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Interesados em participar do concurso público da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) podem se inscrever a partir desta sexta-feira (22), através do site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) até 12 de janeiro de 2024. A taxa de inscrição custa R$ 80. O certame vai selecionar profissionais para vagas e formação de cadastro de reserva em cargos de Analista em Ciência e Tecnologia.

O concurso oferece 50 vagas. Destas, 32 são para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia para candidatos de qualquer área de formação. As demais serão distribuídas para funções específicas: Biblioteconomia (3) Contabilidade (5), Estatística (5) e Informática (5). De acordo com o cronograma do processo seletivo, a prova, composta por 120 questões, está prevista para 17 de março, no período da tarde. Os candidatos selecionados receberão salários que variam entre R$ 5.211,48 e R$11.186,69.

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciaram nesta quarta-feira (13) o investimento de R$ 260 milhões para mais 42 projetos científicos que serão apoiados no âmbito do programa Institutos Nacional de Ciência e Tecnologia (INCTs). Os recursos serão disponibilizados para pesquisas de alto nível a serem desenvolvidas em rede. 

O anúncio foi feito pela ministra Luciana Santos e o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, durante a abertura do 62º Fórum Nacional do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), no auditório do CNPq, em Brasília. 

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“Com essa iniciativa, somando os projetos já em andamento contemplados em chamadas anteriores, o programa INCT passa a contar com 204 projetos apoiados. É um dos mais importantes programas de fomento a projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos”, afirmou a ministra.

Os projetos foram selecionados na última chamada pública do programa, de 2022, e receberão recursos adicionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), CNPq, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e de 12 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs). Com esse aporte, a chamada contemplará 100 novos projetos e mais de R$ 600 milhões em investimento. 

O programa INCT foi criado em 2008 e se caracteriza por grandes projetos de pesquisa de longo prazo em redes nacionais e ou internacionais de cooperação científica envolvendo pesquisadores e bolsistas das mais diversas áreas para o desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos. Cada um dos INCT atualmente em execução atua em um tema de diferentes áreas do conhecimento, seja de Ciências Humanas, Biológicas, Exatas e Agrárias, envolvendo milhares de pesquisadores e bolsistas em temáticas complexas, estruturados em subprojetos, muitos dos quais descentralizados nos diferentes laboratórios e centros que integram a rede de pesquisa. 

O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, exaltou o êxito do INCT que “tem tido uma importância enorme não só para aumentar o nível da ciência e tecnologia no país, mas também para consolidar redes de pesquisa em todo território nacional”. E ressaltou a importância das parcerias na ação, destacando a sinergia com a Capes e a articulação do Confap para conseguir o apoio essencial das fundações de amparo à pesquisa.

*Da assessoria 

A CAPES está oferecendo 1.518 bolsas, com duração de três a seis meses, para o Programa Institucional de Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE). As instituições de ensino têm até 6 de dezembro para realizar os processos seletivos internos de pesquisadores.

O processo de candidatura, com estudantes indicados pelas universidades, será de 7 a 18 de dezembro por meio do Sistema de Inscrições da CAPES (Sicapes). Para participar da seletiva, de acordo com o edital, é necessário ser brasileiro nato ou, se estrangeiro, possuir visto de estudante ou autorização de residência no Brasil.

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Além disso, o candidato não pode possuir título de doutor, deve estar matriculado em curso de doutorado, com nota igual ou superior a quatro e não estar em situação de inadimplência com a CAPES ou quaisquer órgãos da administração pública. Ainda segundo o cronograma, Pró-Reitorias de Pós-Graduação terão de 19 a 22 de dezembro para homologar as candidaturas. A relação de homologados será publicada a partir do dia 27 do mesmo mês. O início das atividades no exterior se dará entre abril e junho de 2024.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sofreu uma redução de R$ 116 milhões neste ano. Desse total, R$ 66 milhões ficarão retidos pelo governo federal e poderão ser liberados até o final de dezembro. Os R$ 50 milhões restantes representam um corte efetivo no orçamento da fundação.

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Capes tem o papel de expandir e consolidar a pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação, além de ser responsável pela formação de professores da educação básica.  

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Diante da redução no orçamento, entidades ligadas à educação, que formam a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento Brasileiro (ICTPBr) divulgaram uma nota na qual demonstram “grande preocupação com a situação orçamentária Capes”.

Os setores afetados são, conforme a nota, as diretorias de Programas e Bolsas (R$ 50 milhões) e de Relações Internacionais (R$ 30 milhões), e as atividades de formação de professores da educação básica (R$ 36 milhões).

Segundo as entidades, nos últimos anos, especialmente no governo anterior, a supressão de bolsas de estudos do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) “atingiu um nível extraordinário, provocando a desistência de estudantes dos cursos de mestrado e doutorado e influenciou, diretamente, na inédita queda da produção científica brasileira em 2022, visto que mais de 90% dela é oriunda do nosso SNPG”.

“Com os recentes bloqueios, cortes e uma perspectiva muito desfavorável no Projeto de Lei Orçamentária 2024 para a Capes, fica difícil acreditar no lema “A Ciência voltou”, pois é justamente no SNPG onde se encontra o esteio central do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro”, dizem as entidades na nota. 

