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A tão aguardada biografia de Elon Musk descreve o magnata como um homem atormentado por seus demônios de infância, obcecado em levar a vida humana a Marte e que exige lealdade total de sua equipe.

"Elon Musk" foi escrito pelo biógrafo Walter Isaacson, ex-editor-chefe da revista Time, conhecido por seu retrato bem-sucedido do cofundador da Apple, Steve Jobs, e por suas investigações sobre as vidas de Albert Einstein e Leonardo da Vinci.

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Mídias americanas tiveram acesso ao livro de mais de 600 páginas antes de seu lançamento oficial em todo o mundo nesta terça-feira, e vários trechos foram divulgados.

Horas após seu lançamento na Amazon, as pré-encomendas já haviam transformado "Elon Musk" no livro mais vendido do site nos Estados Unidos.

Grande parte da vida precoce do bilionário já é amplamente conhecida, com foco na relação abusiva e manipuladora com seu pai, Errol, a quem Musk despreza.

A biografia sugere que Musk opera em um estado que sua ex-parceira, a cantora canadense Grimes, chama de "modo demônio", o que, segundo Isaacson, o torna altamente produtivo.

Muitas das incógnitas do relato vêm de um período mais recente, quando Isaacson seguiu de perto seu protagonista com acesso direto à sua vida cotidiana.

Um trecho amplamente divulgado relata como Musk pessoalmente frustrou um plano do Exército ucraniano para realizar uma megaoperação na Crimeia, negando o acesso à internet da Starlink, sua empresa de conexão via satélite, o que provocou uma resposta furiosa de Kiev.

No entanto, Isaacson foi forçado a se retratar de sua descrição do episódio depois que Musk afirmou que o acesso à Starlink ainda não estava operacional na Crimeia, uma área estratégica do conflito russo-ucraniano, na época de sua decisão.

A caótica e impulsiva aquisição do Twitter por parte de Musk - que ele rebatizou como X - também recebe muita atenção, e o livro descreve como o bilionário luta para reconhecer que a tecnologia e a força de vontade não criarão milagres.

Outro tema recorrente no relato de Isaacson são as tendências vingativas de Musk em relação aos céticos e críticos.

- Falta de "visão crítica" -

Após adquirir o Twitter no final do ano passado, Musk e seus colaboradores mais próximos revisaram e-mails e redes sociais e demitiram imediatamente dezenas de funcionários que haviam criticado o novo proprietário. No final, dois terços dos 7.500 trabalhadores foram demitidos.

Em outro episódio, Musk desafiou avisos e, com a ajuda de uma pequena equipe, transferiu servidores-chave de um centro de dados em Sacramento, na Califórnia, para reduzir custos, o que resultou em uma série de interrupções significativas.

Ele também se recusou a se associar a Bill Gates em projetos beneficentes, porque o fundador da Microsoft havia apostado contra o sucesso da Tesla na bolsa.

O livro destaca que Musk, preocupado com a superpopulação do planeta, agora tem 10 filhos, incluindo um desconhecido com Grimes.

Ele também foi pai de gêmeos como doador de esperma para Shivon Zilis, uma executiva da Neuralink, uma empresa de sua propriedade.

As resenhas da biografia têm sido variadas: o Washington Post elogia o trabalho jornalístico, mas lamenta que Isaacson "tenha priorizado as anedotas reveladoras e a crônica por trás das cenas acima de uma visão crítica sofisticada".

A influente analista de tecnologia americana Kara Swisher disse que a biografia conta a história de um "filho triste e inteligente que lentamente se transforma no pai mentalmente abusivo que ele odeia".

"Ele muitas vezes está certo, às vezes está errado, mas sempre é uma pessoa mesquinha", diz Swisher sobre como Musk é retratado no livro.

“Ele jamais abriu mão da própria identidade durante toda a carreira”. A avaliação é a do jornalista carioca Julio Moura, autor do livro Pelas ruas que andei - Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora), de 562 páginas. A obra sobre o artista de múltiplas influências será lançada nesta terça-feira (27), às 19h, no Paço do Frevo, no Recife.  

O evento terá a presença do biógrafo e do biografado, com acesso livre. Alceu, que vai completar 77 anos de idade na semana que vem (dia 1º), tem carreira marcada pela resistência e manutenção das raízes nordestinas. Ele é aclamado em todo o país e internacionalmente.

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 A missão de contar uma história de vida e de mais de 50 anos de carreira ficou para o jornalista, que é assessor de imprensa do artista desde 2009. “Posso dizer que, desde então, penso em fazer a biografia sobre ele”, confessa Julio. 

Ele garante que Alceu deixou o escritor à vontade para fazer um mergulho independente e distanciado. “Não pediu para ler nada antes”, disse o escritor em entrevista à Agência Brasil. 

Memórias

Julio explica que queria evitar um “livro de memórias”. Por isso, tinha certeza de que precisaria de certo afastamento em prol da qualidade do livro.  Foram dois anos de escrita, principalmente durante a pandemia. 

A investigação da história de Alceu foi antes de escrever e ganhou fôlego pelas conversas frequentes, pelas viagens a São Bento do Una (PE), cidade em que o artista nasceu, e para Garanhuns (PE) e Recife para traçar o complexo mosaico de influências musicais e de vida. 

“Eu tive impressões confirmadas. Ele sempre teve uma obstinação e determinação muito grandes. Por exemplo, ele participou de festivais de música importantes e não ganhou. Mas não desistiu”, revela o escritor.

Outra face menos comentada do artista e que, segundo Júlio, ilustra a obstinação de Alceu, foi a realização do filme A luneta do tempo. “Foi um filme que Alceu escreveu durante 10 anos e filmou no agreste de Pernambuco por três anos. Uma história do circo e cangaço e eu participei intensivamente”, recorda.

Julio testemunha que Alceu não para nunca. “Ele é muito intenso”, diz. Como um carnaval permanente. Influenciado pelas raízes do violeiro, da banda de pífano, do caboclinho, do baião, do frevo no Recife, do maracatu. “Ele é um dos artistas que melhor representa essa diversidade que o Nordeste tem”, acredita o biógrafo. Ele diz, ainda, que faltam biografias sobre artistas nordestinos da geração de Valença.

O saber de Alceu gera efeitos artísticos em diferentes campos. “A música Anunciação, por exemplo, é ouvida e cantada desde 1983 (há 40 anos)”. Foi cantada em momentos marcantes, como do pedido pelas Diretas Já, a partir de 1984, em que o artista se engajou. A música virou também um hino informal das jogadoras da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que vai disputar a Copa do Mundo.

Não são apenas pelos meios tradicionais que Alceu consegue repercussão. O escritor verificou que a internet auxiliou a garantir visibilidade para a obra do  compositor. “A música La belle de jour tem mais de 140 milhões de visualizações no Youtube. É impressionante. Não encontramos isso nem no Paul McCartney, ou Freddie Mercury, ou Stevie Wonder”, observa.

