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"É difícil, mas vou conseguir superar", afirmou o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que tem leucemia e está hospitalizado na UTI, em uma declaração publicada na edição desta sexta-feira (7) de Il Giornale.

"Consegui me recuperar, mesmo em situações difíceis e delicadas", insistiu em um texto publicado no jornal, que é parte de seu império midiático.

O magnata de 86 anos, internado em uma Unidade Terapia Intensiva do hospital de San Raffaele de Milão, "descansou e reage bem ao tratamento", afirmou nesta sexta-feira ao canal Rai 3 o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani.

Tajani é o vice-líder do partido de Berlusconi, 'Forza Italia', que integra a coalizão de governo da primeira-ministra Giorgia Meloni.

Berlusconi, chamado por alguns analistas de "o imortal" por sua carreira longeva, atualmente é senador.

Os médicos informaram na quinta-feira que ele recebe tratamento para uma infecção pulmonar derivada de uma leucemia mieloide crônica.

O ex-primeiro-ministro e atual senador Matteo Renzi, um político de centro que foi durante muitos anos rival de Berlusconi, enviou uma mensagem de apoio nesta sexta-feira.

"Força Silvio. Esperamos você sorrindo no Senado", tuitou.

Berlusconi, um dos homens mais ricos da Itália, com uma fortuna avaliada pela revista Forbes em 6,4 bilhões de euros, foi hospitalizado diversas vezes nos últimos anos.

Silvio Berlusconi foi primeiro-ministro durante um total de nove anos entre 1994 e 2011. Ele dominou a política do país durante duas décadas, apesar dos escândalos sexuais e dos processos que abalaram sua imagem.

A Itália entrou nesta segunda-feira (26) em um período de incerteza após a vitória nas eleições legislativas de Giorgia Meloni, que lidera uma coalizão de extrema-direita e direita, que enfrentará grandes desafios econômicos e políticos.

Depois de conquistar a maioria absoluta no Parlamento, a líder do partido Irmãos da Itália (Fratelli d'Italia, pós-fascista) e seus aliados Matteo Salvini, da Liga (anti-imigração), e Silvio Berlusconi, do Força Itália (direita), tentarão formar o governo nos próximos dias.

A apuração dos votos confirmou na manhã desta segunda-feira a grande vantagem de Meloni, que recebeu mais de 26% dos votos. Seu partido tornou-se a principal força do país, à frente do Partido Democrata (PD, centro-esquerda) de Enrico Letta (19%).

Com a Liga e o Força Itália, ela terá maioria absoluta na Câmara dos Deputados e no Senado.

Em seu primeiro discurso após a eleição, Meloni prometeu "governar para todos" os italianos. "Vamos trabalhar com o objetivo de unir o povo", disse.

"A Itália tem cinco anos pela frente da estabilidade", afirmou Salvini, enquanto o magnata Berlusconi retorna ao Senado depois de ter sido expulso do Parlamento em 2013 por sua condenação por fraude fiscal.

"Seremos determinantes e decisivos. Obrigado a todos", tuitou Berlusconi, que retorna aos holofotes poucos dias depois de completar 86 anos.

A imprensa conservadora celebra o resultado. "Revolução nas urnas", afirma Il Giornale, o jornal da família Berlusconi. "A esquerda derrotada (somos) livres!!!", destaca o jornal Libero.

"Meloni toma a Itália" é a manchete do La Repubblica, jornal de esquerda que fez muitas críticas à líder do Irmãos da Itália durante a campanha. O La Stampa menciona as "mil incógnitas" que na Itália após a "vitória histórica" da extrema-direita.

A UE afirmou que trabalha com todos os governos que emergem das eleições no bloco e espera uma cooperação com o novo Executivo da Itália.

"Esperamos ter uma cooperação construtiva com as novas autoridades italianas. No momento, esperamos que a Itália proceda com a nomeação de um governo", disse Eric Mamer, porta-voz da Comissão Europeia, o braço Executivo da UE.

O governo da Alemanha afirmou esperar que Itália continua "muito favorável a Europa", apesar da vitória do partido pós-fascista nas urnas.

"A Itália é um país muito favorável a Europa, com cidadãos e cidadãs muito favoráveis a Europa. E partimos do princípio de que isto não mudará", disse Wolfgang Büchner, porta-voz do governo alemão.

