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O senador José Serra (PSDB-SP) disse que faz parte da ala do partido que deseja uma candidatura própria tucana à Presidência. "Defendo que tenhamos uma candidatura própria e acredito que a escolha final na convenção do partido foque nos candidatos mais votados nas prévias", afirmou em entrevista ao Estadão. O tucano também descartou um apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista tem atraído a velha guarda do PSDB e já conseguiu o voto do ex-senador Aloysio Nunes (PSDB) no primeiro turno.

Após uma série de conflitos internos que culminaram com a desistência do ex-governador paulista João Doria de disputar o Palácio do Planalto, a legenda agora se encaminha para, pela primeira vez desde que foi fundada, não apresentar uma opção ao comando do País.

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Ao falar sobre o resultado das prévias, Serra deixa claro que a candidatura presidencial que o mais agrada é a do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, que ficou atrás de Doria na eleição interna.

A cúpula do PSDB negocia apoiar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como candidata a presidente. Para isso, no entanto, exigem que os emedebistas deem suporte ao PSDB em alguns Estados. Se a aliança vingar, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é o mais cotado para ser vice de Tebet.

Apesar de preferir uma candidatura própria, Serra afirmou que não vê problema em apoiar a senadora do MDB caso se comprove que isso é melhor para construir uma alternativa a Lula e ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Leia a íntegra da entrevista, que foi feita por e-mail:

Sem João Doria, o senhor defende que o PSDB ainda tenha candidatura própria a presidente? Se sim, quem?

Sim. Defendo que tenhamos uma candidatura própria e acredito que a escolha final na Convenção do partido foque nos candidatos mais votados nas prévias.

A cúpula do PSDB faz certo em negociar um apoio a Simone Tebet?

Como disse anteriormente, defendo que tenhamos uma candidatura. Mas se houver um entendimento interno de que Simone, a quem admiro e considero, nos permitirá sair da polarização Lula/Bolsonaro, então o PSDB e a senadora terão todo o meu apoio.

A quase quatro meses da eleição, há espaço para terceira via?

Estamos numa decrescente conforme o tempo passa. Mas ainda é possível.

Como avalia a decisão de Aloysio Nunes de apoiar Lula?

Aloysio tem história e trajetória pública suficientes para tomar uma decisão como essa. Eu o respeito, mas concordamos em discordar.

E a decisão de Alckmin de sair do PSDB e ser candidato a vice de Lula?

Geraldo foi um importante quadro do partido e eu lamento sua saída. Mas trata-se de uma decisão pessoal, que não cabe questionamento.

Hoje a bancada do PSDB na Câmara é quase em sua totalidade beneficiada com o orçamento secreto e tem votado a favor dos projetos de Bolsonaro. Isso prejudica de alguma forma a identidade do partido?

Não. Avalio que as emendas de relator são uma ferramenta a mais de ajuda aos municípios, sobretudo aos mais afetados durante a pandemia. Creio que o PSDB tem o mesmo entendimento. Sobre as votações, ser oposição não significa estar sempre contra. Embora discorde do presidente, já votei com o governo em projetos que considerei importantes para o País.

Doria não conseguiu levar para frente a candidatura dele. Foi um erro o PSDB ter feito prévias presidenciais no final do ano passado?

Talvez tenham sido realizadas com muita antecipação.

Lula ou alguém do PT chegou a procurar o senhor por apoio logo no primeiro turno?

Não.

Há chances de o senhor apoiar Lula no primeiro turno?

Não.

Confirmado um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, quem o senhor apoiaria?

Prefiro esperar o momento adequado e real para me manifestar, as eleições serão daqui a 5 meses, há tempo para a realidade ser alterada. Espero que até lá o meu partido, quer seja como cabeça de chapa ou em apoio a outro (a) candidato (a), esteja na disputa do segundo turno.

Algum aliado de Bolsonaro já procurou o senhor por apoio?

Não

Por que o senhor vai se candidatar a deputado federal e não tentar a reeleição no Senado?

Atendi a um pedido do meu partido para ajudar a fortalecer e ampliar a bancada e o debate naquela Casa. Aproveitarei a oportunidade para dar andamento aos 15 projetos de minha autoria que tramitam na Câmara, entre eles, o do voto distrital.

Uma ala do PSD do ex-ministro Gilberto Kassab quer que o partido desista de lançar candidato próprio à Presidência. Com a indefinição da legenda até agora, parlamentares passaram a dizer que nem o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), nem o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, hoje filiado ao PSDB, têm chance de vencer.

Pacheco disse a aliados que anunciará a decisão de não entrar na campanha presidencial no início de março. Leite, por sua vez, tem dado sinais contraditórios sobre o convite para ser candidato pelo PSD. Embora tenha indicado a empresários, no último dia 18, que pode deixar o PSDB para apresentar um "projeto alternativo", há dúvidas sobre sua viabilidade eleitoral.

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Kassab diz que o partido terá candidato próprio ao Palácio do Planalto. Admitiu, no entanto, que se esse nome não conseguir quebrar a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), a tendência será de apoio ao petista, no segundo turno.

A defesa da candidatura própria, até agora, funcionou como forma de unir o partido, hoje dividido. Mas, apesar de pesquisas em poder do Palácio do Planalto indicarem que Leite tem potencial de crescimento para aglutinar parte da terceira via, deputados do PSD não têm essa avaliação.

Na prática, o partido de Kassab exibe hoje diferentes palanques regionais. Tem uma bancada mais alinhada ao governo na Câmara e mais crítica a Bolsonaro no Senado, apesar de ainda dividida. Nas eleições de outubro, alguns políticos do PSD vão apoiar Lula, como o senador Otto Alencar, pré-candidato ao governo da Bahia. Outros estão com Bolsonaro, como o governador do Paraná, Ratinho Júnior.

Filiações

Na quarta-feira, 23, o PSD comemorou a filiação do secretário de Apoio à Gestão Administrativa e Política do Rio Grande do Sul, Agostinho Meirelles, braço direito de Leite. Outros nomes ligados ao governador também preparam a filiação ao partido de Kassab.

Ex-petista, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), disse ter conversado com Leite nesta semana. Afirmou que ele está em "fase de reflexão". As prévias do PSDB escolheram o governador de São Paulo, João Doria, como candidato do partido à Presidência. O grupo do gaúcho avalia, no entanto, que Doria deveria abrir mão da candidatura, por causa de seu baixo desempenho nas pesquisas.

Foi diante desse impasse no PSDB e da falta de apetite político demonstrada por Pacheco que Kassab convidou Leite para mudar de partido e ser candidato à sucessão de Bolsonaro. "Agora o cavalo está encilhado para ele. Não sei no futuro", comentou o prefeito de Canoas, que é presidente municipal do PSD e articula a filiação de mais aliados de Leite.

