de acordo com a ONG Rio de Paz, que acompanha os casos de crianças mortas por armas de fogo, em operações policiais, nas favelas do Rio desde 2007. Esse número já é quase o triplo do ano passado, quando foram registrados quatro casos, segundo o levantamento.

Heloísa havia sido baleada no Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, na região de Seropédica, Baixada Fluminense, na noite de quinta-feira, 7, durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A criança estava dentro do carro da família quando foi atingida pelo tiro. Um dos disparos atingiu a coluna e a cabeça da criança. Heloísa ficou internada por quase 10 dias, mas não resistiu.

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Segundo parentes da vítima, agentes da PRF abriram fogo contra o veículo da família, atingindo Heloísa na cabeça e na coluna. Além dela, estavam no carro o pai, a mãe, a irmã de 8 anos e uma tia.

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria do Rio de Janeiro, pediu a prisão preventiva dos três agentes da PRF envolvidos na morte. Conforme o MPF, o pedido de prisão foi feito nos autos da investigação criminal aberta para apurar a ação da PRF durante a abordagem. A Justiça Federal ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão formulado pelo MPF.

Em 2023, o Instituto Fogo Cruzado registrou 19 crianças baleadas na Região Metropolitana do Rio - 8 morreram. Desde 2007, a ONG Rio de Paz registra 102 vítimas, de 0 a 14 anos, grande parte delas negras e pobres.

Para o fundador da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, vários fatores contribuem para a morte de meninos e meninas em tiroteio.

"O despreparo do policial, a falta de supervisão, a impunidade. Raramente esses policiais são punidos, a cultura policial brasileira, e o estímulo dado pela própria sociedade, que celebra a guerra e ignora o drama das famílias das vítimas", diz.

Em nota, a PRF informou que se solidariza com a família de Heloísa e que sua Comissão de Direitos Humanos está acompanhando a família para acolhimento e apoio psicológico. A corporação também abriu investigação sobre o caso.

Na semana passada, a PRF informou ter aberto procedimento para investigar o caso. Além disso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nas redes sociais que mandou acelerar a revisão de protocolos da PRF.

O Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil e também da Polícia Militar do Rio para comentar os dados e aguarda retorno.

Uma jovem de 22 anos morreu após ser atingida por uma bala perdida em meio a uma operação policial em Santos, no litoral paulista, na noite de sexta-feira, 8. Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), outras três pessoas ficaram feridas, entre elas um policial.

Conforme as investigações, uma equipe do 2º Batalhão de Ações Especiais (Baep) realizava patrulhamento no bairro Castelo, na cidade litorânea, quando por volta das 18h30 um suspeito em uma bicicleta efetuou disparos contra a viatura que se aproximava da comunidade.

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"Um soldado foi atingido pelos disparos na região do ombro. Três pessoas que estavam nas imediações também ficaram feridas e foram socorridas a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Noroeste, sendo que uma mulher de 22 anos não resistiu aos ferimentos", afirmou a SSP. O soldado baleado foi internado e permaneceu em observação na Santa Casa de Santos.

Em diligências nas imediações do local, os policiais militares localizaram drogas e uma arma de fogo, segundo informações da secretaria.

O caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de entorpecentes e lesão corporal na Central de Polícia Judiciário de Santos. O criminoso conseguiu fugir. "Todas as circunstâncias do caso estão sendo investigadas pela Polícia Civil", acrescentou a SSP.

Questionada, a secretaria não informou se o patrulhamento tem relação com a busca pelos suspeitos que assassinaram um sargento aposentado, na tarde da mesma sexta-feira, na frente de sua casa em São Vicente.

De acordo com a SSP, os autores dos disparos estavam em duas motos na Rua Juarez Távora, quando balearam o sargento Gerson Antunes Lima, de 55 anos. Ele chegou a ser socorrido no Pronto Socorro Vicentino, mas não resistiu aos ferimentos.

Uma menina de três anos foi baleada dentro do carro da família no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense, região do Grande Rio. Heloísa dos Santos Silva estava no automóvel com os pais, a irmã de oito anos, e a tia, quando o veículo foi alvo de disparos na noite dessa quinta-feira (7). Os familiares acreditam que os tiros foram efetuados por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O estado de saúde da criança é grave. 

Heloísa foi atingida na coluna e na cabeça; o segundo atingiu o crânio, de acordo com o pai, William Silva. Ela passou por uma cirurgia de risco no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, e está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade, sem previsão de alta. 