- Desafios econômicos -

O novo Executivo sucederá o governo de unidade nacional liderado desde janeiro de 2021 por Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), que assumiu o governo da terceira maior economia da zona do euro quando o país enfrentava as dificuldades da pandemia.

Draghi negociou com a UE uma ajuda financeira de quase 200 bilhões de euros, em troca de profundas reformas econômicas e institucionais do país.

Apesar do que estava em jogo, vários partidos que aceitaram integrar o governo decidiram derrubar o Executivo de Draghi nos últimos meses por motivos puramente eleitorais, o que provocou a convocação de legislativas antecipadas.

O novo governo terá que administrar a crise provocada por uma inflação galopante, enquanto a Itália enfrenta uma dívida que representa 150% do PIB, a segunda maior da Eurozona, atrás apenas da Grécia.

Os investidores oscilavam nesta segunda-feira entre a preocupação e a cautela após a vitória da líder pós-fascista.

A Bolsa de Milão fechou o dia com alta de 0,67%, o melhor rendimento dos mercados europeus, que aguardam os próximos acontecimentos antes de reagir.

- Uma vitória que divide a Europa -

Enquanto Meloni recebeu o apoio entusiasta dos governos de direita e conservadores da Polônia e Hungria, além de cumprimentos do partido VOX de extrema direita da Espanha e do Rassemblement National (RN) da França, outros países manifestaram abertamente sua preocupação.

Os populismos "sempre terminam em catástrofe", afirmou o ministro das Relações Exteriores do governo socialista da Espanha, José Manuel Albares.

Na França, a primeira-ministra, Elisabeth Borne, advertiu que seu país estará "atento" ao "respeito" aos direitos humanos e ao aborto, enquanto a Alemanha espera que a Itália continue sendo "muito favorável à Europa".

O secretário da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, manifestou o desejo de trabalhar juntos, destacando que uma das linhas de trabalho será o respeito aos direitos humanos.

"A Itália é um aliado fundamental, uma democracia forte e um sócio precioso", escreveu em um tuíte.

"Estamos prontos para trabalhar com qualquer força política que seja capaz de superar o ódio ao nosso país (...) e ser mais construtiva nas relações", declarou por sua vez Dmitri Peskov, secretário de imprensa do presidente russo Vladimir Putin, ao se referir a um dos maiores desafios para o futuro governo: a guerra na Ucrânia após a invasão russa.

O ex-primeiro-ministro e magnata das comunicações Silvio Berlusconi anunciou neste sábado(22) a retirada de sua candidatura à presidência da Itália, dois dias antes do início da votação no Parlamento.

'Il Cavaliere', de 85 anos, faz campanha há semanas para substituir o presidente Sergio Mattarella, embora poucos analistas acreditem que ele tenha apoio suficiente para vencer.

Em um comunicado durante uma reunião virtual com líderes da direita italiana, Berlusconi insistiu que tinha votos suficientes, mas por "responsabilidade nacional", pediu aos que propuseram seu nome que o retirassem.

"Hoje, a Itália precisa de unidade", disse ele, aludindo à atual pandemia de covid-19. "Continuarei a servir meu país de outras maneiras", acrescentou.

O principal candidato à presidência continua sendo o primeiro-ministro Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu que liderou o governo de unidade nacional da Itália no ano passado.

Berlusconi, cujo partido Força Itália é membro do governo, repetiu seu desejo de que Draghi permaneça no cargo até as próximas eleições legislativas em 2023.

"Considero necessário que o governo Draghi complete seu trabalho até o final da legislatura", escreveu ele em comunicado divulgado por seu porta-voz.

Desta forma, será possível garantir a implementação das reformas exigidas pela União Europeia, lançadas há um ano para obter fundos europeus pós-covid e evitar uma crise governamental.

Berlusconi disse que trabalharia com Matteo Salvini, do partido anti-imigração La Liga, e Giorgia Meloni, dos Irmãos da Itália, de extrema-direita, para chegar a um acordo sobre um nome capaz de obter "amplo consenso".

O parlamento italiano começa a votar na segunda-feira para eleger um novo presidente da República. Nos três primeiros turnos de votação, uma maioria de dois terços é necessária, mas a partir do quarto turno, uma maioria simples é suficiente.

O cargo de presidente na Itália é em grande parte cerimonial, mas desempenha um papel crucial de arbitragem durante crises políticas e exerce influência significativa.

O mandato é de sete anos.

