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Uma pesquisa divulgada pela BTG Pactual, nesta segunda-feira (25), mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua liderando as intenções de votos, com 41%, contra 32% de Jair Bolsonaro (PL).

No entanto, desta vez o petista perdeu terreno para Bolsonaro. No levantamento divulgado em março pelo BTG, Lula figurava com 43% e Bolsonaro 29%, o que mostra um crescimento do atual mandatário fora da margem de erro.

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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) continua em terceiro lugar, com 9%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), figura em quarto lugar com 3%. 

A pesquisa foi realizada pelo Instituto FSB, entre os dias 22 a 24 de abril de 2022. Foram entrevistados 2 mil eleitores por meio do telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Nesta sexta-feira (23), estão sendo cumpridos mandados de buscas e apreensões em endereços vinculados ao Banco BTG Pactual, a André Santos Esteves, Maria das Graças Silva Foster e outros. As medidas visam obter elementos probatórios em relação a diferentes frentes de investigação no âmbito da operação Lava Jato.

Venda de ativos para o BTG Pactual – Uma das linhas investigativas diz respeito a possíveis ilícitos envolvendo a venda pela Petrobras ao BTG de ativos na África. A partir de análise de documentos apreendidos em fase anterior da operação Lava Jato, identificaram-se indícios de que os ativos foram comercializados em valor substancialmente inferior àquele que havia sido avaliado por instituições financeiras de renome no início do processo de venda.

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Verificou-se que, no início do processo, o preço desses ativos havia sido avaliado entre US$ 5,6 bilhões e US$ 8,4 bilhões. Ao final do processo, 50% desses ativos foram vendidos por US$ 1,5 bilhão em 2013, valor esse em flagrante desproporção com aquele inicialmente avaliado.

Apurou-se, ainda, que esse procedimento de venda foi permeado por diversos indícios de irregularidades, dentre os quais se destacam: a possível restrição de concorrência, de forma a favorecer o BTG Pactual; o acesso pelo banco a informações sigilosas; a aprovação da venda pela diretoria executiva em um dia e do conselho de administração no dia seguinte, sem que tenha havido tempo suficiente para discussão ampla de operação de valor tão elevado.

Repasses de propinas – Outra frente de apuração diz respeito a relato feito por Antonio Palocci, em que afirma que André Esteves, em período próximo ao final da campanha de 2010, teria acertado com Guido Mantega o repasse de R$ 15 milhões para garantir privilégios ao BTG Pactual no projeto das sondas do pré-sal da Petrobras. Segundo Palocci, parte desse valor teria sido entregue em espécie a Branislav Kontic na sede do Banco.

Apura-se, ainda, informações contidas em e-mails de Marcelo Odebrecht e prestadas por Palocci no sentido de que a ex-presidente da Petrobras Graça Foster teria conhecimento do esquema de corrupção existente à época na estatal, mas não teria adotado medidas efetivas para apurar tal esquema ou impedir a continuidade do seu funcionamento. Foster ocupou a presidência da Petrobras entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2015.

Para o procurador da República Deltan Dallagnol, “esta é mais uma investigação sobre possíveis crimes que têm relação com instituições financeiras. Já houve denúncias apontando crimes relacionados a funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Paulista e corretoras. A força-tarefa de procuradores e a polícia federal têm explorado todas as linhas investigativas em sua esfera de atribuição”.

Da assessoria do MPF

A 13 dias das eleições, uma pesquisa divulgada pelo BTG Pactual/FSB aponta a consolidação do candidato do PT, Fernando Haddad, em segundo lugar e a manutenção da liderança de Jair Bolsonaro (PSL) para a disputa presidencial. De acordo com os dados apresentados nesta segunda-feira (24), Bolsonaro se manteve estável, com os mesmos 33% do levantamento anterior, já Haddad cresceu sete pontos percentuais, chegando a 23% da preferência. 

A amostra também aponta que o candidato Ciro Gomes (PDT) caiu 4 pontos, foi para 10% das intenções e ficou empatado tecnicamente com Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou de 6% para 8%. Já Marina Silva (Rede) manteve os 5%. João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) aparecem com 3% cada um, enquanto Álvaro Dias (Podemos) registrou 2%.

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O Instituto FSB Pesquisa entrevistou, por telefone, 2.000 eleitores entre os dias 22 e 23 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, com confiança de 95%.

Ex-sócios do BTG Pactual, Marcelo Kalim, Carlos Fonseca e Leandro Torres devem dar início nos próximos meses às operações do banco digital C6Bank. A instituição financeira, fundada por eles em março, já tem 150 funcionários. Em abril, recebeu autorização do Banco Central para dar início ao projeto e agora aguarda aprovação de seu plano de negócios e de licença operacional para começar a funcionar, apurou o ‘Estado’.

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Em um mercado fortemente concentrado, o futuro banco digital quer atrair correntistas tradicionais. Para isso, terá praticamente os mesmos serviços oferecidos pelos grandes bancos em plataforma virtual, com alguns diferenciais em investimentos. A ausência de agências físicas tende a tornar as tarifas de serviços mais baratas. Outras instituições, como os bancos Inter e Neon, além do Next, do Bradesco, já disputam esses clientes.

