Tópicos | BERNIE SANDERS

O senador democrata norte-americano Bernie Sanders afirmou que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a necessidade de fortalecer os fundamentos democráticos não apenas no Brasil e nos Estados Unidos, mas no mundo. Ele defendeu ainda o combate à extrema direita e afirmou que o futuro da Amazônia é determinante para o planeta.

"Há uma ameaça massiva da extrema direita, seja [Donald] Trump ou [Jair] Bolsonaro, que tentam minar a democracia e o nosso trabalho é fortalecer a democracia no Brasil, nos Estados Unidos e em todo o mundo", disse Sanders, em conversa com jornalistas, após deixar a Blair House, onde Lula e a comitiva brasileira estão hospedados em Washington.

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Outro tema igualmente importante, de acordo com o senador democrata, é o clima. "O futuro da Amazônia vai determinar se vamos conseguir salvar o planeta ou não. E os Estados Unidos têm de estar envolvidos com o Brasil, com a Europa e fazendo tudo o que pudermos para acabar com o desmatamento e proteger a Amazônia", disse o senador, sem dar mais detalhes sobre a possibilidade de os EUA aderirem ao Fundo Amazônia, principal iniciativa de proteção às florestas no Brasil.

O democrata citou ainda a importância do encontro que Lula terá com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO). "As economias da América Latina e dos EUA têm de trabalhar para os trabalhadores não apenas para os bilionários", avaliou o democrata.

Sanders elogiou a conversa com Lula e disse esperar que o presidente tenha uma boa reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que deve ocorrer na tarde desta sexta-feira. Questionado sobre o tema das fake news, o democrata disse que essa é uma grande questão tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos.

Militantes discutem em Washington

Um pequeno grupo de manifestantes contrários a Lula tentava fazer barulho, pedindo novas eleições, o que chegou a incomodar Sanders, enquanto concedia entrevista à imprensa. Em outros momentos, apoiadores de Bolsonaro e do presidente Lula chegaram a bater boca e o policiamento próximo à Blair House, onde o brasileiro está hospedado, foi reforçado. Um ato a favor de Lula está previsto para o início desta tarde, organizado pelo Defend Democracy in Brazil, antes do seu encontro com Joe Biden.

No meio de todos os convidados, vestidos extremamente elegantes para assistir a posse do novo presidente dos Estados Unidos Joe Biden na quarta-feira (20), a roupa simples, quente e ecológica do senador Bernie Sanders viralizou nas redes sociais.

Enquanto a maioria dos homens vestiam casacos de inverno bem desenhados, o ex-candidato dos democratas chegou de jaqueta e luvas ecológicas, tricotadas por uma de suas eleitoras.

A foto tirada pelo fotógrafo da AFP Brendan Smialowski, onde Sanders aparece sentado, pernas e braços cruzados, com suas luvas bem visíveis, circulou rapidamente nas redes sociais e muitos internautas criaram paródias.

O senador, de 79 anos, aparece tanto no majestoso trono de ferro da aclamada série "Jogos de Tronos", quanto sentado em um banco ao lado de Tom Hanks em "Forrest Gump", nas cenas de "Star Wars" ou na famosa foto dos anos 1930, sentado sobre uma viga, com vista para o vazio, junto a trabalhadores em um arranha-céu em construção durante a hora de almoço.

Também aparece junto a Stalin, Roosevelt e Churchill em Yalta em 1945, entre os apóstolos da "Última Ceia" de Leonardo da Vinci, e na Lua, com um capacete de astronauta.

Senador de Vermont, estado do nordeste dos Estados Unidos, conhecido por suas estações de esqui, Sanders considerou sua roupa absolutamente adequada para a temperatura, em uma breve entrevista à rede CBS após a cerimônia de posse.

"Já sabem, em Vermont, conhecemos o frio. Não nos preocupamos com estar na moda, só queremos ter calor. Isso é o que fiz hoje", brincou. Sua esposa, Jane O'Meara Sanders, o apoiou com o tuíte "Jaqueta de Vermont, luvas de Vermont, sentido comum de Vermont".

Bernie Sanders fica à esquerda do Partido Democrata e tem fortes princípios ecológicos.

O senador Bernie Sanders declarou hoje apoio ao democrata Joe Biden na disputa pela presidência dos Estados Unidos, na eleição prevista para 3 de novembro. A notícia era esperada, já que Sanders concorria nas primárias do Partido Democrata e é bastante crítico de Trump.

Político independente, Sanders representa Vermont em Washington e é visto como nome mais à esquerda de Biden. De qualquer modo, ele fez um evento ao vivo em sua conta oficial no Twitter, com a presença virtual de Biden, para declarar seu apoio. "Precisamos nos unir para derrotar o presidente mais perigoso na história moderna", afirmou Sanders no Twitter.

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O senador Bernie Sanders pretende avaliar nesta quarta-feira (18) o futuro de sua campanha para a indicação da candidatura do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, depois de uma série de derrotas nas primárias para Joe Biden.

"A próxima primária acontecerá dentro de pelo menos três semanas", afirmou Faiz Shakir, diretor da campanha de Sanders, em um comunicado. "O senador Sanders terá conversas com seguidores para avaliar sua campanha", completou.

"No momento, ele está concentrado em avaliar a resposta das autoridades à epidemia de coronavírus e assegurar que cuidamos dos trabalhadores e dos mais vulneráveis", completou.

O congressista de 78 anos, que se define como "socialista democrático", sofreu diversas derrotas para o rival nas primárias democratas, o ex-vice-presidente Joe Biden, de 77 anos, mais moderado.

Biden venceu na terça-feira nos três estados que organizaram primárias: Arizona, Illinois e Flórida. Estas vitórias consolidam uma grande vantagem para que Biden conquiste a candidatura democrata para enfrentar o presidente Donald Trump nas eleições de 3 de novembro.

