Tópicos | bebês

Nomes curtos, bíblicos e originais lideram a lista de preferidos para registrar bebês no Brasil em 2023. A lista divulgada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) é liderada por Miguel, que teve 25.140 registros neste ano. Em segundo lugar figura Helena, com 23.047 registros. Os dados foram atualizados até o dia 12 de dezembro - os dados completos do ano serão divulgados apenas em 2024.

Os rankings integram o Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil, que reúne a base de dados de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelas unidades presentes em todas as 5.570 cidades brasileiras. Na plataforma é possível realizar buscas ano a ano em todo o território nacional, em regiões, estados e municípios, possibilitando ainda recortes por nomes simples e compostos.

##RECOMENDA##

Ranking dos 10 nomes mais registrados em 2023

1º Miguel - 25.216 registros

2º Helena - 23.132 registros

3º Gael - 22.478 registros

4º Theo - 19.864 registros

5º Arthur - 19.838 registros

6º Heitor - 19.744 registros

7º Maria Alice - 19.270 registros

8º Alice - 17.605 registros

9º Davi - 17.067 registros

10º Laura - 16.823 registros

Ranking dos 10 nomes masculinos mais registrados em 2023

1º Miguel - 25.216 registros

2º Gael - 22.478 registros

3º Theo - 19.864 registros

4º Arthur - 19.838 registros

5º Heitor - 19.744 registros

6º Davi - 17.067 registros

7º Ravi - 16.369 registros

8º Samuel - 15.415 registros

9º Bernardo - 15.402 registros

10º Noah - 14.673 registros

Ranking dos 10 nomes femininos mais registrados em 2023

1º Helena - 23.132 registros

2º Maria Alice - 19.270 registros

3º Alice - 17.605 registros

4º Laura - 16.823 registros

5º Cecília - 15.072 registros

6º Maria Cecília - 14.186 registros

7º Maite - 13.756 registros

8º Heloísa - 10.297 registros

9º Maria Clara - 10.127 registros

10º Antonella – 10.013 registros

Miguel, Helena e Gael foram os nomes mais escolhidos para o registro de crianças em 2023 no Brasil. Os dados, fornecidos pelos Cartórios de Registro Civil do país, foram divulgados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), nesta segunda-feira (18). Apesar de liderarem as três primeiras posições, as escolhas representam uma fatia pequena do total de nomes registrados no ano. Na lista, nomes bíblicos seguem populares, assim como as escolhas famosas entre influenciadores digitais. 

O nome Miguel não deixa o top 10 da Arpen desde 2015 e foi o mais registrado pelo quarto ano consecutivo, de 2020 a 2023. O último nome a superá-lo foi Enzo Gabriel, em 2019. Já para as meninas, Maria Eduarda e Maria Clara deixaram o top 10, após o crescimento de Helena, Alice e Maria Alice. 

##RECOMENDA##

Outra curiosidade é que, agora, os nomes dos filhos de influenciadores digitais têm influenciado nas escolhas para o registro. Maria Alice, por exemplo, ganhou popularidade após a influencer Virgínia Fonseca e o cantor Zé Felipe escolherem esse nome para a filha. 

“Antes os nomes de personagens de novelas ou mesmo do futebol eram naturalmente destaque nos rankings, mas agora têm sido substituídos pelo fenômeno dos influenciadores digitais“, afirmou Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil. 

Os 10 nomes mais escolhidos para crianças em 2023  

1. Miguel 25.584 

2. Helena 23.507 

3. Gael 22.822 

4. Theo 20.172 

5. Arthur 20.113 

6. Heitor 20.033 

7. Maria Alice 19.526 

8. Alice 17.848 

9. Davi 17.350 

10. Laura 17.067 

 

Na gestação, a temperatura corporal da mulher aumenta aproximadamente meio grau e, em dias mais quentes, isso pode causar grande incômodo para a futura mamãe, pois o calor excessivo provoca inchaço e pode deixá-la mais cansada, principalmente no último trimestre da gravidez. O alerta é da médica Célia Regina Silva, vice-presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro.

Em um quadro de temperaturas elevadas, como as que o Brasil vive no momento, Célia Regina disse que é essencial tomar bastante água e manter uma alimentação saudável, incluindo refeições  mais frias, como saladas e frutas.

##RECOMENDA##

“
Geralmente, o inchaço é causado pela compressão do útero sobre os vasos responsáveis pelo retorno do sangue das pernas ao coração. A circulação é ainda mais prejudicada quando esses vasos são dilatados pelo calor. Para prevenir o problema, as gestantes precisam alterar as posições corporais durante o dia. Se as pernas estiverem muito inchadas, é recomendável deixá-las elevadas por um tempo.” Para a mulher que trabalha em pé ou sentada, a médica aconselha não ficar parada mais do que uma hora.

Também vice-presidente da associação, o obstetra Renato Sá ressaltou que, no caso da gestante de risco habitual, que não tem comorbidades, a preocupação é com a hidratação, que tem que ser a adequada, porque as mulheres grávidas têm dificuldade para controlar a pressão. "Todo mundo já viu grávidas desmaiando, especialmente em condições de calor", disse o médico. Por isso, é preciso que elas mantenham uma hidratação melhor.

No momento atual, em que os brasileiros enfrentam temperaturas muito elevadas, existem dois problemas: excesso de calor e baixa umidade do ar. A tendência é a pessoa desidratar bem mais. “E isso é para gestantes e para todo mundo.”

Comorbidades

Tem é preciso ter atenção as gestantes que têm comorbidades, entre as quais, a questão da pressão arterial e pré-eclampsia. “Porque aí não é só a questão da hidratação, mas como ela vai ser feita e qual repercussão que o calor pode ter na pressão arterial da grávida”, destacou Renato Sá. Esta pode ser uma situação em que a grávida precisa consultar o médico do pré-natal para saber se terá que mudar alguma coisa em sua conduta.

Segundo o médico, outro ponto nevrálgico é que mulheres grávidas têm tendência maior à infecção urinária. Ele advertiu que a baixa hidratação aumenta o rico de infecção urinária e que isso pode ser muito grave para uma gestante, levando até a uma infecção generalizada, ou septicemia. “A mulher precisa de um cuidado maior ainda em relação à hidratação, que todo mundo pode ter, mas por esse ponto específico da infecção urinária”, acrescentou.

As mulheres que já tiveram o bebê, as lactantes, precisam de mais hidratação ainda, porque 90% do leite materno é água. “Se ela não beber bastante líquido, não conseguirá produzir leite adequadamente”. No caso do bebê, percebe-se que o controle de temperatura é muito frágil e ele desidrata com muita facilidade. Basicamente, a nutrição e alimentação de um bebê é leite materno. Por isso, a lactante tem que ter uma produção bem adequada para suprir tanto as necessidades nutricionais quanto de hidratação da criança, explicou Renato Sá.

O médico não recomenda que se tome refrigerante em vez de água. “Isso não é interessante, porque, no caso da grávida, por exemplo, ela pode ter diabetes gestacional. E há a situação calórica, às vezes também de sucos. Não é o mais adequado. O mais adequado é água mesmo. A recomendação é hidratar, preferencialmente com água”.