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi foi internado em um hospital de Mônaco após sofrer um problema cardíaco, informaram nesta quinta-feira (14) um porta-voz e seu médico pessoal.

O ex-magnata da mídia de 84 anos "foi internado no hospital cardiotorácico para exames. Ele voltará para casa em alguns dias", disse seu porta-voz à AFP.

Seu médico pessoal, Alberto Zangrillo, afirmou à agência ANSA que precisou ir com urgência à casa de Berlusconi, no sul da França, na segunda-feira (11), já que o político apresentava arritmia cardíaca.

Em setembro, Berlusconi passou 11 dias internado devido à Covid-19, o que ele descreveu como "o pior transe da minha vida". O político havia contraído o coronavírus ao retornar das férias na ilha da Sardenha.

Dois de seus filhos, assim como sua atual companheira, Marta Fascina, contraíram a doença.

Berlusconi, fundador do partido de centro-direita Forza Italia, foi primeiro-ministro três vezes entre 1994 e 2011 e fez uma cirurgia cardíaca em 2016.

O bilionário e ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que se lançou há 25 anos na arena política, foi eleito pela primeira vez para o Parlamento Europeu.

O magnata das comunicações, de 82 anos, com problemas de saúde, preparou-se a seu modo para esta nova missão: comprou uma magnífica mansão em Bruxelas com piscina, academia e salão de festa no bairro das embaixadas, segundo o jornal La Stampa.

Seu partido, Forza Italia, faz parte da família do PPE - um conjunto de siglas da direita a favor da Europa - e reivindica a presidência da Comissão Europeia, o principal cargo em jogo.

"Eu serei o único líder que realmente estará na Europa, porque estarei fisicamente em Bruxelas, além de ser um parlamentar muito experiente", disse ele dois dias antes da votação.

"Eu acho que Viktor Orban (ultraconservador) é um cão solto, mas ele está fazendo um bom trabalho na Hungria e definitivamente vai ficar no PPE", comentou.

O partido soberanista do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, obteve uma vitória esmagadora no domingo, com 52,3% dos votos.

Berlusconi prometeu renovar os laços da UE com a Rússia de Vladimir Putin, seu grande amigo.

"Precisamos superar os problemas e fazer com que a Federação Russa se junte a outros países europeus, porque a Rússia é certamente um país ocidental", disse.

"O perigo para o nosso futuro é a China, por causa de sua economia e população", alertou.

Berlusconi chega ao Parlamento Europeu liderando uma legenda muito fraca, que representa apenas 8,8% dos votos na Itália, amplamente superada pela Liga de extrema direita.

A última vez que "Il Cavaliere" se apresentou foi nas eleições gerais do ano passado, em que seu nome liderou a lista do seu partido. Ele estava inelegível, por fraude fiscal, desde 2013, ano em que teve de deixar o Senado.

Berlusconi foi considerado pela Comissão Antimáfia do Parlamento italiano como um dos "candidatos não representáveis" nas eleições europeias, devido aos seus inúmeros problemas jurídicos.

O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi afirmou que será candidato nas eleições para o Parlamento Europeu, em maio, porque quer lutar por uma União Europeia mais unida e fiel à visão dos fundadores do bloco.

Berlusconi, de 82 anos, discursou na convenção do seu partido de centro-direita, Forza Italia, que nos últimos anos tem perdido popularidade com a ida de eleitores para partidos de direita com mensagens anti-migração e céticas quanto à UE, especialmente o partido Liga, que governa a Itália em coalizão com o populista Movimento 5 Estrelas (M5S).

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Berlusconi disse neste sábado que quer que a Europa "retorne ao projeto dos fundadores, que queriam uma Europa muito mais unida, uma Europa com só uma política externa, com só uma política de defesa". Ao se unir no âmbito militar, a Europa poderia se tornar "uma potência militar mundial", disse ele, que poderia se sentar "com outras potências militares à mesa em que o destino do mundo" é decidido.

Berlusconi havia sido proibido de se candidatar a cargos públicos por quase cinco anos em decorrência de uma condenação por fraude fiscal. Mencionando sua boa conduta, um tribunal decidiu no ano passado que ele poderia se candidatar novamente.

O célebre diretor de cinema italiano Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013 com "A grande beleza", lançou nesta terça-feira na Itália seu novo filme sobre Silvio Berlusconi, um retrato decadente de um mundo obsessivo por sexo e drogas.