Na outra ponta, apoiadores de Pacheco observam que ele deve se dedicar à campanha para a reeleição ao Senado, em 2023. Até lá, tentará aprovar propostas de impacto, como a reforma tributária. "Precisamos romper com o paradigma de que, em ano eleitoral, há um engessamento do Legislativo", afirmou Pacheco. Padrinho do senador, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), disse que pautará a reforma para votação no colegiado em 16 de março. "Sou cabo eleitoral do Pacheco para qualquer coisa que ele quiser".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente municipal do PDT em São Paulo, Antonio Neto, anunciou nesta quinta-feira, 17, que o partido terá candidatura própria na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. De acordo com Neto, o nome será anunciado na próxima semana e estará alinhado à pré-candidatura de Ciro Gomes.

Para o presidente municipal do PDT em São Paulo, o Estado precisa de uma alternativa à "polarização". O cenário atual da disputa pelo governo do Estado está fragmentado.

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Na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada em dezembro do ano passado, no cenário sem o ex-governador Geraldo Alckmin, Fernando Haddad (PT) liderava com 28%. O petista era seguido por Márcio França (PSB, 19%), Guilherme Boulos ( Psol, 11%), Tarcísio Gomes de Freitas (sem partido, 7%), Rodrigo Garcia (PSDB, 6%), Arthur do Val (Podemos, 3%), Abraham Weintraub (Brasil 35, 1%), e Vinicius Poit (Novo, 1%). Os votos brancos e nulos são 21%, e 4% não responderam.

Nas eleições de 2018, o PDT chegou a lançar o ex-prefeito de Suzano, Marcelo Cândido, ao pleito. No entanto, a candidatura foi indeferida pela Justiça Eleitoral. Cândido foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa após ter sido condenado em ação de improbidade administrativa por lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito na época em que foi prefeito.

A direção do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Recife decidiu manter a candidatura própria na disputa pelo comando da capital pernambucana. A definição aconteceu durante um encontro aconteceu nessa segunda-feira (24) e reuniu a direção municipal do partido, junto com os pré-candidatos a vereador da chapa proporcional.

O documento reafirma à Direção Nacional da sigla que não só o conjunto de pré-candidatos desejam a viabilização de uma candidatura própria no Recife como também os filiados e dirigentes municipais. “Em respeito ao princípio de autonomia dos partidos com tradição democrática, consideramos legítimo disputar as eleições majoritárias com nosso melhor quadro”, pontua a resolução.

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O texto considera ainda que a executiva municipal do PDT entende que essa decisão não desconsidera a importância da frente nacional que vem sendo construída (Frente pelo Brasil, formada por PDT, PSB, REDE SUSTENTABILIDADE e PV) em enfrentamento aos retrocessos do governo Bolsonaro e performando um novo campo político de centro-esquerda. Além disso, ainda permite que os filiados decidam democraticamente em prévia o nome que deverá representá-los no pleito.  O PDT tem dois pré-candidatos ao comando da Prefeitura do Recife: o deputado federal Túlio Gadêlha e a ex-vereadora Isabella de Roldão.

A resolução ainda esclarece que a direção pedetista do Recife reconhece a Resolução 06/2019, a qual coloca a Executiva Nacional como única instância a decidir sobre as candidaturas nas capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores. No entanto, o documento expressa “a legítima decisão política da direção municipal em resposta ao anseio externado pelo povo recifense em cada andança pela cidade”.

Para Túlio Gadêlha, que também é presidente municipal do PDT, a participação da legenda no pleito de 2020 representa a construção de um novo ciclo na cidade. “Esse novo ciclo que estamos iniciando será realizado em conjunto com os partidos que desejarem integrar essa aliança na chapa majoritária e, com certeza, vai propor um projeto inovador e capaz de dialogar com a sociedade”, comenta o prefeiturável.

O PT pode definir, nesta terça-feira (28), se terá candidatura própria ou não na disputa pelo comando da Prefeitura do Recife. A postura pode ser exposta após uma reunião que contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do senador Humberto Costa, da deputada federal Marília Arraes - que é pré-candidata a prefeita pelo partido - e do presidente da legenda na capital pernambucana, Cirilo Mota. 

A expectativa é positiva diante do nome de Marília na disputa. Nesse domingo (26), inclusive, Lula disse em entrevista ao site UOL que o PT não pode abrir mão de postular ao cargo mais uma vez e demonstrou que aposta positivamente no nome da deputada.

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“O PT não pode abrir mão de ter uma candidatura própria em Recife. Quando chegar em 2022, o PSB vai pedir outra vez para o PT não ter candidato a governador depois de quatro de quatro mandatos? Será que o PT não pode ter a oportunidade de ter candidatura própria? O PT vai ter candidatura própria, a Marília deve ser candidata do PT. Se ela não for para o segundo turno, ela apoia o João Campos ou outro candidato que fizer aliança com o PT”, declarou.

Na capital pernambucana, o PSB tem tentado articular para manter o PT no palanque e apoiando o nome do deputado federal João Campos, que é filho do ex-governador Eduardo Campos. 

Já os petistas, como costumeiramente, aparecem divididos diante do quadro. No último dia 15, o presidente municipal da sigla, Cirilo Mota, divulgou uma resolução aprovada pela Executiva local em que dava sinais da manutenção da aliança com a legenda do atual prefeito Geraldo Julio (PSB)

A declaração de apoio de Lula à Marília tem grande peso e, segundo a própria deputada federal, é condizente com o que diz a Executiva Nacional do PT. A neta de Miguel Arraes, entretanto, tem no histórico um revés dentro do partido quando se trata de candidatura própria. Ela tentou concorrer ao Governo de Pernambuco em 2018, mas articulações do senador Humberto Costa garantiram uma aliança com o PSB. Naquele ano, Lula estava preso e interlocutores dele chegaram a afirmar que ele também apoiava o nome de Marília, mas, no fim, aceitou a retomada da aliança com os pessebistas. 

Desta vez, com o ex-presidente e maior líder do PT solto e disponível para articulações políticas, resta aguardar para saber se realmente o partido vai buscar a retomada do protagonismo eleitoral ou vai manter apenas a meta de aumentar o número de representantes no legislativo municipal. 

Com vantagem no processo interno para eleger o presidente do PT em Pernambuco, o grupo liderado pelo senador Humberto Costa (PT) afirmou, nesta segunda-feira (16), que não necessariamente pretende firmar uma aliança com o PSB para a disputa pela prefeitura do Recife em 2020. 

“Não é nenhum absurdo o PT imaginar a possibilidade de ter um candidato para disputar no Recife. Por outro lado, se o PT também fizer uma aliança com o PSB não é uma coisa do outro mundo. É da naturalidade da política”, disse Humberto em coletiva de imprensa ao lado do candidato da ala ao comando da legenda, o deputado estadual Doriel Barros, na sede estadual do partido, no Recife.  