As grávidas e lactantes devem evitar também bebidas com cafeína. “Não estão proibidas, mas devem ser evitadas”. A orientação do obstetra é hidratação, preferencialmente com água. Se ela quiser uma fruta, o ideal é que coma, em vez de fazer suco, que tem mais caloria.”

Crianças

De acordo com a médica Tania Sih, membro do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o principal problema que as temperaturas elevadas podem provocar nos bebês e crianças é a hipertermia, quando o corpo fica com temperatura mais elevada do que normal.

Quando a família não tem aparelho de ar condicionado, a orientação é manter janelas e portas abertas para que o ar circule, ou ventilador de teto. “Quanto mais o ar circula, melhor”. Em segundo lugar, crianças e adultos têm que se hidratar. Mesmo que o menor não peça, devem ser oferecidos a ele líquidos a cada 15 ou 20 minutos, recomendou a pediatra.

“Se for dar algum alimento à criança, de preferência, não dê nada seco, como galinha assada, por exemplo, porque seca a garganta. A comida deve ser mais molhada”. Segundo Tania, uma boa opção são frutas com bastante líquido, como melancia. “E vá alternando água e sucos com alimentos mais líquidos.”

Creme no corpo

Também é aconselhável hidratar a pele da criança. “Eu deixaria a criança, de preferência, só de fraldinha, de pé descalço, só de camiseta. E não esquecer de passar um creme hidratante. Importante também é a criança não ir para a rua, mas ficar dentro de casa, “com janela aberta, ar-condicionado ou ventilador de teto ligado.”

Para a médica, não há problema em tomar gelados, como sorvetes. Para evitar que o nariz seque muito, pelo menos quatro vezes por dia, os pais devem usar soro fisiológico ou borrifar um spray de higiene nasal sem corticoides no nariz da criança. Os lábios devem receber manteiga de cacau. E não se deve esquecer de quando for aplicar o creme hidratante, aplicar também na orelha, na parte externa que encontra o cabelo, para evitar rachaduras e infecções.

Tania Sih recomendou ainda que as mães passem a mão úmida na cabeça dos filhos, de modo a umedecer o couro cabeludo. “A criança tem que estar com creme hidratante no corpo, sem esquecer a orelha, com manteiga de cacau nos lábios e tomar líquidos para que a boca fique úmida por dentro, e o nariz tem que estar hidratado com qualquer sorinho fisiológico de conta-gotas ou de spray", reforçou.

A médica enfatizou que é bom a criança ficar só com a fralda, pezinhos descalços, correndo dentro de casa à vontade, sem sair lá fora, porque "ali o mormaço é muito mais forte”. Estes seriam os principais cuidados a serem tomados em situações de temperatura muito elevada, além dos alimentos que se transformam em água com facilidade, como melancia e frutas. “E bastante suco e água”. A temperatura dos líquidos pode ser gelada, sem problema nenhum, reiterou.

A Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e Juventude e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal lançam nesta sexta-feira (27) duas cartilhas sobre a entrega legal de bebês para adoção. Uma das publicações é destinada a gestantes que expressam o desejo da entrega legal, enquanto a outra tem o conteúdo voltado para profissionais da saúde que atendem esse tipo de caso.  

De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o material foi produzido em linguagem simples e acessível e destaca que a entrega de bebês para adoção deve ser feita perante a Vara da Infância e Juventude, de modo a compatibilizar os direitos da mulher e os da criança. A entrega pode, inclusive, ser feita de forma sigilosa. 

##RECOMENDA##

As cartilhas também informam sobre os procedimentos legais e sobre o direito ao arrependimento, para que as mulheres tenham total segurança ao se expressarem sobre o desejo ou não de maternar. 

Entenda

Ainda segundo o MPDFT, a entrega voluntária é uma ação legal que expressa, em grande parte das vezes, um ato de cuidado e proteção ao bebê. “É também uma forma de garantir o direito sexual e reprodutivo de uma pessoa que opta pela não maternidade”, destacou o órgão.  

A publicação destinada às gestantes que expressam o desejo de entrega voluntária mostra de forma clara a previsão legal e reforça as garantias associadas para proteção da mãe e da criança. A cartilha também desmistifica mitos e medos mais comuns, como o de ser exposta ou até presa pela decisão de entregar para a adoção e se é possível desistir. “Vale lembrar que o procedimento legalizado é aquele assistido pela Justiça, ou seja, é diferente da entrega direta do bebê ou criança para terceiros que não são da família”.  

No modelo de cartilha voltado para profissionais da saúde, além de informações sobre os direitos garantidos por lei, são destacadas orientações sobre a importância do sigilo na entrega; a diferenciação da entrega voluntária do abandono; como acolher sem julgamento a decisão da parturiente; como evitar a revitimização e oferecer acompanhamento psicológico; cuidados no pré-natal e no parto; e elaboração de relatório a ser encaminhado à Vara da Infância e Juventude.  

“A Justiça da Infância e Juventude é o local responsável pelos processos de adoção. O Ministério Público, a Defensoria Pública e o Conselho Tutelar podem colaborar com as informações jurídicas. Todos os serviços de saúde (UBS, UPA, hospitais) devem prestar informações e acolher a demanda pela entrega, encaminhando a gestante à Vara da Infância e Juventude.” 

O que diz a lei

A entrega voluntária para adoção está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Já a Lei 13.509/2017 garante o direito ao sigilo da entrega, à possibilidade de a mãe ser titular de ação voluntária de extinção do poder familiar, de receber assistência psicológica, de ser ouvida em audiência judicial e à retratação da entrega. Por fim, a Resolução 485/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reforça que o direito ao sigilo do nascimento é assegurado, inclusive, em relação a membros da família extensa e ao pai indicado, mesmo se a gestante for criança ou adolescente.  

Ao contrário da entrega voluntária, o infanticídio (assassinato do próprio filho pela mãe, durante o parto ou logo após, sob a influência do estado puerperal), o abandono, a venda de crianças, a entrega a terceiros sem intermediação da Justiça Infantojuvenil e o registro indevido de filhos, conhecido como adoção à brasileira, são crimes.  

“De acordo com o Código Penal Brasileiro, é crime dar parto alheio como próprio e registrar como seu o filho de outra pessoa. Pelo ECA, prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro mediante pagamento ou recompensa também é crime, que recai inclusive sobre quem ajuda tais ações”, concluiu o MPDFT. 

As vidas de 120 bebês em incubadoras estão em risco à medida que se esgota o combustível para os geradores de energia elétrica eletricidade na Faixa de Gaza, alertou neste domingo (22) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Mais de 1.750 crianças morreram nos bombardeios israelenses contra este enclave em represália ao ataque do movimento islamita Hamas em 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde deste grupo palestino.

Os hospitais de Gaza enfrentam a grave falta de medicamentos, combustível e água para os milhares de feridos na guerra e pacientes de rotina.

"Há atualmente 120 recém-nascidos em incubadoras, 70 deles em ventilação mecânica e, claro, estamos muito preocupados", disse o porta-voz da Unicef, Jonathan Crickx.

A eletricidade é uma grande preocupação nas sete unidades especializadas do enclave que tratam bebês prematuros, ajudando-os a respirar e fornecendo apoio crítico, por exemplo quando seus órgãos ainda não estão suficientemente desenvolvidos.

