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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump lançou neste sábado sua campanha eleitoral em Iowa, com comícios nos quais prometeu “vencer pela terceira vez”, três anos depois de seus apoiadores terem invadido o Capitólio, em Washington.

O pequeno estado do centro-oeste americano fará assembleias eleitorais na próxima segunda-feira, o que dará início às primárias republicanas para as eleições de novembro.

O líder republicano busca retornar à Casa Branca em 20 de janeiro de 2025, apesar de enfrentar processos na justiça. Em discurso de duas horas para apoiadores na localidade de Newton, Trump não se aprofundou nos acontecimentos de 6 de janeiro de 2021, mas descreveu os presos por envolvimento nos fatos como “reféns” e prometeu que, se for reeleito, concederá muitos indultos.

Trump debochou do atual presidente, Joe Biden, seu provável rival nas eleições de novembro, e disse que o democrata foi responsável pelo declínio econômico do país, alimentou o caos nas fronteiras e não conseguiu impedir a invasão russa à Ucrânia.

O ex-presidente republicano alertou para a Terceira Guerra Mundial se Biden for reeleito, acrescentando: “Esta é a nossa última oportunidade de salvar os Estados Unidos."

Sem nunca ter deixado de lado a narrativa de que venceu as eleições de 2020, Trump declarou que vencerá "pela terceira vez" em novembro.

Biden, que criticou duramente Trump em discurso pronunciado ontem, não tem nenhum ato público programado para este fim de semana, segundo a Casa Branca.

- Pesquisas favoráveis -

Apesar de seus reveses nos tribunais e do risco de ser preso por suas tentativas de reverter os resultados das eleições presidenciais de novembro de 2020, as pesquisas atribuem a Trump 60% dos votos nas eleições internas republicanas, frente aos seus principais adversários.

O ex-presidente nega ter incitado seus apoiadores a atacar o Capitólio, embora ainda diga que as eleições de 2020 foram roubadas. Para determinar a responsabilidade e pressão que ele teria exercido para tentar reverter os resultados eleitorais, um julgamento criminal deve ter início em 4 de março, na capital americana.

A deputada Dani Portela (PSOL) compartilhou, nesta sexta-feira (15), em seu perfil oficial no Instagram, um momento de recordação que proporcionou ao deputado João Paulo (PT), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

A parlamentar comentou que encontrou um panfleto antigo, da primeira campanha do petista para deputado estadual, de meados da década de 1990, e decidiu oferecer como presente ao colega. 

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Imagem: Reprodução/redes sociais 

“Hoje trouxe pra dar de lembrança essa publicação feita à mão para a primeira campanha de deputado estadual de João Paulo. São muitos anos lutando por um estado melhor”, disse na publicação. 

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Durante a campanha eleitoral deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que não tinha "nada a ver" com o orçamento secreto, esquema de transferência de recursos públicos sem transparência a Estados e municípios em troca de apoio no Congresso revelado pelo Estadão. Entretanto, nesta quarta-feira (30), o chefe do Executivo mandou suspender o pagamento das emendas de relator - base do mecanismo - após seus aliados no Congresso, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), negociarem alianças com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PL).

Como mostrou o Estadão, a ordem no Palácio do Planalto é não pagar mais nada neste ano. Na prática, a medida deixa Lira sem capacidade de honrar os acordos feitos para bancar sua reeleição ao comando da Casa. Além disso, empurra para Lula o ônus de manter o esquema do toma lá, dá cá que condenou na campanha e liberar as verbas a partir de janeiro de 2023, se não quiser azedar sua relação com o Legislativo.

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O argumento oficial utilizado pelo Planalto para o fechamento da fonte do orçamento secreto foi a falta de recursos para outras áreas, com os sucessivos bloqueios que o governo precisou fazer para cumprir o teto de gastos, regra que atrela o crescimento das despesas à inflação.

Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, em 2021, Bolsonaro alegou que a mídia inventou que ele teria um orçamento secreto. Na época, ele também fez referência a uma outra investigação sobre compra de leite condensado pelo Executivo.

"Inventaram que eu tenho um orçamento secreto agora. Tenho um reservatório de leite condensado, 3 milhões de latas. Eles não têm o que falar. Como um orçamento foi aprovado, discutido por meses e agora apareceu R$ 3 bilhões? Só os canalhas do Estado de S. Paulo para escrever isso aí", disse.

Revelado pelo Estadão, o orçamento secreto foi criado pelo presidente e repassou ao relator do Orçamento a decisão sobre qual deputado ou senador poderia definir o que fazer com recursos do caixa federal. Até mesmo pessoas sem mandato foram contempladas. Nos últimos anos, recursos foram distribuídos sem critérios técnicos e abasteceram prefeituras de aliados que compraram de tratores a caminhões de lixo, sem necessidade e a preços superfaturados.