A ICTPBr é composta por nove entidades de âmbito nacional, como a Academia Brasileira de Ciências, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Ministério da Educação  

Em nota, o MEC diz que aumentou, em 2023, o orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em 54,6%, o que equivale a quase R$ 2 bilhões, em relação ao orçamento executado pela autarquia no ano passado. “O crescimento do orçamento para a Capes já garantiu, entre outras ações, a expansão e reajuste nos valores das bolsas de mestrado, doutorado, pós-doutorado, iniciação científica e iniciação à docência”, diz a pasta.

O MEC diz ainda que o corte de R$ 50 milhões representa um percentual de 0,92% do orçamento discricionário da Capes, que é de R$ 5,4 bilhões para 2023, e que atende às orientações da Junta de Execução Orçamentária (JEO), responsável pelo assessoramento na condução da política fiscal do governo. 

Em relação ao contingenciamento de R$ 66 milhões o MEC diz que “não é definitivo, com possibilidade de recomposição até o final do ano fiscal.”

A nota acrescenta que outras áreas também estão tendo ajustes para que o plano orçamentário do governo seja cumprido: “Com muito diálogo e respeito, que devem ser a tônica dos que trabalham pela Educação em suas várias etapas, as demais áreas do ministério também estão ajustando ações e programas à necessidade de adequação ao plano orçamentário de governo, um esforço em prol do Brasil e da saúde das finanças públicas. O MEC segue de portas abertas ao diálogo e à construção coletiva com todos os segmentos sociais, em busca de caminhos que elevem a Educação aos patamares que o Brasil merece e necessita.” 

Os Programas Profissionais para Professores da Educação Básica (Prof/ProEB), ligados à Capes, abrem  4,7 mil vagas de mestrado para professores. Esta chamada conta com oportunidades nas áreas de Artes (301), Biologia (330), Física (710), História (672), Letras (721), Matemática (1,8 mil) e Química (252). Todos os editais estão disponíveis para consulta nas páginas do programa. Cada seletiva segue um cronograma específico.

Os candidatos selecionados deverão começar as atividades no primeiro semestre de 2024. Ao todo, há 12 programas de mestrado e um de doutorado, em História. Além dos mestrados mencionados, a iniciativa inclui  vagas para Educação Física, Educação Inclusiva, Filosofia, Geografia e Sociologia.

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O Ministério da Educação (MEC) e a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) abriram 290 mil vagas, tanto de graduação quanto de especialização lato sensu, em cursos de educação a distância. A iniciativa é voltada a instituições públicas de ensino superior integrantes do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB).

As turmas dos cursos selecionados serão formadas em municípios mantenedores dos Polos EaD UAB, entre julho de 2024 e dezembro de 2026. De acordo com as instituições, os cursos a serem propostos pelas instituições deverão pertencer a três áreas: formação de professores e demais profissionais da educação básica (licenciaturas e especializações); formação de agentes públicos, e desenvolvimento econômico social e regional (bacharelados, tecnológicos e especializações).

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Para aderir ao programa, as instituições devem enviar proposta pelo Sistema Integrado da CAPES (Sicapes). A adesão aos cursos, a solicitação de cadastro de novos cursos no SisUAB ou de atualização de dados de polos devem ser feitas entre 21 de setembro e 30 de novembro. De acordo com a Capes, a divulgação final será em março e das ofertas serão confirmadas em maio de 2024.

O Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançaram, nesta quinta-feira (21), o Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade). A iniciativa tem o objetivo de formar professores em licenciaturas específicas e pedagogos, para que possam atender nas redes públicas e comunitárias que ofertam educação escolar indígena, quilombola e no campo, educação especial inclusiva e educação bilíngue de surdos. 

O Parfor Equidade é executado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, e pela Capes, autarquia vinculada à pasta. O programa prevê que os cursos sejam ofertados por instituições de ensino superior federais ou comunitárias que tenham Índice Geral de Curso (IGC) igual ou superior a 3 e instituições estaduais e municipais como autorização para funcionamento. Todas devem ter experiência na área e cada uma ofertará de 30 a 200 vagas.  

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Os cursos ofertados serão: Pedagogia Intercultural Indígena, Licenciatura Intercultural Indígena, Licenciatura em Educação do Campo, Licenciatura em Educação Escolar Quilombola, Licenciatura em Educação Especial Inclusiva e Licenciatura em Educação Bilíngue de Surdos.  

De acordo com o MEC, ao menos 50% das vagas serão destinadas a professores da rede pública que já atuem na área do curso, porém sem a formação adequada, com preferência aos grupos indígenas, quilombolas, negros ou pardos, pertencentes a populações do campo, pessoas surdas e público-alvo da educação especial. Para os demais públicos, informou o ministério, haverá processo seletivo de cada instituição de ensino, incluída a destinação de cotas para indígenas, quilombolas, pretos e pardos, populações do campo, pessoas surdas e para o público-alvo da educação especial.

Além de promover uma formação mais especializada para professores em exercício, o Parfor Equidade pretende ampliar o número de profissionais que atuam com na educação desses segmentos mais vulneráveis. Serão formadas 2 mil pessoas, no primeiro edital do programa, com investimento de R$ 135 milhões ao longo de cinco anos.  

O Parfor Equidade nasce de um programa já existente, o Parfor, criado em 2009, que já formou mais de 100 mil professores da educação básica que não tinham a especialização adequada para lecionar na área em que atuavam. O Parfor Equidade também integra o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, relançado pelo MEC em 2023, com ações destinadas à formação de estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas e alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.  