Conta-corrente e conta-salário, CDB, cheque especial e cartão de crédito estarão na carteira do C6Bank para seus os clientes. A exceção fica por conta da poupança. A bandeira Mastercard será parceira do banco, apurou o Estado.

Quando obtiverem a licença para iniciar as operações, os sócios do banco vão fazer um aporte inicial de R$ 250 milhões e dobrarão o valor ao longo do ano que vem, de acordo com fontes a par do assunto. A instituição já conta com 20 sócios.

O banco também atenderá pessoas jurídicas - a expectativa é conceder crédito a empresas com faturamento de cerca de R$ 100 milhões. "No médio e longo prazos, fintechs e bancos digitais terão papel importante no sistema financeiro, que é muito concentrado", disse Rafael Schiozer, professor da Fundação Getúlio Vargas Eaesp.

Criado em março deste ano, o C6 ocupa um prédio inteiro na avenida 9 de Julho, na região dos Jardins, que está em fase final de acabamento. A expectativa é encerrar o ano com 200 pessoas. Até 2019, o banco terá 400 funcionários.

No prédio de oito andares, o C6Bank vai abrigar no seu primeiro piso um espaço para coworking. A ideia é atrair startups voltadas para tecnologia, parte delas em operações financeiras. O banco deverá ser mentor de parte dessas startups, incluindo aporte de capital em casos mais interessantes.

Antiga casa

Kalim, que ainda é presidente do conselho de administração do BTG, fundado pelo banqueiro André Esteves, negocia sua saída do cargo e do banco, mas isso pode levar alguns meses. O executivo fez parte do chamado Top Seven Partners, ou G7, do BTG, que coordenou a crise do banco após a prisão de Esteves, em novembro de 2015. Persio Arida e James Oliveira, que eram sócios importantes do banco, saíram em 2017. Esteves já está no dia a dia do banco desde o ano passado, mas ainda não exerce um cargo executivo oficialmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem sendo consolidado como líder nas pesquisas de intenções de votos, mesmo estando preso e com o registro de candidatura sob a possibilidade de ser barrado pela Justiça Eleitoral. Um novo levantamento encomendado pelo BTG Pactual e divulgado nesta segunda-feira (27), aponta com Lula tem 35% da preferência dos brasileiros entrevistados.  

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) vem em segundo lugar com 22% e Marina Silva em terceiro com 9%. O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), registra 6% das intenções, Ciro Gomes (PDT) 5% e João Amoêdo (Novo) 4%. Os dados apontam ainda o senador Álvaro Dias (Pode) com 2% da preferência e Guilherme Boulos (PSOL) e Henrique Meirelles (MDB), com 1% cada. 

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A amostra também aferiu um cenário com Lula sendo substituído por Fernando Haddad (PT), atual vice na chapa do ex-presidente. Neste caso, Bolsonaro lidera com 24% das intenções, Marina cresce para 15% e Alckmin aparece com 9%. Já Ciro registra 8% e Haddad vem em quinto lugar com 5% da preferência. 

Segundo a pesquisa, com este quadro eleitoral, João Amoêdo mantém os 4%, Álvaro Dias vem com 3% e Cabo Daciolo (Patriota) pontua 1%. Boulos e Meirelles permanecem com 1% das intenções. 

Transferência de votos

Quando no cruzamento dos dados, o levantamento encomendado pelo BTG vê quem é mais beneficiado com a ausência de Lula na corrida presidencial, Marina receberia 17% dos votos destinados a Lula enquanto Haddad 12%. 

Quando a pergunta foi 'E se o ex-presidente Lula não puder ser candidato e apoiar Fernando Haddad como candidato a presidente do Brasil?', 18% votariam com certeza no ex-prefeito de São Paulo, 13% poderiam votar nele por indicação de Lula e 64% não votariam de jeito nenhum em Haddad.

O levantamento, registrado do Tribunal Superior Eleitoral, entrevistou 2.000 eleitores por telefone nos dias 25 e 26 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. 

O candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad, afirmou na manhã desta quinta-feira, 9, em evento com investidores organizado pelo banco BTG Pactual que o País está vivendo uma "anarquia jurídica, inclusive em tribunais superiores".

Haddad, que deve assumir a cabeça da chapa petista em caso de impedimento judicial do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu mais uma vez as discussões em torno da reforma do judiciário. Após polêmicas, o programa do PT atenuou as propostas de alterar leis que "interditam a política".

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O petista defendeu mais uma vez a regulação econômica dos meios de comunicação. "Inclusive acho que a ex-presidente Dilma Rousseff perdeu a oportunidade de enviar este projeto de lei", afirmou.

Três dias depois de o PT anunciar o nome do ex-prefeito Fernando Haddad como vice na chapa presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) como "vice do vice", o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) subiu o tom nas críticas aos petistas.

"Haddad e Manuela são queridos amigos, mas eu estou preocupado. Isso é um convite à nação para dançar na beira do abismo", disse Ciro.