Posteriormente, já em campanha eleitoral, Bolsonaro alegou que não tinha relação com o mecanismo e que teria vetado, alegando culpabilidade do Congresso Nacional. "Pelo amor de Deus, para com isso. Orçamento secreto é uma decisão do Legislativo que eu vetei, depois derrubaram o veto. Quem recuou do veto? Ah, eu desvetei? Desconheço desvetar", disse.

Entretanto, como mostrou o Estadão, essa alegação é falsa. A primeira tentativa de viabilizar o orçamento secreto foi realmente do Congresso e Bolsonaro a vetou. O presidente, porém, recuou do próprio veto logo depois e encaminhou para o Congresso o texto que criou o orçamento secreto. O projeto é assinado por Bolsonaro e a exposição de motivos que o justifica leva a assinatura do general Luiz Eduardo Ramos. Todo esse processo está documentado.

Em outubro deste ano, ao ser questionado pelo Estadão sobre ter recuado do veto ao orçamento secreto, o chefe do Executivo alegou que não tinha "nada a ver com esse orçamento secreto". Entretanto, vale ressaltar que o orçamento secreto foi gestado dentro do Palácio do Planalto, no gabinete do então ministro da Secretaria de Governo, general Ramos, que, na época, era o responsável por fazer a ponte entre o governo e o Congresso.

Além disso, apesar de o presidente jogar a responsabilidade para o Congresso, todo o pagamento é controlado pelo governo, que escolhe quando pagar e qual parlamentar será beneficiado naquele momento, tanto que, agora, foi exatamente Bolsonaro quem bloqueou o pagamento de outros R$ 7,8 bilhões ainda previstos para este ano.

PT e orçamento secreto

Embora o Lula e o PT estejam negociando a manutenção das emendas de relator, o presidente eleito já condenou duramente o esquema, classificando-o como uma forma de "extorquir prefeitos e a população" e dizendo que o mecanismo "representa a submissão de Bolsonaro ao Congresso".

Agora, apesar das tratativas, Lula ainda conta com a decisão pendente do Supremo Tribunal Federal (STF) que deverá definir ou não a continuidade do mecanismo e o modelo de prestação de contas. Na prática, a ordem original da ministra Rosa Weber, que chegou a suspender o pagamento das emendas, não foi cumprida na íntegra pelo Congresso, e o tema está nas mãos do STF. A ordem de Rosa era a de dar total transparência ao processo.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) abriu prazo para que o senador eleito Sérgio Moro e seus suplentes, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, todos do União Brasil, prestem esclarecimentos sobre os gastos de campanha considerados irregulares pelo órgão.

De acordo com a intimação publicada no mural eletrônico do TRE-PR, a chapa tem até esta quinta-feira (10), para se manifestar a respeito do relatório de diligências realizado pelo tribunal e efetuar eventuais regularizações.

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O prazo para a prestação de contas das candidaturas parlamentares e das encerradas em primeiro turno se encerrou no último dia 1º de novembro e foi cumprido pela chapa de Moro. No entanto, as inconsistências verificadas na documentação obrigam a candidatura a retificar o processo.

Conforme a assessoria do ex-juiz, toda a documentação será juntada ao processo dentro do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral. "O TRE apresentou um relatório padrão de prestação de contas, o que é natural neste período, e a equipe jurídica já está em contato com a contabilidade da campanha. Existe um prazo de três dias para responder, data em que serão apresentados os documentos solicitados", informou Moro, por meio de nota.

O ex-juiz concorreu pela primeira vez a um cargo eletivo nas eleições deste ano. Depois de se apresentar como pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, Moro migrou para o União Brasil e se lançou candidato ao Senado pelo Paraná, saindo-se vitorioso nas urnas.

A cantora Claudia Leitte foi vaiada por parte do público durante apresentação no Micareta Salvador, nessa sexta-feira (4), em Salvador. A cantora teve o show interrompido pelo público com vaias e gritos em homenagem à eleição de Lula (PT). 

Nos últimos meses Claudia Leitte fez um posicionamento político alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda durante a campanha eleitoral. Ela nega ter se posicionado politicamente. 

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Na sexta-feira, quando Leitte cantava a música ‘Chame gente’, a plateia começou a gritar o tradicional coro em homenagem a Lula. Ela chegou a interromper a música e tentar conversar com os fãs, mas foi vaiada por parte deles. “Vocês estão na Micareta Salvador 2022, estamos na Bahia, e vivemos em uma democracia. Eu estou aqui para servi-los com todo amor. Que Deus guie nosso trio do início ao fim, com tudo o que vocês merecem”, disse, antes de ficar em silêncio enquanto o público protestava. 

O show logo foi retomado e o público voltou a se divertir ao som de Claudia Leitte. 

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Polêmicas

Claudia Leitte se envolveu em duas polêmicas durante a campanha eleitoral. Em setembro, ela publicou um vídeo com um abajur em formato de arma - postagem que foi apagada após repercussão negativa. Na imagem, o abajur está em cima de uma bíblia.