O ex-vice já conta com mais da metade dos 1.991 delegados necessários para ganhar a indicação na convenção partidária de julho. Sanders não fez declarações públicas desde os resultados eleitorais de terça-feira.

Joe Biden e Bernie Sanders criticaram com veemência algumas de suas políticas do passado em um debate na TV das primárias democratas, mas demonstraram união para criticar a gestão de Donald Trump sobre a pandemia de coronavírus.

O grande favorito para a indicação democrata, o moderado Biden, se comprometeu a escolher uma mulher como candidata à vice-presidente durante as eleições de novembro contra o republicano.

Pré-candidato de esquerda, Sanders afirmou que também escolheria "com toda probabilidade" uma mulher para sua chapa presidencial.

A crise de saúde abriu e encerrou o debate entre os pré-candidatos septuagenários, os únicos ainda com chances de vencer a disputa democrata

Biden afirmou que era necessário declarar "guerra" contra o coronavírus e "fazer muito mais do que Trump tem feito".

"Teria recorrido ao exército de imediato", disse o ex-vice-presidente de Barack Obama. "Os militares têm a capacidade de construir hospitais com 500 leitos, que o país precisa".

Sanders, 78 anos, acusou o atual presidente de "minar" o trabalho dos especialistas.

"Devemos silenciar este presidente agora", disse o senador, que se declara um socialista democrático. "É inaceitável que ele fique tagarelando informações não factuais que estão prejudicando o povo americano".

Sanders usou a pandemia para demonstrar as falhas do sistema de saúde americano e tentou destacar os benefícios de uma de suas propostas mais emblemáticas: a cobertura de saúde pública e universal.

- Bom debate de Biden -

Apesar da troca de farpas em vários temas (armas de fogo, grande plano de resgate bancário em 2008, guerra no Iraque), os dois prometeram uma frente comum contra o presidente republicano.

Sobre o acesso à saúde, à educação, o problema da grande dívida estudantil, a luta contra a mudança climática que "ameaça a humanidade, ambos estamos de acordo", disse Biden, 77 anos, que ressaltou que as diferenças entre ambos esta nos "detalhes".

"Mas estamos basicamente em divergência com o presidente", disse.

"Temos que vencer Donald Trump", declarou Biden, que apesar dos deslizes habituais teve um bom debate.

O encontro aconteceu em Washington, sem a presença do público e os pré-candidatos permaneceram a uma distância de 1,80 metro como medida de precaução pelo coronavírus. Os dois não apertaram as mãos e se cumprimentaram com um leve empurrão.

- "Debate ideológico" -

Depois de um início decepcionante nas primárias, Biden decolou e conseguiu o apoio de outros adversários moderados que desistiram da disputa. Ele passou a liderar as intenções de voto, em alguns casos com mais de 20 pontos de vantagem sobre Sanders.

O senador teve o caminho contrário: o bom início foi abalado na 'Superterça', o que se confirmou uma semana depois. Mas Sanders não desistiu das primárias e optou por participar no debate.

"Bernie" calcula que venceu o "debate ideológico" ao incluir muitas de suas ideias na agenda dos democratas.

"Temos problemas que precisamos resolver agora. O que a revolução vai fazer? Uma disrupção de tudo enquanto isso?", afirmou Biden.

O senador de Vermont criticou seu oponente por aceitar recursos de campanha dos "ricos e bilionários".

Biden consolidou uma vantagem cômoda na disputa para conseguir os delegados que decidirão o candidato democrata em julho. E os estados que votarão na terça-feira (Flórida, Ohio, Illinois e Arizona) devem ampliar sua liderança.

Na Flórida, em particular, que tem uma grande comunidade cubana, alguns comentários de Sanders foram considerados muito benevolentes a respeito do regime de Fidel Castro.

Joe Biden avançou na terça-feira na campanha para garantir a indicação do Partido Democrata à candidatura presidencial com uma vitória crucial em Michigan, depois da qual estendeu a mão a seu rival, o senador de esquerda Bernie Sanders, afirmando que juntos vão derrotar Donald Trump em novembro.

Em uma noite na qual seis estados votaram, o ex-vice-presidente triunfou em Mississippi, Missouri, em Idaho e no bastião chave de Michigan, ampliando a vantagem sobre o adversário, a quem fez um gesto incomum de aproximação em uma disputa interna acirrada.

"Quero agradecer Bernie Sanders e seus partidários por sua energia infatigável e sua paixão. Temos o mesmo objetivo e juntos vamos vencer Donald Trump", disse Biden na Filadélfia.

Caso as projeções sejam confirmadas, o ex-vice-presidente de Barack Obama, um político moderado de 77 anos, somaria a maioria dos 125 delegados de Michigan, em um duro golpe a Sanders em um dos estados cruciais para a definição do candidato dos democratas em julho.

A contagem dos votos era muito disputada em Washington, outro estado com uma grande quantidade de delegados, assim como na Dakota do Norte.

"Embora ainda falte um caminho, parece que vamos ter outra boa noite", celebrou Biden, que prometeu liderar uma recuperação "da alma da nação".

Michigan é considerado um "swing state" (estado pendular, ou independente, aquele sem um perfil eleitoral definido), que votou em Trump em 2016 e onde Sanders superou Hillary Clinton nas primárias democratas daquele ano.

O estado tinha mais de um terço dos 352 delegados em disputa na terça-feira.

Segundo as projeções, Biden também somará a maioria dos 68 delegados de Missouri, um estado rural do centro do país, e uma parte importante dos 36 votos em Mississippi (sul).

A contundente vitória em Mississippi, onde recebeu quase 80% dos votos, reflete sua popularidade em um segmento chave: os eleitores negros. No Missouri, Biden derrotou Sander por quase 25 pontos.

Joe Biden busca obter uma vantagem decisiva sobre Bernie Sanders que o aproxime da quantidade mínima de 1.991 delegados necessários para conquistar a indicação democrata em julho, depois dos grandes resultados conquistados nas votações da "Superterça" na semana passada.

