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O Sesc Casa Amarela recebe, na próxima quinta (6), a exposição Para si: um processo de ser. Produzida por Laís Domingues, a mostra retrata em imagens o cotidiano das bordadeiras de Passira, no Agreste de Pernambuco, e fica em cartaz até o dia 30 de agosto.

A exposição faz parte do projeto 'Bordando o Feminino', idealizado em 2015, e é resultado de um intercâmbio cultural da artista na cidade, onde o ofício das mulheres sustenta a principal atividade econômica do município onde moram. Estarão expostas 15 fotografias bordadas e o público poderá, também, aprender um ponto de bordado em uma instalação interativa. 

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Na abertura, na próxima quinta (6), além do vernissage, a estilista Thanina Godinho, que também participou do intercâmbio cultural ao lado de Laís, lança a coleção Filhas do Sol - Bordados de Passira. As 48 peças, de seis modelos diferentes, foram criadas com um grupo de artesãs locais durante a imersão.

Serviço

Exposição Para si: um processo de ser

Abertura

Quinta (6) - 18h

Visitação

Até 30 de agosto; Segunda a sexta - 9h às 19h

Sesc Casa Amarela (Av. Norte, 4490 - Mangabeira)

Gratuito

 

Parece que mais uma moda está surgindo por aí. Dentre todas as técnicas da arte da tatuagem como a aquarela, abstrata, floral e outras mais, a nova tendência são os desenhos com efeito de bordado.

A união do que há de mais moderno e jovem com aquilo que remete a práticas artesanais com “jeito de avó” parece ser a mais nova fusão em tempos confusos, onde o minimal e o maxi vêm se misturando. O resultado pode ser incrível.

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Com um design que simula a textura das linhas costuradas e um resultado praticamente orgânico, entre os desenhos mais pedidos estão os temas que reproduzem técnicas tradicionais como ponto cruz, ponto russo e os patches bordados.

Entre os artistas e tatuadores adeptos dessa nova técnica destaca-se o brasileiro Duda Lozano, que tem mais de 60 mil seguidores em sua conta do Instagram (@dudalozanotatoo) e mais de 7 mil curtidas em suas publicações.

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Por Junior Rodrigues 

A Polícia Civil apresentou, na manhã desta quarta-feira (13), a prisão do suspeito de matar Josivan Santana da Silva, de 38 anos, famoso pelos bordados que fazia em Passira, no Agreste de Pernambuco. O crime foi cometido pelo sobrinho de Dodinha, identificado como Marcílio Barbosa de Santana, de 22 anos, concluíram as investigações.

De acordo com o delegado Paulo Roberto Amorim, a motivação do crime foi patrimonial, porque o suspeito teria conhecimento de que Dodinha era avesso a bancos e guardava todo seu dinheiro em sua residência. No momento da prisão, Marcílio também estava com porções de cocaína, sendo autuado, além de latrocínio, por tráfico de drogas.

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Marcílio, que é de Natal-RN, chegou em Passira em dezembro e morou cerca de um mês na casa do artesão. Dodinha teria solicitado que o jovem deixasse a casa após suspeitar do envolvimento do mesmo com o tráfico na cidade.

O assassinato de Josivan chocou a cidade de Passira. Ele era famoso por ser um dos poucos homens que fazem bordados. O corpo dele foi encontrado no dia 6 de fevereiro, mas a polícia acredita que o homicídio ocorreu dois dias antes. A vítima foi encontrada com as mãos amarradas por uma camisa e despida. “O suspeito queria dar uma conotação sexual para o crime, que foi totalmente patrimonial”, afirma o delegado. Dodinha foi esganado e sufocado com um travesseiro.

O suspeito levou um notebook, um celular e uma quantia em dinheiro incerta. O valor que teria sido subtraído por Marcílio seria no mínimo de R$ 10,5 mil, quantidade em dinheiro repassada a Dodinha por sua irmã para uma viagem que ele faria a São Paulo no dia em que seu corpo foi encontrado.

Marcílio não assume a autoria do crime, mas a polícia acredita possuir indícios suficientes para apontá-lo como culpado. Na cena do crime foram encontrados uma sandália e um relógio do suspeito. Além disso, a camisa com a qual as mãos do artesão foram atadas pertencia ao detido. “Ele talvez tenha percebido alguma movimentação e saído com pressa do local, esquecendo seus pertences lá”, supõe Amorim.

O suspeito também teria dito a um familiar que deixou Natal após cometer dois homicídios. A Polícia Civil tenta confirmar essa informação. Ele contou ainda para um amigo ouvido durante a investigação que era especialista em dar nós, chamando a atenção da polícia, visto que a vítima estava com as mãos atadas.

As investigações, entretanto, não foram encerradas. O delegado suspeita que o latrocínio tenha sido cometido por duas pessoas. “Essa segunda pessoa seria traficante local, de Passira. Os itens roubados teriam ficado com ela. Ela também teria entrado na casa e participado do crime”, explica o investigador.

A fotógrafa pernambucana Laís Domingues, a estilista paulista Thanina Godinho e as bordadeiras da AMAP - Associação de Mulheres Artesãs de Passira, se uniram em um verdadeiro intercâmbio no projeto Bordando o feminino. Dele, saiu a coleção Filhas do Sol, que terá seu pré-lançamento na 32ª Feira de Bordado Manual de Passira, que acontece entre sexta (30) e domingo (2), na 'terra dos bordados'.