Seguidores da cantora e internautas associaram o vídeo a um posicionamento político dela em prol de Bolsonaro. Na ocasião, ela negou qualquer tipo de posicionamento. “Gente, os stories que postei não têm qualquer intenção política. O abajur que aparece no vídeo é uma peça de arte criada por um designer francês, que ganhei de presente há mais de 10 anos”, declarou. 

Já no mês de outubro, ela começou a seguir o cantor gospel André Valadão nas redes sociais, que é apoiador ferrenho de Bolsonaro. Então, parte do público voltou a associar um posicionamento político da cantora. 

A ação foi logo após uma publicação de Valadão afirmando ter sido intimado pelo TSE, que negou a existência da decisão. A publicação foi classificada como informação falsa pela rede social. 

A campanha eleitoral do ex-presidente Lula (PT) divulgou, nesta segunda-feira (17), a primeira inserção na propaganda eleitoral do rádio e da TV com a senadora Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições e declarou apoio ao petista. Na inserção, a senadora salientou estar com Lula “apesar das diferenças”.

“Em quatro anos de Bolsonaro a vida piorou: deboche com a pandemia, descaso com meio ambiente, um desastre na pandemia. 33 milhões de brasileiros passam fome. Quase 80% das famílias estão endividadas. O Brasil não aguenta mais Bolsonaro. Agora, podemos mudar. Por isso, estou com Lula. Apesar das diferenças, o que nos une é muito maior: a democracia e o futuro do nosso País”, destacou Tebet. Ela também levantou questões que eram suas principais pautas de campanha, como o endividamento das famílias brasileiras e a fome. 

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  Faltando três dias para as eleições, os candidatos ao governo de Pernambuco, cumpriram agenda em Recife e na região metropolitana (RMR), nesta quinta-feira (29). 

 A candidata que lidera as pesquisas, Marília Arraes (SD), arrastou milhares de pernambucanos pelo centro do Recife, onde caminhou ao lado do candidato ao Senado, André de Paula (PSD), e do seu vice Sebastião Oliveira (Avante). 

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 Eles saíram do Treze de maio pela rua do hospício, seguiram pelas avenidas conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto, até o ponto alto no Pátio do Carmo. 

Durante a caminhada, a candidata Arraes passou pelos mercados de Santa Rita e São José, onde falou com clientes e comerciantes sobre empreendedorismo. 

Raquel Lyra 

A candidata Raquel Lyra (PSDB), cumpriu agenda na Zona oeste do Recife, em Afogados e comunidade do coque, na área central do Recife. A candidata a vice-governadora, Priscila Krause (Avante), e o candidato ao Senado, Guilherme Coelho (PSDB), acompanharam a programação.   

No mercado de Afogados, a ex-prefeita apresentou suas propostas para os empreendedores, como o “Bora empreender”, é o “Facilita Pernambuco”. 

Miguel Coelho 

O candidato Miguel Coelho (União Brasil), visitou moradores de Jaboatão dos Guararapes, no fim da tarde, ao lado de apoiadores, que carregavam bandeiras e aguardavam para uma caminhada pelas ruas do bairro. Ele passou por casas da comunidade Alto do Cristo, no bairro de Cavaleiro. 

Durante a visita, Miguel prometeu investir em delegacias especializadas para combater a violência no estado. Além disso, também defendeu um trabalho de prevenção ao crime e à violência com políticas de inclusão social junto com as prefeituras. 

Anderson Ferreira 

O candidato ao governo, Anderson Ferreira (PL), cumpriu agenda em Paulista, onde caminhou pela avenida Lindolfo Collor, ao lado de seus apoiadores e outros candidatos do seu partido.   

Durante a caminhada, Anderson prometeu aumentar a quantidade de vagas em creches e investir na educação profissional dos jovens. 

Danilo Cabral 

O candidato Danilo Cabral (PSB), participou de uma carreata, em Camaragibe, ao lado da candidata ao senado Teresa Leitão (PT), do candidato a deputado federal, Pedro Campos (PSB), e demais figuras políticas.  

O desenho animado Peppa Pig "entrou" no meio da campanha eleitoral na Itália, que terá o pleito no próximo dia 25, após divulgar um episódio em que um dos personagens aparecia com duas mães.

Durante todo o fim de semana e nesta segunda-feira (12), o assunto entrou na pauta das principais lideranças do país.

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Tudo começou após o partido de extrema-direita Irmãos da Itália (FdI) se manifestar contrário ao desenho e pedindo uma censura para a divulgação do episódio na Itália via emissora "RAI", que detém os direitos de transmissão.

O FdI, de Giorgia Meloni, lidera as intenções de voto com cerca de 24% - conforme as últimas pesquisas eleitorais divulgadas na sexta-feira (9).

O diretor de cultura da sigla, Federico Mollicone, afirmou que era "inaceitável a escolha dos autores de inserir um personagem com duas mães". "Eu e Meloni estaremos sempre na linha de frente contra discriminações, mas não podemos aceitar a doutrinação de gênero", disse o representante.