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No momento do crime, a família, que mora em Petrópolis, retornava de Itaguaí, na Região Metropolitana. Eles voltavam de uma comemoração do Sete de Setembro. Ao passar pela via expressa, na altura de Seropédica, o carro alvejado. William afirma não ter recebido ordem de parada ao passar pelo posto da PRF, assim como alega não ter sido abordado e estar dentro da velocidade permitida para a via. 

Segundos depois, percebeu que uma viatura passou a segui-lo e ficou próxima do carro. A PRF ainda não se manifestou sobre o caso, que é acompanhado pela Prefeitura de Duque de Caxias. A gestão municipal, através da Secretaria de Saúde, informou o quadro médico da vítima. 

"A Prefeitura de Duque de Caxias, através da Secretaria Municipal de Saúde, informa que H. dos S. S., 3 anos, deu entrada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) na noite da quinta-feira (07/09), vítima de PAF de Crânio (cerebelo), cervical e escápula. Deu entrada na unidade trazida por viatura da PRF. A direção do HMAPN informa que a criança chegou com rebaixamento de nível de consciência, sangramento ativo no couro cabeludo, sendo sedada e entubada. A paciente foi avaliada pela CIPE, neurocirurgia e pediatria, com realização de exames de imagem e laboratório. Foi encaminhada para o centro cirúrgico e solicitado CTI. Seu estado é grave", diz a nota.

A jovem de 27 anos que foi morta pela bala perdida de um policial militar, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, deixou duas filhas pequenas. O corpo da gerente de loja Júlia Ferraz Signoreto foi sepultado, no início da tarde desta terça-feira (15) no Cemitério da Saúde, no bairro Campos Elíseos. Abalados, os familiares mais próximos não quiseram falar com a reportagem.

Uma prima, que falou sob a condição de não ser identificada, descreveu um clima de total comoção. "Ela estava no auge da vida, tinha recebido uma nova proposta de trabalho e estava feliz. Deixou duas filhas pequenas, que o pai delas e a família vão continuar apoiando, como sempre fizeram." Em sua página no Instagram, Julia se identificava como "mãe de Valentina e Vitória".

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Conforme a parente, Júlia perdeu a mãe quando tinha 12 anos e ela e o irmão foram criados pelos tios. O pai da jovem mora em São Paulo, onde tem uma empresa de artefatos de madeira. A prima lamentou a imprudência do policial que teria reagido a uma suposta tentativa de roubo, contestada pelos envolvidos.

"Ele fez dez disparos em plena avenida, com muita gente circulando. Foi muita imprudência. Vi que já foi solto. Não posso falar em nome da família, mas acho muita injustiça."

O crime aconteceu na madrugada desta segunda-feira (14), quando Julia deixou uma casa noturna acompanhada de um amigo. Imagens de câmeras instaladas no local mostram os dois caminhando pela calçada da Avenida Independência, quando surgem duas motos na pista.

Em uma delas estava o soldado da PM Maicon de Oliveira Santos, de 35 anos, e na outra Gustavo Alexandre Scandiuzzi Filho, de 26 anos, que levava na garupa, Arthur de Lucca dos Santos Freitas Lopes, de 18.

Pelas imagens que já estão em posse da polícia, o soldado e os dois rapazes parecem discutir. Em dado momento, a moto com os rapazes se afasta e o policial em sua moto aponta a arma e faz vários disparos.

Outra câmera mostra quando a jovem, que seguia mais adiante pela calçada com o amigo, recebe o tiro e cai. O policial usou o celular para chamar reforço. A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a morte foi constatada;

Os dois jovens foram baleados nas pernas e abordados pela polícia quando recebiam atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte. A perícia recolheu dez cápsulas deflagradas no local.

Em depoimento, o soldado disse que estava de folga e ia para uma lanchonete quando foi abordado pela dupla. Um deles teria perguntado se a moto tinha seguro, pois ele ia perdê-la.

Segundo o policial, quando o garupa sacou uma arma, ele fez os disparos. Os dois jovens, no entanto, deram outra versão: disseram que estavam discutindo com o ocupante da moto devido a uma manobra dele e teriam dito apenas que "iriam pegá-lo".

A delegada da Polícia Civil que investiga o caso, Vanessa Matos da Costa, disse que as imagens das câmeras indicam que houve excesso na conduta do policial militar. Segundo ela, ainda que houvesse tentativa de roubo, o que não ficou configurado, o policial começou a atirar depois que os jovens já haviam se afastado dele. Além disso, descarregou a arma em local muito movimentado, colocando em risco a vida de outras pessoas - como a da jovem que acabou atingida e morta.

