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O Feed Dog Brasil 2022 – Festival Internacional de Documentários de Moda ocorre de 13 a 19 de outubro, de forma presencial, no Espaço Itaú de Cinema Augusta – Anexo, totalmente gratuito. São 15 títulos de importantes nomes do mundo fashion como Salvatore Ferragamo, Lorenzo Riva (Balenciaga), a estilista Mary Quant, William Klein e também filmes de impacto sobre o incêndio numa fábrica de roupas em Bangladesh, os estereótipos da mulher negra na moda.  

O inédito ‘Salvatore: Shoemaker of Dreams’, do aclamado diretor Luca Guadagnino (“Me Chame Pelo Seu Nome”), ganhador do Oscar de melhor roteiro, entre diversos prêmios, abre o festival no dia 13 de outubro às 20h para os convidados. O filme será exibido no dia 19 de outubro para o público. Para assistir o trailer, acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=uxebX9kvwJ0.

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O festival traz uma série de debates em instituições de ensino e aberto ao público, sobre sustentabilidade, inclusão e diversidade, além da masterclass com o estilista e ativista Isaac Silva, um encontro com o estilista e figurinista João Pimenta, e a 1ª Mostra Estudantil Fashion Film realizadas por estudantes.  

“No Feed Dog buscamos um olhar amplo, que vai além do estilo, do modelo e da vitrine. A indústria da moda é uma das mais complexas do mundo porque inclui criatividade, glamour e investimentos altíssimos, mas também para questões cruciais para a sociedade atual como a sustentabilidade, a diversidade dos corpos e a inclusão social, por exemplo”, disse a curadora do festival, Flavia Guerra. Para conferir a programação completa, basta acessar o site: http://www.feeddog.com.br/.

A venda do novo tênis destruído lançado pela grife de luxo Balenciaga, por R $10 mil, repercutiu nas redes sociais nas últimas semanas. Rasgado e sujo, este é o estilo “full destroyed” (“completamente destruído”). Disponíveis em versões mule, e de cano alto, o calçado é a nova aposta da marca e gerou memes nas redes sociais, inclusive no Brasil. As criações levam a assinatura do georgiano Demna Gvasalia, diretor criativo da Balenciaga, no posto desde 2015 quando substituiu o americano Alexander Wang à frente da grife francesa,, fundada pelo espanhol Cristóbal Balenciaga, em 1917.  

“Esquisito e solitário”, como se autodenominou em entrevistas, Gvasalia nasceu na Geórgia em 25 de março de 1981, numa família russa ortodoxa sob então o domínio soviético. Em 1993, com apenas 12 anos, foi obrigado a abandonar o país natal devido à guerra civil, rumo à Alemanha. Mais tarde, voltou à Geórgia para estudar economia internacional na Universidade Estadual de Tbilisi, na capital do país, por quatro anos e depois frequentou a Real Academia de Belas Artes da Antuérpia, na Bélgica, onde obteve seu mestrado em design de moda em 2006. Atualmente, vive com seu marido, o músico e compositor francês, Loick Gomez, em um vilarejo na Suíça. A experiência como refugiado moldou sua personalidade e se reflete em suas coleções. 

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Quando foi nomeado pelo conglomerado de luxo Kering, dono da Balenciaga de outras grifes, como Saint Laurent, Gucci, Boucheron e outras marcas, para o posto de chefe de criação, Gvasalia era desconhecido – mais conhecido na indústria como o fundador da Vetements, a marca de streetwear que lançou com seu irmão em 2014. Mas, com seu estilo e ativismo, o georgiano consolidou e transformou a Balenciaga na marca de crescimento mais rápido dentro do grupo.

Em 2019, seu faturamento foi considerado uma das três grifes em alta no ranking das marcas e produtos mais populares da moda. “Acho que esta década provavelmente representou o momento mais caótico da moda”, afirmou Gvasalia sobre as mudanças na indústria da moda em entrevista ao jornal britânico Financial Times em 2019.  

Na mais recente Semana de Moda de Paris, em março deste ano, Gvasalia prestou homenagens aos refugiados. Enquanto as modelos desfilavam, ele recitava um poema em ucraniano, num momento em que confessou ter sido difícil a nível pessoal. A crise na Ucrânia, segundo o georgiano, fez ressurgir um trauma antigo. “Tornei-me um refugiado para sempre”, disse ele em um comunicado divulgado antes do desfile.  

