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O mercado financeiro reduziu a expectativa de inflação do país em 2022. No boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (12), o mercado espera que o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 5,79% frente aos 5,92% previstos na semana anterior. Para 2023, a pesquisa manteve a expectativa de inflação em 5,08%, a mesma prevista na semana passada.  

O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5%, para 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. A previsão para o crescimento econômico do país também se manteve, em relação à pesquisa anterior. Segundo o Focus, o PIB brasileiro deve ser de 3,05% em 2022, enquanto em 2023, o crescimento previsto é de 0,75%, também o mesmo valor esperado na última pesquisa. O levantamento do Banco Central (BC) reúne semanalmente perspectivas dos principais indicadores econômicos calculados pelas maiores instituições do país.  

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Após registrar alta há quatro semanas, a taxa de câmbio (relação entre moedas de dois países que resulta no preço de uma delas, medido em relação à outra) prevista para o dólar 2022 permaneceu em R$5,25, o mesmo valor projetado na semana anterior. Para 2023, o câmbio também permaneceu estável, no mesmo valor previsto para 2022. A Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, também permaneceu estável, em 13,75%. A Selic foi mantida no mesmo patamar pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na última reunião, na semana passada. Para 2023, o mercado espera uma estabilidade da Selic, em 11,75%. 

 Veja as principais previsões desta semana:  

Alta do IPCA de 5,79% em 2022, frente 5,92% na semana anterior; 

Alta do IPCA de 5,08% em 2023, frente 5,08% na semana anterior; 

Selic em 11,75% no final de 2023, ante 11,75% na semana anterior; 

Crescimento do PIB em 2022 de 3,05%, ante 3,05% na semana anterior; 

Crescimento do PIB em 2023 de 0,75%, ante 0,75% na semana anterior; 

Taxa de câmbio de R$5,25 no final de 2022, contra R$5,25 na semana anterior; 

Taxa de câmbio de R$5,25 no final de 2023, contra R$5,25 na semana anterior; 

IPCA em 5,24% nos próximos 12 meses, frente a 5,28% uma semana antes. 

O cenário da moeda norte-americana em 2022 e 2023 completou a 14ª semana seguida sem alterações no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 31, pelo Banco Central (BC). A estimativa para o câmbio este ano continuou em R$ 5,20, mesmo valor de um mês antes. Para 2023, também permaneceu em R$ 5,20, repetindo a estimativa de quatro semanas atrás.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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Uma influenciadora tailandesa, identificada como Natthamon Khongchak, está sendo procurada pela polícia de seu país após enganar milhares de seguidores e aplicar um golpe de mais de 2 bilhões de baths tailandeses, ou R$ 283 milhões na conversão direta. 

Com 311 mil seguidores apenas no Instagram, onde ela posta vídeos dançando e cantando, Nutty, como é chamada nas redes sociais, também anunciava cursos de uma empresa que atuaria no mercado de câmbio. Ela postou vários gráficos alegando se tratar de lucros que obteve investindo no curso, na tentativa de instigar que seus seguidores injetassem dinheiro naquilo que não imaginavam se tratar de um golpe.

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Segundo a mídia local, mais de seis mil seguidores acreditaram nas informações da digital influencer e investiram dinheiro com a promessa de que receberiam retorno de até 35% em poucos meses. Mas nada ocorreu como prometido.

Em maio deste ano, em sua última publicação no feed, Natthamon revelou que teria sido vítima de um golpe e que a sua conta havia sido bloqueada pelos corretores. No entanto, ela havia prometido que iria reembolsar as pessoas lesadas. 

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A polícia Tailandesa especializada em golpes online emitiu um mandado de prisão contra a influenciadora. Cerca de 102 pessoas já procuraram as autoridades para relatar o golpe. A imprensa local especula que a suspeita tenha fugido do país. Por outro lado, o site Bloomberg informou que os registros de imigração mostram que ela não deixou a Tailândia. 

