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Durante uma blitz de rotina, uma mulher identificada como Nicole Johnson, 33 anos, foi presa em Baltimore, Estados Unidos, depois que os restos mortais de seus sobrinhos foram encontrados no porta-malas de seu carro. As investigações apontam que a mulher andava com os corpos das crianças em seu veículo desde maio do ano passado.

Os corpos das vítimas só foram encontrados porque a mulher andava com as placas do carro falsas e, na hora de rebocar o carro, os policiais sentiram o odor dos corpos em decomposição. Segundo o site americano CBS, os agentes encontraram até larvas no local. 

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As crianças foram identificadas como Joshlyn Johnson, de sete anos, e Larry O'Neal, cinco anos. Aos policiais, a suspeita disse que cuidava das crianças porque a mãe delas não conseguia, o que foi desmentido pela pela mulher, que disse que tentava resgatar os filhos, mas não encontrava Nicole.

A suspeita disse ainda que em maio de 2020, quando estava hospedada em uma pousada com as vítimas, bateu na garota de sete anos, que caiu e bateu com a cabeça. Com ela morta, Nicole alega que resolveu colocar o corpo no porta-malas do carro. 

Sobre a morte do garoto de cinco anos, a suspeita diz que seis meses depois da morte da irmã, ele teve um ferimento e nunca mais acordou. Diante disso, ela colocou o corpo do menino dentro de uma sacola plástica ao lado de sua irmã.

Uma autópsia da polícia dos Estados Unidos ainda não conseguiu desvendar as causas das mortes. Johnson permanece presa e sem direito a fiança.

Manifestantes demoliram no último sábado (4) uma estátua de Cristóvão Colombo, considerado o descobridor do continente americano, na cidade de Baltimore, na costa leste dos Estados Unidos, em um novo episódio da onda de ataques a monumentos ou estátuas de figuras históricas ligadas à escravidão e ao colonialismo.

A estátua de Colombo localizada no bairro de Litte, em Baltimore, foi derrubada com a ajuda de cordas, de acordo com imagens divulgadas no site do jornal Baltimore Sun. A imagem é o mais recente monumento nos EUA a cair este ano durante o acerto de contas nacional sobre racismo e violência policial que também derrubou estátuas de figuras e escravos confederados em todo o país.

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Desde 25 de maio, quando começaram os protestos pela morte do afro-americano George Floyd, asfixiado por um policial branco em Minneapolis, os manifestantes demoliram inúmeras estátuas de personagens ligados à história colonial ou à discriminação.

Estátuas entraram na mira após protestos antirracistas

Em manifestações antirracistas que acontecem em diferentes países desde o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, esses marcos não têm passado ilesos pelas multidões que caminham nas ruas onde estão instalados, como a escultura do traficante de escravos Edward Colston, derrubada, arrastada e jogada em um rio por manifestantes de Bristol, na Inglaterra.

Outro exemplo foi a estátua de Cristóvão Colombo decapitada em um protesto em Boston, nos EUA; em Londres, onde o nome entalhado em um pedestal de Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido nas décadas de 1940 e 1950, ganhou o complemento 'era racista'.

No dia 22 de junho, um grupo de manifestantes tentou derrubar a estátua de Andrew Jackson, sétimo presidente dos Estados Unidos, perto da Casa Branca.

Mais recentemente, o Museu de História Natural, em Nova York, anunciou que vai retirar a homenagem ao ex-presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, que fica na frente da entrada principal do prédio. A figura do ex-presidente está acompanhada de um homem negro e um homem indígena, o que sinaliza a discriminações estruturais no país.

Eventos semelhantes também ocorreram em outros países, particularmente no Reino Unido

No dia 7 de junho, os manifestantes derrubaram uma estátua de bronze de Edward Colston, um negociante de escravos do século 17, em Bristol, Inglaterra. A imagem de bronze foi jogada no porto de Bristol durante protestos contra o passado colonial e em solidariedade ao movimento dos EUA.

Em 9 de junho, uma estátua de Robert Milligan, outro comerciante de escravos, do século 18, foi removida de seu pedestal, diante do Museu de London Docklands, depois que as autoridades decidiram que não era mais aceitável para a comunidade. Ela estava no centro das atenções depois que os manifestantes derrubaram a de Colston.

