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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que uma gangue derruba um ciclista e rouba a bicicleta da vítima, que é avaliada em R$ 15 mil. A ação do grupo teria ocorrido no último domingo (25) no km 18 da Rodovia dos Imigrantes, em Diadema, São Paulo.

Nas imagens compartilhadas é possível ver um grupo de cinco pessoas pulando o muro de proteção da pista e avançando em direção do preparador físico Guilherme Trevisani, de 46 anos, que, no momento, estava acompanhando de dois amigos. Um dos suspeitos se jogou na frente de Guilherme e o derrubou.

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Toda a ação do grupo foi filmada por uma câmera que estava instalada no capacete de um dos amigos do preparador físico. As imagens foram encaminhadas para a Polícia Civil de São Paulo, que investiga o caso. Até o momento, ninguém foi preso, muito menos, a bicicleta de Guilherme Travisani foi encontrada. 

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Daniel e sua esposa Ligia no dia do parto. Foto: cortesia

O simples fato de andar de bicicleta pelas ruas proporciona que os ciclistas enxerguem a cidade e o próprio meio de transporte de uma outra forma. Foi assim com o engenheiro Daniel Valença e sua esposa Ligia Pereira, que deu à luz a uma menina que se chama Violeta, no dia 29 de julho deste ano, e fez questão de ser levada de ‘bike’ para o hospital, mesmo em trabalho de parto.

Antes do nascimento, Violeta foi se familiarizando com a bicicleta todas as vezes que a sua mãe pedalava no dia a dia ou até mesmo no deslocamento para as consultas de pré-natal. Por alguns meses, Ligia fazia questão de pedalar sozinha em sua bike durante os trajetos, mas por se tratar de uma gestação de alto risco não pôde mais andar sozinha - mesmo assim continuou utilizando a bicicleta -, agora sendo levada pelo companheiro.

O engenheiro detalha que quando ouviu da esposa de que queria ser levada para a maternidade de bicicleta não acreditou, mas depois viu que a coisa era séria. “Ela falou várias vezes quando estava na mesa de bar, dentro de casa, com a família e eu não sabia se era provocação ou não. Mas ela escreveu o plano de parto e o item número um era: eu quero ser levada de bicicleta”, comenta.

Após a ficha cair, Daniel começou a se preparar para uma das tarefas que, pode-se dizer, foi uma das mais importantes de sua vida. “Comecei a programar como ia fazer isso. Quando foi chegando mais perto [ o dia do parto ] eu pedi um outro tipo de bicicleta emprestada a um amigo, consertei ela toda, mas no final ela queria ir na minha mesmo”, lembra. Deu tempo até do casal posar para a foto antes de seguirem o destino.

Após o nascimento da pequena, a ideia era que o cicloativista e mais alguns amigos se reunissem para levar, de bicicleta, a pequena Violeta para casa. No entanto, alguns contratempos não possibilitaram que a vontade fosse colocada em prática. “Primeiro a gente não sabia quando ela ia sair e isso era ruim para programar e chamar os meus amigos, por exemplo, e a outra coisa que eu percebi é que na Ilha do Leite [ local da maternidade] tinha muita poeira”, recorda.

Cicloativistas reunidos no Marco Zero do Recife. Foto Diego Amorim/Ameciclo

Dia do Ciclista

A falta de condições plenas e uma cidade que não é pensada majoritariamente para o transporte sustentável, como a bicicleta, não possibilitaram que a pequena Violeta saísse da maternidade e fosse levada para sua casa de bike. Essa situação é só um dos exemplos de como a forma que os gestores pensam o Recife e Região Metropolitana atingem diretamente a vida e a rotina das pessoas. 

Segundo levantamento da Ameciclo, que é uma organização da sociedade civil que luta pelo direito à cidade, o modelo que é pensado para a capital pernambucana, por exemplo, é um modelo "predatório de planejamento urbano que favorece os proprietários das indústrias automobilística e da construção civil e seus usuários mais privilegiados, o que impede o pleno acesso à cidade por parte da população mais vulnerável e periférica".

O Relatório de Mobilidade Ativa que contempla de 2013 a 2020, produzido pela organização, constatou que obras e ações para o automóvel consumiram R$ 1,1 bilhão de reais dos cofres públicos. “De 2017 a 2020, recursos que privilegiam os automóveis individuais, utilizados por apenas 15% da população, sugaram 83% do orçamento da mobilidade no Recife”, destaca a entidade. 

A Ameciclo aponta ainda que esse valor gasto daria para colocar em prática todo o Plano Diretor Cicloviário prometido desde 2014 pelo então governador Eduardo Campos. Na época, o gestor estadual prometeu "estabelecer uma estratégia de enfrentamento aos problemas diagnosticados, definindo um conjunto de ações que deverão ser implementadas na Região Metropolitana do Recife nos próximos dez anos". 

Rebecka escolheu a bike como principal meio de transporte há três anos. Foto: Cortesia

Rebecka Santos, 23 anos, jornalista e integrante da Ameciclo, destaca que houve uma melhora nos últimos anos, mas, neste Dia Nacional do Ciclista, comemorado nesta sexta-feira (15), aponta que ainda existe muita coisa a ser feita, já que apenas 20% do que foi projetado pelo Plano Diretor Cicloviário foi executado. 

“A gente tem notado uma melhora para quem pedala com a implantação da ciclofaixa e ciclovias em grandes avenidas. Mas, claro que a gente tem muita coisa a pedir, como [a execução] do plano diretor cicloviário da Região Metropolitana do Recife, porque ele determina todas as diretrizes das estruturas cicloviárias no geral por toda essa região”, destaca.

Rebecka diz que cada vez mais pessoas estão adotando a bicicleta como principal meio de transporte. “Principalmente depois da pandemia, as pessoas viram o potencial da bicicleta no distanciamento, na rapidez, na segurança, na saúde e a gente ver esse número crescendo. Lugares que em 2013 tinham 800 pessoas fazendo viagens de bicicleta naquele ponto, hoje a gente sobe para duas mil pessoas”, comenta.

Um levantamento do Transporte Ativo em parceria com o Laboratório de Mobilidade Sustentável (LABMOB) mostra que 35.9% dos recifenses estão andando mais de bicicleta na cidade. “A gente sabe que a bicicleta faz bem para as pessoas fisicamente e para a cidade como um todo” comenta a jornalista.

Ciclofaixa

A Prefeitura do Recife garante que a capital possui 169 km de malha cicloviária, entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, o que representa  um aumento de mais 600% desde 2013, quando havia 24 km.

"O Recife tem investido em rotas que se interligam umas às outras para dar cada vez mais possibilidade de caminhos aos ciclistas. Entre o Centro da Cidade e a Zona Norte, já são 73,39 km de malha cicloviária interligada. Já entre a Zona Sul e a Zona Oeste, são 90,31 km interligados", assevera.

A prefeitura destacou ainda que "o incentivo ao uso da bicicleta, além de fomentar uma mobilidade mais sustentável, democratiza a ocupação do espaço urbano entre pessoas com diversos meios de transportes e classes sociais".

Congestionamento

O relatório anual da empresa especializada em informações sobre o trânsito TomTom Global Traffic mostra que Recife é 24ª cidade com maior registro de congestionamento no mundo. No Brasil, a cidade pernambucana ganha para São Paulo e Rio de Janeiro.

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Um projeto idealizado pelo Grupo Trupe Teia durante o auge da pandemia, momento em que as bibliotecas comunitárias se encontravam de portas fechadas, a Biketeca será lançada nas ruas no próximo dia 25 (sábado), em cortejo no bairro do Guamá, periferia de Belém, com divulgação de livros e atividades culturais. A biblioteca sobre a bicicleta foi criada com o objetivo de ser uma alternativa para continuar levando leitura e cultura para a população, de porta em porta.

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Além de divulgar livros, a Biketeca também promove atividades culturais. “Durante o auge da pandemia, o espaço cultural Nossa Biblioteca estava fechado e as crianças não podiam vir emprestar livros, então a Biketeca surgiu como estratégia de levar os livros até a casa delas junto com contação de história, teatro, dança e música”, explica Alana Lima, uma das idealizadoras e produtora do projeto.

A Biketeca foi totalmente projetada e construída por profissionais e moradores do Guamá. No sábado (25), um cortejo sairá do Espaço Nossa Biblioteca e percorrerá as ruas do bairro até a Praça Benedito Monteiro.

O cortejo cênico de lançamento contará também com o empréstimo de livros e  diversas atividades e programações. “Como a nossa bicicleta é grande, iremos fazer jus ao tamanho dela. O lançamento será um cortejo pelas ruas do Guamá, fazendo palhaçada, até chegar ao local da apresentação”, explica Mônica Torres, produtora e atriz brincante do projeto.

