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Um homem de 22 anos foi preso por estuprar a enteada, de oito anos, em Blumenau, em Santa Catarina. O crime foi filmado pelo acusado. 

A mãe da criança e companheira do suspeito descobriu o caso e acionou a Polícia. Ela relatou que também sofria violência psicológica e era ameaçada para não terminar o relacionamento. 

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O padrasto foi capturado na sexta-feira (26), mas o caso só foi divulgado nessa terça (30).  Os registros criminais apontam que ele tem passagem por latrocínio na Bahia.  

O homem segue preso de forma preventiva e agentes da Polícia Civil apreenderam seu celular. O aparelho foi encaminhado à perícia. 

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), anunciou nesta segunda-feira, 10, que vai colocar pelo menos um policial armado em cada uma das 1.053 escolas da rede estadual de ensino. A medida foi sinalizada ainda na última semana em reunião com representantes da segurança pública e da rede de educação, após um ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, ter deixado quatro crianças de 4 a 7 anos mortas.

Além de realocar policiais militares para fazerem a segurança armada das escolas, o governo também pretende contratar agentes aposentados das polícias Civil ou Militar e bombeiros que compõem o Corpo Temporário de Inativos da Segurança Pública (CTISP).

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A medida deve ser implementada nos próximos dois meses e tem um investimento aproximado de R$ 70 milhões. "Não importa quanto isso vai custar, o governo do Estado vai fazer porque nossos filhos e netos merecem estar seguros nas escolas", disse Jorginho Mello.

Desde a última quinta-feira, 6, data do ataque, o governo de Santa Catarina ordenou uma "ronda ostensiva de policiais militares na frente de todas as escolas da rede pública". Guardas municipais também têm reforçado a segurança nas creches e escolas de Blumenau.

Mello também anunciou nesta segunda que os professores da rede pública estadual terão um treinamento para resposta rápida e segura diante de ameaças ao ambiente escolar.

Em reunião nesta quinta-feira, 6, prefeito anunciou que pretende contratar agentes aposentados da reserva e 'vigilância particular armada' nas unidades de ensino do município

"É bom deixar claro que essa não é uma solução que vamos implantar do dia pra noite. É um conjunto de esforços que será colocado em prática o mais breve possível", afirmou o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, após a reunião da última sexta.

"Estamos trabalhando juntos com diversos órgãos. De forma coletiva estamos buscando soluções para continuar e superar esse momento de crise, para que possamos voltar às aulas com tranquilidade na segunda-feira", destacou na ocasião Alexandre Matias, secretário municipal de Educação.

Uma professora de 60 anos da creche Cantinho Bom Pastor sofreu um infarto um dia após o ataque que deixou quatro crianças mortas. As informações são do jornal O Globo

A mulher identificada como Alaide passou mal na quinta-feira (6) e precisou ser internada. Ela estava na creche e ajudou a socorrer os alunos após um homem, de 25 anos, invadir e atacar crianças e profissionais com uma machadinha. 

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A professora passou por cirurgia para introduzir um cateter no coração. Os médicos indicaram que o infarto foi causado por um “estresse pós-traumático muito grande”. 

Samuel Lorenzzo, de cinco anos, ainda não entende o que ocorreu na Creche Cantinho Bom Pastor, onde ele e mais oito colegas foram feridos por um agressor, que invadiu o local com uma machadinha. "Meu filho fala que foi um soco", disse ao Estadão o mecânico industrial Fabio Junior Santos, de 42. Poucos milímetros garantiram a sobrevivência de Samuel, que sofreu um corte grave e trincou a mandíbula. Das crianças atingidas, quatro não resistiram.

"A médica falou que o golpe foi perto da jugular dele", afirmou o pai. "Quando olho o rosto dele e vejo aquele ferimento, sei que poderia ter sido fatal." O menino ainda vai ter de passar por uma cirurgia por causa do dano sofrido na mandíbula.

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A orientação dos psicólogos que atenderam o menino no hospital, segundo o pai, é não questionar o menino sobre o episódio, mas deixar que ele conte as histórias voluntariamente. A criança tem relatado detalhes da cena de horror. "Estará na mente dele o resto da vida dele", afirma Fabio Junior. "Tento não chorar na frente dele."

Durante a entrevista, o pai segura o travesseiro de estimação do filho, que Samuel batizou de "Confortável". Foi um presente recebido pelo menino em uma festa do pijama da igreja que a família frequenta.

Baque

O pai lembra que Samuel tinha o costume de ir para a creche ainda sonolento. "Ele só acorda no portão da escolinha." No dia do atentado, Fabio Junior deixou o menino no local por volta das 7 horas.

O baque veio no meio da manhã, quando Fabio estava no trabalho. "Uma amiga nossa ligou para mim", conta. Como estava perto das máquinas do trabalho, ele não conseguiu ouvir muito, mas desconfiou que era algo sério. Depois, um amigo mostrou a foto da creche que havia recebido no celular. "Minhas pernas amoleceram, meus braços amoleceram. Fiquei muito nervoso, comecei a chorar."

Desnorteado, Fabio saiu correndo. Chegando nos arredores da creche, havia uma multidão. A rua estava cheia e a entrada da escolinha, já isolada. "A gente teve que descer do carro e ir andando a pé", diz. Em um primeiro cordão feito pela polícia, só passavam os pais. Em um segundo, só quem desse os nomes. "E eles falavam para não entrar no colégio naquela segunda parte."

Nervoso

Fabio conta que estava tão nervoso na hora que só conseguia falar o nome do filho, na esperança de receber alguma informação. "Aí uma professora, a Célia, veio correndo e já falou para gente: 'pai, mãe, o Samuel está bem'. Só que eu não conseguia escutar, não conseguia entender, estava transtornado", lembra ele, mostrando emoção.

Em seguida, Fabio conta que um policial, que se apresentou como psicólogo - ele não sabe exatamente quem é -, o apertou pelos braços e disse que ele tinha que ter forças, cuidar da família dele e que Samuel estava no hospital.

No hospital

Os pais só viram o menino quando ele foi levado para o quarto, já no início da tarde. Só ali Fabio diz ter acreditado que o filho estava bem, ainda que estivesse com curativos no rosto e no pescoço. Samuel foi recobrando a consciência aos poucos.

"Ele falou comigo: 'pai, estou vivo. Eu estou ferido, mas estou vivo'", relembra. O pai diz que isso era algo que o menino falava para todo o corpo médico ao longo do tempo que ficou internado no Hospital Santo Antônio, entre quarta e quinta. O filho ganhou uma série de presentes no hospital, desde ovos de Páscoa até brinquedos. Quatro sobreviventes ficaram todos em um mesmo quarto.

Todos receberam alta, mas Samuel ainda deve ter que passar por um procedimento cirúrgico na próxima semana, já que um dos golpes fez o osso da mandíbula dele trincar. "Está bem inchado ainda, por isso estão esperando", diz o pai. Mesmo com dores na boca, o garoto tem conseguido comer.

"Ele é um menino muito ativo, chamo ele de serelepe. É um menino muito rápido", afirma o pai. O pequeno Samuel já até voltou a correr pelo apartamento em que moram. A sensação, torce Fabio, é de que o pior já passou.

Futuro

A família de Samuel é de Curitiba e, há três anos, veio morar com a família em Blumenau, por conta do trabalho dos pais. É o primeiro ano do filho caçula do casal na creche. O pai elogia o Cantinho Bom Pastor. "As professoras, as diretoras, todos são muito bons para as crianças", diz.

Fabio é grato pela ajuda da equipe da creche. "Todos os professores foram heróis ali. Todos tentaram pegar o máximo de crianças, correr para dentro das salas e se trancar."

Segundo o pai, Samuel relata orientações da professora na hora do ataque. "Ele disse: escutei a 'pro' (como o menino chama as professoras) Célia falando para eu correr, e corri para dentro da sala. Aí eles fecharam a sala e a ela colocou um pano no meu rosto'", diz.

Ao mesmo tempo, ele reconhece que seria difícil deixar o menino estudando no Cantinho Bom Pastor. "Se realocasse a escola para outro local, eu continuaria com eles, porque são muito amorosos. Mas acho que nem professores nem alunos... ninguém vai ter cabeça para estar ali dentro."

Fabio cobra um mais ações preventivas para evitar tragédias em escolas e julgamento rigoroso do criminoso que cometeu o atentado em Blumenau. Defende ainda a tipificação de atentados assim como terrorismo.

Ele é a favor de colocar profissionais de segurança pública nas escolas, medida anunciada recentemente pela prefeitura de Blumenau, que também promete câmeras e psicólogos nas escolas. "Estou ao mesmo tempo alegre com meu filho, que está em casa, mas com o coração com os outros pais. Porque eu estou com o meu ali em casa. Mas e os pais que enterraram quatro crianças?"

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nem a chuva contínua que cai em Blumenau, Santa Catarina, nesta sexta-feira (7) cessou as homenagens às quatro crianças assassinadas no ataque* à creche Cantinho Bom Pastor. Cerca de 250 motoboys, além de alguns motoristas com carros, se concentraram no centro da cidade e seguiram para a escola.

Na frente da creche, fizeram uma roda de oração, aplaudiram as vítimas e, por fim, soltaram balões brancos em formato de estrela, cada um com o nome de uma das crianças: Bernardo Pabst da Cunha, de 4 anos, Enzo Marchesin Barbosa, 4, Bernardo Cunha Machado, 5, e Larissa Maia Toldo, 7.

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O grupo se reuniu no centro da cidade no começo da manhã, passou pelo cemitério onde três das quatro crianças foram enterradas e dispersou em frente à creche Cantinho Bom Pastor, onde o atentado ocorreu na quarta-feira, 5.

"Vieram pessoas de outras cidades também, como Rio do Sul, Gaspar, Joinville", diz o motoboy Cléber Alves, de 28 anos, que organizou as homenagens. Ele convocou os colegas por grupos de WhatsApp.

Grande parte dos motoboys que estiveram presentes amarrou balões brancos na traseira das motos. O grupo foi escoltado pela guarda municipal de Blumenau.

"É uma coisa que sensibiliza não só a classe, não só os pais, mas acho que todo mundo que tem filho. Todo mundo que é ser humano sente", Jonathan Vargas, de 26 anos, quatro deles como motoboy.

Ele mora a apenas 300 metros da creche, mas conta que estava em Florianópolis a trabalho quando o massacre aconteceu. "Só de lembrar, me arrepio inteiro", diz.

Jonathan tem um filho de 3 anos em uma creche pública de Blumenau. "Aqui era a creche que eu queria colocar meu filho."

Sensibilizado, o motoboy Sávio Bruno, de 27 anos, participou das homenagens por razão similar. "Como eu tenho filha (de 5 anos), não sei como é a dor, mas imagino que seja grande", diz. "Então resolvi vir participar."

As crianças foram mortas com golpes de machadinha por um homem de 25 anos que invadiu o local. No momento do ataque, elas brincavam no pátio.

*NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

A Prefeitura de Blumenau, em Santa Catarina, anunciou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6) que vai solicitar ao governo estadual a contratação de policiais aposentados da reserva para realizarem a segurança armada nas escolas do município. Na véspera, um homem de 25 anos matou quatro crianças e deixou outras quatro feridas em um ataque à creche Cantinho Bom Pastor.

A medida faz parte de uma série de ações apresentadas pela Prefeitura de Blumenau, previstas para começar na próxima segunda-feira (10). Em nota, a administração municipal afirmou que também já estuda contratar "vigilância particular armada" para as escolas.

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Outras medidas anunciadas são a revisão de muros, cercamento, controle e acesso de pessoas às escolas e centros educacionais do município; elaboração de um plano de contingência pela Secretaria de Defesa Civil e Secretaria de Educação; e a ampliação de equipes multidisciplinares, com psicólogos e assistentes sociais.

"É bom deixar claro que essa não é uma solução que vamos implantar do dia pra noite. É um conjunto de esforços que será colocado em prática o mais breve possível", afirmou o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt. "Estamos criando também, junto ao Governo do Estado, algumas estratégias com a participação das forças de segurança para atuar nas unidades educacionais. Assim que esse plano estiver finalizado, vamos divulgar todos os detalhes."

O plano de contingência foi apresentado durante uma reunião fechada nesta tarde com gestores de escolas municipais e estaduais das redes pública e privada. Também participaram representantes da Polícia Militar, Polícia Científica, Polícia Civil, Ministério Público, Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina.

"Estamos trabalhando juntos com diversos órgãos. De forma coletiva estamos buscando soluções para continuar e superar esse momento de crise, para que possamos voltar às aulas com tranquilidade na segunda-feira", destacou Alexandre Matias, secretário municipal de Educação.

Dias após mais um ataque a escolas, com a morte de quatro crianças em Blumenau, Santa Catarina, especialistas ouvidos pela Agência Brasil falam sobre os impactos do bullying entre os estudantes. Nesta sexta-feira (7), Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas, o assunto está ainda mais em evidência no país. 

“O tipo de violência mais frequente na infância e no início da adolescência é o bullying”, disse Maria Fernanda Tourinho Peres, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Estudos sobre Violência e Saúde (Lieves).

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Criada em 2016 para alertar para necessidade de se prevenir o bullying e outros tipos de violência nas escolas, a data relembra a tragédia ocorrida em 2011, quando um jovem de 24 anos invadiu uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro, e assassinou 12 crianças.

“O bullying é um tipo de violência persistente. Não é uma situação de violência que acontece uma vez e se esgota. É um tipo de violência que tende a ser persistente no tempo e tende a ser recorrente. Geralmente é aquela situação em que, por exemplo, um aluno ou um adolescente na escola fica sistematicamente e frequentemente sendo alvo desse tipo de violência”, ressaltou a professora.

Violência

Para ser considerado bullying, precisa haver um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. “O bullying é um tipo de violência que se estrutura, que surge e que se sustenta em torno de desequilíbrio de poder. Então há um polo mais empoderado - ou que simbolicamente ou socialmente ocupa uma posição de poder mais forte - e um polo que ocupa uma posição de poder mais fragilizado”, explicou Maria Fernanda.

“A palavra bullying deriva do termo inglês bully, que tem um sentido como substantivo que significa agressor e em termos verbais significa intimidar. Bullying, como derivado, é definido como um comportamento agressivo. No Brasil o termo surgiu no final dos anos 90”, explicou Araceli Albino, presidente do Sindicato dos Psicanalistas do Estado de São Paulo.

Segundo Zeyne Alves Pires Scherer, professora associada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), essa palavra é utilizada em diversos países no mundo “para definir o comportamento agressivo com ‘o desejo consciente e deliberado de maltratar outra pessoa e colocá-la sob tensão’”.

A lei que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática define que o bullying é todo ato de violência física ou psicológica que ocorre de forma intencional e repetitiva, mas sem motivação evidente, com o objetivo de intimidar, agredir ou provocar dor ou angústia em uma ou mais pessoas.

Perfis

As principais vítimas de bullying, segundo Araceli, são as pessoas que apresentam uma certa fragilidade seja ela física, intelectual, social ou financeira. De acordo com Zeyne, a pessoa que é vítima de bullying costuma ficar isolada ou é excluída do convívio dos colegas. Ela também passa a manifestar sentimentos como ansiedade, tensão, medo, raiva reprimida, angústia, tristeza, desgosto, impotência e rejeição, mágoa, desejo de vingança e até pensamentos suicidas.

“Tudo que é excessivo é motivo para se preocupar: quando o sujeito está muito agressivo, ou muito isolado, quando perde o interesse na escola, em sair de casa, ou apresenta sintomas físicos de adoecimento, é importante os familiares, educadores e amigos prestarem atenção porque alguma coisa está errada. O melhor é prestar atenção, conversar e, em caso grave, procurar um profissional especializado, seja o psicanalista, psicólogo, médico e até um psiquiatra em determinados casos graves”, explicou Araceli.

Já o perfil do agressor é geralmente associado a uma pessoa que tem mais autoridade. “Ele precisa afirmar o seu poder pelos atos violentos, ele precisa se afirmar por meio de ações violentas”, disse ela.

Além de ser um fenômeno psicossocial, Zeyne destaca ainda que o bullying apresenta também um caráter epidemiológico e que, por isso, “precisa ser combatido como as outras formas de violência”.

Características do bullying

O bullying é caracterizado por diversas formas de agressão ou desrespeito sejam eles verbais ou físicos.

“Esse bullying pode ser verbal, como colocar apelidos que machucam ou que um adolescente não goste; pode ser um bullying físico; pode ser sexual; pode ser aquele que exclui socialmente um adolescente das brincadeiras e dos encontros; e pode ser também patrimonial, quando se pega estojos e cadernos ou rasga objetos [de outros]”, destacou Maria Fernanda.

“O bullying é manifestado por inúmeras ações como ofender, zoar, sacanear, humilhar, intimidar, constranger, discriminar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, excluir, isolar, ignorar, perseguir, chantagear, assediar, ameaçar, difamar, insinuar, agredir, bater, chutar, derrubar, ferir, esconder, quebrar, furtar e roubar pertences. A principal diferença das outras formas de violências é o potencial do bullyingem causar traumas irreparáveis ao psiquismo das vítimas, comprometendo sua saúde física e mental e seu desenvolvimento socioeducacional”, explicou Zeyne.

Uma pesquisa conduzida por Maria Fernanda com 2,7 mil adolescentes do nono ano do ensino fundamental de 119 escolas públicas e privadas da cidade de São Paulo apontou que três em cada dez estudantes já passou por situações de bullying nas escolas.

Os dados indicaram que o bullying psicológico ou verbal (“ofensas, sarros e risos”) foi mais frequente (17,5%) do que aquele que envolve agressão física (3,7%). Do total de adolescentes, 6% disseram ainda ter sofrido bullying de conotação sexual. Além disso, 15% dos jovens admitiram já ter praticado bullying com colegas, enquanto 19% disseram ter praticado algum tipo de agressão física.

O combate ao bullying

O combate ao bullying deve ser iniciado pelo entendimento de que ele não é uma brincadeira, mas uma forma de violência. “O bullying é um problema, ele não é uma brincadeira. A existência do bullying para mim significa a existência de violência na relação entre os adolescentes”, apontou Maria Fernanda.

De acordo com a professora, por se tratar de uma manifestação violenta, ele precisa ser combatido de forma conjunta pela sociedade.

“Qualquer estratégia de prevenção à violência nas escolas pede uma sensibilização, uma mobilização e uma participação de toda a comunidade escolar, não só dos envolvidos. E não é tão eficaz que as intervenções sejam separadas das dinâmicas geral da escola”, afirmou Maria Fernanda.

A professora ressalta ainda que a questão da violência não será resolvida apenas om a escola. Para ela, é “injusto exigir ou esperar que a escola dê conta de um problema tão complexo sozinha”.

“A escola ganha relevância porque os adolescentes e as crianças passam grande parte dos seus dias nas escolas. Mas isso não significa - e não é eficaz pensar – que apenas a escola é responsável por prevenir essas questões ou interferir nessas situações”, declarou. “Quando falamos em prevenção da violência - e bullying é um tipo de violência - a gente reconhece e recomenda a construção de ações que sejam intersetoriais. Há que ter a participação da escola, do setor da saúde, da assistência social e dos conselhos tutelares”, acrescentou.

Para a presidente do sindicato dos psicanalistas, o assunto causa sofrimento à vítima e também demonstra uma doença psíquica do agressor, “que pode até a cometer atos irreparáveis às vítimas e a ele mesmo”.

“O bullying não é uma fase ou uma parte normal da vida, não é um comportamento saudável e nem socialmente aceito. Não é um problema escolar que os professores têm que resolver: é uma questão do núcleo familiar - e estes precisam encarar o problema de frente”, disse Araceli.

Na avaliação de Maria Fernanda, o combate ao bullying passa também pelo aprofundamento do diagnóstico e do conhecimento. Essas informações servirão de base para medias públicas.

“Precisamos qualificar as informações de censos escolares, de notificações de bullying e de violências e de diferentes setores que compõem o sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes e deixar essas informações disponíveis para que se produza conhecimento. Com esse conhecimento, podemos gerar políticas efetivas e programas que serão implementados nas escolas, em parceria com unidades de saúde e com capacitação do conselho tutelar”, disse.

Para Araceli, o enfrentamento a esse tipo de violência deve envolver também o afeto. “Combater o bullying e qualquer outro tipo de violência é fundamental para o processo de humanização. É necessário que tenhamos responsabilidade com o processo civilizatório: e este só pode acontecer com conhecimento, com cultura e amorosidade. É necessário e urgente que se tenha maturidade político-social para que as pessoas possam se reconectar com os bons afetos e se distanciar da violência. Só os bons sentimentos e o conhecimento pode nos permitir lidar com as frustrações e com a dor inevitável, sem adoecimento”, acrescentou.

O luto se espalhou pela cidade. Dono de uma loja de roupas no centro de Blumenau, o comerciante de Carlos Costa, de 47 anos, colocou um cartaz na vitrine da local como forma de homenagear as vítimas do ataque* na creche Cantinho do Bom Pastor na quarta-feira, 5. "Que Deus conforte os corações das famílias", diz um trecho da mensagem colada rente à porta.

"Foi uma tragédia que mexeu muito com a gente. Então decidi fazer isso e colocar os manequins todos de preto", afirmou ele, que tem um casal de filhos, de 6 e 10 anos. Assustado após o massacre, ele decidiu buscá-los na escola antes do fim das aulas.

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O atentado de Blumenau, conta Carlos, o fez lembrar o massacre de Saudades, em 2021, quando duas mulheres e três crianças foram mortas, que também impactou moradores da cidade. Mas dessa vez ele disse que foi bem pior. "A mãe de uma das vítimas é próxima da minha sogra, então isso mexeu mais ainda com a gente. Eu mal conseguia me mover no dia."

As quatro vítimas do homem que pulou o muro da creche e atingiu as crianças com golpes de machadinha foram enterradas na manhã desta quinta-feira, 6, em dois cemitérios da cidade, sob forte clima de comoção.

Depois do sepultamento das crianças, dezenas de coroas de flores foram levadas para a porta da creche Cantinho do Bom Pastor. A vigília seguia por lá no fim da tarde desta quinta, com velas acesas na porta e moradores indo até o local para prestar homenagens.

Ao lado da entrada, também havia bichos de pelúcia e desenhos de outras crianças. Em uma das ilustrações, quatro anjos são retratados - três meninos e uma menina - em alusão às vítimas do atentado. Em outro, os dizeres: "Força para recomeçar".

Outras cinco crianças ficaram feridas no ataque, mas todas já estão em casa. Duas meninas de 5 anos e dois meninos de 5 e 3 anos deixaram nesta quinta o Hospital Santo Antônio. Uma quinta criança, que foi levada para o Hospital Santa Isabel, recebeu alta ainda ontem.

As crianças foram atingidas enquanto brincavam no pátio da creche.

*NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

Familiares sepultaram, nesta quinta (6), os restos mortais das quatro crianças assassinadas em uma creche de Blumenau (SC), um dia depois do massacre que comoveu o país.

Três dos enterros ocorreram no mesmo cemitério. Em uma das cerimônias, presenciada por um jornalista da AFP, funcionários da funerária carregaram um caixão branco até a sala de sepultura, onde familiares e conhecidos se despediram entre choros e aplausos.

As famílias não quiseram dar declarações à imprensa.

Outras quatro crianças feridas no ataque receberam alta médica hoje, informou o Hospital Santo Antônio em um comunicado.

"As quatro crianças receberam alta e já estão com seus familiares (...) Um dos pacientes apresenta uma lesão na mandíbula, que será tratada ambulatorialmente", informou o hospital.

O agressor, que segundo as autoridades atuou de forma "isolada", pulou o muro da creche particular Cantinho do Bom Pastor na quarta pela manhã e foi direto para o pátio, onde atacou várias crianças com um machadinho.

Residente de Santa Catarina e com antecedentes criminais por posse de drogas e agressão, ele se entregou logo depois à polícia.

Desde quarta, familiares e vizinhos de Blumenau se aproximam para fazer homenagens às vítimas depositando flores e bichinhos de pelúcia em frente à creche.

Também realizaram uma vigília com velas e correntes de oração.

"Não tenho palavras para expressar o que sinto...nascemos de novo", disse à AFP a engenheira Fernanda Bubniak Schramm, de 41 anos, mãe de uma menina que saiu ilesa.

"Quando soube (do atentado), liguei para a professora e ela me disse que minha filha estava bem, que havia trancado várias crianças no banheiro. É uma heroína", disse em referência à professora Simone Aparecida Camargo, que protegeu vários de seus alunos.

O enterro das quatro crianças assassinadas em atentado* em Blumenau, Santa Catarina, ocorre nesta quinta-feira (6) em horários que vão das 10 horas até as 14 horas. Três vítimas são veladas em cemitério no centro da cidade, enquanto uma quarta será sepultada na região de Salto Norte. Só no primeiro local, a estimativa é de que mais 2 mil pessoas compareçam para prestar homenagens. No velório, o clima era de desolação.

Na manhã da quarta-feira (5) um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho do Bom Pastor, no bairro Velha, e matou as quatro crianças utilizando uma machadinha.

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Os três meninos e uma menina tinham entre 4 e 7 anos.

Além das vítimas fatais, outros cinco alunos ficaram feridos. O assassino se entregou à polícia minutos depois.

Quem são as vítimas:

Bernardo Cunha Machado, de 5 anos

Bernardo Pabest da Cunha, 4 anos

Larissa Maia Toldo, 7 anos

Enzo Marchesin, de 4 anos

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo acompanhou o começo do velório de três crianças no centro da cidade.

Os corpos das vítimas chegaram ao local por volta de 22h30. A previsão é que Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, seja enterrado às 10 horas, Bernardo Pabest da Cunha, de 4, às 10h30, e Larissa Maia Toldo, de 7, às 11h30.

Dezenas de moradores da cidade foram até lá para acompanhar o início do velório na noite desta quarta. "Em 39 anos gerindo esse cemitério, é a maior concentração de pessoas que a gente já viu por aqui", disse Guilherme Otto, diretor do cemitério.

A comoção foi tamanha que, pouco antes das 23 horas, todas as cerca de 250 vagas do estacionamento estavam preenchidas.

Os visitantes tiveram de começar a parar os carros em ruas no entorno, em operação coordenada por equipes da prefeitura de Blumenau.

Cerca de 2 mil a 3 mil pessoas devem comparecer no cemitério para acompanhar os três velórios, segundo estimativa da gestão do local.

"Para se ter um parâmetro, em Dia de Finados, costumamos receber 4 mil pessoas", disse Guilherme. "Foi um crime que abalou toda a cidade."

O corpo de Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos, será enterrado às 14 horas em cemitério na região norte. O velório do menino também começou na noite desta quarta.

Moradores fazem vigília na porta da creche

Mais cedo, por volta de 20 horas desta quarta, dezenas de moradores de Blumenau se reuniram em frente à creche onde o atentado ocorreu para prestar homenagem às vítimas. Velas foram acesas ao lado da porta de entrada.

"Eu tinha que vir prestar solidariedade, é trágico algo como isso acontecendo em uma cidade tão tranquila", afirmou o advogado Iago Mendes, de 28 anos, que mora quase em frente à creche.

Muitos se mostravam incrédulos com o ocorrido. "É uma perda para toda a região. Ainda mais aqui, que é uma cidade tranquila, a gente não esperava isso nunca", disse o corretor de imóveis Victor Hugo Demétrio, de 19 anos.

NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar foto, vídeo, nome ou outras informações sobre o autor do ataque, embora ele seja maior de idade. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes. Pelo mesmo motivo, também não foram divulgados vídeos do ataque em uma escola estadual na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, no último dia 27 de março.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou nesta quinta-feira, 5, em evento no Palácio do Planalto, sobre a tragédia em creche em Blumenau, Santa Catarina, que aconteceu nesta manhã. O chefe do Executivo afirmou que hoje é um dia que deixa seres humanos "enojados" e pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

"Jamais imaginávamos que poderia acontecer o que aconteceu hoje. O cidadão teve a pachorra de matar quatro crianças", disse, durante evento que marca a assinatura de decretos que mudam o novo Marco Legal do Saneamento. "Não tem palavras para consolar as famílias."

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Um ataque na creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau, na Rua dos Caçadores, no interior do Estado, deixou quatro mortos, segundo o Corpo de Bombeiros. O governo anunciou hoje que irá criar um grupo de trabalho interministerial de valorização da "cultura de paz" e contra violência, que será coordenado pelo ministro da Educação, Camilo Santana.

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida fez um desabafo sobre o ataque que deixou 4 crianças mortas nesta quarta-feira (5) em Blumenau, Santa Catarina. Almeida falou sobre o caso durante a cerimônia de lançamento de uma cartilha da pasta para orientar a escolha de conselheiros tutelares em 2023. “Só sei que eu não tô feliz. Eu não tô feliz. Hoje não é um dia de festa, hoje é um dia de tristeza”, expôs o ministro, nesta quarta-feira (5). 

“Um País, um mundo, né? Que mata crianças, é tudo, menos democracia. É tudo, menos um mundo decente. Eu sinto por ter que dizer isso hoje. Mas eu tô dizendo isso hoje porque é só assim que a gente vai conseguir entender o que nós temos que fazer para mudar. Senhoras, senhores, nós estamos falhando miseravelmente com as crianças e com os adolescentes. Nós estamos falhando miseravelmente com as pessoas que mais precisam de nós neste País. E nós temos que admitir isso para poder dar um passo à frente”, afirmou. 

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Na ocasião, Almeida dirigiu-se à Jhenyffer Daiane da Silva Santos, de 16 anos, que representou o Comitê de Participação de Adolescente, e pediu desculpas em nome do Estado. “Eu queria me desculpar porque eu diria que muito do que você tem passado na sua vida, eu quero dizer que não é culpa sua, não. É culpa da sociedade brasileira, do Estado brasileiro, da maneira com que nós temos tratado as crianças e os adolescentes deste País há muito tempo”, disse. 

“Nós estamos falando de crianças que foram assassinadas hoje, mas há outro jeito de se matar crianças também, né? E que nós temos cultivado e normalizado isso há muito tempo. Nós temos permitido que crianças passem fome no Brasil. Crianças morrem de fome. Nós temos permitido que crianças fiquem sem escola. Nós temos permitido, há muito tempo, que as crianças morram. Não é moradia, na verdade, que as crianças fiquem nas ruas sem amparo, sem proteção”, complementou o ministro. 

 

As quatro crianças que foram assassinadas na manhã desta quarta-feira (5), na creche Cantinho Bom Pastor, em Santa Catarina, eram filhos únicos, segundo o prefeito de Blumenau Mário Hildebrandt (Podemos). “É um desafio enorme para cada um”, disse. 

O prefeito informou que alguns pais são servidores municipais de Blumenau e, além disso, ele também pediu um minuto de silêncio em homenagem a cada família durante a coletiva realizada hoje. 

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O crime aconteceu na creche privada Cantinho Bom Pastor, localizada no bairro Velha, e abrigava 40 crianças no momento do ataque, que vitimou quatro crianças de 4 a 7 anos e deixou outras cinco feridas. Dos feridos, quatro foram levados ao Hospital Santo Antônio. O estado de saúde das crianças é estável, segundo a unidade de saúde. Elas devem ficar em observação por pelo menos 24 horas. 

Um homem de 25 anos armado invadiu, na manhã desta quarta-feira (5), uma creche na cidade catarinense de Blumenau, na Região do Vale do Itajaí. Pelo menos quatro crianças foram mortas e uma ficou gravemente ferida. A informação foi confirmada pela Polícia Militar de Santa Catarina e a ocorrência foi descrita pelo Corpo de Bombeiros como "criança - atentado por arma". 

O suspeito teria chegado ao local em uma motocicleta e, em seguida, pulou o muro da instituição infantil. Nas informações da creche, a administração diz que admite crianças de um a 12 anos de idade. O agressor portava uma “machadinha” e, após os ataques, se entregou à Polícia Militar. Ele foi detido imediatamente. 

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Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros e Polícia Militar estão no local. Em nota, a PM informou que "um homem de 25 anos adentrou em um estabelecimento educacional localizado no bairro Velha e atentou contra a vida de infantes do local". 

"Foram confirmados quatro óbitos e outras vítimas foram encaminhadas aos hospitais da cidade para atendimento. O autor se entregou na guarda do 10º BPM, onde foi preso e encaminhado à Polícia Civil para as providências", acrescentou o comunicado. 

SC: segundo atentado a creches em dois anos 

O estado de Santa Catarina teve, nesta quarta-feira (5), o primeiro atentado à creche em dois anos, desde que houve a chacina na creche Aquarela, no município de Saudades. À época, cinco crianças foram mortas e 14 foram vítimas de tentativa de homicídio. O responsável pelo crime tinha 18 anos quando realizou o ataque e está preso desde então. 

 

Uma mulher foi flagrada jogando um cachorro no lixo, em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e vai responder pelo crime de maus-tratos, com pena de dois a cinco anos de prisão, de acordo com a Polícia Civil. 

O delegado Cristhian Siqueira informou que a mulher foi ouvida na tarde de quinta-feira (28) e foi liberada em seguida. Testemunhas também foram ouvidas, mas a mulher deve prestar depoimento apenas na próxima semana, na presença de advogado. Ela não negou os fatos, mas o órgão disse que a motivação ainda não está esclarecida. 

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A polícia acredita que o cachorro tem um tutor, pois usava coleira, mas ainda não foi localizado. O animal foi resgatado por pessoas que presenciaram a cena. 

Nas imagens, a mulher aparece jogando um cachorro de médio porte dentro de uma lixeira na rua. À época, a Polícia Militar informou ter sido acionada para a ocorrência, mas que as testemunhas já teriam tirado o animal do local quando a corporação chegou. 

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Um caminhão do Exército que se deslocava para um exercício de tiro tombou de uma ribanceira na manhã desta quarta-feira (16), em Blumenau, Santa Catarina. Uma morte foi confirmada.

O veículo ocupado por cerca de 40 militares caiu de uma altura de aproximadamente 20 metros, na Rua Belmiro Colzani, no bairro Progresso, enquanto se dirigia para o campo de treinamento no bairro Encano.

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A chuva na região deixou o solo escorregadio e pode ter motivado o acidente. A Polícia Civil está no local junto com o Corpo de Bombeiros, que enviou 15 viaturas e um helicóptero para resgatar as vítimas.

Com pelo menos uma pessoa presa às ferragens, sete estavam em estado grave e outras 10 devem ser socorridas ao Hospital Santo Antônio e o Santa Isabel de Blumenau.

Um grave acidente entre uma ciclista e um motociclista foi flagrado pela câmera de segurança na Rua Antônio da Veiga, em Blumenau (SC), na manhã desta terça-feira (22). A mulher chegou a ser arremessada a metros de distância por conta do impacto da moto. Ela teve fraturas pelo corpo, suspeita de traumatismo craniano e estava inconsciente quando o socorro chegou. 

A mulher esperava para atravessar a faixa de pedestres perto da Max Hering. Ao subir na bicicleta para atravessar, quando passava pelo meio da rua na faixa de pedestres, a moto bate na bicicleta, que faz a mulher de 31 anos girar no ar e ser jogada a metros de distância de onde estava. De acordo com o jornal local NSC Total, os bombeiros militares informaram que o motociclista de 38 anos foi atendido no local e, mesmo com ferimentos leves, foi levado ao hospital. 

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Já a ciclista ficou inconsciente, com dificuldades respiratórias e sintomas de choque. Ela teve fraturas nos braços, pelve, escoriações pelo corpo e sinais de traumatismo craniano. A vítima foi levada ao Hospital Santa Isabel e ainda não há a outros detalhes sobre a ocorrência. 

ATENÇÃO, AS IMAGENS DO VÍDEO DA COLISÃO SÃO FORTES

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Uma adolescente de 12 anos esfaqueou um homem para salvar a mãe nessa segunda-feira (24), em Blumenau, Santa Catarina. O agressor, de 28 anos, estrangulava a mulher quando foi surpreendido por três golpes de faca na nuca e nas costas.

De acordo com o relato da mãe da adolescente, o homem era seu ex-namorado e estava bêbado quando invadiu a casa na Rua Hélio Coelho Gomes, no bairro de Itoupava Norte, por volta das 17h30.

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Ele deu socos e chutes na mulher de 43 anos e chegou a dar um golpe com um garfo em sua testa. Quanto tentou enforcar a ex-companheira, a menina desferiu os golpes de faca para que a soltasse.

Elas ficaram feridas e precisaram ser atendidas pelo Corpo de Bombeiros. A mãe precisou ser encaminhada ao Hospital Santa Isabel.

O agressor ficou jogado na rua até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que o socorreu em estado grave ao Hospital Santo Antônio.

Conforme a Polícia Militar, as armas da ocorrência e as partes que não foram hospitalizadas foram prestar depoimento na delegacia. A corporação reforça que a menor foi acompanhada por um responsável.

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Angustiado com o 'desaparecimento' do filho de 10 anos, após mais de 11h de buscas cansativas, na madrugada deste sábado (21), o eletricista Ataildes da Mata Santos achou o menino quando sentou no sofá de casa, em Blumenau, Santa Catarina. O garoto havia deixado um bilhete de despedida, mas passou as horas escondido dentro do estofado.

Antes do sumiço, Yan Lucas escreveu um comunicado apontando a 'fuga'. "O dia foi bem tenso. Meu filho deixou um bilhete dizendo que tinha fugido, mas me amava", disse o pai ao Uol.

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Ele acredita que a cobrança por mais participação na escola tenha motivado a atitude de Yan. "Cobro muito ele na questão da escola, nas tarefas. Meu filho não tinha feito uma tarefa e a professora mandou um bilhete pedindo explicação. Acho que, por medo, ele ficou acuado", considera.

O desaparecimento

A mãe mora em Brasília e ele costuma ir sozinho às aulas de manhã. À tarde, fica com uma vizinha. No dia do susto, o menino faltou e a direção ligou para Ataildes, que ficou desesperou por não saber o paradeiro do filho.

"O tempo vai passando, fica aquele conflito de sentimento dentro de você, aquela luta interna 'vai dar certo, não vai dar certo', só pensa coisa negativa. A outra pessoa que estava comigo tentava me incentivar", lembra.

O eletricista procurou a Polícia Militar, que auxiliou nas buscas. Ele ganhou um reforço com a ajuda de amigos e vizinhos, que foram às ruas e compartilharam a foto de Yan nas redes sociais.

O encontro

Exausto psicológica e fisicamente, Ataildes chegou em casa às 4h30, ainda com esperança de alguém ter encontrado o garoto e o levado para casa. Ele sentou no sofá-cama e começou a ouvir um barulho estranho.

"Sentei no sofá para pensar o que ia fazer e ouvi um gemido [de sono]. Olhei para a janela e não vi nada. Tive a ideia de puxar a parte do sofá e meu filho estava deitado dentro do sofá-cama. Ele fez um furo no forro, colocou uns panos e lençóis, deitou e fechou. Jamais imaginaria que ele estaria ali dentro", revelou o pai.

Feliz por encontrá-lo e surpreso com a engenhosidade da criança, ele garante que não ia deixar de procurar Yan. "Foi um alívio. A minha outra alternativa era ver as câmeras do comércio da rua para ver para onde ele tinha fugido", indicou.

Uma abordagem por tráfico de drogas acabou virando uma “cena de filme” na cidade de Blumenau, em Santa Catarina. A Polícia Civil fez uma operação para prender uma dupla de traficantes, mas um deles conseguiu fugir após acelerar o carro contra os policiais e depois saltar do veículo, que caiu em uma casa e quase matou uma idosa.

Segundo a polícia, foi montada uma campana para monitorar o endereço dos suspeitos de traficantes. Quando um dos investigados chegou, conduzindo um gol prata, os policiais deram a ordem para que o suposto traficante saísse do veículo. Mas ele não obedeceu e acelerou em marchá ré, batendo contra um muro.

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Após a colisão, os policiais ainda tentaram abordar o suspeito, mas ele acelerou o carro em direção aos agentes, batendo contra a porta da viatura e deixando um deles ferido na perna. Na sequência, o suspeito tentou fugir dirigindo, sendo perseguido pelos policiais, mas decidiu saltar do veículo em movimento e conseguiu fugir a pé. O carro caiu de uma ribanceira de cerca de 5 metros, dentro de uma residência, e, por pouco, não atingiu uma idosa.

O outro suspeito foi preso em flagrante, já que haviam drogas e uma balança de precisão na residência monitorada.

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