Nas primárias de 3 de março, Biden venceu em 10 dos 14 estados, consolidando a posição de favorito que o impulsionou nos estados em disputa nesta terça-feira.

Nos últimos 10 dias, as primárias registraram uma mudança impressionante, desde que a vitória expressiva de Biden na Carolina do Sul reverteu a série de vitórias de Sanders, que ficou em segundo lugar em Iowa e triunfou em New Hampshire e Nevada, os primeiros estados a organizar a disputa interna.

A campanha de Trump desconsiderou os resultados de terça-feira e afirmou que "nunca importou quem será o candidato democrata".

"São duas faces da mesma moeda", afirmou o diretor de campanha do presidente republicano, Brad Parscale, antes de declarar que os dois buscam impor no governo uma "agenda socialista".

- "Uma noite dura" -

Sanders não discursou na terça-feira. Sua campanha afirmou que ele não pretende desistir e vai comparecer ao debate com Biden no próximo domingo.

A congressista Alexandria Ocasio-Cortez, um dos principais apoios de Sanders, afirmou que a terça-feira foi "uma noite dura para o movimento".

As primárias de terça-feira foram ofuscadas pela propagação do novo coronavírus - que já infectou 1.000 pessoas e provocou 28 mortes nos Estados Unidos. Biden e Sanders cancelaram seus comícios previstos para Cleveland, Ohio, seguindo a orientação das autoridades.

O estado, que organizará primárias na próxima semana, está em emergência desde segunda-feira, quando três casos da doença foram confirmados.

Os democratas anunciaram que o debate previsto para o domingo acontecerá sem a presença do público.

Trump, que organiza grandes comícios, não anunciou mudanças em sua agenda.

- "Uma coalizão tradicional democrata" -

"Biden está articulando uma coalizão tradicional democrata e isto ainda é algo muito potente", explicou Julian Zelizer, professor de História Política na Universidade de Princeton.

Se conseguir confirmar a candidatura, no entanto, Biden enfrentará um ambiente cada vez mais polarizado, como ilustrou um incidente muito compartilhado nas redes sociais pelos partidários de Trump enquanto os eleitores votavam na terça-feira.

Biden estava em uma fábrica da Fiat Chrysler em Michigan, onde foi bem recebido, mas foi confrontado por um dos funcionários. Ele o acusou de tentar restringir o direito constitucional para o porte de armas de fogo.

É um mentiroso de merda", respondeu o candidato. "Apoio a Segunda Emenda", disse, antes de responder, visivelmente irritado e com uma voz forte: "Não vou tirar a sua arma".

O senador Bernie Sanders lidera com folga as primárias democratas na Califórnia, celebradas durante a 'Superterça', mas a imprensa dos Estados Unidos evita declará-lo vencedor no estado que distribui o maior número de delegados para a convenção partidária.

Com quase 80% dos votos apurados, o senador progressista de Vermont tem 33%, contra 24% do ex-vice-presidente Joe Biden, que representa a ala mais moderada do partido.

Uma vitória na Califórnia permitiria a Sanders, que se define como um "socialista democrático", ser o principal rival de Biden, que venceu na maioria dos 14 estados que organizaram as primárias na terça-feira.

O bilionário Michael Bloomberg, que investiu a quantia recorde de 500 milhões de dólares (de sua fortuna pessoal) em publicidade, aparece em terceiro com 15%, o limite para obter delegados.

A senadora de Massachusetts Elizabeth Warren, que já foi uma das favoritas na disputa a nível nacional, estava abaixo deste limite, com 12%.

Apesar da liderança de Sanders na Califórnia, o estado mais populosos do país e bastião da esquerda americana, a imprensa americana não declarou um vencedor no estado.

Os californianos poderiam votar por correio até terça-feira e estas cédulas poderiam reduzir a diferença, particularmente se estes eleitores votaram depois que a campanha de Biden começou a ganhar força após a grande vitória na Carolina do Sul no sábado e do apoio recebido de três ex-rivais, Pete Buttigieg, Amy Klobuchar e Beto O'Rourke.

Nas primárias democratas de 2016, o partido precisou de quase um mês para contar todas as cédulas da disputa entre Sanders e Hillary Clinton na Califórnia, e a vantagem desta última caiu consideravelmente com os últimos votos.

Joe Biden capitalizou os apoios recebidos dos pré-candidatos que abandonaram as primárias democratas e conseguiu derrotar o senador progressista Bernie Sanders em vários estados importantes na 'Superterça', incluindo uma vitória surpreendente no Texas.

Depois de somar uma impressionante série de vitórias em estados populosos, Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama, assume a liderança da disputa democrata, que há duas semanas pertencia a Sanders.

O resultado no Texas - no qual as pesquisas apontavam a liderança de Sanders - encerra uma grande noite para Biden, que saiu vitorioso na maioria do 14 estados que compareceram às urnas.

Com 228 delegados em jogo, o Texas era o segundo estado mais importante da terça-feira, depois da Califórnia, onde as primeiras projeções apontam a vitória de Sanders.

Milhões de americanos votaram na 'Superterça', a data mais importante do calendário das primárias, um dia que distribui um terço do total de delegados da disputa interna democrata para a convenção partidária de julho.

"É uma boa noite e parece que vai ser ainda melhor! Não chama de 'Superterça' à toa", comemorou Biden diante de simpatizantes em Los Angeles após o anúncio das primeiras projeções.

De acordo com os resultados preliminares, o veterano político de 77 anos venceu na Virginia, estado que tem 99 delegados; Carolina do Norte (110), Alabama (52), Oklahoma (37), Tennessee (64), Arkansas (31), Minnestota (75), Massachusetts (91) e no Texas (228).

"Ainda não me enterraram", disse Biden, que entrou na disputa como favorito, mas que teve resultados decepcionantes nas três primeiras votações das primárias.