O projeto faz parte do Edital de Multilinguagens da Secult/Pa - Lei Aldir Blanc - Cultura Urbana e Periférica.

Trupe Teia

Coletivo criado em 2019, a partir de inquietações comuns sobre o modo de pensar e fazer arte na cidade, a Trupe Teia reúne sete artistas. A comicidade, o teatro de invasão e a improvisação são os pilares de pesquisa e produção da trupe, que atualmente desenvolve trabalhos a partir do conceito de Teatro de Cortejo.

Divididos entre o bairro do Guamá, em Belém, e dois municípios do Marajó, as intervenções da trupe partem de experimentações de rua, de palhaçaria e de arte-educação. Entre as ações se destacam o experimento cênico "Enquadrados", apresentado em 2020 no Festival Jambu Live; os diversos cortejos cênicos pelas ruas do Guamá e o espetáculo "Histórias de um Viajante", contemplado pelo edital de Teatro da Secult - Lei Aldir Blanc Pará.

Serviço

Cortejo cênico de lançamento da Biketeca - "Chá revelação Biketeca".

Dia: 25/09. Hora: 18h.

Ponto de saída: Espaço Cultural Nossa Biblioteca - 25 de junho, 214.

Chegada na Praça Benedito Monteiro - Barão De Igarapé Miri Com Tv. Ezeriel.

Informações e Entrevista e imagens de apoio em vídeo: (91) 993772930. 

Ficha Técnica:

Produção: Trupe Teia.

Identidade Visual: José Neto.

Oficineiras: Sabrina Sousa e Valdecira Maciel.

Atores-brincantes: Alana Lima, Mônica Torres, Lucas Serejo, Marcos Adles.

Apoio técnico: Victoria Myuke.

Apoio logístico: Edson Cachorrão.

Da assessoria do evento.

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Com a pandemia da covid-19, o isolamento social e as academias fechadas fizeram com que muitas pessoas tivessem que buscar novas alternativas para praticar atividades físicas e se manter em forma. Começar a pedalar pelas ruas mostrou-se uma opção muito viável. Porém, os riscos e a sensação de impotência acabaram se tornando companheiros dos ciclistas em seus giros pela cidade, após os acidentes fatais registrados nos últimos meses.

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Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), existem mais bicicletas no país do que automóveis - 50 milhões contra 41 milhões -, mas apenas 3% das viagens diárias são realizadas por ciclistas enquanto 25% são feitas por automóveis, informa a Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Muito dessa situação se deve ao medo de atropelamento e risco de morte.

Para o advogado, ciclista e administrador do grupo Bike Culture Belém, Yuri Motta, há muitas medidas que podem ser tomadas pelo governo para melhorar a condição dos ciclistas na cidade. "Uma das nossas principais reclamações é a falta de ciclovias. Em Belém, se não me engano, possuímos um pouco mais de 100km de ciclofaixas e a maioria não é interligada. Essa implementação de ciclovias é fundamental, juntamente com campanhas de conscientização sobre o uso e importância da bicicleta", disse.

Segundo a Assessoria de Comunicação do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Asdecom, Detran- PA), estão sendo realizadas medidas de ação visando conscientizar condutores de veículos para os cuidados necessários em ruas e estradas com ciclistas. "O Departamento de Trânsito do Estado informa que tem realizado ações de educação enfatizando a segurança viária, como a campanha 'Ruas para a Vida', que propõe o estabelecimento do limite de velocidade de 30km para vias em que as pessoas e o tráfego de veículos mais se misturam. Além disso, também realizou a implantação de placas de sinalização na estrada da ilha de Mosqueiro sobre a presença de ciclistas ao longo da via e de radares nos pontos de maior incidência de acidentes", informou.

Yuri Motta comenta, no entanto, sobre o desrespeito sofrido por ciclistas tendo que dividir a rua junto com outros veículos, principalmente carros. "Eles não respeitam, eles chegam a te olhar e te ver, mas mesmo assim te ignoram, cortam cruzamentos e estacionam nas ciclofaixas", falou. 

O Departamento de Trânsito do Estado também informa sobre campanhas para diminuir os acidentes e esse desrespeito. "O Detran também reforça que, para a redução de acidentes envolvendo ciclistas, vem trabalhando intensamente em campanhas de educação voltadas para os mais diversos públicos, focando na segurança viária e direção responsável. Já em casos de acidente, o ciclista pode recorrer ao seguro DPVAT", expôs a assessoria.

O advogado Yuri desabafou sobre as recentes mortes de ciclistas que ocorreram pela cidade e sobre o sentimento que fica após esses ocorridos. "A sensação de impunidade faz com que nos sintamos impotentes e sem voz. O caso da Janice foi arquivado, o assassino da Claudinha está solto. Quantos mais vão ter que morrer para que algo seja feito? A bike cura, todos têm uma história por trás, um motivo para começar a pedalar. Então só queremos paz no trânsito e que os culpados paguem pelos seus erros", disse.

Yuri concluiu dando dicas sobre equipamentos essenciais para um pedal seguro pelas ruas da cidade. "O uso do capacete é indispensável, ele salva vidas. Os equipamentos de led na parte traseira e dianteira da bicicleta, SEJA VISTO, isso é muito importante. E o uso obrigatório de máscara também, não podemos nos esquecer disso", finalizou.

Por Haroldo Pimentel.

 

Neste 15 de outubro, Dia do Professor, vamos conhecer os desafios enfrentados e lições aprendidas, tanto no âmbito profissional quanto humanitário, do professor de ciências e biologia da rede pública de ensino de Pernambuco, Arthur do Nascimento Cabral. A pandemia de Covid-19 tem ocasionado desafios e na educação não foi diferente. O docente relata que, na primeira fase de suspensão das aulas presenciais, fechamento das escolas e discussão sobre uma possível utilização da internet como sala de aula, a ansiedade atacou muitos professores.

“Pelo menos eu senti ansiedade e conversei com colegas de trabalho que também sentiram a mesma coisa”, afirma. Além de situações como acúmulo de pensamentos e insegurança, o docente relata que não tinha computador e os preços estavam bem altos para adquirir o equipamento de imediato. “Boa parte do ensino remoto passei sem computador, não tinha o equipamento. Até o mês de junho eu estava me virando apenas com o celular ou pegando o equipamento emprestado com amigos, foi bem complicado, até que ganhei um de presente e deu para aliviar, após isso, meu celular quebrou por não ter suportado tantos arquivos, daí eu fiquei mais de duas semanas sem aparelho celular. Quero frisar que isso é uma realidade; todos os professores e professoras têm usado seu próprio aparelho e nem sempre dão conta do recado, assim como aconteceu comigo”, conta.

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A partir do momento em que o meio de aprendizagem passou a ser totalmente on-line, o professor conheceu situações de alunos que não tinham acesso à rede sem fio para acompanhar as aulas. Com isso, Arthur teve a iniciativa de levar as atividades para esses alunos de bicicleta.

Sobre a atitude, ele explica que antes de entrar na universidade, quando estava amadurecendo a ideia de ser professor,  teve contato com alguns educadores durante uma possivél pandemia da H1N1. “Os professores me deram palavras de incentivo e falaram que me ajudariam caso houvesse mesmo a pandemia, já que eu não iria ter condições financeiras para estudar; aquilo fez muita diferença, então acho que retribuí isso na sociedade hoje, da forma que fiz, através de um gesto simples que foi pegar a bicicleta e entregar as atividades pedalando 10 km, assim como seria um gesto simples o que fizeram comigo no passado”, diz Arthur.

“Ao ver que muitas famílias não tinham aparelho de telefone ou tinham para dividir entre quatro, cinco ou seis  pessoas, e não tinham internet, que é um direito básico que defendemos e muitas vezes achamos que todo mundo tem, e na verdade não tem, então, conhecer essas situações de perto me fez ter uma sensibilidade maior, acho que nem como profissional em si, mas acho que muito mais como ser humano que tem empatia com o próximo”, fala o docente.

No ensinamento on-line, Arhur promove lives nas terças e sextas-feiras durante o turno da manhã, para as turmas do sexto e sétimo ano da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio Deputado Oscar Carneiro, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR); já nos outros dias da semana, ele se dedica a cumprir obrigações burocráticas e pedagógicas da escola.

Sobre as solicitações que recebe dos estudantes, Arthur diz que ocorrem a todo instante. “A partir das 7h30 até as 22h, sempre tem algum estudante entrando em contato para tirar dúvidas. Costumo mandar a resposta por escrito, áudio ou vídeo. Tenho em mente que muitos alunos usam o celular do pai ou da mãe e boa parte dos responsáveis só chega à noite; é o tempo que se tem para entrar em contato e até fazer as atividades. Tem sido assim: tem horário para começar o trabalho, mas não tem hora para acabar”, comenta Arthur.