Em um cenário de desvalorização do peso argentino, o real - mesmo mais fraco perante o dólar - ganhou poder de compra no país vizinho. De olho nessa vantagem cambial, o turismo para a Argentina está ganhando força entre os brasileiros. Segundo o Inprotur, órgão que regula o setor de turismo no país, as companhias aéreas oferecem atualmente 162 voos semanais entre destinos brasileiros e a Argentina. Até dezembro, no entanto, o Inprotur estima que esse número vá crescer 32%, chegando a 214 trechos semanais.

Esse aumento na oferta vem para atender a uma demanda aquecida. Um levantamento do site Decolar mostra que, desde a abertura das fronteiras para receber visitantes, em outubro de 2021, houve um aumento de 200% nas buscas por pacotes de viagem para a Argentina. Segundo a empresa, as cidades mais procuradas são Buenos Aires, Bariloche, Mendoza, Ushuaia e Córdoba.

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A Aerolíneas Argentinas é responsável por quase metade dos voos entre Argentina e Brasil - ao todo, são 72 frequências fixas para seis destinos dentro do Brasil, entre eles São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. E há vários dados que sustentam a tendência de que há espaço para ampliar a oferta de trechos para a Argentina.

A Gol também prepara um aumento no número de frequências para a Argentina ainda este ano. Hoje a aérea opera 27 voos para o país, seu principal destino na América Latina.

A partir de agosto, a empresa passa a oferecer mais um voo semanal saindo de Fortaleza. Em novembro, serão retomadas as viagens para Córdoba e Rosário com saída dos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio. No fim do ano, em dezembro, será a vez das capitais Natal, Maceió, Recife e Salvador passarem a ter voos semanais, de ida e volta, para Buenos Aires.

Ainda na Gol, o interesse pelas viagens nos dois países motivou uma parceria com a empresa local Aerolíneas Argentinas. Juntas, as companhias decidiram criar uma "ponte aérea" do aeroporto de Guarulhos e o Aeroparque, em Buenos Aires, compartilhando oito voos diretos semanais.

No caso da Latam, as compras de passagens para a Argentina cresceram 50% do primeiro para o segundo trimestre de 2022. Na companhia, o país vizinho se mantém, há anos, como o principal destino internacional procurado pelos brasileiros.

Atualmente a Latam opera 29 voos semanais para a Argentina, sendo 25 para Buenos Aires e 4 para Mendoza. Diretora de vendas e marketing da Latam Brasil, Aline Mafra diz que a empresa acompanha de perto o aumento na demanda para o destino e vê oportunidades para futuras alocações de frota. "Nossa expectativa é de crescimento sustentável em relação à Argentina."

FALTA DE VOOS

O vice-presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, Fabiano Camargo, afirma que a procura por viagens para a Argentina se acentuou no segundo trimestre do ano, impulsionada pelo turismo de inverno. Para Camargo, a manutenção deste crescimento, porém, exige uma maior disponibilidade de frequências aéreas, ainda hoje inferior aos patamares pré-pandemia. "Esse é um movimento que veio para ficar. A nossa perspectiva é de crescimento, mas depende das companhias", avalia.

Diante da oferta menor de voos, a CVC optou por fretar um avião para os pacotes com destino a Bariloche. Segundo o diretor de produtos internacionais, Cristiano Placeres, a empresa aposta também na oferta de destinos menos conhecidos, como Salta, e cidades com foco no enoturismo. "A Argentina sempre foi um destino charmoso para o brasileiro. Nós estamos de olho no turista que busca viagens para áreas famosas pela produção de vinhos e restaurantes", diz o executivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC), trouxe manutenção no cenário da moeda norte-americana em 2022. A estimativa para o câmbio continuou em R$ 5,60, de R$ 5,57 há quatro semanas.

Para 2023, passou de R$ 5,45 para R$ 5,46, ante R$ 5,40 de um mês antes. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

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O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (22)pelo Banco Central (BC), trouxe manutenção no cenário da moeda norte-americana em 2021 e 2022. A mediana das expectativas para o câmbio no fim de período este ano permaneceu em R$ 5,50, ante R$ 5,45 de um mês atrás.