Dividido em duas partes -a segunda estreará na Itália no dia 10 de maio -, o filme "Loro" (Eles, em tradução livre), ilustra uma sociedade italiana imoral e ambiciosa.

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Centrado no período que vai de 2006 a 2011, quando o primeiro ministro Berlusconi costumava organizar em suas mansões festas com belas mulheres, muitas delas prostitutas, o filme descreve uma época de escândalos sexuais e judiciais protagonizados pelo político milionário. Sexo, drogas e prostituição se transformam em cultura de massas e no passaporte para chegar aos salões do poder e à riqueza.

Esse primeiro filme foi em parte inspirado na história do empresário Gianpaolo Tarantini, interpretado pelo ator italiano Riccardo Scamarcio com o nome de Sergio Morra, a pessoa que na vida real organizou as festas eróticas de Berlusconi com prostitutas e que atualmente está preso por tráfico de drogas.

"Loro" retrata com o olhar de Sorrentino a sociedade "berlusconiana" e resulta em uma alegoria desconcertante do poder, de como ele encanta e engana.

"Sou italiano e quero fazer um filme sobre os italianos. Berlusconi é um arquétipo da 'italianità' e, através dele, pode-se contar como são os italianos", comentou Sorrentino há alguns meses.

Quando o ex-premiê Silvio Berlusconi estava prestes a entregar a sua cédula de votação, nas eleições italianas deste domingo, uma ativista subiu na mesa e fez topless, para protestar.

Os analistas preveem que a única coalizão com chance de alcançar uma maioria absoluta é a coalizão de centro-direita ancorada pelo partido Força Itália, de Berlusconi. A coalizão inclui a Liga, que é contra a imigração, e o partido nacionalista e neofascista Irmãos da Itália.

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O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi é alvo de mais uma investigação da Procuradoria de Milão por ter continuado a pagar uma "mesada" para jovens que participavam de suas famosas festas na mansão Arcore, conhecidas como "bunga-bunga.

A informação do novo inquérito havia sido divulgada nesta quinta-feira (26) pela imprensa italiana e foi confirmada por fontes ligadas aos procuradores Tiziana Siciliano e Luca Gaglio.

Berlusconi teria continuado a enviar dinheiro para 13 mulheres, incluindo a brasileira Iris Berardi, entre abril e junho de 2015 e em novembro do ano passado, em somas que podiam chegar a até 15 mil euros por mês.

O ex-premier já está sendo investigado por corrupção contra o sistema judiciário e falso testemunho, já que teria pago os valores para as jovens não contarem a verdade durante as audiências. Amanhã (28), será realizada uma audiência preliminar para definir se ele se tornará réu ou não nesse processo, batizado de "Ruby ter". Se indiciado, essa seria a terceira investigação sobre as festas "bunga-bunga".

Essa nova "fase" do "Ruby ter" foi baseada em depoimentos, especialmente, do testemunho feito em dezembro do ano passado por Giuseppe Spinelli. O contador italiano é acusado de ser o responsável por esses pagamentos.

De acordo com as informações dos procuradores, as 13 mulheres teriam se dirigido a Arcore para pedir mais dinheiro durante os dois períodos de tempo investigado - a pausa nos pagamentos teria sido um pedido do contador. Após ordem de Berlusconi, o dinheiro teria sido dado a elas por Spinelli.

O contador deu o nome das 13 mulheres que teriam pedido o dinheiro. Além da brasileira Berardi, foram pedir a "mesada" Ioana Amarghioale, Manuela Ferrara, uma das gêmeas De Vivo, Aris Espinosa, Barbara Guerra, Giovanna Rigato, Miriam Loddo, Raissa Skorkina, Alessandra Sorcinelli, Silvia Trevaini, Elisa Toti e Ioana Visan.

De acordo com os investigadores, Aris Espinoza recebeu dinheiro equivalente para pagar o aluguel de sua casa e Manuela Ferrara chegou a receber a quantia entre 35 mil euros e 40 mil euros durante os meses de 2015.

Emails divulgados pelo WikiLeaks mostram que a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, insinuou que o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi chorou ao ouvir da então secretária de Estado um pedido de desculpas pelo vazamento de documentos diplomáticos por parte do site de Julian Assange.

A declaração foi dada durante uma conferência organizada pelo banco Goldman Sachs, um dos protagonistas da crise do suprime. Hillary sempre se negou a divulgar o conteúdo de suas palestras às grandes instituições financeiras do país, apesar da insistência do republicano Donald Trump.

