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Binali Yildirim, o candidato do partido no poder, do presidente Recep Tayyip Erdogan, admitiu neste domingo sua derrota na repetida eleição para prefeitura de Istambul.

Os resultados iniciais divulgados pela agência estatal Anadolu indicam que o candidato da oposição Ekrem Imamoglu lidera com 53,69% dos votos, contra 45,4% para Yildirim com base em 95% dos votos apurados.

"De acordo com os resultados, meu adversário Ekrem Imamoglu vai em frente. Eu o felicito e desejo boa sorte", disse Yildirim.

Imamoglu, por sua vez, afirmou estar pronto para trabalhar com o presidente Recep Tayyip Erdogan para resolver os problemas de Istambul.

"Senhor Presidente, estou pronto para trabalhar em harmonia com o senhor. Transmito aqui o meu pedido para encontrá-lo no menor tempo possível", disse o candidato da oposição, depois de conquistar uma vitória decisiva sobre o candidato de Erdogan na eleição para prefeito de Istambul.

O Estado-Maior do Exército da Turquia anunciou nesta sexta-feira (15) que tomou o controle do país em um golpe contra o primeiro-ministro Binali Yildirim e o presidente Recep Tayyip Erdogan.

"Para recuperar nossos direitos humanos, constitucionais e democráticos, estamos oficialmente assumindo o controle do país", diz uma declaração da ala das Forças Armadas responsável pela revolta.

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Por volta das 22h, tiros foram ouvidos em Ancara, capital do país, onde caças faziam voos rasantes e helicópteros militares tomavam os céus. Em seguida, foram fechadas as duas pontes sobre o estreito de Bósforo, em Istambul, no sentido Ásia-Europa - no caminho inverso, o tráfego seguiu fluindo.

Logo depois foi bloqueado o acesso às redes sociais e militares invadiram a sede da TV estatal. Além disso, tanques se dirigiram ao Aeroporto Internacional de Ataturk, em Istambul, o mais movimentado do país.

"Os autores [do golpe] pagarão o preço mais alto", garantiu Binali Yildirim, que ainda prometeu usar "força contra a força". Nos últimos meses, o presidente Erdogan vinha sendo acusado de promover um governo autoritário no país, atingindo até alguns de seus antigos aliados.

Além disso, o país convive com a ameaça do terrorismo do Estado Islâmico e de grupos separatistas curdos. O partido AKP, fundado por Erdogan, é acusado de interferir na Justiça para abafar casos de corrupção e de censurar a imprensa. Para isso, fechou jornais opositores e afastou juízes tidos como "adversários".

Erdogan foi primeiro-ministro até 2014, mas no fim de seu mandato foi eleito presidente, mantendo o poder em suas mãos, apesar de a Turquia ser parlamentarista. Nos últimos meses, vinha tentando emplacar uma mudança para o regime presidencialista, o que lhe deria ainda mais força. Segundo a emissora "CNN", apesar do golpe, ele se encontra a salvo.

O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, disse que há uma tentativa de golpe em andamento e que os responsáveis pagarão caro por isso.

Forças turcas estão bloqueando duas das maiores pontes sobre o estreito de Bósforo, em Istambul, e aviões militares foram vistos sobrevoando a capital turca, Ancara, em baixa altitude. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O parlamento da Turquia aprovou neste domingo a indicação de Binali Yildirim como novo primeiro-ministro do país. A aprovação foi considerada expressiva por analistas, com 315 votos a favor, enquanto 138 foram contrários.

Yildirim, um dos fundadores do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), era o ministro de transportes e comunicação da Turquia e foi apontado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan para substituir Ahmet Davutoglu, horas após ele ter pedido demissão do cargo devido a divergências com Erdogan.

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O novo premiê manifestou sua lealdade a Erdogan e afirmou que trabalhará para implementar o sistema presidencial por meio de uma nova constituição. Além disso, Yildirim afirmou que o governo servirá a toda nação, trabalhando pela democracia, direitos humanos e liberdade no país. Fonte: Associated Press.

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