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A chapa adversária, que tem na liderança a deputada federal Marília Arraes e a estadual Teresa Leitão, argumenta que eles não buscam a independência do partido. As parlamentares foram contra a junção eleitoral firmada com o PSB em 2018 que chegou, inclusive, a preterir a candidatura de Marília a governadora do Estado. E já temem que o quadro se repita no próximo pleito, uma vez que Marília tem o nome cogitado entre os prefeituráveis. 

“Essa discussão [das eleições de 2018] é vencida, não existe mais isso”, disse o senador, observando que o intuito da chapa adversária ao levantar tal argumento era de “fazer uma polarização”, mas isso não deu certo porque, segundo ele, muitos que eram contra a aliança em 2018 viram que a escolha resultou em efeitos positivos.

Na ótica de Humberto, que defende um debate mais intenso entre os partidos de esquerda para as eleições de 2020, “ter uma estratégia comum não quer dizer que seja uma candidatura comum, necessariamente”. 

“Não temos nenhum umbigo amarrado com o PSB. Nem com PCdoB, nem PDT… É lógico que temos uma aliança nacional, estadual e municipal que é importante, não vamos chutar isso. Não interessa para gente por causa de uma cidade jogar isso fora”, destrinchou o parlamentar. 

Humberto observou ainda que com a consolidação da vitória do grupo dele, será discutido o assunto com base da tese de que um candidatura própria ou aliança com o PSB não pode ser “para destruir uma relação política” construída entre os partidos, “que é muito boa”. “Existe a possibilidade de candidatura própria, mas que não seja para estourar a aliança com a esquerda que construímos aqui”, ressaltou. 

“Ninguém aqui vai ganhar no grito, vamos discutir com os filiados de cada cidade. E não vamos levar o PT para alguma aventura. Vamos discutir, dialogar e ponderar”, corroborou o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Dilson Peixoto. 

A discussão sobre o pleito de 2020 também deve ser baseada na orientação nacional, de acordo com Doriel Barros. “O PT é um partido que não é apenas local, que pensa apenas no Estado. É um partido que tem um projeto de sociedade. O PT diferente de outros partidos têm uma dinâmica de diálogo das suas instâncias, principalmente na nacional. A estratégia em Pernambuco estará ligada à nacional. Não dá para pensar Pernambuco de forma isolada. Se temos o projeto de voltar a presidir essa país, temos que está baseados com estratégias nacionais”, disse.  

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Eleição interna - O grupo é composto por três chapas, tem Doriel Barros como candidato a presidente do partido e, na primeira etapa do Processo de Eleições Diretas (PED) que aconteceu no último dia 8, conquistou a maioria dos votos (65,77%) consolidando a eleição de 204 dos 310 delegados que estarão aptos a votar no Congresso Estadual marcado para 19 e 20 de outubro - datas em que serão eleitos o presidente e o novo diretório.

“Temos uma avaliação extremamente positiva do PED, mais de 21 mil filiados participaram votando e mostrando o vigor do PT. Temos um campo que estava articulado antes do PED e conseguimos 65,77% dos votos válidos. Teve uma ressonância positiva”, ponderou Doriel. Hoje o PT está organizado em 130 municípios pernambucanos. 

A vereadora do Recife Marília Arraes está apostando positivamente no resultado do Congresso Estadual do PT, onde 300 delegados vão votar se endossam a tese de candidatura própria da legenda ao Governo de Pernambuco ou se optam pela aliança com o PSB, como já definiu a Executiva Nacional do partido.

Antes do início do encontro, que acontecerá na Zona Sul do Recife, Marília fez um discurso para os militantes que apoiam o nome dela para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas acusando o PSB de “chantagem” e deixando claro que, no que depender dela, “Pernambuco vai ter uma governadora do PT”. 

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“O PSB chantageia o PT pedindo para retirar uma candidatura que hoje faz parte da realidade de Pernambuco e é uma necessidade para Pernambuco resgatar o rumo. Temos a oportunidade de disputar fazendo a boa política sem cair no jogo deles [com a votação no encontro]. Somos um palanque que vem defendendo Lula como um projeto e não apenas um cabo eleitoral. Estamos aqui para escolher como vai ser os próximos anos, essa reação dos adversários mostra que a candidatura do PT vence a eleição”, observou a petista. 

Marília também disse que a participação do PT como protagonista no pleito estadual também vai resgatar o campo da esquerda, colocando em escanteio a “falsa esquerda que vira direita no momento oportuno”. 

A neta de Miguel Arraes ainda disse que não está desrespeitando a Executiva Nacional do PT ao se colocar ainda no páreo eleitoral e pediu que os militantes que a apoiam respeitem os posicionamentos internos divergentes. 

“Temos obrigação de respeitar o que a base do PT e o povo de Pernambuco está querendo. Muita cautela, atenção, respeito com os companheiros que pensam diferente. Vamos com tranquilidade, a tranquilidade dos vencedores. Essa é uma batalha que estamos vencendo aos poucos. Vamos mandar o recado: Pernambuco vai ter uma governadora do PT sim”, disparou a vereadora.

Caso a postura pela candidatura própria seja aprovada pelos delegados do PT no Congresso, o resultado será levado para o encontro do Diretório Nacional da legenda, como base para o recurso apresentado contra a resolução da Executiva Nacional que descarta a candidatura de Marília em Pernambuco e coloca a legenda no palanque do governador Paulo Câmara (PSB).  

Diante do impasse em torno da posição do PSB nas eleições presidenciais, o governador de São Paulo, Márcio França, admitiu nesta quinta-feira, 19, a alternativa de lançar de última hora uma candidatura própria ao Palácio do Planalto caso a sigla não se decida pelo apoio a um nome.

"Pode ser uma boa opção uma candidatura própria, porque, nesse caso, você marca seu espaço com determinada candidatura que tenha mais consistência, que represente mais a gente", afirmou França, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

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A ideia de ressuscitar uma candidatura própria começou a circular no partido nos últimos dias, por causa da dificuldade da direção partidária de articular um consenso. O PSB se divide hoje em quatro vertentes. Enquanto França defende apoio ao pré-candidato tucano Geraldo Alckmin, uma ala vota pela aliança com Ciro Gomes (PDT) e outra quer que a legenda declare apoio ao candidato do PT. Uma quarta opção discutida na legenda seria a neutralidade no primeiro turno.

França elogiou nomes ventilados nos bastidores para a vaga, como o ex-deputado Beto Albuquerque (RS), o deputado Júlio Delgado (MG) e a senadora Lídice da Mata (BA). Disse que o nome da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, seria "unanimidade", mas reconheceu que ela não deu sinal de que aceitaria a tarefa.

