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A partir de amanhã (1º), os restaurantes populares da Rede Bom Prato ampliarão o atendimento para servir refeições no horário do jantar e também aos finais de semana. As 59 unidades do serviço subsidiado pelo governo paulista, que fornece refeições por até R$ 1 no café da manhã e no almoço, também passarão a funcionar nos feriados do período. A medida é válida até 1º de junho. 

De acordo com a administração pública estadual, o Bom Prato passará a servir 1,2 milhão de refeições a mais no período. A ampliação do serviço deve beneficiar principalmente a população em situação de rua, além de famílias em condição de vulnerabilidade. Além de servir o café da manhã das 7h às 9h e o almoço das 10h às 15h, os restaurantes da rede passam a disponibilizar o jantar das 17h30 às 19h30.  Os restaurantes da rede estão dispostos em todo o estado de São Paulo. São 33 unidades na capital e região metropolitana, 17 no interior e oito no litoral paulista.

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O Bom Prato, rede de restaurantes populares de São Paulo, também alterou a rotina devido à pandemia do Coronavírus (Covid-19). Para não deixar de servir refeições a quem mais precisa, as 59 unidades espalhadas pelo território paulista passaram a embalar as refeições em pacotes descartáveis. As praças de alimentação desses estabelecimentos estão fechadas desde a última segunda-feira (23).

A medida, denominada Bom Prato Express, recomenda que os frequentadores dos restaurantes levem café da  manhã ou almoço para consumir em outro espaço, para evitar aglomerações. Algumas unidades da rede chegam a servir cerca de 1,5 mil refeições por dia.

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Mesmo com a mudança na maneira de fornecer os pratos, o Bom Prato segue servindo o café da manhã a R$ 0,50 e o almoço a R$ 1. O cardápio da primeira refeição é composto por café com leite, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. Já no meio do dia, o prato tem arroz, feijão, salada, legumes, um tipo de carne, farinha de mandioca, pão, suco e sobremesa. Clique aqui e localize as unidades da rede Bom Prato.

As 53 unidades do Bom Prato, em São Paulo, oferece almoço especial para o dia das mães, nesta sexta-feira (11).

Os restaurantes terão cardápio diferente, mas todos contarão com arroz, feijão, pão, farinha de mandioca, prato principal, guarnição, salada, suco e sobremesa, por apenas R$ 1, crianças de até seis anos não pagam.

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Além disso, serão servidos pratos como pernil fatiado ao molho madeira, estrogonofe de carne, frango assado, purê de batata, polenta simples cremosa e macarrão ao molho de ervas. De sobremesa, pudim de chocolate, doce de abóbora e manjar de coco com calda de ameixa.

O horário de almoço começa às 10h30 para o público prioritário (crianças, idosos e pessoas com deficiência) e às 11h para o público geral.

Para saber o cardápio completo, clique aqui: http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/2110.pdf

O Bom Prato Campos Elíseos é o único da rede a servir o jantar, além do café da manhã e o almoço, como ocorre nos demais restaurantes. A unidade atende todos os dias, inclusive aos finais de semana e feriados, das 10h30 às 14h30 - para café e almoço - e das 17h30 às 18h30 para o jantar . O almoço custa R$1, assim como o jantar, e o café da manhã R$ 0,50.

As demais unidades funcionam das 11h às 14h. Confira os endereços:

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25 de Março – R. 25 de Março, 166.

Brás - Av. Rangel Pestana, 2.327.

Brasilândia – Av. Parapuã, 1.479.

Campo Limpo – Estrada de Itapecerica, 4.728.

Campos Elíseos – Rua General Julio Marcodes Salgado, 56.

Capão Redondo – Av. Atos Tomás Ferraciú, 318.

Cidade Ademar – R. Yervant Kissajikian, 3.101.

Grajaú - Av. Dona Belmira Marin, 1.959.

Guaianases – Estrada de Poá, 13.

Heliópolis – Estrada das Lágrimas, 2.608.

Itaim Paulista – R. Alfredo Moreira Pinto, 87.

Itaquera – R. Victorio Santim, 247.

Lapa – R. Afonso Sardinha, 245.

Limão – Av. Professor Celestino Bourroul, 779.

Paraisópolis – R. Ernest Renan, 1.000.

Perus – R. Antônio Maia, 652.

Santana – R. Dr. Zuquim, 532.

Santo Amaro – Av. Mario Lopes Leão, 685.

São Mateus – Av. Mateo Bei, 2.604.

São Miguel Paulista – R. José Otoni, 256.

Tucuruvi – Av. Mazzei, 495.

Vila Nova Cachoeirinha - Av. Dep. Cantídio Sampaio, 140.

O restaurante popular Bom Prato de Guarulhos ofereceu nesta terça-feira (27) um cardápio com comidas típicas de festas juninas.

A refeição teve como prato principal frango à São João, acompanhado de farofa junina, salada de couve com tomate, arroz, feijão e pão. Como sobremesa foi servido pé de moleque e salada de frutas. A refeição custa R$ 1. "O restaurante tem como principal propósito trabalhar pela qualidade da alimentação ofertada" disse o gestor na unidade do Bom Prato Guarulhos, Firmino Manoel. Além do almoço, o estabelecimento também oferece o café da manhã, que começa a ser servido às 7h, e se estende até às 9h.