O educador demonstra ser um profissional compreensivo com os alunos e entende que todos vivem uma realidade diferente. “Profissionalmente falando, hoje eu me incomodo muito menos, quase nada, quando o estudante manda mensagem para mim, perguntando alguma algo ou pedindo algum material até tarde da noite. Vi uma realidade de perto e sei que não é maldade e sim necessidade, é um pai ou uma mãe que chegou naquele horário e só tem aquele momento para estudar e mesmo assim coloca seu filho para aprender”, explica.

Mesmo se mostrando forte, o professor revela que surgiram alguns questionamentos profissionais. "Com a crise que tem sido gerada por causa da doença, será que os empregos serão mantidos? Será que eu irei permanecer empregado quando acabar essa pandemia?”, questionou o educador. O professor afirma que sempre  busca tirar alguma lição dos desafios e dificuldades enfrentadas por ele, colegas de trabalho e alunos. Ele relata que o ensino remoto foi iniciado com desafios.

Arthur ainda acrescenta que começou a saber de informações de estudantes e de outros professores que sofreram impactos psicológicos oriundos dos efeitos da pandemia. Priscila Silva, psicóloga clínica e com especialidade em andamento em Terapia Cognitiva-Comportamental, explica que “a questão do novo assusta a pessoa que já estava adaptada a um comportamento no modelo das aulas presenciais, tanto os professores, quanto os alunos, ou qualquer outro profissional que passou por essa mudança".

“Para os professores retomarem as atividades presenciais, mesmo com toda a segurança, muitos não sabem como vai ser e emocionalmente não estão preparados para voltar”, acrescenta a especialista.

De acordo com a psicóloga, “o medo por si, o medo pela família, devido à pandemia, também causa essa insegurança". "Todos ficaram muito abalados, e o medo é algo emocional, o medo acaba desequilibrando as outras emoções, como o desejo e a alegria de voltar às atividades. Então, por causa do medo, eles não conseguem deixar que essa alegria se sobressaia”, analisa Priscila.

“Ter acompanhado essas realidades de perto fez com que a minha atuação como profissional pegasse cada vez mais esse meu lado humano, não que eu não trouxesse esse lado humano para a questão do ensino; é um objetivo que eu sempre trouxe para as minhas aulas, mas acho que agora isso ficou muito mais forte porque são muitos problemas estruturais na sociedade. Se você está em uma sala de aula com 40 alunos, são 40 cabeças, realidades e criações diferentes. Para você conseguir chegar em cada uma é preciso saber se comunicar da melhor forma possível, considerando a realidade de cada pessoa, então acho que vivenciar tudo isso reforçou muito a questão da humanidade como profissional”, comenta o professor Arthur.

“No processo de entrega das atividades, percebi que muitos estudantes, muitas famílias tiveram o fator alimentar abalado. Se formos olhar para a escola, pelo menos na que trabalho é uma escola semi-integral, os estudantes merendam e almoçam, então a perda de duas refeições para as famílias que vivem com muito pouco faz uma diferença absurda. Nesse contexto, percebo uma mudança de olhar para a escola, não só como aquele espaço de interação social, mas um espaço onde o estudante pode se alimentar e ter uma garantia nutricional melhor”, analisa Arthur.

O docente ainda comenta que durante, o período da pandemia, percebeu que muitas famílias reconhecem o trabalho do professor. “Pensamos que não, mas as famílias estão reconhecendo todo o esforço dos professores e professoras. Muitos pais têm tido dificuldades para auxiliar os alunos nesse ensino remoto, muitos deles estavam afastados da escola, não estudavam muito tempo e agora se depararam com esse processo de ter que auxiliar os filhos e percebem o quanto é difícil com um, imagina com 40 crianças dentro de uma sala”, explica.

Vanuza Silva, 29 anos, mãe de José Carlos, 11 anos, relata que auxiliar o filho nos estudos tem sido difícil. “Antes eu já sabia e durante este período da pandemia tive a  certeza do quanto o papel do professor é importante para todos nós. Não é fácil, exige muita dedicação e paciência, o que não tenho. Algumas vezes, Carlos não entende um assunto e tem dificuldades para terminar alguma atividade, então esse processo de ajudar e fazer com que ele entenda como deve ser feito o exercício, além da explicação, também exige uma conversa para que ele se acalme e consiga finalizar”, relata a Mãe.

“Hoje sinto na pele um pouco da dedicação que os professores impõe para ajudar os nossos filhos a terem um futuro melhor, posso ver e também sentir que é mais do que cumprir um horário de trabalho, é estar junto e oferecer o melhor”, acrescenta.

”Percebo que tem mudado o olhar sobre o professor. Acho que esse resgate da importância do professor vem acontecendo e tem sido muito gratificante, porque virou comum abrir uma aula on-line e ter um pai ou uma mãe de algum estudante. Eles dizem ‘professor, muito obrigado, você está fazendo um trabalho muito bacana'", conta o educador.

O professor finaliza com uma reflexão. “Tem uma frase de Paulo Freire, grande educador pernambucano, que ele fala que a população precisa de esperança, mas não esperança do verbo esperar, esperança do verbo esperançar, que é se juntar com o outro para mudar uma realidade e criar oportunidades. Acho que é isso que o professor faz hoje, leva esperança para os alunos. Partindo desse princípio, eu fiquei com mais vontade de estar junto das comunidades, principalmente daquelas mais carentes para poder levar um pouco mais de esperança e mostrar que o estudo é o caminho, mostrar que assim como não desistiram de mim no passado e hoje eu pude terminar uma graduação, terminar um mestrado, essas crianças no futuro também podem fazer isso e vão fazer isso”, finaliza Arthur.

Reportagem integra o especial "Lições", produzido pelo LeiaJá. O trabalho traz histórias sobre os aprendizados dos professores em meio aos desafios impostos pela pandemia de Covid-19. Veja, a seguir, as demais reportagens:

Especial Lições retrata rotina de professores na pandemia

Carinho, tecnologia e o novo olhar de uma educadora

Professores empreendedores e os desafios da pandemia

EAD e ensino remoto: as multi-habilidades de um docente

Pós-pandemia: o que o futuro reserva aos professores?

Imagine passar mais de uma hora dentro de um carro para fazer um percurso de 7km. Ou pior, fazer esse mesmo trajeto dentro de um ônibus lotado, sem o mínimo de conforto, enfrentando temperaturas dignas de um deserto. Essa é a realidade da maioria das pessoas que moram na Região Metropolitana do Recife  e que precisam se locomover nos horários de pico da cidade. Para fugir desse caos urbano muita gente acaba optando por utilizar os serviços de compartilhamento de bicicletas, disponíveis em diversos pontos da região.

No Recife, existem dois aplicativos que lutam pela preferência da população, o Bike itaú, também chamado de BikePE, e o novíssimo Yellow - que trouxe, além das bicicletas, a possibilidade do usuário andar também de patinete. Para ajudar você a decidir qual utilizar, fizemos uma lista de prós e contras dos dois aplicativos. Confira.

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Aplicativo

Os dois serviços funcionam via aplicativo gratuito, o que ajuda a agilizar a vida do usuário. Desta forma é possível conferir o local em que estão alocadas as bicicletas, raio de utilização, além de ser por ele que os ‘bicicleteiros’ colocam créditos que serão utilizados.

Prós da Yellow

1. Fácil localização. No aplicativo da Yellow é possível ver onde estão as bicicletas ou os patinetes disponíveis, representadas por pontinhos no mapa da cidade. No caso dos patinetes, como são elétricos, também é possível saber qual o nível da recarga da bateria.

2. Design limpo e Intuitivo. É fácil usar o aplicativo das amarelinhas, que permite que o usuário escolha qual a forma de locomoção quer utilizar, facilitando encontrá-las no mapa. O botão de escanear o QR code para liberação dos veículos fica no centro e ao deslizar a tela da esquerda para a direita também é possível ter acesso ao menu com recargas, espaço para códigos promocionais e histórico de corridas.

3. É mais leve e, consequentemente, mais ágil.

Prós do Bike Itaú

1. Fácil localização.

2. Vagas disponíveis nas estações. Ao contrário da concorrente, no BikePE é preciso deixar as bicicletas em estações próprias para elas. Por isso o app avisa quantas vagas estão disponíveis para estacioná-las e quantas estão ocupadas.

Contras

O dois aplicativos acabam, muita vezes, enganando os usuários quanto a localização das bikes. No BikePE as estações lotadas, com bikes quebradas, são a principal queixa dos usuários na página do aplicativo, na Playstore. O app das laranjinhas também é mais pesado que a rival e a utilização do VEM não faz muito sentido, já que os créditos não são utilizados.