Para 2022, a estimativa para o câmbio também ficou em R$ 5,50, de R$ 5,45 há quatro semanas.

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A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano.

A mudança foi anunciada em janeiro pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

Nesta quarta-feira (22), a Polícia Federal cumpre nove mandados de busca e apreensão para investigar a atuação de doleiros em Pernambuco. Em 10 anos, a organização criminosa movimentou R$ 250 milhões no Brasil, mas também operava nos Estados Unidos (EUA). O grupo é suspeito de cometer os crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e manutenção de instituição financeira.

As ordens judiciais são cumpridas em empresas e nas residências dos suspeitos. A Justiça Federal também decretou o sequestro de quatro apartamentos em Piedade, no município de Jaboatão dos Guararapes, e o bloqueio de contas de empresas. Além da capital pernambucana, a Operação Amphis também tem como ambiente operacional Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Iguaba Grande, no Rio de Janeiro.

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A Polícia explica que os mandados de busca e apreensão têm como alvo operadores financeiros que atuam no Brasil e nos EUA, e auxiliavam doleiros com transações bancárias irregulares. Também é apurada a sociedade desses doleiros com empresários pernambucanos da área de factoring.

As medidas de sequestro de bens são contra um casal de doleiros que possuiu casas de câmbio no Recife, em Porto de Galinhas e Ipojuca. Eles têm negócios semelhantes na Flórida, onde disponibilizam remessas de valores do Brasil para os EUA e vice-versa. Mesmo autorizados a realizar operações de câmbio, muitas vezes os suspeitos enviavam remessas clandestinas em nome de laranjas e empresas fantasmas.

Caso os suspeitos sejam condenados, as penas somadas podem atingir até 26 anos de reclusão.

O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2021. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do período seguiu em R$ 5,10, ante R$ 5,30 de um mês atrás.

Para 2022, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 5,20, ante R$ 5,30 de quatro pesquisas atrás.

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A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano.

A mudança foi anunciada em janeiro pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

A Câmara finalizou a votação das novas regras para o mercado de câmbio no Brasil e o texto segue agora para o Senado. Os deputados terminaram de votar na noite dessa quarta-feira (10) os destaques - pedidos de alteração ao texto-base aprovado em 22 de dezembro. Nenhuma medida foi aprovada.

Encaminhado pelo Executivo em 2019, o projeto estabelece bases para que remessas de dólares entre Brasil e outros países sejam facilitadas. O texto abre caminho para pessoas físicas terem contas em moeda estrangeira no Brasil.

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De acordo com o Banco Central, a medida vai instituir um novo marco legal, mais moderno, mais conciso e juridicamente seguro para o mercado de câmbio e de capitais estrangeiros no Brasil e brasileiros no exterior.

O bitcoin, considerado a principal criptomoeda do mercado, ultrapassou a marca dos US$ 30 mil pela primeira vez neste sábado (2). Há pouco, cada bitcoin tinha preço equivalente a US$ 33.004, uma alta de 12,8% em relação ao fechamento mais recente.

A alta estende um rali que, no ano de 2020, levou o bitcoin a superar as marcas históricas de 2017, ano em que chegou a encostar na casa dos US$ 20 mil. Em dezembro de 2020, o criptoativo ultrapassou este preço pela primeira vez na história, e seguiu em alta desde então.

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Com a forte tomada de risco nos mercados globais a partir de novembro, com a confirmação da eleição de Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos e os resultados dos testes de fase 3 de diferentes vacinas contra a covid-19, o bitcoin foi favorecido por um fluxo de compra.

Adicionalmente, boa parte da alta veio, de acordo com especialistas, da entrada de novos investidores individuais nos mercados internacionais. A criptomoeda encerrou dezembro com preços pouco acima dos US$ 29 mil.