 Pelas ruas que andei, nome da canção que é o título do livro, é para Júlio a música mais marcante. Funciona como metáfora de toda a caminhada do artista no Nordeste e depois no Rio de Janeiro. 

“Pessoa mais indicada”

Para Alceu Valença, Julio Moura era a pessoa mais indicada para escrever a biografia. O artista garante que deixou o escritor e amigo muito à vontade para poder fazer o livro. 

“Mesmo porque era a pessoa mesmo mais indicada para isso. Há muito tempo em que ele trabalha com a gente, que viaja comigo e conheceu tudo o que aconteceu na minha vida”, afirmou Alceu em entrevista à Agência Brasil. “Ele conheceu a casa onde eu morei, parentes meus. Ele conheceu a feira de São Bento do Uma, que serviu de base para a minha música, do xote, do xaxado, do baião”.

Alceu destaca que Julio esmiuçou as influências das outras cidades brasileiras em que ele viveu, como Garanhuns, Recife, Olinda e Rio de Janeiro.

O cantor destaca que a biografia revela formação prioritária dele, que é de São Bento do Una e da Fazenda Riachão, onde nasceu. “A cultura do sertão profundo é a cultura que inspirou e fez com que existisse o Gonzagão. Eu sou da mesma cultura influenciado também por Gonzagão”,  opina. 

No Recife, Alceu viveu na rua dos Palmares, um verdadeiro caldeirão cultural de influências para ele. Moravam lá o compositor Carlos Pena Filho e o grande Nelson Ferreira (o maestro e compositor de frevo). “Por lá, passavam os maracatus de origem africana. E os blocos indígenas, os caboclinhos. O frevo de bloco, o frevo de rua, o frevo canção”. 

Alceu Valença destaca que o escritor conheceu todos os amigos dele de Olinda. “Ele tem uma memória incrível. Cada vez que eu passava por Olinda, eu ia me lembrando de alguma coisa. E ele cuidou para estar tudo ali no livro”, observa.

Além do lançamento desta terça-feira, estão programados outros dois lançamentos, um no Rio de Janeiro (Livraria Travessa do Shopping Leblon), no dia 25 de julho, e em São Paulo (Itaú Cultural) no dia 27 do mês que vem. 

A obra tem versões impressa, digital e audiolivro (disponível em audiolivro.art.br), adaptado como condições de acessibilidade e recursos extras para os fãs do formato. 

Serviço

Lançamento do livro Pelas ruas que andei - Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora)

Preço: R$ 70 (livro impresso); R$ 35 (e-book); 49,90 (compra do audiolivro); R$ 20 (assinatura do audiolivro)

Recife

Quando: 27 de junho

Onde: Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Recife)

Horário: 19h

Acesso gratuito

 

O americano de origem brasileira George Santos, eleito para o Congresso dos Estados Unidos mentiu sobre seu currículo, segundo investigação do The New York Times, levando seu adversário a exigir sua renúncia antes mesmo de assumir o cargo.

Santos, um republicano eleito para a Câmara dos Representantes pelo 3º distrito do estado de Nova York, derrotou o democrata Robert Zimmerman nas eleições de meio de mandato de 8 de novembro.

Mas o jornal NYT revelou que Santos, filho de imigrantes brasileiros nascido no Queens e um candidato abertamente gay, pode ter mentido em vários pontos de sua biografia, alegação que ele tachou de caluniosa.

Santos disse não ter ficado surpreso de ter "inimigos no New York Times tentando manchar seu bom nome com essas acusações difamatórias", de acordo com nota divulgada por Joseph Murray, advogado do congressista eleito.

Segundo a reportagem do NYT, Santos mentiu sobre uma licenciatura em finanças no Baruch College, de Nova York, em 2010, e sobre experiências profissionais no Citigroup Bank e no Goldman Sachs Investment Bank.

Porta-vozes dessas três entidades garantiram ao jornal que não encontraram registros de Santos, que deve tomar posse em Washington no início de janeiro.

O Baruch College confirmou à AFP que não encontrou em seus arquivos um George Santos graduado por volta de 2010.

Além disso, o NYT colocou em dúvida o funcionamento da instituição de caridade Friends of Pets United, supostamente dirigida por Santos, e apontou que a Devolder Organization, sua consultora, "é um mistério".

No balanço financeiro apresentado à Câmara em setembro, o legislador eleito afirma que a empresa pagou a ele um salário de 750 mil dólares e dividendos entre um e cinco milhões de dólares.

Porém, a reportagem indica que o formulário não inclui "qualquer informação sobre clientes que possam ter contribuído para essa quantia, uma aparente violação da exigência de divulgar qualquer compensação de mais de cinco mil dólares de uma única fonte".

"A verdade é que Santos mentiu totalmente para os eleitores (...) e não merece representar Long Island e Queens", reagiu Zimmerman.

O democrata pediu a renúncia de Santos e uma "investigação imediata por parte da Comissão de Ética da Câmara dos Representantes e da Comissão Eleitoral Federal".

No estado de Nova York, considerado pró-democratas, várias cadeiras da Câmara passaram para os republicanos em novembro, contribuindo para sua apertada maioria. Os democratas, no entanto, mantiveram o controle do Senado.

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O lançamento do livro “Edson Cimento - O Melhor Goleiro do Brasil em 1977” será no dia 3 de dezembro (sábado), às 20 horas, no Clube Nassau, em Capanema, cidade paraense onde nasceu o ex-goleiro. Escrito por Mauro Humberto (Beto) de Oliveira Brandão Soares, um torcedor paraense da cidade de Capanema, terra natal do atleta, o livro fala da vida e da carreira do jogador paraense que fez história no futebol ao receber o prêmio de melhor goleiro, a Bola de Prata do Campeonato Brasileiro, na década de 1970, pela revista Placar.

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Edson Cimento atuou profissionalmente de 1972 até 1992. Jogou em Remo, Paysandu e Tuna e defendeu, também, Fluminense e Náutico, entre outros. Beto Brandão comenta como surgiu o livro: “A ideia veio de conversas entre mim e meu irmão, Mário Brandão. Como gosto de biografia, resolvi escolher alguém de Capanema que tivesse destaque estadual e nacional, como foi o caso de Edson Cimento”.

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O autor da biografia também conta a origem do apelido. “Um radialista da época, Jayme Bastos, criou este apelido. Edson era muito forte na época e era natural de terra do cimento. Ele começou a chamar o Edson de Cimento também porque ele ia forte nas jogadas e não caía nas disputas contra os atacantes", diz. O autor do livro fala sobre o início da carreira de Edson: “Com apenas 16 anos ele foi o goleiro menos vazado no primeiro titulo intermunicipal da cidade de Capanema”.