O soldado foi preso em flagrante pela morte de Júlia, entendida como homicídio doloso na modalidade de dolo eventual, já que ele teria assumido o risco de produzir o resultado morte. O policial também deve responder por duas tentativas de homicídio, por ter baleado os dois jovens. Maicon foi levado para o Presídio Militar Romão Gomes, na capital.

Nesta terça-feira, 15, durante audiência de custódia, a Justiça mandou soltar o PM Santos para que responda ao processo em liberdade. O benefício foi concedido mediante a adoção de medidas cautelares, como se apresentar em juízo mensalmente, fazer prova do endereço e recolhimento domiciliar nos dias de folga, podendo sair de casa apenas para o trabalho.

O advogado do soldado, Gustavo Henrique de Lima e Santos, foi procurado pela reportagem e ainda não deu retorno. A defesa de Arthur, o rapaz que estava na garupa da moto, disse que seu cliente tem 18 anos e nunca teve qualquer passagem pela polícia. Segundo ele, tanto Arthur como Gustavo, o piloto da moto, estavam desarmados. A reportagem não conseguiu contato com o defensor de Gustavo.

Após a morte da menina Eloá da Silva dos Santos, de cinco anos, no último fim de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou sobre a necessidade das operações policiais precisarem passar por maior instrução, para evitar que a população volte a ser vítima durante confrontos armados. A fala foi feita nas redes sociais e acontece diante da 15ª morte de uma criança, por arma de fogo, em menos de dois anos. 

O mandatário também condenou o uso da expressão “bala perdida” e disse que o disparo tinha como alvo uma vítima específica.  

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Eloá morreu na manhã do sábado (12), baleada enquanto brincava dentro de casa, na comunidade do Dendê, na Ilha do Governador. À ocasião, havia uma operação da Polícia Militar em andamento. Um adolescente de 17 anos também foi baleado e morto na ação. Desde então, moradores e familiares têm protestado, condenando a postura da polícia na realização de operações na localidade. O enterro das vítimas está previsto para esta segunda-feira (14). 

“Temos um compromisso com nosso povo. Para melhorar a vida das pessoas. Que uma mãe possa botar seu filho na escola, botar comida na mesa e não ver uma criança de 5 anos morrer com uma bala perdida. Que bala perdida é essa? Esse tiro foi dado para atingir alguém. Não somos contra a polícia. Nós queremos uma polícia bem instruída. Mas não dá para ser assim, atirando a esmo”, escreveu o presidente Lula. 

Na semana passada, Lula afirmou que a polícia precisa estar preparada para "saber diferenciar o que é um bandido e o que é um pobre que anda na rua". A declaração fazia menção à morte do menino Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, na última semana. O caso também aconteceu no Rio de Janeiro, na comunidade da Cidade de Deus. 

De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, 601 crianças e adolescentes foram baleados na região metropolitana do Rio nos últimos sete anos. Quatro de dez morreram.  

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Um jovem de 17 anos e de uma menina de 5 morreram baleados neste sábado, 12, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. O adolescente foi atingido durante uma abordagem policial e a menina foi vítima de uma bala perdida dentro de sua própria casa. "Tiraram um pedaço da minha vida que foi minha filha", disse o pai da criança, Gilgres Santos, em entrevista à Rede Globo.

De acordo com a polícia, o garoto teria reagido à abordagem da PM e estava armado. Foi atingido pelo disparo do agente da garupa de uma moto e socorrido pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Municipal Evandro Freire. Lá, o adolescente não resistiu aos ferimentos.

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Alguns moradores da comunidade, porém, afirmam que o adolescente não resistiu à abordagem e fizeram um protesto na Comunidade do Dendê, onde a menina Eloáh Passos, de 5 anos, morava com a família. Houve queima de ônibus e o Batalhão de Rondas e Controle de Multidão (Recom) foi acionado, assim como o Corpo de Bombeiros.

A suspeita da família é de que a garota foi atingida por uma bala perdida dentro da própria casa, na Comunidade do Dendê, enquanto ocorria a manifestação e a chegada das forças de segurança. O tiro teria entrado por uma janela do quarto e atingiu o peito de Eloáh.

O avô da menina, Fernando Santana, disse em entrevista à TV Globo que a polícia chegou na comunidade atirando para cima e que não houve confronto. "Ela estava deitada, tinha acabado de acordar. Ela foi baleada dentro do quarto, ao lado da mãe", afirmou.