"Peppa Pig é um desenho que atinge crianças de três anos, em média. São assuntos que deveriam ser lidados pelas famílias, sempre pensei assim e continuo pensando. Além disso, coloca-se em risco o fato de forçar conceitos para quem ainda não sabe metabolizá-los. Não são as famosas fobias que dizem por aí", disse Meloni durante um evento em Údine.

Após as falas, o secretário-geral do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, Enrico Letta, ironizou os comentários. A legenda aparece tecnicamente empatada com o FdI, em segundo lugar na corrida eleitoral.

"Eu queria falar de tudo na Itália, mas não de Peppa Pig. Infelizmente, a direita nos obriga a enfrentar esses temas porque com certas falas revelam uma visão da sociedade que demostra seu atraso e a sua incapacidade de entender as mudanças no país", afirmou durante um evento eleitoral em Gênova.

Nas redes sociais, Letta voltou a abordar o tema e lembrou que Meloni deu publicidade a um vídeo de uma mulher sendo estuprada - que depois foi removido pelo Twitter.

"Uma pergunta para Giorgia Meloni: enquanto Peppa Pig é censurada, o vídeo da mulher estuprada em Piacenza é divulgado sem limites?", pontuou.

O deputado Alessandro Zan, também do PD e autor de uma lei contra crimes de homofobia e transfobia que está bloqueada no Senado por conta da pressão dos partidos de direita e extrema-direita, também ironizou o FdI.

"Irmãos da Itália lança o alerta, um novo inimigo ameaça a nação: a Peppa Pig", escreveu nas suas redes sociais. 

Já o líder do ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, que faz parte da coligação de centro-direita que deve sair vencedora das eleições do dia 25, minimizou o assunto ao ser questionado em um evento político em Milão.

"Se eu precisar escolher entre Peppa Pig e o alto valor das contas, eu escolho as contas. Para mim, é prioritário controlar o preço das contas de luz e de gás porque muitos italianos não têm nem dinheiro para pagar a taxa da RAI que está atrelada à conta de energia. Mas, eu deixaria as crianças terem o direito de assistir desenhos animados e os contos de fada que se assistem há uma vida sem inovações que interessam mais os adultos do que as crianças", ressaltou.

Também parte da coligação, Silvio Berlusconi, do Força Itália, se manifestou nesta segunda-feira sobre a polêmica.

"Acho triste e também preocupante que se use um desenho animado para os mais pequenos para veicular uma visão ideológica da família e da sexualidade. Uma coisa é respeitar todos os estilos de vida e orientações afetivas, quem está em um estado liberal deve poder ter os mesmos direitos e dignidade. Uma outra coisa é condicionar as crianças", afirmou Berlusconi, dizendo que defende a "família natural".

Após a fala do ex-premiê, a senadora Monica Cirinnà, responsável nacional pelos Direitos do PD, fez críticas ao líder do FI.

"Hoje, também Berlusconi encontra tempo para criticar Peppa Pig e reforça que, para eles, a família é só uma. Com os imensos problemas que o país está enfrentando atualmente, do preço das contas à sombra da guerra, Berlusconi não tem nada melhor para fazer do que atacar famílias homoafetivas? E olha que, menos mal, o Força Itália é a força moderada da coalizão", ironizou a senadora. 

Da Ansa

A candidata a governadora, Raquel Lyra (PSDB), e sua vice, Priscila Krause (Cidadania) promoveram mais uma caminhada na Comunidade do Bode, no Bairro do Pina, zona Sul do Recife no sábado (10). Elas percorreram quase dois quilômetros das principais ruas da localidade junto com moradores de lá e seus apoiadores. 

Raquel retornou à comunidade, depois de três meses desde a sua última visita e falou sobre as principais propostas do seu Plano de Governo, frisando seu compromisso de combater a pobreza. “Eu quero governar para aqueles que nunca foram vistos. Temos um compromisso com cada lugar que a gente vai. Tudo que fazemos é para transformar de verdade, como em Caruaru, onde entreguei 4.500 novas moradias, bem mais do que esse governo entregou em Pernambuco. Dá para mudar a realidade se a gente faz o dinheiro do povo chegar onde mais precisa”, afirmou. 

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“Queremos fazer daqui um lugar melhor e vamos voltar aqui mais uma vez como vice-governadora e como governadora para transformar essa realidade”, complementou Priscila Krause. 

 A falta de infraestrutura e a precariedade das moradias foram a principais  reivindicações da população. “A gente vive em condições desumanas. Ninguém mora em palafitas porque quer, mas, infelizmente, não temos um governo que nos ajuda a ter uma moradia digna. Somos invisíveis e não temos o básico para viver”, apontou a dona de casa Graça Assis, que vive há nove anos em palafita.   

Os candidatos a deputado estadual, Basílio Maciel e Ane Ebrahim, também acompanham a agenda. 

COMITÊ - Raquel, Priscila e o candidato ao Senado, Guilherme Coelho, participaram, na noite deste sábado, da inauguração do comitê do candidato a deputado estadual, Professor Thiago, no Bairro do Ibura. Já neste domingo (11), Raquel cumpre agenda na Região Metropolitana, Mata Sul e Agreste. 