Por Camily Maciel 

A Balenciaga lançou um tênis com aparência suja e rasgada, que pode chegar até R$ 10 mil, o Paris Sneaker. O lançamento da pré-venda nesta segunda-feira (9), agitou a internet. 

Disponível na versão mule por US$ 495 (cerca de R$ 2,6 mil), e de cano médio por US$ 1,8 (cerca de 10 mil), o tênis "full destroyed" é a nova aposta da marca que consolidou o Triple S no mercado dos sneakers. 

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Os sapatos desenhados por Demna Gvsalia estão disponíveis em três cores: vermelho, preto e branco, sendo todos de cano alto. As exceções são os mules, que têm a parte de trás recortada, ainda que a frontal traga a silhueta marcante do tênis com design parecido com o Chuck Taylor, da Converse. 

O que chama atenção na aparência são os detalhes: o tecido é rasgado e a sola traz desenhos rabiscados com o nome "Balenciaga", que contrastam com os tons desbotados. 

No site da grife os tênis são descritos como de "algodão e borracha completamente destruidos", e os "rasgos em todo o tecido". 

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A Semana da Moda de Paris ocorre desde 28 de setembro de 2021. As maiores marcas e grifes do segmento estão presentes neste evento. Uma delas, a grife Balenciaga, decidiu inovar em seu desfile e apresentou sua coleção de primavera-verão com os personagens dos Simpsons,

Realizada no sábado (2), a apresentação da Balenciaga ocorreu em dois atos: no primeiro, um curta-metragem de dez minutos foi exibido, e nele, a família Simpsons desfilava com as roupas da grife em Paris:

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No próximo ato, uma live foi iniciada de um tapete vermelho por onde passaram famosos da moda, esporte e entretenimento, mas sem modelos. Entre as personalidades do vídeo estavam Lewis Hamilton, Elliot Page, Isabelle Huppert e o rapper Offset.

Fãs do universo da moda acabam de receber uma novidade lançada pela Balenciaga. A grife espanhola divulgou recentemente o resultado de um salto alto em formato da sandália Crocs. A peça inusitada foi apresentada durante o desfile da coleção de Primavera 2022 da Balenciaga, intitulada Clones Balenciaga. O preço ainda não foi divulgado, mas o produto vai ser vendido nas cores verde e preta.

Quando foi em 2017, Demna Gvasalia, diretor executivo da Balenciaga, causou o maior burburinho depois que fez uma adaptação da Crocs no estilo plataforma. Na época da divulgação do sapato, as duas marcaram tiveram a ideia de vender a criação por 860 dólares. A versão do sapato tornou-se um sucesso de vendagem, acabando antes de chegar às lojas.

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Os modelos da Crocs sempre chamam a atenção daqueles que não curtem a proposta estética. A marca norte-americana foi lançada há 19 anos, mas em 2009 correu o risco de sofrer falência. Em 2010, a revista Time classificou os sapatos como as 50 piores invenções do mundo, listando na 22ª posição.

A grife Balenciaga escolheu a linguagem futurista dos videogames para apresentar a nova coleção "Afterworld: The Age of Tomorrow". O formato inusitado é uma aposta do estilista Demna Gvasalia.

A nova linha é apresentada ao público dentro de um jogo, que se passa em 2031, em um cenário pós-apocalíptico. O game permite que o jogador faça um tour pela coleção outono-inverno 2021 da grife.

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No ambiente virtual, o jogador é guiado por uma loja, onde pode levar peças da coleção, e para uma rua movimentada. Pelo caminho, o player encontra uma floresta escura e no topo de uma montanha pode completar desafios e resgatar uma surpresa misteriosa.

Todos os avatares do jogo usam peças da nova coleção que, segundo Gvsalia, tem itens essenciais, como botas, capacetes, jaquetas de doudoune, alfaiataria e óculos escuros, para enfrentar uma batalha no ambiente virtual. Para ter acesso ao jogo, basta acessar o site videogame.balenciaga.com.

 

Pós semana de moda é quando paramos e reunimos os melhores desfiles e as tendências que certamente pegarão. Pensando nisso, pós temporada nas principais capitais do hemisfério norte (ainda tem SPFW), o Leia Já separou as trends que certamente você usará.