O conceito central da coleção é a força da natureza, o território e a memória femininos e como iso é exteriorizado, resultando em peças atemporais e com o objetivo de abraçar a pluralidade do corpo feminino. No plano têxtil foram escolhidos o algodão e o linho, tecidos vegetais tingidos naturalmente e manualmente em tons terrosos.

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O pré-lançamento contará com seis modelos das 48 peças que foram produzidas ao longo de 64 horas de aulas dentro do projeto. O lançamento oficial da coleção será realizado posteriormente, no Recife. Ainda será definida uma data para o evento.

Serviço

Pré-lançamento da coleção cápsula Filhas do Sol

32ª Feira do Bordado Manual de Passira

Sexta (30), Sábado (1º) e domingo (2) | 7h às 18h

Rua da Matriz, Passira - PE

Gratuito

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A Universidade da Amazônia (Unama) está oferecendo oficinas de costura e bordado básico durante o mês de julho. As atividades ocorrem no laboratório do curso de Moda do campus Alcindo Cacela e contam com a participação de alunos do ENACTUS da Universidade Federal do Pará (UFPA) e dos alunos da graduação em Moda da Unama.

A proposta do projeto “Costuraê”, desenvolvido pelos integrantes do ENACTUS, é qualificar mulheres em situação de vulnerabilidade social por meio da costura. Para Helena Sousa, estudante de economia e integrante do ENACTUS, a importância das oficinas se dá, sobretudo, na renda extra. “Muitas delas já falaram que, com essa oficina, pretendem abrir um ateliê ou se juntar com as amigas pra ter uma própria lojinha, vender, e isso é muito importante para elas porque dá um pouco mais de independência”, explicou Helena.

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Além da oficina de corte e costura, o Costuraê já elaborou outras duas, de modelagem e crochê, e pretende se expandir ainda mais. Todo o processo de seleção ocorreu em parceria com o CRAS do Guamá, que divulgou o curso e inscreveu as mulheres. Juliana Reis é uma delas. “Eu não sabia nem enfiar a linha na agulha”, conta Juliana. Ela explicou que, devido à falta de recursos da ilha onde vive, os moradores são obrigados a recorrer à cidade, e revela seu sonho de criar seu próprio ateliê. “Lá na ilha não tem costureira, então eu quero me profissionalizar. Isso aqui foi uma porta que se abriu pra mim e eu estou agarrando com todas as forças”, revelou.

O professor Fernando Hage, coordenador do curso de Moda da Unama, contou que a relevância do curso foi fundamental na parceria com o ENACTUS – UFPA. “Quando surgiu a vontade deles de fazer um curso de profissionalização na área de vestuário e confecção, eles vieram atrás do curso de Moda da Unama, por ter uma tradição. A gente já tem 10 anos de curso, as pessoas conhecem a estrutura que a gente tem. Então é uma forma de trazer um retorno pra comunidade de algo que a gente produz, de um espaço que a gente tem na instituição e que fica de certa forma obsoleto durante as férias”, justificou o professor.

Ao mesmo tempo em que aconteciam as aulas de corte e costura, realizava-se a oficina de bordado. Diferentemente da de costura, que tinha como foco mulheres, a oficina de bordado não tem um público específico, podendo participar homens e mulheres de diferentes idades. Nathalia Fonseca, estudante de Moda, participou da primeira classe de bordado e gostou tanto que agora é monitora. “A minha primeira dificuldade foi ter a paciência de ficar fazendo tudo certinho, porque às vezes dá nó e é preciso desmanchar tudo. Mas quando você pega a prática e gosta, você vai treinando até aprender a ter paciência”, explicou.

Para Rafaela Silva, criadora da oficina e estudante do 6º semestre de Moda, a ideia de fazer uma classe de bordado se deu devido a um curso que fez pelo Pronatec que tinha ênfase na técnica. “O bordado é uma espécie de designer têxtil e como no meu TCC eu estou falando de bordado, fiz um curso pelo Pronatec que era tudo sobre o designer a mão, então dei essa proposta para o professor de trazer esse curso do bordado a mão pra cá”, relatou a estudante. A aceitação da técnica pelos colegas e o incentivo para a criação de uma aula específica geraram a primeira oficina. ”Eu sempre falava para um colega ou outro sobre o bordado de costura e eles achavam bacana e queriam. Na segunda, a gente pensou em fazer algo mais aberto, pra trazer quem quer conhecer essa técnica. A galera gostou, se interessou mesmo e compareceu”, disse.

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Através das linhas e do bordado, as artistas Clara Nogueira e Clarissa Machado ilustram as costuras da vida, o espaço afetivo do corpo e da maternidade. Seus trabalhos compõem a exposição Incomum, que estreia nesta terça (6), às 19h, na Galeria Maumau, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. 

O porpósito das artistas é jogar nova luz ao bordado, relegado, muitas vezes, pelo senso comum, como uma arte menor. Através das linhas, elas recriam situações e experimentações convindando a reflexões de amplitudes pessoais. Os trabalhos expostos na mostra são resultado de dois anos de criações e convidam o público para um passeio visceral pela união da trama e outros experimentos com a linha. A visitação vai até o dia 25 de setembro.

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Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá. 

Serviço

Abertura da exposição Incomum

Terça (6) | 19h

Galeria Maumau (Rua Nicarágua, 173 - Espinheiro)

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