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Os frequentadores aprovam a qualidade da comida. A dona de casa Aparecida Cassiman, 61 anos, é cliente assídua do local. “Sempre que estou pelo Centro venho ao Bom Prato. Eu gosto de comer aqui. A comida é gostosa. Me sinto muito à vontade e recomendaria a qualquer pessoa”, disse.

O estabelecimento conta com uma nutricionista para orientar a equipe da cozinha sobre o cardápio. O restaurante popular fica na Ladeira Campos Sales, 43 - Centro de Guarulhos e funciona de segunda a sexta, das 11h às 14h.

Entidades responsáveis por administrar restaurantes do Bom Prato, programa estadual que oferece refeições a R$ 1, ameaçam encerrar as atividades em São Paulo. Em uma carta-manifesto com 20 assinaturas, um grupo de gestores afirma que está à beira de um "colapso financeiro" e oferece "alimentação de qualidade inferior ao padrão", por falta de recurso.

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz que não vai haver reajuste para os consumidores e sugere que as unidades troquem os itens mais caros do cardápio. "Se o feijão mulatinho está caro, comprem feijão preto", afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.

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Atualmente, há 51 unidades do Bom Prato no Estado, destinadas a pessoas de baixa renda, com almoço a R$ 1 e café da manhã por R$ 0,50. Elas são administradas por 41 entidades, que firmam contrato com o governo estadual por meio de convênio. A última unidade foi inaugurada em Santos, no litoral, na semana passada.

Além do valor pago pelos consumidores, as entidades recebem subsídio do governo de R$ 3,81 por almoço e de R$ 1,03 por café da manhã. Os 83 mil pratos vendidos diariamente custam aos cofres públicos cerca de R$ 283,5 mil - ou aproximadamente R$ 74 milhões por ano, considerando apenas os dias úteis.

Na carta entregue à Secretaria de Desenvolvimento Social, em abril, os gestores afirmam que o subsídio não é suficiente para suportar a operação dos restaurantes e dizem que serão "obrigados" a encerrar as atividades "em um curto período de tempo", caso não haja reajuste.

De acordo com as entidades, a defasagem acumulada desde 2006 é de 34,15% no custo do almoço e de 17,99% no café da manhã. A recente alta dos alimentos - a exemplo do feijão, com inflação de 106,34% nos últimos 12 meses - teria tornado a situação ainda pior.

"Tal fato obriga-nos a continuar gerindo os restaurantes em um permanente estado de instabilidade financeira e ofertando uma alimentação de qualidade inferior ao padrão", diz a carta. No documento, os gestores sugerem que o subsídio passe para R$ 5,47 (almoço) e R$ 1,31 (café da manhã) ou que o governo aumente o preço para os consumidores. "Contudo, em que pese todas as tentativas de diálogo com o governador, para apresentação desse estudo financeiro (...) não temos até o momento um posicionamento efetivo", diz.

Segundo Floriano Pesaro, não há risco de o serviço ser interrompido. Ele nega que tenha havido queda na qualidade das refeições que, segundo ele, são fiscalizadas regularmente. "Por ordem do governador, eu mesmo almoço no Bom Prato duas vezes por semana", disse ao Estado. "Não há queda de qualidade, nem de caloria, nem produto. O que pode haver é substituição. Frango no lugar da carne, por exemplo."

Reajuste

O secretário admitiu que algumas entidades podem estar atravessando dificuldades financeiras, mas indicou corte de gastos para tentar conciliar as contas. "Vamos oferecer ajuda para auditar as finanças e identificar onde há gordura que possa ser cortada", diz.

Entre os gastos que podem ser reduzidos, citou custos com pessoal e itens do cardápio. "É preciso dizer que inflação de alimento é sazonal. Há outros custos, como energia elétrica e conta de água, que estão mais baratos neste ano", afirma.

Para Pesaro, "não faz sentido" reajustar o subsídio, uma vez que houve aumento de cerca de 10% em novembro, mas disse que a secretaria está aberta ao diálogo. Também negou a possibilidade de repassar os custos ao consumidor. "Em momentos de crise, a população carente é quem sofre mais."

"Não há risco de interromper o Bom Prato. Caso alguma entidade queira entregar a unidade, precisa avisar com 60 dias de antecedência. Então, nós buscamos outra parceira para assumir", afirma. "Caso o contrato seja rompido unilateralmente, do dia para o outro, a unidade se torna inidônea e não pode assinar outros convênios."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em troca de mais inclusão de alunos da rede pública, o governo paulista negocia com as três universidades estaduais um reforço nas verbas de permanência estudantil. A ideia é ajudar com o pagamento de bolsas e até instalar nos câmpus restaurantes populares Bom Prato - que ficariam sob gestão do Estado. A contrapartida seria um esforço maior de USP, Unicamp e Unesp para ter ao menos metade dos calouros vindos da escola pública já em 2017.