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) retomaram o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (PIC-ME). A Fundação oferecerá 80 bolsas de pós-graduação, sendo 50 de mestrado e 30 de doutorado, com investimento de R$ 70 milhões. 

As bolsas são destinadas a para medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) ao longo de quatro editais, um por ano, até 2026.

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O primeiro edital está disponível no site do PIC-ME, onde são oferecidas cinco bolsas de mestrado e dez de doutorado. As inscrições podem ser feitas até o dia 11 de agosto.

“Tenho um apreço muito grande pela Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Acredito que foi um dos grandes feitos do primeiro governo Lula”, afirmou Laerte Ferreira, diretor de Programas e Bolsas no País da Fundação, que disse que o Impa “terá liberdade discricionária para implementar as bolsas onde entender que sejam necessárias”, segundo informações da assessoria de imprensa da Capes.

O Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação – Políticas Afirmativas e Diversidade abre inscrições neste sábado (15). Os candidatos interessados em concorrer a bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado - oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) - poderão se inscrever até 25 de agosto.  

Essa política afirmativa e de diversidade é uma das ações do Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, recriado pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Capes em junho deste ano.

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O programa homenageia Abdias do Nascimento (1914-2011), que foi professor universitário, artista plástico, ator, poeta, escritor, dramaturgo, deputado federal (1983-1987), reconhecido, sobretudo, por ser ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras. 

Ao longo de cinco anos, a Capes investirá até R$ 45 milhões para formação de professores e pesquisadores em diversas áreas do conhecimento.

Projetos candidatos 

As regras para seleção dos projetos estão descritas no edital da Capes (nº 17/2023).

O edital está dividido em seis eixos temáticos: Políticas afirmativas na pós-graduação; Avanços para autonomia e tecnologia assistiva na educação; Interculturalidade e políticas públicas na educação; Políticas indigenistas e para povos tradicionais; Equidade e combate ao racismo na educação; e Educação especial: inclusão e desenvolvimento. 

As propostas deverão ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, em formulário específico, disponível no Sistema de Inscrições da Capers (Sicapes)  com login e senha do portal Gov.br

Para concorrer às bolsas de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, os projetos inscritos devem ter abrangência nacional e recorte geográfico com pelo menos duas das cinco regiões brasileiras. 

Extensão e planejamento

Os projetos devem prever atividades de extensão e planejamento, reserva de vagas de bolsas para pessoas autodeclaradas pretas, pardas, quilombolas e indígenas, além de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, entre outros requisitos.

Na análise de cada projeto serão considerados critérios como relevância e alinhamento ao tema, impacto e potencial transformador no avanço das políticas afirmativas e de diversidade, aplicabilidade, experiência e qualificação da equipe de docentes e pesquisadores responsáveis pela proposta, viabilidade do projeto, representatividade e diversidade étnico-racial, entre outros critérios. 

O resultado preliminar será divulgado em 23 de outubro. Os candidatos que discordarem da análise de mérito dos projetos terão cinco dias corridos para envio de recurso referente ao resultado preliminar. E o resultado final será conhecido em 21 de novembro.  

O investimento nas propostas aprovadas será de até R$ 1,5 milhão, sendo até R$ 150 mil em recursos de custeio. O início da vigência dos projetos será em 10 de dezembro deste ano. 

A Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) publicou uma portaria, nesta quarta-feira (12), com as regras sobre o acúmulo de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, com outras atividades remuneradas, ou rendimentos. O documento autoriza outras fontes de renda associadas ao benefício, mas veda o acúmulo de mais de uma bolsa para o mesmo fim.

A portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) proíbe o acúmulo de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado com outras bolsas, nacionais, ou internacionais, de mesmo nível, que sejam financiadas com recursos públicos federais. A exceção é para quando o segundo benefício for uma complementação concedida por alguma entidade parceira da Capes e prevista em acordo para essa finalidade.

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Para o período de março de 2023, a fevereiro de 2024, a Capes disponibilizou a concessão de 93,2 mil bolsas pela Cota de Bolsas da Pró-Reitoria e também pelos Programas Institucionais de Fomento à Pós-Graduação, que envolve 51 programas de pesquisa e a formação de recursos humanos.

Participam desses programas, cerca de 6 mil instituições de ensino e pesquisa que, segundo a portaria, terão a função de estabelecer os critérios de permissão, ou vedação, do acúmulo de bolsas em seus regimentos internos, assim como de acompanhar e fiscalizar a concessão dos benefícios. Os casos de acúmulo de benefício deverão ser registrados na Plataforma Sucupira, ferramenta que coleta informações e serve como referência do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Os coordenadores do projetos das bolsas são os responsáveis por realizarem os registros e manterem as informações atualizadas.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) investirá R$ 225 milhões neste ano em duas ações para a formação de alunos de mestrado e doutorado no país. De acordo com a fundação, que é vinculada ao Ministério da Educação, o investimento é R$ 47 milhões maior que em 2022.

Os recursos são para os programas de Apoio à Pós-Graduação (Proap) e de Excelência Acadêmica (Proex), destinados à manutenção de equipamentos, aquisição de materiais de laboratórios, participação em eventos e publicação de conteúdos científicos. Os valores dos programas não eram reajustados desde 2015 e, segundo a entidade, o objetivo do incremento é melhorar as condições para formação e pesquisa no país.