Edson Cimento lembra como foi ganhar a bola de prata. “Essa para mim foi a principal conquista da minha carreira, ficou marcada até hoje. Eu estava disputando com o Leão, Raul, Carlos, Valdir Peres, só goleiro de seleção, e eu fui feliz por conquistar esse grande reconhecimento pelo meu trabalho”, comenta.

O livro estará à venda em livrarias de Belém, Capanema e Marabá e diretamente com o autor, pelo Whatsapp (91) 8295-1882.

Clique no ícone abaixo e ouça o podcast com Edson Cimento e Mauro Humberto Brandão.

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Por Rodrigo Sauma (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

A vida pessoal e amorosa de Mick Jagger virou assunto após o lançamento da biografia explosiva The Stone Age: Sixty Years of Rolling Stones - em tradução livre, A Era de Pedra: Sessenta Anos de Rolling Stones.

De acordo com o jornal Daily Mirror, a obra escrita por Lesley-Ann Jones, revela que Jagger viveu um affair com dois colegas da banda, os guitarristas Keith Richards e Mick Taylor - membros do conjunto entre os anos de 1969 e 1964. Além dos músicos, as investigações da escritora revelam que o cantor também se relacionou com outros homens famosos, como David Bowie e com o autor austríaco Helmut Berger.

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A biografia chegou recentemente às livrarias do Reino Unido e dos Estados Unidos e cita Jagger como um ícone bissexual. Vale pontuar que o cantor ainda não se pronunciou sobre o assunto.

O longa "Elvis", dirigido pelo renomado cineasta Baz Luhrmann (Moulin Rouge), que ainda está em cartaz em alguns cinemas, chegará à plataforma da HBO Max na próxima sexta-feira (2).

Estrelada por Austin Butler e Tom Hanks, a nova adaptação foca na relação conturbada do artista (Butler) com seu empresário (Hanks). A história retrata a dinâmica complexa entre os dois, que dura cerca de 20 anos e vai desde início da carreira até Elvis se tornar o “Rei do Rock”. No centro dessa jornada está Priscilla Presley (Olivia DeJonge), uma das pessoas mais importantes e influentes na vida do cantor.

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Dacre Montgomery (Stranger Things), Helen Thomson, e Richard Roxburgh completam o elenco.

A trilha sonora mescla o clássico e contemporâneo, algumas faixas com a voz original de Presley e outras são covers. Além da música original de Doja Cat “Vegas” -  inspirada no hit “Hound Dog”; e outros nomes também estão presentes no álbum como Måneskin, Diplo, Tame Impala, Kacey Musgraves, Jack White e Jazmine Sullivan.

Luhrmann é conhecido por dirigir títulos como: “Moulin Rouge” (2001) com Nicole Kidman e Owen McGregor; “O Grande Gatsby” (2013) com Leonardo Dicaprio e Tobey Maguire; e “Romeu + Julieta” (1996) com DiCaprio e Claire Danes. Confira o trailer: https://youtu.be/jJJmHcY2TAE

Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um filósofo, escritor e dramaturgo francês. Sartre é autor de dezenas de livros, tendo em sua obra clássicos da filosofia contemporânea como “O ser e o nada”. Sartre foi fortemente influenciado por pensamentos filosóficos que derivaram da escola alemã de Nietzsche e Heidegger, além da influência da fenomenologia do filósofo matemático alemão Edmund Hasserl.

Sartre é considerado um dos maiores pensadores da filosofia existencialista. A leitura de clássicos desde a juventude despertou-lhe um espírito criativo. A ausência de uma figura paterna repressiva, alinhada a uma presença mais branda (de seu avô) proporcionaram a Sartre, como o autor costumava dizer, um espírito mais livre.

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Suas primeiras produções literárias começaram em 1921, quando Sartre entra para o Liceu Louis-le-Grand. Lá Sartre inicia uma amizade com o filósofo Henri Bergson. Em 1924, entrou para o curso de Filosofia da Escola Normal Superior de Paris, onde conheceu outro intelectual que viria a marcar o século XX, o filósofo e cientista político Raymond Aron.

De todos os intelectuais com que Sartre teve contato em seus primeiros anos de estudos acadêmicos, a então estudante de filosofia Simone de Beauvoir foi quem mais o marcou. Simone viria, mais tarde, tornar-se uma referência em estudos sobre filosofia existencialista, questões de gênero e também sobre feminismo.

Conheça a seguir três obras para iniciar o contato com a obra de Sartre:

Jean-Paul Sartre | Documentário Humano, demasiado humano – BBC

Direção: Alain de Botton | Ano: 1999 | Duração: 47min.

Jean-Paul Sartre (1905 – 1980) estudou na Escola Normal de Paris e em Berlim, onde recebeu a influência de Husserl e Heidegger. Desenvolveu uma filosofia existencialista em obras como O ser e o nada (1943) e O existencialismo é um humanismo (1946). Nela, aprofunda temas como a liberdade humana, a angústia e as paixões. Em 1945, fundou, com Merleau-Ponty, a revista Les Temps Modernes. Entre sua produção literária, estão A náusea (1938) e a trilogia “Os caminhos da liberdade“, composta de A idade da razão (1945), Sursis (1947) e Com a morte na alma (1949), assim como suas obras de teatro Mortos sem sepultura (1946) e Entre quatro paredes (1945).

Compreender Sartre - Gary Cox

Jean-Paul Sartre é um dos filósofos mais lidos do século XX e hoje é considerado por muitos leitores, como "cult", um ícone cujas idéias continuam fazendo efetivamente parte do presente. Compreender Sartre é uma obra que vai além do conceito de existencialismo e das obras que o revelam, é um livro para todas as pessoas que querem se aprofundar e entender Sartre como filósofo, não como celebridade, sobretudo é um texto voltado para aqueles que vêem a filosofia como uma fonte de crescimento pessoal.

A náusea - Jean Paul Sartre

A náusea é o primeiro romance de Jean-Paul Sartre, considerado pela crítica e pelo próprio autor o mais perfeito de sua sempre inquieta e inovadora carreira. O protagonista desta história é o intelectual pequeno-burguês Antoine Roquentin, símbolo de uma geração que descobre, horrorizada, a ausência de sentido da vida.

Em um diário, o personagem passa, então, a catalogar impiedosamente todos os seus sentimentos, que culminam em uma sensação penetrante e avassaladora: a náusea. Publicado pela primeira vez em 1938, o livro foi um marco na ficção existencialista e é até hoje um dos textos mais famosos da literatura francesa do século XX. Esta edição conta com prefácio inédito de Caio Liudvik, pós-doutor em Filosofia e autor de Sartre e o pensamento mítico.