Mobilidade

Prós da Yellow

1. Pode estacionar em qualquer lugar;

2. Cestinha. Suporta até 5kg, ideal para quem precisa carregar mochilas ou fazer compras rápidas.

Prós da Bike Itaú

Bicicleta  com pedal mais leve;

Pneu mais grosso que facilita andar em qualquer terreno;

Número de bikes disponíveis é maior.

Contras

Aqui as amarelinhas saem perdendo. Porque são mais difíceis de pedalar e não possuem marcha para controlar a força usada no pedal, às vezes são colocadas em lugares de difícil acesso e, quanto aos patinetes, não são muito fáceis de andar nos obstáculos que as vias recifenses apresentam.  Além disso, por ser recém-chegada, as amarelinhas ainda são poucas.

Raio

No quesito das áreas atendidas pelos dois serviços os prós são, em sua maioria, das bikes Itaú. Isso porque, por ser novidade, a Yellow atende um mapa muito registro na cidade, concentrando-se apenas no Centro e no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul. Já as laranjinhas do Itaú atendem uma boa parte a região metropolitana, com estações em Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Ao todo, são 800 bicicletas, disponíveis em 80 estações.

Custo benefício

Prós da Yellow

1. Valores atrativos para viagens curtas.

2. Possibilidade de estacionar em qualquer lugar

3. Sem limite de horário para uso ou entrega (a não ser para o patinete)

4. Aplicativo leve

Prós da Bike Itaú

1. Planos diários ou mensais sem limite de utilização

2. Estações fixas que não atrapalham o espaço urbano

3. Valores atrativos para o dia a dia

4. Tempo adicional gratuito para encontrar uma nova estação

5. Cartão de usuário exclusivo para o serviço

Contras

Em relação ao custo benefício, depende da sua necessidade. Os valores para usar uma Yellow, por exemplo, variam de R$ 1,50 a cada 15 minutos de uso, a bicicleta, até R$3 + R$ 0,50 por minuto de uso, para o patinete. Porém, no dia a dia, é um barato que pode sair caro.

Quem costuma usar a bicicleta como principal meio de locomoção e precisa pegar várias vezes a magrelinha, ou percorrer grandes distâncias, pode acabar gastando mais do que pretendia. Além disso, a taxa de resgate para quem deixar a amarelinha fora do raio custa R$30. O que salga o bolso de quem mora nas regiões não atendidas pelo serviço.

Quanto a BikePE, o maior contra é o horário de funcionamento, das 5h à 00h. O que impossibilita quem precisa fazer algo de madrugada. A constante de informações erradas no aplicativo, que demora para ser atualizado e não indica se há bikes bicicletas com defeito alocadas nas estações também gera reclamações.

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O ‘Mountain Bike’, uma modalidade mais radical do ciclismo, atrai olhares de todas as idades. Em Pernambuco, na Região Metropolitana do Recife, existem diversas trilhas para a prática do esporte.

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Os locais mais próximos são em Aldeia (que pode levar o ciclista a Paulista), Guabiraba, Igarassu, Caetés, Abreu e Lima, São Lourenço da Mata e a igreja de São Severino do Ramo, em Paudalho. Há ainda trilhas mais distantes, nas cidades do Cabo de Santo Agostinho, ao redor do açude Gurjau e em Goiana.

As diversas trilhas atraem vários ciclistas. O “Pedal VPS – Vamos Pedalar Sempre” é um grupo organizado por Fábio Silva e Gláucio Melo, que se reúne aos domingos pela manhã, para pedalar e conhecer caminhos da Região Metropolitana do Recife, que para muitas pessoas são desconhecidos.

“Uma das melhores trilhas em mata fechada que fizemos foi a do Santuário dos Três Reinos, entre a Guabiraba e Aldeia. Só dá para fazer esta a pé ou de bicicleta, o caminho é repleto de bambuzais. Em algumas partes tivemos que passar por cima e por baixo de bambus caídos no caminho, foi uma experiência maravilhosa. O ar frio e puro proporcionado pela vegetação, o cheiro de terra molhada, a sombra da mata densa, além dos rios de água mineral que são abundantes naquela área, onde dá para se refrescar com um bom banho”, comentou Fábio Silva um dos organizadores do Pedal VPS.

Cuidados e precauções

“Desde 2015 temos pedalado todos os domingos, exceto quando há situações que coloquem nossos membros em risco, em caso de chuvas intensas, por exemplo. A faixa de idade dos nossos integrantes é entre 18 e 70 anos”, comentou Fábio.

Ele ressalta a importância que os ciclistas têm de estar devidamente equipados com os seus devidos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual), que são: capacete, luvas, óculos, camisa de manga longa com proteção UV, calça completa e tênis.

“Recomendamos nossos passeios para ciclistas que já saibam utilizar a bike. Para participar não paga nada, o pedal é gratuito, é só chegar, seguir as recomendações dos avisos e são bem-vindos. Não temos carro de apoio, então recomendamos que a pessoa tenha condicionamento físico para pedalar pelo menos 30km”, completou.

Para mais informações, acesse a página oficial do Pedal VPS no facebook, clicando aqui.

Fotos: arquivo pessoal

 

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O fenômeno das ‘bikes’ vem crescendo cada vez mais no Brasil. Tornou-se comum visualizar pessoas realizando pedaladas coletivas, nos grandes centros urbanos do País. Mas não só para lazer que as bicicletas estão sendo usadas. O número de pessoas que estão trabalhando nas chamadas ‘bike-delivery’ está crescendo consideravelmente.

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Como o próprio nome sugere, os bike-deliverys são entregadores que, ao invés das tradicionais motos, usam a bicicleta como veículo de entrega dos produtos. Para muitos profissionais, a função vem sendo a forma de contornar a crise financeira que o País se encontra.

Na prática, a empresa responsável pelo app se vincula a restaurantes e começa a receber cadastros de ciclistas interessados em realizar as entregas. Depois de aprovados para desempenhar o serviço, os donos das bikes recebem as informações da ferramenta sobre onde há produtos para serem pegos e depois levados aos clientes finais dos restaurantes; a taxa repassada aos ciclistas por entrega custa a partir de R$ 6,50.

Nizroque Silva de Oliveira ficou desempregado em meados de maio de 2018. Durante um período conseguiu se manter com o seguro desemprego, porém, com o término do auxílio, ele se viu em sua situação complicada. Resolveu então ouvir a indicação de um amigo e se tornou um dos tantos bike-deliverys que atuam na Região Metropolitana do Recife. “Acabei ficando desempregado e já observava alguns amigos meus fazendo esse tipo serviço, tinha achado muito interessante. Com o término do seguro desemprego, eu resolvi entrar e me adaptei muito bem”, conta. Hoje, ele consegue uma renda exta em torno de R$ 450 mensais.

Além de fazer viagens por meio de aplicativos de entrega nos dias de semana, o rapaz de 34 anos trabalha em local fixo nos fins de semana – também como entregador. Atualmente, a função é sua única fonte de renda. “Trabalho na função há uns dois meses, no aplicativo estou há 14 dias. É desse serviço que sobrevivo, que consigo renda para sanar minhas necessidades mais básicas”, comenta. Nizroque ainda destaca outro fator que o faz gostar muito do serviço que presta. “Eu amo fazer atividades físicas, pedalar, estar sempre em movimento. É algo que me fez gostar mais deste trabalho”, exalta.

Além de ser mais uma alternativa para quem se encontra desempregado, o delivery de bicicleta pode ser um grande auxílio para quem quer compor a renda. Renato dos Santos, de 18 anos, está cursando o primeiro ano do ensino médio. Para ajudar a mãe e poder ter sua independência financeira, ele ingressou na função. “Eu faço cerca de 10 entregas por dia, dá para tirar uma coisinha legal. A renda eu uso para minhas necessidades e posso ajudar minha mãe em casa, já que moramos eu e ela”, explica o jovem. O estudante relata que é tranquilo conciliar as duas tarefas. Segundo ele, a rotina de descansar pela manhã, pedalar à tarde e focar nos estudos à noite é muito bem administrada. 

Ambos os entrevistados destacam que o segredo no negócio é saber a hora certa de atuar. Segundo eles, o horário do almoço e do jantar é o momento que rende mais lucro. “Eu espero chegar o período de pico, que é o horário de almoço e fico até umas 15h. Depois de uma pausa volto no final da tarde que é quando o movimento volta a crescer”, comenta Nizroque. 

Georgia Sanches é Regional Manager da Rappi – uma das empresas precursoras do serviço no Brasil e que atua em outros países da América Latina -. Segundo a gestora, atualmente 30 mil pessoas realizam a função nos países onde a instituição atua. Para ela, o serviço é tendência mundial e deve se intensificar ainda mais. “A função vem como combate ao trânsito dos grandes centros urbanos. Tudo que você precisa, sem ter a necessidade de você sair de casa para ter isso. Não precisa pegar trânsito e nem se arriscar ou ter um custo de modalidade”, comenta.