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Proap investe em instituições participantes do Programa Demanda Social e do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias e Ensino Superior (Prosuc), que visam proporcionar melhores condições para a formação de mestres e doutores. Com o Proex, a Capes busca manter o padrão de qualidade dos cursos com nota 6 e 7, as mais altas da avaliação da própria fundação.

Além disso, em 2023, a Capes incluiu as instituições comunitárias de ensino superior no Proap. Serão beneficiados 219 programas de pós-graduação com aporte de R$ 9,1 milhões.

Segundo a fundação, as regras para o cálculo dos valores a serem repassados aos programas de pós-graduação, que têm como base o número de alunos matriculados, são similares àquelas aplicadas desde 2016. Algumas alterações serão feitas, como a unificação dos valores para todas as áreas do conhecimento, o reajuste no valor per capita dos dois programas de apoio, maior recurso unitário para os programas com notas 6 e 7, e, em caso de perdas, essas são limitadas a 10% do valor recebido no ano anterior.

O processo de formalização dos auxílios, para o repasse dos recursos aos 3,3 mil programas apoiados pela Capes, teve início na última terça-feira (4). Com o reajuste, o valor mínimo concedido a cada programa de pós-graduação passou de R$ 5 mil para R$ 20 mil.

Dos programas atendidos, 2.658 receberão verbas pelo Proap e 669 pelo Proex. Deste total, 114 funcionam em redes associativas.

Segundo a Capes, instituições de ensino e pesquisa de todas as regiões do país serão beneficiadas. No Norte, 204 programas de pós-graduação receberão R$ 9,3 milhões, e no Nordeste, serão 679 beneficiados com R$ 37,9 milhões. No Sudeste, a concessão alcança 1.404 programas com R$ 115 milhões. No Sul, são 749 com R$ 47,8 milhões e, no Centro-Oeste, serão 291 com R$ 15,1 milhões.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) tem seis oportunidades para o financiamento de bolsistas brasileiros da modalidade Cátedra para estudar na Universidade de Münster, na Alemanha. O programa Cátedra Brasil da Universidade de Münster estendeu seu período de inscrições até o dia 28 de fevereiro, às 17 horas.

As bolsas serão divididas entre dois selecionados da modalidade Cátedra e, cada um deles, indicará um bolsista de pós-doutorado e outro de doutorado-sanduíche. Os resultados da avaliação estão previstos para saírem no dia 30 de junho e o início das atividades apenas para setembro.

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A Capes será responsável por financiar os estudos, cada catedrático terá direito a recursos de até R$ 628 mil. A vigência das bolsas varia de 6 a 18 meses para cátedra e de 6 a 12 meses para o pós-doutorado e o doutorado-sanduíche. Para saber mais sobre essa oportunidade, é possível acessar o edital pelo site do Ministério da Educação (MEC), órgão superior à Capes. Os interessados podem se inscrever diretamente pelo SICAPES

A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) está disponibilizando, junto ao Ministério da Educação (MEC), 30 vagas para bolsas de estudo em cursos de pós-graduação na Irlanda para profissionais da educação. O período de inscrições vai até a sexta-feira (20).

Os cursos são em pós-graduação de gestão e liderança educacional e devem iniciar em setembro de 2023. Haverá, também, aulas adicionais de inglês de forma online durante os meses de julho e agosto deste ano e um suporte de 'inglês para fins acadêmicos' durante a estadia na Irlanda.

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Os professores aprovados terão um programa de módulos com temas variados sobre liderança, com previsão para ser ministrado entre setembro de 2023 a maio de 2024. Eles também poderão contar com o direito à bolsa, auxílio-instalação, seguro-saúde, passagem aérea internacional (de ida e volta), hospedagem, alimentação e deslocamento parcial na Irlanda. Os valores serão todos repassados em euro.

As inscrições podem ser feitas até esta sexta-feira (20) de forma online pelo site da Capes. As vagas são voltadas para professores, coordenadores, supervisores pedagógicos, gestores escolares e profissionais lotados nas secretarias de Educação que exerçam atividades de gestão educacional ou relacionadas à formação de professores.

A nova edição do Qualis, ranking da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) das revistas científicas nas quais brasileiros publicaram suas pesquisas, tem sido alvo de críticas de pesquisadores de diversos campos, como Economia, Engenharia, Segurança, História e Comunicação. Os acadêmicos apontam distorções, com periódicos de grande renome ficando atrás de outros menos conhecidos e relevantes para as áreas. Para eles, a lista está em descompasso com outras referências internacionais.

Alguns pesquisadores destacam que o problema é estrutural. Outros cientistas indicam que a mudança na metodologia desta edição, divulgada no fim de dezembro, potencializou a desconexão com a realidade. O Qualis serve como um indicador para avaliar os programas de pós-graduação. Também é adotado, em alguns cursos e editais, como critérios para promover professores e conceder bolsas, embora Capes não recomende esse uso.