Biden chegou revitalizado à 'Superterça' depois de vencer no sábado a primária da Carolina do Sul com uma grande vantagem.

Com os resultados, a disputa, que começou com um número recorde de pré-candidatos, fica reduzida a um confronto entre a ala mais moderada do partido, representada pelo ex-vice-presidente, e o setor mais à esquerda representado por Sanders.

Na segunda-feira, Biden recebeu os apoios dos ex-pré-candidatos Pete Buttigieg, Amy Klobuchar e Beto O'Rourke, consolidando o aval dos moderados do partido, que temem que Bernie Sanders é muito radical para conseguir derrotar Trump.

O apoio de O'Rourke - que representou El Paso na Câmara de Representantes antes de tentar, sem sucesso, uma cadeira no Senado - pode ter sido crucial para Biden no Texas, onde Sanders liderava as pesquisas nas últimas semanas.

A 'Superterça' distribui 1.357 delegados e para obter a indicação do partido um candidato precisa de pelo menos 1.991.

Sanders luta agora para recuperar a vantagem que obteve após as vitórias em New Hampshire e Nevada e de terminar quase empatado em Iowa. Na terça-feira, ele venceu no estado de Vermont, pelo qual é senador, somando 16 delegados. Também triunfou no Colorado (67) e em Utah (29).

Para Sanders - que se descreve como "socialista democrático" - a fórmula para derrotar Trump é congregar "a maior participação de eleitores na história do país. Com este empenho, ele espera declarar vitória na Califórnia, estado que tem mais delegados (415).

"Hoje, eu afirmo que tenho absoluta confiança de que vou vencer a indicação democrata", declarou em Vermont.

Sua campanha - que defende ideias como a cobertura universal de saúde e o aumento do salário mínimo - capta boa parte do voto latino, tem grande mobilização e conseguiu uma arrecadação recorde com base em contribuições individuais

A 'Superterça' se tornou um balde de água fria para as candidaturas de Mike Bloomberg, 78 anos, o bilionário ex-prefeito de Nova York - que estreou nas urnas nesta jornada depois de gastar 500 milhões de dólares de sua fortuna na campanha -, e para a senadora progressista Elizabeth Warren.

O favorito Bernie Sanders e um Joe Biden fortalecido encaram as primárias democratas na crucial Superterça, em uma disputa pela indicação presidencial na qual o magnata Mike Bloomberg investiu uma fortuna na expectativa de obter bons resultados.

Um total de 14 estados, incluindo Califórnia e Texas, que concentram quase um sexto dos delegados da convenção nacional democrata que designará o candidato em julho, comparecem às urnas.

"A imprensa e os analistas declararam esta campanha morta. Mas a Carolina do Sul tinha algo a dizer sobre isso. E amanhã, Texas e Minnesota, e o restante dos estados da Superterça, terão muito a dizer sobre isso", declarou Biden durante um comício em Dallas na segunda-feira (2), depois de receber o apoio de figuras importantes do partido.

Após uma importante vitória nas primárias da Carolina do Sul no sábado, o ex-vice-presidente de Barack Obama recebeu na segunda-feira o apoio de três ex-pré-candidatos: a senadora Amy Klobuchar, o ex-congressista Beto O'Rourke e o ex-prefeito Pete Buttigeg.

O'Rourke havia abandonado a disputa em novembro, mas Klobuchar anunciou a desistência na segunda-feira e Buttigeg no domingo.

A saída dos moderados reduziu ainda mais o número de postulantes pela candidatura democrata à Casa Branca, que agora tem apenas cinco aspirantes, e a via do centro ficou amplamente aberta para Biden, que segundo as pesquisas tem boas chances de vencer o presidente Donald Trump, que disputará a reeleição, nas eleições de novembro.

Os novos apoios ao ex-vice-presidente buscam fortalecer um postulante de centro para derrotar o senador de esquerda Bernie Sanders, que lidera até o momento a disputa pela indicação, algo que inquieta o 'establishment' do partido.

"Bernie sempre enfrentou esta grande batalha (dentro do partido). Se ganhar a indicação, será algo enorme", declarou à AFP Jessica Chadwell, de 24 anos, que planeja votar em Sanders em Burlington, Vermont, onde o veterano senador foi prefeito.

- Terceiro nome na disputa -

Além de uma disputa entre os septuagenários Biden e Sanders, um terceiro homem da mesma faixa etária entra na disputa na Superterça para provocar a discórdia: Mike Bloomberg.

O magnata, que está entre os 10 homens mais ricos do mundo e que gastou mais 500 milhões de dólares em publicidade, estreia nas primárias na Superterça, data em que decidiu apostar todas as fichas depois que não participou nas quatro primeiras etapas das primárias, celebradas em Iowa, New Hampshire, Nevada e Carolina do Sul.

Um primeiro debate no qual não teve destaque e uma segunda participação pouco convincente reduziram o nível de apoio ao ex-prefeito de Nova York, mas ele permanece em terceiro lugar nas pesquisas, atrás de Sanders e Biden.

Um desempenho ruim de Bloomberg deixaria Biden sozinho como alternativa moderada a Sanders, que se autoproclama um "socialista democrático".

- Sanders favorito -

As pesquisas para a Superterça são amplamente favoráveis a Sanders, que aparece na liderança em três - Califórnia, Texas e Virginia - dos quatro estados que distribuem mais delegados à convenção nacional do partido.

Além disso, as pesquisas apontam a liderança do senador por Vermont em Massachusetts. Se este resultado for confirmado, pode significar o fim da campanha de Elizabeth Warren, senadora por este estado da costa leste.

Joe Biden aparece em primeiro lugar nas pesquisas na Carolina do Norte, onde o presidente Donald Trump organizou um comício na segunda-feira e prometeu vencer "os socialistas radicais".

Os pré-candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos atacaram na noite de terça-feira (26) o favorito Bernie Sanders, em um debate acirrado no qual questionaram a capacidade do senador para unir os eleitores e derrotar Donald Trump.