 

A roda de conversa promovida pela Casa das Artes, na última terça-feira (24), por meio da Fundação Cultural do Pará, contou com a presença do escritor Denilson Monteiro, que esteve em Belém com o objetivo de concluir pesquisas e entrevistas para o novo livro que está escrevendo, "Ruy Barata, uma biografia”. Denilson é paraense e vive no Rio de Janeiro. O trabalho está sendo produzido desde 2020.

“Esse livro estava previsto fazer parte das programações centenárias do Ruy Barata, em 2020. Agora já tem boa parte escrita, eu precisei vir aqui pra Belém porque não teria sentido terminar o livro sem passar pelos locais por onde ele passou e visitou”, ressalta o escritor.

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Em sua obra, Denilson vai abordar os primeiros anos da vida de Ruy Barata, o convívio com a elite de Belém, sua vida em família, o interesse pela política como oposição à ditadura Vargas no Estado Novo e a seu interventor no Pará, Magalhães Barata, a eleição e mandato como deputado federal, a perseguição e as prisões durante a ditadura militar. Também fala de poesias e da parceria musical com o filho, Paulo André Barata, que resultou em várias composições de sucesso.

Ruy Barata nasceu em Santarém, Pará, em 25 de junho de 1920 e morreu em 23 de abril de 1990, em São Paulo. Mudou-se para Belém aos 10 anos, para estudar. Foi professor de Literatura da Universidade Federal do Pará (UFPA), historiador, advogado, político, jornalista e poeta. Iniciou a faculdade de Direito em 1938 e, por influência do pai, Alarico Barata, aos 26 anos entrou na política. Sua trajetória política é refletida em diversos poemas e estudos, como “Me trae una Cuba Livre/Porque Cubra libre está”.

Seu primeiro livro de poemas foi publicado em 1943, chamado de “Abismo dos Medos”, com apoio do poeta e romancista paraense Dalcídio Jurandir. Casou-se com Norma Barata, com quem teve sete filhos. Entre eles, Paulo André Barata, seu parceiro em várias canções, como “Pauapixuna”, “Esse Rio é Minha Rua” e “Foi Assim”. Essas se tornaram clássicos da MPB e foram interpretadas por vários cantores paraenses, como Fafá de Belém, que levou a obra do artista para todo o país.

Suas ricas obras inspiram e se encontram presentes até hoje nas mais variadas manifestações culturais. Em dezembro de 2020, comemorando o centenário do poeta, o Governo do Pará criou o “Ano Cultural Ruy Barata”, que compreende todas as manifestações culturais promovidas no Estado do Pará neste ano. Um ano antes, em 2019, Denilson foi convidado e iniciou sua pesquisa e escrita sobre o poeta.

O escritor conta que Ruy Barata era contra a exploração do homem e preocupado com as injustiças sociais e causas ambientais, especialmente na Amazônia. “Era um homem que, muito tempo antes de se falar, de se ter essa coisa da ecologia, já tinha uma preocupação com a devastação da Amazônia e, por conta disso, já era chamado de comunista mesmo antes de ser. Depois, ele, realmente, entrou para o Partido Comunista Brasileiro – PCB – e foi perseguido pela ditadura cívico-militar, foi impedido de fazer uma das coisas que ele mais gostava na vida, que era lecionar”, relata.

Denilson também ressalta sobre a vida boêmia do poeta e sua capacidade de envolver-se com os que estavam ao seu redor, independentemente da faixa etária, tratando todos de igual para igual. “Ele era uma figura muito importante, tanto que você vê busto e estátua pela cidade; terminal hidroviário com o nome dele. Ele tinha uma letra dele dizendo: ‘Eu sou de um país que se chama Pará’. Ele tinha orgulho de ser paraense”, diz.

Denilson Monteiro nasceu em 1967, em Belém. É autor das obras “A bossa do lobo: Ronaldo Bôscoli” (2011), biografia do jornalista e compositor Ronaldo Bôscoli; “Divino Cartola: uma vida em verde e rosa” (2013), fotobiografia do compositor Cartola; e “Chacrinha: A Biografia” (2014).

Por Amanda Martins, Juliana Maia, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Meghan Markle admitiu, em um tribunal britânico, que forneceu informações aos autores de uma biografia não oficial sobre ela e seu marido, o príncipe Harry, contrariando o que havia indicado anteriormente no julgamento contra um jornal britânico.

A ex-atriz americana, de 40 anos, ganhou em fevereiro sua ação contra o Mail on Sunday por violação de privacidade. Ela critica o jornal pela publicação de uma carta escrita em 2018, na qual pedia ao seu pai, Thomas Markle, de 77, que parasse de dar declarações e de mentir na imprensa sobre o motivo do rompimento de sua relação.

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Agora, o tabloide contesta a decisão, em um recurso sob análise até quinta-feira, em Londres.

As acusações da duquesa de Sussex se fragilizaram após o testemunho, na quarta-feira, de Jason Knauf, ex-secretário de comunicação do casal real, agora instalado na Califórnia.

Apoiando o Mail on Sunday - que quer mostrar que Meghan Markle procurava, regularmente, influenciar a opinião pública -, Knauf disse ter fornecido, em nome de Megan e do príncipe Harry, informações privadas aos autores da biografia não oficial "Finding Freedom".

Segundo ele, o projeto de livro era "discutido sistemática e diretamente com a duquesa, pessoalmente e por e-mail".

Em depoimento escrito apresentado ao tribunal, Meghan admitiu ter participado da redação do livro - algo que ela e seu marido sempre negaram até então - e se desculpou por ter induzido a corte ao erro, por não ter sido clara a este respeito em primeira instância.

"Reconheço que Knauf forneceu informações aos autores e que fez isso de acordo com meu pleno conhecimento", explica.

A duquesa ressaltou, porém, que a informação compartilhada com os autores estava "muito longe da informação pessoal muito detalhada" que o Mail on Sunday publicou.

A biografia "Federer, o Homem que Mudou o Esporte", escrita pelo americano Christopher Clarey e publicada no Brasil pela editora Intrínseca, foi lançada em 16 línguas quase ao mesmo tempo em diferentes cantos do planeta nas últimas semanas. E a rotina do jornalista do The New York Times tem sido dar entrevistas sobre o livro protagonizado pelo tenista suíço Roger Federer enquanto segue com seu trabalho no grande jornal americano.

Mesmo assim, ele conseguiu reservar uma hora para conversar com a reportagem do Estadão, por vídeo, de Nova York, sobre seu primeiro livro. O experiente repórter aponta suas impressões sobre a vida e carreira do suíço, mostra a importância de sua trajetória, dá um palpite sobre sua futura aposentadoria e diz quem considera ser o melhor de todos os tempos. Confira abaixo os principais trechos da entrevista.

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Quando Federer vai se aposentar?