O governador de São Paulo se reuniu na terça-feira passada, dia 17, em São Paulo com Lídice e apresentou a ideia à senadora, que se comprometeu a avaliar a proposta. Alijada da chapa majoritária que tentará reeleger o governador da Bahia, Rui Costa (PT), Lídice lançou pré-candidatura a deputado federal a pedido do presidente do PSB, Carlos Siqueira, que deseja ampliar a bancada da sigla no Congresso.

Procurados, Lídice e Siqueira não quiseram comentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na expectativa diante das tratativas que vão definir o alinhamento do PT nas eleições deste ano, a deputada estadual Teresa Leitão afirmou, nesta segunda-feira (4), que está “confiante” no resultado do encontro marcado para o próximo domingo (10), quando os 300 delegados da legenda vão escolher por candidatura própria ou aliança com o PSB. Teresa é da ala petista que defende a postulação da vereadora do Recife, Marília Arraes, ao Governo de Pernambuco. 

Apesar da “tranquilidade” expressada pela parlamentar diante da decisão, a petista alertou sobre o “receio” que sente sobre a possibilidade de este ano se repetir o cenário pré-eleitoral de 2012, quando o PT chegou rachado às eleições no Recife e perdeu o comando da prefeitura para Geraldo Julio (PSB).  

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“Há um receio sim, mas se você observar não vai ver da nossa parte nenhuma posição em desacordo as resoluções do PT que decidiu, por unanimidade no Congresso, a candidatura própria. Agora a direção nacional colocou a possibilidade de se abrir o horizonte de conversas, mas não criticamos por isso, é o papel dela de garantir a Lula o leque maior de apoios”, salientou Teresa, em conversa com o LeiaJá.

“O que não podemos é aceitar essa história de que a aliança está definida e o encontro [de domingo] cancelado. Espero que não se faça em 2018 o que se fez em 2012”, completou. 

De acordo com Teresa, apesar das declarações constantes dos petistas que são favoráveis ao retorno do PT ao palanque do PSB, não há nada firmado sobre a aliança entre os dois partidos e uma pesquisa interna encomendada ao Vox Populi deve embasar ainda mais os argumentos da ala pró-Marília Arraes diante da direção nacional. 

“A posição que nos foi dada na videoconferência nos tranquilizou. Foi dito que não haverá intervenção, vamos construir tudo junto com a nacional. Então, como não há mudança de posição dos nossos delegados, isso nos dá um certo conforto. E estamos na expectativa da pesquisa, de consumo interno, que terá um peso importante”, explicou, levando em consideração o fato de ter ouvido da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que se tivesse de haver alguma intervenção na decisão em Pernambuco já teria feito.

O PT de Pernambuco anunciou que vai debater a conjuntura eleitoral e escolher o caminho que trilhará durante a disputa deste ano no dia 12 de maio. Apesar da indefinição, a tendência que vem ganhando força, a partir da possibilidade do PSB também ter candidato à Presidência da República, é de que o partido não firme aliança e concorra ao comando do Palácio do Campo das Princesas, contra o governador Paulo Câmara (PSB). Em uma resolução divulgada nessa quarta (18), a direção da legenda reiterou a pretensão de ter candidatura própria. 

No documento, os dirigentes afirmam que no dia 12 será “escolhida a candidatura para o Governo, definida a chapa majoritária e atualizada a chapa proporcional”. Antes de bater o martelo, entretanto, está marcada para a próxima semana uma reunião entre as direções estadual e nacional para tentar alinhar o discurso, caso o PSB decida não apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, o protagonismo petista na disputa pernambucana será inevitável. 

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Atualmente, o PT tem três pré-candidatos a governador: a vereadora do Recife, Marília Arraes; o deputado estadual Odacy Amorim e o militante José de Oliveira. Entre eles, até o momento, a postulação de Marília é a que mais recebeu apoios internos e tem o nome mencionado com percentuais significativos nas pesquisas de intenção de votos. 

Na noite dessa quarta, inclusive, um ato em defesa da postulação dela aconteceu em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Outros no mesmo molde já foram realizados no Agreste e no Sertão do estado. Marília também divulgou ontem manifesto nacional das mulheres petistas reforçando o apoio ao seu nome. 

Se até o dia 12 a tese de candidatura própria vai prosperar ou não, ainda não se sabe. Mas o debate que surge a partir desta resolução é, mais um vez, o da unidade do partido para uma disputa eleitoral que está longe de se concretizar. Membros da direção estadual petista afirmaram, em reserva, que nos últimos dias está “impossível debater questões eleitorais na legenda”, pela vaidade de alguns líderes do partido, e mesmo que se defina pela candidatura de Marília ou a aliança com Paulo Câmara “não haverá unidade, mas sim muitas dissidências”. 

Veja a resolução na íntegra:

RESOLUÇÃO DO PT DE PERNAMBUCO 

Em reunião no dia de 15.04.18, o Diretório Estadual do PT-PE adotou esta RESOLUÇÃO com as seguintes deliberações e orientações aos\as petistas: 

LULA LIVRE, LULA PRESIDENTE 

1.    O PT de Pernambuco está focado no grave momento político que vive o Mundo e o País, com o golpe acelerando a sua consolidação, de forma mais enfática com a prisão injusta e arbitrária do companheiro Lula. 

2.    A principal tarefa dos petistas neste momento é dedicar o seu tempo, a sua energia,  a sua organização para a campanha de libertação de Lula. 

3.    A sua militância, os parlamentares, direções municipais e estadual devem atuar em construção de atos, atividades, manifestações unitárias de todos(as) aqueles(as) que defendem Lula Livre, de forma direta e, também, participando ativamente da Frente Brasil Popular e articulando com a Frente Povo sem Medo, construindo os comitês populares em defesa da libertação de Lula, de sua candidatura, da democracia e dos direitos dos trabalhadores. 

4.    O PT está na rua e dela não vai sair.  A orientação é ir às feiras, aos sinais de trânsito, aos bairros, à praia, às praças, aos mercados para conversar com as pessoas, reunir, organizar o sentimento de injustiça e de esperança e transformá-lo em luta e resistência contra o golpe. 

5.    Sincronizados com as orientações nacionais e alinhados na trincheira de unidade das esquerdas, dos movimentos sociais e dos lutadores do povo, o PT/PE envida esforços na participação ativa de sua militância. 

6.    Para isso, reafirma o compromisso da defesa de Lula Livre e de Lula presidente, respeitando os demais pré candidatos que são solidários a Lula, mas reafirmando que Lula é o candidato do PT e da preferência do povo brasileiro e pernambucano. 

7.    Sendo assim, disponibilizamos materiais de panfletagem como o panfleto Lula Livre, o jornal Brasil de Fato, e providenciaremos adesivos e outras peças. No entanto , os comitês organizados podem e devem produzir seus próprios materiais e, em particular os petistas, providenciar as bandeiras, bottons, camisetas do Partido, etc. 