O debate celebrado em Charleston a quatro dias das primárias na Carolina do Sul foi uma oportunidade para o ex-vice-presidente Joe Biden tentar impulsionar sua campanha, após os resultados decepcionantes nas três primeiras etapas da disputa democrata.

Os rivais de Sanders criticaram suas opiniões de esquerda e seus planos, principalmente a reforma para dar uma cobertura universal de saúde, como muito radicais para convencer o eleitorado americano.

Sanders - que venceu as primárias em New Hampshire e em Nevada - rebateu as críticas de que é "muito radical" e disse que tem a seu favor o fato de ser capaz de inspirar a participação dos eleitores.

"A forma de derrotar Trump - que é o que todos desejam - é que precisamos de uma campanha com energia e emoção. E precisamos trazer de volta a classe trabalhadora para o Partido Democrata", disse.

A Carolina do Sul organizará a última votação antes da "Super Terça", em 3 de março, quando 14 estados votarão simultaneamente, com um terço dos delegados necessários para a indicação do partido em disputa.

Biden, que precisa provar na Carolina do Sul que continua sendo um candidato viável, advertiu que Sanders é brando no que diz respeito ao porte de armas, enquanto o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg disse que a Rússia tenta ajudar o senador para beneficiar Trump.

"Vladimir Putin pensa que Donald Trump deveria ser presidente dos Estados Unidos e por isto a Rússia o está ajudando a ser escolhido, para que seja derrotado por ele", declarou Bloomberg.

A senadora Elizabeth Warren e o ex-prefeito de South Bend (Indiana), Pete Buttigieg, dois candidatos que precisam de um impulso para seguir na disputa, atacaram o programa de Sanders por seus custos.

Buttigieg, um veterano do exército de 38 anos, afirmou que uma candidatura de Sanders provocaria o "caos" e dividiria os americanos.

Warren disse que compartilha a agenda progressista de Sanders, mas destacou que existem profundas diferenças entre os dois.

Em sua defesa, Sanders citou um estudo da Universidade de Yale que mostra que um plano de seguro universal de saúde salvaria 68.000 vidas a cada ano e representaria uma economia de 450 bilhões de dólares.

- Sanders reponde polêmica sobre Cuba -

Durante o debate, Sanders respondeu à polêmica provocada por suas declarações quando foi entrevistado no programa de TV "60 Minutes" a respeito de comentários feitos há três décadas sobre países como Cuba, em particular destacando que Fidel Castro organizou uma campanha de alfabetização.

"Eu sou contrário ao autoritarismo em todo o mundo", declarou Sanders no debate.

"Claro que há uma ditadura em Cuba", afirmou, ao ressaltar que seus comentários não são tão diferentes das declarações feitas pelo ex-presidente Barack Obama, que iniciou uma aproximação com Havana em 2014.

Embora tenha condenado o tratamento dos "dissidentes presos" na ilha, suas declarações no domingo provocaram críticas de outros candidatos e de congressistas democratas na Flórida, um reduto dos cubanos anticastristas e um estado crucial para conquistar a Casa Branca.

"Eu acredito que é uma boa ideia ser honesto sobre a política externa americana e isso inclui o fato de que os Estados Unidos derrubarem governos em todo o mundo, no Chile, na Guatemala, no Irã e quando as ditaduras, seja na China ou em Cuba, fazem algo de bom, você reconhece", afirmou durante o debate.

O ex-vice-presidente Joe Biden disse que o contexto em que Obama se expressou era diferente, pois estava no exterior. Ele afirmou que o ex-presidente nunca aceitou "regimes autoritários".

O senador Bernie Sanders está surgindo como vencedor das prévias deste sábado do Partido Democrata no estado de Nevada, de acordo com as projeções das redes de televisão Fox News e NBC, que o colocam como favorito para enfrentar o presidente Donald Trump nas eleições de novembro.

Mais de quatro horas após o início da votação, os meios de comunicação indicam que com cerca de 10% dos votos apurados, o senador da esquerda lidera com uma margem confortável, à frente do ex-vice-presidente Joe Biden, do ex-prefeito moderado Pete Buttigieg e da senadora Elizabeth Warren.

De acordo com a apuração, o senador por Vermont, teria 44,7% dos votos, seguido por Biden, com 19,5%, e Buttigieg, com 15,6%.

Sanders, de 78 anos, despertou a atenção dos eleitores por defender políticas progressistas, incluindo assistência médica universal e aumento do salário mínimo.

Ao se confirmar sua vitória nesta terceira votação interna do Partido Democrata para definir seu representante para concorrer à Casa Branca, depois de Iowa e New Hampshire, Sanders pode aumentar sua vantagem antes das prévias da "Super terça-feira" de 3 de março, dia em que 14 estados votam simultaneamente.

Em Nevada, os filiados do partido começaram a escolher seus representantes a partir do meio-dia (17H00 de Brasília) deste sábado neste estado com cerca de 3 milhões de habitantes, famoso pelos cassinos e paisagem desértica, onde os latinos representam 20% do eleitorado, num processo que acontece em assembleias cidadãs conhecidas como caucus.

Bernie Sanders venceu na terça-feira (11) à noite a crucial primária democrata de New Hampshire, de acordo com as projeções da imprensa, em uma péssima noite para o ex-vice-presidente Joe Biden, por meses apontado como o favorito e que ficou apenas em quinto no estado, o segundo a votar para definir o rival de Donald Trump nas eleições de novembro.

Sanders, líder da ala progressista do partido, liderava com 26% dos votos após a apuração quase total em New Hampshires, estado em que derrotou Hillary Clinton em 2016.

"Esta vitória aqui é o início do fim para Donald Trump", afirmou Sanders a seus eufóricos seguidores, em uma campanha na qual defende impostos mais justos e a reforma do sistema de saúde.