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Segundo ele, a "imensa gratidão" do povo brasileiro a Lula não é o suficiente para deixar todas as regras de lado. "Isso gera confusão. O povo está sendo enganado", afirmou o pedetista aos jornalistas após participar de uma sabatina promovida pelo banco de investimento BTG Pactual.

Segundo Ciro, a decisão do PCdoB de entrar na chapa de Lula foi tomada após o partido ter sido vítima de "chantagem feia" do PT. "Chamaram o PCdoB na chincha e fizeram uma lista dos estados para tirar o quociente eleitoral deles e deixar o partido sem eleger deputado".

Sobre o apoio dos partidos do 'Centrão' a Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro afirmou que nunca acreditou que teria o apoio do colegiado. "Eles me procuraram, mas jamais passou pela minha cabeça que eu pudesse ter o apoio deles".

O candidato do PDT, em seguida, disse que as negociações dele com o 'Centrão' foram feitas para "agravar" o preço do grupo junto a Alckmin. "Não tinha a menor chance deles virem comigo".

Durante a palestra para empresários, Ciro disse ainda que considera "trágico" o governo de Dilma Rousseff e que foi uma imprudência de Lula "colocá-la" no Palácio do Planalto junto com o presidente Michel Temer.

Sobre a escolha da senadora Katia Abreu como vice, Ciro afirmou que ela o aproxima do centro político e das mulheres.

Estão abertas as inscrições para o Programa de Estágio de Férias 2019 do BTG Pactual, banco de investimentos com atuação na América Latina. Proativo, orientado a resultados, analítico e com inglês em nível avançado são as características que a empresa exige dos candidatos.

Podem participar da seleção estudantes de universidades localizadas no Brasil. Os aprovados, segundo o banco, atuarão nos escritórios do Rio de Janeiro e São Paulo. As remunerações oferecidas, no entanto, não foram reveladas.

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Durante a seleção, os candidatos serão submetidos à análise curricular, teste de lógica online, entrevista em vídeo, dinâmica presencial e entrevista com os gestores do banco. “Os selecionados ingressarão no programa durante as férias acadêmicas e, no período de quatro a seis semanas, terão a oportunidade de vivenciar na prática o trabalho das áreas do Banco e aprender com os principais sócios e gestores do BTG Pactual”, desta a assessoria de imprensa da empresa. 

As inscrições podem ser feitas até 19 de agosto por meio do site da seleção. O programa de estágio começará no dia 3 de janeiro do próximo ano e durará de quatro a seis semanas.

À espera do desfecho da Justiça sobre o processo em que é acusado de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato, André Esteves traça planos para voltar a exercer um cargo formal no BTG Pactual, apurou o jornal O Estado de S. Paulo. Há discussões internas para que o banqueiro possa retomar a presidência do conselho.

Fundador e maior sócio individual do banco de investimento, Esteves foi afastado do bloco de controle e da presidência da instituição no fim de 2015, após ser preso sob suspeita de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró. O Ministério Público Federal, no entanto, entendeu que não há provas para incriminá-lo e já pediu a sua absolvição.

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O reconhecimento da inocência é o que Esteves precisa para tentar virar a página do período mais crítico da história do BTG, que teve a imagem abalada e o futuro colocado em xeque. O banqueiro voltou ao dia a dia da empresa em abril de 2016, com o "crachá" de sócio sênior, assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) o liberou do recolhimento domiciliar. Mas quer agora um cargo formal.

Esteves já participa ativamente de reuniões com clientes e tem assento no mesão do 14.º andar da sede do banco, na Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. Neste ano, voltou às rodas do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

O retorno a um cargo de comando no banco - além de presidente, Esteves comandava o conselho - depende agora da decisão da 10.ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, que recebeu a recomendação do MPF para inocentá-lo da acusação feita pelo ex-senador Delcídio Amaral. Ao jornal, o advogado de Esteves, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que a decisão da Justiça está para sair "a qualquer momento". Procurado, o banco não comenta.

A volta ao bloco de controle também não está descartada. Nada impede que o banqueiro aumente sua participação no banco que fundou em 2008, ao sair do UBS. Até o fim de 2017, sua fatia era de 28%, sem incluir investimento como pessoa física ou por meio de outros veículos do banco, o que o deixaria com mais de 30%, segundo fontes. O BTG, porém, não confirma.

Muito tempo encarado com ressalvas diante do risco de a prisão de Esteves comprometer a imagem do banco, o retorno do banqueiro deixou de ser tabu dentro e fora da instituição, apurou o Estado. Segundo uma pessoa próxima ao banco, Esteves poderia voltar a ser chairman. Marcelo Kalim, atual presidente do conselho, já negociou sua saída e deve deixar o posto nos próximos meses. A presidência executiva se manteria com Roberto Sallouti.