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O comentário sobre Berlusconi - apesar de Hillary não citá-lo nominalmente - ocorreu no dia 29 de outubro de 2013, quando ela já tinha deixado o Departamento de Estado. Na conferência, realizada no Arizona, a democrata foi "entrevistada" pelo CEO do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein.

Na transcrição, obtida pelo WikiLeaks entre os emails roubados do chefe de campanha de Hillary, John Podesta, ela primeiro se certifica de que ninguém está gravando Em seguida, começa a contar: "Ok. Eu era secretária de Estado quando aconteceu o WikiLeaks. Foram divulgadas centenas de milhares de documentos. E eu precisei fazer o tour das desculpas. Devia me desculpar com qualquer um que tivesse sido descrito nos arquivos de uma maneira não tão lisonjeira. E foi doloroso. Líderes que continuarão anônimos, que eram caracterizados como vaidosos, egoístas e famintos por poder".

Depois Hillary afirma que tais líderes eram corruptos. "E nós sabíamos que o eram. Isso não era ficção. E eu tive de dizer: 'Às vezes nossos embaixadores se deixam levar, querem todos ser literatos'. Eu ouvi homens adultos chorando. Literalmente: 'Eu sou um amigo da América, e você fala aquelas coisas de mim'", acrescenta.

Aí Blankfein a interrompe e diz que ela estava usando um sotaque italiano. "Tenha senso de humor", responde Hillary. Para concluir, o CEO do Goldman Sachs afirma: "E então você disse: 'Silvio...'". Logo em seguida, os dois começam a rir.

Nos documentos revelados pelo WikiLeaks em 2010, o então embaixador dos EUA em Roma, David Thorne, diz que Berlusconi, então primeiro-ministro da Itália, estava "enfraquecido" e que suas "frequentes noitadas" o prejudicavam. Além disso, em outro arquivo, um diplomata norte-americano o chama de "irresponsável e pouco eficaz".

Nas últimas semanas, o site de Julian Assange tem divulgado centenas de emails envolvendo a equipe de Hillary Clinton e o Partido Democrata. No início do mês, o australiano havia dito que as revelações seriam "significativas" para a eleição presidencial nos EUA.

O ex-primeiro-ministro italiano e magnata dos meios de comunicação Silvio Berlusconi completa 80 anos nesta quinta-feira e confessa que deseja encarar o outono da vida como um patriarca, ao lado da família e longe da política.

"Tenho cinco filhos e 10 netos. Isto faz de mim um patriarca. Assim eu sinto", afirmou o bilionário em uma entrevista ao diretor de redação da revista "Chi" (Quem), seu amigo Alfonso Signorini.

"O que entendi, e o que talvez é o mais importante, é que vou passar mais tempo com meus filhos e netos", disse o empresário, dono da revista.

"Eles são o meu futuro", afirma a capa da revista, que exibe uma fotografia do magnata com os netos, no que pode ser interpretado por alguns como um adeus à vida pública.

O outrora homem mais poderoso da Itália, que dominou a política do país por duas décadas e protagonizou diversos escândalos judiciais e sexuais, chega aos 80 anos depois de várias cirurgias e mais sensato.

Depois de passar por uma delicada operação cardíaca em junho para substituir uma válvula aórtica, Berlusconi se refugiou em sua mansão de Milão e evita aparecer em público.

Berlusconi admitiu que nunca pensou na idade, "ao contrário, sempre sentia que estava com 40 anos, cheio de curiosidade e com vontade de fazer as coisas".

"A doença chegou de forma inesperada. E depois da operação também veio a clara consciência de que sou um homem de 80 anos", confessa.

Distante da política e de sua empresa, sem administrar o clube do coração (Milan), que vendeu para empresários chineses, e afastado do partido que fundou (Força Itália), o magnata entra em uma nova fase.

O homem que fez da simpatia sua arma secreta, capaz de se comunicar como poucos com o italiano das ruas, admitiu: "A política nunca me apaixonou".

"Só me fez perder muito tempo energia, e se decidi entrar na arena foi simplesmente para impedir que os comunistas chegassem ao poder", disse.

Com um discurso anticomunista, Berlusconi afirma ter sido traído e não deixa sucessores.

"Quando penso bem, não tenho um só amigo na política. Mas não sou uma pessoa rancorosa. Quem traiu, não traiu a mim, e sim os seus eleitores", disse.