Dois moderados ficaram em segundo e terceiro lugar: Pete Buttigieg, ex-prefeito de South Bend, Indiana, registrava 24,3% dos votos e senadora Amy Klobuchar, de Minnesota, 19,9%. Em quarto lugar ficou a senadora progressista de Massachusetts, Elizabeth Warren (9,3%).

"Tantos de vocês participaram. Democratas de pura estirpe. Independentes dispostos a permanecer à margem. E até alguns novos ex-republicanos. Prontos para votar por algo novo", disse Buttigieg, antes de anunciar que sua campanha seguirá para Nevada e Carolina do Sul, os próximos estados a votar nas primárias, em 22 e 29 de fevereiro.

Os aspirantes democratas à Casa Branca buscam afinar a disputa após o início caótico do processo de indicação partidária na semana passada nos "caucus" (assembleias cidadãs) de Iowa, onde Buttigieg e Sanders terminaram praticamente empatados após uma contagem de votos que demorou vários dias.

Para alguns, os resultados New Hampshire representaram o fim da linha, o que deixou o número de pré-candidatos democratas em nove.

Andrew Yang, empresário do setor de tecnologia e novato no cenário político, e o senador Michael Bennet, do Colorado, anunciaram a retirada de suas candidaturas após a primeira disputa com voto secreto nas primárias. O processo partidário prosseguirá até a convenção democrata em julho.

- Biden aposta nas próximas etapas -

Biden, que terminou em quarto lugar em Iowa e acaba de perder a liderança nas pesquisas nacionais, recebeu um novo golpe em New Hampshire, com apenas 8,4% dos votos. Já prevendo que a noite seria ruim, o ex-vice-presidente de Barack Obama viajou para a Carolina do Sul, donde espera reverter a tendência graças ao importante apoio da população negra.

Mas ele não parece disposto a jogar a toalha.

"Acabamos de escutar os dois primeiros dos 50 estados. Dois. Não toda a nação, nem metade da nação, nem um quarto da nação", afirmou.

"De onde eu venho, este é o sino de abertura, não o sino de encerramento", disse Biden, que no final de semana visitará Nevada.

No Twitter, Trump ironizou a disputa democrata, com farpas direcionadas em particular a Warren. "Acredito que está enviando sinais de que deseja sair da campanha", disse.

Warren admitiu a MSNBC que o resultado era decepcionante, mas insistiu: "Este será um processo longo".

Trump também aproveitou para celebrar seu esperado triunfo nas primárias republicanas de New Hampshire e destacou que recebeu mais votos no estado que qualquer outro presidente, independente do partido, nas últimas quatro décadas.

"Não é um fato insignificante!", tuitou.

- Bloomberg avança -

New Hampshire, um estado do nordeste do país com apenas 1,3 milhão de habitantes, tem 24 delegados na convenção democrata, menos de 1% do necessário para a indicação, mas funciona como um trampolim.

Sanders, 78 anos, confiava na vitória. Buttigieg, 38, se consolida como um sério rival após a vitória por estreita margem em Iowa.

Mas o destaque de New Hampshire foi o terceiro lugar de Klobuchar, 59 anos, que viu sua popularidade crescer após um debate na sexta-feira.

"Não posso esperar para vencer a indicação e construir um movimento de democratas empolgados, de republicanos independentes e moderados", afirmou.

Ansiosos por recuperar a Casa Branca, os democratas acompanham debates entre "revolução política" proposta por Sanders, que se define como um "socialista democrático", e o realismo de moderados como Buttigieg e Klobuchar, que prometem renovação e unidade, respectivamente.

A nível nacional, no que analistas consideram uma "mudança dramática", Sanders lidera com 23%, seguido de Biden com 20,4%. O bilionário Michael Bloomberg (13,6%) já está em terceiro depois de entrar na disputa em novembro, superando Warren (13%), Buttigieg (10,4%) e Klobuchar (4,4%), de acordo com o site RealClearPolitics.

O ex-prefeito de Nova York decidiu não competir em Iowa e New Hamphire, assim como em Nevada ou Carolina do Sul. Com um discurso de centro e muito dinheiro para gastar, Bloomberg aposta tudo na batalha da "Super Terça-Feira" de 3 de março, quando 14 estados organizarão suas disputas, incluindo Califórnia, Texas, Virginia e Carolina do Norte.

O pré-candidato presidencial democrata Pete Buttigieg venceu a primária no "caucus" de Iowa, conseguindo 14 delegados contra 12 de Bernie Sanders, informou neste domingo (9) a representação do partido no estado.

A demora na apuração se deveu a vários problemas técnicos e foi alvo de queixas sobre a legitimidade da votação. Buttigieg, ex-prefeito de South Bend, Indiana, e Sanders, senador esquerdista por Vermont, terminaram com uma diferença muito pequena a primeira prévia interna celebrada na segunda-feira.

"Podem esperar que vamos pedir ao partido democrata de Iowa uma nova revisão das divergências que identificamos", disse o encarregado de campanha de Sanders, Faiz Shakir, à CNN neste domingo. "Tem se portado de forma incompetente do nosso ponto de vista", indicou.

O presidente do Partido Democrata nacional havia ordenado uma revisão dos resultados a partir dos problemas apresentados com a tecnologia e também foram levantadas dúvidas sobre a precisão do processo.

A senadora progressista por Massachusetts Elizabeth Warren ganhou oito delegados para a convenção democrata que elegerá em julho o desafiante do presidente Donald Trump na eleição de novembro.

O ex-vice-presidente Joe Biden conquistou seis delegados e a senadora por Minnesota Amy Klobuchar, um.

O ritmo acelera neste domingo (2) em Iowa nas últimas horas antes do início das primárias para escolher o aspirante democrata à Casa Branca e os pré-candidatos intensificam os comícios. Bernie Sanders, o favorito no estado, atrai o maior número de simpatizantes.

"Tudo começa em Iowa!", afirmou o senador independente de 78 anos diante de quare 3.000 pessoas no sábado à noite em Cedar Rapids.