Israel impôs um "cerco total" ao território após a ofensiva do Hamas, que deixou cerca de 1.400 mortos, a maioria civis, de acordo com autoridades israelenses.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na quinta-feira (19) que os hospitais não possuem combustível para os geradores, e que cerca de 1.000 pessoas que necessitam realizar diálises também estarão em risco.

Neste fim de semana, caminhões com ajuda humanitária começaram a entrar em Gaza, procedentes do Egito. Neste domingo, seis tanques com combustíveis chegaram ao enclave.

Embora Israel tema que o combustível ajude o Hamas, o pouco que resta no território palestino está sendo utilizado em geradores para permitir que os equipamentos médicos continuem funcionando.

O Ministério da Saúde palestino anunciou no sábado que 130 bebês prematuros corriam o risco de morrer devido à falta de combustível.

Na média, quase 160 mulheres dão à luz todos os dias em Gaza, segundo o Fundo de População da ONU, que calcula que há 50 mil mulheres grávidas no território de 2,4 milhões de habitantes.

Ainda que Israel afirme que direciona os ataques contra alvos do Hamas, as crianças representam uma enorme proporção dos mais de 4.600 mortos registrados pelo Ministério da Saúde do grupo islamita.

Famílias inteiras, incluindo mulheres grávidas, morreram nos bombardeios, e todos os dias os pais são vistos carregando os corpos dos seus filhos em envoltórios brancos pela rua.

Os médicos do Hospital Najjar, em Rafah, contaram na quinta-feira que não conseguiram salvar o feto de uma mulher que morreu em um ataque aéreo que atingiu sua casa.

Horas antes, oito crianças faleceram enquanto dormiam em uma casa em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostrou, nesta quinta-feira (12), ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, "fotos abomináveis de bebês assassinados e queimados pelos monstros do Hamas" no sábado, informou o gabinete do chefe de governo.

Em uma das fotos, publicada pelo governo na rede social X (antigo Twitter), vê-se o corpo de um menino ensanguentado em uma bolsa mortuária. Outras imagens mostram os restos mortais carbonizados de outro bebê.

##RECOMENDA##

Estas imagens "superam praticamente tudo o que um ser humano pode entender e assimilar", disse o secretário de Estado americano, responsável pela diplomacia do país.

"O mundo está vendo novas provas da perversidade e da desumanidade do Hamas [...], direcionadas a bebês, crianças, jovens adultos, idosos, pessoas com deficiência", acrescentou.

Nos últimos dias, uma polêmica sacudiu Israel sobre a existência de provas das atrocidades cometidas pelos milicianos do movimento islamita Hamas em um kibutz (fazenda coletiva), depois que uma emissora de televisão reportou, citando uma fonte militar, a descoberta de "bebês decapitados".

No sábado, o Hamas lançou uma ofensiva ampla contra Israel, que respondeu bombardeando Gaza.

Segundo balanços dos dois lados, a guerra matou ao menos 1.354 palestinos em Gaza e mais de 1.200 pessoas foram mortas pelos milicianos do Hamas em território israelense.

O Exército informou, ainda, ter encontrado cerca de 1.500 corpos de combatentes do Hamas que haviam se infiltrado no país.

- 'Necessidades humanitárias' -

Na reunião com Netanyahu e outros altos funcionários do governo israelense em Tel Aviv, Blinken falou sobre as "necessidades humanitárias" da Faixa de Gaza e defendeu o direito de Israel de se defender da ofensiva do Hamas.

"Falamos sobre a forma de atender às necessidades humanitárias da população de Gaza para protegê-la de qualquer dano, enquanto Israel realiza suas operações legítimas de segurança para se defender do terrorismo e tentar garantir que isto não volte a acontecer", disse o chefe da diplomacia americana após o encontro.

"Também mencionamos as possibilidades de uma passagem segura para os civis [da Faixa de Gaza], que queiram abandonar a região ou buscar refúgio", acrescentou Blinken.

Funcionários americanos anunciaram diálogos sobre estas passagens com Israel e com o Egito, que também faz fronteira com a Faixa de Gaza, antes de uma possível operação terrestre israelense.

O presidente do Egito, Abdel Fattah al Sissi, porém, disse, nesta quinta-feira, que os moradores da Faixa de Gaza "devem se manter firmes e permanecer em sua terra", ignorando a pressão para autorizar a saída de civis do território.

Blinken também culpou o Hamas pelo tratamento dos civis palestinos.

"O Hamas continua usando os civis como escudos humanos", afirmou o secretário de Estado, acusando o movimento de "pôr civis em perigo, intencionalmente, para se proteger a si próprio, sua infraestrutura e suas armas".

Gaza sofre um bloqueio israelense desde que o Hamas chegou ao poder no enclave, em 2007.

Um tribunal do Reino Unido condenou, nesta segunda-feira (21) à prisão perpétua sem chance de libertação uma ex-enfermeira neonatal que matou sete bebês sob seus cuidados e tentou matar outros seis em um hospital no norte da Inglaterra. O caso provocou grande comoção no Reino Unido.

Lucy Letby, de 33 anos, se recusou a comparecer ao tribunal para enfrentar os pais enlutados e alegou inocência durante o longo julgamento, que começou em outubro de 2022. A mulher foi condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, uma pena incomum na legislação inglesa e a sentença mais severa possível sob a lei britânica.

##RECOMENDA##

O juiz James Goss disse que o número de assassinatos e tentativas e a natureza dos assassinatos cometidos por uma enfermeira neonatal encarregada de cuidar dos bebês mais frágeis forneciam as "circunstâncias excepcionais" necessárias para impor a chamada "ordem vitalícia", que é excepcionalmente rara.

"Atuou de maneira completamente contrária aos instintos humanos normais, que são cuidar dos bebês, e em violação flagrante da confiança que todos os cidadãos depositam nos profissionais da saúde", declarou Goss. Ele ainda destacou que a enfermeira "não tem remorso" e que houve "uma malevolência que beira o sadismo" em sua ação.

Lucy Letby trabalhava na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Countess of Chester, no noroeste da Inglaterra, onde aconteceram os assassinatos, entre junho de 2015 e junho de 2016. A enfermeira foi acusada de injetar ar nos bebês por via intravenosa e com sondas nasogástricas, além de administrar doses excessivas de leite às vítimas.

Durante o processo, uma mãe explicou que, ao comparecer à UTI para levar leite para um de seus gêmeos prematuros em agosto de 2015, o ouviu gritar e percebeu que o bebê tinha sangue ao redor da boca. Letby a tranquilizou e recomendou que retornasse para o quarto.

De acordo com a acusação, a enfermeira tinha acabado de introduzir um utensílio médico até o fundo da garganta do bebê. Também havia injetado ar. A criança morreu poucas horas depois.

Letby atacava bebês depois que os pais saíam, quando a enfermeira chefe estava ausente ou durante a noite, quando ela ficava sozinha. Em algumas ocasiões, participava nos esforços coletivos para salvar os recém-nascidos e, inclusive, apoiava os pais desesperados. Também escrevia cartas aos pais em luto.