Estátua do rei Leopoldo II foi vandalizada na Bélgica

Na Bélgica, a cidade de Antuérpia (norte) retirou uma estátua vandalizada do rei Leopoldo II, polêmico personagem do passado colonial do país. "A estátua foi severamente vandalizada na semana passada e será restaurada pelo Museu de Escultura ao Ar Livre de Middelheim", anunciou o porta-voz do burgomestre da Antuérpia, Johan Vermant.

Um grupo chamado "Vamos reparar a história" exige a retirada do espaço público, em Bruxelas, de todas as estátuas de Leopoldo II. Os signatários dessa petição acusam o ex-monarca de ter "exterminado" milhões de congoleses.

EUA criam 'força especial' para proteger monumentos de protestos antirracismo

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou na última quarta-feira, 1º, a criação de uma nova força especial para proteger monumentos históricos no país. A medida foi tomada depois da depredação e vandalização de estátuas ligadas ao passado escravagista.

Em um comunicado, o secretário interino de Segurança Interna, Chad Wolf, disse estar destacando "equipes de mobilização rápida" em todo país para proteger monumentos e estátuas durante o 4 de Julho, feriado nacional pelo Dia da Independência.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a ser acusado de racismo neste sábado (27) depois de atacar um proeminente legislador afro-americano e chamar a cidade de Baltimore, de maioria negra, de um "desastre repugnante".

Trump fez essas declarações em uma série de tuites dirigidos ao representante democrata Elijah Cummings, um forte crítico do governo republicano, cujo distrito cobre grande parte de Baltimore. "O Distrito de Cumming (sic) é um desastre repugnante, infestado de ratos e roedores", escreveu o presidente, chamando-o de "o pior e mais perigoso" do país.

"Nenhum ser humano gostaria de viver lá", disse ele, em um ataque aparentemente provocado pelas críticas de Cummings às duras condições enfrentadas por requerentes de asilo na fronteira mexicana. "Cummings tem sido um valentão brutal, gritando com os grandes homens e mulheres da Patrulha da Fronteira sobre as condições na fronteira sul, quando na verdade o distrito de Baltimore é MUITO PIOR e mais perigoso", acusou Trump.

As declarações do presidente provocaram uma tempestade de críticas, menos de duas semanas após a Câmara de Representantes condená-lo por comentários "racistas" dirigidos a um parlamentar nascido na Somália.

Nancy Pelosi, presidente democrata da Câmara de Representantes cujo pai foi prefeito de Baltimore, acusou Trump de ter cometido um ataque "racista". "@RepCummings é um campeão no Congresso e no país pelos direitos civis e justiça econômica, um líder amado em Baltimore e um colega muito apreciado", tuitou Pelosi. "Rejeitamos os ataques racistas contra ele e apoiamos sua forte liderança", acrescentou.

O prefeito democrata de Baltimore, Bernard "Jack" Young, que é negro, rejeitou a retórica "dolorosa e perigosa" de Trump. "É completamente inaceitável que o líder político de nosso país denigra uma cidade americana vibrante como Baltimore e que ataque brutalmente" Cummings, escreveu em um comunicado.

A pré-candidata democrata Kamala Harris, também afro-americana, tuitou que estava "orgulhosa" de ter sua sede de campanha no distrito de Cummings. O próprio Cummings escreveu na mesma rede social: "Senhor presidente, vou ao meu distrito todos os dias. Toda manhã, eu me levanto e luto pelos meus vizinhos. É meu dever constitucional supervisionar o Poder Executivo. Mas é meu dever moral lutar pelos meus eleitores".

Como presidente do Comitê de Supervisão da Câmara de Representantes, Cummings iniciou investigações sobre políticas governamentais, incluindo relatos de maus-tratos em centros de detenção de imigrantes.

Trump recentemente atacou quatro jovens legisladoras democratas descendentes de imigrantes, a quem sugeriu "retornar" aos países "infestados pelo crime" de onde vieram. A cidade portuária de Baltimore possui bairros bonitos e ricos e grandes distritos afetados pela pobreza. Tem uma das maiores taxas de homicídio do país. Mais da metade da população do distrito de Cummings é negra.

Um voo realizado por um drone na cidade de Baltimore, no estado norte-americano de Maryland, foi responsável por transportar um rim para uma mulher de 44 anos que precisava de um transplante.

O caso ocorreu no dia 19 de abril, porém só foi divulgado na última sexta feira (26) pelo Centro Médico da Universidade de Maryland (UMMC), que recebeu o órgão.  O drone saiu do Hospital Saint Agnes e percorreu 4,2 quilômetros em 10 minutos, segundo o Baltimore Sun.

