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Prestes a assumir o Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, o juiz Sérgio Moro garantiu que não pretende ser candidato a presidente da República. Em entrevista ao Fantástico, nesse domingo (11), o magistrado disse que a participação dele na gestão federal não o faz um político e ressaltou que, apesar de não ter imaginado que quatro anos depois do início da Lava Jato seria ministro, ele tinha certeza que não pretende concorrer no futuro ao cargo Executivo.

Questionado se concordaria caso quatro anos atrás alguém dissesse que ele seria ministro, Moro negou. “Não, de forma nenhuma. A Operação Lava-Jato começou pequena, ninguém tinha ideia da dimensão que aquilo ia tomar. No fundo, foi meio um efeito bola de neve. Jamais poderia cogitar que haveria essa possibilidade de assumir essa posição”, salientou.

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Com a resposta, a indagação seguinte foi pontuando que o juiz não poderia, então, dizer que daqui a quatro anos ele não será candidato à Presidência. “Não, eu estou te falando que não vou ser. Eu não sou um político que... minto. Desculpe. Com todo respeito aos políticos. Mas assim, bons e maus políticos. Mas existem maus políticos que, às vezes, faltam com a verdade. Eu não tô faltando com a verdade”, garantiu.

“Alguns me criticaram por assumir esse cargo afirmando que eu havia traído um compromisso que eu afirmei no passado numa entrevista ao Estado de São Paulo, que jamais entraria pra política. Eu posso tá sendo ingênuo, mas eu estou sendo absolutamente sincero quando afirmo que, na minha visão, tô assumindo um cargo pra exercer uma função predominantemente técnica. Eu não me vejo num palanque, eu, candidato a qualquer espécie de cargo em eleições, isso não é a minha natureza”, chegou a dizer também pouco antes.

O juiz ainda fez questão de reforçar que não era político, mas sim um técnico no cargo de ministro, ao ser perguntado se ele era da classe e integrava a listagem dos que não mentem.  

“Não, eu sou uma pessoa que, na minha perspectiva, eu tô indo assumir um cargo predominantemente técnico… Não sou um político e não minto. Eu acho que a profissão da política é uma das mais nobres que existe. Você receber a confiança da população, do voto. Às vezes, essa confiança é traída. Mas é uma das mais belas profissões. Não tem qualquer demérito nisso. É uma questão mesmo de natureza e perfil”, frisou.

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