Não acredito que ele voltará ao circuito (após nova cirurgia no joelho). É um palpite. Acredito que ele vai perceber, durante seu processo de reabilitação, que o tempo mudou. Os caras novos chegaram. Ele tem muita coisa para fazer na vida dele. Aos 40 anos, vai conquistar mais o quê no circuito? Ele pode até voltar, mas será um retorno lento e difícil. Não acho que conseguirá vencer mais torneios de Grand Slam. E acho que não será feliz se não tiver chances de vencer estes torneios.

A genialidade de Federer é mais difícil de explicar do que a de Nadal ou Djokovic?

Essa é uma ótima pergunta... Não acho que seja difícil explicar. Todo mundo que segue tênis pode vê-la. Mesmo quem é de fora do mundo do tênis consegue ver. É como ver Messi num vídeo: ‘Veja aquele drible, uau’. O tênis de Roger é muito fácil de admirar, é quase uma dança. Novak e Rafa são diferentes. É mais sobre sensação. Acho que a genialidade de Novak é a mais difícil de ser explicada.

Federer é tão legal quanto parece? Ou tem muito marketing ali?

Acho ele é uma mistura dos seus lados suíço e sul-africano, com seu pai e sua mãe. Ele tem esse lado mais espontâneo, mais agregador. E também tem esse lado que calcula, pensa antes de fazer. Acho que ele precisa planejar as coisas para poder ser espontâneo e se sentir renovado o tempo todo... Se eu tivesse descoberto algum escândalo durante a pesquisa, teria colocado no livro, claro. Minha intenção não era esconder os esqueletos no armário. Roger é o tipo de cara que não gosta de conflito, nem nos negócios e nem na vida pessoal. Ele gosta de manter as coisas suaves. Mas, com certeza, tem um lado controlador e um olho forte em tudo o que faz.

As lesões dele ou pandemia fizeram você antecipar a publicação do livro?

Eu sabia que ele está chegando perto do fim. Pensei que seria uma boa esperar pela aposentadoria dele para poder finalizar o livro. E decidi pensando que muita gente estava interessada em escrever sobre ele, mesmo ele já sendo alvo de alguns livros. Percebi que tinha uma grande oportunidade por causa do acesso extraordinário que tive a ele, Nadal e Djokovic. Então, tinha esta janela de oportunidade e interesse de editores dos EUA e da Inglaterra para lançar a obra agora. Ao mesmo tempo, sei que sua obra já está completa como artista do tênis. Não vejo ele conquistando coisas maiores agora.

O que mais te surpreendeu nas mais de 20 entrevistas que fez com ele?

O cara não é blasé. A maioria dos atletas é meio "já vi isso, já fiz isso". Ele não é assim, de jeito nenhum. Parece um garoto, com esse nível de entusiasmo e energia. Muitos atletas já estariam cansados de tudo isso com a idade dele. Mas ele tem uma alegria genuína por estar perto das pessoas, gritando por ele, como se fosse uma estrela do rock. Além disso, me surpreendia o jeito como respondia a cada pergunta sobre sua vida. Ele dizia não ser um cara que ficava "ticando" itens numa lista. Ele sempre diz que gosta de viver o presente.

O que ele mudou de fato no tênis?

Inicialmente, ele preservou coisas, como o backhand de uma mão só. Manteve isso relevante e influenciou tenistas como Shapovalov, Tsitsipas e toda uma geração. Acho que, se não fosse Roger, eles não jogariam assim. Ele definiu um padrão de como atletas modernos devem lidar com o esporte e suas responsabilidades. Ele mostrou a toda a nova geração que há um outro jeito de lidar com a carreira. E você pode lidar com classe, com humanidade. O tenista pode se envolver com a política da ATP, com os seus patrocinadores, com a imprensa e com a família. E ainda pode ser um grande tenista. E também tem a questão da longevidade. Ele mostrou que um tenista pode ter uma carreira longa, viável, se você não exagera, não joga demais, e encontra um caminho para se manter saudável e relaxado. Tenistas, como Ivan Lendl e Martina Navratilova levaram o tênis para um outro nível e tornaram suas equipes bem profissionais. Mas Roger entendeu muito bem as demandas físicas do esporte atual, desenvolvendo materiais e buscando novas soluções. E ele fez isso de forma muito inteligente.

Federer sem Nadal e Djokovic seria um Schumacher dominante na F-1, pouco popular e até odiado por vencer sempre?

Eu concordo com você 100%. O motivo que o tornou tão querido do público é porque ele se tornou vulnerável desde cedo. Nadal o venceu em Miami em 2004, logo quando começava a dominar o jogo. Acho isso fundamental para entender por que ele se tornou tão popular e de forma global. Claro que a beleza do seu jogo ajudou também. É preciso ver todos os aspectos: sua vulnerabilidade, seu belo jogo, seu plano para seguir saudável por tanto tempo e seguir nas quadras para que as pessoas possam estabelecer conexões. No tênis, você vê o rosto do jogador o tempo todo, a câmera se aproxima. É diferente do futebol. No tênis, são horas com o rosto do Federer na sua TV. Você acaba criando uma conexão com os tenistas.

Quais foram os erros cometidos por ele na carreira?

Acho que ele poderia ter mudado para uma raquete com cabeça maior antes. Ele foi um pouco teimoso. Isso teria o ajudado a enfrentar o Nadal em melhores condições no saibro. Em termos de treinadores, ele poderia ter tomado decisões diferentes ao longo da carreira. De forma geral, ele se saiu muito bem enquanto esteve sozinho. Acho que ele foi muito esperto neste aspecto e também na gestão de sua carreira, sem depender de ninguém. Com certeza, no começo isso deve ter lhe custado algum dinheiro, tempo e algumas preocupações. Mas ele aprendeu bastante com isso.

Federer é maior do que os seus 20 títulos de Grand Slam?

Sim. Não acredito que a grandiosidade de um tenista possa ser medida apenas pelos títulos de Grand Slam. Deve ser também sobre o número de troféus de nível ATP, e ele já superou os 100. Ele tem incrível consistência, recorde de semifinais seguidas em Grand Slam. E também tem o número de jogos que ele abandonou na carreira: zero. Ninguém que jogou tanto, até esta idade, pode ostentar este feito. Se este livro foi publicado em 16 línguas diferentes, não foi por minha causa, mas por causa dele. Com Roger, as pessoas têm uma conexão no nível mais humano. Não se trata apenas de imagem, mas do trabalho que ele entregou. As entrevistas que ele deu, as atividades com patrocinadores, conexões com os fãs, o quanto se entrega dentro de quadra. Toda a carreira dele e todo o seu esforço o tornam maior do que os seus resultados.

Na sua opinião, quais foram os 20 Grand Slam mais difíceis: os de Federer, Nadal ou os de Djokovic?