Conversamos com a estilista e especialista em pesquisa, planejamento e desenvolvimento de coleção, Fernanda Faustino, que nos contou como são definidas essas tendências e como podemos incorporá-las em solo nacional. "Uma vez, li em algum lugar que tendência é uma direção ou uma sequência de eventos que tem determinado impulso e direção. Pensando no Brasil, um país que é definido como 'adotador' retardatário de qualquer tendência, identificamos que algo está na moda pela frequência que vemos isso no dia-a-dia, na protagonista da novela, na blogueira que usou três vezes o mesmo tipo de decote, etc", explica Fernanda.

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Além do fato de celebridades definirem o que será visto nas ruas, a estilista continua: "O olhar mais apurado fica pra quem identifica essa tendência lá fora e traz pra cá. Pensando que uma macro tendência precisa ser adaptada ao nosso país devido ao clima, comportamento do consumidor, entre outros fatores. Quanto mais intimidade você tiver com quem você quer atingir, mais dócil e atento fica o seu olhar a tudo que te rodeia e pode ser transformado em referência de criação’’, aponta.

Considerando as declarações da estilista, vamos às maiores tendências do segundo semestre do ano:

MANGAS BUFANTES

A modelagem estruturada apareceu em diversos desfiles e durante a semana de moda, muitos fashionistas foram clicados usando alguma peça que continha o estilo. A blogueira Thassia Naves é uma das adeptas, rendendo inúmeros modelos no Instagram.

CASACOS E CAPAS

Louis Vuitton, Balenciaga, Dior e Balmain. Essas são apenas algumas grifes que incorporaram looks com esse modelo em seus desfiles. Materiais como couro e látex foram os mais usados e já vimos nomes como Oliva Palermo, ex assistente da estilista Diane Von Furstenberg, ostentando as peças pelas ruas.

TERNOS E LOOKS UTILITÁRIOS

Sem dúvidas, essa é a tendência mais democrática da temporada. O look completo – se for de alfaiataria, melhor – atende a diversos compromissos e ocasiões, sendo o mais prático para o ambiente de trabalho. Tricôs e cardigãs são extremamente elegantes e podem ser a peça-chave do seu modelito.

TONS TERROSOS E SÓBRIOS

Não é o fim da moda CAMP, porém chegou a hora de guardar aquele casaco sintético fúcsia no armário. A pedida da vez e palavra de ordem da moda é sustentabilidade, portanto, é comum que tingimentos mais fáceis de atingir entrem em voga. Escolha cores como o bege, areia, tons de uva, verdes e afins.

 

A Balenciaga, grife espanhola pertencente ao Grupo Gucci, resolveu abordar um tema bastante importante em seu desfile na Semana de Moda de Paris. Chamando atenção para as mudanças climáticas no planeta, a marca encheu a passarela de água e usou cabos USB como acessório de cabelo. 

A inundação promovida na passarela, e na primeira fila do desfile, representaram o aumento do nível do mar, que é uma das consequências do aquecimento global. Além disso, enquanto os modelos desfilavam, eram projetadas imagens de um céu caótico em telas de LED. A água usada na performance foi devolvida para uso na própria cidade.

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Também chamou atenção um acessório usado pelas modelos. Elas ostentavam rabos de cavalo nos cabelos amarrados por cabos USB. Uma tentativa de mostrar a necessidade da sustentabilidade na moda. A coleção outono/inverno da Balenciaga foi apresentada no complexo cinematográfico Cité du Cinema, em Saint Denis, subúrbio de Paris.

O início do dia de domingo, na semana de moda de Paris, foi dado pelo otimismo religioso de Kanye West (que não foi o único a levar religiosidade para as passarelas), porém, da forma mais dramática possível, a Balenciaga mostrou colher bons frutos de uma forma conceitual. A grife é comandada pelo georgiano Demna Gvasalia, que deixou a direção criativa da Vetements há pouco tempo para focar apenas na Maison. 

Em mais de 100 looks que foram apresentados em uma passarela tomada pelas águas, que alcançavam os tornozelos dos modelos, o estilista exibiu seu ponto de vista apocalíptico chamando atenção para os desastres naturais e para as mudanças climáticas, dando vazão à mais nova palavra de ordem na moda: sustentabilidade.