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O projeto para transportar órgãos por drones começou há três anos. A aeronave usada pelo hospital foi construída para permitir que o rim fosse monitorado e que informações como a temperatura da caixa fossem enviadas à equipe enquanto o órgão fosse transportado.

Por Junior Oliveira

A Polícia de Baltimore recolheu 1.860 armas, incluindo um lança-foguetes, como parte de um programa de recompra, destinado a reduzir a violência nesta cidade do leste dos Estados Unidos, informaram as autoridades.

A operação, que durou três dias, foi anunciada como uma tentativa de livrar as ruas de armas ilegais em uma cidade onde o número de homicídios superou os 300 pelo quarto ano consecutivo. O prefeito da cidade tuitou que entre elas havia um lança-foguete.

As autoridades ofereceram US$ 25 por carregadores grandes, US$ 100 por pistolas, US$ 200 por fuzis semiautomáticos e US$ 500 por fuzis automáticos, enquanto prometeram guardar a identidade de quem ceder suas armas.

Segundo a câmara dos vereadores, Baltimore, uma cidade de 600.000 habitantes, atribuiu 250.000 dólares ao conjunto da operação.

O jornal Baltimore Sun avaliou em um editorial que o programa "provavelmente será uma grande perda de tempo e recursos", considerando que este tipo de esquema de recompra "fazem pouco para reduzir o número de ataques a tiros ou para tirar as armas das mãos dos criminosos".

No entanto, o chefe da Polícia, Gary Guttle, disse ao Sun que se as armas "não existirem, não estão em casa, não podem ser usados, não podem ser roubadas" e "não contribuirão com a violência".

O direito ao porte de armas está garantido pela segunda emenda à Constituição dos Estados Unidos, e pelo menos um terço dos lares do país tem uma.

Segundo as autoridades sanitárias, em 2017, quase 40.000 pessoas morreram no país por disparos de armas de fogo, uma cifra que inclui os suicídios.

Pelo menos oito pessoas, incluindo uma menina de três anos, ficaram feridas, sem gravidade, em um tiroteio nas ruas da cidade de Baltimore, nos Estados Unidos. Três suspeitos fugiram.

Os tiros começaram por volta das 20h30, no horário local. Ainda não há informações sobre o motivo para o crime, mas a polícia local disse que o ato foi premeditado e planejado. Fonte: Associated Press.

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Um homem fantasiado de urso panda foi baleado por um policial após ameaçar explodir uma bomba em uma estação local da rede de televisão Fox, na cidade de Baltimore, no estado americano de Maryland.

O website Fox45 mostrou imagens do suspeito, que afirmava ter uma bomba, sentado dentro das instalações da emissora, que foi evacuada. Em Baltimore, a Fox opera na estação de TV da emissora afiliada local, WBFF. As autoridades não divulgaram informações sobre a identidade e o estado de saúde do suspeito.

O homem entrou no edifício por volta das 14h local (15h em Brasília), exigindo a cobertura de notícias do que descrevia como um caso de conspiração do governo, informou a WBFF. "Se dirigiu a mim, e usava o que parecia ser uma fantasia de panda branco, que cobria todo o corpo, e óculos escuros", disse o diretor da Fox45 Notícias, Mike Tomko.

"Tinha um disco de memória portátil e disse que havia informação que queria compartilhar para que fosse ao ar. Disse que a informação era comparável à dos chamados 'Panama Papers'". O canal de televisão afirmou que, cerca de uma hora depois, foram ouvidos três barulhos fortes de tiro, e o homem foi visto deitado no chão do lado de fora da emissora.

Fora do edifício, um carro que supostamente pertence ao suspeito estava pegando fogo. Segundo os registros de ocorrência, o homem incendiou o veículo antes de entrar na estação.

Três pessoas morreram após serem baleadas perto de um campus universitário em Baltimore, no estado de Maryland (EUA), na noite de terça-feira, de acordo com a polícia local. Uma outra pessoa ficou ferida.

Segundo o detetive Rashawn Strong, os policiais receberam uma denúncia de um tiroteio relatado em um bairro residencial, a alguns quarteirões da Universidade de Maryland - campus Baltimore.

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Strong disse que policiais encontraram três pessoas baleadas e um homem já morto. Um outro homem e uma mulher chegaram a ser levados a um hospital, mas não resistiram. Uma outra mulher continua internada e sua condição é estável.