A Secretaria de Estado de Polícia Militar afirma que o comando do 17.° Batalhão de PM foi informado sobre o caso, mas diz que não havia operação na comunidade. A pasta diz ainda que o comandante do 17.° BPM foi afastado da administração da unidade "a fim de dar uma maior lisura e transparência à averiguação dos fatos referentes às ações ocorridas na manhã deste sábado".

"É uma criança, ontem (sexta-feira, 12) foi aniversário da irmã dela. Estava feliz, brincando", disse Roseli Passos, prima da vítima, à ONG Voz das Comunidades. "Infelizmente, hoje (sábado, 13) de manhã ela acorda para brincar e, brincando, em cima da cama, leva um tiro de fuzil."

À TV Globo, o pai da criança, Gilgres Santos, disse que "dor nenhuma" o alivia de ter pedido sua filha na véspera do Dia dos Pais, comemorado neste domingo, 14. "Tiraram um pedaço da minha vida que foi minha filha", afirmou, na saída da Delegacia de Homicídios da Capital do Rio, onde ele e a mãe da menina prestaram depoimento à polícia.

"Infelizmente, é seguir a minha vida e manter as (filhas) que eu tenho em casa ainda, já que levaram a minha filha. Eu tenho duas para criar", afirmou Santos.

Em nota, a Polícia Civil afirma que a Delegacia de Homicídios da Capital investiga as mortes da criança e do adolescente. "Os agentes estão em diligências em busca de testemunhas e outras informações para esclarecer as dinâmicas dos fatos", afirmou a pasta.

A última quinta-feira (30) marcou um ano da morte de Heloysa Gabrielle, de 6 anos, vítima de bala perdida em um confronto entre policiais na comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas, distrito de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. Segundo as investigações, a bala que atingiu a garota teria saído da arma de um dos agentes envolvidos no tiroteio.

Segundo o Instituto Fogo Cruzado, 13 crianças foram atingidas por tiros em 2022 no Grande Recife, sendo três delas vítimas fatais. Heloysa brincava na frente da casa da avó quando viaturas da polícia entraram na rua durante uma perseguição.

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As investigações preliminares indicaram que o autor do disparo que matou Heloysa teria sido o motociclista Manoel Aurelio do Nascimento Filho, que estava no momento da troca de tiros com os policiais. Manoel foi morto meses depois durante uma ação da mesma equipe do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

Em agosto do ano passado, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou o policial militar Diego Felipe de França Silva como o possível autor do disparo. A audiência de instrução e julgamento está agendada para o dia 14 de junho.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal condenou nesta terça-feira, 28, o Estado do Rio de Janeiro a indenizar a família do menino Luiz Felipe Rangel Bento Paz, de três anos, que morreu dentro de casa enquanto dormia, ao ser atingido na cabeça por uma bala perdida durante operação da Polícia Militar na Comunidade da Quitanda, em Costa Barros, em junho de 2014. A mãe do menino receberá indenização de R$ 100 mil, enquanto a irmã e a tia receberão R$ 50 mil cada.

A decisão não tem caráter vinculante, ou seja, não serve de orientação para a Justiça em todo o País, mas pode ser usada como precedente. Em julgamento de um outro caso, com repercussão geral, o Plenário do Supremo Tribunal Federal ainda vai discutir o tema da 'responsabilidade estatal por morte de vítima de disparo de arma de fogo durante operações policiais ou militares em comunidade, em razão da perícia que determina a origem do disparo ser inconclusiva'. Ainda não há data para que tal análise ocorra.

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Por quatro votos a um, o colegiado acolheu recurso impetrado pela família de Luiz Felipe contra decisão individual do ministro Kassio Nunes Marques, relator do caso.

Antes do processo ser analisado pela 2ª Turma, o magistrado manteve decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que afastou a responsabilidade do Estado pela morte, por não ter restado comprovado que a bala que alvejou o menino de três anos partiu de um dos PMs envolvidos na operação.

Na sessão desta terça-feira, 28, Kassio Nunes Marques lembrou de decisão do Supremo que estabeleceu que 'não existe presunção absoluta de responsabilização' do Estado. Para o ministro, os fundamentos do acórdão do TJ-RJ se mantêm 'incólumes'.

O decano Gilmar Mendes divergiu, argumentando que o Estado tem de provar a exclusão do nexo causal - ou seja a relação entre a ação do Estado e a morte do menino de três anos. Nesse caso, o decano destacou que tal nexo é 'presumido', em razão de a vítima ter sido atingida durante a operação policial.