8.    Vamos fazer um grande mapa de mobilização de cobertura do Estado  e informar as atividades programadas para composição do calendário geral de luta dos pernambucanos em defesa do #LulaLivre. Para tanto, as atividades programadas devem ser informadas pelos comitês e pelas nossas secretarias e setoriais. 

9.    A direção e a militância estão orientadas a participar e a organizar as atividades previstas pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, do 10  de maio, estimular e apoiar ações diretas da juventude, da cultura, das mulheres, do combate ao racismo, do LGBT, da educação, da saúde e dos demais setores organizados. 

ARTICULAR A DEFESA DE LULA COM A DISPUTA ELEITORAL NO ESTADO 

10.  Tendo definido, desde 2017,  pela construção de candidatura própria, o PT recebeu o pedido de inscrição de 03 pré-candidaturas ao Governo do Estado, a saber, Marília Arraes, vereadora do Recife, Odacy Amorim, deputado estadual e do militante José de Oliveira. 

11.  Será realizado Encontro Estadual no dia 12 de maio de 2018 quando será debatida a conjuntura eleitoral, escolhida a candidatura para o Governo, definida a chapa majoritária e atualizada a chapa proporcional. 

12.  Foi formada uma comissão composta por Bruno Ribeiro, Glaucus Lima,  Oscar Barreto, João da Costa e Sheila Oliveira, que deverá atuar em conversas junto às pré-candidaturas inscritas e lideranças partidárias, individualmente e coletivamente, com a tarefa de construir consensos e a maior unidade possível, no sentido de definir a candidatura que representará o PT na eleição de governador(a). 

13.  O Grupo de Trabalho Eleitoral deverá apresentar à Comissão Executiva Estadual as indicações  para os demais cargos majoritários, a lista da chapa proporcional, assim como eixos políticos de campanha e de programa de governo para apresentação ao Encontro. 

14.  O Diretório Estadual se reunirá no dia 05 de maio em preparação à realização do Encontro Estadual. 

15.  Até a data do Encontro, a Direção Estadual articulará novas conversas com o  Grupo de Trabalho Eleitoral Nacional e com a Direção Nacional do PT, atualizando as alternativas políticas e de tática eleitoral discutidas em reunião ocorrida no dia 09 de março e coordenada pelo ex-presidente Lula e pela Presidente Gleisi Hoffmann.

Apesar divisão clara no PT de Pernambuco sobre o alinhamento diante das eleições em outubro, se terá candidatura própria ou estará alinhado ao PSB, a vereadora Marília Arraes ganhou fôlego como pré-candidata ao pleito, no último sábado (27), durante um ato em Serra Talhada, no Sertão, que endossou seu nome para a disputa. 

Mesmo com a falta de adesão das consideradas maiores lideranças da legenda no Estado, o senador Humberto Costa e o ex-prefeito do Recife João Paulo, ela se colocou no páreo e defendeu a formação de uma chapa do PT como base para reforçar as bancadas legislativas. Atualmente o PT de Pernambuco não tem deputado federal e ocupa apenas duas cadeiras na Assembleia Legislativa (Alepe). 

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“Temos que ter em mente que uma gestão do Executivo não consegue avançar sem uma bancada forte e coesa. Com certeza, uma candidatura própria dá legitimidade necessária para a busca do voto do eleitor que não compactua com os retrocessos que estão ocorrendo no estado e no país”, salientou Marília. 

“Queremos defender Lula e colocar Pernambuco no rumo. Não se governa simplesmente defendendo um projeto de poder e eles sabem que não ganham uma eleição sem falar a verdade, mas nós vamos falar a língua do povo… Não temos máquina, mas temos muita disposição e coragem para estar ao lado do povo. Não é fácil”, acrescentou a pré-candidata. 

Defensor ferrenho da candidatura de Marília e organizador do evento, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), destacou que a postulação já tem força interna e deve se concretizar. “É muito fácil querer o tempo do partido, agora na hora de ir para luta se escondem e dizem que não querem nosso apoio. Dentro do partido já construímos uma candidatura e vamos continuar a luta, para ter a vitória histórica de uma mulher que não está aqui para comprar o voto de ninguém”, sustentou. 

O ato também serviu para rebater a tese de aliança com o PSB. Líder do MST em Pernambuco, Jayme Amorim disse que a militância do PT e seus movimentos aliados não vão admitir uma aliança com "golpistas". 

"O povo não aceita qualquer aliança com aqueles golpistas. Marília representa também uma nova geração, como candidata a governadora tem todas as condições para conduzir este processo. Não vamos aceitar o processo de aliança novamente com os golpistas. É necessário reconstruir. Dizem que não dá para fazer porque não tem prefeito, mas nós não precisamos de grandes estruturas e dinheiro, Marília para se eleger só precisa da força do povo", declarou. 

Em apoio à Marília, o evento contou com a participação mínima de lideranças do PT. Além dos já citados, apenas a deputada estadual Teresa Leitão e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras, estiveram no local. Mesmo não comparecendo, Humberto foi representado pelo dirigente Dilson Peixoto, que declarou, em nome dele, apoio à Marília. Entretanto, nos bastidores, o senador é considerado o nome que está na linha de frente das articulações pelo realinhamento do PT com o PSB. 

A possibilidade do PT se aliar ao PSB em Pernambuco para as eleições de 2018 tem causado reações favoráveis e contrárias nas duas legendas. A última manifestação surgiu de um grupo formado por sete correntes da juventude petista que, por meio de nota, defendeu a candidatura própria na disputa pelo governo com a vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), liderando a majoritária.  

“É preciso apresentar ao estado um nome novo, sintonizado com o sentimento de renovação do PT presente na militância”, cravam os seguimentos no texto. “Dos nomes hoje colocados como pré-candidaturas ao governo do estado pelo PT acreditamos que o da companheira Marília Arraes é o que reúne as melhores condições. Não só por sua viabilidade eleitoral que a possibilita fortalecer nosso projeto nacional e a candidatura de Lula em Pernambuco, mas porque tem como ponto de partida a vontade política da militância petista, está sintonizada com o desejo de mudança e renovação que vem tomando conta da base do PT”, continuam.

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Os grupos também salientam que o PT não pode estar alinhado com lideranças que defenderam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Em Pernambuco, os atores do golpe estão representados pelo PSB de Paulo Câmara, por Armando Monteiro, que apoiou no Congresso a agenda anti-povo de Temer, por Mendonça Filho, Bruno Araújo e Fernando Bezerra Coelho. Todos aliados ao Palácio do Campo das Princesas e protagonistas do golpe associado a projetos de retirada de direitos, do desmonte do estado e ataque à soberania popular”, destaca a nota.