Policiais federais e membros do Ministério Público Federal cumprem hoje (10), em São Paulo, nove mandados de busca e apreensão contra suspeitos de operações ilegais de câmbio. A operação 'Clãdestino' é um desdobramento das operações Eficiência (desencadeada em 2017) e Câmbio, Desligo (em 2018).

As duas operações investigaram a existência de um esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, obtido em esquemas de corrupção no governo fluminense durante o governo de Sérgio Cabral.

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Segundo a Polícia Federal, a operação de hoje tem o objetivo de reunir provas sobre membros de uma mesma família, que atuavam como uma organização criminosa voltada para a prática de operações ilegais de câmbio.

Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Num dia marcado pelos ânimos com a corrida eleitoral norte-americana e pela aprovação do projeto de lei de autonomia do Banco Central (BC), o dólar teve a maior queda diária desde agosto. A bolsa de valores seguiu o mercado norte-americano e subiu quase 2%.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (4) vendido a R$ 5,657, com recuo de R$ 0,109 (-1,89%). Essa foi a maior queda para um dia desde 28 de agosto, quando a cotação caiu 2,93%. A divisa está no valor mais baixo desde 26 de outubro, quando tinha fechado vendida a R$ 5,612.

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No mercado de ações, a bolsa teve um dia de euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou a quarta-feira aos 97.867 pontos, com alta de 1,97%. O indicador seguiu Wall Street, onde o índice Dow Jones (das empresas industriais) subiu 1,34%, o S&P 500 ganhou 2,20%, e o Nasdaq (das empresas tecnológicas) valorizou-se 3,85%.

O mercado norte-americano teve um dia de fortes ganhos após as apurações mostrarem que o candidato Joe Biden estava numa situação mais favorável na manhã de hoje do que na noite de ontem. Tanto o presidente Donald Trump quanto Biden têm a possibilidade de alcançar os 270 votos necessários do Colégio Eleitoral para vencer a corrida, à medida que alguns estados continuam contabilizando as cédulas recebidas pelo correio.

No mercado interno, a aprovação pelo Senado do projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central no fim da noite de ontem, foi bem recebida pelos investidores. Para instituições financeiras, a proposta diminui a interferência político-partidária na gestão da política monetária.

* Com informações da Reuters

A disparada do câmbio ao longo deste ano tem levado varejistas que trabalham com itens importados a fazer uma verdadeira ginástica para não perder vendas por conta da alta de preços. A conta tem sido sempre a mesma: é melhor abrir mão da margem de lucro do que ver o cliente, cada vez menos disposto a gastar, deixar de comprar.

No braço de importações do grupo St Marche, que abastece o mercado gourmet Empório Santa Maria e as lojas da rede de supermercados St Marche, por exemplo, a estratégia foi renegociar preços com fornecedores estrangeiros de vinhos e alimentos para conseguir atenuar o impacto da alta do dólar no bolso do consumidor.

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"Conseguimos renegociar descontos entre 15% e 20% e, em alguns casos, baixamos a nossa margem", conta Bernardo Ouro, responsável pelo Empório Santa Maria. A importação própria do grupo responde por cerca de 5% dos volumes vendidos nas lojas. Com esses descontos, Ouro diz que conseguiu manter os preços da maioria dos itens importados pela própria empresa no patamar de antes da pandemia, quando o dólar estava cotado a R$ 4,20.

Já nos itens estrangeiros que o grupo compra de importadoras - que representa 15% dos produtos da loja - a manutenção de preços não foi possível.

As importadoras renegociaram com fornecedores estrangeiros, mas aumentaram os preços em reais desses itens entre 15% e 25%, em média. "Na grande maioria dos produtos, não houve aumentos de 40%", pondera o empresário. Esse porcentual equivale ao repasse integral da alta do câmbio.

Apesar das pressões de custos provocada pela alta do câmbio, Ouro está confiante no bom desempenho de vendas do Natal. Ampliou em 50% os volumes que importa por conta própria de vinhos, massas e azeites, na comparação com o ano passado. "As pessoas vão viajar menos este ano e celebrar o Natal em casa. Acreditamos que a venda de comida e bebida será muito forte", conta ele.