"Não é factível a exclusão da responsabilidade estatal por força maior ou caso fortuito pois, além de previsíveis os riscos da operação em local habitado, era possível pelo planejamento da operação evitar intenso tiroteio na comunidade", anotou o decano.

Segundo os autos, o projétil não foi encontrado e assim não houve perícia. Gilmar ainda destacou que os policiais não usavam câmeras corporais. Nessa linha, o decano ponderou que o aparelho Estatal tinha condições de elucidar as causas e circunstâncias da morte de Luiz Felipe e não o fez.

O ministro André Mendonça viu 'conduta omissiva' do Estado em não apurar as causas efetivas da morte da criança. "Como assim o projétil não foi encontrado? O menino estava em casa, dormindo", questionou, durante o julgamento.

Antes de proclamar o resultado do julgamento, Mendonça pediu desculpas à família de Luiz Felipe, 'em nome do Estado Brasileiro'. "Que esse reconhecimento que agora a Justiça faz, de alguma forma possa minimizar a dor e trazer a esperança e a boa memória dessa criança que se foi", afirmou.

Uma menina de 1 ano e 8 meses foi atingida nas duas pernas por uma bala perdida, enquanto dormia ao lado dos pais em sua casa na Ladeira dos Tabajaras, favela localizada em Copacabana, na zona sul do Rio, às 5h desta sexta-feira (10). A casa fica em frente a uma base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Socorrida e submetida a uma cirurgia, Maria Júlia da Silva Gomes corria o risco de ter de amputar a perna esquerda, na qual a bala ficou alojada. No fim da tarde de ontem, estava "em estado estável em leito intermediário", segundo boletim médico, e com riscos reduzidos de perder a perna, segundo a família, devido ao sucesso da cirurgia. O autor do tiro que atingiu a criança não foi localizado. Desde a madrugada a Polícia Militar fazia uma operação na favela, o que ocasionou disparos durante confrontos entre policiais e criminosos.

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O pai de Maria Júlia, o mototaxista Julio Cesar Pereira Gomes, de 30 anos, contou à imprensa que ele, a mulher e a filha dormiam no mesmo quarto, por volta das 5h, quando a bala atravessou a janela do quarto e atingiu primeiro a perna direita da filha, na altura do joelho, e depois a perna esquerda dela, ficando alojada na coxa. "Ela não entendia nada e só chorava, enquanto o sangue jorrava. Minha reação foi enrolar minha filha numa toalha e levar para a UPA", afirmou.

Na Unidade de Pronto Atendimento de Copacabana, os médicos constataram que a bala rompeu uma artéria e atingiu o fêmur esquerdo da perna esquerda de Maria Júlia. A criança recebeu os primeiros socorros na UPA e ainda pela manhã foi transferida para o hospital municipal Miguel Couto, na Gávea (zona sul).

Às 17h45 de sexta-feira, a secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou ao Estadão que "a criança passou por cirurgia e encontra-se em estado estável em leito intermediário". A mãe de Maria Júlia, Amanda Carolina, de 29 anos, afirmou à imprensa que a cirurgia foi bem sucedida. "A médica falou que depois da cirurgia pode haver algumas complicações. Pode ser que inche e esse inchaço pode comprometer a circulação sanguínea, mas as chances (de amputação) são pequenas. Graças a Deus está tudo dentro do esperado e sob controle", disse. Segundo ela, a equipe médica retirou a bala e usou uma parte da veia safena para restabelecer a circulação sanguínea. A perna não foi engessada para não haver risco de comprometer essa circulação.

O casal têm outros três filhos, o mais velho com 8 anos. Eles dormiam no outro quarto da casa e não foram atingidos. Gomes afirmou que imaginava estar mais seguro por morar em frente à UPP da Ladeira dos Tabajaras. "A gente vê essas notícias diariamente na imprensa, mas nunca acha que vai acontecer conosco. E, infelizmente, acontece e minha filha entrou para a estatística", disse.

Operação policial. Segundo a PM, uma operação foi realizada desde a madrugada de sexta-feira pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Ladeira dos Tabajaras e no vizinho morro dos Cabritos. Durante a ação, "o veículo blindado estava em deslocamento pela comunidade e indivíduos armados fizeram disparos de arma de fogo contra as equipes policiais. Uma das bases da UPP também sofreu ataques criminosos". A corporação afirma que os policiais não revidaram.