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A classificação que motivou revolta é ainda preliminar (recebe recurso até esta quinta-feira, 19). A listagem reflete "apurações realizadas no âmbito da Avaliação Quadrienal 2017-2020 pelas 49 áreas de avaliação", conforme a Capes. Com base em critérios gerais e específicos utilizados em cada área de avaliação, o Qualis Periódicos classifica as revista nos seguintes estratos: A1, mais elevado; A2; A3; A4; B1; B2; B3; B4; C (peso zero). Essas avaliações são feitas por comitês de especialistas de cada área.

Ao Estadão, a Capes informou que "todas as solicitações serão analisadas" e disse que "o diálogo estará presente em quaisquer fases dos processos de decisão relacionados ao Qualis, de modo a aprimorar sua execução, assim como os seus resultados, garantindo o cumprimento do seu papel na melhoria do sistema de avaliação".

"O Qualis não é uma base para a indexação de periódicos. Assim, não será adequado usá-lo como fonte de classificação da qualidade dos periódicos científicos para outros fins que não seja a avaliação dos programas", afirmou, em nota, o órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC).

Na prática, conforme pesquisadores ouvidos pelo Estadão, muitas vezes o Qualis é lido como um ranking das revistas e alguns cientistas optam publicar naquelas que apresentem melhor classificação, mesmo que não tenham tanta relevância para a área de pesquisa (acaba sendo um "indutor").

"Há distorções significativas. Você pode encontrar uma revista que é tipicamente nacional melhor classificada do que uma outra revista da mesma área internacional. Só que se você pegar o indicador internacional, essa revista nacional é muito mais fraca", disse Giuseppe Pintaude, chefe do Departamento de Apoio a Projetos Tecnológicos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR) e pesquisador do CNPq.

Ele fez um exercício gráfico de selecionar oito revistas, nacionais e internacionais, e contrapor a classificação Qualis com o ranking internacional SJR. "Quanto maior o Qualis, mais discrepante", afirmou. Para Pintaude, essa "supervalorização" de revistas nacionais pode "mascarar" problemas desses periódicos e não estimulá-los a alavancar sua qualidade.

"Em vez de eu publicar nas revistas que são o topo do campo, publico em revistas nacionais, que vão ser lidas apenas aqui no Brasil, em vez de em uma revista que pode ser lida literalmente no mundo todo. Esse é o grande problema do Qualis, ele gera incentivos errados e, consequentemente, prejudica a inserção internacional dos pesquisadores brasileiros", afirmou Thiago Krause, professor de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Os cientistas concordam que há "problemas estruturais" que acompanham a lista desde que ela começou a ser feita, na década de 1990. Alguns pesquisadores, porém, veem que a listagem divulgada no fim do ano passado carrega ainda mais distorções.

O Qualis é um indicador retroativo (se refere a anos anteriores) e é atualizado a cada quadriênio -antigamente, era por triênio. Em geral, a nova classificação é acompanhada por mudanças na metodologia, a fim de aprimorar a aferição.

Método

Em 2019, conforme a Capes explicou em seu site, o Qualis Periódicos ganhou nova fórmula que "busca critérios mais objetivos que permitam comparação mais equilibrada entre áreas de avaliação, atentando-se também para a internacionalização". O método se basearia na "classificação única" (cada periódico recebe apenas uma qualificação, independe da quantidade de áreas de avaliação nas quais foi mencionado) e por "áreas-mães" (foram agrupados de acordo com a área na qual houve maior número de publicações nos anos de referência avaliativo). O anúncio foi acompanhado por críticas.

Ao Estadão, a Capes disse que "existiam várias classificações para um mesmo periódico em áreas distintas, com critérios diversificados e baixa comparabilidade entre periódicos de um mesmo estrato", e, por isso, desde 2015, grupos de trabalho discutiram formas de aperfeiçoamento da metodologia.

"Decidiu-se, então, que cada área de avaliação estabeleceria os critérios adotados para a classificação dos periódicos sob sua responsabilidade. Todos foram validados pelo Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES) e encontram-se à disposição nas páginas das áreas, no site da Capes", disse, em nota.

Os pesquisadores explicaram que a mudança foi uma tentativa de corrigir uma falha de "particularização" excessiva das edições anteriores, em que algumas áreas eram mais rigorosas do que outras nas avaliações. No entanto, o que eles observaram é que a solução proposta, de apenas importar da área-mãe a nota de um periódico, sem calibrá-la, acabou criando distorções e "esquisitices" ainda maiores.

Pintaude observou, no caso da área em que atua - Engenharia Mecânica (Engenharias III) -, que revistas da educação (que aparecem no "ranking" de engenharia porque algum pesquisador da área escreveu algo publicado nela) aparecem melhor classificadas que periódicos nativos do campo e que têm grande reconhecimento. Segundo ele, a distorção ocorre pelo fato de o indexador fator de impacto (que leva em conta o número de citações do periódico, por exemplo) da engenharia ser diferente daquele usado na educação.

Entre os economistas, a avaliação é de que a lista está pior. Em abaixo-assinado virtual, que já acumula mais de 700 assinaturas, eles argumentam que as versões anteriores da classificação já tinham defeitos, mas que a atual "os agrava em vez de resolvê-los". "A classificação do Qualis da área de Economia está em completo descompasso com a relevância dos periódicos não só em termos gerais, como também nas subáreas de nosso campo. Os erros são tantos que seria constrangedor nomeá-los."