Georgia explica que o objetivo da empresa é expandir anda mais o número de funcionário de transporte alternativo. “O que a gente faz aqui é dar oportunidades para outras pessoas. Na Rappi, você precisa ter só uma bicicleta para ter mais uma renda adicional no mês”, exalta. Segundo ela, o número de pessoas que aderiram a prática e o crescimento de usuários demonstram que ação está sendo um sucesso. “O feedback é super positivo. Principalmente no Nordeste, tanto pelo número de entregadores, quanto de números de estabelecimentos parceiros e de usuários também”, finaliza. 

Nizroque Silva afirma que o sucesso dos bike-delivery ainda está no começo. O entregador diz que, pelo que vê, o serviço tem potencial para crescer ainda mais. “Na minha projeção, essa profissão tem muito que expandir, ainda tem muito a evoluir. O Brasil ainda vai ouvir falar muito dos Bike delivery”, projeta o entusiasmado entregador.

A UNINASSAU comemora, no próximo domingo (16), o aniversário de dois anos do projeto Bike Sem Barreiras, que promove saúde, lazer e bem-estar para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.  

O evento acontece na avenida Marques de Olinda, Recife Antigo, na ciclofaixa nos arredores do Marco Zero, das 9h às 16h. Às 10h30 será cortado o bolo e cantado os parabéns.  

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Além do passeio de bicicleta, os usuários poderão fazer um alongamento acessível que será ministrado pelos monitores dos cursos de Fisioterapia e Educação Física, seguido de um café da manhã e diversas atividades de lazer como: gincanas, torneio de dominó e jogos de perguntas e respostas. 

Segundo o coordenador de Responsabilidade Social da UNINASSAU, Sérgio Murilo, a comemoração é uma forma de agradecer todas as pessoas que se envolveram no projeto.  

"Estamos muito felizes com o sucesso do Bike Sem Barreiras e com tudo que alcançamos até agora. Essa comemoração é uma forma de retribuir o carinho de todos os usuários do projeto, além dos nossos parceiros e colaboradores que acreditaram no projeto", afirmou.

 

O Brasil receberá o serviço de compartilhamento de bicicletas elétricas da Uber em breve. As bicicletas da Jump, empresa adquirida pelo aplicativo em maio de 2018, devem chegar aos poucos ao país em 2019.

Apesar de ainda não ter sido divulgada uma data para a chegada do serviço, um anúncio inicial para uma provável área restrita de São Paulo deverá ocorrer em breve, segundo o Uol. A Jump já funciona em dez cidades dos Estados Unidos, tendo anunciado uma recente expansão para a Europa.

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A plataforma funciona dentro do aplicativo principal da Uber. Dentro do app, o usuário escolhe a opção "pedalar" e, então, aparecerá as bicicletas disponíveis na sua área.

O usuário pode deixar a bicicleta em qualquer lugar, não sendo necessário deixar em estações como o sistema de bicicletas do Itaú, segundo o Uol. A própria empresa pega as bicicletas ao fim do dia e faz o recarregamento. A bateria dura cerca de 60 km.

Nos Estados Unidos, 30 minutos de uso custa US$ 2, cerca de R$ 8. Após meia hora, é cobrado por minuto. Ainda não há informação sobre o preço que será praticado no Brasil.

Apesar de vandalismo e roubos serem temores da Uber, a empresa afirma que a maioria dos componentes da bicicleta são inúteis depois de retirados, até mesmo a bateria e a parte elétrica. Também são necessárias ferramentas especiais para a abertura da bicicleta.

Patinete

A Jump passou a trabalhar recentemente também com patinetes elétricos. Atualmente, eles só circulam em Santa Monica e Austin, nos Estados Unidos. O equipamento requer apenas um impulso. Depois, o usuário pode acelerar e frear com os botões no guidão. 

No Recife, os quadrinhos ganharam um novo meio de transporte. A Gibicleta é uma bicicleta que leva até os leitores exemplares de gibis, de diversos títulos e autores, com o intuito de compartilhar este tipo de literatura e movimentar a comunidade consumidora de graphic novels na cidade. O projeto tem apenas um mês mas já vem conquistando seguidores, nas redes sociais e fora delas. 

A ideia surgiu da cabeça do designer Damião Santana, que olhando sua primorosa coleção de mais de uma centena de gibis, decidiu que era hora de praticar o desapego e compartilhá-los com outros fãs dessa literatura, como ele. Os primeiros a usufruir do acervo de Damião foram seus filhos, João e Thiago, hoje com 14 e 16 anos, e os dois, também apaixonados pelas graphic novels, ajudaram o pai a desapegar: "A gente chegou à conclusão que esses gibis acumulados na prateleira, a gente poderia levar isso para outras pessoas", disse em entrevista ao LeiaJá.  

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Foi a partir da vontade de colocar os exemplares de colecionador na rua que a Gibicleta nasceu. O objetivo era emprestar os exemplares com o menor custo possível. Para isso, Damião e os filhos buscaram na internet as ferramentas para criar uma página e um cadastro para os leitores. A bicicleta foi o meio de transporte escolhido para as entregas por conta de uma outra paixão do designer. Ciclista ativo, a 'magrela' já fazia parte de sua rotina e foi rebatizada para dar vida ao projeto. 

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O empréstimo dura sete dias e é cobrada apenas uma taxa para entrega e recolhimento dos livros. Os leitores precisam fazer um pequeno cadastro no site da Gibicleta e podem acompanhar o acervo disponível através do Instagram do projeto. Damião afirma que tem buscado ferramentas que otimizam ainda mais o processo: "É para não ter desculpa nenhuma para não ler os gibis", brinca. Além disso, os leitores que entregarem os exemplares alugados antes do prazo estipulado ganham 'gibicoins', moedas digitais criadas para o projeto que acumulam benefícios para os cadastrados. 

Sobre partilhar

Desapegar pode ser um ótimo exercício, mas não é fácil. Damião tem gibis especiais, muitos autografados pelos próprios autores, mas ele rapidamente encontrou um incentivo para compartilhá-los sem receio: "Quando a gente doa, a gente acaba recebendo mais em troca". E o retorno tem sido quase imediato. Em apenas um mês de existência, o projeto já acumula mais de 400 seguidores no Instagram e já foi procurado por pessoas de todo o país. A coleção de Damião, então, já está crescendo: "Já tem gente me dando gibis. Inclusive autores independentes souberam do projeto e já querem me mandar exemplares para que suas obras circulem em outras praças". 

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A cultura paraense segue sendo exaltada no Podcast Cultural do Portal LeiaJá Pará. O programa desta semana, para aqueles ansiosos e que adoram se programar para o final de ano, mostra os significados das cores para a virada. Além disso, tem uma entrevista com o criador da Breja Bike, o professor da Universidade da Amazônia (Unama) Robson Macedo.

Breja Bike é uma empresa que vende chope em uma bicicleta. Sim, isso mesmo. Breja, para aqueles que não sabem, é uma gíria usada em alguns Estados do Brasil como sinônimo de cerveja e bike é bicicleta, ou seja, é literalmente cerveja de bicicleta.

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O chope é vendido em uma bicicleta adaptada para suportar o peso da “geladeira” e levar praticidade para aqueles que contratam o serviço. Mas como surgiu essa ideia divertida e diferente? Clique no link abaixo e descubra.

Por Larisse Maués, Letícia Lobato e Vanessa Rabelo.

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Diferencial. Essa é palavra que Antônio Carlos de Araújo Morais usa para descrever o mais novo empreendimento de  Morador da cidade de Belém, no Pará, há dois meses, o homem de 33 anos resolveu deixar o emprego de servente de pedreiro para investir no seu próprio negócio: “Uber Bike”, que usa a mesma lógica do famoso serviço do aplicativo de viagens, mas sendo oferecido de bicicleta. 

O paranaense conta que começou fazendo alguns mandados para os vizinhos da rua e logo depois resolveu fazer uma camisa para padronizar o serviço. Em menos de um mês já tinha seus primeiros clientes fidelizados e a agenda cheia com as viagens combinadas. “Como eu não tenho carro e só tinha a bicicleta, foi com ela mesmo que decidi começar. O carro tem muita concorrência, mas de bike eu sou exclusivo. Aqui ninguém faz isso a não ser eu”, explica Antônio, que atende de criança que precisa ir à escola a adulto que quer ir para o trabalho.

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Com o dinheiro garantido das primeiras viagens, o único gasto que teve foi para fazer uma manutenção da bicicleta. Antônio botou marcha, ajustou o bagageiro com estofado e trocou algumas peças. Pelo preço de no máximo R$ 5 por viagem, Antônio hoje chega a faturar R$ 70 por dia. Além desse valor, há aqueles que preferem fazer um pacote do serviço e pagar a taxa de R$ 120 por mês, o que ele chama de “Clientes Exclusivos”. 