Em um comunicado no site da universidade, a polícia do campus informou que dois homens armados em duas vans dispararam contra um grupo de pessoas.

O porta-voz da universidade disse que não há indicação se estudantes estão envolvidos. Fonte: Associated Press.

Prince anunciou nesta terça-feira que fará um show pela paz em Baltimore no Dia das Mães, após a morte de um jovem negro sob custódia policial que provocou protestos em várias cidades dos Estados Unidos.

O músico disse que seu show no próximo domingo será em um estádio no centro de Baltimore (Maryland).

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"O evento pretende ser um catalisador para provocar uma reflexão sobre a efusão da violência que tomou conta de Baltimore e de outras áreas dos Estados Unidos", afirmou um comunicado da produção de Prince.

O músico convocou o público a demonstrar solidariedade simbólica vestindo roupas cinzas, em referência a Freddie Gray (Gray em inglês é cinza), o jovem negro de 25 anos que morreu dia 19 de abril em razão das graves lesões sofridas sob a custódia policial.

A prefeita de Baltimore (EUA), Stephanie Rawlings-Blake, encerrou neste domingo o toque de recolher na cidade, que estava em vigor há seis dias, em função dos violentos protestos relacionados à morte do jovem negro Freddie Gray. Em comunicado, ela afirmou que o objetivo era manter o toque de recolher - que impedia os moradores de sair de casa após as 22 horas - somente pelo tempo necessário.

Na tarde de ontem (03), mais de mil manifestantes voltaram às ruas de Baltimore, mesmo após os seis policiais envolvidos na morte de Gray terem sido criminalmente acusados. O jovem foi ferido fatalmente no dia 12 de abril, enquanto estava sob custódia da polícia. Protestos violentos ocorreram na última segunda-feira (27), após seu enterro, o que levou a prefeitura a decretar o toque de recolher.

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A chefe da Procuradoria de Baltimore, Marilyn J. Mosby, alegou que, durante os 45 minutos entre a prisão de Gray e o surgimento dele numa van com ferimentos fatais, seis policiais viram que ele precisava de atenção médica, mas não fizeram nada. Todos os policiais pagaram fiança e foram liberados na sexta-feira (01) à noite. Nenhum deles falou publicamente, mas o advogado deles, Mike Davey, disse que eles não tinham feito nada de errado.

O caso de Baltimore se insere em uma onda de tensão racial nos EUA, em meio a incidentes de jovem negros desarmados sendo mortos por policiais, geralmente brancos. Fonte: Associated Press.

A morte de Freddie Gray, um jovem negro que morreu uma semana após ser detido em Baltimore, desencadeando uma série de confrontos diários na cidade, foi homicídio e seis policiais foram acusados pelo crime nesta sexta-feira.

A promotora-geral do estado do Maryland, Marilyn Mosby, uma mulher negra que se apresentou como filha e neta de policiais, antecipou que seu gabinete já emitiu as ordens de prisão dos seis policiais envolvidos na morte de Freddie Gray, de 25 anos, que gerou violentos distúrbios nos últimos dias em Baltimore.

"Os resultados da nossa ampla investigação independente, somados ao boletim do exame médico que determinou que a (causa da) morte do senhor Freddie Gray foi um homicídio, nos levam à convicção de que temos causas prováveis para apresentar acusações criminais", declarou Mosby em coletiva de imprensa.

Os policiais terão que responder por vários crimes, inclusive homicídio culposo, lesões corporais graves, prisão irregular e indisciplina, antecipou a promotora.

Um advogado do sindicato dos policiais de Baltimore, Michael Davey, condenou a pressa da promotoria em anunciar processos criminais contra os agentes.

"Nunca vi semelhante pressa para apresentar acusações criminais", disse, expressando sua convicção de que "estes agentes serão absolvidos, já que não fizeram nada de errado".

O presidente americano, Barack Obama, disse que considerava "absolutamente vital" que as investigações cheguem ao fundo do episódio que levou à morte de Freddie Gray.

"Deve ser feita justiça", acrescentou.

"Os habitantes de Baltimore querem, mais do que qualquer coisa, a verdade. É o que também esperam todos no país", acrescentou.

Enquanto isso, a prefeita de Baltimore, Stephanie Rawilings-Blake, disse à imprensa que cinco dos seis agentes envolvidos no caso já estavam presos.