Veja a nota na íntegra

‘Um convite à ousadia’

Atualmente no Brasil vivenciamos um colapso político sem precedentes. As forças conservadoras e de direita, que golpearam a Democracia em 2016, continuam pondo em prática uma agenda neoliberal continuamente rechaçada nas urnas durante a última década. A “Ponte para o futuro”, a Reforma Trabalhista e proposta de Reforma da Previdência. Além da “PEC da morte”, hoje emenda constitucional 95, que congelou os investimentos em saúde e educação pelos próximos 20 anos. O golpe não só interrompeu o ciclo democrático desde a redemocratização em 88, como destroçou o Estado Democrático de Direito, consolidando um estado de exceção que visa criminalizar a esquerda, o PT e o principal líder popular do país, Lula.

Se realizado, o processo eleitoral de 2018 será, sem dúvidas, decisivo para os rumos do país. O julgamento de exceção sofrido por Lula, com data marcada em tempo recorde (24 de janeiro de 2018), é uma das principais fases do golpe. Portanto, é nítida a tentativa de afasta-lo da disputa eleitoral por um julgamento sem respaldo legal. A defesa do presidente Lula é tarefa prioritária para garantir sua candidatura no processo eleitoral, pois eleições sem Lula é fraude!

Em Pernambuco, os atores do golpe estão representados pelo PSB de Paulo Câmara, por Armando Monteiro, que apoiou no Congresso a agenda anti-povo de Temer, por Mendonça Filho, Bruno Araújo e Fernando Bezerra, todos aliados do palácio do campo das princesas e protagonistas no governo golpista, associados ao projeto de retirada de direitos, de desmonte do Estado e constantes ataques à soberania popular. Não podemos esmorecer no combate ao golpe e seus agentes, diante disso rechaçamos qualquer sinalização de concessão ou alianças com quaisquer desses setores.

O governador Paulo Câmara continua por aplicar sua agenda de retrocessos, a exemplo do intento de privatização da Copergás e da Compesa, da ampliação do processo de privatização da saúde, da política de segurança que fortalece o processo de criminalização e extermínio da juventude negra. O PSB em Pernambuco continua a seguir a agenda neoliberal para o enfrentamento da crise, almejando o enfraquecimento do Estado e intensificando o empobrecimento da classe trabalhadora, mantendo uma relação tática com o governo ilegítimo de Temer e alimentando politicamente a direita pernambucana, partícipe do governo Paulo Câmara.

É nesse contexto de golpe que a unidade das forças populares torna-se ainda mais estratégica. Para tanto, o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras precisa apresentar em Pernambuco uma alternativa política que seja capaz de reunir o campo progressista em defesa da democracia, de Lula, dos direitos e contra as reformas. Que seja capaz de oxigenar nossa militância e convencer nossa base social que somos sim capazes de liderar um novo projeto para o estado de Pernambuco e para o País.

É preciso apresentar ao estado um nome novo, sintonizado com o sentimento de renovação do PT presente na militância; capaz de defender uma agenda em defesa dos mais pobres, dos trabalhadores, das mulheres, da comunidade LGBT, das juventudes. Dos nomes hoje colocados como pré-candidaturas ao governo do estado pelo PT acreditamos que o da companheira Marília Arraes é o que reúne as melhores condições. Não só por sua viabilidade eleitoral que a possibilita fortalecer nosso projeto nacional e a candidatura de Lula em Pernambuco, mas porque tem como ponto de partida a vontade política da militância petista, está sintonizada com o desejo de mudança e renovação que vem tomando conta da base do PT. Não é uma pré-candidatura sustentada apenas por um desejo pessoal, muito menos alinhada com pautas conservadoras. Defendemos Marília porque queremos um PT protagonista, dialogando com a juventude e com amplos setores da sociedade que buscam se reaproximar da política e do nosso partido.

Iremos às ruas em 2018 para enfrentar o PSB e a direita do estado, para defender o projeto popular, a democracia, Lula e os trabalhadores e trabalhadoras de Pernambuco. Nenhum nome reúne mais condições políticas para fazer esse enfrentamento junto conosco que o da companheira Marília Arraes. Por tudo isso, as forças da juventude que assinam esse documento expressam seu apoio à pré-candidatura da companheira Marília, e sua disposição em fortalecer essa caminhada que levará o PT a governar Pernambuco e que ajudará a Lula a mudar, novamente, o Brasil!

Recife, 14 de Dezembro de 2017.

Coletivo Quilombo

Coletivo Paratodxs

Juventude da EPS

Juventude do Coletivo PT Militante

Juventude da AE

Juventude da CNB

Movimento Mudança

Vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB) classificou como ousado o lançamento lançar a pré-candidatura da deputada estadual Manuela D'Ávila à Presidência da República pelo PCdoB. Sob a ótica de Siqueira foi “um gesto de ousadia” da legenda, “porém uma atitude madura, consequente, e plenamente correta”. O comunista também negou que a participação na disputa signifique um rompimento com o PT. 

“Não, nenhum partido pode dizer que tem sido mais defensor do PT, mais defensor da unidade das forças populares e democráticas do que o PCdoB. É sempre assim. Desde 1989 somos aliados estratégicos do PT no plano nacional e não deixamos de ser”, salientou, em vídeo divulgado no Facebook. 

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"Entretanto, na atual fase do debate político do País e dos preparativos de uma eleição presidencial, que está posta em risco, é absolutamente necessário, a exemplo de outros partidos e do próprio PT, que o PCdoB tenha voz própria nesse debate. Tenha o seu lugar próprio na mesa de debate em torno dos rumos do País”, acrescentou.

De acordo com Luciano, a candidatura própria do PCdoB também não contradiz a “bandeira sagrada da formação de uma ampla frente destinada a derrotar os golpistas” e não dificulta alianças para palanques nos estados. “O PCdoB é craque na compreensão do caráter nacional da disputa presidencial com a disputa pelos governos estaduais e as casas legislativas. Não há verticalização das alianças”, frisou. 

O desejo do partido comunista de protagonizar a corrida eleitoral de 2018 não foi bem aceita por alguns petistas, entre eles o senador Lindbergh Farias (RJ) que classificou a iniciativa como “um erro”. Para ele diante do cenário atual, “só Lula pode parar essa destruição que está acontecendo no país”. 

O nome de Manuela D'Ávila foi anunciado nesse domingo (5). É a primeira vez, desde a redemocratização, que o partido disputa o Palácio do Planalto. Mesmo com a crítica, a presidente nacional do partido, deputada Luciana Santos, disse que “não há um partido mais defensor do PT do que o PCdoB". "Nós queremos nos apresentar com mais força para ajudar o conjunto do nosso campo político a retomar a Presidência da República no ano que vem", explicou. 

Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e presidente licenciado do PSD, Gilberto Kassab afirmou, nesta sexta-feira (15), que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é uma opção do partido em caso de candidatura própria em 2018. Para Kassab, que veio ao Recife para participar da assinatura de um convênios de cooperação técnica na área tecnológica, Meireles é uma figura "muito qualificada".  