Durante o julgamento de 10 meses de Letby, os promotores disseram que em 2015 o hospital começou a ver um aumento significativo no número de bebês que estavam morrendo ou sofrendo declínios repentinos em sua saúde sem motivo aparente. Alguns sofreram "sérios colapsos catastróficos", mas sobreviveram após a ajuda da equipe médica. Letby foi finalmente removida das funções da linha de frente no final de junho de 2016 e foi presa em sua casa em julho de 2018.

Revolta

"Acho que nunca vamos superar o fato de que nossa filha foi torturada até que ela não tivesse mais resistência e tudo o que ela passou em sua curta vida foi deliberadamente feito por alguém que deveria protegê-la e ajudá-la a vir. casa onde ela pertencia", disse a mãe de uma menina identificada como "Criança 1" em um comunicado lido no tribunal.

A ausência de Letby, que é permitida nos tribunais britânicos durante a sentença, alimentou a raiva das famílias das vítimas, que queriam que ela ouvisse as declarações sobre a devastação causada por seus crimes. "Você pensou que era seu direito brincar de Deus com a vida de nossos filhos", disse a mãe de gêmeos, um dos quais foi assassinado e o outro que Letby tentou matar, em declaração ao tribunal.

Políticos e defensores das vítimas pediram mudanças na lei para forçar os criminosos a comparecerem para serem sentenciados depois que vários condenados de alto perfil optaram por não enfrentar suas vítimas nos últimos meses.

O primeiro-ministro Rishi Sunak, que chamou os crimes de "chocantes e angustiantes", disse que seu governo apresentará "oportunamente" seu plano de exigir que os condenados compareçam às suas sentenças.

"É covarde que pessoas que cometem crimes tão horrendos não enfrentem suas vítimas e não ouçam em primeira mão o impacto que seus crimes tiveram sobre elas, suas famílias e entes queridos", disse Sunak. (Com agências internacionais).

Um tribunal britânico vai anunciar nesta segunda-feira (21) a sentença sobre a enfermeira condenada na sexta-feira pelos assassinatos de sete recém-nascidos e outras tentativas de homicídio, um caso que chocou o Reino Unido.

Lucy Letby, de 33 anos, pode ser condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, uma pena incomum na legislação inglesa. A sentença será anunciada durante a tarde.

##RECOMENDA##

Na sexta-feira (18), o tribunal de Manchester a declarou culpada pelos assassinatos de sete recém-nascidos prematuros e de seis tentativas de homicídio no hospital em que trabalhava.

A mulher, descrita pela acusação como "fria, calculista, cruel e tenaz", alegou inocência durante o longo julgamento, iniciado em outubro de 2022.

Letby trabalhava na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Countess of Chester, noroeste da Inglaterra, onde aconteceram os assassinatos, entre junho de 2015 e junho de 2016.

A enfermeira foi acusada de injetar ar nos bebês por via intravenosa e com sondas nasogástricas, além de administrar doses excessivas de leite à vítimas.

Durante o processo, uma mãe explicou que, ao comparecer à UTI para levar leite para um de seus gêmeos prematuros em agosto de 2015, o ouviu gritar e percebeu que o bebê tinha sangue ao redor da boca. Letby a tranquilizou e recomendou que retornasse para o quarto.

De acordo com a acusação, a enfermeira acabara de introduzir um utensílio médico até o fundo da garganta do bebê. Também havia injetado ar. A criança morreu poucas horas depois.

Letby atacava bebês depois que os pais saíam, quando a enfermeira responsável estava ausente ou durante a noite, quando ela ficava sozinha.

Em algumas ocasiões, ela participava nos esforços coletivos para salvar os recém-nascidos e, inclusive, apoiava os pais desesperados. Também escrevia cartas aos pais em luto.

- Alertas dos médicos -

Transferida em junho de 2016 para o setor administrativo, Letby foi detida pela primeira vez em 2018 e, novamente, um ano depois. Ela foi presa em definitivo em novembro de 2020.

Após 10 meses de julgamento, ainda há dúvidas sobre as motivações. Os investigadores encontraram bilhetes em sua casa. Em um deles, ela escreveu: "Não mereço viver. Eu os matei de propósito porque não era boa o suficiente para cuidar deles. Sou uma pessoa horrível.

Porém, em outros textos ela clamava inocência.

"A sentença não evitará a dor extrema, a revolta e o sofrimento que todos sentimos", reagiram as famílias das vítimas em um comunicado.

"Talvez nunca saibamos por que isto aconteceu", acrescentaram.

Ainda resta saber porque Letby não foi detida antes: a imprensa britânica afirma que um grupo de médicos teria alertado a direção do hospital desde 2015.

Porém, a direção do hospital, preocupada com a reputação do centro médico, teria ignorado o alerta ou optado por não agir, segundo a imprensa.

O governo anunciou a abertura de uma investigação independente para esclarecer "as circunstâncias por trás dos horríveis assassinatos e tentativas de assassinatos".

A polícia continua examinando milhares de casos com o objetivo de identificar outras possíveis vítimas.

A enfermeira não compareceu às audiências finais e informou aos advogados que não pretende acompanhar a leitura da sentença.

Isto significa que ela não ouvirá as declarações das vítimas, uma decisão criticada pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

"É covarde que aqueles que cometem crimes tão horrendos não se apresentem diante de suas vítimas", afirmou.

Uma enfermeira britânica de 33 anos foi declarada culpada, nesta sexta-feira (18), pelo assassinato de sete recém-nascidos e pela tentativa de assassinato de outros seis no hospital neonatal em que trabalhava, após um longo julgamento que comoveu o Reino Unido.

"Fria, calculista, cruel e tenaz", de acordo com a acusação, Lucy Letby trabalhava na unidade de terapia intensiva do hospital Countess of Chester, no noroeste da Inglaterra.

##RECOMENDA##

Entre junho de 2015 a junho de 2016, sete recém-nascidos morreram de forma repentina, sem causas aparentes, por vezes com poucas horas de intervalo. Outros 10 bebês estiveram perto da morte, mas conseguiram ser salvos.

Letby foi acusada de matar os bebês, injetando insulina, ou ar, nas veias, ou alimentando-os demais através de sondas nasogástricas. Às vezes, usava vários métodos ao mesmo tempo.

A enfermeira tinha 25 anos na época dos assassinatos e, segundo o juiz James Goss, ela era a única funcionária de plantão durante as mortes.

Sua condenação "não impedirá a extrema dor, raiva e sofrimento que todos nós sentimos", reagiram as famílias das vítimas em um comunicado.

O tribunal anunciará sua sentença na próxima segunda-feira (21).

- Profissional "dedicada" -

Letby, que havia tentado matar diversos bebês em diferentes ocasiões, recebeu 22 acusações, sete por homicídio e 15 pela tentativa de assassinato de 10 recém-nascidos.

O governo britânico ordenou, nesta sexta-feira, uma investigação independente, dada a comoção que o caso gerou e a preocupação sobre a segurança no sistema da saúde.

Seu julgamento começou em 10 de outubro em Manchester (norte). Os bebês foram identificados com letras, de A a Q, para proteger as famílias, cujos pais testemunharam, muitas vezes em lágrimas.

A defesa de Letby, por sua vez, a descreveu como uma profissional "dedicada". "Meu trabalho era minha vida", disse ela.