G7

Para voltar, o banqueiro precisará do aval do chamado Top Seven Partners, ou G7, formado pelos sócios mais relevantes. O grupo, que passou a ter o controle do BTG em 2015, após permuta de ações com Esteves, sofreu baixas nos últimos tempos - além de Kalim, Persio Arida e James Marcos de Oliveira anunciaram a saída em 2017. Agora, as movimentações giram em torno das indicações dos que devem recompor o G7, hoje formado por Sallouti, Antônio Carlos Canto Porto Filho (o Totó), Renato Monteiro dos Santos e Guilherme Paes. Os principais sócios têm de 3% a 5% do capital total.

Nomes como Huw Jenkins, sócio do banco em Londres, José Zitelman, responsável por gestão de ativos, e de Rogério Pessoa, de gestão de fortuna, ganham destaque na nova recomposição de forças no banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de pedir a falência da Lojas Leader, do BTG Pactual, a família Furlan, fundadora da rede Seller, planeja cobrar cerca de R$ 140 milhões na Justiça diretamente do banco, em crise de confiança desde a prisão de seu ex-controlador André Esteves, apurou o ‘Broadcast’, serviço em tempo real da ‘Agência Estado’. Essa cobrança refere-se ao pagamento ainda devido pela venda da Seller para a Leader em 2013.

A família Furlan, que fez o pedido de falência da varejista após o atraso do pagamento de uma parcela em dezembro do ano passado, agora quer cobrar do BTG, que controla a rede, o restante do pagamento, já que o referido atraso teria provocado vencimento antecipado do saldo do contrato. Segundo fontes, o valor seria de R$ 150 milhões, ou cerca de R$ 140 milhões se considerado o valor já depositado em juízo pela Leader após o pedido de falência, de pouco mais de R$ 7 milhões, ainda de acordo com fonte.

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O entendimento dos fundadores da Seller é de que o endividamento da Leader acabou provocando a deterioração das garantias previstas em contrato. Isso porque, explicam fontes, o BTG, em vez de injetar dinheiro na companhia por meio, por exemplo, de um aumento de capital, ampliou a dívida da empresa. Segundo fontes, dessa forma, a empresa foi subcapitalizada, ou seja, ela não possui capital social suficiente que sirva de garantia aos credores, já que passou a existir um descompasso entre o patrimônio e sua dívida. Isso, no caso da Leader, teria ocorrido porque os sócios emprestaram dinheiro à empresa, tornando-se, dessa forma, também credores.

Logo após os fundadores da Seller realizarem o pedido de falência da Leader, o BTG informou ao mercado que a Leader já discutia os valores pleiteados pelos antigos donos da Seller, "em virtude, dentre outros motivos, de inconformidades patrimoniais e contábeis da Seller que foram verificadas na conclusão do negócio". Em contestação na Justiça, a Seller afirmou que tal alegação foi feita apenas depois da cobrança do crédito, de forma a justificar a inadimplência.

Uma fonte próxima do BTG afirmou, no entanto, que o contrato de venda da Seller para a Leader previa o mecanismo de arbitragem e que, diante da falta de consenso em relação ao valor devido, por conta de tais "inconformidades", esse deve ser o caminho a ser seguido. A mesma fonte disse que está sendo formada a arbitragem.

Do valor total de R$ 520 milhões do contrato de venda da Seller, restava no início de 2014 um montante de R$ 170 milhões que deveria ser pago em cinco parcelas anuais a partir de novembro daquele ano, conforme previsto em contrato. Só uma dessas cinco parcelas, porém, foi paga em dia e, segundo as fontes, depois disso começaram os atrasos.

Os prazos chegaram a ser adiados por cinco vezes, dizem as fontes. O vencimento de novembro de 2015 foi postergado até ser definido um aditivo de contrato. Nele ficou estabelecido que essa fatia seria dividida entre os meses de novembro de 2015 a maio de 2016 - os demais prazos nos anos seguintes foram mantidos. A primeira parte, de novembro, foi paga, mas a de dezembro, assim como a de janeiro, não teve pagamento.

Essa foi a razão, inclusive, de os fundadores da Seller pedirem a falência da Leader no final do ano passado. Com essa inadimplência, a família Furlan pede antecipação das demais parcelas, sendo que originalmente a última delas teria vencimento apenas em novembro de 2018. No total, assim, cobra-se cerca de R$ 150 milhões.

Plano frustrado

O BTG queria transformar a Leader numa plataforma de consolidação do setor varejista. A incorporação da Seller marcava esse objetivo, mas, assim como ocorreu com outra aposta do banco no setor de varejo, a Brasil Pharma, dificuldades na integração das redes levaram à deterioração de resultados operacionais, agravados em meio à retração do consumo no Brasil. Na contramão, a dívida foi crescendo para financiar esse objetivo de expansão. Aliado ao alto endividamento, o cenário de venda fraca pressionou o caixa da empresa.

A crise da Leader se evidenciou em meio ao processo de venda de ativos pelo BTG iniciado após a prisão de Esteves, em novembro. Mas a venda da varejista é dificultada justamente pela sua crítica situação financeira. Reportagem do Estado apurou que o Ebitda projetado pelo banco para o negócio em 2015 seria de R$ 37 milhões, enquanto o endividamento superara a marca de R$ 1 bilhão.