Segundo a plataforma Fogo Cruzado, Maria Júlia foi a nona criança atingida por bala perdida na Região Metropolitana do Rio neste ano. Três morreram e seis sobreviveram. Em todo o ano passado, oito crianças haviam sido baleadas. No mesmo período do ano passado (de 1 de janeiro a 10 de março), duas crianças foram atingidas por balas perdidas - uma delas morreu.

Uma mulher morreu após ser atingida por uma bala perdida enquanto brincava em um bloco de carnaval, nessa terça-feira (22), no bairro da Mangueira, localizado na Zona Oeste do Recife.

As informações do Instituto Fogo Cruzado apontam que o crime ocorreu na Rua Dr. Arsênio Tavares. A vítima de 30 anos teria sido socorrida a uma unidade de saúde, mas não resistiu ao ferimento.

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A Polícia Civil foi procurada para confirmar a troca de tiros na localidade, mas ainda não deu um retorno. Em 2023, 12 pessoas foram atingidas por bala perdida na Região Metropolitana do Recife (RMR), resultando em duas mortes, conforme o Fogo Cruzado. 

Uma menina de seis anos foi morta por uma bala perdida enquanto brincava no terraço da casa da avó, no fim da tarde dessa quarta-feira (31), em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, no Grande Recife. A Polícia Civil vai investigar uma troca de tiros entre o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e suspeitos de tráfico na comunidade Salinas que ocorria no momento em que ela foi atingida.

A criança identificada como Eloíza foi socorrida por agentes do Bope e moradores da comunidade com um tiro no peito. Ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento de Porto de Galinhas e depois seguiu para a UPA do centro da cidade, onde a morte foi confirmada.

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Moradores denunciaram que o tiro partiu do Bope

Durante o socorro, moradores saíram às ruas em protesto contra a violência policial na região e chamaram o Bope de 'assassino'. O ato foi transmitido ao vivo nas redes sociais e percorreu algumas ruas do município antes de encerrar por volta das 20h30.

O caso será investigado pela 15ª Delegacia de Polícia de Homicídios, da Delegacia de Homicídios Metropolitana Sul (DPH/DHMS), que tem a missão de descobrir a origem do disparo.

O pai da adolescente que morreu ao ser atingida por uma bala perdida durante uma operação policial em uma loja na Califórnia pediu nesta terça-feira (28) que os policiais envolvidos sejam condenados à prisão.

"Tudo o que eu quero é justiça para a minha filha", disse Juan Pablo Orellana, pai de Valentina Orellana-Peralta. "Não irei descansar até que todos esses criminosos estejam na prisão, todos. Um por um, eles vão cair, eu prometi à minha filha", declarou em coletiva de imprensa no departamento de polícia de Los Angeles.

A jovem chilena de 14 anos morreu em 23 de dezembro, numa loja de departamentos em North Hollywood, perto de Los Angeles, onde havia ido com sua mãe comprar roupas para o Natal.

"Estávamos juntas em um provador. Ouvimos gritos, nos sentamos abraçadas e rezando, quando algo atingiu minha filha Valentina e nos jogou no chão", contou Soledad Peralta, mãe da menina.

Chorando e fazendo uma pausa entre as frases, Peralta leu um breve comunicado. "Ela morreu em meus braços. Não pude fazer nada!", exclamou. “Ver uma filha morrer em seus braços é uma das maiores e mais profundas dores que se pode imaginar”, disse.

Os pais, acompanhados por advogados, exigiram uma "investigação transparente" do ocorrido. Nesta segunda-feira, o chefe do departamento policial, Michael Moore, afirmou que o caso será investigado e ordenou a divulgação das imagens do incidente, quando os policiais foram à loja em resposta a um chamado por um ataque.

A gravação mostra o agressor atacando várias pessoas, antes de golpear uma mulher repetidamente com uma corrente de bicicleta. As filmagens das câmeras corporais dos policiais mostram agentes sacando e apontando suas armas ao chegarem ao local. Segundos depois de localizar o suspeito, um deles atira. O suspeito cai no chão e é algemado.

É possível ver que um dos disparos atinge a parede externa do provador onde Valentina estava escondida com a mãe. O pai de Valentina descreveu a ação do policial que atirou como "negligente". "Fomos destruídos como família", declarou.