Cliente de uma importadora de vinhos e azeites em Porto Alegre há mais de três décadas, o dono de restaurante Aguinaldo Barcelos, de 45 anos, diz que o dólar alto assusta na hora de planejar as compras do mês, sobretudo em um momento em que o horário de atendimento de seu estabelecimento ainda não foi normalizado após o relaxamento do isolamento social.

"Manter um negócio não é um processo barato. Nunca sobrou muito dinheiro, mas os últimos meses foram ainda mais difíceis para quem depende de movimento. Os clientes ainda não voltaram totalmente e precisamos pensar duas vezes antes de cada despesa."

Ele conta que conseguiu negociar um aumento menor nas compras de vinhos e de azeite. Sabe que o fornecedor também teve de reduzir sua margem de lucro, mas que todos acabam fazendo sacrifícios em momentos de crise, como o de agora. "O raciocínio dele é o mesmo que eu tenho: se repasso tudo, fico sem vender. É melhor perder um pouco."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A disparada do câmbio, em um cenário de fraqueza do mercado de trabalho e queda da renda dos brasileiros, pode tirar até R$ 1,8 bilhão das vendas de Natal deste ano. Se a projeção de retração, de 3% a 5% do volume de vendas, se confirmar, será a primeira queda em quatro anos na data mais importante do varejo, aponta a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, acompanha o desempenho do câmbio e das vendas de Natal desde 2009. Ele lembra que, em anos de forte desvalorização do real, o comércio sente o baque. "O câmbio por si só não explica como vai ser Natal, mas que ele atrapalha quando há uma desvalorização forte do real, como a que temos hoje, não há dúvida."

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Em 12 meses até setembro, o dólar subiu mais de 35% ante o real. O impacto da alta da moeda americana no varejo ocorre por meio da elevação dos preços ao consumidor. O dólar alto pressiona custos de insumos, componentes e matérias-primas. Essa pressão ocorre especialmente agora, após a freada abrupta que houve no segundo trimestre pela pandemia da covid-19, com a atividade econômica está sendo retomada.

O repasse de custos para o varejo já aparece em vários produtos, embora não seja generalizado a ponto de colocar a inflação em risco. Neste ano até agosto, o preço ao consumidor da TV e do computador pessoal, por exemplo, já subiu 11,58% e 16,9%, respectivamente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses itens levam muitos componentes importados.

Outros, como tinta de parede, que ficou 5,77% mais cara no mesmo período, pneu (5,5%) e tecidos (2,95%) têm forte relação com matérias-primas cotadas em dólar no mercado internacional - como derivados de petróleo, borracha e algodão.

O economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz ressalta que o Natal deste ano será mais magro, além do câmbio, pela queda na renda do consumidor. "A crise vai limitar a compra de bens duráveis. Na época do ano mais esperada pelo comércio, os produtos estão mais caros e o consumidor, com menos recursos. Celulares e computadores também subiram de preço pelo aumento da demanda com o home office."

Novo normal

"A variação cambial é uma dor de cabeça", admite José Jorge do Nascimento, presidente da Eletros (que reúne os fabricantes de eletrodomésticos e eletroeletrônicos). Ele lembra que os eletrônicos levam componentes importados e eletrodomésticos e eletroportáteis têm aço e plásticos, cujos preços subiram, em média, 20%. Ele diz que a maioria dos fabricantes tem de repassar a alta para o preço. "Integralmente não, absorvemos uma parte."

O economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin, lembra que a alta dos custos na indústria também ocorrem por que os diferentes segmentos terem voltando em ritmo irregular. "Como a indústria tem absorvido parte do aumento de custos, houve redução da margem de lucro. O risco é de uma alta do endividamento das empresas."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Recorde atrás de recorde. O preço do dólar atingiu mais uma marca inédita na manhã desta quinta (12), cotado a R$ 5,01. O Banco Central agiu e fez um leilão de cerca de US$ 2,5 bilhões, fazendo o preço cair para R$ 4,959.