Houve dificuldades para os três em cada trajetória até o 20º. No caso de Federer, entre 2017 e 2018, foi impressionante. Mas eu diria que os mais difíceis foram os de Djokovic. Porque sinto que todos já estavam estabelecidos quando ele venceu os 20. E ele venceu todos os rivais. E as chances de ele se tornar um campeão eram a mais improváveis por causa de onde ele veio.

Quem é o maior de todos os tempos?

Eu não acredito em definir um melhor da história. Eu penso que o tênis mudou tanto, tiveram tantos grandes lá trás, como Bill Tilden, Ken Rosewall, Rod Laver, que deixaram de competir em diversos Grand Slams. Caras como o Bjorn Borg jogou o Aberto da Austrália apenas uma vez. Em termos de tênis puro, eu diria que o maior de todos é Djokovic, por suas habilidades em todas as superfícies, vitórias nos Masters 1000. Ele venceu os quatro Grand Slams ao menos duas vezes cada. E lidera o retrospecto contra Federer, sendo 3 vezes em Wimbledon, e Nadal, sendo duas vezes em Roland Garros. Quando falamos de grandiosidade de forma geral, eu diria que é preciso levar em consideração outras coisas além dos resultados, como o que o tenista trouxe para o jogo, a conexão que criou com os fãs, o prazer que ele dá ao público quando vê suas partidas, o jeito como ele se comporta e a imagem que dá ao tênis. Então, diria que Roger é o melhor neste aspecto, no pacote todo."

Afirmar que uma biografia humaniza seu protagonista pode parecer um clichê. Mas, quando se trata de livros sobre tenistas, a tarefa se tornou uma virtude nos últimos anos. Com frequência, obras do tipo se assemelham a entediantes almanaques, com descrições de jogos e listas intermináveis de resultados. É exatamente o oposto disso que se pode encontrar em "Federer, o Homem que Mudou o Esporte", escrito pelo jornalista americano Christopher Clarey e publicado no Brasil pela editora Intrínseca.

O experiente repórter do jornal The New York Times traz um relato completo sobre a vida e personalidade do tenista suíço, construídas a partir de mais de 80 entrevistas. Somente com Federer foram "23 ou 24" ao longo de 20 anos, segundo afirmou o autor ao Estadão. Na prática, o leitor tem acesso a informações e observações colhidas por Clarey durante duas décadas. Ele estava lá na estreia do jovem suíço em um torneio de Grand Slam, em Roland Garros, em 1999, e também viu de perto o 20º troféu conquistado por Federer na série dos torneios mais importantes do mundo, no Aberto da Austrália, há três anos.

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Ao longo de 420 páginas, o americano faz o que nenhum outro biógrafo de Federer fez ao destrinchar sua personalidade, sua técnica (sem jamais ser enfadonho), suas conquistas ao mesmo tempo em que revela suas fraquezas. Isso só foi possível ao amplo acesso que teve ao próprio tenista, a ex-treinadores do suíço, ex-jogadores, como Andy Roddick e Marat Safin, e aos grandes rivais Rafael Nadal e Novak Djokovic.

"Federer, o Homem que Mudou o Esporte" revela um gênio vulnerável. Alguém que virou lenda e obteve recordes incríveis no circuito, porém sofreu duras derrotas e vem assistindo aos rivais superarem suas marcas gradualmente nos últimos anos. "Ele foi um grande campeão, mas também um grande perdedor. Perdeu muito. As maiores partidas em que esteve foram derrotas, com exceção da vitória sobre Nadal na final do Aberto da Austrália de 2017. E isso é algo muito extraordinário para um cara com essa imagem e reputação", disse Clarey ao Estadão.

Para o biógrafo, as derrotas para o espanhol e para Djokovic contribuíram para sua imagem de tenista falível, o que ajudou em sua popularidade. "O motivo que o tornou tão querido do público é porque ele se tornou vulnerável desde cedo. Ele perdeu para o Nadal em Miami pela primeira vez em 2004. Foi muito cedo, ele estava começando a dominar o circuito", lembrou o americano. Arrisco uma hipótese: teria Federer se tornado um Michael Schumacher, infalível e pouco popular, se não houvesse seus dois maiores rivais? "Concordo totalmente com essa ideia", respondeu o americano.

Clarey argumenta que a personalidade expansiva do suíço, sua sensibilidade (e fama de chorão) e a conexão com os fãs foram elementos importantes para ele se tornar um fenômeno global. O status de celebridade, não planejado pelo tenista, foi uma construção coletiva, de acordo com a nova biografia.

O experiente jornalista, com 15 Olimpíadas no currículo, aponta diversos fatores que permitiram ao suíço se tornar tão genial dentro e fora das quadras. O apoio da família e o fato de nascer e passar a vida toda na Suíça, perto dos grandes torneios do circuito, foram complementados por pessoas determinantes em sua trajetória, como o australiano Peter Carter, seu primeiro técnico. "Se não fosse Peter, Roger poderia ter se tornado jogador de futebol", diz Clarey.

Federer ajudou a "mudar o jogo", como diz o título da biografia em português, não apenas com sua técnica acima da média. Na obra, o americano mostra como também foram fundamentais a escolha do preparador físico Pierre Paganini, o namoro e futuro casamento com a ex-tenista Mirka, os demais treinadores e a decisão de assumir ele mesmo a gestão da sua carreira, algo inédito até então no circuito.

O suíço ainda desbravou novos territórios ao passar longe das controvérsias e dos escândalos ao longo de 20 anos de carreira. Para Clarey, o tenista tem o que chamou de "inteligência social e emocional" acima da média. "Ele vê o problema antes de acontecer. E encontra um jeito de resolver antes de se tornar um grande problema. Não é por acaso que ele atravessou 20 anos sem qualquer escândalo. É porque é muito inteligente e tem empatia."

A imagem limpa aproximou o suíço de grandes patrocinadores. Federer está perto de se tornar o primeiro tenista da história a acumular patrimônio de US$ 1 bilhão em sua carreira. E, para o biógrafo, essa habilidade de lidar com apoiadores, imprensa e fãs é o que torna o suíço o maior da história no "pacote completo".

A opinião contrasta com avaliação de outros especialistas, que apontam ora Nadal ora Djokovic como os maiores da história. Os três detêm, empatados, o recorde de títulos de Grand Slam - 20 -, que é a maior referência para definir o maior de todos. No entanto, o sérvio vem superando outras marcas importantes nos últimos anos, esquentando ainda mais a discussão.

"Quando falamos de grandiosidade de forma geral, eu diria que é preciso levar em consideração outras coisas além dos resultados, como o que o tenista trouxe para o jogo, a conexão que criou com os fãs, o prazer que ele dá ao público quando vê suas partidas, o jeito como ele se comporta e a imagem que dá ao tênis. Então, diria que Roger é o melhor neste aspecto, no pacote todo."