Subjetividade e periodicidade

Reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Correia, explica que a lista é feita com base em critérios objetivos e subjetivos (da comissão da avaliação de cada área). Na visão dele, que presidia a Capes quando essa nova edição do Qualis estava sendo realizada, a subjetividade é o principal causador dos problemas.

"Enquanto o mundo caminha para fatores mais objetivos, a gente está patinando, estagnado em dar peso muito grande aos fatores subjetivos, o que abre espaço para críticas e insatisfações. Não tem mais razão para, num mundo moderno com tanta ferramenta automatizada para avaliar periódicos, a gente ficar ainda nos fatores do subjetivos", afirmou. Ele faz uma observação que, nas Ciências Humanas, a automatização completa é difícil e há espaço para um pouco mais de subjetividade do que nas chamadas "ciências duras" (engenharias e biológicas, por exemplo).

Adriana Marques, professora de Defesa e Gestão Estratégica Internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), se incomoda, na área de segurança internacional e defesa, com as diferenças de classificações entre revistas ligadas a universidades e escolas militares.

Segundo ela, na edição atual, apenas uma revista internacional da Marinha está entre as melhores classificadas (A1), sem "nenhuma revista importante da área de segurança e da defesa". "Não há objetividade nenhuma", afirmou.

Em nota, a Capes disse que criar a classificação é um "processo complexo, que envolve todas as áreas de avaliação com suas particularidades, ao mesmo tempo em que deve garantir comparabilidade e isonomia".

Outro ponto que é alvo de queixas de alguns pesquisadores é a periodicidade do indicador. Por ser retroativo, o Qualis reflete o passado, assim como outras classificações internacionais. O problema, porém, é que o "ranking" brasileiro vislumbra um período de quatro anos (quadrienal) que, na visão deles, é muito longo.

"É um problema sério, porque você tem que já prever os critérios que vão ser enviados em uma avaliação daqui a quatro anos. A tecnologia avança muito rápido. As métricas vão ter esse engessamento", disse Correia.

O que os cientistas pleiteiam?

Luís Filipe Silvério Lima, professor do História da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), avalia que se está "brigando pela coisa errada". Na avaliação dele, é necessária a reformulação na maneira que se avalia os programas de pós-graduação. "Me incomoda o fato de que não avaliamos na pós-graduação para o que foi criada: formar mestres e doutores", diz, destacando que critérios atuais focam mais no "produtivismo" (quantos artigos são publicados e quantas vezes são citados).

Ele destaca que isso, inclusive, tem gerado uma "crise" na academia. "Acabou de sair um texto na (revista) Nature falando que dos anos 1950 para cá, embora tenha aumentado o número de publicações, os artigos estão cada vez menos disruptivos."

"O ideal seria, em vez de avaliar tudo o que um docente e um discente produz, avaliar o que eles consideram como importante. Avaliar menos para avaliar melhor. Está havendo uma mudança nesse sentido", afirmou.

Giuseppe Pintaude, por outro lado, defende que haja discussão para abandonar o Qualis e definir um indicador internacional que possa substituí-lo. "A UTFPR, onde sou professor, fez essa discussão para editais internos de fomento para os pesquisadores, que é a avaliação individual, e em determinado momento, escolheu um indicador internacional, que inclusive é um indicador que consegue fazer essa calibragem da diferença entre as áreas do conhecimento, o Snip."

Além de mais automatização, Anderson Correia aponta que a avaliação não pode ser tão "endógena", apenas com a academia. O reitor do ITA defende participação da sociedade e da indústria.

Passado

Não é a primeira vez que a tabela da Capes é contestada e criticada - as críticas são recorrentes. Em 2009, conforme mostrou o Estadão, pesquisadores denunciaram que várias revistas científicas brasileiras estariam "ameaçadas de extinção" pelos novos critérios de avaliação que passariam a ser adotados.

Isso porque, até 2008, o Qualis era dividido em duas categorias (nacional e internacional). Com as mudanças, uma estrutura única foi proposta, com revistas brasileiras "competindo" com as publicações estrangeiras.

O Ministério da Educação abriu 30 vagas para o Programa De Desenvolvimento De Profissionais Da Educação Básica Na Irlanda, uma iniciativa que tem como objetivo selecionar educadores que atuem na rede pública para realizarem um curso de pós-graduação (lato sensu) em liderança e gestão educacional oferecido pelo Mary Immaculate College (MIC), na cidade de Limerick, Irlanda.  

A formação será composta por atividades intensivas de aprimoramento da língua inglesa e da redação acadêmica, além da programação voltada à temática de liderança e gestão educacional. O curso de inglês virtual terá uma duração total de 8 semanas, com início a partir de março de 2023. No fim, os participantes que cumprirem a carga horária e cumprirem todas as atividades receberão um certificado de participação.  

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Para participar, é necessário possuir vínculo efetivo com a rede pública e não estar cumprindo estágio obrigatório; exercer a função de docente, coordenador, supervisor ou gestor; possuir diploma de nível superior, preferencialmente licenciatura; possuir currículo cadastrado na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), dentre outros requisitos.  

Os interessados podem acessar o site, preencher o formulário e anexar a documentação exigida no edital até o dia 20 de janeiro. O processo seletivo será realizado por meio de análise técnica e documental, análise de mérito e o curso intensivo de aperfeiçoamento da língua inglesa e teste de nivelamento. 