*Da assessoria 

Simone Tebet (MDB) entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), pela participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro na propaganda veiculada na TV na última segunda-feira (29). A ação diz que Michelle participou da peça acima do tempo limite permitido. 

A argumentação da candidata do MDB é pelo fato de que “apoiadores” podem aparecer apenas em 25% do tempo de cada propaganda eleitoral, e Michelle teria ficado mais do que isso. 

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Na ação, a campanha de Tebet alega que a inserção da primeira-dama pode gerar benefícios à campanha de Bolsonaro de forma irregular e, por isso, pede que o vídeo seja retirado do ar e não mais veiculado. 

A propaganda trata-se de um vídeo de 30 segundos em que só aparece a primeira-dama. Ela fala sobre a transposição do Rio São Francisco e ressalta o benefício da ação para as mulheres; a utilização dela na campanha é uma tentativa de conquistar o eleitorado feminino, que tem maior rejeição ao presidente da República. 

 

A Comissão de Legislação Participativa discute nesta terça-feira (30) a segurança do processo eleitoral e a violência política. De acordo com o deputado Pedro Uczai (PT-SC), que solicitou a realização do debate, estão sendo relatados inúmeros casos que podem incentivar a violência no processo eleitoral atual.

"Vídeos de cidadãos incentivando violência contra candidatos e membros do poderes públicos estão ganhando repercussão nacional. Questionamentos relacionados à segurança dos processo eleitoral estão sendo divulgados nas redes sociais e em manifestações públicas, situação que, se somada a manifestações de cidadãos, pode ser prejudicial à jovem democracia brasileira", afirma o parlamentar.

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Pedro Uczai diz ser fundamental o conhecimento pela sociedade das medidas que estão sendo tomadas pelo Poder Executivo para evitar a disseminação da violência no processo eleitoral e promover a segurança dos eleitores.

Foram convidados, entre outros, representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).

O debate será realizado às 15 horas, no plenário 3. O público pode acompanhar o debate e participar da discussão pela internet. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Pernambuco é o Estado do Brasil com mais denúncias registradas no app Pardal da Justiça Eleitoral. Até o final da tarde desta quinta-feira (25), 256 pessoas mandaram fotos ou vídeos de propaganda irregular, em praticamente todos os municípios do Estado. No Recife, foram 110 casos, seguida pelo Cabo de Santo Agostinho, com 43, Olinda com 14, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Caruaru. Na mesma consulta, São Paulo aparecia com 245 denúncias, Minas Gerais, com 191. 

O app Pardal existe desde as eleições de 2016, e está disponível para que cidadãos denunciem propagandas eleitorais irregulares de maneira fácil e confidencial. Nas últimas eleições foram realizadas 105.543 denúncias, em todo o país, sendo 4.402 em Pernambuco. A evolução das denúncias enviadas ao aplicativo podem ser verificadas neste link.

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Ao identificar um problema, os cidadãos devem tirar uma foto, gravar um vídeo ou áudio e, por meio do aplicativo celular, enviar as evidências para a Justiça Eleitoral no estado ou município que fará a análise da denúncia. Além de elementos que indiquem a existência do fato noticiado,deve constar o nome e o CPF da pessoa que fez a denúncia. Todas as denúncias são tratadas como sigilosas pelo sistema, assegurada a confidencialidade da identidade.

O sistema foi desenvolvido pela Justiça Eleitoral para uso gratuito em smartphones e tablets e já está disponível para download nas lojas virtuais Apple Store e Google Play.

  O candidato a governador Miguel Coelho confirmou presença no debate que será realizado pela Rádio Liberdade em Caruaru, nesta sexta-feira (26). Miguel também estará no encontro promovido pela Rádio Cultura em parceria com a TV Nova no dia 1º de setembro entre os candidatos ao governo do estado. 

   O candidato do União Brasil reafirmou que pretende participar de todos os debates organizados por emissoras de rádio e TV do estado, além do maior número de sabatinas, para se apresentar à população. Para Miguel Coelho, os debates são uma oportunidade para os eleitores conhecerem os candidatos e as soluções que apresentam para os principais problemas do estado. 

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   “Espero que dessa vez todos os candidatos compareçam ao debate em Caruaru. Essa eleição é histórica, com representantes de várias regiões e com perfis diferentes. Por isso, é uma oportunidade de conhecer quem de fato tem as condições para liderar e tirar o nosso estado do atraso”, disse Miguel.

*Da assessoria 

Em tom de início de campanha, o candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil), fez duas carreatas na região do São Francisco, ao lado da sua vice, Alessandra Vieira (União Brasil), e do candidato ao Senado, Carlos Andrade (União Brasil), na tarde desta terça-feira (16). “Vocês vão ter um governador sertanejo que respeita o povo. O tempo de perseguição política do PSB está com os dias contados e Orocó voltará a ser priorizada”, afirmou.