A jornada para o sucesso do youtuber Felipe Neto virou tema da biografia não autorizada “Felipe Neto: O influenciador”, que narra eventos da infância do criador de conteúdo no subúrbio do Rio de Janeiro, até a conquista do reconhecimento como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo, segundo levantamento da revista americana Time.

O livro foi escrito pelo jornalista Nelson Lima Neto, que apesar do sobrenome, não possui nenhum parentesco com a personalidade biografada. Já a distribuição ficará a cargo da editora Máquina de Livros. A obra destacará os sucessos, fracassos e alguns embates do youtuber com algumas figuras importantes, entre elas, o pastor Silas Malafaia, o ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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A biografia também destaca algumas curiosidades de Neto, como o fato de ter gerenciado uma empresa de telemensagens aos 13 anos, lecionado design gráfico e ter sido dono de um site de download de séries do Brasil. Além disso, a obra também mostra momentos em que o youtuber teve que lidar com a depressão.

Felipe Neto se tornou uma figura conhecida na internet em 2010, quando lançou em seu canal do YouTube o quadro “Não Faz Sentido”, onde ele interpretava um personagem revoltado com as tendências da sociedade. Na época, alguns vídeos viralizaram no ambiente digital, como os que criticavam a saga de filmes “Crepúsculo”, as bandas coloridas e o cantor Fiuk.

Com o passar do tempo, Neto começou a focar no público infantil e hoje seu canal já conta com mais de 40 milhões de inscritos. Além disso, o youtuber alcançou a marca de 600 mil pessoas em uma live que fez em 2020, número equivalente à audiência de um programa de TV.

“Felipe Neto: O influenciador”  encontra-se disponível nos formatos impresso, por     R$ 49 e digital, por R$ 32,90.

O livro “Tem que Vigorar!” do ex-BBB Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, foi lançado oficialmente na madrugada desta quinta-feira (10). O anúncio foi feito pelas redes sociais do pernambucano, que chamou o livro de “mais regozijado do Brasil”. Em meados de maio, Gilberto já havia anunciado que seu livro havia alcançado a venda de 5 mil unidades, ainda no pré-lançamento.

No Twitter, a equipe de Gil do Vigor disse ser uma história linda e convidou para a leitura: “Foi escrito com muito amor e é a concretização de um sonho sendo dividido com vocês!”.

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O livro conta a biografia do economista pernambucano e como a ida ao BBB mudou sua vida, ao mostrar o seu jeito irreverente e animado, com direito a relatos da mãe de Gil e de artistas que o apoiaram do lado de fora do reality, para conquistar seu sonho. A obra tem 126 páginas e custa R$ 23,32.

 

No último domingo (22), a editora Estronto lançou o livro "Ultraman - O Gigante da Terra da Luz". A obra é uma versão atualizada da biografia produzida por Danilo Sancinetti Modolo, fã da clássica série japonesa, que fez sucesso nos anos 1980-1990.

O novo livro, que não é um produto oficial da série, tem novos conteúdos e é vendido em uma versão de capa dura, com mais de 220 páginas. A obra faz parte da coleção "De Fã para Fã” da editora, e reconstitui a história do personagem, além de conter entrevista exclusiva com os dubladores brasileiros. De acordo com Modolo, essa terceira edição será definitiva e contém mais informações e capítulos sobre a história de Ultraman. O livro pode ser obtido pelas redes TokuDoc e pelo site www.lojaestronho.com.br/ultraman.

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Modolo também é dono do canal TokuDoc, dedicado ao universo tokusatsu e aos super-heróis japoneses que ganharam destaque no Brasil graças a extinta Manchete (1983-1999).

No último domingo (15), Cláudia Raia lançou sua primeira autobiografia, escrita por si com o auxílio de Rosana Hermann: Sempre Raia um novo dia. Desde a data, o livro tem chamado a atenção dos leitores por conta da sinceridade com a qual a atriz trata assuntos que vão desde sua vida pessoal e de seus romances, até sua carreira e as brigas que teve nos bastidores das produções em que trabalhou. Um dos trechos da obra que se destacam, no entanto, é o que Claudia aborda a perda de sua virgindade de modo precoce e a tentativa de abuso sexual que sofreu.

De acordo com o jornal Extra, Raia relembra que, ainda durante a pré-adolescência, se mudou sozinha para os Estados Unidos, onde já estavam sua irmã e o então namorado, e passou a morar na casa de uma família estadunidense. Desse modo, aos 13 anos de idade, teve sua primeira relação sexual com o companheiro de Olenka Raia, que era 19 anos mais velho que ela mesma.

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"Sei que a ideia de uma menina tão jovem com um homem tão mais velho não apenas causa um grande desconforto como, desde 1990, tipifica crime de estupro de vulnerável. Aos 13, eu fumava, transava e me achava totalmente madura. Realidade: ainda chupava chupeta escondida", escreveu.

A atriz também relatou que, ainda nos Estados Unidos, foi assediada pelo pai da família que a estava hospedando, fato que deixou marcas em seu psicológico que persistem até os dias de hoje: "A violência física, o abuso e a tentativa de abuso sexual é um trauma para a vida. Você se sente impotente, frágil. Por último, vem um sentimento contra o qual toda vítima tem que lutar: a culpa. Me senti desamparada".

O ator Matthew McConaughey, 50 anos, tem revelado momentos de sua vida na autobiografia "Greenlights". Uma das passagens mais dramáticas do livro é o abuso sexual que o artista sofreu aos 18 anos. A violência aconteceu quando ele ficou inconsciente na traseira de uma caminhonete e foi abusado por um homem.

Em outra passagem, McConaughey relata que, aos 15 anos, foi chantagedo para fazer sexo pela primeira vez, e que acreditou que iria para o inferno por ter praticado o ato antes de se casar. O ator também compartilhou uma situação traumática da infância. "Fui chicoteado até minha bunda sangrar por fazer uma tatuagem de Cracker Jack [famosa pipoca industrializada americana] quando tinha dez anos", relembrou. O astro revelou que não fala com a mãe.

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Outros assuntos polêmicos como a prisão do ator em 1990 e o fato do pai ter morrido enquanto fazia sexo com a mãe, em 1992, também estão no livro. 

Em "Greenlights", McConaughey reflete sobre a vida pessoal e a carreira, a decisão não fazer mais filmes estilo comédia romântica e o casamento com a brasileira Camila Alves, com quem tem três filhos.

 

Xuxa Meneghel é fã de Rita Lee - e a cantora que marcou época teve um privilégio por causa disso: leu em primeira mão a biografia Memórias, que conta a história da loira e deve chegar às livrarias em setembro de 2020.