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Num cenário totalmente preto a não ser por um holograma no teto, que projetou um céu calmo que logo se transformou em algo conflituoso combinado com uma trilha sonora industrial, o desfile que apresentou a coleção de inverno 2020 para o hemisfério norte não contou com primeira fila, pois as cadeiras estavam submersas. O show começou com uma primeira leva de looks pretos como capas, mantos, vestidos e ternos, confeccionados com materiais como borracha e látex, incluindo ombros megaestruturados, jaquetas e vestidos que repeliam a água que era lançada quando os modelos cruzavam a passarela, numa estética eclesiástica, dando gancho para Gvasalia falar sobre fanatismo e religiosidade.

Kanye West, que apresentou seu famoso culto, batizado de Sunday Service, em Paris, foi conferir a artística coleção da Balenciaga ao lado de Kim e Kourtney Kardashian e aproveitou para tirar uma foto com a editora-chefe da Vogue America, Anna Wintour, porém não na fila A, como de costume.

Por Junior Coneglian

O estilista americano Alexander Wang deixará a marca Balenciaga, que dirige desde o final de 2012, afirmou nesta quarta-feira a publicação especializada WWD (Women's Wear Daily).

A Balenciaga e a casa matriz Kering decidiram não renovar o contrato do estilista e, por isso, o desfile da Fashion Week de Paris (29 setembro/7 outubro) será o último sob a batuta do americano.

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Balenciaga não confirmou a informação e, por sua parte, Kering se limitou a indicar à AFP que havia negociações sobre a renovação do contrato.

Alexander Wang, de 31 anos, começou a trabalhar com Balenciaga em dezembro de 2012, substituindo Nicolas Ghesquière, que ficou à frente da direção artística da maison por 15 anos.

A Louis Vuitton anunciou nesta segunda-feira (4) a contratação do estilista francês Nicolas Ghesquiere, depois da saída, há um mês, de seu diretor artístico, o americano Marc Jacobs.

A marca de luxo, locomotiva do grupo LVMH, não informou de imediato se Nicolas Ghesquiere, de 42 anos, retomará todas as funções de seu predecessor, limitando-se a dizer que ele ficará encarregado das coleções de moda feminina.

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De 1997 até o ano passado, Ghesquiere esteve à frente da lendária casa Balenciaga.

O americano Alexander Wang, de 29 anos, passou nesta quinta-feira por sua prova de fogo na estreia para a histórica maison Balenciaga, com uma coleção em branco e preto inspirada no conceito arquitetônico do genial estilista espanhol, que morreu em 1972. Vestidos de corte reto, que mostravam a cintura ou decotados nas costas, calças justas usadas com blusas brancas, elegantes casacos em tweed: as linhas apuradas de Alexander Wang tinham um sopro comtemporâneo, jovem.

O jovem estilista, que ficou conhecido graças a uma linha jovem e esportiva, propôs uma elegância que parece fácil, natural, mas é resultado de um trabalho impecável, intricado. O estilista, nascido na Califórnia filho de pais taiwaneses e radicado em Nova York, onde lançou sua própria marca, confessou após o desfile que mergulhou nos arquivos da Balenciaga após ser nomeado no final de 2012 para substituir o francês Nicholas Ghesquière, a frente da maison há 15 anos.

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Wang retomou os códigos com os quais Cristóbal Balenciaga entrou para a história da moda, como os cortes geométricos, a cintura maravilhosamente acentuada, o volume nas costas, os ombros arredondados, as calças de cintura alta decoradas por pequenos laços. A nomeação de Alexander Wang como diretor criativo da maison Balenciaga -controlada pelo grupo de luxo francês PPR desde 2001- foi vista com um sinal de que a marca pretende ampliar e rejuvenecer sua clientela, tornando-se mais global graças a uma linha mais moderna e comercial.

Wang parece ter respondido a essa expectativa de que poria seu espírito de inovação a serviço da marca, fundada pelo estilista espanhol, que elevou a moda à categoria de arte e cuja influência continua refletindo em jovens estilistas. "É extraordinário, tem um conhecimento íntimo da marca, em muito pouco tempo", disse à AFP o presidente do grupo PPR, François Henri Pinault, na primeira fila do desfile.