Como aconteceu há quatro anos, o grupo Vampire Weekend se apresentou antes do discurso do homem que defende uma revolução política para alcançar um país mais igualitário.

Na segunda-feira à noite, Iowa será o primeiro estado a votar para escolher o candidato democrata que enfrentará o presidente Donald Trump na eleição de novembro.

Na véspera da votação, Sanders, que tem grande apoio entre os jovens, mantém a liderança nas pesquisas neste estado rural, de população pequena mas muito influente. O esquerdista está na frente do ex-vice-presidente centrista Joe Biden (77 anos), do ex-prefeito moderado Pete Buttigieg (38) e da senadora progressista Elizabeth Warren (70)

O entusiasmo dos seguidores de Sanders chama a atenção, levando em consideração que o julgamento político de Trump obrigou o senador a permanecer em Washington durante quase as duas últimas semanas de campanha em Iowa, um estado onde a vitória costuma ser definida na busca por votos porta a porta.

Como ele, outras duas figuras importantes do partido tivera que acompanhar o julgamento do presidente no Congresso: as senadoras Warren e Amy Klobuchar, uma moderada que aparece em quinto lugar nas pesquisas em Iowa.

O fim do processo contra Trump está previsto para quarta-feira. A provável absolvição das acusações de abuso de poder e obstrução ao Congresso seria uma grande vitória para o republicano, que almeja o segundo mandato.

- "Vencer Trump" -

Iowa é considerado um estado crucial nas primárias por ser o primeiro a organizar a votação. Um bom resultado pode estimular um pré-candidato a novas vitórias nos estados que votarão em seguida, começando por New Hampshire, que comparece às urnas oito dias depois. Um fracasso pode representar o fim da disputa.

Sete dos 11 pré-candidatos democratas que aspiram a indicação do partido continuam a campanha neste domingo no estado de três milhões de habitantes.

Milhares de voluntários estão mobilizados para tentar convencer os moradores, em um estado onde quase metade dos eleitores democratas se declaravam indecisos na semana passada.

Na segunda-feira às 19h locais (22h de Brasília), quase 600.000 habitantes filiados ao Partido Democrata poderão comparecer a 1.700 salas - escolas, teatros, igrejas - para mostrar publicamente seu apoio em encontros com as demais pessoas que apoiam seu candidato.

Em resposta aos que o consideram muito radical para unir os democratas, Sanders se apresentou este fim de semana como o candidato com mais possibilidades de "vencer Trump" porque consegue atrair "milhões pessoas que não costumam votar".

Warren, que compartilha com Sanders a ala mais à esquerda do partido, pediu no sábado "união para derrotar Trump" durante um encontro com 900 pessoas em Iowa City.

"É hora de ter uma mulher na Casa Branca", afirmou na cidade considerada progressista, onde influentes políticos locais preferem seu nome ao de Sanders.

- Tensão -

Apesar dos apelos por união, a senadora não hesitou em criticar o bilionário Michael Bloomberg.

O ex-prefeito de Nova York entrou tarde na campanha e decidiu não viajar a nenhum dos quatro primeiros estados que votarão nas primárias, mas participará em breve pela primeira vez de um debate do Partido Democrata.

"Vivemos hoje nos Estados Unidos onde um bilionário pode decidir não comparecer aos quatro primeiros estados, mas pode comprar um lugar no espaço do debate", lamentou.

Os seguidores de Sanders também vaiaram Bloomberg no sábado em um comício.

Ter a capacidade de vencer Trump em novembro também é o principal argumento do ex-vice-presidente de Barack Obama, Joe Biden.

"Precisamos de um presidente preparado desde o primeiro dia", repete o veterano da política que lidera as pesquisas a nível nacional.

Assim como ele, Buttigieg multiplicou os eventos de campanha nos últimos dias, enquanto os rivais acompanhavam o julgamento do presidente Trump.

Este ex-soldado e primeiro candidato gay com possibilidades de ganhar a indicação democrata destaca sua juventude ante os demais e insinua que Sanders divide muito o eleitorado.

O pré-candidato à presidência dos Estados Unidos Bernie Sanders se "recuperou" do infarto sofrido há três meses e goza de boa saúde, informaram seus médicos nesta segunda-feira.

Martin LeWinter, cardiologista da Universidade de Vermont, disse que Sanders, 78 anos, se "recuperou sem problemas" do infarto que sofreu em Las Vegas no dia 1º de outubro.

"Não vejo qualquer razão para não prosseguir na campanha, sem qualquer limitação, e caso seja eleito, estou certo de que tem resistência mental e física para assumir por completo os rigores da presidência dos Estados Unidos", assinalou LeWinter.

Outros dois especialistas disseram que Sanders foi submetido a exames de esforço, no início do mês, e que apresenta "capacidade de exercício na média para um homem da sua idade".

O diretor de reabilitação cardíaca do Centro Médico da Universidade de Vermont, Philip Ades, considerou que Sanders "está mais que em forma" para uma ocupação que exige resistência e administração de muito estresse.

Brian Monahan, médico do Congresso dos Estados Unidos, concordou que Sanders está "em bom estado de saúde atualmente".

O ex-vice-presidente Joe Biden, que lidera a corrida democrata pela indicação à Casa Branca, tem 77 anos e o presidente republicano, Donald Trump, 73.

O pré-candidato presidencial dos EUA Bernie Sanders está se recuperando da intervenção que sofreu na quarta-feira (2) em uma artéria entupida e planeja participar do próximo debate democrata, anunciou sua esposa nesta quinta-feira (3).

Após sentir um desconforto durante um deslocamento de campanha em Las Vegas (Nevada), o legislador de Vermont teve que ser operado de forma urgente na quarta-feira para desbloquear uma artéria, com a ajuda de dois stents (extensores vasculares).