A depreciação cambial do real ocorre em meio ao cenário de incertezas causado pela pandemia de Covid-19, o novo coronavírus. A situação ficou ainda pior após Donald Trump proibir voos da Europa para os Estados Unidos.

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a pedir desculpas para as empregadas domésticas por suas recentes declarações, mas questionou "qual o problema" de fazer uma referência como essa. Na semana passada, Guedes falou que, na época do dólar mais baixo, "havia empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma festa danada".

"Quando fazemos política econômica, estamos pensando em todos os brasileiros, particularmente os mais humildes. E aquele modelo antigo transformava os empresários em rentistas. Em vez de fazerem investimentos, criarem empregos, rentistas. E justamente as famílias mais humildes - empregadas domésticas inclusive, a quem eu peço desculpas se puder ter ofendido... a mãe do meu pai foi uma empregada doméstica", disse o ministro, durante cerimônia de lançamento da nova linha de crédito imobiliário da Caixa.

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E emendou: "Qual o problema de você fazer uma referência como essa, mostrando que os preços estão empurrando a população em direções equivocadas?"

Guedes reforçou que o Brasil está "cheio de belezas naturais e as pessoas pensando em não viajar para o Nordeste" e disse que as pessoas tiraram suas declarações do contexto. "Por exemplo, por que está 50% mais caro ir para o Nordeste brasileiro que ir para o exterior? Quem tira de contexto o que nós falamos está semeando discórdia, divisão entre os brasileiros em um momento que estamos incluindo milhões de brasileiros no financiamento da Caixa Econômica ao mesmo tempo que estamos desestatizando o mercado de crédito."

Expectativas econômicas

Sobre as expectativas para o segundo ano de governo, Guedes falou que sua equipe continua "com o ritmo das reformas" e que, com isso, o País vai crescer 2%, e assim por diante. "Estamos recuperando a dinâmica de crescimento do País. Não precisamos temer a turbulência internacional. Evidente que há sempre efeitos, mas o Brasil sempre teve sua própria dinâmica de crescimento, é um país continental. É perfeitamente possível o mundo desacelerar, e isso está contratado, o mundo está em desaceleração sincronizada, está descendo, a América Latina está estagnada, e o Brasil vai decolar. O Brasil pode crescer porque tem uma dinâmica própria de crescimento."

O ministro também disse que "é absolutamente natural que o juro de equilíbrio desça e que o câmbio de equilíbrio suba um pouco". "O câmbio é flutuante, o Banco Central opera isso. Mas o patamar é inquestionavelmente mais alto."

Congresso

Guedes também afirmou que o Congresso "não precisa pisar no pé" do governo para conseguir entrar no Orçamento. Ele disse que há uma "disputa" e uma "ferocidade" em torno de 4% dos recursos públicos.

"É normal que o Congresso queira entrar no orçamento, mas, pera aí, não precisa pisar no nosso pé. Tem um orçamento de R$ 1,5 trilhão, por que vamos brigar por causa de R$ 10 bi, R$ 15 bi ou R$ 20 bi? Tem R$ 1,5 trilhão, basta descarimbar, vamos fazer o pacto federativo", declarou o ministro.

Guedes defendeu que o Novo Pacto Federativo é "justamente um convite à classe política a assumir os orçamentos públicos".

Em sua fala, também defendeu a aprovação das reformas. "Porque hoje o Brasil é gerido por um software, tem um dinheirinho carimbado, girando, 97%. E essa disputa e essa ferocidade toda que nós observamos, é em torno de 3% ou 4% do orçamento, porque o resto é carimbado. Então, façamos as reformas, aí temos 100% do orçamento para discutir e construir juntos - Congresso, Presidência - o futuro do Brasil discutindo o mérito das despesas."