A pós-graduação na Irlanda acontecerá entre agosto de 2023 e maio de 2024. Os selecionados serão contemplados com passagens aéreas, auxílio instalação, ajuda de custo, seguro saúde, deslocamento, hospedagem, almoço e coffee break, taxas escolas e materiais didáticos.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), informou, na tarde desta sexta-feira (9), que depositou o dinheiro das bolsas destinadas a alunos da pós-graduação e  formação de professores da educação básica. De acordo com o órgão, todos os bolsistas devem receber o dinheiro em suas contas bancárias até a próxima terça-feira (13).

Ao todo, segundo a Capes, foram liberados R$ 210 milhões, sendo R$ 160 milhões para 100 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, e R$ 50 milhões para as cerca de 100 mil bolsas dos Programas de Formação de Professores da Educação Básica.

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O pagamento deveria ser feito na última quarta-feira (7), mas, devido ao novo corte orçamentário, os estudantes não receberam os valores na data prevista. A impossibilidade do repasse dos valores foi anunciada na terça-feira (6). Na ocasião, a Capes, por meio de nota, salientou que não teria recursos para pagar as mais de 200 mil bolsas.

O Ministério da Educação (MEC) liberou R$ 50 milhões para o pagamento de todas as bolsas dos programas destinados à formação de professores para a educação básica, informou, em nota, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A fundação, no entanto, ainda precisa de R$ 150 milhões para o pagamento das bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no país.

Vinculada ao MEC, a Capes é uma das instituições mais afetadas pelos bloqueios orçamentários federais. “Essa liberação, embora resulte na quitação integral dos compromissos assumidos pelos referidos programas, ainda é insuficiente para permitir à Capes honrar todos os seus compromissos legitimamente assumidos”, diz a nota.

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Segundo a Capes, o valor liberado cobrirá as quase 100 mil bolsas vinculadas a programas como Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), Residência Pedagógica e Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor).

O contingenciamento orçamentário, de acordo com a Capes, afetou mais de 200 mil bolsistas da fundação, que deveriam ter recebido o pagamento deste mês até ontem (7). São estudantes de mestrado, doutorado, pós-doutorado e de integrantes de programas voltados à formação de professores da educação básica.

Segundo a Capes, os R$ 50 milhões, de um total de R$ 200 milhões solicitados, serão utilizados para o pagamento das bolsas de menor valor. As bolsas oferecidas por programas como Pibid e Residência Pedagógica, por exemplo, variam entre R$ 400 e R$ 1,5 mil, conforme a modalidade. Entre as demais bolsas de responsabilidade da Capes estão as de R$ 1,5 mil para mestrado e R$ 2,2 mil para doutorado e R$ 4,1 mil para pós-doutorado.

Bloqueios orçamentários

Os bloqueios orçamentários foram anunciados em novembro pelo governo federal. Segundo o Ministério da Economia, o contingenciamento de R$ 5,7 bilhões em gastos não obrigatórios é necessário para que seja cumprido o teto federal de gastos.

As pastas mais atingidas foram Saúde, com R$ 1,435 bilhão bloqueados, e Educação, com R$ 1,396 bilhão. Somente os ministérios da Economia e da Justiça e Segurança Pública foram poupados dos novos cortes.  O teto de gastos foi criado por emenda constitucional no fim de 2016 e é uma das três regras fiscais a que o governo tem de obedecer. O teto estabelece que o aumento dos gastos do governo federal de um ano para o outro não deve ultrapassar a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), até 2026.

As outras regras fiscais são a meta de resultado primário (déficit ou superávit), fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias de cada ano, e a regra de ouro, instituída pelo Artigo 167 da Constituição e que obriga o governo a pedir, em alguns casos, autorização ao Congresso para emitir títulos da dívida pública. 

Cortes no ensino superior No final do mês, a edição do Decreto n° 11.269, de 30 de novembro de 2022, de acordo com a Capes, zerou por completo a autorização para desembolsos financeiros durante o mês de dezembro, impondo idêntica restrição a praticamente todos os ministérios e entidades federais. Os bloqueios afetaram o ensino superior como um todo.

Na segunda-feira (5), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) publicou nota na qual ressalta que os cortes deixam as universidades federais sem recursos e sem possibilidade de honrar os gastos, inclusive, bolsas, conta de luz e água, coleta de lixo e pagamentos dos funcionários terceirizados.

De acordo com os reitores, o governo federal voltou a bloquear R$ 344 milhões em recursos das universidades federais, seis horas após o MEC ter liberado o uso da verba. Sem recursos, as universidades realizaram uma série de manifestações. O presidente da Andifes, Ricardo Marcelo Fonseca (reitor da UFPR), e o vice-presidente, Evandro Soares (UFMT), reuniram-se na quarta (7) com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para buscar alternativas para a grave situação orçamentária das universidades federais.

Em edição extra do Diário Oficial, no último dia 6, o Ministério da Economia publicou a portaria SETO/ME nº 10.395 que remanejou, dentro dos próprios ministérios, um pouco mais de R$ 3,3 bilhões.

A portaria, segundo nota do Ministério da Economia, remaneja limites financeiros de despesas obrigatórias para as não obrigatórias, que foram as que sofreram o contingenciamento.