Hospitalizado, o pré-candidato de 78 anos suspendeu "até segunda ordem" todos os atos de campanha previstos. Nesta quinta-feira, sua esposa Jane enviou uma mensagem tranquilizadora.

"Bernie está de pé", ele escreveu em uma mensagem transmitida pela equipe de campanha de Sanders. "Os médicos estão satisfeitos com seu progresso e não foi necessário fazer uma nova intervenção".

O candidato deve receber alta e retornar a Burlington (Vermont), onde reside, "antes do final de semana", disse Jane, sua esposa desde 1988.

"Vai levar alguns dias, mas ele está pronto para retomar e já pensa no debate de outubro".

O próximo debate democrata na televisão reunirá em 15 de outubro 12 pré-candidatos do partido à presidência no campus da Universidade de Otterbein, em Westerville (Ohio).

O senador americano e pré-candidato do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, Bernie Sanders, utilizou o Twitter para prestar solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pedir sua liberdade e a anulação de sua condenação.

"Durante sua presidência, Lula reduziu dramaticamente a pobreza e permanece, ainda hoje, como o político mais popular do Brasil", disse Sanders, ao compartilhar um post do perfil do site The Intercept Brasil, que publicou as conversas vazadas entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol.

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Sanders ainda disse que "está com os líderes políticos do mundo inteiro" clamando para que o Judiciário brasileiro solte Lula e anule sua condenação.

"Derrotar Donald Trump" e instaurar "um governo baseado na justiça econômica, social, racial e ambiental" foram os principais conceitos do discurso com o qual o democrata americano Bernie Sanders lançou, neste sábado (2), a sua campanha para as eleições de 2020, diante de milhares de pessoas reunidas no Brooklyn.

Depois de o presidente Trump chamar de "pesadelo socialista" as propostas dos pré-candidatos democratas, dos quais "Bernie" é o decano, o senador por Vermont detalhou as suas promessas para "transformar os Estados Unidos" e enfrentar os ricos, Wall Street, as grandes empresas e "todas as instituições incrivelmente poderosas que controlam a vida política" do país.

Entre essas promessas figuraram: uma cobertura de saúde para todos, um emprego garantido, um salário mínimo de 15 dólares por hora, um aumento das aposentadorias, a construção de moradias sociais, a luta contra a mudança climática, a gratuidade das universidades públicas e as grandes obras de infraestrutura.

O senador de 77 anos as foi enumerando diante das 3.000 pessoas reunidas no campus da universidade pública Brooklyn College.

Trump, "o presidente mais perigoso da história moderna dos Estados Unidos", pretende "nos dividir", disse. "Mas para nós é exatamente o contrário: vamos unir o nosso povo".

Sanders escolheu para o seu primeiro ato de campanha a cidade onde nasceu, em 1941, e a universidade na qual iniciou seus estudos de graduação.

Para esta nova batalha pela Casa Branca, que já conta com 13 pré-candidatos democratas, o postulante, que se define como "socialista democrático", optou por falar mais de si mesmo e de sua juventude do que durante as primárias democratas de 2016.

Na presença de sua esposa, Jane, e de seus dois filhos, evocou a sua infância em uma casa na qual "se sabia o que era viver com dois salários". Seu pai chegou aos Estados Unidos da Polônia fugindo do antissemitismo e sem um dólar.

Em seu discurso, insistiu nos contrastes entre o seu passado e o de Donald Trump.

Também mencionou a sua luta pela igualdade de direitos civis quando era estudante na Universidade de Chicago, onde pretende realizar um novo ato neste domingo (3).

"Sei de onde venho e jamais esquecerei", disse sob os aplausos do público.

Sanders disputará as primárias democratas com pré-candidatos mais jovens, entre os quais há mulheres e pessoas surgidas de minorias étnicas, que compartilham a sua aspiração de estabelecer um sistema de saúde universal, atingir os ricos no bolso e proteger o meio ambiente.

Senador por Vermont, Bernie Sanders anunciou nesta terça-feira que buscará a indicação do Partido Democrata na disputa presidencial dos Estados Unidos em 2020. Sanders disse que pretende enfrentar "os poderosos interesses especiais que dominam nossa vida econômica e política".

O político foi batido nas primárias democratas há três anos pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Ele está em seu sexto mandato e é o 12º candidato a anunciar planos para disputar a Casa Branca, entre eles o vice-presidente Joe Biden.

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Aos 77 anos, Sanders recebeu nas primárias anteriores o apoio de muitos eleitores mais jovens do Partido Democrata. Ele segue como uma voz importante nos EUA em questões econômicas e de desigualdade social e pressiona empresas como a Amazon a aumentar os salários pagos a seus funcionários. Fonte: Dow Jones Newswires.

Candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad foi convidado pelo senador norte-americano Bernie Sanders e pelo ex-ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, para integrar uma frente internacional progressista que visa combater o avanço do autoritarismo no mundo. A assessoria de imprensa de Haddad disse que o petista está analisando a proposta.

O lançamento da coalizão deve acontecer em Nova York, no próximo dia 1º. De acordo com o jornal Correio Braziliense, o grupo tem se mostrado preocupado com a ascensão de governos como o de Donald Trump, nos Estados Unidos, e a futura gestão do presidente eleito no Brasil, Jair Bolsonaro (PSL) - que venceu a disputa contra Haddad.

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A ideia da frente proposta por Sanders vem sendo difundida desde setembro. O senador americano também foi derrotado nas eleições presidenciais dos EUA. Ele tentou ser o candidato do partido Democrata, mas perdeu a vaga para a correligionária Hillary Clinton que, depois, foi derrotada nas urnas por Trump.

O ex-prefeito de São Paulo está reunido nesta quarta-feira (21) com um grupo de parlamentares eleitos e reeleitos pelo PT e deve tratar do assunto. Os dois líderes esperam que o petista aceite o convite. O grego Varoufakis compartilhou, inclusive, nesta quarta-feira uma notícia em português mencionando a criação da frente com a participação de Haddad.

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