Lembrando que o fundador da maison foi um espanhol, que se estabeleceu em Paris, a capital da moda, Wang afirmou no final de desfile que desenhou essa coleção guiado por "um espírito global". A coleção é "só um prólogo", acrescentou o novo diretor criativo da marca, que completa 100 anos em 2018.

Para Serge Carreira, especialista em moda e luxo,"esta primeira coleção de Wang abriu uma nova etapa para a Balenciaga". Wang "interpreta a herança de elegância e sofisticação de Balenciaga de uma nova maneira", acrescentou Carreira, professor na Escola de Ciências Políticas de Paris.

Somente cerca de 50 pessoas foram convidadas para o esperado primeiro desfile do precoce estilista americano, que além de seu talento para a moda tem um grande faro comercial:lançou sua primeira coleção feminina em 2007 e, cinco anos depois, sua marca é comercializada em 200 lojas de todo o mundo. Atualmente é possível assistir os desfiles das quatro capitais de moda -Nova York, Londres, Milão e Paris- na internet, em tempo real (www.nowfashion.com), o que permite a muitos editores e compradores assistir ao desfile na rede se não conseguem um dos cobiçados convites.

Mais tarde, o indiano Manish Arora deu um toque de cor e brilho às passarelas, dominadas até agora por cores escuras. A paleta de cores de Arora, que estreou nas passarelas londrinas, se inspirou no céu azul do deserto de Nevada, onde passou alguns dias recentemente e, como sempre, nas cores e pedras preciosas de sua Índia natal. "Não quero esquecer que sou indiano", disse após o desfile o estilista, que esteve apenas duas temporadas a frente das coleções da maison Paco Rabanne, propriedade do grupo espanhol Puig, que se separou de Arora em maio passado, talvez pela excessiva teatralidade de suas propostas.

O famoso Festival do "Homem em Chamas" (Burning Man), no deserto de Nevada, que reúne sempre em setembro milhares de pessoas que dão livre expressão a seus impulsos e sonhos, em torno da queima de uma imensa escultura de madeira de um homem, explicam as cores psicodélicas da coleção, disse Arora, que criou sua própria marca. "Um desfile de Arora me deixa sempre de bom humor depois de ver tantos tons sombrios", disse uma editora de moda após o desfile.

Dior, Yves Saint Laurent e Balenciaga: três grandes maisons de moda parisienses vão começar 2013 com um novo estilista no comando. Que melhor maneira de aguçar o apetite dos fashionistas e manter as vendas?

"Chega um ponto em que a marca precisa se renovar", diz Serge Carreira, especialista da indústria do luxo e professor universitário de Ciências Políticas.

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A mudança pode acontecer involuntariamente, como no caso de John Galliano, demitido da Dior após ser acusado de racismo em fevereiro de 2011 e substituído na primavera pelo belga minimalista Raf Simons.

Ou pode acontecer deliberadamente, como em Yves Saint Laurent e Balenciaga, onde Hedi Slimane e Alexander Wang foram nomeados para substituir os estilistas Stefano Pilato e Nicolas Ghesquiere respectivamente.

"Trazer um novo estilista se transformou na nova maneira das marcas aguçarem o apetite dos consumidores", diz o consultor de luxo Jean-Jacques Picart.

Para a indústria da moda, todas essas mudanças em apenas um ano mostram o fim de um ciclo e o começo de um novo, como no início dos anos 2000 com a chegada de Hedi Slimane à Dior Homme, e Tom Ford à Saint Laurent, diz Picart.

Nicholas Ghesquiere passou 15 anos na Balenciaga, assim como fez John Galliano na Dior, enquanto Pilati ficou na YSL por 12 anos no total, começando com Ford, diz Pamela Golbin, curadora do Museu de Artes Decorativas de Paris.

Foi tempo suficiente para a indústria mudar, assim como o cargo de estilista.

"O número de coleções aumentou de quatro para oito, 12 ou mais se você incluir coleções-cápsula", acrescentou.

As marcas cada vez mais procuram por estilistas que atuem como seus relações públicas, abrindo lojas e frequentando bailes de gala.

Golbin demonstra as mudanças na indústria da moda com uma frase da estilista francesa Madeleine Vionnet:

"'Artistas estão aí para nos fazer sonhar, couturiers (estilistas) têm que vender roupas ou deixar do negócio.'"