Antônio acredita que o dinheiro que tem conquistado através do trabalho de viagens com a sua bicicleta tem tido bons frutos. “To achando muito bom porque eu tenho meu dinheiro e consigo comprar minhas coisas com ele. Não preciso ficar trabalhando para ninguém, eu estava cansado disso. Estou feliz e sei que posso crescer bastante assim”, comenta, em entrevista ao LeiaJá.

Segundo o ciclista, o atendimento é sempre de segunda a domingo, das 6h às 22h, e pode ser agendado com antecedência. O “Bike Uber” recebe as chamadas por telefone ou pelo Whatsapp, através dos números (91) 98854-5894ou (91) 98213-7981. As viagens podem ser feitas entre os bairros de Belém, mas essas precisam ser agendadas, já que ele mora em Jurunas, no litoral da cidade.

UBER – o aplicativo ainda não permite que os interessados façam viagens de bicicleta. Até o momento, a Uber só libera os serviços de entrega com as bikes e em algumas regiões oferece o serviço de moto. No caso de Antônio, a história é bem diferente, já que as viagens precisam ser marcadas por telefone e ele apenas faz referência ao nome do app. 

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Um jogo de bola no qual todo gol é de bicicleta pode parecer sonho para alguns, mas é uma realidade para os praticantes de bike polo. A modalidade, que coloca as bicicletas no lugar dos cavalos, tem atraído pessoas de todas as idades, em todo o mundo, e um grupo no Recife tem se reunido semanalmente para jogar e promover o esporte.

O bike polo surgiu na Irlanda em 1898, quando as 'magrelas' passaram a ser usadas para substituir os animais nos treinos de polo, para preservá-los. A partir daí, o esporte se espalhou e em 2000 ganhou uma versão urbana em Seattle (EUA), o Hard Court Bike Polo. O esporte chegou ao Brasil em 2009 e, atualmente, já conta com praticantes em 11 estados. Aqui no Recife, um pequeno grupo tentou implementar a prática entre os pernambucanos em 2012 e, desde julho de 2017, o Bike Polo Recife retomou a ideia e tem promovido partidas todas as quartas na quadra da Vila Vintém, no bairro de Casa Forte.

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Arion Santos, mecânico, ciclo mensageiro e designer de produtos para bike, é um dos responsáveis pela volta do esporte à cidade: "Em 2012 o pessoal jogava de forma mais recreativa, agora começou a surgir uma galera com um interesse mais esportivo na atividade", diz. Contando com o apoio do amigo André Couto, eles reuniram os interessados e deram início aos treinos. André, que também é ciclo mensageiro, conta que o pessoal acredita se tratar de um esporte "de rico", a princípio, mas ele esclarece: "Basta ter uma bike com freio para vir jogar".

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O grupo já conta com cerca de 15 integrantes que se encontram semanalmente para treinar. O administrador e atleta, Rafael Lucena é um deles. Apaixonado por tudo que envolve bicicleta, ele foi levado à quadra pela curiosidade e rapidamente se encantou com a atividade. Para ele, a melhor parte é treinar as arrancadas: "É uma coisa que eu treino bastante no ciclismo para as competições que eu participo", diz. A livreira Tayssa de Alencar se juntou à equipe há poucas semanas. Iniciante, ela garante que o jogo não é tão complicado quanto pode parecer: "Eu achei que seria mais difícil mas quando você entra de fato e joga, você vê que não é".

Além de gostar de pedalar, para praticar o bike polo é preciso estar preparado para cair. O contato entre os jogadores dentro de quadra é constante e as quedas são inevitáveis, mas, Arion garante que ninguém chega a se machucar com gravidade: "O bike polo é um pouco incisivo. Mas, como você termina caindo muito, você aprende a cair e vai aprender a se safar de situações na rua além de perder o medo." André Couto endossa o amigo e, sobre as quedas, ele confessa: "O que dói mesmo é a dignidade". Para compensar, basta listar os benefícios da atividade como ganho na resistência física, fortalecimento da musculatura das pernas e braços, flexibilidade, equilíbrio e aumento do reflexo.

Como se joga

Para jogar basta ter uma bike com freios. "Qualquer bicicleta dá pra brincar, de preferência que tenha menos coisa possível", explica Arion. Também é importante usar equipamentos de proteção como o capacete, luvas, cotoveleiras e joelheiras. Os tacos são fabricados pelo grupo, pois na cidade não há comercialização desse material ainda. A bola é própria para o esporte e foi comprada por alguns dos integrantes.

O jogo começa com a 'justa', o 'chute' inicial. São formados dois times, de três jogadores cada, que começam a partida encostados nas paredes laterais da quadra. A partida dura 10 minutos ou até que um dos lados marque cinco gols. Não há posições definidas e a regra absoluta é não botar o pé do chão, é permitido, apenas, apoiar-se no próprio taco. Também é proibido encostar no adversário com qualquer coisa que não seja a bicicleta, isso é considerado falta e o jogador tem que se retirar de quadra e bater num sino posicionado em sua lateral.

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Treinos

O Bike Polo Recife se encontra todas as quartas, às 20h, na quadra da Vila Vintém, localizada ao lado do museu Murilo La Greca, em Casa Forte. Os treinos são abertos para quem quiser participar e não há custo algum para fazer parte da brincadeira. É importante apenas ir com a própria bicicleta, e de preferência, com capacete. Os tacos são disponibilizados pelo grupo.

Atualmente, o mercado mundial e o brasileiro têm estado cada vez mais inovador e competitivo. A criatividade e o capital intelectual estão presentes em empresas que buscam se diferenciar, seja por uma política ou por um produto. Muito disso se deve à chamada Economia Criativa, uma indústria que estimula a geração de renda, cria empregos e promove a diversidade cultural.

Segundo o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) a Economia Criativa abrange os ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que utilizem criatividade, cultura e capital intelectual como insumos primários. No ano de 2015 a área criativa gerou para a economia brasileira R$ 155,6 bilhões, segundo o Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, uma pesquisa da Firjan, divulgada em dezembro de 2016.

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Seguindo essa tendência, o publicitário Robson Macedo e o estudante Khalil Sarmento se uniram e criaram a Breja Bike, em Belém, uma bicicleta completamente adaptada com uma torre de chope. Segundo Robson Macedo, a ideia surgiu de uma pesquisa sobre o mercado criativo no exterior. “Me interando nesse mercado e pesquisando sobre, vi uma série de possibilidades onde a bicicleta entraria como um dos recursos pra montar um negócio”, conta. Ele ainda acrescenta que na hora decidir que tipo de produto ele e o sócio viriam a oferecer, eles analisaram os clássicos comercializados em bicicletas até acharem o diferencial. “Nós buscamos duas formas de e diferenciar, a primeira é o produto em si, pois em Belém existem muitas bicicletas que vendem cervejas. Ao invés de simplesmente vender cerveja, adaptamos a ela uma torre de chope, com barril, gelo e gás. O segundo ponto de diferenciação foi a própria bicicleta em si e o design dela”, explica.

Outra ideia criativa que deu certo foi o projeto Belem Photos, uma parceria entre os amigos Bernard Cunha, Lucas Ohana e Gustavo Rosal. O Belém Photos começou no instagram, por iniciativa de Lucas Ohana. Ele se apaixonou por fotografia enquanto cursava Jornalismo e resolveu criar um perfil pra divulgar e valorizar Belém através da fotografia. Ele começou a sair pela cidade fotografando. Criou a hasthag #BelémPhotos . Depois de um tempo os amigos também começaram a usar hashtag e o projeto foi ganhando vida própria. “Hoje, estamos com quase 22 mil seguidores no instagram e com o nosso espaço físico construído.”

Antes do espaço físico, o Belém Photos trabalhava mais com as redes sociais, para divulgar a fotografia. No novo espaço, temos as mostras fotográficas, no qual vendemos as obras, o café bar, a sala multiuso, onde nós promovemos cursos e alugamos para quem não possui espaço, e o estúdio de fotografia onde fazemos nossos trabalhos. Não perdemos o DNA do Belém Photos que é o instagram, é o principal canal de comunicação”, conta, Bernard Cunha, um dos sócios.

O LeiaJá conversou com os donos das respectivas empresas para saber mais um pouco sobre como cada uma delas surgiu. Confira a matéria completa sobre economia criativa no vídeo abaixo.

Com apoio de Geovana Mourão.

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A bicicleta tem 200 anos de vida e poucos parecem saber desse aniversário, que acontece na semana em que será disputado o Tour de France, a partir de sábado, precisamente na Alemanha, o país de seu inventor, Karl Drais.