Além disso Miguel também passou por Santa Maria da Boa Vista. No qual foi recepcionado pelo prefeito George Duarte (PP), vereadores e uma fila de veículos. A carreata parou a cidade e chamou a atenção da população que estava curiosa para conhecer os candidatos da coligação “Pernambuco com força de novo”. 

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Por fim,  Miguel finaliza o primeiro dia de campanha eleitoral em Petrolina.

Candidatos à Presidência da República, aos governos dos estados e aos cargos de senador, deputado federal, estadual e distrital saem, a partir desta terça-feira (16), em busca dos votos de 156,4 milhões de eleitores aptos a exercer o direito ao voto nas eleições de outubro. 

Pela legislação eleitoral, os candidatos estão autorizados a fazer caminhadas, carreatas com carro de som e a distribuir material de campanha até as 22h. A campanha vai até 1º de outubro, um dia antes do primeiro turno.

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Os comícios poderão ser realizados entre as 8h e a meia-noite, horário que poderá ser prorrogado por mais duas horas no caso de encerramento de campanha. Showmícios gratuitos são proibidos por lei. 

Na internet, a propaganda eleitoral pode ser feita em sites e redes sociais, mas deve ser identificada como publicidade e exibir o nome do candidato, partido, coligação ou federação. A propaganda por meio de telemarketing também é proibida. 

O impulsionamento de conteúdo por apoiadores é proibido. O disparo de mensagens só pode ser feito aos eleitores que se cadastrarem voluntariamente para recebê-las. 

O primeiro turno será realizado no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Eventual segundo turno  para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro. 

Com a retirada da candidatura presidencial do Pros, com o coach motivacional Pablo Marçal, a sigla decidiu, nesta segunda-feira (15), apoiar a candidatura de Lula (PT) à Presidência. Com isso, o petista soma 10 partidos o apoiando e configura a maior coligação da história, seguido por Dilma Rousseff (PT), em 2010. 

O tempo de rádio e TV, que já é o maior das candidaturas postas nesta corrida, também vai aumentar. 

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O Pros, no entanto, passa por uma disputa interna de poder, que já envolveu decisões judiciais que ora colocam uma ala no comando, ora outra. 

Na última, o ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu a liminar devolvendo a sigla ao seu fundador, Eurípedes Jr, no dia 5 de agosto. A decisão foi referendada pelo plenário do TSE, por quatro votos a três. Até então, o presidente do Pros era Marcos Holanda, que havia bancado a candidatura presidencial de Marçal. 

O coach, que teve a candidatura retirada, informou, em nota, que haverá uma renúncia coletiva dos candidatos do Pros caso o partido “retira a sua postulação e se curve ao PT”. 

“Os 91 candidatos que vieram ao meu convite sairão do partido. Isso inviabilizará todas as nominatas homologadas na convenção e será a última eleição do Pros”, disse o coach. 

Se não houver reviravolta no comando do partido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a Justiça Eleitoral deve ratificar a retirada da candidatura de Marçal e o apoio da sigla a Lula. A campanha começa oficialmente nesta terça-feira (16). 

Sem Marçal, agora serão 11 candidatos à Presidência. No entanto, Roberto Jefferson (PTB) corre o risco de não ter o pedido acatado pela Justiça por ser condenado no escândalo do mensalão. 

Uma grande caminhada pelas ruas do simbólico bairro de Brasília Teimosa, no Recife, marca nesta terça-feira (16), o primeiro ato oficial da campanha do candidato a governador Danilo Cabral (PSB). A concentração será às 17h na antiga Cobal - onde também haverá a apoteose com um comício encerrando o evento. Estão programados pronunciamentos de Danilo, da candidata à senadora Teresa Leitão e do prefeito do Recife, João Campos. 

A escolha por Brasília Teimosa se deu pela forte ligação da área com o candidato a presidente Lula e com as gestões da Frente Popular, o PSB e o PT. O bairro é referência ao se falar do Governo Lula como presidente. Recém empossado, ele fez uma visita histórica a Brasília Teimosa em 10 de janeiro de 2003 e levou consigo 29 ministros. 

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Percorreu as palafitas existentes na época, abraçou populares e anunciou um grande programa de requalificação e criação de um conglomerado urbano do bairro, hoje referência da Zona Sul da capital recifense. 

Antes da transformação, muitas pessoas viviam precariamente, em ambiente insalubre. Lula também mostrou ali que tomava para si a luta contra a pobreza e pela moradia digna e deu sinais de que ouviria as reivindicações do povo saindo do gabinete e colocando os pés nas ruas. A ação da Prefeitura do Recife ocorreu na gestão do então prefeito João Paulo e foi realizada com o apoio e recursos destinados por Lula. 

Quando lançada por Lula, Danilo reforçava a equipe de João Paulo e acompanhou todo o projeto, enquanto compunha nesta mesma ocasião o staff do primeiro escalão da gestão de João Paulo: Danilo era secretário de Administração do Recife (2001-2004). 