O promotor Nick Johnson reconstituiu meticulosamente sua organização e descreveu eventos semelhantes entre as mortes. A mulher atacava os recém-nascidos depois que seus pais saíam, quando a enfermeira-chefe estava fora ou à noite, quando ela estava sozinha, explicou ele.

Às vezes, ela participava dos esforços da equipe para salvar os bebês ou ajudava pais desesperados.

Entre as vítimas estão gêmeos e até trigêmeos, dois dos quais morreram com 24 horas de diferença. O terceiro foi salvo porque seus pais imploraram para que ele fosse transferido para outro hospital.

"Não mereço viver. Eu os matei de propósito porque não era boa o suficiente para cuidar deles. Sou uma pessoa horrível", escreveu ela em um bilhete encontrado em sua casa em 2018.

Em outros documentos, Letby disse que era inocente. Seu advogado, Ben Myers, insistiu que o serviço neonatal do hospital recebeu "mais bebês do que o normal, com maiores necessidades médicas" em 2015-2016 e "falhou" em suas ações.

Transferida para um serviço administrativo em junho de 2016, a enfermeira foi detida pela primeira vez em 2018 e depois, no ano seguinte, até ser colocada sob custódia em novembro de 2020.

Com a ideia de "preencher uma lacuna" devida à falta de imagens, mas sem qualquer pretensão científica, o designer gráfico Santiago Barros usa inteligência artificial para promover e impulsionar a busca por bebês roubados durante a ditadura argentina, com base em fotos de seus pais desaparecidos.

"O que você pede ao aplicativo é para imaginar. Para mim, é mais imaginação artificial do que inteligência artificial", explicou à AFP enquanto mostrava como o aplicativo Mid Journey recria possíveis rostos.

##RECOMENDA##

Com um parente desaparecido, este homem tatuado e de cabelos compridos nascido em 1976, ano do golpe, sempre se sentiu desafiado pela luta das 'Abuelas da Plaza de Mayo' (Avós da Praça de Maio), organização de direitos humanos que conseguiu identificar 132 pessoas sequestradas quando bebês e ainda está à procura de outros 300 "netos".

"Achei que poderia preencher uma lacuna relacionada à imagem, imaginar como aquela pessoa estaria hoje. Ficou no imaginário que os netos são crianças ou bebês porque foram sequestrados quando eram bebês, mas agora são pessoas da minha idade", entre 40 e 47 anos, diz Barros.

"Faltava uma representação gráfica de como seriam aquelas pessoas, pelo menos no inconsciente coletivo, independentemente da precisão do resultado", explica. Publicitário e diretor de arte, as ferramentas tecnológicas fazem parte do cotidiano de Barros.

Há um mês, ele começou a usar a inteligência artificial nesta iniciativa, que consiste em inserir no aplicativo fotos em preto e branco dos pais desaparecidos, retiradas do portal da organização Abuelas.

A partir dessas imagens, o aplicativo cria quatro rostos possíveis. Barros escolhe um deles e publica no perfil IAbuelas que criou no Instagram para dar visibilidade ao tema. Em um mês, somou mais de 6.300 seguidores.

Até agora, já publicou cerca de 40 identidades imaginárias correspondentes aos sequestrados em 1976 e já começou a trabalhar nos de 1977. A ditadura durou até 1983.

"A ideia é ajudar na divulgação. Me pareceu que usar a inteligência artificial aproximaria os mais novos, jovens de vinte anos, com uma linguagem que eles possam interpretar", entusiasma-se.

- Abuelas, campeãs do mundo -

Ele esclarece que os resultados do aplicativo “são aleatórios, não são 100% confiáveis ou definitivos”. Quando recebe uma mensagem de alguém com dúvidas sobre a sua identidade, encaminha imediatamente à organização humanitária, criada em 1977.

Em relação ao alcance da Inteligência Artificial, considera que "provavelmente poderá ser utilizada para reconhecer pessoas um dia", mas "deve ficar sempre claro que a única ferramenta infalível é o DNA, e, nisso, as Abuelas são as campeãs do mundo".

O designer gráfico ficou impressionado com o fato de que seus seguidores "compartilharem stories (da conta) e adicionarem seu próprios textos como por exemplo: 'pela primeira vez a inteligência artificial é usada com um bom propósito'. Apesar das incertezas e medos suscitados pela IA, sempre a vi como uma ferramenta".

Uma enfermeira britânica, julgada há meses em Manchester pelo homicídio de sete bebês em 2015 e 2016, refutou nesta terça-feira (2) a acusação - a "pior" possível, em suas palavras - e deu explicações sobre algumas notas em que parecia incriminar-se.

Sete meses após o início de seu julgamento em outubro, Lucy Letby, de 33 anos, fez sua primeira aparição no tribunal.

Esta ex-enfermeira do departamento neonatal do hospital Condessa de Chester, no noroeste da Inglaterra, nega os sete assassinatos e as dez tentativas de assassinato de que é acusada.

De acordo com a promotoria, Letby matou os bebês injetando insulina ou ar em suas veias.

A mulher disse nesta terça-feira que foi "devastador" ser informada em 2016 das suspeitas contra ela. "Não pude acreditar", afirmou, "não acho que você possa ser acusado de algo pior do que isso".

No tribunal, ela explicou que "sempre quis trabalhar com crianças" e foi a primeira da família a ir para a universidade.

Interrogada por seu advogado, Ben Myers, ela negou ter prejudicado os bebês: "Isso vai totalmente contra o que significa ser enfermeira".

"Meu trabalho era minha vida", acrescentou, afirmando que "o mundo parou" quando ela foi tirada do berçário.

Como prova contra ela, a acusação apresentou algumas notas escritas por Letby, encontradas durante buscas em sua casa.

"Não mereço viver. Matei-os de propósito porque não sou boa o suficiente para cuidar deles. Sou uma pessoa horrível", escreveu ela. "Estou mal, eu fiz isso".

Na terça-feira, entretanto, ela garantiu que as notas foram escritas enquanto ela estava em profundo sofrimento psicológico, longe de ser uma confissão.

Ele explicou que havia escrito essas palavras porque "sentia então que havia feito algo errado". "Pensei, sou uma pessoa horrível (...) cometi erros sem saber", disse ela.

Cinco bebês morreram em decorrência de uma infecção pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), na UTI neonatal do Hospital Estadual Santa Casa de Cuiabá, em Mato Grosso. No total, as infecções atingiram um total de nove crianças, das quais quatro se recuperaram.

As mortes aconteceram entre os dias 16 e 21 de fevereiro, mas só vieram à tona neste mês. O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) instaurou inquérito para investigar as mortes. O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) em nota, disse que o caso "será apurado e julgado, dentro dos princípios da legalidade com direito a ampla defesa e ao contraditório".

##RECOMENDA##

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) informou que "os cinco pacientes já chegaram ao Hospital Estadual infectados" e negou que as crianças tenham contraído a bactéria dentro do hospital. Uma médica que trabalhava na UTI disse que o surto aconteceu depois que uma bebê infectada pela KPC foi internada, em janeiro.

A uma TV local, ela disse que oito crianças foram infectadas depois da internação da bebê infectada transferida de "um hospital particular da capital, que também atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento mais especifico".