Na nota, a pasta explica:  “As realocações ocorrem após a reavaliação, por essas pastas, da previsão de pagamentos a serem realizados dentro do exercício e mediante justificativa técnica de que tais despesas obrigatórias não serão executadas financeiramente no exercício”.  O valor realocado dentro de cada ministério ou órgão está discriminado no Anexo II da portaria e, segundo a pasta, cabe aos ministérios alocar os recursos. “Cabe a cada um deles alocar internamente esses recursos, conforme suas prioridades.

O montante global de cada ministério foi preservado”, diz o Ministério da Economia. No caso da Educação, foram realocados R$ 300 milhões.  Ainda não está claro se os R$ 300 milhões remanejados serão gastos no ensino superior ou se serão realocados em outras áreas do MEC. A Agência Brasil procurou a pasta e aguarda o posicionamento.

O Ministério da Educçaão (MEC) anunciou que, provavelmente, não conseguirá arcar com os pagamentos dos 14 mil residentes médicos de hospitais federais e outros cerca de 100 mil bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A declaração foi dada pelo coordenador da equipe de educação de transição, ex-ministro e atual professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Henrique Paim.

“Nossa maior preocupação é o não ter como pagar os serviços já executados para o MEC, para as universidades, para o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)”, disse, afirmando que o próprio ministro da Educação, Vitor Godoy, se mostrou preocupado com o assunto.

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Em resposta às medidas de contingenciamento, a Capes divulgou uma nota onde delega a responsabilidade do bloqueio orçamentário ao Ministério da Economia e cobra o desbloqueio urgente do dinheiro. Confira na íntegra:

“A CAPES recentemente sofreu dois contingenciamentos impostos pelo Ministério da Economia, o que a obrigou a tomar imediatamente medidas internas de priorização, adotando como premissa a necessidade urgente de assegurar o pagamento integral de todas as bolsas e auxílios, de modo que nenhuma das consequências dessas restrições viesse a ser suportada pelos alunos e pesquisadores vinculados à Fundação.

Não obstante, mesmo após solucionados os problemas acima, a CAPES foi surpreendida com a edição do Decreto n° 11.269, de 30 de novembro de 2022, que zerou por completo a autorização para desembolsos financeiros durante o mês de dezembro (Anexo II), impondo idêntica restrição a praticamente todos os Ministérios e entidades federais.

Isso retirou da CAPES a capacidade de desembolso de todo e qualquer valor - ainda que previamente empenhado - o que a impedirá de honrar os compromissos por ela assumidos, desde a manutenção administrativa da entidade até o pagamento das mais de 200 mil bolsas, cujo depósito deveria ocorrer até amanhã, dia 7 de dezembro.

Diante desse cenário, a CAPES cobrou das autoridades competentes a imediata desobstrução dos recursos financeiros essenciais para o desempenho regular de suas funções, sem o que a entidade e seus bolsistas já começam a sofrer severa asfixia.

As providências solicitadas se impõem não apenas para assegurar a regularidade do funcionamento institucional da CAPES, mas, principalmente, para conferir tratamento digno à ciência e a seus pesquisadores.

A CAPES seguirá seus esforços para restabelecer os pagamentos devidos a seus bolsistas tão logo obtenha a supressão dos obstáculos acima referidos”.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), divulgou nota, na noite desta terça-feira (6), alegando que, devido ao novo corte orçamentário promovido pelo Governo Federal na última sexta-feira (2), deixará de pagar mais de 200 mil bolsas destinadas a alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. O pagamento aos estudantes estava previsto para quarta-feira (7).

No comunicado, a Capes expõe que foi surpreendida com "a edição do Decreto n° 11.269, de 30 de novembro de 2022, que zerou por completo a autorização para desembolsos financeiros durante o mês de dezembro". A medida, de acordo com o órgão, reteriou "a capacidade de desembolso de todo e qualquer valor".

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A edição do decreto, impede a Capes "de honrar os compromissos por ela assumidos, desde a manutenção administrativa da entidade até o pagamento das mais de 200 mil bolsas, cujo depósito deveria ocorrer até amanhã, dia 7 de dezembro".

A coordenação salienta que as autoridades competentes foram cobradas para a desobstrução imediata dos recursos financeiros. "As providências solicitadas se impõem não apenas para assegurar a regularidade do funcionamento institucional da CAPES, mas, principalmente, para conferir tratamento digno à ciência e a seus pesquisadores".

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), através do programa de pós-graduação ProfLetras, abriu inscrições para o processo seletivo que reúne 590 vagas para o Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional. Os interessados podem se inscrever no site da Comperve URFN, a banca organizadora, até o dia 15 de dezembro. A taxa de inscrição custa R$ 150,00. 

A iniciativa tem como objetivo capacitar professores de língua portuguesa para o exercício da docência no ensino fundamental, com o intuito de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino no País. O curso é realizado na modalidade semipresencial, com aulas presenciais em unidades de todo o país.  

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Entre os requisitos para participar, é necessário possuir diploma de curso superior de Licenciatura em Letras, habilitação português; e ser professor de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental (1.º ao 9.º ano), em Escola da Rede Pública de Ensino do Brasil, regularmente admitido e pertencente ao quadro permanente de servidores. 

A seleção acontecerá por meio de provas objetivas e discursivas, com aplicação prevista para o dia 05 de fevereiro.  

Para mais informações, consulte o edital.

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