Uma confissão amarga, uma alfinetada em centenas de políticos que construíram carreiras e fortunas a seu lado e que, em alguns casos, se aliaram à centro-esquerda contra sua vontade para permanecer no poder.

O jornal Il Corriere della Sera, no entanto, não descarta que Berlusconi pense em um novo projeto político, já que seu movimento, sem sua liderança, está desaparecendo.

O empresário não deseja presentes ("se querem, façam caridade") e anunciou que festejará com a família e a noiva, 50 anos mais jovem, a terceira mulher de sua vida após as duas primeiras esposas.

O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi foi hospitalizado nesta terça-feira para realizar uma série de exames após os médicos descobrirem há alguns dias que ele sofre de uma insuficiência cardíaca.

Berlusconi, que irá completar 80 anos em setembro, ficará internado no hospital São Raffaele de Milão por alguns dias. Segundo a porta-voz do partido Forza Italia, Deborah Bergamini, o empresário bilionário nunca tinha sofrido qualquer doença súbita e sempre se sentiu bem.

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Berlusconi foi afastado da política desde que foi condenado em 2015 a três anos de prisão por uma fraude fiscal em 2013. A condenação, no entanto, não foi aplicada porque o delito estava perto de ser prescrito. O ex-chefe do governo ainda dirige seu partido Forza Italia, o que, juntamente com outros partidos de centro-direita teve uma exibição medíocre no fim de semana nas eleições locais. Fonte: Associated Press.

A justiça italiana pediu oficialmente ao governo brasileiro para ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um processo envolvendo um empresário italiano e o ex-premiê da Itália, Silvio Berlusconi. Lula seria ouvido na condição de testemunha. Fontes no Ministério da Justiça da Itália confirmaram com exclusividade ao Estado que uma carta rogatória foi enviada para Brasília em setembro. O Ministério Público italiano pede para ouvir Lula e também solicita informações sobre a suposta relação do ex-presidente com Valter Lavitola, apontado como operador de diversos negócios do ex-premiê italiano. O empresário foi condenado por extorsão e está preso em Nápoles.

O documento foi enviado pelo Ministério da Justiça italiano ao Ministério da Justiça brasileiro, que também tem a função de encaminhá-lo para a Procuradoria-Geral da República. Por enquanto, o governo brasileiro não respondeu se aceita a cooperação.

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Carta

Os pedidos de informação e da oitiva de Lula se baseiam em uma carta de Lavitola datada de 13 dezembro de 2011 e endereçada a Berlusconi. Nela, o empresário cita o ex-presidente ao falar sobre uma concessão que teria adquirido para exploração de madeira na Amazônia.

Na carta, o empresário diz que Lula atuou para favorecê-lo em uma disputa legal quando o empresário teria vendido parte da concessão para uma segunda empresa, de nacionalidade chinesa e que não teve seu nome revelado. "Ele (Lula) só conseguiu obter da direção da companhia compradora que, com uma sentença (obviamente concordada) de uma Corte Arbitral, venha impor a eles um acordo comigo", escreveu o italiano.

Lavitola lamenta, porém, que, naquele momento, o ex-presidente brasileiro não estaria mais ajudando. "O calor do processo judiciário está determinando um compreensível, mas odioso, ostracismo em minha relação. Ninguém quer assinar nada que tenha a ver comigo e infelizmente o presidente Lula (que se confirmou como um verdadeiro amigo) já não conta quase nada", escreveu.

Até hoje, as autoridades italianas não conseguiram identificar qual seria a madeireira de Lavitola e esperam contar com as respostas de Lula para mapear os negócios do italiano no Brasil. Em maio de 2014, quando a reportagem do Estado revelou a carta de Lavitola a Berlusconi, a assessoria do ex-presidente disse, por meio do Instituto Lula, que ele nunca ouvira falar do empresário, que morou no País em 2008.

O advogado, de Lavitola, Antonio Cirilo, disse que a carta é falsa e que alguém do "serviço secreto americano" a escreveu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi provocou polêmica ao dizer, neste sábado (26), que "para os alemães, os campos de concentração nunca existiram". Berlusconi participava de uma apresentação dos candidatos do seu partido de centro-direita, o Forza Itália, e cometeu a nova gafe ao relembrar de outro episódio envolvendo o socialista alemão Martin Schulz, deputado do Parlamento Europeu e candidato à presidência da Comissão Europeia.