Segundo ela, o hospital Santa Casa foi em busca de medicamentos para tratar do surto. Não houve negligência, reforçou. "Os bebês foram tratados com o antibiótico que foi comprado."

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) informou que "os cinco pacientes internados entre os dias 16 e 21 de fevereiro e direcionados de outras unidades de saúde, que não são geridas pelo Estado, já chegaram ao Hospital Estadual infectados por uma bactéria multirresistente", mas que a infecção não foi o motivo da internação.

Ainda segundo a nota, "para receber os pacientes, o Hospital Estadual realizou exame protocolar de cultura de vigilância para determinação do tipo de leito, isolamento de contato e proteção". "O exame identificou a existência da infecção." E que a infecção pela bactéria multirresistente "só foi identificada no momento em que os pacientes deram entrada no Hospital Estadual".

Segundo a SES, "as equipes especializadas do Hospital Estadual Santa Casa envidaram todos os esforços para conter as infecções, que já eram consideradas graves no momento da internação dos pacientes na unidade".

De acordo com a nota, "as equipes da Vigilância do Estado e do Município, do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram notificadas e também auxiliaram no processo de contenção da infecção". E informaram, por último, que os "leitos ocupados pelos pacientes infectados foram bloqueados, desinfectados e já estão em pleno funcionamento".

Bactéria está em categoria considerada crítica

A bactéria Klebsiella pneumoniae conhecida popularmente por superbactéria, recebe esse nome por ser resistente à maioria dos antibióticos.

Desde 2017 ela integra a categoria "crítica", a mais preocupante, na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) isso significa, segundo especialistas, que a busca pelo desenvolvimento de novos remédios "é mais urgente, já que esses microrganismos evoluíram se tornando mais fortes e desenvolvendo formas poderosas de driblar antibióticos existentes".

Ainda segundo os estudos, as infecções provocadas por elas são mais comuns em hospitais. Médicos afirmam que nas "unidades de saúde, a propagação acontece principalmente no contato com fluidos do paciente infectado, como por meio de sondas e cateteres".

Após o terremoto que vitimou milhares de turcos e sírios, na última segunda-feira (6), 16 bebês órfãos que foram salvos e retirados com vida dos escombros, após a catástrofe, foram transportados em segurança para Ancara, capital turca, no avião presidencial da Turquia. 

A aeronave, geralmente usada pelo presidente Recep Tayyip Erdogan, foi reservada para ajudar em atividades relacionadas às urgências do terremoto, incluindo transporte de vítimas, de equipes médicas e de insumos para as regiões abaladas pelo tremor de magnitude 7,8. Os 16 bebês que estavam a bordo do voo foram encontrados sozinhos nas zonas de terremoto. 

##RECOMENDA##

O transporte dos bebês foi divulgado nas redes sociais da ministra da Família e dos Serviços Sociais da Turquia, Derya Yanık. "Pegamos 16 bebês lindos, de 0 a 1 ano, desacompanhados e desamparados, e os transportamos de Kahramanmaraş para Ancara. A saúde geral de nossas crianças é muito boa. Após os primeiros cuidados, serão atendidos em nossas instituições", escreveu. 

A primeira-dama da Turquia, Emine Erdoğan, também usou o Twitter para falar sobre os bebês resgatados. "A boa saúde de 16 vítimas do terremoto, que foram transportadas de Kahramanmaraş para Ancara pelo avião presidencial por instrução de nosso presidente, renovou um pouco nossas esperanças. Eles estão nas mãos seguras do nosso estado", disse. 

[@#video#@]

Recife anunciou a retomada da vacinação contra a Covid-19 para bebês a partir dos seis meses e crianças até os 11 anos. As doses voltam a ser distribuídas nos 16 locais de imunização da cidade a partir deste sábado (4), mediante agendamento no aplicativo ou no site do Conecta Recife.

Após as aplicações serem suspensas em dezembro por falta de doses enviadas pelo Ministério da Saúde, a Prefeitura informou que 13.860 doses de Pfizer Baby foram entregues para atender bebês de seis meses e crianças até os dois anos.

##RECOMENDA##

Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, 1.612 meninos e meninas com essa idade estão aptos a receber a segunda dose do imunizante. É importante frisar que não há necessidade de intervalo entre as doses das vacinas do calendário de rotina e o imunizante da Covid-19.

Outras 48.116 bebês crianças na mesma faixa ainda não começaram o ciclo de proteção de três doses. As duas primeiras têm intervalo de 21 dias (3 semanas), seguidas pela terceira que deve ser administrada pelo menos dois meses (8 semanas) após a segunda dose.

O público infantil de três a quatro anos também vai receber a Pfizer Baby. A Prefeitura explicou que o Ministério da Saúde adotou uma nova recomendação e indicou que a terceira dose com o imunizante, mesmo que a criança já tenha iniciado o esquema com a Coronavac. Esse reforço será feito em um intervalo de quatro meses após a segunda dose da Coronavac. Até agora, 3.202 crianças nessa faixa etária podem receber esta terceira dose. 

A imunização de crianças de cinco a 11 anos também foi suspensa em janeiro por falta de vacinas. O município informou que recebeu 45.380 doses da Pfizer Pediátrica para atender as 39.264 crianças que ainda faltam receber a primeira dose do imunizante. Outras 27.643 já podem tomar a segunda dose e 37.980 a terceira.

As aplicações são feitas em 16 unidades de referência para vacinação espalhadas em shoppings e centros de saúde do Recife. O endereço e os horários de funcionamento de cada local podem ser vistos no site.

No ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 2.754 internações de bebês com menos de 1 ano por desnutrição. O levantamento é do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), com dados do Sistema de Informações Hospitalares (SHI) do Ministério da Saúde, e equivale a sete internações por dia, em todo o país.

  “Enquanto o Nordeste registrou 1.175 hospitalizações em 2022, o Norte realizou 328 internações pelas mesmas causas no ano passado. Olhando para as capitais, temos Salvador com 159 hospitalizações e Cuiabá com apenas uma”.

##RECOMENDA##

O pesquisador do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) pondera que os dados coletados no SIH ainda podem sofrer alterações, devido ao tempo necessário para finalizar os registros no sistema.

“No cenário atual, embora o sistema registre uma pequena redução no número de internações de bebês menores de 1 ano por desnutrição no país de 2021 para 2022, de 2.946 para 2.754 hospitalizações, podemos considerar que a tendência se mantém - o que é preocupante”.

Sobre a iniciativa

O Observa Infância é uma iniciativa de divulgação científica para levar ao conhecimento da sociedade dados e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos. O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto a sistemas de informação nacionais. Trata-se de uma iniciativa conjunta da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase).

As evidências científicas trabalhadas são resultado de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores Patricia Boccolini e Cristiano Boccolini, no âmbito do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.

A partir desta segunda-feira (26), os bebês com 1 e 2 anos de idade sem comorbidades poderão receber a vacina contra Covid-19 na capital pernambucana. A imunização deste novo grupo será feita mediante cadastro e agendamento no site https://conecta.recife.pe.gov.br/ ou aplicativo do Conecta Recife, que estará disponível a partir das 12h deste sábado (24). A capital pernambucana tem 42.163 meninos e meninas nesta faixa etária.