"Não se comemora nada porque não é algo que se conheça", diz resignado Claude Reynaud, historiador amador francês que batalha há 50 anos para defender a memória da bicicleta, um método de transporte utilizado no mundo todo.

"O Tour de France sai de Dusseldorf este ano, mas quando a 'Grande Boucle' apresentou sua rota ninguém falou do bicentenário. Não é algo que se saiba fora de pequenos círculos", lamenta este fã de ciclismo que é também viticultor no sul da França.

Em Domazan, perto de Avignon, ele tem um museu onde reúne peças de destaque da história das duas rodas, incluindo motos, mas reconhece que seu fraco são as bicicletas. "Poderia falar disso durante horas", afirma Reynaud, autor de vários livros sobre o assunto, vendidos unicamente em seu castelo-museu. "É por simples paixão", indica.

Buscando o equilíbrio

O historiador explica que em 12 de junho de 1817, "pela primeira vez, um homem montou em um veículo de duas rodas e saiu em rota", na região de Mannheim (Alemanha).

O responsável foi o barão de Drais. "Descobriu o equilíbrio sobre duas rodas. Como todas as invenções geniais, é algo que parece fácil, mas alguém tinha que pensar nisso", ressalta Claude Reynaud.

O início não foi fácil. Quando Karl Drais organizou uma exibição do seu invento no jardim de Luxemburgo em Paris, em 1818, "foi uma catástrofe", conta o historiador. "Foi visto como algo ridículo, fizeram muitas caricaturas", algumas delas conservadas em seu museu.

"No início não funcionava, não chegava a vendê-las, riam dele", continua. "Mas a ideia havia sido semeada. A draisiana foi um dos primeiros nomes, dado por jornalistas franceses.

Foi justamente na França que a história da bicicleta se acelerou. Em 1866, Pierre Lallement acrescentou um pedal à draisiana e criou assim o velocípede com pedais.

Contra quedas

Depois chegou a terceira etapa da revolução do invento, com uma grande roda na frente e uma menor atrás, conta o colecionador. Mas não era totalmente prático, e as quedas eram frequentes.

Foi assim que se chegou, em 1885, à bicicleta com duas rodas iguais, na quarta e última etapa. "Depois só houve melhorias técnicas, mas todas as ideias já existiam, o cabo de freio, os pedais, as correntes...", explica Reynaud.

"A bicicleta teve um êxito exponencial, sobretudo a partir de 1890 e da invenção do pneu", acrescenta.

Em sua coleção de Domazan, visitada por 6.000 pessoas por ano, Reynaud tem bicicletas de corrida, entre elas as de Jacques Anquetil e Raymond Poulidor, em uma imensa reprodução do seu famoso duelo ombro a ombro no Puy de Dôme.

"Mas eu prefiro a história da bicicleta às corridas em bicicleta", aponta, para ressaltar seu fascínio pelo invento.

A única coisa que Reynaud lamenta é não poder contar com uma das últimas draisianas originais, fabricadas pelo próprio barão: "Restam apenas quatro e todas pertencem a museus nacionais, não podem ser vendidas, por isso nunca a terei".

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A pequena cidade de Carolina, na região Sul do Maranhão, parou pra ver as provas do Circuito Multiesportivo paraense Sun&Fun Adventure, que durante o último fim de semana mobilizou mais de duas centenas de participantes nas modalidades de Stand Up Paddle, Mountain-Bike e a Corrida Rústica. O evento ainda é novo, mas vem crescendo junto aos amantes de esporte de aventura por não ter obrigatoriedade de tempo. A ideia é deixar todo mundo solto pra curtir seu próprio limite e estabelecer suas próprias regras usando uma bússola de tempo imaginário caminhando em locais poucos conhecidos e de díficil acesso. As trilhas são demarcadas, porém, tem gente que se perde e depois se acha e segue firme até a linha de chegada.

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"Dá maior adrenalina, funciona como antidepressivo e valoriza suas forças físicas e psicológicas", contou o farmacêutico Hélio Carvalho, que mora na vila de Grajaú, a 70 Km de Carolina. Ele não chegou em primeiro. No entanto, sintetizou o que é participar do circuito. O primeiro colocado foi Matheus Almeida, 40, um carioca que mora em Balsas (MA) e grande incentivador nas corridas de bike em trilhas. O segundo lugar foi de Vilian Alves, de Carolina, e o terceiro foi Wagner Silva, também de Carolina. "Eu fiquei em terceiro"? "Gente que legal", comemorou muito. O trio completou a trilha de 50Km em três horas de tempo e já era noite quando voltaram à linha de chegada.

A prova de Mountain-Bike foi realizada na tarde de sábado, 9, com 62 participantes dos Estados do Pará, Maranhão e Tocantins. A Central das Corridas, plataforma digital usada pelo Sun&Fun pra realizar as inscrições, havia registrado 82 inscrições. No feminino, as jovens Milceia Procópio (1º), Livia de Souza (2º) e Julia Vidal Melo (3º), ambas de Balsas (MA), ocuparam o pódio. Antes das bikes, a agitação ficou por conta dos atletas do Stand Up Paddle, pela manhã. A modalidade chamou atenção dos moradores que nunca tinham visto uma competição náutica não motorizadas nas águas do rio Tocantins, que separa Carolina, da Vila Fidélis, no Estado do Tocantins.

O secretário municipal de Esportes de Carolina, Rogério Rodrigues de Souza, confirmou a informação e sugeriu uma parceria com os paraenses com objetivo de incentivar o uso do rio como cenário de ações esportivas. "Nós vamos ficar conversando e quem sabe essas experiência possam vir pra Carolina", disse. Outro secretário municipal que elogiou o circuito paraense foi Leonardus Amorim. "O evento vai abrir portas e oportunidades pra Carolina trabalhar seu plano de turismo pra chamada baixa temporada", disse.

O município de Carolina, juntamente com Estreito e Riachão, ficou incluído no traçado geográfico do Parque Ambiental de Chapada das Mesas, criado em 2005 pelo Governo Federal como forma de preservação ambiental. A área ocupa 159.951 hectares  de vegetação de cerrado, campos e um relevo acentuado de grandes chapadões, quedas d'águas e cachoeiras. Esse cenário facilitou a abertura de empreendimentos grandiosos como o Complexo da Pedra Caída e várias fazendas que abriram trilhas ecológicas pro segmento turístico. E foi pra esse contexto que o Sun&Fun levou seus participantes na segunda parte da programação que vai até novembro com mais duas etapas: Salinópolis e Curuçá.

Ao propor a realização da segunda etapa, edição especial Carolina, a coordenação do evento não esperava tanta repercussão. "A procura foi muito grande e ficamos temerosos, mas seguimos em frente e conseguimos trazer nossa logística de guarda-corpo, pódio e pórtico. Deu muito trabalho, mas nós faríamos tudo de novo em nome dos nossos atletas. A cidade de Carolina abraçou nosso evento e nós conseguimos fazê-lo com grandiosidade. Eu agradeço ao Governo do Estado do Pará, ao governador Simão Jatene, e os secretários Adenauer Goés, do Turismo, Renilce Nicodemos, de Esporte e Lazer, e Daniel Nardin, da Comunicão Social, pelo apoio", disse Live Gomes, organizadora do Sun&Fun Adventure, na manhã desta segunda-feira, 12.

O Circuito tem muitas surpresas como a do campeão da prova de Stand Up Paddle, Marcos Silvano Miranda, o "Marcão", 51. Ele remou os 10Km da prova em pé sobre um caiaque, quando o recomendado é uma prancha de mais de 2 metros de comprimento e remos em alumínio. "Eu remo todos os dias nesse rio e ainda pratico muito esporte. Eu tô muito feliz em ver esse rio cheio de atletas, colorido, uma festa. É muita emoção", disse chorando o grandalhão, que dedicou seu desempenho ao rio e ao povo de Carolina. "Esse rio precisa ser usado ao esporte", desabafou. O caiaque do campeão logo virou atração entre os turistas e moradores de Carolina. "Ele é um verdadeiro campeão", disseram. O pódio de Marcão foi completado com Abílio Diniz, do Pará, e Thassyo Costa, de Balsas, no Maranhão. No feminino, muita festa também pras atletas Leila Solon, em primeiro, Luciana Dantas, em segundo e Tânia Assis, em terceiro. Todos receberam medalhas e uma lembrança da cerâmica paraense.