Um menino de apenas um ano e meio e outras duas pessoas morreram, nessa segunda-feira (25), atingidas por tiros em uma barbearia em Mesquita, na Baixada Fluminense. Além deles, outra criança de três anos foi baleada e encaminhada a um hospital da região. Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil ainda apura as circunstâncias dos crimes.

Mário Neto Ferreira Lourenço estava com o pai na barbearia no bairro de Jacutinga quando foi atingido. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Geral de Nova Iguaçu, mas não resistiu aos ferimentos. O pai dele, Lucas Lourenço, manifestou desolamento nas redes sociais.

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"Hoje foi meu filho. Perdeu a vida cortando cabelo no salão, vítima da violência do Estado do Rio de Janeiro. Até quando vamos perder entes queridos? Um ano e seis meses, meu príncipe. Senhor, misericórdia. Muita dor na minha alma", escreveu Lourenço. Nas últimas horas, ele compartilhou vídeos da criança brincando em casa.

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Além de Mário Neto, foram mortos Ruan Batista de Souza, de 24 anos, e Renan Felipe Batista Nunes, 17. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Civil, agentes já foram ao local coletar imagens de câmeras de segurança para auxiliar nas investigações. As diligências seguem em andamento, mas até o momento as causas do crime e os autores ainda são desconhecidos.

Mário Neto foi a quarta criança morta por bala perdida na Região Metropolitana do Rio apenas em 2021. Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, 104 crianças foram baleadas na Grande Rio nos últimos cinco anos. Desse total, 31 delas morreram.

O menino Kaio Guilherme da Silva Baraúna, de 8 anos, morreu nesse sábado, 24, após ficar uma semana internado em um hospital público do Rio. Kaio havia sido atingido na cabeça por uma bala perdida no fim da tarde de sábado, 17, na Vila Aliança, zona oeste do Rio.

A morte foi confirmada pela mãe, Thais Silva, que ao longo da semana pediu orações via redes sociais. "É com muita dor que comunico que meu filho descansou. Ele lutou muito", declarou a mãe. O menino havia passado por cirurgia e Thais estava esperançosa de que ele iria se recuperar, mas o quadro de saúde regrediu nos últimos dias e ele acabou falecendo.

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Familiares do menino declararam ainda nos dias que se seguiram ao incidente que não havia nenhuma operação policial no local. A Polícia Civil abriu investigação e está apurando o caso.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve nesta terça-feira (12) quatro homens suspeitos de disparar tiros na noite de 31 de dezembro na favela do morro do Turano, no Rio Comprido (zona norte do Rio), para comemorar o réveillon. Naquela madrugada, uma bala perdida atingiu e matou a menina Alice Pamplona da Silva de Souza, de 5 anos, que estava em casa, com os pais, comemorando o réveillon.

A suspeita é de que algum deles tenha disparado o tiro que matou Alice. Durante a operação policial desta terça-feira, um quinto suspeito foi morto durante confronto com a Polícia Militar. Com ele foi apreendida uma pistola, diz a PM.

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Segundo a polícia, os três adultos e o adolescente detidos integram uma facção criminosa que controla o tráfico de drogas na favela do Turano e foram presos em decorrência de um trabalho de inteligência.

Foram apreendidos uma pistola, munições, farta quantidade de drogas e dinheiro. Por enquanto, os presos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência e porte ilegal de arma de fogo. Se ficar comprovado que algum deles disparou o tiro que matou Alice, este pode ser acusado de homicídio.

Uma menina de cinco anos morreu na madrugada de sexta-feira (1º), após ser baleada na virada do ano novo no Morro do Turano, região central do Rio. A Polícia Militar (PM) informou que não houve operação policial nem trocas de tiros envolvendo policiais na região no momento em que a criança foi baleada.

A menina chegou a ser levada ao hospital Casa de Portugal, também no Rio Comprido, mas não resistiu ao ferimento. O Morro do Turano ainda tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), remanescente da política de segurança pública dos governos Sérgio Cabral (MDB), que procurou levar a presença policial para dentro de favelas e regiões dominadas pelo tráfico de drogas.

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Segundo a PM, policiais da UPP do Turano foram acionados já quando a criança estava sendo atendida na Casa de Portugal. "A vítima foi atingida no pescoço, dentro do quintal da própria casa, na localidade conhecida como Raia, no interior do Morro do Turano", diz a nota enviada pela assessoria de imprensa da PM.

A corporação informou ainda que "nos primeiros momentos a família acreditava se tratar de ferimento proveniente por fogos de artifício". A menina, identificada por um amigo da família ao jornal carioca "Extra" como Alice, teria sido atingida durante uma queima de fogos na virada.