“Posso dizer a vocês , como qualquer brasileiro, que ele é um presidenciável.  Até por conta do trabalho que ele vem fazendo no Ministério da Fazenda, que ele fez no Banco Central, por sua formação, seu preparo”, salientou Kassab. O nome de Meirelles, que é filiado ao PSD, surgiu após uma conversa entre ele e a bancada federal da legenda nessa quinta-feira (14). O auxiliar de Temer vai estrelar o próximo programa partidário do PSD. 

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“No momento em que o PSD iniciar seus entendimentos para a definição da sua participação do ano que vem , inquestionavelmente, o nome de Henrique Meirelles estará na nossa mesa de avaliações”, acrescentou. O presidente licenciado da sigla também observou que a candidatura própria à Presidência é pressuposto de respeito e credibilidade para a sigla. “E o PSD admite que já tem uma hipótese da candidatura própria de uma figura muito qualificada que é o Henrique Meirelles”, frisou. 

Também presente do ato que aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, o presidente estadual da sigla e deputado federal André de Paula reforçou a tese de Kassab. “Temos um enorme privilégio de ter nos nossos quadros o mais qualificado na área da economia. Quem tem o nome como este. Qual é o problema do ministro do partido almoçar com a sua bancada? Mas ao menor sinal, toda mídia compreendeu que estávamos pondo o nome dele como candidato”, disse.  “Temos que comemorar porque na hora que botou um nome o pais parou para pensar. Ele tem todas as qualidades para ser um presidente”, acrescentou o parlamentar. 

Apesar das movimentações, Henrique Meirelles afirmou em publicação no Twitter que não é presidenciável. 


O coordenador da campanha de Eduardo Campos e secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, admite que o partido tende a uma aliança com o governador tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, mas ainda defende que o "ideal" seria a coligação ter uma candidatura própria no Estado, como defende a aliada Marina Silva. "A candidatura própria seria ideal, mas precisaria ser construída", disse Siqueira ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O PSB paulista é majoritariamente tucano, mas, além da resistência da Rede, a aliança com Alckmin também foi prejudicada pela aproximação dos tucanos com o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Nos bastidores, fala-se na possibilidade da formação da chapa com Kassab na vice e o PSB com a indicação ao Senado, provavelmente do presidente do diretório estadual, Márcio França.

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Siqueira não quis comentar diretamente essa articulação e disse apenas que "na política nem sempre prevalece a vontade e o ideal, funciona a realidade". O secretário-geral afirmou ainda que não há um "alinhamento" do PSB nacional com a aproximação do PSDB, mas que o partido respeita a estrutura interna. "O posicionamento do diretório de São Paulo vai ser levado ao congresso estadual e a decisão vai ser respeitada". Apesar do tom de conformação, Siqueira não descarta mudanças no cenário e lembra que a aproximação com Alckmin em São Paulo não é definitiva. "Fatos novos sempre podem surgir na política", pontuou.

A Democracia Socialista, tendência do PT que defende uma candidatura própria da legenda para as eleições estaduais deste ano, definiu seis teses que vão ser apresentadas durante o Encontro de Tática Eleitoral, marcado para este fim de semana, onde o partido vai decidir o caminho que seguirá para o pleito. O movimento é encabeçado pelo ex-secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja, e pelo presidente do PT municipal, Oscar Barreto.

Caso o PT opte por uma aliança, a medida se dará com o PTB, que disputará o Governo de Pernambuco com a candidatura do senador Armando Monteiro. A opção por Armando, segundo o grupo contraria as bandeiras de defesa petista. 

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"Não podemos nos iludir de que o Senador Armando Monteiro, que expressa uma candidatura com trajetória contrária às bandeiras dos trabalhadores seja o palanque que defenderá a reeleição da Presidenta Dilma em Pernambuco", diz uma das justificativas. Além desta está a defesa pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e a integração da militância e de movimentos sociais ligados ao PT. 

Veja as teses na íntegra:

RECONSTRUIR O PARTIDO PELA CANDIDATURA PRÓPRIA DO PT EM PERNAMBUCO

1. O Partido dos Trabalhadores inicia 2014 com um objetivo principal: a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, para consolidar e fazer avançar o projeto de transformações econômicas, sociais, políticas e culturais, inaugurado com a vitória do presidente Lula em 2002. Nossa disposição desde já manifestada entusiasticamente em cada canto de Pernambuco pela militância é de iniciar 2015 num novo Governo Estadual que, em conjunto com a companheira Dilma, possa realizar um quarto mandato do PT com novas e maiores conquistas para o povo brasileiro e pernambucano. 

2. Para tanto, é necessário, agora e durante a campanha, estreitar os vínculos com o movimento sindical e popular; bem como apresentar um programa capaz de corresponder às aspirações, reivindicações, sonhos e expectativas de mudanças da população. Uma maioria de deputados estaduais, a eleição de um novo Governo Estadual comprometidos com nosso projeto e, principalmente, a construção de uma ampla base de apoio na sociedade são condições para promover reformas estruturais necessárias, como é o caso da reforma política, da democratização dos meios de comunicação, da reforma urbana, da reforma agrária, da reforma tributária – todas elas necessárias para aprofundar a democracia e reduzir a desigualdade social no País e no Estado. O que significa não apenas escolher nossa candidatura ao Governo Estadual, aliados e organizar palanques, mas, sobretudo enfrentar o debate de idéias na sociedade. 

3. É importante defender nossas realizações na Presidência da República e comparar o Brasil de hoje com o Brasil que precedeu o governo Lula. Mais que nunca, temos de apresentar propostas, projetos e compromissos com o futuro. Na conjuntura atual, é preciso vencer a batalha de visão sobre os rumos da economia que, na verdade, expressa uma batalha de interesses. Aqueles que antes ganhavam com a especulação, com o arrocho salarial, com o desemprego, com a privatização do Estado, atacam o núcleo de nossa política, que visa a distribuir renda, gerar empregos para promover justiça social e sustentar o crescimento do País. Nesse sentido, a militância deve participar ativamente das lutas sociais por reformas estruturais e ampliação dos direitos dos trabalhadores no próximo período, a exemplo do plebiscito popular pela Constituinte Exclusiva para a reforma política e da redução da jornada de trabalho sem redução de salários. 

4. Diante de tudo isso, não podemos nos iludir de que o Senador Armando Monteiro, que expressa uma candidatura com trajetória contrária às bandeiras dos trabalhadores (inclusive recebendo nota 10 da principal revista opositora aos Governos Lula e Dilma, a Revista Veja, e vinculado a nível nacional ao um partido, comandado por Roberto Jefferson, um dos principais adversários do PT), seja o palanque que defenderá a reeleição da Presidenta Dilma em Pernambuco.