Outro exemplo de superação revelado pelo Sun&Fun é da dona casa Joana Martins da Silva, 69, que faz parte do grupo "Socorrer" há vários anos e diz que não vai parar. O percurso de 15KM foi concluido em mais de cinco horas. Dona Joana, como é conhecida entre a turma mais jovem, recebeu todo carinho da equipe, que só fecha o evento quando chega o último participante. "É nossa regra", conta Bruno Calderon, diretor de provas do Sun&Fun Adventure. A trilha da Corrida Rústica foi montada no camplexo da Pedra Caída, que pela primeira vez abriu sua porta pra receber um evento do Estado vizinho. O local é grandioso com cachoeiras, teleférico, tirolesa e outras atrações dignas de parques temáticos internacionais. "Estamos muito orgulhosos, o Pará é referência em eventos multiesportivos", disse Live Gomes.

A prova da Corrida Rústica é a mais esperada do circuito. Foram 150 participantes de um total de 232 inscritos pela internet. A largada foi as 7h da amnhã, em clima de descontração. Os participantes vêm em grupos ou sozinhos, "o que vale é a alegria", disse a campeã no feminino Silene dos Santos, do grupo "Amigas da Praça", de Ananindeua. "O esporte é bom, muda tudo na vida da gente", completou a atleta Deize Bastos, que corre junto com a campeã. "Nosso grupo é bem grande e esperamos continuar crescendo", completou. O pódio feminino foi completada com as atletas Andreia Regina, Silvanea Menezes, em terceiro.

Entre os homens, não teve essa de tempo esticado. O campeão foi Athila Cavalcante, com tempo de uma hora e dezoito minutos. O rapaz é de Araguaína e já venceu as provas de 10 mil e 5 mil no circuito Norte e Nordeste da Caixa Econômica Federal; o segundo colocado foi Marcelo Pinto, com tempo de uma hora e vinte e um minutos, e em terceiro, Evanis Carlos, de Carolina, ficou em terceiro com tempo de uma hora e vinte e cinco minutos.

O Sun&Fun também atraiu muitos outros corredores. Um dos mais animados era Rafael Sousa Rabelo, de Araguaina. "Eu vi o Sun&Fun nas redes sociais e estou aqui pra aprender a logística e participar da prova, já que temos projeto nessa área e queremos melhorar nosso trabalho. Até aqui, estou gostando muito", disse. Outros grupos de Imperatriz, Araguaína, Balsas e Belém completaram a festa. Também teve participação de casais como Flávio Silveira e sua esposa Livia Silveira, os dois eram só sozinhos na chegada. O circuito Sun&Fun Adventure segue em mais duas etapas no Pará. As incrições estão abertas no site do evento www.circuitosunfun.com.br

Por Selma Amaral, da assessoria do evento.

 

 

A cada meia hora, um boletim de ocorrência é registrado por furto ou roubo de bicicleta no Estado de São Paulo. Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram que entre janeiro e setembro de 2016 foram levadas, em média, 46 bikes por dia. Nos nove meses, foram 12.710 ocorrências, ante 11.954 do mesmo período do ano anterior - um aumento de 6,3%.

Pela primeira vez, o Estado fez um levantamento para mapear os crimes relativos ao modal. Só na capital - primeiro lugar no ranking das cidades -, houve 1.351 furtos e roubos de bicicletas entre janeiro e setembro. A maioria dos casos se concentra nas áreas central e oeste. Mas o total ainda pode ser maior, pela subnotificação.

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A designer gráfica Maria Julia Brito, de 26 anos, por exemplo, foi roubada no Minhocão e não registrou boletim de ocorrência. Eram 22 horas de domingo e a via estava fechada para carros, quando a jovem e um amigo sentaram no Elevado, perto da Estação de Metrô Marechal Deodoro. As bicicletas dos dois ficaram encostadas na mureta.

Um grupo de pessoas caminhava na direção da dupla. Segundo ela, uma criança pegou a bicicleta do amigo dela e levou embora. O jovem correu e conseguiu reaver a bike de volta. Nesse meio tempo, os outros do grupo a abordaram e, com uma garrafa de cerveja na mão, pegaram a bicicleta dela. "Nos dias seguintes, alguns colegas ciclistas viram uns meninos rodando com a minha bicicleta, que era bem chamativa: roxa com aro azul", conta.

Maria até tentou fazer boletim de ocorrência eletronicamente, mas diz que não conseguiu. Foi a uma delegacia no dia seguinte e relata ter sido informada que era para voltar em horário comercial. Acabou desistindo: "Não conseguiria recuperar a bicicleta. Pensei: ‘nem vale a pena fazer boletim’." Ela usava a bike para trabalhar e passear. Desde o roubo, não comprou uma bike nova e parou de usar por um tempo. "Não tenho mais vontade de sair para pedalar à noite, que é horário em que tenho disponibilidade",diz.

O vereador Police Neto (PSD), que no fim de novembro teve a terceira bicicleta furtada em quatro anos, dá a dica: não demore mais do que 20 dias para voltar a andar de bike, nem que seja emprestada. "Continuar pedalando para não perder o entusiasmo", afirma.

Police Neto teve bikes furtadas no Largo São Bento em 2012, na Avenida Paulista em 2014 e na Praça da Sé. Ele defende a criação de um cadastro municipal de bicicletas roubadas - que depois pode ser ampliado para o País - nos moldes de um site feito por ciclistas, em 2001.

"Precisamos de um sistema eletrônico com todas as informações possíveis da bicicleta. Esse cadastro poderia contribuir com a inteligência policial para desbaratar quadrilhas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dia 19 de agosto é marcado pelo Dia Nacional do Ciclista. Com isso, foi anunciado, nesta sexta-feira (19), no Centro de Convenções, pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco (Seturel-PE), por meio do programa Pedala PE o lançamento do edital de licitação do primeiro trecho do Eixo Cicloviário Estruturador do Estado. 

Ao todo, será um percurso de 5,1 km que ligará o Marco Zero do Recife à Fábrica Tacaruna, em Olinda. Com isso, os ciclistas terão o primeiro trecho do Eixo Cicloviário Estruturador que passará pela Avenida Rio Branco, Ponte Maurício de Nassau, Avenida Martins de Barros, Praça da República, Ponte Princesa Isabel, Rua da Aurora, Avenida Prefeito Artur Lima Cavalcanti, Avenida Dr. Jayme da Fonte e Avenida Governador Agamenon Magalhães. 

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De acordo com a Secretaria, as obras do trecho inicial devem ser iniciadas ainda no segundo semestre. Além disso, de acordo com a pasta, depois de implantada, a infraestrutura cicloviária do trecho um atenderá parte das demandas apontadas pelo Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC).

O projeto completo

O projeto, em sua totalidade, tem a intenção de atingir os municípios do Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, somando, ao todo, 30,7 km de extensão. A expectativa é beneficiar, aproximadamente, 1,6 milhão de moradores de cinco municípios da RMR.

LevaBike

Em parceria com a Secretaria das Cidades (SECID), será lançado o primeiro ônibus com suporte para bicicletas de Pernambuco, o LevaBike. O transporte tem capacidade para até seis bicicletas na parte interna traseira. Além disso, o coletivo terá circulação aos domingos e também com meia passagem. 

Já a partir do domingo (21) a linha Parque Capibaribe/TI, com saída do Terminal Integrado (TIP) e com destino a ao Bairro Parque Capibaribe, em São Lourenço da Mata, começará a operar. Isto com o intuito de possibilitar que os ciclistas se dirijam às atividades Domingo na Arena, evento que ocorre todos os domingos, na Arena de Pernambuco. 

Para identificar qual ônibus terá o suporte para as bikes, os veículos terão adesivo indicativo na frente. O local de posicionar as bicicletas é marcado pelos suportes instalados na estrutura do veículo. O embarque deve ser feito pela porta traseira. O ciclista deve se dirigir ao cobrador para efetuar o pagamento da passagem e rodar a catraca. 

Com informação da assessoria

O pernambucano Mattheus Henning coleciona títulos nacionais, regionais e estaduais com bike e vai em busca do primeiro internacional. O próximo desafio do piloto de 17 anos é na Colômbia: o Campeonato Mundial de BMX, nas próximas quinta-feira (26) e sexta (27).

Nascido em Santa Cruz do Capibaribe, cidade no agreste de Pernambuco, Matheus Henning é um dos mais jovens de suas categorias no Mundial: Cruizer e Expert (ambas de 17 a 24 anos). Juntando as duas disputas, o pernambucano enfrentará 181 dos melhores pilotos do mundo. “Será um campeonato muito disputado, mas vou fazer o meu melhor para tentar subir ao pódio”, garante.

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Apesar de jovem, Matheus Henning coleciona títulos importantes na carreira de piloto. Já conquistou: Pernambucano 2010 (categoria Boys). Catarinense 2006 (categoria Boys). 2007/2008 (categoria Cruizer), Brasileiro 2007/2009/2010/2011 (categoria cruizer), Brasileiro 2007/2009 (categoria boys) e Copa Brasil 2012/2013 (categoria cruizer).

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