A imunização do novo público será feita em cinco Centros de Vacinação da cidade: Shoppings Recife, em Boa Viagem; Riomar, no Pina; Boa Vista, na área central da cidade; Tacaruna, em Santo Amaro; e Centro Médico Senador José Ermírio de Moraes, em Casa Forte. A vacina será aplicada de domingo a domingo, mediante agendamento.

##RECOMENDA##

A definição de ampliar a vacinação dos bebês foi discutida e aprovada pelos membros do Comitê Técnico Estadual de Acompanhamento da Vacinação, durante reunião realizada nesta sexta-feira (23). A decisão foi baseada na baixa procura nos postos de vacinação e na presença de doses do imunizante nos estoques.

De acordo com a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina utilizada para o público de 1 e 2 anos de idade sem comorbidades será a Pfizer Baby, que possui um frasco com a tampa na cor vinho e é diferente dos demais imunizantes do laboratório.

O esquema vacinal dos bebês será feito em três doses: sendo as duas primeiras com intervalo de 21 dias (3 semanas), seguidas por uma terceira dose que deve ser administrada pelo menos 2 meses (8 semanas) após a segunda dose. É importante frisar que a vacina contra covid-19 pode ser aplicada sem necessidade de intervalo entre os demais imunobiológicos do Calendário de Vacinação de Rotina.

No ato do cadastro, é preciso anexar documento oficial da criança, comprovante de residência em nome de um dos pais ou responsável legal, documento oficial que comprove filiação/responsabilidade. Os pais ou responsáveis devem estar presentes no momento da vacinação e munidos de documento de identificação do adulto e da criança, além do comprovante de residência do Recife.

Em caso de ausência de pais ou responsáveis, a vacinação deve ser autorizada por um termo de consentimento por escrito, cujo modelo oficial da Secretaria também está disponível no Conecta Recife. Para esses casos, além do termo de autorização, a pessoa que for acompanhar a criança deve levar documento que comprove a relação de parentesco, bem como o documento da criança e o comprovante de residência.

No Recife, o registro das doses anticovid desta população será efetuado na caderneta ou cartão de vacina que a criança já possua e é destinado à anotação de outras vacinas do calendário infantil. No dia da vacinação, os meninos e meninas também ganham um Certificado de Criança Super Vacinada, uma forma de estimular a garotada na hora da aplicação da vacina. No Certificado, o MC Gotinha ostenta uma capa de super-herói e o documento traz dizeres de incentivo em linguagem jovem e contemporânea.

Da assessoria

Na cidade de São Paulo, quase 90% das aplicações da vacina pediátrica Pfizer Baby, que protege crianças entre 6 meses e menores de 3 anos contra Covid-19, são de doses remanescentes - a da "xepa". Isso ocorre porque, uma vez aberto um frasco, todas as doses precisam ser aplicadas. Para não haver perdas, convoca-se quem está no cadastro de reserva.

Essa situação mostra que o público-alvo da campanha, que são as crianças com comorbidade, imunossuprimidas e indígenas, não está buscando o imunizante no porcentual esperado. Até o momento, 16.355 doses foram administradas para a faixa etária, e 2.017 (12,3%) se destinaram às crianças que integram o público elegível, enquanto as demais 14.338 doses (87,7%) foram aplicadas em menores sem comorbidades.

##RECOMENDA##

O baixo índice de cobertura vacinal entre o público-alvo da campanha (25,8% do total de 7,8 mil crianças que se enquadram nos grupos prioritários) fez a Prefeitura iniciar uma ação de busca ativa na terça-feira. O objetivo da Secretaria de Saúde é imunizar todas as crianças elegíveis. Essa procura ocorrerá por meio de visitas domiciliares e por ligação telefônica, que pode variar "de acordo com as estratégias adotadas pelas unidades (de saúde)". A campanha de vacinação pediátrica começou a ser feita há pouco mais de um mês.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia liberado a distribuição do imunizante em setembro, mas o Ministério da Saúde limitou o uso do medicamento apenas para crianças com comorbidades. Conforme a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), 364.439 pessoas entre 6 meses e menores de 3 anos vivem na cidade de São Paulo. Os pouco mais de 16 mil imunizados que se encontram nessa faixa etária representam apenas 4,1% do público infantil da capital paulista com direito à imunização.

Não há previsão ainda, por parte da Prefeitura, de quando os imunizantes serão liberados para todas as crianças de forma irrestrita. Outras cidades paulistas, como Campinas, Cotia e Cubatão, já estenderam a vacinação para todo o público nessa faixa etária. Na segunda, o governo de Minas também liberou todos os municípios do Estado a distribuir o imunizante sem restrição.

SEM DOSES

Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a baixa adesão do público elegível já era esperada pela dificuldade de ter, nessa faixa etária, diagnósticos que comprovem alguma comorbidade nas crianças. Mas, a especialista lembra também que a estratégia de vacinar grupos prioritários é consequência da baixa quantidade de doses compradas pelo governo federal. "A regra é porque o Ministério da Saúde não comprou doses suficientes", diz.

Além da falta do imunizante específico, Raquel explica que há ainda famílias que desconfiam da importância da vacina para os pequenos de saúde mais fragilizada. "Mesmo aquelas que se encaixam (no público elegível), que tenham algum grau de imunossupressão, como as crianças oncológicas, os país têm dúvidas sobre o benefício da vacinação", diz a infectologista, que reafirma a eficácia e segurança dos imunizantes e defende que o poder público incentiva e conscientize a população sobre a importância da aplicação. "Falta um esclarecimento por parte dos gestores públicos, e dos médicos que cuidam dessas crianças, sobre a importância da vacinação e qual o impacto da covid-19 nesse público."

De acordo com diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a medida de vacinar apenas os bebês e crianças com comorbidades é "equivocada e ineficaz", porque leva ao envio dos imunizantes apenas para os grandes centros, onde há maior concentração do público elegível. "A vacinação tem de ser para todos", afirma.

O esquema de vacinação com a Pfizer Baby contempla três aplicações, cujos intervalos entre as doses são de quatro semanas entre a primeira e a segunda, e de oito semanas entre a segunda e a terceira. Em nota, o Ministério da Saúde informou à reportagem que a pasta está em processo de aquisição de mais doses da vacina Pfizer Baby com previsão de entrega para o mês de janeiro, sem detalhar quantidade e data de envio. Desde a aprovação do produto pela Anvisa, em setembro, o governo federal comprou 1 milhão de doses e destinou 206 mil para o Estado de São Paulo.

A Secretaria do Governo de São Paulo informou que o Estado tem 195 mil crianças no grupo prioritário e 1,5 milhão de pessoas dentro da faixa etária da campanha somando o público infantil com e sem comorbidades. Conforme os dados da pasta, 39,2 mil crianças foram imunizadas até agora com Pfizer Baby, sem dar mais especificações. "A pasta estadual havia solicitado ao Ministério da Saúde 615 mil doses."

ONDE SE VACINAR

A Prefeitura informa que população pode inscrever crianças sem comorbidades para receber as doses remanescentes da Pfizer Baby. O cadastro deve ser realizado nas unidades de saúde de referência da residência de cada família e mediante uma apresentação do comprovante de endereço da capital paulista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Itália bateu um novo recorde negativo em nascimentos em 2021, registrando apenas 400.249 bebês no período, queda de 1,1% (-4.643) na comparação com o ano precedente, informou o Instituto Nacional de Estatísticas (Istat) nesta segunda-feira (19).