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se nesta sexta-feira, 14, com empresários do Grupo GRI, que reúne líderes dos setores imobiliário e de infraestrutura, em um hotel na zona sul do Rio. De frente para a praia de Copacabana, por duas horas, segundo fontes presentes ao evento, Guedes fez uma dissertação otimista sobre os rumos da economia brasileira, mas teve que se explicar sobre as últimas declarações polêmicas, principalmente a mais recente, que afetou a cotação do dólar.

De acordo com três executivos ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na saída da reunião, Guedes explicou, ao ser perguntado, que não teve a intenção de ofender ninguém ao dizer que "até as domésticas iam para a Disneylândia, uma festa" com o dólar baixo.

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Ele argumentou que, como professor, costuma dar exemplos para ilustrar o que fala, e que não houve intenção pejorativa ao comemorar o patamar alto do dólar, considerado positivo pelo ministro.

A declaração de Guedes, feita na quarta-feira, seguiu-se a outra, da última sexta-feira, quando chamou os servidores públicos de "parasitas" que estariam matando o "hospedeiro".

Reformas

Guedes traçou na reunião um panorama de crescimento e reformas para o Brasil, segundo as fontes, e não trouxe nenhuma novidade.

Reiterou a necessidade da reforma tributária, mas não tocou na reforma administrativa.

Ele voltou a falar da necessidade de privatizar a Eletrobras, pela falta de capacidade atual de investimentos da empresa, mas não deu uma data sobre as expectativas do governo para a venda.

Ainda segundo as fontes, ele teria elogiado a aprovação de novas regras para a distribuição de gás no Rio, e disse que aguarda que outros Estados sigam o mesmo exemplo para tentar reduzir as tarifas de energia do País.

O ministro disse ainda que os royalties que o Rio receberá da produção de petróleo e gás natural vão recuperar a economia do Estado nos próximos quatro, cinco anos, mas não comentou se esse ano haverá leilão de petróleo do pré-sal, região com maior volume de produção e, portanto, a que mais arrecada para os governos.

Guedes, ao contrário dos empresários que participaram do evento, entrou e saiu pela garagem do hotel e não conversou com a imprensa.

A declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a cotação baixa do dólar ante o real não é boa pois até "empregada doméstica estava indo pra Disneylândia" repercutiu entre deputados e lideranças da oposição, o que fez o nome do ministro liderar os trending topics do Twitter na manhã desta quinta-feira, 13.

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva esteve entre os que criticaram Guedes nas redes sociais. Segundo ele, o ministro faz parte de um grupo de pessoas que "não suporta nem a ascensão social dos mais pobres, nem o desenvolvimento soberano do Brasil", se referindo aos membros do governo Bolsonaro.

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Na mesma linha de Lula, se manifestaram correligionários do ex-presidente como os parlamentares Erika Kokay (DF), Paulo Pimenta (RS) e Alexandre Padilha (SP).

Do Congresso, o deputado do PSOL eleito pelo Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, gravou um vídeo na noite da quarta-feira, 12, em que chamou Guedes de "parasita".

Segundo ele, a fala do ministro representa um "pensamento de dono de escravos, elitista e covarde".

Na manhã desta quinta, ele ainda tuitou que "Paulo Guedes está numa disputa acirrada com Weintraub pelo título de ministro mais nojento deste governo de parasitas".

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) concordou com Freixo ao afirmar que a fala de Guedes "revela seu preconceito, racismo e sua visão de senhor da senzala".

Dentre os membros do governo, o único que prestou apoio ao ministro da Economia foi o titular da pasta de Meio Ambiente, Ricardo Salles. "Meu carinho, admiração, respeito e incondicional apoio ao amigo e Ministro Paulo Guedes. Melhor ministro da economia do mundo. Pessoa séria, espontânea e que por sua pureza de caráter ainda não compreendeu que tudo que disser será distorcido e maliciosamente manipulado", escreveu Salles, sem explicar qual aspecto da fala de Guedes foi distorcida.

Após alta recorde do dólar, o presidente Jair Bolsonaro avaliou que o preço da moeda está "um pouquinho alto". Ele não quis comentar a declaração polêmica do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o dólar mais baixo permitia a empregadas irem à Disney e virou "uma festa danada".