 A requalificação de Brasília Teimosa previa a obra de requalificação da orla e região, que abrange a Praia do Pina e o Rio Capibaribe e dá continuidade à praia de Boa Viagem, e a construção de mais de um quilômetro de calçadão da orla, o melhoramento dos serviços de limpeza e transportes e a instalação de uma área de lazer popular. 

Além disso, a retirada de cerca de centenas de famílias do que era conhecida como a mais antiga invasão urbana do Recife e a construção de novas moradias. Urbanizada a partir de 1979, a comunidade de Brasília Teimosa foi o embrião do bairro, uma região que tem passado por resistência e luta pela posse de terra. 

Da assessoria

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e alguns dos seus principais aliados iniciaram uma ofensiva para arrecadar recursos para bancar a campanha à sua reeleição. O objetivo é que o próprio chefe do Executivo atue como um ‘garoto propaganda’ para captar dinheiro para o PL, partido ao qual se filiou no final do ano passado.

A sigla comandada por Valdemar Costa Neto vai lançar, nos próximos dias, um anúncio convidando os apoiadores a fazer doações à legenda através de PIX. 

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Em busca de doadores, pessoas próximas ao presidente têm organizado eventos para empresários com a presença de Bolsonaro. A mira são representantes do agronegócio, segmento que Bolsonaro encontra uma quantidade significativa de apoiadores para financiar os custos da disputa deste ano, que deve ser protagonizada por Bolsonaro e Lula (PT). Os recursos também devem auxiliar nas campanhas de candidatos a governador, senador e deputados do partido. 

Ainda que tenha uma bancada na Câmara com 77 deputados, o PT só tem a sétima maior fatia do fundo eleitoral, com R$ 283,22 milhões, considerado insuficiente pelos dirigentes da sigla. Por isso eles apostam nas doações de pessoas físicas para complementar o caixa. 

Mesmo com as campanhas ainda não liberadas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite que partidos já arrecadem o dinheiro e, a partir de agosto, seja utilizado para custear os gastos com viagens, eventos e peças de propaganda.

As campanhas dos dois pré-candidatos mais bem colocados na disputa ao Planalto têm usado a imagem das "primeiras-damas" para tentar conquistar o voto feminino em outubro. Enquanto a mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), Michelle, ganhou espaço na TV aberta em pronunciamento do Dia das Mães, a noiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rosângela, mais conhecida como Janja, teve destaque no lançamento da pré-candidatura do petista no fim de semana.

Uma pesquisa XP/Ipespe divulgada na última sexta-feira, 5, apontou que Lula lidera as intenções de voto com 44%, e Bolsonaro tem 31%. Entre as mulheres, a vantagem do petista se amplia: 47% a 25%.

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Em meio à resistência nesse segmento do eleitorado, a primeira-dama Michelle Bolsonaro tem aparecido cada vez mais em eventos públicos ao lado do marido. Neste domingo, 8, ela usou um pronunciamento de Dia das Mães em rede nacional de TV para divulgar ações do governo voltadas às mulheres. A mulher do atual presidente apareceu em vídeo gravado e transmitido ao lado da ministra Cristiane Britto, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Essa foi a primeira vez que Michelle fez pronunciamento nesta data. Nos últimos anos da gestão Bolsonaro, não houve divulgação semelhante. Tampouco em governos anteriores houve registro. Não houve aparições das primeiras-damas Marisa Letícia (então mulher de Lula) e Marcela Temer (mulher do ex-presidente Michel Temer [MDB]) na data. No governo Dilma Rousseff (PT), o pronunciamento foi pelo pela própria ex-presidente, em 2012.

A participação de Michelle se tornou objeto de uma representação na Procuradoria-Geral Eleitoral por improbidade administrativa e propaganda eleitoral protocolada pelo deputado federal Rui Falcão (PT). Para o parlamentar, elas usaram o pronunciamento de Dia das Mães com viés eleitoral.

"Foi para atingir essa finalidade eleitoreira que Michelle Bolsonaro, a primeira-dama, se apresentou como uma mãe sensível, como uma mulher conhecedora das dificuldades de tantas mães brasileiras e que poderia, justamente por isso, atuar em benefício das eleitoras influenciando seu marido na tomada de decisões que favoreçam as brasileiras", diz o documento.

O protagonismo de Michelle é visto por aliados com potencial para conquistar também o eleitor evangélico. Na última semana, um vídeo em que a primeira-dama participa de um culto da bancada evangélica na Câmara dos Deputados viralizou na internet. No conteúdo, Michelle aparece se ajoelhando, chorando e orando ao pedir um "avivamento" nos três Poderes. O conteúdo foi compartilhado pela Frente Parlamentar Evangélica (FPE) nas redes sociais.

Já na campanha petista, a noiva de Lula, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, foi apresentada como a responsável por articular, como produtora executiva, a regravação do jingle para a eleição ao lado do fotógrafo Ricardo Stuckert. No último sábado, 7, dia do lançamento da pré-candidatura, ela cantou trechos da música no microfone enquanto o clipe era exibido. No Twitter, a socióloga disse que a regravação da música foi "mais que uma surpresa" para o petista.