O BTG chegou a contratar a consultoria do executivo Enéas Pestana, ex-Grupo Pão de Açúcar (GPA), para reestruturar a empresa. O trabalho, porém, se encerrou no final de 2015.

Além da Leader, outras empresas do portfólio do BTG têm o próprio banco entre os principais credores. Um exemplo é a Brasil Pharma, que recentemente realizou uma emissão de ações com esforços restritos, com o BTG investindo o correspondente a R$ 400 milhões, sem nenhum outro investidor interessado. Com isso, a instituição financeira viu sua fatia na rede de farmácia aumentar de cerca de 40% para 96%.

Com o dinheiro que foi para o caixa da Brasil Pharma, a empresa pagou antecipadamente debêntures que estavam nas mãos do próprio BTG. Agora, a empresa renegocia, conforme admite em seu formulário de referência, R$ 355 milhões relativos a empréstimos de capital de giro e financiamento com os principais credores.

BTG Pactual e Leader não comentaram. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Investigadores da Operação Lava Jato consideram suspeitos negócios feitos entre o BTG Pactual, de André Esteves, e os filhos do pecuarista e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai, preso na última terça-feira. As informações fazem parte de material enviado pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba à Procuradoria-Geral da República (PGR), após a prisão de Esteves, e fazem parte do pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para converter a prisão temporária do banqueiro em prisão preventiva (sem prazo para expirar).

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, registra que o Banco BTG Pactual participou de transações "altamente improváveis e escassamente explicáveis" com empresas dos filhos de Bumlai. Na primeira, a instituição teria participado de reestruturação financeira de uma usina chamada São Fernando Açúcar e Álcool, que pertencia aos filhos do pecuarista em 2012. A empresa, no entanto, entrou em recuperação judicial no ano seguinte.

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Também em 2012, uma empresa do grupo financeiro do banco, a BTG Pactual Serviços Financeiros, comprou por R$ 195 milhões uma fazenda dos filhos de Bumlai. O negócio é considerado suspeito pela Receita Federal.

Os investigadores veem o crescimento de indícios contra Esteves em duas frentes: na acusação de que ele era o polo financeiro da oferta de vantagens indevidas para tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, e nos indicativos sobre os interesses do banqueiro que seriam afetados por eventual delação premiada.

África

A informação de que o BTG Pactual está sob investigação no Tribunal de Contas da União por irregularidades na aquisição de ativos da Petrobras na África por preço inferior ao de avaliação, em 2013, também foi repassada para a PGR pela força-tarefa de Curitiba. A diferença entre o preço pago e o valor de avaliação foi confirmada pelo ex-gerente da área internacional da estatal, Fernando José Cunha, ouvido no Paraná.

Para os investigadores, as informações ressaltam que Esteves não tem interesse que venham à tona delações premiadas sobre esses assuntos. Em depoimento depois de preso, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo, admitiu saber de negócios de Esteves na África. Os investigadores acreditam que tanto Cerveró como Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, tinham inicialmente um acordo para omitir em depoimentos da Lava Jato informações sobre irregularidades nos negócios do BTG Pactual na África.

A troca de bandeira de postos de combustíveis é mais uma das operações tidas como suspeitas nas investigações sobre Esteves. O objetivo seria dissociar o banco BTG da empresa BTG Alpha Partners, que tinha como sócia a DVBR Derivados do Brasil, beneficiada por um contrato com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Procurado, o advogado de Bumlai, Arnaldo Malheiros, disse não ter conhecimento das menções feitas pelos investigadores aos negócios da família do pecuarista. Por isso, explicou, não se pronunciaria.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ação determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira, 25, prendeu também o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

O banqueiro tem uma fortuna estimada em R$ 9 bilhões e ocupa a 13ª posição entre os homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Forbes. Em 2014, André Esteves foi nomeado Personalidade do Ano pela Câmara de Comércio Brasileira Reino Unido. É considerado uma das 50 pessoas mais influentes do mundo pela agência de notícias Bloomberg em 2012.

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Em nota, o BTG Pactual esclarece que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações.

O BTG Pactual é um banco de investimentos listado e controlado por uma sociedade de 156 executivos. Em maio de 2009, o BTG Investments fechou a aquisição do UBS Pactual por US$ 2,5 bilhões e a transação foi finalizada e homologada pelo Banco Central em outubro do mesmo ano.

Com informações da Agência Brasil e Agência Estado 

O BTG Pactual está com inscrições abertas para as turmas de trainee do segundo semestre. Podem participar estudantes dos cursos de administração, ciências contábeis, ciências econômicas, matemática, engenharias e demais ciências exatas, além de tecnologia e direito. Candidatos devem ter formação entre junho de 2013 e julho de 2015 e fluência em inglês. Inscrições são até 22 de março. As vagas são para os escritórios de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O programa tem duração de 12 meses, nos quais os selecionados desenvolverão atividades em até três diferentes áreas de back office. As rotações ocorrem a cada quatro meses e uma avaliação de desempenho individual é realizada ao final de cada período. Além disso são oferecidos treinamentos técnicos e comportamentais, conduzidos por sócios, associados e gestores sêniores.