Ainda conforme o relatório, os dados preliminares de 2022 seguem a mesma tendência. Entre janeiro e setembro, já são cerca de seis mil nascimentos a menos do que no mesmo período do ano passado.

##RECOMENDA##

O número médio de filhos por mulheres teve uma pequena alta, passando de 1,24 em 2020 para 1,25 em 2021 - muito por conta também da queda na população total do país. No período entre 2008-2010, o índice era de 1,44.

O Istat aponta que desde 2008, início da série histórica, os nascimentos na Itália diminuíram 30,6% - 176.410 em números totais -, o que pode ser atribuído quase que totalmente pela queda dos nascimentos quando os pais são ambos italianos (314.371 em 2021, quase 166 mil a menos do que há 14 anos).

A maior queda ocorreu quando os pais são casados formalmente, com 240.428 nascimentos, quase 20 mil a menos do que em 2020 e 223 mil a menos do que em 2008.

Um dos motivos apontados pelo Istat para os nascimentos "fora" do casamento é o fato que muitas pessoas adiaram o matrimônio formal em 2021 por conta das restrições sanitárias da pandemia de Covid-19. Em números preliminares, a retração foi de 47,4%.

Os dados dessa segunda-feira corroboram com outro relatório divulgado pelo Istat no último dia 15, que apontou que, em 2021, a população total do país manteve a tendência de queda vista nos últimos anos. Ao todo, a Itália tinha 59.030.133 pessoas em 31 de dezembro do ano passado, 0,3% a menos do que em 2020. 

Da Ansa

Neste ano de 2022, os nomes mais escolhidos pelos pais para seus filhos recém-nascidos no Brasil foram Helena e Miguel. Isso é o que apontou o BabyCenter Brasil. O ranking, que existe há 14 anos, foi feito a partir dos dados referentes a 294 mil bebês nascidos no ano de 2022 e cadastrados na plataforma digital.

Segundo a classificação, Miguel está na primeira posição há 12 anos, enquanto Helena, há cinco. Entre os meninos, a lista é completada na ordem decrescente pelos nomes Arthur, Gael, Théo, Heitor, Ravi, Davi, Bernardo, Noah e Gabriel.

##RECOMENDA##

Entre as meninas, Alice é o segundo nome mais dado pelos pais, seguido por Laura, Maria Alice, Sophia, Manuela, Maitê, Liz, Cecília e Isabella. Um dos destaques apontados pela classificação é o crescimento do nome Rebeca, inspirado pela medalha de ouro conquistada pela ginasta Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Tóquio. Rebeca subiu 13 posições, passando para 33.

Outro destaque é Maria Alice, que somente neste ano começou a aparecer no top 100 de nomes, já ocupando a quarta posição. Isso ocorreu, segundo a listagem, pela influenciadora Virgínia Fonseca e pelo cantor Zé Felipe escolherem o nome para a filha do casal.

O ranking apontou que nomes que são sucesso em outros países vem crescendo no Brasil. Entre eles aparecem Olivia (que está em primeiro lugar nos Estados Unidos e em 35 no Brasil), Luna, Maya, Ayla, Levi, Noah e Anthony. Já o nome Liam, mais usado nos Estados Unidos, já aparece em 84 no Brasil, sendo mais popular que o nome Bruno.

Outra curiosidade apontada pelo BabyCenter Brasil vem sendo o crescimento do nome Diana que, pela primeira vez, começou a aparecer no top 100. Isso se deve, pelo seriado The Crown e pelos 25 anos da morte da princesa Diana.

Uma colaboração nacional - formada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de outras 25 instituições do Brasil, com apoio da London School of Hygiene & Tropical Medicine - avaliou os impactos na saúde dos bebês da infecção de gestantes por zika.

Publicado no The Lancet Regional Health - Americas no último dia 28, o estudo revelou que aproximadamente um terço dos filhos de mães infectadas durante a gravidez apresentou, nos primeiros anos de vida, anormalidades consistentes com a Síndrome da Zika Congênita (SZC).

##RECOMENDA##

Segundo a Fiocruz, essa foi a pesquisa sobre o tema que contou a maior quantidade de participantes, conseguindo detectar com mais clareza a relação entre o vírus zika e possíveis distúrbios congênitos. A necessidade dessa avaliação surgiu após uma epidemia de microcefalia no Brasil, em 2015, mas as amostras pequenas, a alta variabilidade entre as estimativas e a limitação dos dados de vigilância limitavam a possibilidade de calcular os riscos.

“As manifestações da síndrome envolvem deficiências neurológicas funcionais, anormalidades de neuroimagem, alterações auditivas e visuais e microcefalia. Tais disfunções aparecem mais frequentemente de forma isolada do que em combinação, com menos de 0,1% das crianças expostas apresentando duas delas simultaneamente”, disse a fundação.

Gestações

Os resultados foram encontrados a partir da análise combinada de dados de 13 estudos que investigam os resultados pediátricos em gestações afetadas pelo vírus zika durante a epidemia de 2015-2017 no Brasil. Esses dados abrangem todas as quatro regiões do país afetadas pela epidemia neste período, com infecção pré-natal confirmada em laboratório por testes genéticos e avaliação dos potenciais efeitos adversos em nível individual.

Segundo o pesquisador Ricardo Arraes de Alencar Ximenes, da Universidade de Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que liderou o estudo, esse trabalho dá uma contribuição fundamental para a compreensão das consequências para a saúde da infecção pelo vírus zika durante a gravidez, pois reúne dados individuais de crianças nascidas de 1.548 gestantes residentes em diferentes regiões do país que tiveram o diagnóstico confirmado de infecção pelo vírus zika durante a gravidez, permitindo uma estimativa mais precisa dos riscos

Microcefalia

Em relação à microcefalia, condição neurológica em que a cabeça do bebê é menor do que o esperado para sua idade e sexo, uma a cada 25 crianças nascidas de mães infectadas pelo vírus zika durante a gravidez apresentou a disfunção no nascimento ou durante o acompanhamento.

Segundo a Fiocruz, na maioria dos casos, a condição era detectável próximo ao momento do nascimento, mas algumas crianças nascidas com perímetro cefálico normal desenvolveram a microcefalia nos anos seguintes.

De acordo com a pesquisa, o risco de filhos de mães infectadas por zika na gestação apresentarem microcefalia foi de 2,6% no nascimento ou quando avaliados pela primeira vez, aumentando para 4% nos primeiros anos pré-escolares. Esse risco foi relativamente consistente nos diferentes locais de estudo, sem apresentar variação relativa às condições socioeconômicas ou área geográfica.

Conforme a Fiocruz, a realização de estudos adicionais com tempo de acompanhamento mais longo é apontada pela equipe de pesquisadores como o futuro do estudo publicado. Os possíveis caminhos para investigação incluem a avaliação do risco de hospitalização e morte para crianças com microcefalia à medida que envelhecem e, naquelas sem microcefalia, averiguar os riscos de outras complicações, como aquelas ligadas ao desenvolvimento comportamental ou neuropsicomotor.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando