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A alta das bolsas internacionais se espelha nesta terça-feira (2) no mercado de ações brasileiro, que começou junho com valorização (1,39%). O Ibovespa fechou ontem, o primeiro dia da semana, aos 88.620,10 pontos, ou seja, em alta de 1.222 pontos em relação ao último dia útil (87.402,59 pontos).

Com a agenda de indicadores esvaziada nesta terça-feira, por enquanto a visão é de que não há nada no radar, inclusive no político, que impeça o principal índice da B3 de furar os 90 mil pontos e até mesmo buscar o próximo objetivo calculado por grafistas, que são os 92.300 pontos. "A Bolsa está no caminho de avançar mais", diz Luiz Roberto Monteiro, operador de mesa institucional da Renascença.

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A retomada gradual das economias e sinais de estabilização de alguns indicadores mundiais de atividade explicam a menor aversão a risco externa. O bom humor tem ainda mais respaldo da informação de que a China continuará importando produtos agrícolas dos Estados Unidos, desmentindo relatos da véspera.

A notícia é bem-vinda no momento em que há temores de impasse no acordo comercial fase 1 assinado pelas duas potências em janeiro, de forma a comprometer o crescimento não só dessas nações, mas em âmbito global.

"O cenário hoje está mais positivo no exterior e no Brasil, com reabertura dos negócios no mundo e possibilidade de novos estímulos, deixando, por ora, em segundo plano essas questões manifestos exterior e instabilidade política interna, afirma a analista Sandra Peres, da Terra Investimentos, ao referir-se às tensões nos EUA e internamente, além das preocupações latentes sobre a guerra comercial sino-americana.

Nos Estados Unidos, há uma onda de protestos após a morte de um cidadão negro do país por um policial branco. No Brasil, também houve manifestos no fim de semana contrários e a favor do presidente Jair Bolsonaro. Essas manifestações, avalia Sandra, preocupam pois podem atrapalhar a recuperação que tem acontecido em várias economias do globo e no Brasil, onde várias cidades estão começando a flexibilizar as medidas de isolamento social impostas para conter a disseminação do novo coronavírus.

O reforço da política para esperar pelo menos uma abertura em alta na B3 é a de que o decano Celso de Mello, do STF, arquivou o pedido de apreensão do celular de Bolsonaro. Já a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai avalizar pedido da Polícia Federal (PF) para prorrogar por 30 dias as investigações sobre a suposta tentativa do presidente de interferir politicamente na corporação.

Essas questões foram prorrogadas, mas ainda tem sinal de alerta, pondera a analista da Terra Investimentos, lembrando que hoje começam a ser ouvidos os ativistas pró-governo, denunciados no inquérito que apura as fake news. Além disso, os casos de coronavírus no Brasil ainda estão elevados, apesar de o número de novas mortes ter atingido a marca em torno de 600 em 24 horas, aquém das mil anteriores, mas se aproximando de 30 mil mortes. "O País continua sendo o epicentro da doença na América Latina", pondera.

As bolsas europeias têm ganhos de até 3,50% (Alemanha) esta manhã, impulsionadas por expectativas de mais ações das autoridades para conter os impactos negativos do novo coronavírus sobre a economia. Em Nova York, no entanto, os sinais são mistos: o Nasdaq cedia 0,08%; o Dow Jones (0,34%) e o S&P (0,14%) subiam, perto das 11 horas. Já o Ibovespa avançava 1,47%, aos 89.921,09 pontos.

A alta das commodities no exterior deve reforçar o otimismo na B3. O petróleo sobe 2% em Nova York, diante da expectativa de que a Opep antecipe sua reunião para esta semana (quinta, 4) para discutir possíveis novos cortes de produção, que aumentou bastante sobretudo refletindo a demanda fraca durante a pandemia. Na China, o minério de fechou com elevação de 0,87%, a US$ 101,32, por tonelada, no porto de Qingdao.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou, nesta sexta-feira (17), a prorrogação por mais 30 dias das bolsas internacionais de pesquisadores que voltariam ao Brasil em abril. A decisão foi tomada para proteger os bolsistas que estão perto do término do benefício em países com fronteiras fechadas durante a pandemia do novo coronavírus.

Os pesquisadores que desejam solicitar a prorrogação no pagamento da bolsa devem entrar em contato com técnicos da Capes pelo sistema Linha Direta. De acordo com a Coordenação vinculada ao Ministério da Educação (MEC), é preciso encaminhar documentos que informem sobre o encerramento de fronteiras e aeroportos, fechamento da instituição e a validade do visto de estudante.