Prisão ilegal

Segundo Mosby, os agentes "prenderam ilegalmente" Gray, pois "nenhum crime tinha sido cometido".

Para a promotora, os agentes não tinham nenhum elemento concreto para deter o jovem e, além disso, ignoraram reiteradamente seus pedidos de ajuda médica.

Segundo a promotora, Gray "sofreu ferimentos graves e críticos no pescoço como resultado da operação para algemá-lo e controlá-lo" dentro da viatura policial onde foi colocado.

O veículo, que devia levar Gray para uma delegacia de Baltimore, fez três paradas durante o trajeto, e em uma destas ocasiões, os agentes embarcaram outro jovem, suspeito de um caso não relacionado.

A sargento da polícia Alicia White, no entanto, percebeu que Gray estava inconsciente no assoalho do furgão da polícia, "mas não fez nada".

Gray morreu em 19 de abril devido a lesões na coluna vertebral, uma semana depois de ter sido preso.

Depois de seu funeral, violentos protestos foram registrados em Baltimore, motivando a mobilização da Guarda Nacional e a implementação de um toque de recolher na cidade.

Alegria pelo anúncio

O anúncio de Mosby foi recebido com gritos de alegria e buzinaço por manifestantes que acompanhavam a coletiva de imprensa em uma praça em frente à sede municipal, que nos últimos dias foi o cenário principal dos protestos.

A maioria dos moradores de Baltimore esperava que Mosby anunciasse que o caso ainda estava sendo investigado, já que o chefe de polícia, Anthony Batts, tinha apresentado seu relatório apenas na véspera.

Dexter Dillard, de 47 anos, disse à AFP que "já era tempo de que isto ocorresse. Isto não está apenas começando, isto tem sido desta forma durante anos". Durante o contato com a AFP, Dillard chegou a sugerir que a promotora Mosby deveria ser a próxima prefeita da cidade.

Chris Taylor, de 39 anos, observou que as declarações de Mosby significam que Baltimore finalmente admitiu que convive com o problema da violência policial.

"Passei por muitas coisas nesta cidade. E eles (os policiais) têm nos tratado como loucos, como se não fôssemos nada", lamentou. Outro jovem comentou: "dizem que todos nascemos e morremos por uma razão. Talvez Freddie Gray morreu para que isto possa acontecer".

Enquanto isso, em Nova York, centenas de pessoas marcharam nesta sexta-feira pedindo "justiça para Freddie Gray".

A morte de Gray se tornou o último capítulo de um intenso debate nos Estados Unidos sobre casos de violência policial contra cidadãos negros, especialmente jovens.

O presidente Barack Obama afirmou nesta sexta-feira (1°) que é vital que se chegue ao fundo da verdade sobre a morte do jovem negro de Baltimore enquanto se encontrava sob custódia da polícia.

"É totalmente vital que se chegue à verdade. É preciso fazer justiça", afirmou Obama, momentos depois de ser anunciado que seis policiais envolvidos no caso terão de responder por homídio.

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Obama admitiu que ainda não recebeu detalhes sobre as acusações que serão apresentadas contra os policiais e destacou que não deseja comentar sobre um caso ainda em andamento, mas insistiu na necessidade de esclarecer o ocorrido.

"Os habitantes de Baltimore querem, mais do que qualquer coisa, a verdade. É o que também esperam todos no país", concluiu.

A procuradora de Baltimore anunciou que a morte do jovem negro Freddie Gray quando se encontrava sob custódia policial na cidade de Baltimore foi um homicídio e por isso serão processados seis agentes da polícia envolvidos no crime.

A procuradora Marilyn Mosby já emitiu ordens de prisão para os agentes envolvidos no caso.

"Os resultados de nossa investigação independente, somados ao relatório do exame médico que determinou a morte do sr. Freddie Gray foi um homicídio, nos levam à conclusão de que temos causas prováveis para abrir processos criminais", declarou Mosby em coletiva de imprensa.

Os agentes deverão responder por várias acusações, incluindo homicídio duplamente qualificado. De acordo com Mosby, os agentes prenderam Gray ilegalmente, já que ele não cometeu crime algum.

O anúncio de Mosby foi recebido com gritos de alegria por manifestantes que acompanhavam a coletiva de imprensa em uma praça diante da prefeitura, que nos últimos dias foi o cenário principal dos protestos antirracistas.

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