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São oferecidos pela empresa o salário e benefícios como plano de saúde, vale-alimentação, vale-refeição e remuneração variável. O processo seletivo é feito com provas online e dinâmicas de grupo, além de entrevistas com RH, gestores e sócios. Interessados deverão ter disponibilidade para residir nas localidades oferecidas. Inscrições devem ser feitas no site da BTG.

A Sirius Petroleum anunciou nesta segunda-feira (15) um acordo com o BTG Pactual Commodities para a venda de petróleo do campo de Ororo, na Nigéria, e outros produtos dos campos da empresa.

O BTG Pactual terá o direito exclusivo de venda de todo o óleo do campo de Ororo por um período inicial de 12 meses a partir do início da produção. Às 6h18 (de Brasília), as ações da Sirius subiam 14,19%, a 2,97 centavos de Libra em Londres. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O BTG Pactual - banco de investimentos da América Latina - prorrogou as inscrições para o seu programa de trainee. A organização está em busca de novos talentos: brasileiros ou estrangeiros, formados em administração, ciências contábeis, ciências econômicas, matemática, engenharias e demais ciências exatas e de tecnologia, com formação entre junho de 2012 e dezembro de 2014. É necessário ter inglês e português fluente.

Para participar, os interessados devem se candidatar até o dia 31 de julho, através do site da organização. O programa tem duração de um ano, com início em janeiro de 2015, e durante este período, os trainees passarão por job rotation, ou seja, desenvolverão atividades em até três diferentes áreas do Banco. Além de salário, o BTG Pactual oferece plano de saúde, vale alimentação e vale refeição. Ao final, os participantes poderão ser efetivados, de acordo com seu desempenho durante o período. 

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Na próxima terça-feira (22), às 11h, o presidente da BTG Pactual, André Esteves, participará de bate-papo virtual. O encontro tem como proposta oferecer dicas sobre carreiras e gestão empresarial para os jovens internautas. Para participar, os interessados devem acessar a página virtual da NaPrática e fazer a inscrição. Durante a apresentação, os internautas poderão enviar perguntas diretamente ao convidado.

O convidado e graduado em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e ingressou no Banco Pactual em 1989, e quatro anos depois, se tornou sócio da instituição. Durante o período em que o banco foi controlado pelo UBS, foi o CEO do UBS Pactual, mas deixou a instituição para fundar a BTG - sigla que vem de “back to the game” ou “de volta ao jogo”. Por meio da empresa fundada, recomprou o Pactual do UBS e, hoje, ocupa o cargo de Chairman e CEO do BTG Pactual - banco que está entre as 15 marcas mais valiosas do Brasil.

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O BTG Pactual, considerado um dos principais bancos de investimentos da América Latina, está com inscrições abertas para o programa de estágio “Technology Internship Program”. O objetivo é recrutar jovens talentos para atuarem no segmento de tecnologia da informação, com foco no mercado financeiro.

Segundo a instituição financeira, as vagas disponíveis são para os escritórios de São Paulo e Rio de Janeiro. Os candidatos devem estar cursando o ensino superior em uma das seguintes áreas: tecnologia, engenharias elétrica, eletrônica, mecatrônica, mecânica e da computação. A previsão de conclusão da graduação deve ser de até dois anos. É desejável que os concorrentes tenham fluência no idioma inglês.

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Os interessados em participar do programa devem se inscrever, até 31 de agosto, por meio do endereço virtual do banco. A duração do programa é de um a dois anos, e, ao final do processo, os participantes poderão assumir cargos efetivos no departamento de TI do BTG.  

O bilionário chinês, naturalizado brasileiro, Shan Ban Chun, acionista minoritário da BRF, está pedindo na Justiça uma indenização milionária ao BTG Pactual e aos gestores da Governança e Gestão Investimentos (GG), por prejuízos de cerca de R$ 460 milhões que teve em 2012 na bolsa de valores. O empresário alega que os gestores, com a supervisão do BTG, fizeram uma aposta arriscada em operações de derivativos alavancadas que não eram permitidas pelo regulamento do fundo Bird, da família Shan.

A causa corre desde março de 2013 na primeira instância da Justiça paulista. Todos os envolvidos já se manifestaram e o caso está em fase final de tréplicas para que, então, possa ser apreciado pelo juiz da 42ª Vara Cível do Fórum João Mendes, Marcello do Amaral Perino. O processo, de quase quatro mil páginas, está cheio de trocas de acusações, entre Shan, BTG e GG, três personagens conhecidos do mundo dos negócios.

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O BTG pertence ao banqueiro André Esteves. A GG, gestora do fundo do empresário chinês, foi fundada pelo ex-ministro Antonio Kandir e pelo executivo Rami Goldjfan, ex-Galeazzi e ex-presidente da empresa fundada por Shan Ban Chun - um veterinário chinês que chegou ao Brasil, fugido do comunismo, no fim da década de 1950. Em Porto Alegre, ele criou, do zero, a Eleva, que era dona dos leites Elegê e da Avipal, do ramo de frangos.