A participação de Janja, entretanto, é vista com reticências. Para parte dos petistas, sua postura no lançamento, ao tratar o jingle como algo "dela", de presente para Lula, contrastou com as posições da ex-primeira-dama, Marisa Letícia, que preferia ficar fora dos holofotes. Marisa morreu em fevereiro de 2017, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

Nos bastidores, aliados reconhecem que a noiva do ex-presidente traz certa jovialidade e virilidade para a imagem de Lula, mas a ideia é que seja limitada a influência da socióloga sobre os rumos da campanha.

A Polícia Federal em Pernambuco investiga uma possível utilização de caixa dois para financiar a campanha eleitoral da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), que em 2020 foi candidata à Prefeitura do Recife, em disputa contra o primo, o prefeito João Campos (PSB). Em áudios obtidos durante uma operação policial que apura desvios de dinheiro associados ao empresário Sebastião Figueiroa, um homem que teria se identificado como marido da parlamentar tenta contato com o investigado, solicitando a quantia de R$ 1 milhão, em duas parcelas de R$ 500 mil. O período da suposta solicitação coincide com o período eleitoral no qual Marília disputava a gestão da capital pernambucana. A denúncia foi antecipada pela Folha de São Paulo. 

A Justiça autorizou a abertura da investigação após a conclusão de um relatório da PF em janeiro, no qual foram encontradas as conversas entre Sebastião Figueiroa e, supostamente, André de Souza “Cacau”, marido da pernambucana, no âmbito da Operação Casa de Papel. Os áudios estavam no celular do motorista de Figueiroa. Marília e o marido não são alvo desta investigação, cujo objetivo é apurar um esquema de desvios em contratos municipais e estaduais em Pernambuco. 

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Como o pedido se deu em novembro de 2020, entre o primeiro e o segundo turno da eleição, os investigadores afirmam que é "bem razoável supor que os valores solicitados" seriam utilizados na campanha. A PF aponta no relatório que Figueroa é conhecido "agiota e financiador de campanhas, possuindo bastante disponibilidade de recursos financeiros em espécie", e que o grupo criminoso do qual faz parte se favorece desse tipo de contratação há quase uma década.  

LeiaJá entrou em contato com a Polícia Federal para obter mais informações sobre o andamento da investigação, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta matéria. Em nota enviada pela assessoria de Marília Arraes, a deputada nega envolvimento, por sua parte ou de seu marido, nas suspeitas investigadas pela PF. 

Segundo ela, o grupo de Figueiroa, com quem não possui qualquer contato, é vinculado ao PSB, partido adversário e que protagonizou junto à petista uma campanha tensa no ano passado. Ela também menciona que “muito se admira”, após seu encontro com Jair Bolsonaro (sem partido) na semana passada, alvo de críticas da parlamentar na Câmara, “chegue ao conhecimento da imprensa informações sobre um inquérito está sob segredo de Justiça e que, infelizmente, se arrasta a passos de tartaruga e não possui embasamento probatório concreto nenhum”. Confira a nota de Arraes na íntegra: 

Diante dos fatos narrados, segue nota oficial da deputada Marília Arraes

- O Sr. André Luiz jamais teve qualquer tipo de relação com o Sr. Sebastião Figueiroa, sequer o reconheceria pessoalmente se estivessem no mesmo ambiente e assim que tomou conhecimento deste  inquérito, por meio de seus advogados, requereu que fosse feita uma perícia no material alvo da investigação, para que se comprove que não é a sua voz a que está nos áudios ali constados; 

- Devido à falta de celeridade na investigação, novamente por meio de seus advogados, o Sr. André Luiz se prontificou a arcar com os custos necessários para a execução da perícia solicitada; 

- Ora, se o Sr. André Luiz não fosse completamente inocente diante destes fatos, jamais estaria interessado na celeridade da conclusão do inquérito ou requereria que os áudios e conversas de aplicativo de mensagens fossem periciados; 

- O Sr. Sebastião Figueiroa, de acordo com outras investigações das quais é pivô, faz parte do círculo estreito de relacionamento de pessoas ligadas ao PSB, partido que durante a disputa eleitoral para a Prefeitura do Recife, em 2020, realizou, contra mim, uma das mais vis e agressivas campanhas - baseadas em inverdades e fake news -  

- Muito me admira que dois dias após ter estado cara a cara com o presidente da República e feito um discurso expressando minha opinião - e de muitos brasileiros - sobre seus desgovernos e descalabros, chegue ao conhecimento da imprensa informações sobre um inquérito está sob segredo de Justiça e que, infelizmente, se arrasta a passos de tartaruga e não possui embasamento probatório concreto nenhum. Nem law fare e nem qualquer outro tipo de perseguição política vão me intimidar ou arrefecer a minha luta em defesa do povo brasileiro.  

- Minha família está sendo atacada, mas não revidaremos com a mesma moeda de nossos agressores. Responderemos da única forma que sempre fizemos: com a verdade e a transparência de quem sabe que está do lado certo da história. 

 

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