Os pais da menina foram ouvidos pela Polícia Civil. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), após o registro inicial. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, "outras testemunhas estão sendo chamadas para prestarem depoimento" e "as investigações continuam para identificar e esclarecer de onde partiu o tiro que atingiu a criança".

Uma mulher morreu depois de ser atingida em casa por uma bala perdida na tarde deste sábado, 12, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Eunice Veiga estava na cozinha de sua casa, no Bairro da Amendoeira, quando foi atingida.

A vítima foi socorrida ao Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, também em São Gonçalo. Eunice chegou a ser atendida pelos médicos da unidade, mas não resistiu aos ferimentos. O tiro atingiu o tórax, perfurando o pulmão, e a vítima teve falência múltipla dos órgãos, segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.

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Agentes do 7º Batalhão da Polícia Militar, de São Gonçalo, chegaram a ser acionados para checar a ocorrência no hospital, porque Eunice deu entrada na unidade ferida por disparo de arma de fogo. Policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí realizaram uma perícia na casa da vítima para determinar a origem do disparo. Segundo a Polícia Civil, as investigações estão em andamento para localizar o autor do tiro.

A baixa de 20% no número de tiroteios registrada em outubro deste ano não se repetiu em novembro. Segundo o levantamento mensal da plataforma Fogo Cruzado, divulgado nesta terça-feira (1), no 11º mês, houve um aumento de 49% no índice, com 134 disparos de arma de fogo no Recife e Região Metropolitana. Ao todo, 144 pessoas foram baleadas, das quais 93 morreram e 51 ficaram feridas. No mesmo período em 2019, houve 90 disparos de arma de fogo que resultaram em 98 baleados, sendo 75 deles mortos e 23 feridos. 

Com a nova alta, a região já soma 1.746 pessoas baleadas, 1.070 mortos e 670 feridos. O aumento é de 26% em comparação aos registros do mesmo período de 2019, quando 1.389 pessoas foram atingidas por disparos de armas de fogo. 

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Ao todo, em 2020 – de janeiro a novembro –, houve 1.574 tiroteios/disparos de arma de fogo no Grande Recife. O dia 16 de novembro foi o que mais registrou tiros e mortos em todo o mês. Foram 13 tiroteios e 11 mortes. Já o dia 13 foi o dia com mais feridos, com 6 vítimas.

Com 54 notificações de disparos, Recife segue liderando o ranking da área metropolitana. A capital é seguida de Jaboatão dos Guararapes, com 21, Cabo de Santo Agostinho, com 15, Olinda, com dez, e Paulista, com oito.

Ao extrair os dados por bairro, é possível ver Ponte dos Carvalhos, em Jaboatão dos Guararapes, e os bairros recifenses da Várzea, Nova Descoberta e Cohab empatados na primeira posição do ranking, com quatro ocorrências cada. Em seguida, vem o bairro de Piedade, também em Jaboatão, com três.

Em contraste, o número de adolescentes mortos caiu 89% em novembro. Esse índice contempla jovens de 12 a 18 anos incompletos. A queda se deve ao único registro deste mês, que está distante dos nove contabilizados no mesmo período do ano passado. Por outro lado, houve aumento no número de idosos a partir de 60 anos baleados. Foram três casos, destes, um morto e dois feridos. Em novembro de 2019 não houve vítimas do tipo.

Os homicídios múltiplos apresentam queda quando comparados a outubro deste ano, que apresentou 83% de aumento desse crime. Cinco casos nesta situação foram contabilizados para o penúltimo mês do ano, deixando 12 pessoas mortas; dentre elas, 10 homens e duas mulheres. O resultado, porém, mostra um aumento de 25% em comparação a novembro de 2019, quando houve quatro casos que resultaram em oito mortos, sendo seis homens e duas mulheres.

O Fogo Cruzado aponta ainda 22 pessoas baleadas dentro de residências em novembro. Destas, 17 foram mortas e cinco ficaram feridas. Houve um aumento de 340% referente a este tipo de crime, em comparação ao mesmo período de 2019, quando houve cinco baleados.

Quanto às ocorrências de balas perdidas, foram registradas quatro vítimas, todas sobreviveram. Entre os atingidos está uma mulher baleada no último dia 26, quando dançava durante ensaio na quadra do Colégio Marcos Freires, no bairro da Cohab, em Recife. Na ocasião, um homem de 18 anos que estava próximo ao local foi alvo de tiros e morreu.

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