O ex-chefe do governo italiano disse que não teve a intenção de ofender o político em 2003, quando em tom de brincadeira ofereceu a Schulz um papel em um filme como "kapo" (detento indicado como supervisor) de um campo de concentração. Em seguida, Berlusconi acrescentou "de acordo com eles, os campos de concentração nunca existiram".

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A ministra da Família alemã, Manuela Schwesig, classificou, em seu perfil no Twitter, como "indescritíveis" as declarações do ex-premiê da Itália e pediu uma luta contra a extrema-direita "populista".

Berlusconi perdeu seu assento no Senado italiano e está proibido de concorrer às eleições devido a sua condenação por fraude fiscal, mas ainda mantém a liderança do partido. Fonte: Associated Press.

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi começou a ser julgado hoje por corrupção, em mais um de uma série de processos contra o homem que governou a Itália por três vezes nas últimas duas décadas.

Berlusconi e um outro réu são acusados de terem pago 3 milhões de euros a um senador para que mudasse de partido, enfraquecendo assim a base política do segundo governo de Romano Prodi, que acabou caindo.

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O ex-primeiro-ministro, que nega a acusação, não esteve presente à audiência inaugural do processo. Já o ex-senador Sergio de Gregorio admitiu ter recebido 3 milhões de euros entre 2006 e 2008 para trocar de partido, deixando a situação e indo para a oposição.

Antonio di Pietro, ex-presidente do partido ao qual pertencia De Gregorio, disse perante o tribunal napolitano que o segundo governo de Prodi "caiu por causa de um ato criminoso, de um ato de corrupção".

No ano passado, Berlusconi teve seu mandato de senador cassado depois de ter sido condenado por fraude tributária. Fonte: Associated Press.

O Senado italiano iniciou os debates sobre se cassa ou não o mandado de Silvio Berlusconi após sua condenação por fraude fiscal. Partidários do político, que foi três vezes primeiro-ministro, se reuniram em frente ao prédio da câmara alta italiana para uma manifestação política.

O ex-premiê é líder do Forza Italia, partido que perdeu força e agora faz parte da oposição ao governo do primeiro-ministro Enrico Letta.

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O Supremo Tribunal italiano manteve, em 1º de agosto, a sentença de quatro anos de prisão para de Berlusconi por fraude fiscal. O Senado deve cassar seu mandado com base em uma lei de 2012 que proíbe qualquer pessoa sentenciada a mais de dois anos de prisão de manter ou concorrer a cargo público por seis anos.

Tendo em vista que o partido do ex-premiê tem minoria na câmara alta, a maior parte dos senadores deve votar a favor de sua cassação. Na semana passada, o presidente Giorgio Napolitano efetivamente selou o destino de Berlusconi quando, num comunicado escrito sem rodeios, recusou-se a conceder perdão ao magnata das comunicações.

Se perder o mandato, a expulsão de Berlusconi do Senado entrará em vigor imediatamente e será irreversível, segundo seus próprios advogados. O ex-primeiro-ministro disse que não estará presente durante a votação. Em vez disso, ele participará de uma manifestação em Roma para protestar contra o que descreve como uma "caça às bruxas" contra ele.

Berlusconi diz que os magistrados italianos, que o acusam de vários crimes, dentre eles fraude fiscal e de ter mantido relações sexuais com uma menor, são uma ferramenta da oposição de esquerda. Ele costuma descrever seus problemas judiciais como parte de um "golpe de Estado" que tem como objetivo eliminar o principal líder do bloco conservador italiano.

"Todos os que sabem o que está acontecendo e estão preocupados sairão hoje, não tanto para me defender, mas porque prezam o futuro do país e nossa liberdade", declarou Berlusconi na noite de terça-feira durante um talk show transmitido por um dos três canais de televisão dos quais é dono. "A manifestação...é apenas o começo."

A perda do mandato parlamentar representaria o mais recente retrocesso sofrido por ele neste ano. Em meados do mês seu partido se dividiu, em parte por causa de seus problemas com a Justiça, o que o deixou com um grupo parlamentar menor. A situação priva Berlusconi do papel de influência que ele tinha até recentemente na coalizão liderada por Letta. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, sofreu um revés neste sábado (16) após seu herdeiro político deixar o partido de centro-direita para formar um novo grupo político. O acontecimento pode estabilizar o apoio ao frágil governo de coalizão do atual primeiro-ministro Enrico Letta.