Em 2007, o chinês vendeu a companhia para a Perdigão, por R$ 1,5 bilhão. Além de dinheiro, a família Shan recebeu ações da empresa controladora e se tornou o terceiro acionista mais relevante, com quase 8% de participação. Quando a Perdigão e a Sadia se uniram , em 2009, a posição acionária da família foi reduzida (em 2012, era 3,44%). As ações recebidas por Shan foram integralizadas no fundo Bird, que, em 2008, era gerido pela GG. Até 2010, o administrador do fundo era o Santander, mas o banco foi substituído pelo BTG.

No mundo dos fundos de investimentos, o gestor é aquele que compra e vende ativos seguindo um regulamento. O administrador atua como um auditor, defendendo os interesses dos cotistas.

O fundo Bird, hoje administrado pela Solidus corretora da família Shan, é formado majoritariamente por ações da BRF. Seu regulamento permite que sejam realizadas operações de derivativos desde que para proteção.

Toda a discussão gira justamente em torno desta proteção. Os acusados dizem que não é possível sempre fazer uma proteção perfeita no mercado derivativos e, por isso, o fundo poderia até mesmo ter que bancar com patrimônio negativo. Os acusadores dizem que as operações eram alavancadas e não de proteção, como estabelecido no regulamento.

A família Shan afirma que, por 14 dias durante o mês de maio de 2012, a GG escondeu que estava realizando operações de derivativos com opções de compra e venda de índice Bovespa futuro. Segundo a família, isso dilapidou o patrimônio do fundo, já que os gestores apostaram que o índice chegaria a 79 mil pontos - patamar nunca atingido pela Bolsa em sua história.

Prejuízo

Os Shan dizem que, de março a agosto de 2012, o fundo perdeu mais de 30% de seu patrimônio, enquanto o índice Bovespa caiu 8% e a carteira de ações do fundo 11%. O GG alega que, de março a junho, o fundo perdeu 24% do valor e o Ibovespa, 20%.

O BTG também é acusado de ter potencializado as perdas, com cálculos equivocados, fazendo com que as margens solicitadas fossem punitivas e obrigando o encerramento das operações de derivativos no pior momento. O banco se defende dizendo que quem decide margens é a BM&F. O BTG também é acusado de não ter observado o regulamento do fundo ao permitir operações alavancadas.

O banco, por sua vez, acusa o bilionário de estar fazendo litigância de má-fé, pois teria pleno conhecimento do que acontecia no fundo, não só por ser investidor super qualificado, mas porque teria feito fortuna justamente no mercado de derivativos de soja. A GG alega que fazia reuniões mensais com a família, que aprovava pessoalmente as operações a serem realizadas.

Resumidamente, BTG e GG baseiam sua argumentação em três pontos: o retorno entregue aos cotistas, de 171% em três anos; operações de derivativos são corriqueiras e os lucros resultantes não foram contestados; e por fim, os mercados tombaram em função da crise da Grécia. Segundo dados apresentados pela família Shan, os derivativos, historicamente, representavam menos de 2% do patrimônio do fundo e saltaram para 15% entre março e maio de 2012.

O banco BTG, representado pelo escritório Vella Pugliese Buosi Guidoni, não quis se pronunciar. O advogado Gilberto Giusti, do escritório Pinheiro Neto, que defende a GG, e o advogado Bruno Vasconcelos Carrilho Lopes, da banca Dinamarco Rossi Beraldo & Bedaque, que defende a família Shan, não responderam à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Menos de um ano da estreia do BTG Pactual no mercado de seguros e resseguros com foco em infraestrutura, o banco, que emitiu cerca de R$ 150 milhões em prêmios em 2013, prepara o lançamento de uma seguradora de previdência privada. O foco inicial da nova companhia, que já teve autorização do Banco Central, é ofertar produtos customizados para o público de gestão de fortunas (wealth management) da instituição. Ao mirar os grandes investidores, a seguradora do BTG deverá criar uma nova frente de concorrência para players já tradicionais como Icatu e SulAmérica.

O pedido de registro da companhia de previdência, que nasce com capital de R$ 30 milhões, ao regulador do setor de seguros, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), será feito nos próximos dias. A expectativa do BTG é obter o aval da autarquia o quanto antes e se possível ainda em 2014. "O BTG não está só fazendo uma seguradora e uma resseguradora, mas um negócio de seguros completo. Nosso foco é ter uma multiplataforma global de seguros. Hoje, já temos força comercial e de distribuição para ofertar soluções via estrutura própria ou por meio de parcerias", diz André Gregori, sócio e presidente da seguradora e da resseguradora do BTG, que chegou há cerca de dois anos no banco vindo da Fator Seguradora para estruturar a operação de seguros do zero.