"Pergunta para quem falou isso. Eu respondo pelos meus atos", disse Bolsonaro nesta quinta-feira, 13, ao ser questionado sobre a fala de Guedes por jornalistas na saída do Palácio da Alvorada. "Respondo pelos meus atos", insistiu diante de novos questionamentos sobre o que achou da declaração.

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Bolsonaro disse que costuma conversar com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para saber o motivo da alta do dólar, mas que não interfere diretamente nas decisões da área econômica. O presidente considera que o valor de R$ 4,35 do dólar, que marcou a quarta alta consecutiva, está "um pouquinho alto".

"De vez em quando eu converso com o Roberto Campos (Neto). Vocês sabem que eu entendo para burro de economia, sabem disso. E está dando certo a economia por causa disso, porque eu não interfiro. Por exemplo, quando acaba a reunião do Copom, quando decide 4,25 (%), daí eu converso: 'Roberto, o que aconteceu?'. Apenas depois que aconteceu. Eu, como cidadão, está um pouquinho alto, está um pouquinho alto o dólar", declarou o presidente.

Empregadas na Disney

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quarta-feira o atual patamar da taxa de câmbio e afirmou que "não tem negócio de câmbio a R$ 1,80", o que estaria desincentivando até mesmo o turismo interno.

"Todo mundo indo pra Disneylândia. Empregada doméstica indo pra Disneylândia. Uma festa danada. Peraí. Vai passear ali em Foz de Iguaçu, vai passear ali no Nordeste, cheio de praia bonita. Vai pra Cachoeiro de Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu. Vai passear no Brasil, vai conhecer o Brasil, que tá cheio de coisa bonita pra ver", afirmou Guedes, em palestra no evento realizado em Brasília no final da tarde.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quarta-feira o atual patamar da taxa de câmbio e afirmou que "não tem negócio de câmbio a R$ 1,80", o que estaria desincentivando até mesmo o turismo interno. "Todo mundo indo pra Disneylândia. Empregada doméstica indo pra Disneylândia. Uma festa danada. Peraí. Vai passear ali em Foz de Iguaçu, vai passear ali no Nordeste, cheio de praia bonita. Vai pra Cachoeiro de Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu. Vai passear no Brasil, vai conhecer o Brasil, que tá cheio de coisa bonita pra ver", afirmou Guedes, em palestra no evento realizado em Brasília no final da tarde desta quarta-feira, 12.

O ministro, que recentemente se envolveu em polêmica ao comparar a categoria de servidores a "parasitas", tentou depois minimizar a afirmação, dizendo que o câmbio mais baixo estaria permitindo todo mundo ir para a Disney, até as classes mais baixas. "Todo mundo tem que ir para Disneylândia conhecer Walt Disney. Mas não ir três, quatro vezes ao ano, até porque o dólar a R$ 1,80, tinha gente indo quatro vezes ao ano. Vai aqui para Foz do Iguaçu, Chapada da Diamantina, conhece um pouco do Brasil, conhece a selva amazônica e, da quarta vez, conhece a Disneylândia. Então, é só isso que digo. Mudamos o mix", tentou corrigir.

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Na avaliação do ministro, uma taxa de câmbio mais alta é "boa para todo mundo". Ele mais uma vez citou a mudança de mix entre câmbio e juros no País. "É melhor termos juros a 4% e câmbio a R$ 4,00, do que câmbio a R$ 1,80 e juros de 14%, nas alturas", repetiu. "O câmbio não está nervoso, mudou para R$ 4,00. O modelo não é juro na lua e câmbio baixo, desindustrializando o Brasil", acrescentou.

Segundo dados da PNAD Contínua do IBGE, o País tinha até novembro de 2019 6,356 milhões de trabalhadores domésticos. O rendimento médio mensal da categoria era de R$ 897,00 no mesmo período, cerca de US$ 206,00 pelo fechamento da moeda norte-americana nesta quarta-feira.

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