5. Apenas uma candidatura própria do Partido dos Trabalhadores ao Governo de Pernambuco tem condições de defender a reeleição da Presidente Dilma e a participação da maioria do povo de Pernambuco nos destinos do Governo Estadual, implantando um planejamento participativo e territorial, onde a maioria da população possa decidir e fiscalizar os principais investimentos públicos que repercutem na nossa sociedade, economia e política.

6. Por tudo isso, é o PT quem possui legitimidade histórica para melhor colocar-se para a sociedade pernambucana enquanto força transformadora e aliada dos interesses e projetos populares, pelo que vem realizando no País. Assim, convocamos todas as Delegadas e todos os Delegados para aprovar a CANDIDATURA PRÓPRIA DO PT AO GOVERNO DE PERNAMBUCO.

Representantes:

OSCAR PAES BARRETO

PRAZERES BARBOSA

CIRILO MOTA

MARINEIDE CORREIA 

A situação emblemática de divisão do PT em Pernambuco será discutida, nesta quarta-feira (19), em Brasília. Parte da legenda no estado deseja apoiar a pré-candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao Palácio do Campo das Princesas, em contrapartida outras tendências internas desejam uma postulação própria. O presidente nacional da legenda, Rui Falcão, vai se reunir com a presidente estadual, deputada Teresa Leitão, e alguns membros da comissão eleitoral, com o intuito de deixar Falcão a par do contexto local. 

"Vamos repassar o que está acontecendo aqui e ouvir se há novidades no cenário nacional”, adiantou Teresa. Nas últimas semanas, o grupo que defende a candidatura própria sugeriu a realização de um plebiscito, no entanto a proposta foi rejeitada pela executiva. 

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A decisão final do PT estadual para as eleições vai ser anunciada no próximo fim de semana, durante um encontro da legenda, que acontecerá no Hotel Jangadeiro, em Boa Viagem. Trezentos delegados devem participar do evento para escolher se firmam aliança com Armando ou se vão cair em campo com uma chapa pura. 

 

 

O ex-presidente Lula (PT) já deixou avisado, antes de viajar à Itália, que vai conversar com o deputado federal e presidente do PP em Pernambuco, Eduardo da Fonte, na próxima semana. O petista também confirmou que vai negociar pessoalmente a construção do palanque para a reeleição de Dilma Rousseff (PT) no estado. 

O encontro com Da Fonte, estava agendado para esta semana, no entanto não aconteceu. O progressista se encontrou apenas com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para tratar da pauta. O assunto do encontro será o anseio do PP em configurar uma candidatura própria para o governo de Pernambuco, ofertando dois palanques para Dilma, já que um deles é o do senador Armando Monteiro (PTB). 

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Nove tendências internas do PT defendem que a legenda tenha candidatura própria durante as eleições ao Governo de Pernambuco este ano. Os grupos vão realizar, nesta terça-feira (11), uma plenária com movimentos sociais do estado para discutir as estratégias que vão usar visando o convencimento do partido como um todo ao projeto de postulação individual. A plenária, que está marcada para às 18h, vai acontecer no Sindicato dos Trabalhadores em Informática de Pernambuco (SINDPD-PE), no bairro da Boa Vista.

O grupo é liderado pelo presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, e defende que a sigla apresente uma candidatura com compromisso as bandeiras históricas do PT e fortaleça o projeto de reeleição da presidenta Dilma. 

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As tendências protocolaram, nessa segunda (10), uma solicitação para realizar um plebiscito interno, onde os militantes escolheriam se preferem apoiar a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ou um postulante petista. O pedido já foi vetado pela Executiva Estadual. 

 

O presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, e mais nove tendências da legenda no estado estão dispostos a lutar pela escolha da candidatura própria. Eles anunciaram, nesta segunda-feira (10), que vão propor a realização de um plebiscito interno para decidir se apoia a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ou se opta pela estratégia de lançar um nome petista ao pleito. 

O grupo encaminhou uma carta aberta a presidente estadual do PT, deputada estadual Teresa Leitão, solicitando uma "Consulta Plebiscitária com as seguintes proposições: Candidatura Própria (que está sendo defendida por tendências internas e segmentos sociais) versus Apoio à candidatura de outro partido". Contrárias à decisão da executiva nacional de apoiar o senador e pré-candidato Armando Monteiro (PTB), as tendências ressaltam na carta a importância de “defender as bandeiras históricas” da legenda e “unificar o partido”. 

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Dentre os nomes sugeridos pelos componentes das ramificações petistas para disputar o pleito está o de Oscar Barreto e outros cinco pré-candidatos para compor a majoritária. A iniciativa do grupo foi divulgada, inicialmente, no último dia 28. 

Confira o documento:

PARA A EXECUTIVA ESTADUAL DO PT/PE

ATT. Presidenta Teresa Leitão

Recife, 10 de março de 2014

“A nossa Democracia Interna deve estar marcada fortemente por valores que queremos ver inscritos no mundo”

O Partido dos Trabalhadores nasceu e se consolidou por um forte debate interno sobre os preceitos constituídos no manifesto apresentado no Colégio Sion, em 10 de fevereiro de 1980. Hoje podemos dizer que o PT é um partido feito por muitas mãos, portanto, nunca é demais saudar a realização de eventos democráticos, onde a militância petista tenha a oportunidade de expressar os seus legítimos direitos partidários.

Neste sentido, precisamos ampliar a convicção política defendida no PED 2013 pelas chapas e pelos(as) candidatos(as) a presidente do PT-PE, que enfatizaram em suas falas à militância petista a estratégia da candidatura própria ao Governo de Pernambuco como forma de defender o legado de 34 anos do Partido. Certamente, fazer isto nas bases programáticas da coligação política, para ajudar a reeleger a companheira Dilma, para que ela faça as mudanças que o povo espera; e para trazer o PT de volta aos movimentos sociais.

Por estarmos sintonizados com esta proposta amplamente defendida junto aos filiados(as) durante o PED e cientes de que o melhor caminho para construção da Unidade Partidária é a Democracia e a Participação, vimos por meio deste solicitar que a Executiva Estadual do PT-PE constitua junto à base militante do Partido uma Consulta Plebiscitária com as seguintes proposições: Candidatura Própria (que está sendo defendida por tendências internas e segmentos sociais) versus Apoio à candidatura de outro partido.

 

Signatários:

DEMOCRACIA SOCIALISTA

ALTERNATIVA SOCIALISTA DEMOCRÁTICA

ESQUERDA MARXISTA

PT DE LUTA E DE MASSA

CORRENTE O TRABALHO

COLETIVO ESPORTE E LAZER

COLETIVO O QUILOMBO

NOVOS RUMOS/PE

MILITANTES DA MENSAGEM AO PARTIDO 

PRAZERES BARROS - Secretária Nacional de Cultura

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