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As parcerias, segundo o executivo, podem incluir a estruturação de produto para uma seguradora, negócios de resseguros com outros players e ainda na distribuição. Saúde, por exemplo, é um ramo no qual a instituição não quer ter o risco da originação, ou seja, ser responsável pelo contrato do produto, embora tenha interesse na comercialização. Essa, aliás, é a mesma estratégia anunciada pela BB Seguridade, holding de seguros do Banco do Brasil. Além do risco de imagem ser grande neste ramo, a necessidade de infraestrutura e expertise são bem elevadas, afastando algumas companhias da originação de apólices de saúde.

Aceleração

"A ideia inicial do BTG era constituir uma multiplataforma global em seguros em meados de 2015, 2016, mas estamos antecipando nossa estratégia para este ano em meio à aceleração dos negócios", diz Gregori, destacando que o Brasil ainda tem muitas oportunidades. "O País engatinha em seguro. A penetração do segmento no PIB está em 3% contra 8% de alguns países da América Latina, 14% nos Estados Unidos e cerca de 10% na Europa", avalia.

O avanço internacional do braço de seguros e resseguros do BTG Pactual deve acompanhar, de acordo com o executivo, o projeto de expansão do banco, cujo foco prioritário é a América Latina. A estratégia visa atender, conforme o presidente da seguradora, as necessidades dos clientes da instituição em qualquer lugar do mundo.

"Buscamos ser um jogador importante no cenário global de seguros. Hoje há muitas empresas nacionais globais. Queremos aproveitar este potencial e apoiar as empresas brasileiras", afirma o executivo, lembrando que o interesse do BTG está em ofertar produtos para os clientes regionais nas praças em que atua.

Planos individuais

A seguradora de previdência, por exemplo, surgiu de uma demanda identificada na base de clientes do BTG Pactual, conforme ele. Sobre o portfólio de produtos, Gregori diz que embora a prioridade seja planos individuais para grandes investidores, não está descartada a comercialização de apólices coletivas para clientes empresariais. Isso porque além de explorar o potencial de venda cruzada de produtos para os clientes do banco, os planos de aposentadoria, segundo o executivo, devem contribuir para fidelizar o público de grandes investidores da instituição. O BTG tem hoje R$ 65,5 bilhões em patrimônio sob gestão (WuM) na área de wealth management.

"Temos uma estrutura que trabalha muito integrada no banco, um diferencial competitivo enorme. Quando eu cheguei no BTG, encontrei o André Esteves obcecado por cross selling (venda cruzada de produtos). Queremos aproveitar a sinergia que existe no BTG para a operação de seguros", afirma o executivo. Em infraestrutura, a seguradora do BTG Pactual opera nos segmentos de seguro garantia a projetos de engenharia, petróleo (offshore e onshore) e responsabilidade civil em obras.

Sobre uma possível abertura de capital da operação de seguros do BTG, Gregori diz que o banco já é uma companhia listada e que hoje não necessita de capitalização ou de sócios para reforçar sua estratégia no ramo. A seguradora conta com aproximadamente R$ 50 milhões em capital. Já a resseguradora do BTG foi capitalizada no fim de 2013 e agora soma R$ 400 milhões. Segundo Gregori, o banco deve fazer novas capitalizações, embora não cite valores, uma vez que a companhia dá capacidade à instituição para expandir seu portfólio e o número de negócios.

Em resseguros, o BTG ainda tem participação no IRB Brasil Re. Sua fatia está em torno de 4%. No final do ano, o banco adquiriu ações do ressegurador em poder da Aliança da Bahia e considera aumentar a fatia se oportuno. O investimento faz sentido, conforme o executivo, pois o IRB além de ser um dos maiores parceiros do BTG pode ser uma mola propulsora de negócios para o banco aqui e fora do Brasil, como na África, onde a companhia tem reforçado sua operação. Além do banco, o ressegurador tem entre seus acionistas a BB Seguridade, Bradesco, Itaú, Fazenda e um fundo da Caixa Barcelona.

"A nossa estratégia no IRB é muito mais de investimento. Estamos olhando. Se surgirem oportunidades de sócios vendendo participação no ressegurador, nós olhamos", conclui Gregori.

O BTG Pactual e o Bradesco planejam expandir significantemente seus negócios de gestão de ativos na Europa e nos Estados Unidos, segundo informações do "Financial Times".

De acordo com um reportagem do jornal, o BTG Pactual planeja contratar 20 funcionários de gestão de fundos para seu escritório em Londres em 2014. "O banco, que atualmente tem uma equipe de 150 pessoas em gestão de ativo em Londres, também tem planos de colocar um número semelhante de funcionários no seu escritório em Nova York, e está considerando lançar um fundo de hedge de commodities", disse o FT.

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O Bradesco Asset Management, por sua vez, planeja desenvolver uma estratégia de bônus em moeda forte da América Latina para os investidores internacionais. O banco também está em processo de registrar cinco fundos já disponíveis em Portugal, Espanha, França, Itália e Reino Unido na Suíça.

Segundo Luiz Filho, chefe de desenvolvimento de negócios globais do Bradesco, citado na matéria, a instituição registrará três fundos adicionais no mercado dos EUA, com o objetivo de aumentar os ativos internacionais do Bradesco sob sua gestão de US$ 1 bilhão para mais de US$ 6 bilhões.

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