Desde que as três instituições entraram em crise, no começo do ano passado, esse é o primeiro aceno de ajuda financeira do governo. A principal fonte de receita das universidades é uma parcela de 9,57% da arrecadação estadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A maior parte das políticas de permanência - como construir moradias, manter bandejões e pagar bolsas - é bancada por esse repasse.

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Em 2014, os reitores haviam pedido ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e aos deputados estaduais para elevar a cota de ICMS de 9,57% para 9,907%. O pedido, porém, não foi atendido. O Palácio dos Bandeirantes continua sem intenção de aumentar essa parcela. "Não adianta dar o curso aos meninos, se muitos não têm condições de se manter", diz Márcio França, vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, pasta a que estão ligadas as universidades. "O Estado tem de assumir isso (a manutenção do aluno). A universidade tem é de ensinar", acrescenta.

Ainda não há definições sobre o valor ou o total de bolsas nem sobre a construção de unidades Bom Prato. França pediu aos reitores que apresentassem as demandas e sugestões ainda em 2015, com o objetivo de colocar a ideia em prática já no ano que vem. Alunos das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) também devem ganhar auxílio.

A proposta também é uma tentativa de ponte com grupos da comunidade universitária tradicionalmente contrários ao governo. "Seria uma aproximação com o movimento estudantil", afirma o vice-governador.

Inclusão

A taxa de 50% de calouros da rede pública em 2017 seria um norte, mas não uma obrigação, de acordo com França. A Unicamp já trabalha com esse objetivo. USP e Unesp calculam atingir esse patamar apenas em 2018.

O reitor da Unesp, Júlio Cezar Durigan, no entanto, cogita até antecipar a meta. "Se esse repasse (para permanência) for suficiente, podemos colocar a cota de 50% em 2017", afirma.

Pelo cronograma da Unesp, no vestibular deste ano 35% das vagas vão para a rede pública. Em 2017, seriam 45%. "Fizemos de modo escalonado porque sabíamos que seria difícil absorver esses alunos", explica Durigan. Nos cálculos da reitoria, a inserção desses calouros, entre 2014 e 2018, significa uma demanda extra de R$ 50 milhões.

A Unesp foi a única a aprovar as cotas para candidatos da rede pública, com reserva para pretos, pardos e indígenas proporcional ao registrado na população paulista. USP e Unicamp usam bônus na nota do vestibular para esses dois públicos. Em 2012, Alckmin havia proposto a adoção de cotas nas três, mas o plano não avançou. Já as 63 universidades federais foram obrigadas, por lei, a adotar 50% de cotas até 2016.

Para Marco Antonio Zago, reitor da USP, a proposta também alivia as responsabilidades de gestão. "Restaurantes e creches, que não são tipicamente de gestão da educação, poderiam ser feitos de outras formas", defende ele, também presidente do conselho de reitores das universidades estaduais. "Assim, poderíamos nos dedicar mais ao ensino, à pesquisa."

Sobre as metas de inclusão, Zago afirma que mudanças dependerão do resultado do próximo vestibular. Neste ano, a USP adotou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para preencher parte das vagas, a maioria reservada a alunos da escola pública. "Minha expectativa é de que o número de unidades que aderiram ao Enem aumente", diz. "E a discussão sobre cotas não está afastada."

Em nota, a Unicamp classificou a ideia como "positiva". Disse ainda que essa medida ajudaria o caixa das universidades.

Críticas

Professores, funcionários e alunos das universidades estaduais defendem o reforço nas verbas para permanência estudantil, mas fazem críticas à proposta. Os riscos, segundo eles, são aumentar a dependência em relação ao governo e piorar a qualidade dos serviços, como nos restaurantes.

"O ideal seria aumentar a parcela de ICMS", argumenta Paulo Cesar Centoducatte, presidente da Associação de Docentes da Unicamp. "Assim, as universidades teriam mais flexibilidade para decidir gastos e os reitores não ficariam à mercê do Estado, que pode tirar as bolsas a qualquer momento", diz.

Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP, critica a possibilidade de terceirizar o bandejão. "Isso faz parte de um processo de sucateamento da universidade, que já vem sendo feito." Funcionários dos refeitórios têm se queixado de sobrecarga de trabalho neste ano, após a saída de parte dos servidores em um plano de demissão voluntária.

Marcela Carbone, do Diretório Central dos Estudantes da USP, também vê com ressalvas a oferta de bolsas. "Seria uma vitória do movimento estudantil, que luta para que a universidade fique menos elitizada. Mas depende muito do valor. O que é pago pela USP de auxílio moradia, R$ 400, é insuficiente", afirma a aluna de Artes Cênicas, de 23 anos.

Vindo do interior e sem condições de se manter sozinho na capital, o estudante de Ciências Sociais Rafael Bedoia é um dos que tiveram problemas para se instalar no começo do curso. "Não consegui vaga no Crusp (moradia universitária) e estava difícil alugar um quarto com os R$ 400", conta ele, de 19 anos.

Com a valorização imobiliária na região do Butantã, zona oeste da capital, teve de alugar um quarto pequeno, com mais duas pessoas. "Houve um momento em que achei que teria de desistir", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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