"Hoje não é mais suficiente saber fazer um vestido", diz Carreira. "Ter uma forte identidade e um produto distinto são as chaves para o sucesso."

Em uma época em que as marcas de luxo estão lutando para manter o crescimento, elas precisam encontrar um equilíbrio entre criatividade e negócios.

"E a história nos mostra que vale a pena ser ousado", diz Carreira. "Se você pedir a talentos criativos para produzir produtos padronizados, não há como isso dar certo."

Os consumidores também mudaram nos últimos 15 anos.

A indústria está abordando clientes longes do padrão dos anos 1990. Hoje os clientes vão e voltam em busca de grandes e pequenas marcas e ofertas mais caras e baratas.

A primavera na Europa vai trazer o tão esperado primeiro desfile "real" de Hedi Slimane para Yves Saint Laurent, depois da coleção primavera-verão apresentada em outubro pelo cultuado estilista em homenagem ao fundador da maison.

Raf Simons, novo estilista da Dior, já deixou sua marca em Paris com duas coleções, uma de Alta-Costura e outra de prêt-à-porter, em que reviu a silhueta de cintura fina da marca com uma linha clean e um toque contemporâneo.

Alexander Wang, o queridinho da cena nova-iorquina, vai dar seus primeiros passos na Balenciaga com um desfile outono-inverno de prêt-à-porter na próxima primavera europeia.

Aos 28 anos, Wang já é um homem de negócios experiente, à frente de sua marca própria que está se expandindo para Ásia, onde este estilista de origem taiwanesa-americana tem raízes familiares.

Sua chegada à Balenciaga pode ou não anunciar uma estratégia de mercado mais agressiva, mas seja qual for a direção tomada pela marca, para Picart, a nomeação de Wang "sela a chegada de uma nova geração" de estilistas nos altos cargos da moda, na capital mundial do estilo.

O estilista francês Nicolas Ghesquière, um dos mais talentosos de sua geração, surpreendeu o mundo da moda ao anunciar que deixará a maison Balenciaga, que dirigiu por 15 anos e ajudou a recuperar.

"A maison Balenciaga e Nicolas Ghesquière anunciam sua decisão conjunta de pôr fim à sua colaboração a partir de 30 de novembro", diz o comunicado da marca fundada pelo genial Cristóbal Balenciaga, nascido em 1895 em Getaria, País Basco.

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Ghesquière, "um dos criadores mais talentosos de sua geração, deixa a maison Balenciaga, que recolocou no centro da cena, após 15 anos de colaboração", precisou o comunicado da marca, que pertence ao grupo de luxo PPR. A "decisão é mútua", segundo o texto.

Não se sabe ainda o motivo da saída de Ghesquière, de 41 anos, ou quem vai substituí-lo, mas o sempre volúvel mundo da moda, que considera Ghesquière um de seus profetas, já está inundado por rumores e apostas nas redes sociais, como no Twitter e Facebook.

Mas os personagens principais mantém silêncio.

"Não há informação sobre este assunto no momento", declarou a maison Balenciaga, propriedade do Grupo Gucci, comprado pelo grupo luxo Pinault-Printemps-Redoute (PPR).

Ghesquière, que foi designado diretor da Balenciaga em 1997, com apenas 25 anos, mudou totalmente a marca, que ressuscitou com seus desenhos frescos e inovadores, inspirados no mundo da ficção científica, no esporte, na tecnologia e no classicismo.

Suas coleções reuniam simplicidade e sofisticação, acompanhados por amplas pantalonas e saias de corte assimétrico com suéteres.

Vanguardista, futurista, Ghesquière expressou sempre grande respeito pelo legado da marca. Seus desenhos, onde jogava com volumes e linhas apuradas, frequentemente assimétricas, seduziram as editoras de moda e atrizes, como a francesa Charlotte Gainsbourg e a americana Kristen Stewart, garota propaganda do novo perfume Florabotanica de Balenciaga.

Para François-Henri Pinault, presidente da PPR, "Nicolas usou seu talento raro de criador na maison Balenciaga com uma contribuição artística essencial de impacto único da marca".

Em meio ao silêncio oficial, boa parte dos rumores nas redes sociais dizem que o talentoso estilista deixa a Balenciaga para lançar sua própria marca, e não para se mudar para uma marca rival.

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