A cisão, ocorrida um dia antes da assembleia nacional, deixa Berlusconi com um partido menor e enfraquecido. Angelino Alfano, escolhido por Berlusconi como seu sucessor e secretário de seu partido, anunciou a criação de um novo grupo parlamentar, que já conta com 30 políticos no Senado e 27 na Câmara Baixa. A divisão do partido também agrava os questionamentos que ocorrem na Itália sobre o papel político de Berlusconi.

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Após ser condenado por fraude fiscal em agosto, o ex-primeiro-ministro deverá presta um ano de serviço comunitário e ficar dois anos fora da vida pública. Ele também não poderá concorrer nas eleições do ano que vem. No dia 27 de novembro, o Senado realizará votação final sobre a manutenção de sua cadeira no Parlamento.

"O principal motivo de minha saída do partido foi que vi a facção pressionando para uma crise no governo e a convocação de eleições antecipadas começou a se tornar uma possibilidade", disse Alfano, acrescentando que o governo precisa de pelo menos mais 12 meses para atingir seus objetivos.

Ele confirmou que ele e seus apoiadores irão votar contra a expulsão de Berlusconi do Senado. Mas acrescentou que os problemas judiciais do ex-premiê devem ser separadas das decisões políticas e do apoio ao governo de Letta.

Analistas políticos dizem que a incapacidade de manter seu partido unido é um sinal do declínio da influência política de Berlusconi e o início de uma nova e mais radical fase política.

Em discurso hoje no encontro de seu partido, Berlusconi admitiu que, após a cisão, não haverá votos suficientes para derrubar o atual governo. A coalizão de governo de Letta está baseada no Partido Democrático de centro-esquerda de no grupo opositor a Berlusconi. Graças a saída do grupo de Alfano, o primeiro-ministro terá agora a maioria necessária para sobreviver, mesmo que Berlusconi decida romper a aliança. Berlusconi vinha ameaçando faze-lo se o Senado votasse a favor de sua expulsão. Fonte: Dow Jones Newsiwre.

Um juiz italiano ordenou que o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi seja julgado em fevereiro por acusações de corrupção política. O advogado de um outro réu no mesmo caso, Valter Lavitola, ex-editor do jornal do partido de Berlusconi, afirmou a uma rede de televisão que o indiciamento foi emitido por um juiz em Nápoles.

Berlusconi e Lavitola são acusados de terem feito um pagamento anos atrás ao ex-senador Sergio De Gregorio para trocar a coalizão de centro-esquerda pelo bloco de centro-direita liderado pelo ex-premiê. A mudança de lado do senador acabou levando ao colapso do governo na época. Fonte: Associated Press.

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Uma comissão do Senado italiano votou hoje pela cassação do mandato de senador do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, recentemente condenado à prisão por fraude fiscal. A decisão abre caminho para que a cassação do mais influente e controverso líder político italiano das últimas décadas seja votada pelo plenário do Senado. A expectativa é de que essa votação ocorra em meados de outubro.

A maioria dos 23 senadores aptos a votar decidiu pela perda de mandato, anunciou Dario Stefano, presidente da comissão. Berlusconi não compareceu à sessão sob a alegação de que a comissão carecia de imparcialidade. Segundo ele, a votação faz parte de um complô político implementado por seus inimigos para o derrubarem.

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A votação encerra uma semana turbulenta na qual o líder da centro-direita italiana recuou de uma tentativa de derrubar o governo do primeiro-ministro Enrico Letta depois de perder apoio em suas próprias fileiras. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi afirmou que vai permanecer na política mesmo que tenha o mandato cassado pelos colegas no Senado da Itália.

Depois de ter sido condenado pela justiça por fraudes fiscais, Berlusconi enfrenta nesta quarta-feira (18) uma votação na Casa que pode proibir o político de se eleger a um cargo público no país europeu por três anos.

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O ex-primeiro-ministro também se explicou à população italiana em um vídeo que foi transmitido nos principais canais da tevê do país.

Berlusconi pretende reverter a condenação recebida pela Corte Constitucional da Itália e pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Ele garantiu que é inocente de todas as acusações.

O vídeo, de 16 minutos, foi ao ar pouco antes de um comitê no Senado votar uma proposta pedindo o adiamento da decisão sobre a expulsão do magnata da Casa. A sugestão foi apresentada por um colega de partido de Berlusconi com a justificativa de que o político ainda pode recorrer da condenação. Fonte: Associated Press.

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