E ainda escreveu um texto incrível para a orelha da publicação:

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Ler as memórias de Xuxa é como assistir a um filme sobre uma atriz hollywoodiana que começou ralando na vida e quis o destino que se tornasse uma deusa superstar. Conhecendo os pormenores de suas aventuras, que, aliás, escreve com coragem e honestidade, entendo melhor essa mulher estonteantemente bela e os momentos nem sempre fáceis pelos quais passou. Certeza de que foi aquele seu eterno sorriso iluminado — e por vezes ingênuo — que venceu as chatices dos humanos e a tornou a figura mais apaixonante do Patropi.

Me emociona o amor incondicional que ela sente pela causa dos animais e, é claro, pelos baixinhos, que viam nela uma fada colorida que os transportava a um mundo mágico onde só ela era capaz de lhes proporcionar aventuras inesquecíveis. Meus filhos não desgrudavam da TV quando lá ela estava, toda fantasiada naquele palco empetecado de surpresas… Sim, meus meninos tinham uma paixonite por ela e pelas Paquitas.

E, cá pra nós, precisa ter um rosto bonito demais para raspar a cabeça aos cinquenta e poucos anos e continuar com aquela mesma carinha sorridente de criança iluminada. Sinta-se abençoada por zilhões de fãs do mundo inteiro por ser quem você é: the one and only Xuxa.

E Xuxa respondeu! A loira mostrou que a admiração é mútua:

Eu só sei cantar as músicas da Rita, desde a época em que nunca me imaginei cantando. Aliás, falando nisso, foi Roberto Menescal que fez meu primeiro disco. Lembro que ele me pediu para cantar uma música, antes das gravações, só para ouvir minha voz e meu tom. E adivinha? Rita! Cantei Ovelha Negra. Não me considero cantora, longe disso, e nunca fui de ficar cantando, mas, até hoje, se tem uma roda de violão só me arrisco a cantarolar as músicas dela, da Rita! Sempre tive mais do que admiração por Rita, não sabia bem o porquê. Não pensava muito nisso. Hoje, eu sei: é porque ela sempre esteve à frente do tempo, de tudo e de todos e... linda! Hoje, para além do seu enorme talento, reconheço seu coração. Sou fã e pronto. Por isso, ler o que a Rita escreveu foi um abraço no coração e na alma. É ter a certeza de que nessa escolha eu não errei: ela era, é e sempre será meu ídolo.... E agora da Sasha também. E certeza de que será dos meus netos e por aí vai...

 

A apresentadora Xuxa Meneghel resolveu investir seu tempo em novo projetos, entre eles livros infantis. Durante o programa ‘Otalab’, no canal do ator Otaviano Costa, a rainha dos baixinhos revelou que um dos livros infantis incluirá a temática LGBTQIA+.

"Tem um (dos livros), que é o meu xodó, que é a história da Maia. Uma menina arco-íris, que tem duas mães, que é minha afilhada. Fiz esse livro pensando em tudo o que a gente está passando, tanto preconceito, tanta discriminação, tanta gente julgando as pessoas pelas suas escolhas, condições ou vontades. Aí eu tentei colocar de uma maneira lúdica, bonita. Para que as crianças possam entender que o amor é mais importante do que qualquer coisa", explicou Xuxa.

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Além desse tema, a apresentadora também irá abordar o veganismo, de forma lúdica para as crianças. Xuxa também está escrevendo um livro autobiográfico, com as memórias de sua carreira. A rainha ainda não divulgou quando os projetos serão lançados.

Maria Madalena Correia do Nascimento era uma menina do litoral pernambucano, negra e pobre, que aos 12 anos se dividia entre o trabalho doméstico e as brincadeiras no manguezal, enquanto sonhava em ser artista. A menina cresceu e não só se tornou artista como mestra, Patrimônio Vivo de Pernambuco e Doutora Honoris Causa, agora conhecida mundialmente como Lia de Itamaracá. Essa história é contada na biografia Lia de Itamaracá: nas rodas da cultura popular, escrita pela jornalista Michelle de Assumpção, que terá um lançamento virtual, nesta quinta (14), no Instagram da Cepe Editora. 

A biografia começou a ser escrita no início de 2019 quando Michelle observou a escassez de títulos que se propõem a contar as histórias dos celebrados mestres e bens culturais de Pernambuco. O livro apresenta Lia de Itamaracá em uma costura com a própria história da ciranda pernambucana, uma expressão popular com bases fincadas na Zona da Mata e essencialmente masculina em sua origem. A obra também destaca outros grandes nomes do universo cirandeiro, como Dona Duda, mestre Antônio Baracho, Santino Cirandeiro e João Limoeiro.

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Na live de lançamento da biografia, a autora fala sobre sua pesquisa em uma conversa com o editor da Cepe e também jornalista, Diogo Guedes, a partir das 17h30. Lia de Itamaracá: nas rodas da cultura popular é o quarto título da Coleção Perfis, que já apresentou as biografias do artista plástico José Cláudio, do xilogravurista J.Borges e do ex-prefeito de Olinda Germano Coelho.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux negou pedido de Suzane von Richthofen para barrar a publicação de biografia não autorizada sobre sua vida e o assassinato de seus pais. O livro Suzane Assassina e Manipuladora será lançado nesta quinta-feira, 23, pelo jornalista Ullisses Campbell. Suzane foi sentenciada a 39 anos de prisão por planejar a morte de Marísia e Manfred Albert von Richthofen em 2002.

A obra havia sido foi liberada para publicação por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão de 18 de dezembro. O ministro negou censura prévia ao livro, pedida pela condenada, e cassou decisão da Justiça que impedia a chegada do livro às livrarias.

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Suzane moveu outro pedido na Corte contra a publicação. Desta vez, Fux rejeitou.

Para o ministro, a "possibilidade de difusão de opiniões e de pontos de vista sobre os mais variados temas de interesse público é condição sine qua non [sem o qual não pode ser, em latim] para a subsistência de um regime democrático".

"Nesse contexto, consigno que a decisão liminar que se pretende cassar através do presente mandamus não caracteriza excepcionalidade flagrante que pudesse justificar a admissão do mandado de segurança contra ato de Ministro do Supremo Tribunal Federal, máxime à luz do firme posicionamento desta Corte no sentido da absoluta impossibilidade de utilização da via mandamental como sucedâneo recursal", escreve.

Para Fux, "o Supremo Tribunal Federal reconhece a posição preferencial da liberdade de expressão no sistema constitucional brasileiro e consagra uma hierarquia axiológica em comparação com os demais direitos fundamentais".

"No dizer de Rui Barbosa, 'de todas as liberdades, a do pensamento é a maior e a mais alta. Dela decorrem todas as demais. Sem ela todas as demais deixam mutilada a personalidade humana, asfixiada a sociedade' (República Teoria e Prática: textos doutrinários sobre direitos humanos e políticos consagrados na Primeira Constituição Republicana. Petrópolis: Vozes; Brasília: Câmara dos Deputados, 1978, p. 100)", anota.

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