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Os bolsistas receberão um documento com orientações sobre os cuidados necessários para permanência no exterior, manutenção do pagamento das bolsas e medidas a serem adotadas caso optem pelo retorno ao Brasil. Segundo a Capes, há 3.300 pesquisadores com bolsas no exterior e todos foram questionados, via Linha Direta, sobre o desejo de permanência ou retorno ao Brasil.

Ao todo, 582 já estão no país e outros 25 em procedimento de retorno. “Nestes tempos de grande incerteza, a solidariedade e a assistência aos nossos bolsistas que se encontram no exterior é a nossa maior preocupação”, afirmou o presidente da Capes, Benedito Aguiar.

A instituição informa que permite, caso seja necessário, que o próprio bolsista compre a passagem de volta, desde que comunique o procedimento com antecedência. Nestas condições, há reembolso de até 70% do valor do auxílio-deslocamento.

Aqueles que receberam o auxílio para a compra da passagem em parcela única para os trechos de ida e volta podem solicitar à Capes um complemento, caso o valor da remarcação ultrapasse o auxílio pago. Os bolsistas que recebem bolsa nacional e se encontram fora do país deverão consultar seu programa de pós-graduação brasileiro sobre a possibilidade de reativação da bolsa nacional se quiserem voltar ao Brasil antes do fim do período no exterior.

[AGENDAR PARA SEGUNDA]

O Ministério da Educação do Governo de Taiwan, por meio do Escritório Econômico e Cultural de Taipei no Brasil, anunciou a oferta de bolsas de estudos para estudantes, professores e pesquisadores brasileiros. De acordo com o escritório, as bolsas foram criadas para ajudar no fortalecimento da cooperação científica entre as duas nações.

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Ao menos nove tipos de bolsas são ofertadas e cada uma delas possui seu próprio critério no que diz respeito a bolsa-auxílio. Os programas têm duração de 3 a 12 meses e alguns deles solicitam exame de proficiência na língua inglesa ou mandarim. As inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de junho mediante envio de documentação, que pode variar entre documentos pessoais e cartas de recomendação, para a sede do Escritório Econômico.

O edital completo, assim como cronograma, pode ser conferido clicando aqui.

O Escritório Econômico e Cultural de Taipei no Brasil está localizado no seguinte endereço:

SHIS QI 9, Conjunto 16, Casa 23, Lago Sul, Brasília - DF. Cep: 71625-160

A Bovespa acompanhou a recuperação das bolsas internacionais e voltou a subir nesta quarta-feira, 2, após ter caído três dias consecutivos. A alta do dólar, para R$ 3,7530, acabou beneficiando as empresas exportadoras, que tiveram um pregão vigoroso e ajudaram a dar sustentação ao Ibovespa.

A bolsa paulista terminou o dia em alta de 2,17%, aos 46.463,96 pontos. Na mínima, marcou 45.445 pontos (-0,07%) e, na máxima, 46.474 pontos (+2,19%). No mês, acumula perda de 0,35% e, no ano, de 7,09%. O giro financeiro totalizou R$ 6,864 bilhões.

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As empresas exportadoras registraram os melhores desempenhos do Ibovespa hoje, com destaque para Metalúrgica Gerdau PN (+12,90%), Gerdau PN, +10,05%, JBS ON (+7,71%), Suzano PNA (+7,45%) e Klabin Unit (+6,52%). Na mesma leva, Vale ON avançou 5,91% e Vale PNA, 5,81%. Ainda no setor siderúrgico, Usiminas PNA teve valorização de 4,84%, enquanto CSN ON subiu 5,10%.

Petrobras, por sua vez, oscilou ao sabor dos preços do petróleo, ora em alta, ora em queda. No final, a ação ON teve ganho de 2,51%, enquanto a PN subiu 2,68%. O contrato do petróleo para outubro registrou valorização de 1,85%, a US$ 46,25 o barril.

Destaque na sessão para os papéis dos bancos, depois que o ministro do STF Ricardo Lewandowski disse que não haverá julgamento dos planos econômicos enquanto não houver quórum, já que não há alternativa para colocar o assunto para apreciação dos ministros da Casa.

Mais cedo, os papéis já reagiam em alta à informação de que o ministro Luiz Edson Fachin não participará do julgamento dos planos econômicos. Fachin já atuou como advogado a favor dos poupadores e se disse impedido. Isso agradou, porque na visão do mercado ele seria voto contrário aos bancos na questão.

Bradesco PN teve alta de 1,83%, Itaú Unibanco PN, de 2,35%, e BB ON, de 0,17%. Santander Unit avançou 6,74%.

Nos EUA, o Dow Jones terminou com valorização de 1,82%, aos 16.351,38 pontos, o S&P avançou 1,83%, aos 1.948,86 pontos, e o Nasdaq exibiu ganho de 2,46%, aos 4.749,98 pontos.

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